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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU

FERNANDA DE LOURDES ANTONIO YOSHIDA

Método aurioral no desenvolvimento de crianças com


deficiência auditiva: 30 anos de prática em um serviço
público especializado

BAURU
2021
FERNANDA DE LOURDES ANTONIO YOSHIDA

Método aurioral no desenvolvimento de crianças com


deficiência auditiva: 30 anos de prática em um serviço
público especializado

Tese apresentada à Faculdade de


Odontologia de Bauru da Universidade de
São Paulo para obtenção do título de
Doutor em Ciências no Programa de
Fonoaudiologia, na área de concentração
Processos e Distúrbios da Comunicação.

Orientador: Profa. Dra Adriane Lima


Mortari Moret

Versão Corrigida

BAURU
2021
Antonio-Yoshida, Fernanda de Lourdes
Método aurioral no desenvolvimento de
crianças com deficiência auditiva: 30 anos de
prática em um serviço público especializado /
Fernanda de Lourdes Antonio Yoshida. -- Bauru,
2021.
203p. : il. ; 31cm.

Tese (doutorado) -- Faculdade de


Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo,
2021.

Orientadora: Profa. Dra. Adriane Lima Mortari


Moret

Nota: A versão original desta tese encontra-se disponível no Serviço de Biblioteca e


Documentação da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP.

Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a


reprodução total ou parcial desta tese, por processos
fotocopiadores e outros meios eletrônicos.

Assinatura:

Data: 27 de outubro 2021

Comitê de Ética da FOB-USP


Protocolo nº: 3.673.984
Data: 31 de outubro de 2019
ERRATA
Assistência Técnica Acadêmica
Serviço de Pós-Graduação

FOLHA DE APROVAÇÃO

Tese apresentada e defendida por


FERNANDA DE LOURDES ANTONIO YOSHIDA
e aprovada pela Comissão Julgadora
em 16 de fevereiro de 2022.

Prof.a Dr.a ELIANE MARIA CARRIT DELGADO PINHEIRO


UNESP

Prof.a Dr.a MARIA ANGELINA NARDI DE SOUZA MARTINEZ


PUC-SP

Prof.a Dr.a REGINA TANGERINO DE SOUZA JACOB


FOB-USP

Prof.a Dr.a ADRIANE LIMA MORTARI MORET


Presidente da Banca
FOB - USP

Profª. Drª. Izabel Regina Fischer Rubira de Bullen


Presidente da Comissão de Pós-Graduação

___________________________________________________________________________
Al. Dr. Octávio Pinheiro Brisolla, 9-75 – Bauru-SP – CEP 17012-901 – C.P. 73
e-mail: posgrad@fob.usp.br – Fone/Fax (0xx14) 3235-8223
http://www.fob.usp.br
DEDICATÓRIA
A Ele que me ouviu e me atendeu em cada pedido e oração, a Ele que
trilhou a minha jornada, a Ele que acalmou meu coração quando em estado de
angústia, a Ele que me deu inspiração quando me faltaram às palavras, a Ele que
me ungiu com a luz do Espírito Santo me dando sabedoria e resiliência.
A Ele que junto à mãe Maria Santíssima cobriu-me com o manto de amor,
confortando-me e dando-me a certeza de que essa jornada valeria à pena. A Ele
que é o mestre dos mestres, doutor dos doutores.
Dedico este trabalho a Ele, meu Senhor e Deus que sonhou comigo e
com esse momento antes de mim e de meus pais, que esteve comigo do início ao
fim, cuidando-me, ensinando-me e formando-me melhor a cada dia!

Dedico este trabalho à minha família, meu adorável pai José Roberto,
minha preciosa mãe Regina e meus queridos irmãos Pedro e Elizabeth. Família é
certeza de apoio e compreensão, mãos estendidas, impulso na vida, incentivo para
buscar sonhos e felicidade multiplicada quando são conquistadas.
A vocês dedico esta conquista!

Quando uma pessoa que amamos parte primeiro que nós, ela deixa de
andar ao nosso lado e passa a viver dentro do nosso coração, e assim se eterniza
em nossa vida. Dedico este trabalho ao meu amado Pai José Luís (in memorian)
que vive dentro do meu coração e se faz presente a cada momento especial de
minha vida.

Dedico este trabalho ao meu esposo e amigo Paulo. Foi em um dia


chuvoso e com você ao meu lado que recebi a notícia que ingressaria nessa grande
jornada. Meu amor, você esteve comigo em cada etapa. Vibrou e comemorou meu
ingresso ao programa, apoiou-me, ouviu-me, socorreu-me, teve paciência e inspira-
me a ser cada dia melhor!

Dedico este trabalho a você meu (minha) filho (a) que chegou no
momento escolhido por Deus em minha vida. Ainda não te vi, mas já posso te sentir.
A você meu bebê milagre eu dedico não só esse trabalho, mas também o amor mais
puro, verdadeiro e incondicional.
Dedico este trabalho à querida do meu coração, minha amada avó
Jandira.
Dedico este trabalho ao meu avô Benedito Alírio (in memorian). O senhor
sempre viverá em meu coração!

Dedico este trabalho à minha avó Dorothéa (in memorian). Pessoa a


quem tenho como exemplo de profissional da educação.

Dedico este trabalho à Profa. Dra. Maria Cecília Bevilacqua (in


memorian), idealizadora do Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo
(CEDAU). Há 30 anos sua árvore foi plantada! Com suas flores coloriu vidas, com
suas frutas alimentou sonhos, com sua sombra acolheu esperanças e com sua
magnitude transformou estórias.

Dedico este trabalho à Profa. Dra. Adriane Lima Mortari Moret e à Profa.
Dra. Eliane Maria Carret Delgado-Pinheiro, profissionais que junto à Dra. Cecília
trabalharam para que os sonhos se transformassem em realidade, fazendo a
diferença na vida de cada criança atendida no CEDAU. Semeamos para o mundo
aquilo que de melhor plantamos em nós mesmos. Acreditar em um ideal é multiplicar
a possibilidade das flores, além da primavera. O CEDAU, nesses 30 anos, colhe os
frutos de sua ternura e humildade diante do homem.

Dedico este trabalho à Equipe CEDAU - Márcia, Kátia, Andréa, Renata,


Janaína, Mariane, Salimar, Isabel, Elaine, Roze e Regina (in memorian). Quando se
trabalha com uma verdadeira Equipe, não há obstáculo que não seja superado, nem
sucesso que não seja alcançado. Ao se completar 30 anos de CEDAU vocês
continuam ensinando que unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso
e trabalhar em conjunto é a vitoria.

Por fim, dedico este trabalho a cada paciente que passou pelo CEDAU e
seus familiares. Vocês fazem parte dessa grande família chamada CEDAU. Gratidão
por compartilharem as experiências de vocês e por permitirem que este trabalho
fosse realizado.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

À Deus,
Obrigada pelas oportunidades em minha trajetória profissional e pessoal. Gratidão
por colocar pessoas especiais em minha jornada, as quais me ensinaram com
sabedoria, disciplina e respeito. Tu és
essencial em minha vida.

À Profa. Dra. Adriane Lima Mortari Moret, que me orientou em mais este
trabalho, com muita dedicação e carinho, sempre com uma palavra de incentivo e
força. Minha gratidão pelos momentos dispensados com orientações acadêmicas,
profissionais e pessoais, me fazendo refletir e acreditar que vale a pena. Obrigada
por acreditar em minha capacidade, no meu trabalho, por confiar a mim essa missão
e principalmente por compartilhar comigo o seu conhecimento, sua competência e
prontidão.

À Profa. Dra. Eliane Maria Carrit Delgado-Pinheiro, exemplo de mestre, profissional


humano, mãe e mulher, por quem alimento profundo respeito e admiração. Minha
gratidão por acreditar em meu potencial desde a graduação. Obrigada pela amizade
cultivada e por sua valiosa contribuição na minha formação, sempre ensinando com
muito entusiasmo e amor.

À minha Mãe Regina,


Obrigada pelo seu amor, dedicação e perseverança em sempre me oferecer o
melhor. O melhor amor, a melhor educação e os melhores valores. Por confiar e
acreditar em mim, principalmente nos momentos de maior provação, fazendo da sua
confiança a minha fortaleza.

Ao meu Pai José Roberto,


Obrigada pelo seu amor e apoio. Por acreditar nos meus sonhos não medindo
esforços para que eles se tornem realidade.
Aos meus Irmãos Pedro e Elizabeth,
Obrigada por me permitir dividir com vocês um pouco do que aprendi com a vida.

Ao meu esposo Paulo,


Obrigada por chegar a minha vida, e nela escolher ficar, respeitando-me,
compreendendo-me, amando-me, compartilhando comigo todos os momentos desta
jornada e deixando os dias mais leves.

Ao meu bebê milagre,


Obrigada por me escolher e por me permitir ser mãe, tenho certeza que
aprenderemos muitas coisas juntos e com certeza você me tornará uma pessoa
melhor.
AGRADECIMENTOS

À Profa. Dra. Regina Tangerino de Souza Jacob, pelas contribuições na


Banca de Qualificação e Defesa.

À Dra. Regina Célia Bortoleto Amantini, pelas contribuições na Banca de


Qualificação.

À Dra. Maria Angelina Nardi de Souza Martinez, pelas contribuições na Banca


de Defesa.

À Dra. Márcia Cristina Almendros Fernandes Moraes, obrigada pelo carinho, apoio e
confiança a mim dispensados, com certeza eles foram fundamentais para a
conclusão deste trabalho.

À Equipe CEDAU (Márcia, Kátia, Andréa, Renata, Janaína, Mariane, Salimar,


Isabel, Elaine e Roze) pela amizade, ajuda, apoio, carinho e rica troca de
experiências. Trabalhar com essa equipe foi fundamental para a sedimentação dos
meus conhecimentos teóricos e crescimento profissional e pessoal. Vocês foram
simplesmente incríveis!

À Dra. Mariane Perin da Silva Comerlatto, pelo apoio e parceria inquestionável.


Amiga, ter você ao meu lado como profissional e parceira com certeza foi um
presente de Deus.
Obrigada.

À Equipe SIC (Dr. Luiz Fernando, Elizabete, Regina, Karina, Leandra, Liége,
Júlia, Luzia, Érika, Midori e Sônia) pela amizade, apoio e ajuda durante a coleta e
elaboração da Tese. Em especial às fonos Júlia, Liége, Leandra e Luzia que me
ajudaram do início ao fim deste trabalho.

À Divisão de Saúde Auditiva, em especial à Mestre Tyuana Sandim da Silveira


Sassi, pelo apoio e ajuda durante a coleta de dados.
À Equipe SETO, pela amizade e apoio.

À central de agendamentos que não mediu esforços para que eu conseguisse


realizar a coleta de dados em tempo hábil. Vocês foram excepcionais!

Às fonoaudiólogas Thais Danelon, Ana Paula Caon e Raquel Elpídeo.


Queridas, obrigada por me escolherem como co-orientadora de TCR compartilhando
desse estudo. Vocês foram fundamentais para a conclusão deste trabalho.

Aos fonoaudiólogos Carlos Alberto, Gabriela Paz e Letícia Costa, pelo apoio,
pela ajuda e pela torcida durante minha jornada. Sempre que precisei vocês
estavam de prontidão a me ajudar. Obrigada!

Aos pais, crianças, adolescentes e adultos que participaram desta pesquisa.


Obrigada pela confiança, participação e compreensão.

Ao Prof. Dr. Heitor Marques Honório, por sua valiosa contribuição no estudo
estatístico deste trabalho.

À minha prima Júlia, por suas valiosas contribuições na elaboração do Abstract


deste trabalho.

Ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São


Paulo, local onde foi realizada esta pesquisa.

Ao Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da


Universidade de São Paulo.

À Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo, excelência em


educação.

A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a concretização


desse grande ideal, sobretudo, para minha evolução pessoal,
Meu sincero agradecimento.
“Não foi pelas minhas forças, mas sim...
.... “pela Tua destra,
pelo Teu braço,
pela luz da Tua face...”

(Salmo 44.3)
RESUMO

INTRODUÇÃO: Somente a adaptação do aparelho de amplificação sonora individual


(AASI) e/ou a cirurgia do implante coclear (IC) realizadas precocemente não são
suficientes para garantir a comunicação oral. Há a necessidade de intervenção
terapêutica efetiva e especializada. O impacto do método de intervenção no
desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva usuárias de AASI e/ou IC é
algo importante de se estudar. OBJETIVO: Verificar o impacto do método Aurioral no
desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva usuárias de AASI e/ou IC, em
um serviço público especializado do Sistema Único de Saúde, considerando o
desempenho das habilidades auditivas, linguagem falada, inteligibilidade de fala e
qualidade de vida. MÉTODOS: Estudo descritivo prospectivo transversal.
Participaram do estudo 151 pacientes ingressos ao Centro Especializado no
Desenvolvimento Auditivo (CEDAU) do Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais da Universidade de São Paulo, na cidade de Bauru, no período de
1990 a 2020, que corresponderam aos critérios estabelecidos no estudo, e seus
respectivos pais ou responsáveis. Os participantes foram divididos em quatro grupos
de acordo com a idade e tipo de dispositivo auditivo utilizado. O grupo I foi composto
por 44 adultos usuários de AASI, o grupo II foi composto 20 adultos usuários de IC,
o grupo III foi composto por 82 crianças e adolescentes usuários de IC, e o grupo IV
foi composto por 5 crianças e adolescentes usuários de AASI. Foi realizado
levantamento de dados no sistema de arquivo do CEDAU e em prontuários. Foram
solicitados aos participantes que respondessem a questionários de qualidade de
vida, a um questionamento da pesquisadora, e que relatassem sua experiência no
CEDAU. A inteligibilidade de fala, a habilidade auditiva e a linguagem falada dos
participantes foram categorizadas pela pesquisadora, no momento da coleta. Os
dados foram analisados qualitativa e quantitativamente. Foi usada a correlação de
Spearman e nível de significância igual a 5%. RESULTADOS: Ao longo do processo
de habilitação e reabilitação auditivas, regido pelos princípios do método Aurioral,
houve progressos satisfatórios nas habilidades auditivas, de linguagem falada e
inteligibilidade da fala em todos os grupos do estudo. Os participantes e seus
familiares demonstraram nível de satisfação considerável em relação à qualidade de
vida específica e geral, evidenciando o impacto do uso dos dispositivos auditivos
associados à intervenção regida pelo método Aurioral. Observou-se a influência de
variáveis no desenvolvimento das habilidades comunicativas e na qualidade de vida
dos participantes e de seus familiares. O método Aurioral influenciou não só o
desenvolvimento das habilidades comunicativas, como também a educação, a
relação social e o desenvolvimento global dos participantes. Observou-se expressivo
sentimento de gratidão e certeza de escolha quanto ao método terapêutico escolhido
para a habitação e reabilitação auditivas dos grupos estudados. CONCLUSÃO: Esse
estudo apresentou resultados reais e positivos quanto ao impacto do método na
evolução das habilidades comunicativas e na qualidade de vida dos participantes e
de suas famílias, evidenciando que a terapia regida pelo método Aurioral, associada
ao diagnóstico e intervenções precoces, à parceria com a família e com a escola é
uma escolha promissora.

Palavras chave: Perda auditiva. Reabilitação. Qualidade de vida.


ABSTRACT

Aurioral method in the development on children with hearing deficiency: 30


years of practice in specialized public service

INTRODUCTION: Solely the adaptation on the hearing aids device and/or the
surgery of the cochlear implant performed early, are not enough to assure oral
communication. There is a necessity of effective and specialized therapeutic
intervention. The method impact of the intervation in the development of usuary
people of hearing aids and / or cochlear implant, with hearing loss is something of
great importance to be studied. OBJECTIVE: Verifying the impact of the Aurioral
method, in the development of people with hearing loss that are utilizing hearing aids
and/or cochlear implant, in a Unified Public Health System (SUS) specialized public
service, considerating the acting of hearing ability, spoken speech, speech
intelligibility, and quality of life. METHODS: Prospective cross- sectional descriptive
study . 151 inpatients from the Rehabilitation Hospital for Craniofacial Anomalies,
from Sāo Paulo, in the city of Bauru (CEDAU/HRAC-USP). Entered the study in the
period of 1990 to 2020, corresponded to the established criteria, and their
respectives parents or responsibles. The participants were divided in four groups
according to their age and the type of hearing device utilized. The group I was
consisting of 44 adults users of hearing aids, the group II was consisting of 20 adults
users of cochlear implant, and the group III was consisting of 82 children and
teenagers users of cochlear implant, and the group IV was consting of 5 children and
teenagers users of hearing aids. A data survey was performed in the CEDAU file
system and the medical records. It was requested to the patients to answer the
quality of life questionnaires, to a questioning researcher, and report their experience
in the CEDAU. The intelligibility of speech, hearing ability, and spoken speech, of the
participants were categorized by the researcher in the moment they were collected.
The data were analyzed qualitatively and quantitatively. The Spearman correlation
was used to a significant level equal to 5%. RESULTS: Throughout the qualification
process and auditory rehabilitation, governed by the principles of the Aurioral
method, there was a satisfactory progress in the, auditory ability, spoken speech, and
speech intelligibility in all of the study groups. The participants and their relatives
showed a considerable level of satisfaction relating to their quality of life in general,
evidencing the specific impact of the auditory device associated to the intervention
governed by the Aurioral method. The influence of variables on the development of
auditory skills of the patients and their relatives quality of life were observed. The
Aurioral method influenced not only the development of communicative skills, but
also education, social relation, and overall development of the participants. An
immense feeling of gratitude and certainty of the choice were observed regarding to
the therapeutic method chosen for housing and hearing rehabilitation of the studied
groups. CONCLUSION: This study showed real and positive results, regarding to the
impact of the method in the evolution of communication skills, and the quality of life of
the participants and their families, showing that therapy governed by the method
Aurioral, associated with early diagnosis and intervantions, partnering with the family
and school is a promising choice.

Keywords: Hearing Loss. Rehabilitation. Qualify of Life.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS
Figura 1 - Desempenho de audição dos grupos I (n 44), II (n 20),III (n 82)
e IV (n 5) representados por box plots ........................................ 64
Figura 2 - Desempenho de linguagem dos grupos I (n 44), II (n 20),III (n
82) e IV (n 5) representados por box plots ............................. .... 66
Figura 3 - Desempenho na inteligibilidade de fala dos grupos I (n 44), II (n
20),III (n 82) e IV (n 5) representados por box plots ............... .... 68
Figura 4 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo I para cada domínio do
questionário SADL representados por box plots (n=44) ............. 70
Figura 5 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo I para cada domínio do
questionário WHOQOL-bref representados por box plots (n=44) 70
Figura 6 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo II para cada domínio e
subdomínio do questionário NCIQ-P representados por box
plots (n=20) ................................................................................. 71
Figura 7 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo II para cada domínio do
questionário WHOQOL-bref representados por box plots (n=20) 72
Figura 8 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo III para cada domínio do
questionário CCIPP perspectiva dos pais representados por
box plots (n=82) ........................................................................... 73
Figura 9 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo III para cada domínio do
questionário KINDL perspectiva dos pais representados por box
plots (n=82) ................................................................................. 74
Figura 10 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo III para cada domínio do
questionário KINDL perspectiva da criança representados por
box plots (n=82) ........................................................................... 74
Figura 11 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo IV para cada domínio do
questionário CCAPP perspectiva dos pais representados por
box plots (n=5) ............................................................................. 75
Figura 12 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo IV para cada domínio do
questionário KINDL perspectiva dos pais representados por box
plots (n=5) ................................................................................... 76
Figura 13 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das
pontuações obtidas pelo grupo IV para cada domínio do
questionário KINDL perspectiva da criança representados por
box plots (n=5) ............................................................................. 77
TABELAS
Tabela 1 - Distribuição dos pacientes dos grupos I, II, III e IV de acordo
com as categorias de audição ..................................................... 65
Tabela 2 - Distribuição dos pacientes dos grupos I, II, III e IV de acordo
com as categorias de linguagem ................................................. 67
Tabela 3 - Distribuição dos pacientes dos grupos I, II, III e IV de acordo
com a escala de inteligibilidade de fala ....................................... 69
Tabela 4 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e
inteligibilidade de fala classificadas no momento da coleta e as
variáveis audiológicas, sociais, educacionais e qualidade de
vida do Grupo I (n=44) ............................................................ .... 78
Tabela 5 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e
inteligibilidade de fala classificadas no momento da coleta e as
variáveis audiológicas, sociais, educacionais e qualidade de
vida do Grupo II (n=20) ............................................................... 78
Tabela 6 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e
inteligibilidade de fala classificadas no momento da coleta e as
variáveis audiológicas, sociais, educacionais e qualidade de
vida do Grupo III (n=82) .............................................................. 79
Tabela 7 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e
inteligibilidade de fala classificadas no momento da coleta e as
variáveis audiológicas, sociais, educacionais e qualidade de dia
do Grupo IV (n=5) ........................................................................ 80
Tabela 8 - Correlação entre os domínios do questionário SADL e as
variáveis audiológicas, terapêuticas, sociais e educacionais do
Grupo I (n=44) ............................................................................. 81
Tabela 9 - Correlação entre os domínios do questionário WHOQOL-bref e
as variáveis audiológicas, terapêuticas, sociais e educacionais
do Grupo I (n=44) ........................................................................ 82
Tabela 10 - Correlação entre os domínios do questionário NCIQ-P e as
variáveis audiológicas, terapêuticas, sociais e educacionais do
Grupo II (n=20) ............................................................................ 82
Tabela 11 - Correlação entre os domínios do questionário WHOQOL-bref e
as variáveis audiológicas, terapêuticas, sociais e educacionais
do Grupo II (n=20) ....................................................................... 83
Tabela 12 - Correlação entre os domínios do questionário CCIPP e as
variáveis audiológicas e terapêuticas do Grupo III (n=82) ......... 84
Tabela 13 - Correlação entre os domínios do questionário CCIPP e as
variáveis sociais e educacionais do Grupo III (n=82) .................. 84
Tabela 14 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL
perspectiva dos pais e da criança e as variáveis audiológicas e
terapêuticas do Grupo III (n=82) ................................................. 85
Tabela 15 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL e as
variáveis sociais e educacionais do Grupo III (n=82) .................. 86
Tabela 16 - Correlação entre os domínios do questionário CCAPP e as
variáveis audiológicas e terapêuticas do Grupo IV (n=5) ........... 87
Tabela 17 - Correlação entre os domínios do questionário CCAPP e as
variáveis sociais e educacionais do Grupo IV (n=5) ................... 87
Tabela 18 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL
perspectiva dos pais e da criança e as variáveis audiológicas e
terapêuticas do Grupo IV (n=5) ................................................... 88
Tabela 19 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL e as
variáveis sociais e educacionais do Grupo IV (n=5) ................... 89
QUADROS
Quadro 1 - Dados demográficos dos participantes do Grupo I ................ 41
Quadro 2 - Dados demográficos dos participantes do Grupo II ................ 42
Quadro 3 - Dados demográficos dos participantes do Grupo III .............. 43
Quadro 4 - Dados demográficos dos participantes do Grupo IV .............. 45
Quadro 5 - Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, dispositivos utilizados,
idade na primeira adaptação, marca e modelo do dispositivo,
tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia em
meses dos participantes do Grupo I ............................................ 45
Quadro 6 - Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, idade na primeira
adaptação, idade na cirurgia de implante coclear, tipo de
inserção e idade na ativação do implante coclear em meses
dos participantes do Grupo II ...................................................... 48
Quadro 7 - Tipo de dispositivos, modelo do componente interno/externo,
marca dos dispositivos, tempo de uso dos dispositivos e idade
que iniciou terapia dos participantes do Grupo II ........................ 48
Quadro 8 - Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, idade na primeira
adaptação em meses, idade na cirurgia de implante coclear em
meses, tipo de inserção e idade na ativação em meses dos
participantes do Grupo III............................................................. 49
Quadro 9 - Tipo de dispositivos, modelos e marcas, tempo de uso do
dispositivo e idade que iniciou terapia dos participantes do
Grupo III ....................................................................................... 51
Quadro 10 - Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, dispositivos utilizados,
idade na primeira adaptação, tempo de uso dos dispositivos e
idade em que iniciou terapia em meses dos participantes do
Grupo IV ...................................................................................... 53
Quadro 11 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na
primeira adaptação do dispositivo auditivo, tempo de uso dos
dispositivos e idade que iniciou terapia dos participantes do
Grupo I ......................................................................................... 54
Quadro 12 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na
primeira adaptação do dispositivo auditivo, idade na cirurgia de
IC, idade na ativação do IC, tempo de uso dos dispositivos e
idade que iniciou terapia dos participantes do Grupo II .............. 54
Quadro 13 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na
primeira adaptação do dispositivo auditivo, idade na cirurgia de
IC, idade na ativação do IC, tempo de uso dos dispositivos e
idade que iniciou terapia dos participantes do Grupo III.............. 55
Quadro 14 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na
primeira adaptação do dispositivo auditivo, tempo de uso dos
dispositivos e idade que iniciou terapia do Grupo IV ................... 55
Quadro 15 - Distribuição dos participantes dos grupos I e II de acordo com o
estado civil ................................................................................... 56
Quadro 16 - Distribuição dos participantes dos grupos I, II, III e V de acordo
com a classificação socioeconômica familiar .............................. 56
Quadro 17 - Distribuição dos participantes dos grupos I e II de acordo com o
grau de escolaridade ................................................................... 56
Quadro 18 - Distribuição dos pais dos participantes dos grupos III e IV de
acordo com o grau de escolaridade ............................................ 56
Quadro 19 - Categorias de Desempenho Auditivo .......................................... 58
Quadro 20 - Categorias de Linguagem ........................................................... 58
Quadro 21 - Escala de Inteligibilidade de Fala (SIR) ………………………… 58
Quadro 22 - Instrumentos utilizados na pesquisa de acordo com a faixa
etária e tipo de dispositivo eletrônico dos participantes .............. 62
Quadro 23 - Depoimentos de alguns participantes do grupo I estudo em
relação a sua experiência no CEDAU ......................................... 90
Quadro 24 - Depoimentos de alguns participantes do grupo II estudo em
relação a sua experiência no CEDAU.......................................... 92
Quadro 25 - Depoimentos de alguns participantes do grupo III estudo em
relação a sua experiência no CEDAU ......................................... 92
Quadro 26 - Depoimentos de alguns participantes do grupo IV estudo em
relação a sua experiência no CEDAU ......................................... 95
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

AASI Aparelho de Amplificação Sonora Individual


CAP Categories Auditory Performance
CEDAU Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo
CCAPP Crianças com Aparelho de Amplificação Sonora Individual:
perspectiva dos pais
CCIPP Children with cochlear Implants: Parent’s Perspective
DENA Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva
HRAC Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
IC Implante Coclear
JAAA Journal of the American Academy of Audiology
KINDL Questionnaire for Measuring Health-Related Quality of Life in
Children and Adolescents
NCIQ Nijmegen Cochlear Implant Questionnaire
NCIQ-P Questionário Nijmegen de implantes cocleares
OMS Organização Mundial da Saúde
PA Perda Auditiva
PASNM Perda Auditiva Sensorioneural de grau Moderado
PASNP Perda Auditiva Sensorioneural de grau Profundo
PASNS Perda Auditiva Sensorioneural de grau Severo
PNASA Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva
QV Qualidade de Vida
RDL Rate of Early Languagem Development
SADL Satisfaction With Amplification in Daily Life
SIR Escala de Inteligibilidade de Fala
USP Universidade de São Paulo
SUS Sistema Único de Saúde
WHOQOL Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial
de Saúde
WHOQOL-bref Questionário de avaliação da qualidade de vida
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................ 24
1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO................................................ 25
1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................. 26
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................. 27
2.1 MÉTODO AURIORAL ............................................................. 29
MÉTODO AURIORAL, HABILIDADES AUDITIVAS, LINGUAGEM
2.2 FALADA E INTELIGIBILIDADE DE FALA ............................. 31
2.3 MÉTODO AURIORAL E QUALIDADE DE VIDA .................... 33
3 OBJETIVOS .......................................................................... 36
3.1 OBJETIVO GERAL .................................................................. 36
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................... 36
4 MÉTODOS .............................................................................. 37
4.1 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTUDO ............................... 37
4.2 CASUÍSTICA ......................................................................... 37
4.2.1 Critérios de inclusão .............................................................. 37
4.2.2 Critérios de exclusão ............................................................. 37
4.3 PROCEDIMENTOS ............................................................... 38
4.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ..................................... 39
4.5 INSTRUMENTOS .................................................................. 57
4.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................. 63
4.7 ESTUDOS ESTATÍSTICOS ................................................... 63
5 RESULTADOS ....................................................................... 64
5.1 DESEMPENHO AUDITIVO .................................................... 64
5.2 DESEMPENHO DE LINGUAGEM ......................................... 66
5.3 DESEMPENHO NA INTELIGIBILIDADE DE FALA ............... 67
5.4 QUALIDADE DE VIDA ........................................................... 69
CORRELAÇÕES ENTRE AS CATEGORIAS DE AUDIÇÃO,
LINGUGEM E ESCALA DE INTELIGIBILIDADE DE FALA, E AS
5.5 VARIÁVEIS AUDIOLÓGICAS, TERAPÊUTICAS, SOCIAIS,
EDUCACIONAIS E QUALIDADE DE VIDA NOS GRUPOS I, II, III e
IV ........................................................................................... 77
CORRELAÇÕES ENTRE OS QUESTIONÁRIOS DE QUALIDADE
5.6
DE VIDA E AS VARIÁVEIS AUDIOLÓGICAS, TERAPÊUTICAS,
SCOCIAIS E EDUCACIONAIS NOS GRUPOS I, II, III e IV ... 81
RESPOSTAS OBTIDAS QUANTO AO QUESTIONAMENTO
5.7 SOBRE O MÉTODO AURIORAL E DEPOIMENTOS DOS
PARTICIPANTES DO ESTUDO ............................................ 90
6 DISCUSSÃO .......................................................................... 96
6.1 DESEMPENHO AUDITIVO .................................................... 97
6.2 DESEMPENHO DE LINGUAGEM ......................................... 100
6.3 DESEMPENHO NA INTELIGIBILIDADE DE FALA ............... 103
6.4 QUALIDADE DE VIDA ........................................................... 107
CONSIDERAÇÕES QUANTO AO QUESTIONAMENTO DA
6.5
PESQUISADORA E DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES 118
7 CONCLUSÕES....................................................................... 125
REFERÊNCIAS ...................................................................... 127
ANEXOS ................................................................................. 147
24
Introdução

1 INTRODUÇÃO

O Ministério da Saúde ao reconhecer que a deficiência auditiva é uma


doença crônica e uma questão de saúde pública, instituiu em 2004 a Política
Nacional de Atenção à Saúde Auditiva (PNASA) por meio da Portaria nº 2.073/GM,
revogada em 2011 para o início do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência – Viver sem Limites, e mais recentemente, a Portaria GM/MS Nº 2.776,
de 18 de dezembro de 2014, que aprova, amplia e incorpora procedimentos para a
Atenção Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva no Sistema Único de
Saúde (SUS).
Os programas e serviços de saúde visam desde a detecção da perda
auditiva, por meio da triagem auditiva neonatal nas maternidades e núcleos de
saúde; o diagnóstico incluindo consultas e exames audiológicos; a seleção,
adaptação e concessão do aparelho de amplificação sonora individual (ASSI); o
procedimento cirúrgico do implante coclear (IC); o acompanhamento periódico; até a
realização da terapia fonoaudiológica.
No que se refere à terapia fonoaudiológica, após a concessão dos
dispositivos eletrônicos (AASI ou IC), muitas dúvidas ainda permanecem quanto ao
método a ser seguido.
Dentre os métodos que enfatizam o desenvolvimento da comunicação
oral, o método Aurioral fundamentou-se como uma das opções no tratamento
fonoaudiológico das crianças com deficiência auditiva usuárias de AASI e/ou IC.
Tal método é considerado uma intervenção que tem como proposta
ajudar a criança a descobrir o quanto o ouvir lhe dá prazer e a possibilita entender
diferentes e inúmeros conteúdos linguísticos presentes em seu cotidiano. Espera-se
que elas cresçam aprendendo a ouvir e a falar.
Especificamente, a prática do método Aurioral na rotina da criança se dá
a partir do uso efetivo dos dispositivos eletrônicos, da participação efetiva da família
no processo terapêutico, da prática das diferentes estratégias de comunicação e
técnicas, e da parceria com a escola.
O método Aurioral vem sendo sugerido por profissionais especializados
há anos na habilitação e reabilitação da criança com deficiência auditiva usuária de
AASI e/ou IC de todo o mundo, contudo, quando buscamos na literatura pesquisas
que evidenciem sua eficácia no desenvolvimento da comunicação oral,
25
Introdução

pouquíssimas pesquisas são encontradas, e as encontradas sugerem novas


pesquisas. Quando buscamos na literatura nacional não encontramos pesquisas
com tal propósito.
Ainda, as pesquisas existentes têm sido criticadas por serem poucas em
número de participantes e carentes em rigor. A literatura aponta a necessidade de
novas pesquisas que sejam bem desenhadas e rigorosas na investigação da
eficácia do método Aurioral na promoção do desenvolvimento das habilidades
auditivas e linguagem falada.
Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo verificar o
impacto do método Aurioral no desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva
usuários de AASI e/ou IC que frequentaram ou frequentam um serviço público
especializado do SUS considerando o desempenho das habilidades auditivas,
linguagem falada, inteligibilidade de fala e qualidade de vida.
.
1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
O Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo (CEDAU) do
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Universidade de
São Paulo (USP) – Campus Bauru foi estruturado, no ano de 1990, pela Professora
Maria Cecília Bevilacqua e seus colaboradores.
O CEDAU foi concebido no método Aurioral e tem como meta geral
promover a comunicação oral do paciente por meio da via auditiva e, como objetivos
específicos, desenvolver as habilidades auditivas e de linguagem falada do paciente;
realizar orientações e aconselhamento familiar; favorecer a inclusão do paciente no
ensino regular; orientar professores, educadores e demais profissionais; e contribuir
para o desenvolvimento integral do paciente.
A equipe do CEDAU atua na habilitação e reabilitação de crianças com
deficiência auditiva pautando-se nos princípios do método Aurioral. Tal método é
considerado uma intervenção que tem como proposta priorizar e maximizar a função
auditiva, por meio do uso de dispositivos eletrônicos (AASI e/ou IC), auxiliando no
desenvolvimento das habilidades auditivas e, consequentemente, possibilitar a
construção da linguagem falada. Nesse contexto, a atuação dos profissionais no
Centro foi estruturada prevendo uma intervenção que correspondesse às demandas
de habilitação e reabilitação efetiva da criança com deficiência auditiva totalmente
via SUS.
26
Introdução

A proposta desse estudo surgiu, a partir de uma reflexão da pesquisadora


sobre o serviço especializado oferecido pelo CEDAU via SUS e a escassez de
evidências científicas quanto ao impacto do método Aurioral na vida das crianças,
adolescentes e adultos com deficiência auditiva usuárias de AASI e/ou IC.

1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a fundamentação teórica foi realizada uma consulta às bases de


dados PubMed, Lilacs, Scielo, Medline e Scopus mediante a combinação dos
descritores indexados no DecS (Descritores em Saúde) em Português e em Inglês:
perda auditiva, criança, implante coclear, reabilitação, linguagem, comunicação e
qualidade de vida.
27
Revisão de Literatura

2 REVISÃO DE LITERATURA

A audição é um sentido fundamental à vida, pois é à base do


desenvolvimento da comunicação humana (AURÉLIO et al., 2012). Sua privação é
considerada uma doença incapacitante. Nos últimos anos, muito tem sido feito para
amenizar o impacto da surdez e proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos
indivíduos com o distúrbio auditivo (FERNANDES, 2016).
A incidência de deficiência auditiva congênita no mundo é estimada em
quatro para cada mil recém nascidos (IBPA, 2006). No Brasil, pelo Censo
Demográfico realizado em 2010 constatou-se que existem aproximadamente 46
milhões de pessoas com deficiência, ou seja, 24% da população total da época.
Destes 5,1% declaram alguma ou grande dificuldade de ouvir (IBGE, 2010).
A audição é considerada a principal via para a aquisição da linguagem
falada, sendo assim a privação sensorial auditiva provoca um impacto na
comunicação do indivíduo com o meio. A saber, a linguagem falada é constituída
pela compreensão e pela expressão, sendo que o desenvolvimento da expressão é
diretamente influenciado pela compreensão da linguagem. Em meio ao
desenvolvimento normal da linguagem, a compreensão constitui-se desde o
nascimento até os cinco anos de idade, sendo aprimorada após este período
(REYNELL; GRUBER, 1990).
Costa, Bevilacqua e Tabanez (2006) referem que a privação auditiva,
principalmente quando acomete a criança antes da aquisição da linguagem,
restringe potencialmente e de forma devastadora o desenvolvimento da linguagem
falada, comprometendo, consequentemente, o desenvolvimento global e a qualidade
de vida. Ainda, Ching et al. (2009) expõem que os impactos da perda auditiva
permanente na infância agem negativamente no desenvolvimento das habilidades
auditivas, de fala, de linguagem, psicossociais e também nos níveis de escolaridade
da criança.
Dunn et al. (2014) referem que está estabelecido que a perda auditiva na
infância afeta o desenvolvimento da percepção da fala e da linguagem. Dessa
forma, as crianças com perda auditiva se beneficiam da intervenção tecnológica
precoce, pois os dispositivos eletrônicos oferecem uma oportunidade das crianças
desenvolverem as habilidades de linguagem falada (FITZPATRICK et al., 2011).
Desta maneira, a identificação precoce seguida pelo diagnóstico e intervenção
28
Revisão de Literatura

imediata e adequada da perda auditiva, atuando diretamente junto ao período de


maior plasticidade neuronal, podem minimizar estas consequências, diminuindo os
riscos para o desenvolvimento global destas crianças.
Pesquisadores de diversos países estudam os diferentes benefícios
provenientes da implantação, como por exemplo: a evolução das habilidades de
percepção da fala (GORDON; TANAKA; PAPSIN, 2005; GALVIN et al., 2007;
ANGELO; BEVILACQUA; MORET, 2010; SOUZA et al., 2011), de linguagem
(SVIRSKY et al., 2000; GEERS, 2004; SVIRSKY; TEOH; NEUBURGER, 2004; HAY-
MCCUTCHEON et al. 2008; QUEIROZ; BEVILACQUA; COSTA, 2010;
FORTUNATO-TAVARES et al. 2012; SOUSA et al 2014; VASSOLER; CORDEIRO,
2015), de inteligibilidade de fala (FLIPSEN; COLVARD, 2006, TANAMATI;
BEVILACQUA; COSTA, 2012), de produção da voz (HIGGINS et al. 2003; CAMPISI
et al., 2005; SNOW; ERTMER, 2012; SOUZA, 2013), de leitura e escrita
(CROSSON; GEERS, 2003, 2004), do esforço auditivo (CRUZ, 2018; SILVA;
CARNEIRO; JACOB, 2020), bem como a melhora da autonomia, comunicação,
escolarização e socialização da criança após ativação do IC (STEFANINI et al.,
2014). O IC também desencadeia um efeito positivo na qualidade de vida das
crianças implantadas e de suas famílias (FORTUNATO-TAVARES et al., 2012;
ALMEIDA et al., 2015; SILVA et al., 2020; SILVA; CAMPOS; MORET, 2021). O
mesmo pode-se dizer do AASI quando adaptado precocemente às crianças com
perdas auditivas que se beneficiam deste dispositivo.
É consenso que o avanço da tecnologia muito tem contribuído com a
habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência auditiva (SILVA; SILVA;
AURÉLIO, 2013). Não existem dúvidas quanto aos benefícios dos dispositivos
auditivos, contudo somente a adaptação dos mesmos não é suficiente para que a
criança se torne um comunicador oral efetivo em sociedade.
Somente a adaptação precoce do AASI ou a implantação do IC no
período ideal (período sensível) não são suficientes para garantir um bom
desempenho com os dispositivos, havendo a necessidade de intervenções
terapêutica especializada e acompanhamento contínuo dos pacientes (ALVARENGA
et al., 2013).
Ainda, em relação ao IC, este é uma opção na intervenção de pacientes
com perdas auditivas de grau severo a profundo, porém autores (O’NEILL et al.,
2002; COSTA; BEVILACQUA; TABANEZ, 2006) frizam que não se trata apenas de
29
Revisão de Literatura

um procedimento cirúrgico, exclusivamente, pelo seu dispositivo eletrônico. Moret


(2002) e Moret, Bevilacqua e Costa (2007) referem que o processo que envolve o IC
é multifatorial e ocorre em três fases: avaliação pré-cirurgica, ato cirúrgico e
acompanhamento do dispositivo eletrônico, mas também o processo contínuo e
complexo de habilitação e reabilitação auditivas.
Tamanha a importância de um acompanhamento adequado, Gross (2002)
aponta que o acesso apropriado a um serviço de habilitação e reabilitação auditivas
especializado e a um contexto educacional favorável deva ser apontado como
critério na seleção de crianças candidatas ao IC.
Frente à habilitação e reabilitação auditivas para crianças usuárias de
dispositivos auditivos, autores afirmam que é de suma importância que ocorra uma
estimulação adequada após a cirurgia visando à organização das vias auditivas e a
expansão das possibilidades das crianças (ALVES; LEMOS, 2005; UÑA;
GONZÁLEZ; AROCENA, 2019), para que elas aprendam a construir sua linguagem,
a partir dos sons percebidos (RESEGUE-COPPI, 2008; ORDOÑEZ
LUNA; LAZARTE VILLARROEL, 2020). Essas crianças devem estar inseridas em
um processo terapêutico que valorize a estimulação das vias auditivas e da
linguagem falada, e da participação da família durante todo esse processo. O
método que rege tais princípios é o método Aurioral.

2.1 Método Aurioral


Dentre os métodos que enfatizam o desenvolvimento da função auditiva,
o método Aurioral (BEVILACQUA; FORMIGONI, 1997) fundamentou-se como uma
das opções no tratamento fonoaudiológico das crianças com deficiência auditiva
usuárias de AASI e/ou IC. Segundo os princípios desse método, o profissional deve
priorizar o input auditivo nas situações de interação e estimulação da linguagem
falada, envolvendo no processo de terapia fonoaudiológica os responsáveis pela
criança, a fim de que estes sejam executores dos modelos linguísticos apresentados
nas sessões fonoaudiológicas (ESTRABROOKS, 1994; BEVILACQUA;
FORMIGONI, 1997; SIMSER, 1999; JANJUA; WOLL; KYLE, 2002; ROBBINS;
KOCH; OSBERGER, 2004; SCARANELLO, 2005; BOAS; RODRIGUES;
YAHAMADA, 2006; DORNAN et al., 2009; BRENNAN-JONES; et al., 2014; ZABEU-
FERNANDES, 2019).
30
Revisão de Literatura

Assim, podem ser inseridas no método Aurioral, crianças com diagnóstico


de perda auditiva e/ou Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva adaptadas
com dispositivos eletrônicos auditivos ainda em período sensível ao
desenvolvimento das habilidades auditivas e linguagem falada em que as famílias
optem por tal método e que estejam permeáveis ao processo terapêutico.
O principal objetivo do método Aurioral é que a criança com deficiência
auditiva atinja o mesmo nível de habilidades auditivas, de linguagem receptiva e de
linguagem expressiva que seus pares ouvintes (ERIKS-BROPHY, 2004; HOGAN et
al., 2008).
O método coloca ênfase no papel da audição no desenvolvimento das
habilidades auditivas, linguagem falada e na importância dos familiares como central
no processo de habilitação ou reabilitação da criança (BOUCHER-JONES, 2001;
LIM; SIMSER, 2005). Ele defende, portanto, um rigoroso acompanhamento
audiológico e o uso dos dispositivos eletrônicos (IC e AASI) para otimizar o potencial
auditivo da criança.
A terapia embasa no método Aurioral facilitará o desenvolvimento das
habilidades auditivas e linguagem falada por meio da escuta das crianças com
deficiência auditiva. Os familiares participam ativamente das sessões terapêuticas.
Durante as terapias os pais recebem demonstrações de como agir com a criança e
são orientados e aconselhados a se tornarem agentes facilitadores e modificadores
no processo de desenvolvimento da comunicação oral do seu filho. Os familiares
são incentivados a criar confiança de que a criança terá acesso a uma gama
completa de escolhas acadêmicas, sociais e ocupacionais (KAIPA; EDANSER,
2016; ZABEU-FERNANDES, 2019).
Sahli e Belgin (2011) estudaram 15 crianças com deficiência auditiva pré-
lingual que frequentavam a terapia embasada no método Aurioral, ao longo de um
ano após a implantação, e verificaram que o desempenho da percepção auditiva
evolui rapidamente com a combinação do IC realizado precocemente e participação
das crianças na terapia Aurioral. Os autores concluem que as crianças devem
frequentar à terapia embasada no método Aurioral após realizar a cirurgia de
implante coclear com o objetivo de desenvolver sua audição, linguagem e fala.
O sucesso do IC na estimulação das vias neurais até o cérebro está bem
documentado (CLARK, 2003; CLARK et al., 2012). Contudo, o IC sozinho não
equivale ao escutar. Os resultados com o IC podem ficar aquém dos esperados
31
Revisão de Literatura

quando não são acompanhados da terapia Aurioral (HASTIE et al., 2013), assim
como os resultados com o uso do AASI.
Ainda, no estudo realizado por Rhoades e Chisholm (2000) com 40
crianças com deficiência auditiva usuárias de AASI ou IC, que foram avaliadas
quanto ao seu desenvolvimento de audição e linguagem ao longo de quatros anos
de terapia embasada no método Aurioral os achados confirmaram que o método
utilizado é altamente viável tanto para as crianças usuárias de AASI quanto para as
usuárias de IC.
Estudos realizados com crianças implantadas inseridas em diferentes
programas, com diferentes princípios terapêuticos, demonstram que as crianças
envolvidas no método Aurioral apresentaram maiores ganhos de linguagem,
desenvolvimento auditivo e inteligibilidade de fala do que aquelas envolvidas em
programas de comunicação total (GEERS; BRENNER, 2004; UZIEL; et al., 2007
RESEGUE-COPPI, 2008, MELO; LARA, 2012; PERCY-SMITH et al., 2018). Embora,
tenham sido relatados resultados positivos para crianças com deficiência auditiva
usuárias de AASI e/ou IC, a base de evidencias em relação ao método Aurioral
ainda está em desenvolvimento (ERIKS-BROPHY, 2004, LOY et al.; 2010; PERCY-
SMITH et al., 2018; ORDOÑEZ LUNA; LAZARTE VILLARROEL, 2020).

2.2 Método Aurioral, Habilidades Auditivas, Linguagem Falada e Inteligibilidade


de Fala
O método Aurioral concentra-se no desenvolvimento das habilidades
auditivas por meio da escuta. Sugere-se que o foco na audição facilite o processo
típico de aquisição de linguagem falada, por exemplo, permitindo situações naturais
de atenção conjunta entre os familiares e a criança (TOMASELLO, 2005).
Esse foco na audição também visa construir a confiança da criança em
sua audição e facilitar a produção de fala natural, pois a criança estará focando no
uso do feedback auditivo para reproduzir os fonemas dentro das palavras e frases
(RICHARDS; SIMSERS, 2001; TANAMATI; COSTA; BEVILACQUA, 2011).
No estudo realizado por Melo e Lara (2012) em que verificaram o
desempenho das habilidades auditivas e de linguagem falada de duas crianças com
deficiência auditiva que receberam o IC na mesma faixa etária, porém, que
frequentavam terapia fonoaudiológica com métodos diferentes. Uma criança estava
inserida no método Aurioral e a outra em outro método. Foi observado que a criança
32
Revisão de Literatura

inserida no método Aurioral apresentou melhor desempenho de habilidades


auditivas comparado ao desempenho da outra criança.
Ainda, em relação ao desenvolvimento da linguagem falada, foi
observado nesse mesmo estudo, que o desempenho linguístico da criança inserida
no método Aurioral foi superior a da criança inserida em outro método, ou seja,
enquanto a primeira criança já era capaz de produzir espontaneamente frases de
dois ou três elementos, a segunda criança apenas apresentava vocalizações
indiferenciadas.
Outros estudos também tem sugerido que o método Aurioral pode implicar em
melhores resultados na aquisição da linguagem falada, bem como na melhora da
produção de fala em crianças com deficiência auditiva (ERIKS-BROPHY, 2004;
DORNAN et al., 2010; ORDOÑEZ LUNA; LAZARTE VILLARROEL, 2020).
Estudos que investigaram os progressos na aquisição da linguagem
falada, ao longo do tempo, de crianças com deficiência auditiva usuárias de
dispositivos eletrônicos inseridas em terapia fonoaudiológica embasada no método
Aurioral, demonstram avanços satisfatórios quando comparado os resultados a de
seus pares ouvintes (YOSHINAGA-ITANO; et al., 1998; RHOADES; CHISOLM,
2000; RHOADSES; CHISOLM, 2000; SVISKY; TEOH; NEUBURGER, 2004;
DETTMAN et al. 2007; DORNAN et al., 2007, 2009; CHING et al., 2009; LOY et al.,
2010). Os resultados desses estudos são superiores a vários outros estudos de
crianças com deficiência auditiva inseridas em terapias fonoaudiológicas embasadas
em diferentes métodos (BLAMEY et al., 2001; GEERS; NICHOLAS; SEDEY, 2003;
SARANT et al., 2008; Loy et al.; 2010).
Dornan et al. (2007, 2009) demonstraram em seus estudos que a
inteligibilidade de fala de crianças com deficiência auditiva inseridas no método
Aurioral se apresentaram semelhante aos de seus pares ouvintes. A insignificância
entre a inteligibilidade de fala das crianças estudadas foi surpreendente, pois se
esperava que as crianças com deficiência auditiva tivessem maiores dificuldades
nas articulações dos sons do que as crianças ouvintes (MARSCHARK; LANG;
ALBERTINI, 2002; SCHORR ; ROTH; FOX, 2009; UZIEL et al., 2007).
No estudo realizado por Dornan (2011) o grupo de crianças com
deficiência auditiva inseridas no método Aurioral progrediram no desenvolvimento da
audição, linguagem e fala na mesma taxa média que o grupo de crianças ouvintes. É
provável que nesses estudos a combinação do uso dos dispositivos auditivos e a
33
Revisão de Literatura

terapia fonoaudiológica embasada no método Aurioral tenha influenciado


positivamente o nível de desenvolvimento das habilidades auditivas, aquisição de
linguagem falada e de inteligibilidade de fala alcançadas pelas crianças pesquisadas
(LOY et al., 2010).
Daniel, Kaplan e Puterman (2010) revisaram estudos que avaliaram os
resultados de audição e linguagem de crianças com deficiência auditiva pré-lingual
usuárias de IC a médio e longo prazo. Dos estudos revisados as crianças que
tiveram terapia fonoaudiológica embasada no método Aurioral foram mais
beneficiadas com o uso do dispositivo.
Segundo um estudo de Khan, Edwards e Longdon (2005) não foi
observado diferenças significantes quando comparado o comportamento
comunicativo de crianças usuárias de AASI e/ou IC aos de crianças com audição
típica. Resultados semelhantes também foram relatados em estudos de Faber e
Grontved (2000), Kushalnagar et al. (2007) e Fortunato-Tavares et al. (2012).
Para que o desenvolvimento auditivo e linguístico aconteça é necessária
a realização da terapia fonoaudiológico com ênfase na função auditiva para o
desenvolvimento da linguagem falada, com profissionais competentes e
especializados, em parceria com a família da criança (DILLER, 2009; MELO; LARA,
2012; ZABEU-FERNANDES, 2019; CAVALCANTE et al. 2020).

2.3 Método Aurioral e Qualidade de Vida


O Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial
de Saúde (WHOQOL) define qualidade de vida (QV) como a percepção do individuo
de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele
vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (THE
WHOQOL GROUP, 1995; FLECK et al., 2000).
A deficiência auditiva acarreta no indivíduo dificuldades na compreensão
dos sons da fala e, consequentemente, afastamento das atividades sociais e
familiares, baixa autoestima, isolamento, solidão, depressão e irritabilidade. Esses
fatores em conjunto interferem na QV, pois comprometem a socialização e a
participação do individuo no grupo no qual está inserido (TEIXIERA; GARCEZ,
2011).
No estudo realizado por Almeida et al. (2015) em que os critérios de
inclusão dos participantes foram o uso efetivo do IC igual ou superior a seis meses e
34
Revisão de Literatura

estar em acompanhamento fonoaudiológico terapêutico, cuja abordagem terapêutica


utilizada segue os princípios norteadores do método Aurioral, os resultados
demonstraram que o IC produziu um efeito positivo na QV das crianças e de suas
famílias. Todos os domínios referentes à QV das crianças apresentaram melhora
após a ativação do IC. Os pais apresentaram maior satisfação em relação aos
domínios autoconfiança e relações sociais, sugerindo que a audibilidade,
proporcionada pelo IC, associada à evolução das habilidades auditivas e
linguísticas, trouxe uma aceitação e postura positiva da criança com relação à suas
competências e habilidades nas situações de comunicação e, consequentemente, a
ampliação de suas relações sociais (com familiares e não familiares).
Ainda nesse estudo os autores corroboram seus resultados com outros da
literatura que investigam a QV de crianças usuárias de IC e suas respectivas
famílias indicando melhoras significantes na autonomia e nas relações sociais, o que
interfere positivamente na QV dos participantes (HUTTUNEN et al., 2009;
FORTUNATO-TAVARES et al., 2012; ALMEIDA et al., 2015).
De acordo com os achados de Monshizadeh et al. (2018) o IC seguido
pela terapia fonoaudiológica embasada no método Aurioral fornece à criança com
deficiência auditiva habilidades de interação social comparáveis àquelas de crianças
com audição típica.
Um estudo realizado por Percy-Smith et al. (2008) sobre o nível de
autoestima e bem-estar social de crianças usuárias de implante coclear e normo-
ouvintes mostrou que o desempenho das crianças implantadas nos dois domínios
(autoestima e bem-estar social) eram iguais ou melhores que as das crianças com
audição típica.
Além disso, em um estudo longitudinal, envolvendo entrevistas com pais
de crianças implantadas, demonstrou um progresso notável na comunicação e nas
habilidades sociais dessas crianças quando comparado aos de crianças com
audição típica (BAT-CHAVA; MARTIN; KOSCIW, 2005).
Um estudo realizado por Sahli e Belgin (2006) confirmou a melhora da
autoestima das crianças implantadas no decorrer do tempo. Além disso, nenhuma
diferença significativa foi observada em seu nível de interação social em
comparação com crianças ouvintes durante a idade adulta.
No estudo de Fortunato-Tavares et al. (2012) foi verificado que o implante
coclear apresentou efeito positivo na qualidade de vida das crianças implantadas e
35
Revisão de Literatura

de suas famílias. Ribas et al. (2017) também evidenciaram em seu estudo que o uso
do IC, na perspectiva dos pais, melhorou as habilidades comunicativas de seus
filhos, e este fato, por si só agrada e recompensa o esforço dos pais e outros
familiares envolvidos na habilitação ou reabilitação da criança. Como critério para
participar dessa pesquisa todas as crianças deveriam estar inseridas em terapia
fonoaudiológica, porém não foi especificado o método a ser seguido.
Morales, Morales e Rahal (2018) investigaram a QV de crianças e jovens
usuários de IC do Hospital Barros luco Trudeau do Chile ao longo de um ano de uso
do dispositivo. Verificaram melhora na QV dos participantes nos quesitos emocional,
social, familiar e educacional. Contudo, não especificaram se os participantes
realizaram terapia fonoaudiológica.
No estudo de Dornan et al. (2010) não houve diferença significativa para
autoestima entre o grupo de crianças com deficiência auditiva inseridas no método
Aurioral e o grupo controle. Esses resultados também são encontrados no estudo de
Percy-Smith et al. (2006) que demonstrou uma resposta satisfatória para o bem
estar de crianças implantadas. Segundo Loy et al. (2010) a QV em crianças e
adolescentes usuários de IC é semelhante à de seus pares ouvintes.
Silva (2017) avaliou a qualidade de vida de 30 crianças com idade entre
seis anos completos a 12 anos incompletos, usuárias de IC e seus respectivos pais
e/ou responsáveis legais e concluiu que o domínio das relações sociais apresentou
impacto mais significativo na qualidade de vida de crianças com IC, seguido dos
domínios da comunicação, do funcionamento geral, da autoconfiança, da educação,
do bem-estar e felicidade e dos efeitos do IC sobre a família.
Ainda nos estudos de Silva et al. (2020) e Silva, Campos e Moret (2021)
os autores concluíram que os benefícios do implante coclear impactaram na
qualidade de vida dos participantes e seus familiares, mas que também, variáveis
como a implantação precoce, o uso do dispositivo eletrônico, aspectos educacionais
e socioeconômicos também foram fatores influenciadores que se correlacionaram
com a qualidade de vida das crianças dos estudos.
36
Revisão Objetivos
de Literatura

P3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

 Esse estudo teve como objetivo geral verificar o impacto do método Aurioral
no desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva usuárias de aparelho de
amplificação sonora individual e/ou implante coclear, que frequentaram ou que
frequentam um serviço público especializado do Sistema Único de Saúde,
considerando o desempenho das habilidades auditivas, linguagem falada,
inteligibilidade de fala e qualidade de vida.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar a correlação entre o desempenho das habilidades auditivas,


linguagem falada, inteligibilidade de fala, qualidade de vida e as variáveis
audiológicas, terapêuticas, sociais e educacionais do grupo estudado.

 Verificar o impacto do método Aurioral no desenvolvimento de pessoas com


deficiência auditiva usuárias de aparelho de amplificação sonora individual e/ou
implante coclear, na perspectiva dos participantes e de seus pais e/ou familiares.

OSIÇÃO

Com base na Introdução e Revisão de Literatura, deve-se descrever o


objetivo, claramente formulado, identificando o “alvo” que se pretende atingir,
respondendo à pergunta o porquê da investigação científica. Ao iniciar um objetivo,
usar os verbos no modo avaliar, comparar etc.
37
Métodos

4 MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva prospectiva transversal, buscando


estudar o impacto do método Aurioral no desenvolvimento de pessoas com
deficiência auditiva que frequentaram ou que frequentam o Centro Especializado no
Desenvolvimento Auditivo (CEDAU), por meio de fonte primária e secundária de
coleta de dados, num período de 30 anos de prática.
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres
Humanos do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade
de São Paulo – HRAC/USP sob aprovação CAAE nº 20420019.1.00005441, Parecer
nº 3.673.984.

4.1 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTUDO


O estudo foi desenvolvido pelo Departamento de Fonoaudiologia da
Faculdade de Odontologia de Bauru e pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais da Universidade de São Paulo, na cidade de Bauru (HRAC/USP-
Bauru).

4.2 CASUÍSTICA
Participaram os pacientes ingressos no CEDAU/HRAC/USP durante o
período de 1990 a 2020, que corresponderam aos critérios abaixo:
4.2.1 Critérios de inclusão:
- pacientes com deficiência auditiva sensorioneural e/ou Desordem do
Espectro da Neuropatia Auditiva (DENA).
- pacientes ingressos ao Centro em conformidade aos critérios de
elegibilidade para o CEDAU (Anexo A), no período de 1990 a 2020.
4.2.2 Critérios de exclusão:
- pacientes não oralizados e/ou não alfabetizados.
- pacientes com comprometimentos primários associados à deficiência
auditiva que foram encaminhados para outros serviços.
- pacientes que não se beneficiaram do método Aurioral.
- pacientes que abandonaram o tratamento.
- pacientes que não foram encontrados durante a realização da pesquisa.
38
Métodos

4.3 PROCEDIMENTOS
Foi realizado um levantamento e caracterização dos pacientes ingressos
ao CEDAU no período de 1990 a 2020. Para isso, foi realizado uma busca e o
acompanhamento do banco de dados do Centro, além da análise dos prontuários
dos pacientes.

Ao longo dos 30 anos no período de 1990 a 2020, o CEDAU recebeu 200


pacientes, desses, 12 pacientes foram encaminhados, após terapia diagnóstica,
para outras métodos por apresentarem diagnóstico de outros comprometimentos
associados à deficiência auditiva que careciam de outro tipo de intervenção, 13
pacientes foram encaminhados para um trabalho voltado ao desenvolvimento da
comunicação pela Língua Brasileira de Sinais por não se beneficiarem do método
Aurioral ou por opção da família e 21 pacientes abandonaram o tratamento. Dos 155
pacientes elegíveis ao Centro, 132 eram pacientes egressos e 23 pacientes em
atendimento no CEDAU na época da coleta da pesquisa.

A partir desse levantamento, a pesquisadora buscou entrar em contato


com os 155 pacientes e seus familiares por meios de comunicação digital ou
telefone informados nos prontuários.

Três pacientes não foram localizados mesmo após exaustiva busca e


soube-se que um paciente foi a óbito.

Foi feito contato com 151 pacientes e após a pesquisadora informar o


propósito do contato todos aceitaram participar do estudo. A pesquisadora explicou
que a aplicação dos instrumentos seria realizada junto aos atendimentos de
acompanhamento realizados no HRAC em um momento que não o prejudicaria ou
em teleconsulta previamente agendada.

No dia da coleta foram apresentados aos participantes os seguintes


documentos:

1) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: para autorizar ou


não a participação na pesquisa (Anexo B);
2) Termo de Assentimento Livre e Esclarecido: para concordar ou
não com a participação na pesquisa por parte das crianças (Anexo C);
3) Questionários de qualidade de vida.
39
Métodos

Os questionários de qualidade de vida foram selecionados e


apresentados aos pacientes e familiares de acordo com a idade do paciente e tipo
de dispositivo auditivo utilizado. Foi solicitado aos participantes que os
respondessem seguindo instruções da pesquisadora.
O desempenho auditivo, de linguagem falada e de inteligibilidade de fala
dos participantes no ano de ingresso ao CEDAU foram coletados dos prontuários
dos participantes. O desempenho auditivo, de linguagem falada e de inteligibilidade
de fala atuais foram pontuados pela pesquisadora no momento da coleta.
Também foi solicitado aos participantes e seus familiares, sendo da
vontade deles, que redigissem um depoimento, sobre sua experiência no CEDAU,
em relação ao impacto da habilitação ou reabilitação dentro do método Aurioral em
suas vidas, e foram questionados pela pesquisadora de que “se tivessem que fazer
tudo de novo, tomariam a decisão de ingressar em um processo terapêutico regido
pelos princípios do método Aurioral?”.
Para a caracterização da amostra foram verificados os dados demográficos, o
estudo socioeconômica familiar atualizado, as características audiológicas, os
dispositivos eletrônicos utilizados e a idade em que iniciaram a terapia regida pelo
método Aurioral, registrados nos prontuários dos participantes do estudo.

4.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

Um total de 151 pacientes participou do estudo, sendo 64 adultos, 30


adolescentes e 57 crianças, com seus respectivos pais ou responsáveis. Dos 64
adultos, 34 são do gênero masculino e 30 são do gênero feminino; dos 30
adolescentes, 17 são do gênero masculino e 13 do gênero feminino, das 57
crianças, 26 são do gênero masculino e 31 são do gênero feminino. A média de
idade dos participantes foi de 211 meses (mínima de 48 meses e máxima de 483
meses). Quando investigado as regiões de origem dos participantes foi verificado
que 100 participantes são do estado de São Paulo (SP), 11 do estado do Pará (PA),
sete de Mina Gerais (MG), sete do Rio de Janeiro (RJ), cinco do Paraná (PR), três
de Tocantins (TO), três do Maranhão (MA), três do Moto Grosso do Sul (MS), dois
do Distrito Federal (DF), dois do Amazonas (AM), um de Santa Catarina (SC), um do
Mato Grosso (MT), um de Roraima (RR), um do Ceará (CE), um do Piauí (PI), um do
40
Métodos

Espírito Santo (ES), um de Rondônia (RO) e um atualmente está morando em Oslo


na Noruega.
Devido a grande variabilidade de idade dos participantes do estudo, do
tipo de dispositivo auditivo utilizado por eles, e da necessidade de instrumentos
específicos, os participantes foram divididos em quatro grupos de acordo com sua
faixa etária e tipo de dispositivo utilizado.
O Grupo I foi composto por 44 adultos, sendo 39 adultos usuários de
AASI bilateral e cinco adultos usuários de AASI unilateral. Dentre os 44
participantes, 15 tem perda auditiva sensorioneural de grau profundo (PASNP)
bilateral, 16 tem perda auditiva sensorioneural de grau severo (PASNS) bilateral,
cinco tem perda auditiva sensorioneural de grau moderado (PASNM) bilateral, cinco
tem PASNP à direita e PASNS à esquerda, três tem PASNM à direita e PASNS à
esquerda e um tem PASNS à direita e PASNP à esquerda. Quanto a etiologia da
perda auditiva, em 21 participantes a causa da perda auditiva (PA) foi
indeterminada, sete participantes apresentaram causa da PA por
prematuridade/multifatorial ao nascimento, sete participantes apresentaram causa
da PA por rubéola congênita, quatro participantes tiveram etiologia multifatorial ao
nascimento, três participantes apresentaram causa da PA genética, um paciente
teve meningite pré-lingual e um paciente teve como causa da PA a toxoplasmose
associada a prematuridade multifatorial ao nascimento.
O Grupo II foi composto por 20 adultos usuários de IC, sendo 19
participantes com PASNP bilateral e um com PASNP bilateral e desordem do
espectro da neuropatia auditiva (DENA). Dos 20 adultos, cinco participantes são
usuários do IC bilateral com inserção total dos eletrodos e 15 são usuários de IC
unilateral, sendo 13 com inserção total dos eletrodos e dois com inserção parcial.
Dos 15 usuários de IC unilateral, três fazem uso do AASI na orelha contralateral ao
IC. Quanto a etiologia da perda auditiva, em 11 participantes a causa da PA foi
indeterminada, três participantes apresentaram causa da PA por
prematuridade/multifatorial ao nascimento, três participantes a causa da PA foi a
meningite pré-lingual, em dois participantes a etiologia foi a rubéola congênita e em
um participante a causa da PA auditiva foi genética.
O Grupo III foi composto por 52 crianças e 30 adolescentes usuários de
IC, sendo 63 participantes com PASNP bilateral, seis participantes com PASNS
bilateral, um participante com PASNP à direita e PASNS à esquerda, nove
41
Métodos

participantes com PASNP bilateral e DENA, dois participantes com PASNS bilateral
e DENA e um participante com PASNM bilateral e DENA. Dos 82 participantes
usuárias de IC, 59 fazem uso do IC bilateral, sendo 53 com inserção total dos
eletrodos, 3 com inserção parcial dos eletrodos e três com inserção parcial e total
dos eletrodos. Os demais 23 participantes fazem uso do IC unilateral, sendo 22
implantados com inserção total dos eletrodos e um com inserção parcial. Dos 23
participantes usuários de IC unilateral, 15 fazem uso do AASI na orelha contralateral
o IC. Quanto a etiologia da perda auditiva, em 47 participantes a causa da perda PA
foi indeterminada, 11 participantes apresentaram causa genética da PA, 10
participantes teve causa da PA por prematuridade/multifatorial ao nascimento, nove
participantes teve causa da PA sendo multifatorial ao nascimento, dois pacientes
tiveram como causa da PA o citomegalovírus na gestação, um paciente teve como
causa da PA a meningite pré-lingual, um participante teve como causa da PA a
toxoplasmose gestacional e em um participante a etiologia foi a rubéola congênita.
O Grupo IV foi composto por cinco crianças usuárias de AASI bilateral,
sendo duas crianças diagnosticadas com PASNS bilateral, uma criança
diagnosticada com PASNM bilateral, uma criança com PASNM bilateral e DENA, e
uma criança com PASNP à direita e PASNS à esquerda. Quanto a etiologia da
perda auditiva, em três participantes a causa da PA foi indeterminada, um
participante apresentou causa genética da PA e um participante a causa da PA foi
multifatorial ao nascimento.
Os participantes dos grupos I e II eram pacientes egressos ao CEDAU.
No grupo III, 22 pacientes frequentavam o CEDAU no período da coleta e os demais
eram egressos. No grupo IV um paciente continuava em atendimento no CEDAU e
os demais eram egressos.
Nos quadros de 1 a 10 estão os dados demográficos e audiológicos dos
participantes de cada grupo definido.

Quadro 1- Dados demográficos dos participantes do Grupo I


P G ID(meses) GEPA Ocupação Estado Civil CSF RO
1 M 396 EMC Auxiliar de Transporte Casado BS SP
2 F 384 EFI Do lar Casado BS SP
3 M 384 ESC Auxiliar Administrativo Solteiro BI SP
4 M 384 EMI Auxiliar de Produção Casado BS SP
5 M 408 EMC Desempregado Casado MI SP
6 F 396 EMC Auxiliar Administrativo Solteiro BS SP
7 M 372 EFC Desempregado Solteiro BS SP
(Continua)
42
Métodos

Quadro 1- Dados demográficos dos participantes do Grupo I


(Conclusão)
8 M 384 EMC Soldador Solteiro BS SP
9 F 360 EMC Auxiliar Técnico de Farmácia Solteiro BS SP
10 F 372 ESI Estudante Universitária Casado BS SP
11 M 360 EMC Soldador Casado BS SP
12 F 336 EFI Empacotadora Solteiro BI SP
13 F 360 EMC Assistente Administrativo Casado BS SP
14 M 312 EFC Desempregado Divorciado BS SP
15 M 312 EMC Serviço de Empacotador Solteiro MI SP
16 F 372 EMC Do Lar Solteiro MI SP
17 M 372 EMC Operador de Loja Casado BS SP
18 M 468 ESC Engenheiro Elétrico Casado BS SP
19 M 336 ESC Engenheiro do Produção Solteiro BI SP
20 M 408 ESC Designer Gráfico Solteiro MI SP
21 Operador de Máquina de
M 312 ET Produção Casado BS SP
22 M 324 ESI Funcionário Público Municipal Solteiro MI SP
23 F 300 EMC Atendimento de Vendas Casado BS SP
24 F 288 ESI Auxiliar Administrativo Solteiro BS SP
25 F 348 ESC Auxiliar Administrativo Solteiro MI SP
26 Operador de Máquina de
M 336 EMC Produção Solteiro BS SP
27 F 336 ESC Auxiliar Administrativo Solteiro BS SP
28 Pesquisador/Doutorando em
M 372 PG Química Solteiro MI SP
29 M 288 ET Técnico de Enfermagem Solteiro MI NO
30 M 324 ESI Auxiliar de Escritório Casado BS SP
31 Auxiliar Administrativo/Atleta
F 384 ESC Seleção Brasileira de Surdo Solteiro MI MG
32 M 300 EMC Desempregado Solteiro BS SP
33 M 360 EMC Atendente de Loja Solteiro MI SP
34 M 288 EMC Operador de Loja Solteiro BS SP
35 F 240 ESI Estudante Universitária Solteiro BS SP
36 M 252 EMC Ajudante de Serviços Gerais Solteiro BI SP
37 M 252 EMC Empacotador de Mercadoria Solteiro BI SP
38 F 264 EMC Operadora de Caixa Solteira BS SP
39 F 216 EMC Operadora de Caixa Solteiro MI SP
40 M 264 ESI Estudante Universitário Solteiro BS SP
41 M 216 EMI Auxiliar de Pedreiro Solteiro BS SP
42 M 216 EMI Auxiliar de Gesso Solteiro BS SP
43 F 228 ESI Estudante Universitária Solteiro BI SP
44 Serviços Gerais em Clínica
M 384 EMC Geriátrica Solteiro BS SP
Legenda: P=participante. G=gênero. ID=idade. GEPA=grau de escolaridade do participante.
CSF=classificação socioeconômica familiar. RO=região de origem. F=feminino. M=masculino. EMC =
ensino médio completo. EFI = ensino fundamental incompleto. ESC=ensino superior completo.
EMI=ensino médio incompleto. EFC=ensino fundamental completo. ESI=ensino superior incompleto.
ET=ensino técnico. PG=pós graduação. BS=baixo superior. BI=baixo inferior. MI=médio inferior.

Quadro 2- Dados demográficos dos participantes do Grupo II


P G ID (meses) GEPA Ocupação Estado Civil CSF RO
45 F 216 EMI Estudante Solteiro BS RJ
46 F 360 ESC Fisioterapeuta Solteiro M SP
47 F 348 EMC Auxiliar de Produção Solteiro BS PA
48 F 336 PG Nutricionista Casado BS SP
49 F 348 EMC Auxiliar Técnico de Farmácia Solteiro BS SP
(Continua)
43
Métodos

Quadro 2- Dados demográficos dos participantes do Grupo II


(Conclusão)
50 F 300 EMC Auxiliar de Faturamento Solteiro BS SP
Administração/Funcionário do
51 F 324 ESC Banco /Caixa / Concursada Casado MI SP
52 F 336 PG Docente Solteiro BS SP
53 F 252 ESI Estudante Universitário Solteiro BS SC
54 M 483 EFI Auxiliar de Pedreiro Solteiro BS SP
55 F 240 EMC Assistente Administrativo Solteiro MI SP
56 F 252 EMC Tesoureira Solteiro MI SP
Técnico de Gestão de recursos
57 M 276 ESI e ferramentas empresa Vale Solteiro MI PA
58 M 240 ESI Estudante Universitário Solteiro MI SP
59 M 264 ESC Administrador de Informática Solteiro BS RJ
60 F 264 EMC Do lar Solteira BS SP
61 F 228 EMI Estudante Solteira MI SP
62 M 384 ESC Analista de Sistema Solteiro BS SP
63 M 288 ET Atendente Acadêmico Solteiro MI SP
64 F 276 ESI Universitária Solteira BI SP
Legenda: P=participante. G=gênero. ID=idade. GEPA=grau de escolaridade do participante.
CSF=classificação socioeconômica familiar. RO=região de origem. F=feminino. M=masculino. EMC =
ensino médio completo. EFI = ensino fundamental incompleto. ESC=ensino superior completo.
EMI=ensino médio incompleto. ESI=ensino superior incompleto. ET=ensino técnico. PG=pós
graduação. BS=baixo superior. BI=baixo inferior. MI=médio inferior. M=médio.

Quadro 3 - Dados demográficos dos participantes do Grupo III


P G ID(meses) GEM GEP Ocupação da Mãe Ocupação do Pai CSF RO
65 F 204 ESC Pedagoga BS MT
66 M 192 EMC Autônoma BS SP
67 F 204 ESC ESC Professora Professor MI PR
68 F 204 ESC ESC Professora Professor MI PR
69 F 180 ESC ESC Professora Professor MI PR
70 F 192 ESC ESC Advogada Advogado M SP
71 F 192 EMC EMC Cabeleireira Jardineiro BS SP
72 M 180 ESC Advogada BI SP
73 M 168 EMC Cabeleireira MI SP
74 M 180 ESC EMC Professora Vigilante BS SP
75 M 204 EMC EMC Cabeleireira Motorista MI TO
Auxiliar Serviços
76 M 180 EMC EMC Gerais BS SP
77 M 192 EMC EMC Do lar Funileiro BS MG
Autônomo
78 M 168 ESC EMC Pedagoga BS PA
79 F 168 EMC EMC Cabeleireira Motorista MI TO
80 F 156 EMC Do lar BI DF
81 M 168 ESC Pedagoga MI AM
82 F 168 ESC ESC Pedagoga Analista de Sistemas MI SP
Operador de
83 F 192 EMC EMC Autônoma Máquina MI SP
84 F 156 EMC EMC Do lar Motorista BS MG
85 M 156 EMC EMC Do lar Motorista BS MG
86 F 192 ESC ESC Pedagoga Empresário MI RR
Operador de
87 M 168 EMC EMC Autônoma Máquina MI SP
88 M 192 ESC EMC Advogada Funileiro MI SP
(Continua)
44
Métodos

Quadro 3 - Dados demográficos dos participantes do Grupo III


(Continuação)
Técnica de
89 M 180 ET EMC Enfermagem Vendedor de Carro BS SP
Assistente
90 M 168 ESC ESC Comercial Empresário MI AM
Representante de
91 F 168 EMC EMC Do lar Vendas MI RJ
92 M 180 ESC ESC Professora Pecuarista MI SP
93 M 192 EMC EMC Do lar Taxista BS RJ
94 M 156 EMC Do lar BI PA
95 F 132 EMC EMC Do lar Encarregado BS PA
96 M 144 EMC Do lar BI SP
97 F 120 EMC ET Manicure Militar MI MG
98 F 120 EMC EMC Manicure Marceneiro BS SP
Funcionário Público
99 M 144 EMC EMC Do lar Estadual BS SP
Analista de
Departamento
100 F 144 EMC EMC Autônoma Pessoal MI SP
101 M 108 PG ESC Medica Veterinária Advogado M SP
102 F 96 EMC EMC Do lar Encarregado BS PA
103 F 132 EMC EMC Manicure Vidraceiro BS SP
Técnica de
104 F 144 ET Enfermagem BI TO
105 M 108 ESC EMC Professora Marceneiro BS PA
Ajudante de
106 F 108 EMC EMC Do lar Motorista BS MG
107 M 144 EMC ESC Do lar Bancário BS CE
108 M 108 EMC EMC Caixa de loja Comerciante BS SP
109 F 84 EMC EMC Maquiadora Autônomo BS MA
110 F 144 EMC EMC Do lar Serviços Gerais BI PA
111 M 108 EMC Costureira BS SP
112 F 108 EMC ET Do lar Metalúrgico BS SP
113 M 108 ESC ET Agrimensor Eletrotécnico BS PA
Auxiliar de Operador de
114 M 96 EMC EMC Comércio Máquina BS SP
115 F 132 EMC EMC Do lar Soldador BS PI
116 F 84 EMC EMC Do lar Auxiliar Técnico BI MG
117 F 96 EMC EMC Do lar Motorista BS MA
118 F 108 EMC EMC Do lar Porteiro BS MS
119 F 120 EMC EMC Manicure Vigilante BS MA
120 F 84 EMC EMC Manicure Auxiliar de Produção BI SP
Representante
121 M 108 EMC EMC Do lar Comercial BS PR
122 F 108 ESC ESC Professora Professor MI SP
Operadora de Serviços
123 F 84 EMC EMC Caixa Gerais/Plasútil BS SP
Funcionário Publico Funcionário Público
124 F 144 PG PG Federal Federal MS ES
Auxiliar de Coordenador de
125 F 144 EMC EMC Escritório Transporte BS SP
126 M 144 EMC EMC Do lar Técnico de Correio BS DF
127 M 96 ESC PG Farmacêutica Médico Psiquiatra MI MG
128 M 96 PG ESC Fisioterapeuta Fisioterapeuta MI SP
(Continua)
45
Métodos

Quadro 3 - Dados demográficos dos participantes do Grupo III


(Conclusão)
129 F 132 EMC EMC Corretora Segurança BS SP
130 F 120 ESC ESC Professora Assistente Social MI MS
131 M 108 EMC EMC Compradora Empresário MI SP
132 M 120 EMC EMC Manicure Servente de Pedreiro BS SP
Operador de
133 F 48 EMC EMC Do lar Máquina BS SP
134 M 48 EMC EMC Do lar Serviços Gerais BI PA
Auxiliar Serviços
135 F 72 EMC Gerais BI SP
136 F 72 EMC Do lar BI SP
Técnico de
Manutenção de
137 F 72 EMC EMC Do lar Piscina BI SP
138 M 72 PG ET Advogada Servidor Público BS RO
139 M 48 EMC Do lar BI PR
140 F 66 EMC Autônoma BS RJ
Operador de
141 F 72 EMC EMC Do lar Máquina BI SP
Cuidadora de
142 M 72 EMC EMC Idosos Tratorista BS SP
Técnica de Operador de
143 M 60 ET EMC Enfermagem Máquina MI SP
144 M 72 EMC EMC Do lar Encarregado BS MS
Funcionária
145 F 60 ESC ESC Municipal Engenheiro BS PA
146 M 204 ESC Autônoma Autônomo BI SP
Legenda: P=participante. G=gênero. ID=idade. GEP=grau de escolaridade do pai. GEM=grau de
escolaridade da mãe. CSF=classificação socioeconômica familiar. RO=região de origem. F=feminino.
M=masculino. EMC = ensino médio completo. ESC=ensino superior completo. ET=ensino técnico.
PG=pós graduação. BS=baixo superior. BI=baixo inferior. MI=médio inferior. M=médio.

Quadro 4 - Dados demográficos dos participantes do Grupo IV


ID Ocupação da
P G (meses) GEM GEP Mãe Ocupação do Pai CSF RO
147 M 168 ESC Arquiteta MI SP
148 M 108 EMC Do lar BI SP
148 M 132 ESC EMC Professora Serviços Gerais MI SP
150 M 120 EMC EMC Do lar Corretor de Imóveis BS RJ
151 F 60 ESC ESC Empresária Empresário M SP
Legenda: P=participante. G=gênero. ID=idade. GEP=grau de escolaridade do pai. GEM=grau de
escolaridade da mãe. CSF=classificação socioeconômica familiar. RO=região de origem. F=feminino.
M=masculino. EMC = ensino médio completo. ESC=ensino superior completo. BS=baixo superior.
BI=baixo inferior. MI=médio inferior. M=médio.

Quadro 5 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, dispositivos utilizados, idade na primeira
adaptação, marca e modelo do dispositivo, tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia
em meses dos participantes do Grupo I
P Etiologia TGPA TGPA TD TD ID Marca/Modelo TU TU ID
OD OE OD OE 1ª A do dispositivo D D IT
OD OE
1 Baseo Q15
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 12 UP/Phonak 384 384 36
2 Mosaic 10
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 24 HP/Rexton 360 360 24
(Continua)
46
Métodos

Quadro 5 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, dispositivos utilizados, idade na primeira
adaptação, marca e modelo do dispositivo, tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia
em meses dos participantes do Grupo I
(Continuação)
3 VO730DP/GN
Indeterminado PASNS PASNP AASI 36 Resound 348 48
4 Axio 8 OD /
Indeterminado PASNS PASNS AASI 36 Nuear 348 36
5 Now Prestige
Multifatorial ao ITC/Starkey
nascimento PASNS PASNS AASI AASI 66 Nuear 342 342 66
6 Baseo Q15-
UP (OD) /
Naída
Rubéola SPV/Phonak
Congênita PASNP PASNP AASI AASI 24 (OE) 372 372 18
Rubéola Phonex
Congênita PASNS PASNP AASI AASI 16 313/Siemens 356 356 24
8 Aries Pro/
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 24 Nuear 360 360 48
9 Now Premier
Rubéola /Starkey
Congênita PASNS PASNS AASI AASI 42 Nuear 318 318 42
10 Now Prestige
ITC/Starkey
Indeterminado PASNS PASNS AASI AASI 48 Nuear 324 324 48
11 Rubéola Joy 10 HP
Congênita PASNP PASNP AASI AASI 18 /Rexton 342 342 18
12 Rubéola Gain 290/
Congênita PASNP PASNP AASI AASI 12 GN Resound 324 324 18
13 Accord 12
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 36 2C /Rexton 324 324 36
14 Rubéola Accord 12
Congênita PASNP PASNP AASI AASI 36 2C /Rexton 276 276 36
15 Baseo Q10-
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 24 UP /Phonak 288 288 25
16 Síndrome de Chili SP/
Usher PASNS PASNS AASI AASI 72 Oticon 300 300 78
17 Intro 1200
Meningite PASNM PASNM AASI AASI 96 CIC/ Nuear 276 276 96
18 Joy 10 HP/
Indeterminado PASNP PASNP AASI 22 Rexton 446 144
19 Sky Q-
SOUP/
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 24 Phonak 312 312 24
20 Rubéola Destiny 400
Congênita PASNS PASNS AASI AASI 36 ITC/Starkey 372 372 36
21 Prematuridade
/Multifatorial Joy 10
ao Nascimento PASNP PASNP AASI AASI 30 HP/Rexton 282 282 36
22 Prematuridade
/Multifatorial Ino
ao Nascimento PASNS PASNS AASI AASI 63 CIC/Oticon 261 261 66
23 Multifatorial ao Chili
nascimento PASNP PASNS AASI AASI 46 SP/Oticon 254 254 60
24 Prematuridade
/Multifatorial Intro 1200
ao Nascimento PASNS PASNS AASI AASI 27 CIC/ Nuear 261 261 29
25 Get ITC
Indeterminado PASNP PASNP AASI 80 P/Oticon 268 92
(Continua)
47
Métodos

Quadro 5 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, dispositivos utilizados, idade na primeira
adaptação, marca e modelo do dispositivo, tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia
em meses dos participantes do Grupo I
(Conclusão)
26 Multifatorial ao Get ITC
nascimento PASNS PASNS AASI AASI 58 P/Oticon 278 278 59
27 Prematuridade
/Multifatorial Get ITC
ao Nascimento PASNM PASNM AASI AASI 84 P/Oticon 252 252 96
28 Intro 1200
Indeterminado PASNM PASNM AASI AASI 68 CIC/ Nuear 304 304 71
29 Infiniti Pro /
Indeterminado PASNP PASNS AASI AASI 24 Siemens 264 264 24
30 Prematuridade
/Multifatorial Verso/GNRe
ao Nascimento PASNM PASNP AASI 70 sound 254 84
31 Prematuridade
/Multifatorial Axio 8 /
ao Nascimento PASNS PASNS AASI AASI 45 Nuear 339 339 50
32 Joy 10
Indeterminado PASNS PASNS AASI AASI 59 HP/Rexton 241 241 60
33 Mosaic 10
Indeterminado PASNM PASNP AASI AASI 72 HP/Rexton 288 288 120
34 Aries
Pro(OD) Axio
8 (OE)
Indeterminado PASNS PASNP AASI AASI 60 /Nuear 228 228 120
35 Consanguinida Chili
de PASNS PASNS AASI AASI 36 SP/Oticon 204 204 36
36 Gain 290/GN
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 24 Resound 228 228 24
37 Genético/Here Joy 10
ditário PASNS PASNS AASI AASI 41 HP/Rexton 211 211 42
38 Prematuridade
/Multifatorial
ao Nascimento PASNM PASNP AASI AASI 54 Get P/Oticon 210 210 65
39 Joy 10
Indeterminado PASNP PASNP AASI AASI 33 HP/Rexton 183 183 36
40 Toxoplasmose
gestacional/Pr
ematuridade/M
ultifatorial ao
Nascimento PASNM PASNM AASI AASI 70 Hit/Oticon 194 194 72
41 Multifatorial ao Ria
nascimento PASNS PASNS AASI AASI 48 BTE/Oticon 168 168 48
42 Now Prestige
ITC/Starkey
Indeterminado PASNS PASNS AASI AASI 54 Nuear 162 162 82
43 Step 270
Indeterminado PASNM PASNM AASI AASI 55 /GNResound 173 173 48
44 Get ITC
Indeterminado PASNS PASNS AASI AASI 78 P/Oticon 306 306 66
Legenda: P=participante. TGPA=tipo e grau da perda auditiva. OD=orelha direita. OE=orelha
esquerda. TD=tipo de dispositivo. ID=idade. A=adaptação. TU=tempo de uso do dispositivo.
IDIT=idade que iniciou terapia.
48
Métodos

Quadro 6 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, idade na primeira adaptação, idade na cirurgia de
implante coclear, tipo de inserção e idade na ativação do implante coclear em meses dos
participantes do Grupo II
TGPA TGPA ID 1ª IDC IDC TI TI IDA IDA
P Etiologia OD OE A OD OE OD OE OD OE
45 Indeterminado PASNP PASNP 22 147 36 Total Total 148 37
46 Meningite PASNP PASNP 29 300 Parcial 301
Rubéola
47 Congênita PASNP PASNP 53 68 Total 69
48 Indeterminado PASNP PASNP 21 207 Total 208
Genética/Hereditá
49 ria PASNP PASNP 14 61 Total 62
50 Indeterminado PASNP PASNP 22 37 276 Total Total 38 277
51 Indeterminado PASNP PASNP 22 44 Total 45
52 Indeterminado PASNP PASNP 60 288 Total 289
Rubéola
53 Congênita PASNP PASNP 14 180 24 Total Total 181 25
54 Meningite PASNP PASNP 47 55 Total 56
Prematuridade/M
ultifatorial ao
55 Nascimento PASNP PASNP 24 34 Total 35
56 Indeterminado PASNP PASNP 24 46 Parcial 47
57 Indeterminado PASNP PASNP 36 40 Total 41
58 Indeterminado PASNP PASNP 12 50 Total 51
Prematuridade/M
ultifatorial ao
59 Nascimento PASNP PASNP 18 42 Total 43
Prematuridade/M PASNP PASNP
ultifatorial ao DENA DENA
60 Nascimento 50 60 Total 61
61 Indeterminado PASNP PASNP 18 45 204 Total Total 46 205
62 Indeterminado PASNP PASNP 36 288 Total 289
63 Indeterminado PASNP PASNP 12 44 204 Total Total 45 205
64 Meningite PASNP PASNP 21 68 Total 69
Legenda: P=participante. TGPA=tipo e grau da perda auditiva. OD=orelha direita. OE=orelha
esquerda. ID=idade. A=adaptação. IDC=idade na cirurgia de implante coclear. TI=tipo de inserção.
IDA=idade na ativação do implante coclear. PASNP=perda auditiva sensorioneural de grau profundo.
DENA=Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva.

Quadro 7 – Tipo de dispositivos, modelo do componente interno/externo, marca dos dispositivos,


tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia dos participantes do Grupo II
P D D Modelo do componente interno IC/ Modelo do TUD TUD ID
OD OE componente externo IC / Marca IC e/ou Modelo e OD OE IT
Marca do AASI
45 IC IC NFreedom OD/N24K(OE)/CP810/Cochlear 68 179 24
46 IC Sonata Ti100/Opus 2/Medel (OD) 59 29
47 IC Nucleus 22/CP810/Cochlear 279 34
48 IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 128 25
49 IC Nucleus 22/CP910/Cochlear 286 16
Nucleus 22 (OD) CI532(OE) /CP910(OD)/ Kanso (OE) /
50 IC IC Coclear 262 23 22
51 IC Nucleus 22/(OE)/Freedom/Cochlear 279 23
52 IC AASI CI24/N5/Cochlear(OD)/Sky Q50/Starkey (OE) 47 276 67
53 IC IC Sonata Ti100/Opus 2/Medel 71 227 28
54 IC CI24/CP802/Cochlear 427 48
55 IC Nucleus 24K/802/Cochlear 205 24
56 IC Nucleus 24K/802/Cochlear 205 24
(Continua)
49
Métodos

Quadro 7 – Tipo de dispositivos, modelo do componente interno/externo, marca dos dispositivos,


tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia dos participantes do Grupo II
(Conclusão)
57 IC C40+/Opus 2/Medel 235 36
58 IC Nucleus 24K/N6/Cochlear 189 30
59 IC Nucleus 24k/CP802/Cochlear 221 54
60 AASI IC Nucleus 24 K/N6/Cochelar/Cielo2/Siemens 214 203 60
61 IC IC N24k/810/Cochlear 182 23 48
62 AASI IC Joy 10 HP/ Rexton OD - Nucleus 7/ Cochlear OE 348 95 60
63 IC IC Sonata ti 100/Opus 2/Medel 243 83 12
64 IC N24K/CP80/Cochlear 207 23
Legenda: P=participante. D=dispositivo auditivo. OD=orelha direita. OE=orelha esquerda. TUD=tempo
de uso do dispositivo. AASI= Aparelho de Amplificação Sonora Individual. IC=Implante Coclear.
IDIT=idade que iniciou terapia.

Quadro 8 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, idade na primeira adaptação em meses, idade na
cirurgia de implante coclear em meses, tipo de inserção e idade na ativação em meses dos
participantes do Grupo III
TGPA TGPA ID 1ª IDC IDC TI TI IDA IDA
Etiologia OD OE A OD OE OD OE OD OE
65 hereditária/genética PASNP PASNP 6 13 Total 14
66 Indeterminada PASNP PASNP 18 131 21 Total Total 132 22
Prematuridade/Multi
fatorial ao
67 Nascimento PASNP PASNP 17 18 Total 19
Prematuridade/Multi
fatorial ao
68 Nascimento PASNP PASNP 26 29 Total 30
69 Indeterminada PASNP PASNP 7 15 Total 16
PASNP PASNP
70 Indeterminada DENA DENA 30 47 Total 48
71 Indeterminada PASNP PASNP 21 34 150 Total Total 35 151
72 Indeterminada PASNP PASNP 12 140 29 Total Total 141 30
73 Indeterminada PASNP PASNP 13 99 21 Total Total 100 22
74 Indeterminada PASNP PASNP 12 107 17 Total Total 108 18
75 Hereditária/genética PASNP PASNP 40 135 47 Total Total 136 48
76 Indeterminada PASNP PASNP 33 114 42 Total Total 115 43
Toxoplasmose na
gestação/multifatori
77 al ao nascimento PASNP PASNP 13 25 124 Total Total 26 125
78 Indeterminada PASNP PASNP 12 101 18 Total Total 102 19
79 Hereditária/genética PASNP PASNP 12 18 105 Total Total 19 106
80 Indeterminada DASNP DASNP 9 82 24 Parcial Parcial 83 25
81 Meningite PASNS PASNS 9 148 18 Parcial Parcial 149 19
82 Indeterminada PASNP PASNP 6 84 8 Total Total 85 9
83 Hereditária/genética PASNP PASNP 12 35 119 Total Total 36 120
Multifatorial ao
84 Nascimento PASNP PASNP 12 19 Total 20
Multifatorial ao
85 Nascimento PASNP PASNP 12 23 Total 24
86 Indeterminada PASNP PASNP 18 25 112 Total Total 26 113
87 Hereditária/genética PASNP PASNP 12 106 36 Total Total 107 37
88 Indeterminada PASNP PASNP 20 27 114 Total Total 28 115
89 Síndrome de Usher PASNP PASNP 32 89 32 Total Total 90 33
90 Indeterminada PASNP PASNP 24 30 90 Total Total 31 91
Citomegalovíus
91 gestacional PASNP PASNP 19 22 65 Total Total 23 66
92 Indeterminada PASNP PASNP 9 19 Total 20
93 Indeterminada PASNP PASNP 36 111 43 Total Total 112 44
94 Indeterminada PASNP PASNP 24 72 27 Total Total 73 28
(Continua)
50
Métodos

Quadro 8 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, idade na primeira adaptação em meses, idade na
cirurgia de implante coclear em meses, tipo de inserção e idade na ativação em meses dos
participantes do Grupo III
(Continuação)
95 Genético PASNP PASNP 16 30 Total 31
96 Indeterminada PASNP PASNP 52 56 Total 57
97 Indeterminada PASNP PASNP 12 48 15 Total Total 49 16
Prematuridade/Multi
fatorial ao
98 Nascimento PASNP PASNP 12 53 17 Total Total 54 18
99 Indeterminada PASNP PASNP 46 63 Total 64
Prematuridade/Multi
fatorial ao PASNP PASNP
100 Nascimento DENA DENA 22 74 31 Total Total 75 32
Multifatorial ao PASNP PASNP
101 Nascimento DENA DENA 10 22 46 Total Total 23 47
102 Genético PASNP PASNP 7 12 Total 13
103 Indeterminada PASNS PASNS 30 38 Total 39
104 Indeterminada PASNP PASNP 28 81 30 Parcial Total 82 31
Prematuridade/Multi
fatorial ao PASNS PASNS
105 Nascimento DENA DENA 21 104 47 Total Total 105 48
106 Indeterminada PASNP PASNP 25 36 27 Total Total 37 28
PASNP PASNP
107 Indeterminada DENA DENA 19 27 27 Total Total 28 28
Prematuridade/Multi
fatorial ao PASNP PASNP
108 Nascimento DENA DENA 16 87 Total 88
109 Indeterminada PASNP PASNP 12 38 23 Total Total 39 24
Genético/Síndrome
110 de Waardenburg PASNP PASNP 18 38 90 Total Total 39 91
Malformação/Genéti
ca/Sindrome do
Aqueduto Vestibular
111 Alargado PASNP PASNP 24 50 62 Total Total 51 63
112 Indeterminada PASNP PASNP 27 82 30 Parcial Total 83 31
Multifatorial ao PASNS PASNS
113 Nascimento DENA DENA 47 97 71 Parcial Parcial 98 72
114 Indeterminada PASNP PASNP 28 34 34 Total Total 35 35
115 Indeterminada PASNS PASNS 38 93 Total 94
PASNP PASNP
116 Indeterminada DENA DENA 22 39 70 Total Total 40 71
117 Indeterminada PASNP PASNP 24 65 31 Total Total 66 32
118 Indeterminada PASNP PASNP 30 80 38 Total Total 81 39
119 Rubéola congênita PASNP PASNP 18 76 97 Total Total 77 98
120 Indeterminada PASNP PASNP 12 35 54 Total Total 36 55
121 Indeterminada PASNS PASNS 24 54 Total 55
122 Indeterminada PASNP PASNP 6 17 42 Total Parcial 18 43
Prematuridade/Multi
fatorial ao
123 Nascimento PASNP PASNP 24 33 Parcial 34
Prematuridade/Multi
fatorial ao
124 Nascimento PASNP PASNP 15 25 Total 26
Prematuridade/Multi
fatorial ao
125 Nascimento PASNS PASNS 30 83 Total 84
126 Indeterminada PASNP PASNP 16 71 19 Total Total 72 20
127 Indeterminada PASNP PASNP 6 38 13 Total Total 39 14
128 Indeterminada PASNP PASNP 3 19 11 Total Total 20 12
129 Indeterminada PASNP PASNP 8 48 15 Total Total 49 16
(Continua)
51
Métodos

Quadro 8 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, idade na primeira adaptação em meses, idade na
cirurgia de implante coclear em meses, tipo de inserção e idade na ativação em meses dos
participantes do Grupo III
(Conclusão)
Prematuridade/Multi
fatorial ao PASNP PASNP
130 Nascimento DENA DENA 34 54 39 Total Total 55 40
Multifatorial ao
131 Nascimento PASNP PASNP 6 29 20 Total Total 30 21
132 Indeterminada PASNP PASNP 22 26 Total 27
Multifatorial ao
133 Nascimento PASNP PASNS 8 46 Total 47
Genético/Síndrome
134 de Waardenburg PASNS PASNS 6 20 Total 21
135 Indeterminada PASNP PASNP 18 48 70 Total Total 49 71
136 Indeterminada PASNP PASNP 23 51 67 Total Total 52 68
Citomegalovíus
137 gestacional PASNP PASNP 36 58 70 Total Total 59 71
Multifatorial ao
138 Nascimento PASNP PASNP 36 44 44 Total Total 45 45
139 Indeterminada PASNP PASNP 6 20 22 Total Total 21 23
PASNP PASNP
140 Indeterminada DENA DENA 12 59 24 Total Total 60 25
PASNP PASNP
141 Indeterminada DENA DENA 6 32 23 Total Total 33 24
PASNP PASNP
142 Indeterminada DENA DENA 11 32 33 Total Total 34 34
143 Indeterminada PASNP PASNP 12 14 15 Total Total 16 16
144 Indeterminada PASNP PASNP 24 60 34 Total Total 61 35
Multifatorial ao
145 Nascimento PASNP PASNP 24 35 29 Total Total 36 30
Multifatorial ao PASNM PASNM
146 Nascimento DENA DENA 12 68 Total 69
Legenda: P=participante. TGPA=tipo e grau da perda auditiva. OD=orelha direita. OE=orelha
esquerda. ID=idade. A=adaptação. IDC=idade na cirurgia de implante coclear. TI=tipo de inserção.
IDA=idade na ativação do implante coclear. PASNP=perda auditiva sensorioneural de grau profundo.
DENA=Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva. PASNS=perda auditiva sensorioneural de grau
severo. PASNM=perda auditiva sensorioneural de grau moderado.

Quadro 9 – Tipo de dispositivos, modelos e marcas, tempo de uso do dispositivo e idade que iniciou
terapia dos participantes do Grupo III
Modelo do componente interno IC/ Modelo do
D D componente externo IC / Marca IC e/ou Modelo TUD TUD IDIT
P OD OE e Marca do AASI OD OE
65 AASI IC N24K/N6/Cochlear (OE)/Sky 50 UP/Phonak (OD) 198 190 23
66 IC IC N24K/CP810/Cochlear 160 170 6
67 IC N24K/CP810/Cochlear 185 18
68 IC N24K/CP810/Cochlear 174 17
69 IC N24K/N5/Cochlear 164 26
70 AASI IC N24K/CP810/Cochlear/Sumo DM/Oticon 162 144 10
71 IC IC Pulsar(OD)Sonata ti 100(OE)/Opus2/Medel 157 41 35
72 IC IC N24K(OE)NFreedomC(OD)/CP810/Cochlear 39 150 21
73 IC IC Sonata ti 100 (OD)/Pulsar ci 100(OE)/Opus2/Medel 68 146 12
74 IC IC Nfreedom(OD)/N24K(OE)/CP810/Cochlear 72 162 13
75 IC IC Sonata ti 100(OD)/PulsarCi100(OE)/Opus 2/Medel 68 156 18
76 IC IC NFreedom(OD)/N24K(OE)/CP810/Cochlear 65 137 40
77 IC IC N24K(OD)/NFreedomC(OE)/CP810/Cochlear 166 67 43
78 IC IC HiRes90K/Naída/AB 66 149 18
79 IC IC Sonata ti 100(OE)/PulsarCi100(OD)/Opus 2/Medel 149 62 18
(Continua)
52
Métodos

Quadro 9 – Tipo de dispositivos, modelos e marcas, tempo de uso do dispositivo e idade que iniciou
terapia dos participantes do Grupo III
(Continuação)
80 IC IC Sonata ti 100/Opus 2/Medel 73 131 12
81 IC IC Synchrony(OD)/Pulsar(OE)/Sonnet/Medel 19 149 21
82 IC IC HiRes 90K/NaídaQ90/AB 83 156 18
83 IC IC PulsarCi100(OD)/Concerto(OE)/Opus2/Medel 156 72 12
84 IC Sonata ti 100/Opus 2/Medel 136 12
85 IC Sonatati100/opus2/Medel 132 12
86 IC IC HiRes90K/NaídaQ90/AB 166 79 12
87 IC IC Concerto 24OD/Pulsar CI 100 OE/Opus 2/Medel 61 131 18
88 IC IC HiRes 90K/Naída/AB 164 77 12
89 IC IC Sonata ti 100/Sonnet2/Medel 90 147 20
90 IC IC Pulsar(OD)Sonata ti 100(OE)/Sonnet/Medel 137 77 32
91 IC IC N24K/CP910/Cochlear 145 102 24
92 AASI IC HiRes90K/NaídaQ70/AB/SkyUP/Phonak 171 160 24
93 IC IC Pulsar Ci 100(OE)/Sonata ti 100OD/Opus 2/Medel 80 148 9
94 IC IC Nfreedom/N5/Cochlear 83 128 48
HiRes90K/NaídaQ70/AB(OE)/NaídaIIIUP(OD)/Ph
95 AASI IC onak 116 101 34
96 IC Sonatati100/Opus2/Medel 87 18
97 IC IC Sonata ti 100/Sonnet/Medel 71 104 52
98 IC IC Nfreedom/CP810/Cochlear 66 102 12
99 IC AASI N24K/Cp810/Cochlear(OD)/Sky UP/Phonak(OE) 80 98 18
100 IC IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 69 112 46
101 IC IC Sonata ti 100/Opus 2/Medel 85 85 22
102 AASI IC HiRes90K/NaídaQ70/AB/Mosaic/Rexton 89 83 10
103 AASI IC Sonata ti 100/Opus2/Medel/ skyUP/Phonak 102 93 7
104 IC IC ConcertoOD/Sonatati100OE/Opus 2/Medel 62 113 30
105 IC IC CI422OD/NFreedomOE/CP802/Cochlear 3 60 30
106 IC IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 71 80 21
107 IC IC Nfreedom/CP910/Cochlear 116 116 25
108 IC AASI HiRes90K/NaídaQ70/AB/SkyUP/Phonak 20 92 28
109 IC IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 45 60 24
110 IC IC HiRes90K/NaídaQ90/AB 105 53 12
111 IC IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 57 45 18
112 IC IC Sonata ti 100/Sonnte2/Medel 25 77 24
113 IC IC SynchronyMi140/Sonata Ti100/Sonnet/Medel 10 36 36
114 IC IC Sonatati100/Opus2/Medel 61 61 48
115 AASI IC N24K/CP810/Cochlear 94 38 30
Nucleus 422
116 IC IC (OD)/N24Countour(OE)/CP810/cochlear 44 13 48
117 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 30 64 48
118 IC IC Sonata ti100/Sonnet 2/Medel 27 69 24
119 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 43 22 30
120 IC IC Sonata ti100/Opus2/Medel 48 29 24
121 IC AASI Sonatati100/Opus2/MedelOD/SkyUP/Phonak 53 84 12
122 IC IC Sonatati100/Sonnet/Medel 90 65 24
123 IC Sonatati100/Opus2/Medel 50 6
124 AASI IC Nfreedom/CP802/Cochlear 129 118 28
Sonata ti 100/Opus
125 AASI IC 2/MedelOE/SkyUP/PhonakOD 114 60 15
126 IC IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 72 124 42
(Continua)
53
Métodos

Quadro 9 – Tipo de dispositivos, modelos e marcas, tempo de uso do dispositivo e idade que iniciou
terapia dos participantes do Grupo III
(Conclusão)
127 IC IC Freedom Countour / CP910/cochlear 57 82 16
128 IC IC Nfreedom/CP810/Cochlear 76 94 6
129 IC IC N24K/N5/Cochlear 83 116 6
130 IC IC N24K/CP810/Cochlear 65 80 18
131 IC IC Nfreedom/CP810/Cochlear 78 87 34
132 IC HiRes90K/NaídaQ70/AB 93 12
133 IC AASI HiRes 90K/Naída Q70 AB (OD)/Chili SP Oticon 1 40 27
HiRes 90K/Naída Q70 AB (OD)/Sky Q50 UP
134 AASI IC Phonak 42 27 9
135 IC IC Sonata ti100/Opus2/Medel 23 1 6
136 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 20 4 18
137 IC IC HiRes 90K/Naída Q90 AB 13 1 36
138 IC IC Nucleus 24K/Cochlear/CP910 27 27 42
139 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 27 25 36
140 IC IC Sonata ti100/Sonnet/Medel 6 41 6
141 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 39 48 12
142 IC IC Sonata ti100/Opus2/Medel 38 38 12
143 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 44 44 12
144 IC IC HiRes 90K/Naída Q70 AB 11 37 12
145 IC IC Concerto 24OD/Sonata ti100OE/Sonnet/Medel 24 30 24
146 IC AASI HiRes 90K/Naída Q70 AB/ Naída SP 3 60 24
Legenda: P=participante. D=dispositivo auditivo. OD=orelha direita. OE=orelha esquerda. TUD=tempo
de uso do dispositivo. AASI= Aparelho de Amplificação Sonora Individual. IC=Implante Coclear.
IDIT=idade que iniciou terapia.

Quadro 10 – Etiologia, tipo e grau de perda auditiva, dispositivos utilizados, idade na primeira
adaptação, tempo de uso dos dispositivos e idade em que iniciou terapia em meses dos participantes
do Grupo IV
TGPA TGPA TD TD ID TUD TUD IDIT
P Etiologia OD OE OD OE 1ª A M/M-D OD OE
Ria
147 Indeterminado PASNS PASNS AASI AASI 50 100/Oticon 118 118 51
Mosaic
10P /
148 Indeterminado PASNM PASNM AASI AASI 12 Rexton 96 96 12
Ria 100 /
148 Indeterminado PASNS PASNS AASI AASI 43 Oticon 89 89 44
Sky Q50
Síndrome de UP /
150 Waardenburg PASNP PASNS AASI AASI 24 Phonak 96 96 24
Multifatorial ao PASNM PASNM Chili /
151 nascimento DENA DENA AASI AASI 13 Oticon
47 47 15
Legenda: P=participante. TGPA=tipo e grau da perda auditiva. OD=orelha direita. OE=orelha
esquerda. TD=tipo de dispositivo. ID=idade. A=adaptação. M/M-D=marca/modelo do dispositivo.
TUD=tempo de uso do dispositivo. IDIT=idade que iniciou terapia.

Os dados demográficos levantados de cada sujeito da pesquisa foram


analisados e organizados a fim de caracterizarmos o perfil de cada grupo do estudo.
Nos quadros 11, 12, 13 e 14 constam os dados demográficos dos grupos
I, II, III e IV, respectivamente.
54
Métodos

Quadro 11 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na primeira adaptação do
dispositivo auditivo, tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia dos participantes do
Grupo I
Mínima Máxima Média Desvio
(meses) (meses) (meses) Padrão
Idade Atual 216 468 331 60,4
Idade na 1ª Adaptação 12 96 45 21,5
OD 162 384 282,3 61,1
Tempo de uso do dispositivo OE 162 446 284,2 66,8
Idade que iniciou terapia 18 144 54,2 29,8
Legenda: OD=orelha direita. OE=orelha esquerda.

A faixa etária dos participantes do grupo I variou entre 18 a 39 anos de


idade. A média de idade em que esse grupo realizou a primeira adaptação de AASI
foi de 45 meses de idade com um tempo mínimo de uso de 13 anos e seis meses
(162 meses) do dispositivo auditivo. Em média o grupo iniciou o processo de
habilitação ou reabilitação auditiva embasado no método Aurioral aos 54,2 meses de
idade, aproximadamente quatro anos e seis meses (Quadro 11).

Quadro 12 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na primeira adaptação do
dispositivo auditivo, idade na cirurgia de IC, idade na ativação do IC, tempo de uso dos dispositivos e
idade que iniciou terapia dos participantes do Grupo II
Mínima Máxima Média Desvio
(meses) (meses) (meses) Padrão
Idade Atual 216 483 300,7 64,8
Idade na 1ª Adaptação 12 60 27,7 14,4
OD 34 300 107,8 98,2
Idade na cirurgia de IC OE 24 288 119,5 99,4
OD 35 301 108,8 98,3
Idade na ativação do IC OE 25 289 120,5 99,4
OD 47 427 193,8 114,3
Tempo de uso do dispositivo OE 23 286 182,9 91,3
Idade que iniciou terapia 12 67 34,3 16
Legenda: OD=orelha direita. OE=orelha esquerda.

A faixa etária dos participantes do grupo II variou entre 18 a 40 anos e 3


meses de idade. A média de idade em que esse grupo realizou a primeira adaptação
de AASI foi de 27,7 meses. A faixa etária no momento da ativação do IC variou entre
2 anos e 1 mês (25 meses) a 25 anos e 1 mês (301 meses). Em média o grupo
iniciou o processo de habilitação ou reabilitação auditiva embasado no método
Aurioral aos 34,4 meses de idade, aproximadamente dois anos e 10 meses (Quadro
12).
55
Métodos

Quadro 13 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na primeira adaptação do
dispositivo auditivo, idade na cirurgia de IC, idade na ativação do IC, tempo de uso dos dispositivos e
idade que iniciou terapia dos participantes do Grupo III
Mínima Máxima Média Desvio
(meses) (meses) (meses) Padrão
Idade Atual 48 204 130,9 45
Idade na 1ª Adaptação 3 52 19,1 10,7
OD 14 148 58,3 33,9
Idade na cirurgia de IC OE 8 150 43,6 31,9
OD 16 149 59,4 33,9
Idade na ativação do IC OE 9 151 44,6 31,9
OD 1 198 75,9 49,3
Tempo de uso do dispositivo OE 1 190 87,7 47,5
Idade que iniciou terapia 6 52 22 12

A faixa etária dos participantes do grupo III variou entre quatro anos a 17
anos de idade. A média de idade em que esse grupo realizou a primeira adaptação
de AASI foi de 19,1 meses. A faixa etária no momento da ativação do IC variou entre
9 a 151 meses. Em média o grupo iniciou o processo de habilitação ou reabilitação
auditiva embasado no método Aurioral aos 22 meses de idade, ou seja, um ano e 10
meses (Quadro 13).

Quadro 14 - Mínima, máxima e desvio padrão da idade atual, idade na primeira adaptação do
dispositivo auditivo, tempo de uso dos dispositivos e idade que iniciou terapia do Grupo IV
Mínima Máxima Média Desvio
(meses) (meses) (meses) Padrão
Idade Atual 60 168 117,6 39,2
Idade na 1ª Adaptação 12 50 28,4 17,3
OD 47 118 89,2 25,9
Tempo de uso do dispositivo OE 47 118 89,2 25,9
Idade que iniciou terapia 12 51 29,2 17,4
Legenda: OD=orelha direita. OE=orelha esquerda.

A faixa etária dos participantes do grupo IV variou entre cinco anos a 14


anos de idade. A média de idade em que esse grupo realizou a primeira adaptação
de AASI foi de 28,4 meses de idade com um tempo mínimo de uso de 47 meses do
dispositivo auditivo. Em média o grupo iniciou o processo de habilitação ou
reabilitação auditiva embasado no método Aurioral aos 29,2 meses de idade,
aproximadamente dois anos e cinco meses (Quadro 14).
A distribuição dos participantes dos grupos I e II por estado civil encontra-
se no quadro 15.
56
Métodos

Quadro 15 - Distribuição dos participantes dos grupos I e II de acordo com o estado civil
Estado civil dos participantes dos grupos I e II
Solteiro Casado Divorciado
GI (n=44) 31 12 1
GII (n=20) 18 2
Legenda: GI=grupo I. GII= grupo II.

A distribuição dos participantes de cada grupo do estudo por classificação


socioeconômica familiar encontra se no quadro 16.

Quadro 16 - Distribuição dos participantes dos grupos I, II, III e V de acordo com a classificação
socioeconômica familiar
Classificação Socioeconômica Familiar
N/C BI BS MI M MS A
(0) (1) (2) (3) (4) (5) (6)
GI (n=44) 6 27 11
GII (n=20) 1 11 7 1
GIII (n=82) 15 41 23 2 1
GIV (n=5) 1 1 2 1
Legenda: GI=grupo I. GII= grupo II. GIII=grupo III. GIV=Grupo IV. N/C=não classifica. BI=baixa
inferior. BS=baixa superior. MI=média inferior. M=média. MS=média superior. A=alta.

Os dados educacionais foram organizados de acordo com os níveis de


formação relatados pelos participantes dos grupos I e II (Quadro 17), e pelos níveis
de formação relatados pelos pais dos grupos III e IV (Quadro 18).

Quadro 17 - Distribuição dos participantes dos grupos I e II de acordo com o grau de escolaridade
Grau de Escolaridade dos Participantes
A EFI EFC EMI EMC ET ESI ESC PG
(0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
GI (n=44) 2 3 3 19 2 7 7 1
GII (n=20) 1 2 6 1 4 4 2
Legenda: GI=grupo I. GII=grupo II. A=analfabeto. EFI=ensino fundamental incompleto. EFC=ensino
fundamental completo. EMI=ensino médio incompleto. EMC=ensino médio completo. ET=ensino
técnico. ESI=ensino superior incompleto. ESC=ensino superior completo. PG=pós graduação.

Quadro 18 - Distribuição dos pais dos participantes dos grupos III e IV de acordo com o grau de
escolaridade
Grau de Escolaridade dos Pais dos Participantes dos Grupos III e IV
A EFI EFC EMI EMC ET ESI ESC PG
(0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)
GIII Pai (67) 47 4 14 2
Mãe (82) 55 3 20 4
Pai (3) 3
GIV Mãe (5) 2 3
Legenda: GIII=grupo III. GIV=grupo IV. A=analfabeto. EFI=ensino fundamental incompleto.
EFC=ensino fundamental completo. EMI=ensino médio incompleto. EMC=ensino médio completo.
ET=ensino técnico. ESI=ensino superior incompleto. ESC=ensino superior completo. PG=pós
graduação.
57
Métodos

O grupo I foi caracterizado predominantemente por participantes solteiros


(Quadro 15). A classificação socioeconômica familiar predominante foi a baixa
superior (BS), correspondendo a 61,4% (n=27) do grupo I (Quadro 20). Em relação
ao grau de escolaridade, 88,6% (n=39) do grupo concluiu o ensino médio, e desses,
43,6% (n=17) prosseguiram em seus estudos a nível técnico, superior e de pós
graduação (Quadro 17).
O grupo II foi caracterizado predominantemente por participantes solteiros
(Quadro 15). A classificação socioeconômica familiar predominante foi baixa
superior (BS), correspondendo a 55% (n=11) do grupo II (Quadro 20). Em relação ao
grau de escolaridade, 85% (n=17) do grupo concluiu o ensino médio, e desses,
64,7% (n=11) prosseguiram em seus estudos a nível técnico, superior e de pós
graduação (Quadro 17).
Quanto ao estudo socioeconômico no grupo III, 50% (n=41) das famílias
desse grupo foram classificadas como baixa superior (BS) (Quadro 20). Todas as
crianças e adolescentes desse grupo frequentavam o ensino regular. Em relação ao
grau de escolaridade, 100% (n=82) das mães concluíram o ensino médio, e dessas,
32,9% (n=27) prosseguiram em seus estudos, também, 100% dos pais tiveram o
ensino médio concluído, e desses, 29,8% (n=20) prosseguiram em seus estudos
(Quadro 18).
Quanto ao estudo socioeconômico no grupo IV, 50% (n=2) das famílias
desse grupo foram classificadas como média inferior (MI) (Quadro 20). Todas as
crianças e adolescentes desse grupo frequentavam o ensino regular. Em relação ao
grau de escolaridade, 60% (n=3) das mães concluíram o ensino superior e 100%
(n=3) dos pais concluíram o ensino médio (Quadro 18).

4.5 INSTRUMENTOS

O estudo de caráter descritivo prospectivo transversal estudou o impacto


do método Aurioral no desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva
usuárias de AASI e/ou IC, analisando o desempenho auditivo, de linguagem falada,
de inteligibilidade de fala, e a qualidade de vida sob a perspectiva do paciente e dos
pais ou responsáveis.
O desempenho auditivo foi avaliado por meio das Categorias de
Desempenho Auditivo (ARCHBOLD; LUTMAN; MARSHALL, 1995). São oito
58
Métodos

categorias que classificam o estágio de desenvolvimento auditivo da pessoa com


deficiência auditiva quanto às habilidades auditivas, conforme o quadro 19.
Quadro 19 – Categorias de Desempenho Auditivo
Categorias Descrição
0 Não detecta sons ambientais
1 Detecta sons ambientais
2 Detecta os sons da fala
3 Reconhece sons ambientais
4 Reconhece sons de fala
5 Compreende frases sem leitura orofacial
6 Compreende conversas sem leitura orofacial
7 Faz uso do telefone
Fonte:ARCHBOLD; LUTMAN; MARSHALL (1995)

O desempenho de linguagem falada foi avaliado por meio das Categorias


de Linguagem propostas por Bevilacqua, Delgado e Moret (1996) descritas no
quadro 20, são cinco categorias que classificam o estágio de desenvolvimento de
linguagem.
Quadro 20 –Categorias de Linguagem
Categorias Descrição
1 Não fala e pode apresentar vocalizações indiferenciadas
2 Fala apenas palavras isoladas
3 Constrói frases de 2 ou 3 palavras
4 Constrói frases de 4 ou 5 palavras, e inicia o uso de elementos conectivos
5 Constrói frases de mais de 5 palavras, usando elementos conectivos, conjugando
verbos, usando plurais, etc. É fluente na linguagem falada
Fonte: BEVILACQUA; DELGADO; MORET (1996)

A inteligibilidade de fala foi avaliada por meio da Escala de Inteligibilidade


de Fala (SIR). Essa escala foi desenvolvida por Cox e MacDaniel (1989), reduzida
por Allen, Nikopoloupos e O’Donoghue (1998) e traduzida por Tanamati (2011). Ela
é constituída por cinco possíveis categorias, conforme quadro 21.
Quadro 21 –Escala de Inteligibilidade de Fala (SIR)
Categorias Descrição
1 A fala é ininteligível (pré-reconhecimento de palavras na linguagem falada;
principal modo de comunicação no dia-a-dia pode ser o gestual)
2 A fala é ininteligível (inteligibilidade de fala corresponde ao nível de palavras
isoladas quando o contexto e a leitura orofacial estão disponíveis)
3 A fala é inteligível a ouvintes que se concentram e fazem leitura orofacial em um
contexto conhecido
4 A fala é inteligível a ouvintes que possuem pouca experiência com a fala de
deficientes auditivos; o ouvinte não necessita se concentrar demasiadamente
5 A fala é inteligível a todos os ouvintes; a pessoa é facilmente compreendida em
todas as situações
Fonte: TANAMATI (2011)
Para verificar a qualidade de vida das crianças e adolescentes dos grupos
III e IV foram utilizados os seguintes questionários:
59
Métodos

-Children with cochlear Implants: Parent’s Perspective (CCIPP)


desenvolvido por Archbold et al. (2002), é um dos questionários mais utilizados na
investigação da qualidade de vida da população pediátrica usuária de implante
coclear. O CCIPP é mundialmente utilizado por inúmeros centros de implante
coclear (Ear Foundation, 2009) e tem sido descrito como uma excelente ferramenta
clínica e de pesquisa (Archbold et al., 2002; Archbold et al., 2003). Trata-se de um
questionário válido e confiável, utilizado com o objetivo de explorar satisfatoriamente
experiências e opiniões dos pais sobre diversos aspectos da qualidade de vida da
criança e sua família após o implante coclear (NUNES; PRETZLIK, 2003; O’NEILL et
al., 2004; NUNES; PRETZLIK; ILICAK, 2005).
Esse instrumento foi traduzido e adaptado culturalmente para o português
brasileiro como “Crianças com Implante Coclear: Perspectiva dos Pais” por
Fortunato-Tavares et al. (2012) (Anexo D). O CCIPP é composto por 74 declarações
(46 redigidas de forma positiva e 28 de forma negativa). As questões quantitativas
referentes à criança são divididas em 6 domínios: investigação da comunicação (6),
funcionalidade/funcionamento geral (6), autonomia/autoconfiança (4), bem-estar e
felicidade (5), relações sociais (7) e educação (7). Os outros dois domínios
quantitativos: efeitos da implantação (7) e suporte/apoio à criança (6), são voltados
aos temas relacionados à família. As questões qualitativas estão agrupadas no
domínio: tomada de decisão de implantar (7) e no domínio processo de implantação
(19). As respostas são do tipo múltipla escolha em escala de 5 pontos: concordo
plenamente (5); concordo (4); nem concordo nem discordo (3); discordo (2); e
discordo plenamente (1). Nesse estudo foram investigados apenas os domínios
quantitativos.
Como não foi encontrado na literatura um questionário de qualidade de
vida específico para a população pediátrica usuária de AASI, foi solicitado
autorização da autora do questionário CCIPP e dos autores que realizaram a
tradução e adaptação do questionário para o português do Brasil para utilizar
também com as crianças usuárias de AASI, mediante adaptações da versão original
(Anexo E). Obteve-se a autorização de todos os autores para realizar a adaptação
do questionário CCIPP e tal adaptação e validação foram realizadas resultando no
questionário “Crianças com Aparelho de Amplificação Sonora Individual: perspectiva
dos pais” – CCAPP, assim, tal questionário foi aplicado no grupo IV desse estudo
(Anexo F). O CCAPP é composto também por 74 declarações (46 redigidas de
60
Métodos

forma positiva e 28 de forma negativa). As questões quantitativas referentes à


criança são divididas em 6 domínios: investigação da comunicação (6),
funcionalidade/funcionamento geral (6), autonomia/autoconfiança (4), bem-estar e
felicidade (5), relações sociais (7) e educação (7). Os outros dois domínios
quantitativos: efeitos da adaptação (7) e suporte/apoio à criança (6), são voltados
aos temas relacionados à família. As questões qualitativas estão agrupadas no
domínio: tomada de decisão de adaptar (7) e no domínio processo de adaptação
(19). As respostas são do tipo múltipla escolha em escala de 5 pontos: concordo
plenamente (5); concordo (4); nem concordo nem discordo (3); discordo (2); e
discordo plenamente (1). Nesse estudo foram investigados apenas os domínios
quantitativos.
- O Questionnaire for Measuring Health-Related Quality of Life in Children
and Adolescents (KINDL®) foi originalmente desenvolvido por Ravens-Sieberer e
Bullinger (1998) e revisado por Ravens-Sieberer e Bullinger (1998) para uso em
crianças e adolescentes saudáveis e com doenças. Foi utilizado e testado em vários
estudos prospectivos e epidemiológicos envolvendo mais de 5.000 crianças
saudáveis e doentes crônicos (Ravens-Sieberer; Bullinger,1998). O KINDL® está
disponível em trinta e dois idiomas.
Diante da relevância do instrumento KINDL® foi solicitado aos autores a
autorização para realizar a tradução e validação do instrumento para o português do
Brasil. Como já existia uma versão do instrumento no idioma português de Portugal,
os autores solicitaram que fossem realizadas a adaptação semântica e cultural do
KINDL® para o Português do Brasil e sua validação (Anexo G). Tais orientações
foram seguidas resultando no instrumento final utilizado nesse estudo (Anexo H). O
KINDL® é um questionário genérico que avalia a qualidade de vida em crianças e
adolescentes e não faz referência a uma doença ou agravo específico. O KINDL® é
dividido em seis questionários, sendo três direcionados para as crianças e
adolescentes nas faixas etárias de quatro a seis anos e 11 meses (Kiddy-KINDL®),
sete a 12 anos e 11 meses (Kid-KINDL®), e treze a 17 anos e 11 meses (Kiddo-
KINDL®), e três dos questionários são direcionados aos pais ou responsáveis de
crianças de três anos a seis anos e onze meses, sete anos a 12 anos e 11 meses e
treze anos a 17 anos e onze meses.
O instrumento KINDL® mede seis dimensões de qualidade de vida em
crianças e adolescentes. As dimensões avaliadas por este instrumento são: bem-
61
Métodos

estar físico, bem-estar emocional, autoestima, família, contatos sociais e escola. O


questionário Kiddy-KINDL® aplicado à criança é composto por 12 perguntas
distribuídas nos seis domínios, compondo cada domínio duas perguntas. Os demais
questionários são compostos por 24 perguntas distribuídas nos seis domínios do
questionário, compondo cada domínio quatro perguntas. Para o questionário Kiddy-
KINDL® cada pergunta possui três alternativas de resposta: nunca; às vezes; muitas
vezes. Os valores atribuídos a cada resposta variam de 1 a 3 para as questões com
direções positivas, e de 3 a 1 para as negativas. Para os demais questionários cada
pergunta possui cinco alternativas de resposta: nunca; raramente; às vezes;
frequentemente; sempre. Os valores atribuídos a cada resposta variam de 1 a 5
para as questões com direções positivas, e de 5 a 1 para as negativas. Os escores
de todos os questionários podem ser expressos tanto pela média de cada domínio
quanto para o questionário total e esses valores podem ser convertidos em
percentuais da pontuação obtida. Nesse estudo foram considerados os resultados
de cada domínio.
Para verificar a qualidade de vida dos participantes adultos dos grupos I e
II foram utilizados os seguintes questionários:
- Nijmegen Cochlear Implant Questionnaire (NCIQ) desenvolvido por
Hinderink , Krabbe e Van Den Broek (2000), traduzido, adaptado e validado como
Questionário Nijmegen de implantes cocleares (NCIQ-P), por Santos, Couto e
Martinho-Carvalho (2017) (Anexo I) é um questionário para avaliar a qualidade de
vida de usuários de IC adultos. O NCIQ-P é composto de 60 itens distribuídos entre
três domínios: físico (percepção básica do som, percepção avançada do som e
produção de fala); psicológico (autoestima); e social (limitações de atividade e
interações sociais). As respostas são pontuadas em uma escala com 6 alternativas
(nunca, às vezes, regularmente, geralmente, sempre, nenhuma das opções).
- Satisfaction With Amplification in Daily Life (SADL) desenvolvido por Cox
e Alexander (1999), validado por Hosford-Dunn e Halpern (2000), Cox e Alexander
(2001), Hosford-Dunn e Halpern, (2001). Esse instrumento foi traduzido e adaptado
culturalmente para o português do Brasil por Mondelli, Magalhães e Lauris (2011)
(Anexo J). Ele avalia a satisfação das pessoas com o uso de AASI, quantificando-a
por meio de um score de 15 questões subdividas em quatro domínios: efeitos
positivos (6 itens associados com o benefício acústico e psicológico), serviços e
custos (3 itens associados com competência profissional, preço do produto e
62
Métodos

número de consertos), fatores negativos (3 itens relacionados com a amplificação de


ruído ambiental, a presença de realimentação e o uso de telefone) e imagem
pessoal (3 itens relacionados com fatores estéticos e o estigma do uso do AASI).
Considerando os 15 itens do SADL, em 11 a nota fornecida pelos
indivíduos coincide com a escala de pontuação e nos outros 4 itens (questões 2, 4, 7
e 13) há uma relação inversa entre a nota e a escala (ou seja, nestes casos a nota 1
recebe 7 pontos e expressa maior satisfação). Quanto maior os resultados
numéricos obtidos pela média das respostas de cada domínio, maior a satisfação do
indivíduo. As perguntas 1; 3; 5; 6; 9; 10 são referentes
ao domínio efeitos positivos; as perguntas 2; 7; 11 são referentes ao domínio fatores
negativos; as perguntas 4; 8; 13 são referentes ao domínio imagem pessoal; e as
perguntas 12; 14; 15 são referentes ao domínio serviços e custos.
- Questionário de avaliação da qualidade de vida WHOQOL-bref (Anexo
K). Esse questionário é a versão abreviada do WHOQOL-100, desenvolvido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e validado para o Brasil (Fleck et al., 1999,
Fleck et al., 2000). O WHOQOL-Bref é composto por 5 domínios: físico, psicológico,
relações sociais, meio ambiente e autoavaliação da qualidade de vida. Ele contém
26 questões, sendo duas questões gerais de qualidade de vida (domínio
autoavaliação da qualidade de vida) e 24 que representam cada uma das facetas
que compõe o instrumento original (WHOQOL-100). O score máximo para cada
domínio é 20.
De modo geral, os instrumentos utilizados serão selecionados de acordo
com a faixa etária e o tipo de dispositivo eletrônico dos participantes do estudo,
como consta no quadro 22.
Quadro 22 – Instrumentos utilizados na pesquisa de acordo com a faixa etária e tipo de dispositivo
eletrônico dos participantes
Faixa Instrumentos
Dispositivo Qualidade Desempenho Linguagem Inteligibilidade
Etária
de vida auditivo falada de fala
3 anos CCIPP
a 17 IC KINDL
anos e
11 AASI CCAPP
meses KINDL Categorias de
Categorias de
NCIQ-P Desempenho Escala SIR
Linguagem
> de 17 IC WHOQOL- Auditivo
anos e bref
11 SADL
meses AASI WHOQOL-
bref
Legenda: IC=implante coclear. AASI=aparelho de amplificação sonora individual.
63
Métodos

4.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

As categorias de audição, linguagem, a escala de inteligibilidade de fala e


os questionários foram pontuados de acordo com as orientações dos autores. Após
o cálculo dos escores dos instrumentos utilizados, os dados foram tabulados na
plataforma Microsoft Office Excel 2010. Foi realizada analise qualitativa e
quantitativa dos dados.

A análise descritiva das categorias de audição, linguagem, inteligibilidade de


fala e a qualidade de vida dos participantes foram realizadas por medidas de valores
mínimos, máximos, medianas e quartis e apresentadas em forma de Box Plots.
As respostas dos participantes quanto ao questionamento da pesquisadora de
que “se tivessem que fazer tudo de novo, tomariam a decisão de ingressar em um
processo terapêutico regido pelos princípios do método Aurioral?” foram redigidos e
os depoimentos dos participantes, que aceitaram redigir suas experiências, foram
transcritos pela pesquisadora e organizados em quadro. Esses resultados foram
analisados de forma descritiva e qualitativa.

4.7 ESTUDOS ESTATÍTICOS

Os dados obtidos após o preenchimento do questionário foram


submetidos à análise estatística no software Statistic versão 10.0. Foi utilizado a
Correlação de Spearman em que foi feita a comparação entre as categorias de
audição, linguagem, escala de inteligibilidade de fala, instrumentos de qualidade de
vida e algumas variáveis dos grupos estudados. Foi adotado nível de significância ≤
a 5%.
64
Resultados

5 RESULTADOS
Os resultados foram organizados considerando as habilidades auditivas,
habilidades de linguagem falada, a inteligibilidade de fala, a qualidade de vida,
variáveis dos grupos da pesquisa e os depoimentos dos participantes e de seus
familiares.

5.1 DESEMPENHO AUDITIVO

O desempenho auditivo dos grupos da pesquisa no inicio do processo


terapêutico e no momento da coleta estão apresentados na figura 1. As barras em
cinza claro correspondem a categorização dos grupos no ingresso ao CEDAU e as
barras em cinza escuro correspondem a categorização dos grupos no momento da
coleta.

Figura 1 - Desempenho de audição dos grupos I (n 44), II (n 20),III (n 82) e IV (n 5) representados


por box plots

Em todos os grupos verificamos progressos no desenvolvimento das


habilidades auditivas.
No ingresso ao CEDAU o grupo I apresentou categorias variando de um a
cinco com mediana quatro (média 3,1±1,1). Os grupos II (médias 2,4±1,3) e III
(média 2,7±1,0) apresentaram categorias variando de um a quatro com mediana
65
Resultados

dois. No grupo IV não houve variação de categorias, todos os participantes desse


grupo encontravam-se na categoria 4 no início do processo terapêutico.
No momento da coleta as categorias de audição variaram entre quatro e
sete, com mediana 7 para os grupos I (média 6±1,3), II (média 6,1±1,1) e III (média
6,3±0,9); e para o grupo IV as categorias de audição variaram entre cinco e sete
com mediana seis (média 6,2±0,8) .
Ainda, analisando a tabela 1 observamos que 54,5% dos participantes do
grupo I foram classificados como categoria 4 no início do processo terapêutico e que
ao longo desse processo 70,5% desses participantes evoluíram para as categorias
6 e 7. No grupo II 65% dos participantes foram classificados com categorias 1 e 2, e
no grupo III 54,9% dos participantes foram classificados como categoria 2 no início
do processo terapêutico e ao longo desse processo 75% do grupo II e 83% do grupo
III evoluíram para categorias 6 e 7. No grupo IV 100% dos participantes
encontravam-se na categoria 4 no início do processo terapêutico e 80% desse
grupo evoluiu para as categorias 6 e 7 até o momento da coleta.

Tabela 1 - Distribuição dos pacientes dos grupos I, II, III e IV de acordo com as categorias de audição
Categorias de Audição
0 1 2 3 4 5 6 7
n n n n n n n n
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
GI Ingresso ao CEDAU 3 14 2 24 1
(n44) (6,8) (31,8) (4,5) (54,5) (2,4)
Momento da Coleta 13 5 26
(29,5) (11,4) (59,1)
GII Ingresso ao CEDAU 6 7 7
(n20) (30) (35) (35)
Momento da Coleta 3 2 4 11
(15) (10) (20) (55)
GIII Ingresso ao CEDAU 6 45 31
(n82) (7,3) (54,9) (37,8)
Momento da Coleta 7 7 21 47
(8,5) (8,5) (25,6) (57,4)
GIV Ingresso ao CEDAU 5
(n5) (100)
Momento da Coleta 1 2 2
(20) (40) (40)
Legenda:GI=grupo I. GII=grupo II. GIII=grupo III. GIV=grupo IV. n=numero de participantes.
66
Resultados

5.2 DESEMPENHO DE LINGUAGEM

O desempenho de linguagem falada dos grupos da pesquisa no ingresso


ao CEDAU e no momento da coleta estão apresentados na figura 2.

Figura 2 - Desempenho de linguagem dos grupos I (n44), II (n20),III (n82) e IV (n5) representados
por box plots

Em todos os grupos verificamos progressos no desenvolvimento das


habilidades de linguagem falada.
No ingresso ao CEDAU os grupos I e III apresentaram categorias
variando de um a quatro com mediana dois (média 1,9±0,8) para o grupo I e
mediana um para o grupo III (média 1,4±0,6). No grupo II as categorias de
linguagem variaram entre um e três com mediana de um (média 1,4±0,6) e no grupo
IV as categorias foram entre dois e três com mediana de 2 (média 1,4±0,6).
No momento da coleta as categorias de linguagem variaram entre três e
cinco com mediana cinco para os grupos I (média 4,9±0,3) e III (média 4,7±0,6).
Para o grupo II as categorias variaram entre quatro e cinco com mediana cinco
(média 6,2±0,8); e para o grupo IV não houve variação de categorias, todos os
participantes do grupo IV encontravam-se na categoria cinco no momento da coleta.
67
Resultados

Ainda, analisando a tabela 2 observamos que 75% dos participantes do


grupo I e 97,6% dos participantes do grupo III foram classificados como categoria 1
ou 2 no início do processo terapêutico e que ao longo desse processo 95,2% do
grupo I e 76,8% do grupo III evoluíram para a categoria 5. No grupo II 65% dos
participantes foram classificados como categoria 1 e ao longo desse processo 95%
evoluíram para a categoria 5. No grupo IV 80% dos participantes encontravam se na
categoria 2 no início do processo terapêutico e 100% desse grupo evoluiu para as
categorias 5 até o momento da coleta.

Tabela 2 - Distribuição dos pacientes dos grupos I, II, III e IV de acordo com as categorias de
linguagem
Categorias de Linguagem
1 2 3 4 5
n n n n n
(%) (%) (%) (%) (%)
GI (n44) Ingresso ao CEDAU 17 16 10 1
(38,6) (36,4) (22,6) (2,4)
Momento da Coleta 1 1 42
(2,4) (2,4) (95,2)
GII Ingresso ao CEDAU 13 6 1
(n20) (65) (30) (5)
Momento da Coleta 1 19
(5) (95)
GIII Ingresso ao CEDAU 51 29 1 1
(n82) (62,2) (35,4) (1,2) (1,2)
Momento da Coleta 5 14 63
(6,1) (17,1) (76,8)
GIV Ingresso ao CEDAU 1 4
(n5) (20) (80)
Momento da Coleta 5
(100)
Legenda: GI=grupo I. GII=grupo II. GIII=grupo III. GIV=grupo IV. n=numero de participantes.

5.3 DESEMPENHO NA INTELIGIBILIDADE DE FALA

O desempenho na inteligibilidade de fala dos grupos da pesquisa no


ingresso ao CEDAU e no momento da coleta estão apresentados na figura 3.
68
Resultados

Figura 3 - Desempenho na inteligibilidade de fala dos grupos I (n44), II (n20),III (n82) e IV (n5)
representados por box plots

Em todos os grupos verificamos progressos no desenvolvimento da


inteligibilidade de fala.
No ingresso ao CEDAU a inteligibilidade de fala variou entre um e três
com mediana dois para o grupo I (média 1,8±0,7), entre um e dois com mediana um
para o grupo II (média 1,3±0,5), entre um e quatro com mediana um para o grupo III
(média 1,4±0,6) e entre dois e três com mediana dois para o grupo IV(média
2,2±0,4).
No momento da coleta, a inteligibilidade de fala variou entre três e cinco
com mediana cinco para os grupos I (média 4,7±0,5) e II (média 4,7±0,6). Para o
grupo III a variação foi entre dois e cinco com mediana 4,5 (média 4,4±0,7); e para o
grupo IV a variação foi em quatro e cinco com mediana 5 (média 4,6±0,5).
Ainda, analisando a tabela 3 observamos que 79,5% dos participantes do
grupo I, 100% dos participantes do grupo II e 96,4% dos participantes do grupo III
foram classificados como categoria 1 ou 2 no início do processo terapêutico e que
ao longo desse processo 75% do grupo I e II, e 50% do grupo III evoluíram para a
categoria 5. No grupo IV 80% dos participantes encontravam se na categoria 2 no
início do processo terapêutico e 60% desse grupo evoluiu para as categorias 5 até o
momento da coleta.
69
Resultados

Tabela 3 - Distribuição dos pacientes dos grupos I, II, III e IV de acordo com a escala de
inteligibilidade de fala
Escala de Inteligibilidade de fala
1 2 3 4 5
n n n n n
(%) (%) (%) (%) (%)
GI Ingresso ao CEDAU 17 18 9
n=44 (38,6) (40,9) (20,5)
Momento da Coleta 2 9 33
(4,5) (20,5) (75)
GII Ingresso ao CEDAU 13 7
n=20 (65) (35)
Momento da Coleta 1 4 15
(5) (20) (75)
GIII Ingresso ao CEDAU 50 29 2 1
n=82 (61) (35,4) (2,4) (1,2)
Momento da Coleta 2 7 32 41
(2,4) (8,5) (39,1) (50)
GIV Ingresso ao CEDAU 4 1
n=5 (80) (20)
Momento da Coleta 2 3
(40) (60)
Legenda:GI=grupo I. GII=grupo II. GIII=grupo III. GIV=grupo IV. n=numero de participantes.

5.4 QUALIDADE DE VIDA

Os resultados quanto a qualidade de vida específica e geral estão


expostos nas figuras abaixo. Tais resultados estão separados pelos grupos e tipos
de instrumentos utilizados. Na análise de todos os questionários utilizados as
escalas foram transformadas em porcentagem de 0 a 100, assim quanto maior o
valor da porcentagem, mais positiva é a resposta dos participantes.
A figura 4 revela as medianas das respostas dos participantes do grupo I
ao questionário SADL em cada um dos domínios quantitativos avaliados. Quanto
maior o valor da porcentagem, mais positiva é a resposta do participantes em
relação ao uso do AASI.
Os domínios efeitos positivos (média 97,8%±6) e imagem pessoal
(92,5%±15,4) apresentaram maior mediana com 100%, seguido pelo serviços e
custos (média 89,8%±12,3) com mediana 95,2%, e fatores negativos (média
74,9%±23,1) com mediana igual a 80,9%. Os usuários demonstraram estar
consideravelmente satisfeitos com o uso do AASI.
70
Resultados

Figura 4 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo I para cada domínio do questionário SADL representados por box plots (n=44)

Na figura 5 temos as medianas das respostas do grupo I ao questionário


WHPQOL-bref em cada um dos domínios quantitativos avaliados. Quanto maior o
valor da porcentagem de cada domínio melhor é a qualidade de vida do participante.
O domínio autoavaliação da QV apresentou maior mediana com 90%
(média 88,9%±9,7), seguida pelo físico com mediana 88,6% (média 88,4%±8,7). O
domínio relações sociais teve mediana de 86,7% (média 84,9%±13,7), o psicológico
teve mediana de 84,9% (média 84,8±10,8) e o domínio ambiente teve mediana de
81,2% (média 79,4±9,1).

Figura 5 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo I para cada domínio do questionário WHOQOL-bref representados por box plots (n=44)

Legenda: QV=qualidade de vida.


71
Resultados

A figura 6 revela as medianas das respostas dos participantes do grupo II


ao questionário. Quanto maior o valor da porcentagem, mais satisfatória é a
qualidade de vida dos participantes da pesquisa em relação ao uso do IC.
Foram observados benefícios nos diferentes aspectos relacionados à
qualidade de vida e o uso do IC, uma vez que pontuações elevadas foram obtidas
nos domínios social com mediana de 91,6% (média 88%±11,8) , psicológico com
mediana de 91% (média 82,9%±19,7) e físico com mediana de 89,6% (média
85,1%±14,6). Dentre os subdomínios do questionário, as medianas foram de 96%
para produção de fala (média 82,9%±19,7), de 93,5% para funcionamento social
(média 88,9%±13,5), de 92,5% para percepção básica dos sons (média 88,5%±17),
de 91% para autoestima (média 82,9%±19,7), de 88,7% para atividade (média
87,1%±10,9) e 82,5% para percepção avançada do som (média 77,8%±18,3).

Figura 6 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo II para cada domínio e subdomínio do questionário NCIQ-P representados por box plots (n=20)

Legenda: PBS=percepção básica do som. PAS=percepção avançada do som. AE=autoestima.


A=atividade. FS=funcionamento social.

Na figura 7 temos as medianas das respostas do grupo II ao questionário


WHOQOL-bref em cada um dos domínios quantitativos avaliados. Quanto maior o
valor da porcentagem de cada domínio melhor a qualidade de vida do participante.
O domínio físico apresentou maior mediana com 97,1% (média
91,7%±9,3), seguido pelos domínios relações sociais com mediana 95% (média
89,5%±13) e psicológico com mediana de 91,7%(média 87,7%±12,3). O domínio
autoavaliação da QV teve mediana de 90% (média 88,5%±12,7) e o domínio
ambiente teve mediana de 85 (média 82,4%±12,1).
72
Resultados

Figura 7- Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo II para cada domínio do questionário WHOQOL-bref representados por box plots (n=20)

Legenda: QV=qualidade de vida.

A figura 8 revela as medianas das respostas dos pais da crianças do


grupo III ao questionário CCIPP em cada um dos domínios quantitativos avaliados.
Nesta análise quanto maior o valor da escala, mais positiva é a perspectiva dos pais
em relação à qualidade de vida das crianças mediante ao uso do dispositivo.
Na perspectiva dos pais o IC melhorou a qualidade de vida em todos os
domínios relacionados à criança e à família. A escala autonomia apresentou maior
mediana com 88,3% (média 77,2%±25,3), seguida pela relações sociais com
mediana de 81,7% (média 75,4%±24,7). O domínio comunicação apresentou
mediana 75% (média 75,4%±22,2), seguido pelo domínio funcionalidade com
mediana de 70% (média 70,6%±26,8). O domínio educação apresentou mediana
60% (média 51,6%±29,6), seguido pelo domínio bem-estar com mediana de 45%
(média 43,4%±19,4), pelo domínio efeitos do IC com mediana de 33,3% (média 30,6
%±23,9) e pelo domínio apoio à criança com mediana de 12,5% (média 9,8 %±36,9).
73
Resultados

Figura 8 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo III para cada domínio do questionário CCIPP perspectiva dos pais representados por box plots
(n=82)

Legenda: IC=implante coclear.

Nas figuras 9 e 10 temos as medianas das respostas dos pais e das


crianças do grupo III ao questionário KINDL em cada um dos domínios quantitativos
avaliados, respectivamente. Quanto maior o valor da porcentagem, mais satisfatória
é a qualidade de vida dos participantes da pesquisa tanto na perspectiva dos pais
quanto na perspectiva das crianças.
Na perspectiva dos pais das crianças do grupo III o domínio autoestima
apresentou maior mediana com 87,5% (média 84,9%±15,3), seguido pelo bem-estar
físico (média 79,9%±17,3), bem-estar emocional (média 80,8%±15,3) e escola
(média 81,4%±14,5) ambos com mediana igual a 81,2%. Os domínios família (média
77,5%±13,9) e contato social (média 78,9%±15,7) apresentaram mediana de 75%
(Figura 9).
74
Resultados

Figura 9 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo III para cada domínio do questionário KINDL perspectiva dos pais representados por box plots
(n=82)

Legenda: F=físico. E=emocional.

Na perspectiva das crianças do grupo III o domínio autoestima também


apresentou maior mediana com 100% (média 95,1%±8,7), seguidos pelos domínios
bem-estar emocional (média 89,9%±10,5), família (média 88,6%±12,5), contato
social (média 87,5%±15,9) e bem-estar físico (média 86,9%±15,6) ambos com
mediana igual a 93,7%. O domínio escola (média 82%±14,6) apresentou mediana de
81,2% (Figura 10).

Figura 10 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo III para cada domínio do questionário KINDL perspectiva da criança representados por box
plots (n=82)

Legenda: F=físico. E=emocional.


75
Resultados

A figura 11 revela as medianas das respostas dos pais da crianças do


grupo IV ao questionário CCAPP em cada um dos domínios quantitativos avaliados.
Quanto maior o valor da escala, mais positiva é a perspectiva dos pais em relação à
qualidade de vida das crianças mediante ao uso do dispositivo.
Na perspectiva dos pais o AASI melhorou a qualidade de vida em todos
os domínios relacionados à criança e à família. O domínio autonomia apresentou
maior mediana com 100% (média 80%±29,8), seguida pela relações sociais com
mediana de 90% (média 84,7%±16,9) e pela funcionalidade com mediana de 80%
(média 82%±20,5). O domínio comunicação apresentou mediana de 66,7% (média
75%±20,4), seguido pelo domínio educação com mediana de 60% (média
44%±32,1), pelo domínio bem-estar com mediana de 50% (média 50%±10) e pelo
domínio efeitos do AASI com mediana de 40% (média 38,7%±16,2). O domínio
apoio à criança apresentou mediana de 12,5% (média 5%±42).

Figura 11. Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo IV para cada domínio do questionário CCAPP perspectiva dos pais representados por box plots
(n=5)

Legenda: IC=implante coclear.

Nas figuras 12 e 13 temos as medianas das respostas dos pais e das


crianças do grupo IV ao questionário KINDL em cada um dos domínios quantitativos
avaliados, respectivamente. Quanto maior o valor da porcentagem, mais satisfatória
é a qualidade de vida dos participantes da pesquisa tanto na perspectiva dos pais
quanto na perspectiva das crianças.
Na perspectiva dos pais das crianças do grupo IV os domínios bem-estar
físico (média 92,5%±11,2) e autoestima (média 93,7%±10,8) apresentaram maior
76
Resultados

mediana com 100%, seguido pelo bem-estar emocional (média 85%±12,9) e contato
social (média 90%±9,5) ambos com mediana igual a 87,5%. O domínio família
(média 82,5%±5,2) apresentou mediana de 81,2% e o domínio escola (média
78,7%±14,4) apresentou mediana de 75% (Figura 12).

Figura 12 - Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo IV para cada domínio do questionário KINDL perspectiva dos pais representados por box plots
(n=5)

Legenda: F=físico. E=emocional.

Na perspectiva das crianças do grupo IV os domínios bem-estar físico


(média 96,2%±8,4) e autoestima (média 98,7%±2,8) também apresentaram maior
mediana com 100%, assim como na perspectiva de seus pais. Além desses dois
domínios, o contato social (média 90%±16,3) também seguiu com mediana 100% na
perspectiva das crianças desse grupo, seguidos pelos domínios bem-estar
emocional (média 91,2%±18,4) e família (média 87,5%±17,6), ambos com mediana
87,5%. A escola (média 81,2%±7,6) apresentou mediana de 81,2% (Figura 13).
77
Resultados

Figura 13. Valores de mediana, 1º quartil, 3º quartil, mínimo e máximo das pontuações obtidas pelo
grupo IV para cada domínio do questionário KINDL perspectiva da criança representados por box
plots (n=5)

Legenda: F=físico. E=emocional.

5.5 CORRELAÇÕES ENTRE AS CATEGORIAS DE AUDIÇÃO, LINGUAGEM E


ESCALA DE INTELIGIBILIDADE DE FALA, E AS VARIÁVEIS AUDIOLÓGICAS,
TERAPÊUTICAS, SOCIAIS, EDUCACIONAIS E QUALIDADE DE VIDA NOS
GRUPOS I, II, III e IV

As correlações entre as categorias de audição, linguagem e a escala


de inteligibilidade com as variáveis audiológicas, sócias, educacionais, qualidade de
vida específica e geral de cada grupo participante do estudo foram realizadas.
No grupo I foi observado correlação significante entre a categoria de
audição e a variável idade na primeira adaptação do aparelho auditivo e qualidade
de vida específico no domínio fatores negativos do questionário SADL (Tabela 4).
Para a categoria de linguagem foi observado correlação significante para
a qualidade de vida específica no domínio fatores negativos do questionário SADL
(Tabela 4).
Para a escala de inteligibilidade de fala foi observado correlação
significante para as variáveis idade na primeira adaptação do aparelho auditivo,
idade em que iniciou a terapia fonoaudiológica no método Aurioral, grau de
escolaridade e qualidade de vida específica no domínio fatores negativos (Tabela 4).
78
Resultados

Tabela 4 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e inteligibilidade de fala


classificadas no momento da coleta e as variáveis audiológicas, sociais, educacionais e
qualidade de vida do Grupo I (n=44)
Categoria de Categoria de Inteligibilidade
Audição Linguagem de Fala
r p r p r p
ID na 1ª Adaptação -,4064 p=,006** ,2047 p=,183 -,3478 p=,021**
TU do dispositivo ,0005 p=,998 ,0110 p=,944 -,0077 p=,961
ID que iniciou terapia ,1998 p=,194 ,1559 p=,312 -,3176 p=,036**
Grau de escolaridade ,2272 p=,138 ,0795 p=,608 ,4092 p=,006**
Classificação socioeconômica ,2235 p=,145 ,2637 p=,084 ,1005 p=,516
Efeitos Positivos ,0137 p=,930 ,2002 p=,193 ,1526 p=,323
Serviços e Custos -,0671 p=,665 ,2614 p=,087 ,1833 p=,234
SADL Fatores Negativos ,6287 p=,000** 0,3134 p=,038** ,5426 p=,000**
Imagem Pessoal ,0800 p=,606 -,1012 p=,513 -,0310 p=,842
Físico ,2448 p=,109 ,1116 p=,471 ,2412 p=,115
Psicológico -,0529 p=,733 -,0138 p=,929 -,0923 p=,551
Relações Pessoais ,0001 p=1,000 -,0254 p=,870 ,0154 p=,921
WHOQOL Meio Ambiente ,2373 p=,121 ,1005 p=,516 ,1820 p=,237
-bref Autoavaliação da
-,1603 p=,299 -,0963 p=,534 -,1941 p=,207
QV
Legenda: ID=idade. TU=tempo de uso. QV=qualidade de vida. **Valores significativos p≤0,05. Teste
de Coeficiente de correlação Spearman.

No grupo II foi observado correlação significante entre a categoria de


audição e as variáveis idade na primeira adaptação do aparelho auditivo, idade na
ativação do IC, qualidade de vida específico no domínio físico e seus subdomínios
percepção básica do som, percepção avançada do som e percepção da fala do
questionário NCIQ-P; e qualidade de vida geral nos domínios psicológico e
autoavaliação de QV do questionário WHOQOL-bref (Tabela 5).
Para a categoria de linguagem e de inteligibilidade de fala foram
observadas correlações significantes para a qualidade de vida específica no domínio
físico – percepção avançada do som do questionário NCIQ-P e para a qualidade de
vida geral domínio autoavaliação de QV do questionário WHOQOL-bref (Tabela 5).

Tabela 5 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e inteligibilidade de fala


classificadas no momento da coleta e as variáveis audiológicas, sociais, educacionais e
qualidade de vida do Grupo II (n=20)
Categoria de Categoria de Inteligibilidade de
Audição Linguagem Fala
r p r p r p
Idade na 1ª Adaptação -,4881 p=,029** -,4115 p=,071 -,1690 p=,476
Idade na Ativação -,5333 p=,015** ,1659 p=,484 ,0068 p=,977
Tempo de uso do dispositivo ,1865 p=,431 ,2258 p=,338 ,1775 p=,454
Idade que iniciou terapia -,2687 p=,252 ,0051 p=,983 -,0856 p=,720
Grau de escolaridade -,3595 p=,120 ,1502 p=,527 ,1078 p=,651
Classificação socioeconômica -,0816 p=,732 ,1383 p=,561 -,0812 p=,734
(Continua)
79
Resultados

(Conclusão)
Físico-PBS ,4951 p=,026** -,1590 p=,503 ,0595 p=,803
Físico-PAS ,7536 p=,000** ,5188** p=,019** ,4510 p=,046**
Qualidade Físico-PF ,6053 p=,005** ,3721 p=,106 ,4331 p=,056
de vida Físico ,6969 p=,001** ,2715 p=,247 ,3467 p=,134
específica Psicológico - A ,2024 p=,392 ,2432 p=,301 ,4663 p=,038**
NCIQ-P Social-Atividade ,1454 p=,541 ,2084 p=,378 ,1293 p=,587
Social-FS ,4297 p=,059 ,3722 p=,106 ,2622 p=,264
Social ,3143 p=,177 ,3094 p=,184 ,2106 p=,373
Qualidade Físico ,1662 p=,484 -,1372 p=,564 ,0176 p=,941
de vida Psicológico ,5892 p=,006** ,2732 p=,244 ,2936 p=,209
geral Relações Sociais ,2421 p=,304 ,0511 p=,831 ,1201 p=,614
WHOQOL- Meio Ambiente ,4215 p=,064 ,1432 p=,547 ,0513 p=,830
bref Autoavaliação da
,4546 p=,044** ,7146** p=,000** ,5159 p=,020**
QV
Legenda: PBS=percepção básica do som. PAS=percepção avançada do som. PF=percepção da fala.
A=autoestima. FS=funcionamento social. QV=qualidade de vida. **Valores significativos p≤0,05.
Teste de Coeficiente de correlação Spearman.

No grupo III foi observado correlação significante entre a categoria de


audição e as variáveis tempo de uso do dispositivo auditivo, grau de escolaridade da
mãe, classificação socioeconômica familiar, qualidade de vida específico nos
domínios comunicação, funcionalidade, educação e suporte do questionário CCIPP
e, qualidade de vida geral nos domínios bem-estar emocional na perspectiva dos
pais e na perspectiva das crianças dos questionários KINDL (Tabela 6).
Para a categoria de linguagem foi observado correlação significante para
as variáveis tempo de uso do dispositivo auditivo, qualidade de vida geral nos
domínios bem-estar emocional na perspectiva dos pais e na perspectiva das
crianças dos questionários KINDL (Tabela 6).
Para a escala de inteligibilidade de fala foi observado correlação
significante para as variáveis tempo de uso do dispositivo auditivo, grau de
escolaridade da mãe, classificação socioeconômica familiar, qualidade de vida
específico nos domínios comunicação, funcionalidade, educação e suporte do
questionário CCIPP e, qualidade de vida geral no domínio bem-estar emocional na
perspectiva das crianças do questionário KINDL (Tabela 6).

Tabela 6 - Correlação entre as categorias de audição, linguagem e inteligibilidade de fala


classificadas no momento da coleta e as variáveis audiológicas, sociais, educacionais e
qualidade de vida do Grupo III (n=82)
Categoria de Categoria de Inteligibilidade de
Audição Linguagem Fala
r p r p r p
Idade na 1ª Adaptação -,0239 p=,832 ,0528 p=,638 -,0530 p=,636
(Continua)
80
Resultados

(Conclusão)
Idade na Ativação ,0752 p=,502 ,1087 p=,331 ,1535 p=,169
Tempo de uso do dispositivo ,5383 p=,000** ,4788 p=,000** ,5229 p=,000**
Idade que iniciou terapia -,0711 p=,526 ,0301 p=,788 -,0857 p=,444
Grau de escolaridade da mãe ,3202 p=,003** -,1413 p=,205 ,3545 p=,001**
Grau de escolaridade do pai ,1342 p=,230 ,0176 p=,875 ,1345 p=,228
Classificação socioeconômica familiar ,3583 p=,001** ,0466 p=,677 ,3404 p=,002**
Qualidade de Comunicação ,4629 p=,000** ,1279 p=,252 ,6048 p=,000**
vida específica Funcionalidade ,3445 p=,002** ,1641 p=,141 ,4332 p=,000**
CCIPP – Autonomia ,0152 p=,892 -,0065 p=,954 ,1609 p=,149
perspectiva Bem-estar ,0802 p=,474 ,1467 p=,189 ,1677 p=,132
dos pais Social ,1485 p=,183 ,1567 p=,160 ,1422 p=,202
Educação ,2706 p=,014** ,0114 p=,919 ,4268 p=,000**
Efeitos do IC ,0451 p=,687 ,0835 p=,456 ,1458 p=,191
Suporte ,2957 p=,007** ,0735 p=,512 ,2489 p=,024**
Qualidade de Bem-estar Físico ,1294 p=,247 ,0751 p=,502 ,1828 p=,100
vida geral Bem-estar Emocional ,2229 p=,044** ,2255 p=,042** -,1003 p=,370
KINDL – Autoestima -,0028 p=,980 -,0145 p=,897 ,0614 p=,584
perspectiva Família -,0492 p=,661 ,0544 p=,628 ,1110 p=,321
dos pais Contato Social -,0009 p=,994 ,0504 p=,653 ,1207 p=,280
Escola ,0132 p=,907 ,0238 p=,832 ,1372 p=,219
(Qualidade de Bem-estar Físico -,1737 p=,119 -,0716 p=,523 -,0536 p=,632
vida geral Bem-estar Emocional ,3524 p=,001** ,3170 p=,004** ,2888 p=,009**
KINDL – Autoestima -,0998 p=,372 -,0113 p=,920 -,0070 p=,950
perspectiva da Família ,2756 p=,120 -,1664 p=,135 -,0865 p=,440
criança Contato Social -,0001 p=,999 ,0585 p=,601 ,1622 p=,146
Escola -,1951 p=,079 -,1566 p=,160 -,1041 p=,352
Legenda: IC=implante coclear. **Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação
Spearman.

No grupo IV foram observadas correlações significantes entre a categoria


de audição e a variável idade na primeira adaptação do dispositivo auditivo e entre
a escala de inteligibilidade e a variável idade que iniciou a terapia regida pela
método Aurioral. Para a categoria de linguagem não houve correlações entre as
variáveis (Tabela 7).

Tabela 7- Correlação entre as categorias de audição, linguagem e inteligibilidade de fala classificadas


no momento da coleta e as variáveis audiológicas, sociais, educacionais e qualidade de
dia do Grupo IV (n=5)
Categoria de Categoria de Inteligibilidade de
Audição Linguagem Fala
r p r p r p
Idade na 1ª Adaptação -,9055 p=,034** -- p= --- ,8362 p=,078
Tempo de uso do dispositivo ,9210 p=,026** -- p= --- ,8211 p=,088
Idade que iniciou terapia ,5345 p=,353 -- p= --- -,9186 p=,028**
Grau de escolaridade da mãe ,1167 p=,852 -- p= --- ,3471 p=,567
Grau de escolaridade do pai ,0996 p=,873 -- p= --- ,0719 p=,909
Classificação socioeconômica familiar ,6290 p=,256 -- p= --- ,3471 p=,567
(Continua)
81
Resultados

(Conclusão)
Qualidade de Comunicação -,0000 p=1,00 -- p= --- ,3726 p=,537
vida específica Funcionalidade -,1750 p=,778 -- p= --- ,0891 p=,887
CCAPP – Autonomia ,5346 p=,353 -- p= --- ,4083 p=,495
perspectiva Bem-estar -,5976 p=,287 -- p= --- -,4564 p=,440
dos pais Social ,6824 p=,204 -- p= --- ,0719 p=,909
Educação ,6145 p=,270 -- p= --- ,5404 p=,347
Efeitos do AASI ,1167 p=,852 -- p= --- ,3471 p=,567
Suporte -,5689 p=,317 -- p= --- -,0272 p=,965
Qualidade de Bem-estar Físico -,1336 p=,830 -- p= --- ,4082 p=,495
vida geral Bem-estar Emocional ,7781 p=,121 -- p= --- ,4842 p=,408
KINDL – Autoestima 0,0000 p=1,00 -- p= --- ,5270 p=,361
perspectiva Família -,7857 p=,115 -- p= --- -,3273 p=,591
dos pais Contato Social -,2758 p=,653 -- p= --- -,0602 p=,923
Escola ,5711 p=,315 -- p= --- ,8327 p=,080
Qualidade de Bem-estar Físico -,5345 p=,353 -- p= --- -,4082 p=,495
vida geral Bem-estar Emocional ,3118 p=,610 -- p= --- -,2722 p=,658
KINDL – Autoestima -,5345 p=,353 -- p= --- -,4082 p=,495
perspectiva da Família ,0000 p=1,00 -- p= --- -,3727 p=,537
criança Contato Social -,5042 p=,386 -- p= --- -,5601 p=,326
Escola -,2440 p=,692 -- p= --- ,3727 p=,537
Legenda: AASI=aparelho de amplificação sonora individual. **Valores significativos p≤0,05. Teste de
Coeficiente de correlação Spearman.

5.6 CORRELAÇÕES ENTRE OS QUESTIONÁRIOS DE QUALIDADE DE VIDA E


AS VARIÁVEIS AUDIOLÓGICAS, TERAPÊUTICAS, SOCIAIS E EDUCACIONAIS
NOS GRUPOS I, II, III e IV

As correlações entre os questionários de qualidade de vida específico e


qualidade de vida geral com as variáveis audiológicas, terapêuticas, sócias e
educacionais de cada grupo participante do estudo foram realizadas.
No grupo I não foram observadas correlações entre os domínios do
questionário de qualidade de vida específico SADL e as variáveis audiológicas,
terapêuticas, sociais e educacionais (Tabela 8).

Tabela 8 - Correlação entre os domínios do questionário SADL e as variáveis audiológicas,


terapêuticas, sociais e educacionais do Grupo I (n=44)
SADL
Efeitos Positivos Serviços e Fatores Negativos Imagem Pessoal
Custos
r p r p r p r p
Idade na 1ª p=,699
-,1398 p=,366 ,2139 p=,163 ,2763 p=,069 ,0600
Adaptação
Tempo de uso do p=,870
-,1096 p=,479 ,1673 p=,278 ,1559 p=,312 -,0255
dispositivo
Idade que iniciou p=,155
,0511 p=,742 -,2853 p=,060 -,2605 p=,088 -,2179
terapia
Grau de escolaridade -,0811 p=,601 ,2583 p=,090 ,1877 p=,223 -,1413 p=,360
Legenda: **Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.
82
Resultados

Na correlação entre a qualidade de vida geral e as variáveis audiológicas,


de terapia, sociais e educacionais pode se observar correlações significantes entre
os domínios físico, relações sociais e autoavaliação da QV e a variável tempo de
uso do dispositivo no grupo I. Ainda, o domínio relações sociais apresentou
correlação significante com a variável socioeconômica e o domínio autoavaliação da
QV apresentou correlação significante com as variáveis idade na primeira adaptação
de aparelho, tempo de uso do dispositivo, idade que iniciou terapia e grau de
escolaridade (Tabela 9).

Tabela 9 - Correlação entre os domínios do questionário WHOQOL-bref e as variáveis audiológicas,


terapêuticas, sociais e educacionais do Grupo I (n=44)
WHOQOL-bref
Físico Psicológico Relações Sociais Meio Ambiente AAQV
r p r p r p r p r p
ID 1ªA 0,0821 p=,596 -,1140 p=,461 -,0165 p=,915 ,0863 p=,577 -,3131 p=,039**
TUD ,3931 p=,008** ,2742 p=,072 ,3100 p=,041** ,1504 p=,330 ,4879 p=,001**
IDT -,0683 p=,660 -,1880 p=,222 -,0800 p=,605 -,0934 p=,546 -,3794 p=,011**
GEPA ,0747 p=,630 -,1534 p=,320 -,0406 p=,794 -,0997 p=,520 -,3130 p=,039**
CSF ,1144 p=,460 ,1834 p=,233 ,3152 p=,037** ,1268 p=,412 ,0608 p=,695
Legenda: ID=idade. A=adaptação. TUD=tempo de uso do dispositivo. IDT=idade que iniciou terapia.
GEPA=grau de escolaridade do participante. CSF=classificação socioeconômica familiar.
AAQV=autoavaliação da qualidade de vida. **Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de
correlação Spearman.

No grupo II quando correlacionado os domínios do questionário de


qualidade de vida específico NCIQ-P com as variáveis audiológicas, de terapia,
sociais e educacionais pode se observar que o domínio físico e seu subdomínio
percepção básica do som tiveram correlações significantes com a variável idade na
ativação do IC (Tabela 10).

Tabela 10 - Correlação entre os domínios do questionário NCIQ-P e as variáveis audiológicas,


terapêuticas, sociais e educacionais do Grupo II (n=20)
ID1ª A IDA TUD IDT GEPA CSF
Físico r ,1737 -,7240 ,1016 ,1967 -,2828 -,3999
PBS p p=,464 p=,000** p=,670 p=,406 p=,227 p=,081
Físico r -,1070 -,3676 -,1667 ,1447 -,2055 -,0287
PAS p p=,653 p=,111 p=,482 p=,543 p=,385 p=,904
Físico r ,0774 -,3590 ,1737 ,1613 -,1383 ,1954
PF p p=,746 p=,120 p=,464 p=,497 p=,561 p=,409
Físico r ,0464 -,5478 ,1839 ,1873 -,2615 -,2104
NCIQ-P p p=,846 p=,012** p=,438 p=,429 p=,265 p=,373
P-A r ,2125 -,0567 ,1751 -,0249 -,1398 -,0831
p p=,368 p=,812 p=,460 p=,917 p=,557 p=,728
(Continua)
83
Resultados

(Conclusão)
S-A r ,2126 ,0089 -,0103 ,2043 -,0631 ,0676
p p=,368 p=,970 p=,966 p=,388 p=,792 p=,777
NCIQ-P Social r ,0634 -,1320 -,0830 ,1594 -,0045 -,1079
FS p p=,791 p=,579 p=,728 p=,502 p=,985 p=,651
Social ,1344 -,0728 -,0522 ,1850 -,0321 -,0313
p=,572 p=,760 p=,827 p=,435 p=,893 p=,896
Legenda: ID=idade. A=adaptação. IDA=idade na ativação. TUD=tempo de uso do dispositivo.
IDT=idade que iniciou terapia. GEPA=grau de escolaridade do participante. CSF=classificação
socioeconômica familiar. PBS=percepção básica do som. PAS=percepção avançada do som.
PF=percepção da fala. P-A=psicológico-autoestima. S-A=social-atividade. FS=funcionamento social.
**Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.

Na correlação entre a qualidade de vida geral do questionário WHOQOL-


bref e as variáveis audiológicas, de terapia, sociais e educacionais não se observou
correlação significante no grupo II (Tabela 11).

Tabela 11 - Correlação entre os domínios do questionário WHOQOL-bref e as variáveis audiológicas,


terapêuticas, sociais e educacionais do Grupo II (n=20)
ID 1ª A IDA TUD IDT GEPA CSF
Físico r ,3684 -,1143 -,2109 ,1630 -,1142 -,1618
p p=,110 p=,631 p=,372 p=,492 p=,632 p=,496
P r -,0978 -,2381 ,0044 -,2165 -,2133 ,2842
p p=,682 p=,312 p=,985 p=,359 p=,366 p=,225
RS r -,0529 -,1892 -,2754 -,2198 ,0043 ,1820
WHOQOL- p p=,825 p=,424 p=,240 p=,352 p=,986 p=,443
bref MA r -,0671 -,3204 -,2948 ,0733 ,0242 ,1818
p p=,779 p=,168 p=,207 p=,759 p=,919 p=,443
AAQV r -,3240 -,1295 -,0085 -,1112 ,1677 ,3781
p p=,163 p=,586 p=,972 p=,641 p=,480 p=,100
Legenda: ID=idade. A=adaptação. IDA=idade na ativação TUD=tempo de uso do dispositivo.
IDT=idade que iniciou terapia. GEPA=grau de escolaridade do participante. CSF=classificação
socioeconômica familiar. P=psicológico. RS=relações sociais. MA-meio ambiente. AAQV=auto
avaliação da qualidade de vida. **Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação
Spearman.

No grupo III quando correlacionado os domínios do questionário de


qualidade de vida específico CCIPP (perspectiva dos pais) com as variáveis
audiológicas e de terapia, pode-se observar que os domínios comunicação e
funcionalidade tiveram correlação significante com a variável tempo de uso do
dispositivo. O domínio educação correlacionou significantemente com as variáveis
idade na primeira adaptação, tempo de uso do dispositivo e idade em que iniciou a
terapia. E por fim, o domínio suporte teve correlação significante com as variáveis
idade na ativação e tempo de uso do dispositivo (Tabela 12).
84
Resultados

Tabela 12 - Correlação entre os domínios do questionário CCIPP e as variáveis audiológicas e


terapêuticas do Grupo III (n=82)
ID1ªA IDA TUD IDT
Comunicação r -,0945 ,1472 ,2337 -,1265
p p=,398 p=,187 p=,035** p=,257
Funcionalidade r -,1057 -,0041 ,4134 -,1420
p p=,345 p=,971 p=,000** p=,203
CCIPP Autonomia r -,0510 -,0573 ,2106 -,0446
pais p p=,649 p=,609 p=,058 p=,691
Bem-estar r -,0642 -,0135 ,1646 -,1007
p p=,567 p=,904 p=,139 p=,368
Social r -,0782 -,1243 ,1329 -,1244
p p=,485 p=,266 p=,234 p=,266
Educação r -,2552 ,0434 ,2795 -,3138
p p=,021** p=,699 p=,011** p=,004**
Efeitos do IC r -,0155 -,0741 ,0930 -,0390
p p=,890 p=,508 p=,406 p=,728
Suporte r -,0945 -,2317 ,4377 -,0350
p p=,398 p=,036** p=,000** p=,755
Legenda: ID=idade. A=adaptação. IDA=idade na ativação TUD=tempo de uso do dispositivo.
IDT=idade que iniciou terapia. IC=implante coclear. **Valores significativos p≤0,05. Teste de
Coeficiente de correlação Spearman.

Na correlação entre os domínios do questionário de qualidade de vida


específico CCIPP na perspectiva dos pais das crianças do grupo III com as variáveis
sociais e educacionais, pode se observar que os domínios comunicação, bem-estar
e educação tiveram correlação significante com as variáveis grau de escolaridade da
mãe e classificação socioeconômica familiar. O domínio funcionalidade teve
correlação significante com a variável classificação socioeconômica familiar. O
domínio social correlacionou significantemente com a variável grau de escolaridade
do pai, o domínio efeitos do IC correlacionou significantemente com a variável grau
de escolaridade da mãe, e o domínio suporte teve correlação significante com as
variáveis grau de escolaridade da mãe e do pai e classificação socioeconômica
familiar (Tabela 13).

Tabela 13 - Correlação entre os domínios do questionário CCIPP e as variáveis sociais e


educacionais do Grupo III (n=82)
Grau de Grau de Classificação
escolaridade da escolaridade do socioeconômica
mãe pai familiar
Comunicação r ,2898 ,0830 ,2944
p p=,008** p=,458 p=,007**
Funcionalidade r ,1083 ,0994 ,3099
p p=,333 p=,374 p=,005**
CCIPP Autonomia r -,0325 ,0239 ,1332
pais p p=,772 p=,831 p=,233
(Continua)
85
Resultados

(Conclusão)
Bem-estar r ,2179 ,1127 ,2975
p p=,049** p=,313 p=,007**
Social r ,2124 ,2396 ,1520
p p=,055 p=,030** p=,173
Educação r ,2571 ,2013 ,4345
CCIPP p p=,020** p=,070 p=,000**
pais Efeitos do IC r ,2553 ,0176 -,0659
p p=,021** p=,875 p=,556
Suporte r ,2616 ,2439 ,4220
p p=,018** p=,027** p=,000**
Legenda: **Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.

Quando correlacionado os domínios do questionário de qualidade de vida


geral KINDL com as variáveis audiológicas e de terapia, pode se observar que
houve correlação entre o domínio bem-estar emocional e a variável idade na
ativação e entre o domínio escola e as variáveis idade na primeira adaptação do
dispositivo, idade na ativação do IC e idade no início da terapia na perspectiva dos
pais das crianças do grupo III, já na perspectiva das crianças do grupo III, os
domínios que tiveram correlação positivo foram bem-estar físico que correlacionou
significantemente com a variável tempo de uso do dispositivo; bem-estar emocional
que correlaciono significantemente com as variáveis idade na ativação e tempo de
uso do dispositivo; autoestima que correlacionou significantemente com a variável
idade na ativação; e escola que correlacionou significantemente com a variável
tempo de uso do dispositivo (Tabela 14).

Tabela 14 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL perspectiva dos pais e da criança e
as variáveis audiológicas e terapêuticas do Grupo III (n=82)
ID 1ªA IDA TUD IDT
Bem-estar r -,0945 ,0354 ,0686 -,0870
Físico p p=,398 p=,752 p=,540 p=,437
Bem-estar r -,1057 -,2339 -,0398 -,0504
Emocional p p=,345 p=,034** p=,723 p=,653
KINDL Autoestima r -,0510 -,0943 ,1230 -,0176
pais p p=,649 p=,399 p=,271 p=,876
Família r -,0642 ,0748 ,0500 ,0650
p p=,567 p=,504 p=,656 p=,562
Contato r -,0782 -,0569 ,0775 -,1422
Social p p=,485 p=,612 p=,489 p=,203
Escola r -,2552 -,2173 ,1113 -,3535
p p=,021** p=,050** p=,319 p=,001**
Bem-estar r -,0155 -,1862 ,2265 -,0812
Físico p p=,890 p=,094 p=,041** p=,468
Bem-estar r ,0381 -,2557 ,2402 -,1695
KINDL Emocional p
p=,734 p=,020** p=,030** p=,128
Criança
(Continuação)
86
Resultados

(Conclusão)
Autoestima r -,0644 -,2575 -,0136 -,1072
p p=,565 p=,020** p=,904 p=,338
Família r ,0023 -,1322 -,0400 -,1192
p p=,984 p=,237 p=,722 p=,286
Contato r ,0703 ,0236 ,0824 -,0303
Social p p=,530 p=,834 p=,462 p=,787
Escola r ,1219 -,0927 ,2492 -,2043
p p=,275 p=,407 p=,024** p=,066
Legenda: ID=idade. A=adaptação. IDA=idade na ativação TUD=tempo de uso do dispositivo.
IDT=idade que iniciou terapia. **Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação
Spearman.

Na correlação dos domínios do questionário de qualidade de vida geral


KINDL com as variáveis sociais e educacionais, pode se observar que houve
correlação significativa entre os domínios bem-estar físico, bem-estar emocional,
contato social e escola e as variáveis grau de escolaridade da mãe e classificação
socioeconômica familiar, na perspectiva dos pais do grupo III (Tabela 15).

Tabela 15 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL e as variáveis sociais e


educacionais do Grupo III (n=82)
Grau de Grau de Classificação
escolaridade da mãe escolaridade do pai socioeconômica familiar
Bem-estar r ,2262 0,0154 ,0039
Físico p p=,041** p=,891 p=,009**
Bem-estar r ,2253 ,1594 ,0635
KINDL Emocional p p=,042** p=,153 p=,0500**
pais Autoestima r ,1971 ,1714 ,0630
p p=,076 p=,124 p=,574
Família r ,1420 ,2001 ,1447
p p=,203 p=,071 p=,195
Contato r ,2865 ,2117 ,1567
Social p p=,009** p=,056 p=,016**
Escola r ,2306 ,0974 ,2356
p p=,037** p=,384 p=,033**
Bem-estar r ,0126 -,0526 -,2253
Físico p p=,910 p=,639 p=,420
Bem-estar r ,0057 ,0899 -,1340
KINDL Emocional p p=,959 p=,422 p=,230
criança Autoestima r ,1449 ,2055 -,0475
p p=,194 p=,064 p=,671
Família r ,0066 -,0074 ,0096
p p=,953 p=,947 p=,932
Contato r ,0733 ,1766 ,0605
Social p p=,513 p=,112 p=,590
Escola r ,1398 ,0442 -,0384
p p=,210 p=,693 p=,732
** Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.
87
Resultados

No grupo IV a correlação entre os domínios do questionário de qualidade


de vida específico CCAPP (perspectiva dos pais) com as variáveis audiológicas e de
terapia não houve correlação significante (Tabela 16).

Tabela 16 - Correlação entre os domínios do questionário CCAPP e as variáveis audiológicas e


terapêuticas do Grupo IV (n=5)
ID 1ªA TUD IDT
Comunicação r -,1000 -,1218 -,1170
p p=,873 p=,845 p=,851
Funcionalidade r -,3120 -,3435 -,3229
p p=,609 p=,571 p=,596
Autonomia r ,1804 -,4559 ,2018
p p=,772 p=,440 p=,745
CCAPP Bem-estar r -,8065 -,6155 -,8020
pais p p=,099 p=,269 p=,103
Social r ,4060 -,4211 ,4472
p p=,498 p=,480 p=,450
Educação r ,3016 -,2949 ,3195
p p=,622 p=,630 p=,600
Efeitos do AASI r -,1071 -,3293 -,1107
p p=,864 p=,588 p=,859
Suporte r -,4619 ,0475 -,4959
p p=,434 p=,940 p=,395
Legenda: ID=idade. A=adaptação. TUD=tempo de uso do dispositivo. IDT=idade que iniciou terapia.
AASI=aparelho de amplificação sonora individual. **Valores significativos p≤0,05. Teste de
Coeficiente de correlação Spearman.

Quando correlacionado os domínios do questionário de qualidade de vida


específico CCAPP (perspectiva dos pais) com as variáveis sociais e educacionais,
pode se observar que o domínio social teve correlação significante com as variáveis
grau de escolaridade da mãe e classificação socioeconômica familiar (Tabela 17).

Tabela 17 - Correlação entre os domínios do questionário CCAPP e as variáveis sociais e


educacionais do Grupo IV (n=5)
Grau de Grau de Classificação
escolaridade da escolaridade do socioeconômica
mãe pai familiar
Comunicação r -,3727 ,4423 -,1790
p p=,537 p=,456 p=,773
Funcionalidade r -,3563 ,5286 -,1712
p p=,556 p=,360 p=,783
CCAPP Autonomia r ,4083 ,8385 ,6864
pais p p=,495 p=,076 p=,201
Bem-Estar r -,4564 ,5833 ,0000
p p=,440 p=,302 p=1,00
Social r ,9705 ,4758 ,8979
p p=,006** p=,418 p=,039**
(Continua)
88
Resultados

(Conclusão)
Grau de Grau de Classificação
escolaridade da escolaridade do socioeconômica
mãe pai familiar
Comunicação r -,3727 ,4423 -,1790
p p=,537 p=,456 p=,773
Funcionalidade r -,3563 ,5286 -,1712
p p=,556 p=,360 p=,783
CCAPP Autonomia r ,4083 ,8385 ,6864
pais p p=,495 p=,076 p=,201
Bem-Estar r -,4564 ,5833 ,0000
p p=,440 p=,302 p=1,00
Social r ,9705 ,4758 ,8979
p p=,006** p=,418 p=,039**
Educação r ,3982 ,7270 ,6695
p p=,507 p=,164 p=,216
Efeitos do r -,1688 ,6851 ,1217
AASI p p=,786 p=,202 p=,845
Suporte r -,8418 ,0000 -,7305
p p=,074 p=1,00 p=,161
** Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.

Quando correlacionado os domínios do questionário de qualidade de vida


geral KINDL com as variáveis audiológicas e de terapia, pode se observar que
houve correlação somente entre o domínio família e a variável tempo de uso do
dispositivo na perspectiva das crianças do grupo IV (Tabela 18).

Tabela 18 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL perspectiva dos pais e da criança e
as variáveis audiológicas e terapêuticas do Grupo IV (n=5)
ID1ªA TUD IDT
Bem-estar r ,1481 ,5979 ,1057
Físico p p=,812 p=,287 p=,866
Bem-estar r ,4501 -,3228 ,4793
Emocional p p=,447 p=,596 p=,414
KINDL Autoestima r ,3326 ,7774 ,2894
pais p p=,584 p=,122 p=,637
Família r -,6094 ,1586 -,6368
p p=,275 p=,799 p=,248
Contato r -,0931 ,1687 -,1171
Social p p=,882 p=,786 p=,851
Escola r ,4930 ,2022 ,4815
p p=,399 p=,744 p=,412
Bem-estar r -,6956 -,6194 -,6981
Físico p p=,192 p=,265 p=,190
Bem-estar r ,0301 -,6566 ,0683
KINDL Emocional p p=,962 p=,229 p=,913
Criança Autoestima r -,6956 -,6194 -,6981
p p=,192 p=,265 p=,190
Família r -,4233 ,9423 -,3859
p p=,478 p=,016** p=,521
(Continua)
89
Resultados

(Conclusão)
Contato r -,6672 -,6875 -,6613
Social p p=,219 p=,200 p=,224
Escola r -,1764 ,2120 -,2105
p p=,777 p=,732 p=,734
Legenda:ID=idade. A=adaptação. TUD=tempo de uso do dispositivo. IDT=idade que iniciou terapia.
**Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.

Na correlação dos domínios do questionário de qualidade de vida geral


KINDL com as variáveis sociais e educacionais não houve correlações significantes
na perspectiva dos pais e das crianças do grupo IV (Tabela 19).

Tabela 19 - Correlação entre os domínios do questionário KINDL e as variáveis sociais e


educacionais do Grupo IV (n=5)
Grau de Grau de Classificação
escolaridade da escolaridade do socioeconômica
mãe pai familiar
Bem-estar r -,6124 -,4658 -,7845
Físico p p=,272 p=,429 p=,116
Bem-estar r ,7044 ,6832 ,8671
Emocional p p=,184 p=,204 p=,057
KINDL Autoestima r -,5270 -,6255 -,7596
pais p p=,361 p=,259 p=,136
Família r -,8729 -,2988 -,6814
p p=,053 p=,625 p=,205
Contato Social r -,3612 -,2747 -,6072
p p=,550 p=,655 p=,277
Escola r ,0397 ,2896 ,1143
p p=,950 p=,637 p=,855
Bem-estar r -,4082 ,5590 -,1961
Físico p p=,495 p=,327 p=,752
Bem-estar r ,7485 ,5590 ,6864
KINDL Emocional p p=,146 p=,327 p=,201
criança Autoestima r -,4082 ,5590 -,1961
p p=,495 p=,327 p=,752
Família r ,3727 ,9526 ,7161
p p=,537 p=,120 p=,174
Contato Social r -,2100 ,5113 -,1009
p p=,735 p=,379 p=,872
Escola r -,7454 ,0680 -,5371
p p=,148 p=,913 p=,351
** Valores significativos p≤0,05. Teste de Coeficiente de correlação Spearman.
90
Resultados

5.7 RESPOSTAS OBTIDAS QUANTO AO QUESTIONAMENTO SOBRE O


MÉTODO AURIORAL E DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES DO ESTUDO

No momento da coleta a pesquisadora questionou os participantes dos


grupos I e II “se eles tivessem que inicar novamente o processo de habilitação ou
reabilitação, se tomariam a decisão de ingressar novamente em um processo
terapêutico regido pelos princípios do método Aurioral?” e 100% dos participantes
responderam que “sim”.
O mesmo tipo de resposta obtive-se dos pais dos participantes dos
grupos III e IV, tanto dos participantes que não frequentavam mais o CEDAU quanto
dos que ainda frequentavam; 100% dos pais ou responsáveis responderam que
“sim”.
Também foi solicitado aos participantes e seus familiares, sendo da
vontade deles, que redigissem um depoimento, sobre sua experiência no CEDAU,
em relação ao impacto da habilitação ou reabilitação dentro do método Aurioral em
suas vidas. Cinquenta participantes aceitaram redigir o depoimento. Os depoimentos
redigidos pelos participantes foram transcritos pela pesquisadora e constam nos
quadros 23, 24, 25 e 26 de acordo com cada grupo participante.

Quadro 23 – Depoimentos de alguns participantes do grupo I em relação a sua experiência no


CEDAU
Depoimento 1. “ Quando eu era criança conheci o CEDAU, conheci a professora, psicóloga, fono,
pessoas maravilhosas, alegres que me acompanharam aprendendo a falar, escrever, colocar os
moldes com cuidado, o aparelho, a ouvir bem. Conheci muitos amigos bacanas. Agradeço muito
vocês. Me ensinaram tudo, aprender a falar e ouvir, e então consegui aprender português e
informática. O CEDAU é muito bom, vale a pena, e hoje sinto muita saudade das professoras, das
fonos, amigos, diretora, psicóloga. Vocês são maravilhosas! Parabéns viu. Agradeço... Muitas
saudades de todos, rs...” MSF, 33 anos.
Depoimento 2. “Bom , é difícil falar como era o CEDAU para mim... Primeiramente quero agradecer
a Deus a minha vida, a minha família pelo apoio, o CEDAU foi muito especial na minha vida. Entrei
no CEDAU com 2 anos com aparelho auditivo, não sabia nem falar. CEDAU era uma casa muito
especial para mim, me sentia bem, lá a gente se sentia igual, não passava preconceito. Passei
momentos de alegria, felicidade, harmonia, amor e paz. Os passeios eram tão divertidos, a gente
conhecia muitos lugares importantes, tivemos várias festas que nunca iria imaginar que seria tão
bom assim, lembro da noite do pijama era muito bom. Nunca vou esquecer na minha vida. Quero
agradecer todas pedagogas, fonoaudiólogas, funcionários, tio Gastão e tia Zezé. Por elas eu aprendi
a falar com palavras. Elas tiveram paciência comigo, eu era muito brava, rebelde, mas aprendi muita
coisa que ficará na memória. Quero agradecer meus amigos, eles foram meus irmãos, crescemos
juntos com amor. Já são quase 29 anos de passei pelo CEDAU e vocês estão no meu coração”.
APS, 30 anos.
(Continua)
91
Resultados

Quadro 23 – Depoimentos de alguns participantes do grupo I estudo em relação a sua experiência no


CEDAU

(Conclusão)
Depoimento 3. “Só quero agradecer por tudo que o CEDAU fez por nós, sempre se preocupando
com nós. O CEDAU para mim, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, o tratamento é
maravilhoso. Tenho colegas que tenho amizade até hoje. Sou muito feliz por ter feito parte do
CEDAU. Eu amo ouvir, usar o aparelho auditivo e não tenho vergonha de usar. Sou uma pessoa
alegre, brincalhona, sou muito grata a Deus por tudo que sou. Graças a Deus consegui falar e hoje
falo muito rs...rs... feliz demais. Agradeço a todas que me ensinaram. Sem vocês, eu nada seria.
Nunca e jamais eu vou esquecer o CEDAU. Confio e amo todos vocês ♥ Palavra que eu sempre
carrego comigo é GRATIDÃO. Muito obrigada por tudo de ♥ Amo vocês. Deus abençoe. Beijos” JPS,
30 anos.
Depoimento 4. “O CEDAU foi a primeira parte do aprendizado em minha vida, no qual aprendi a
socializar, falar, fazer amigos e a gostar de alguém. Foi uma ótima fase da minha vida. Me sentia
querida pelas tias, pelas colegas, pelas fonoaudiólogas. Tinha dias que eram difíceis devido ao
cansaço, eu não queria entrar, mas os colegas ficavam sabendo e notavam a minha falta. Hoje
depois de adulta e convivendo com surdos de outras regiões vejo a diferença enorme nos ganhos
sociais, de saúde e de fala entre o meu desenvolvimento e o deles. Muito obrigada pela atenção e
carinho.” EAJ, 28 anos.
Depoimento 5. “O trabalho desenvolvido no CEDAU foi impulsionador para a vida do M. Toda
oralidade que ele conquistou foi adquirido pelo processo vivido pelo Centro”. Mãe do MMA, 26 anos.
Depoimento 6. “Hoje ao refletir sobre o passado na reabilitação da minha filha no CEDAU, sinto
uma imensa gratidão e respeito por todos os profissionais que atenderam com tanto carinho e
capacidade profissional a minha filha e sei que todo esse atendimento se estende a todos os
pacientes. Minha filha sempre lembra do CEDAU e são lembranças positivas. Sei que muito do seu
desenvolvimento se deve a todo esse Centro e profissionais que atenderam no CEDAU e que
atendem até hoje no Centrinho”. Mãe da IAB, 18 anos.
Depoimento 7. “O CEDAU foi na vida do meu filho uma mudança total, na vida dele e na da família,
no sentido muito amplo, ou seja, trouxe orientação aos pais e acrescentou qualidade na vida do meu
filho. A comunicação na escola melhorou muito, e também o entendimento dos professores, pois o
CEDAU, quando solicitado, orientavam e enviavam material para os professores, assim a escola do
meu filho passou a ter um conhecimento técnico humanizado no trabalho escolar com o M. Graça ao
acompanhamento e suporte que recebemos do CEDAU, a família cresceu no conhecimento e no
tratamento ideal com o M. O CEDAU deu ao M. qualidade de vida e condições para prosseguir os
estudos. Como família somos gratos ao CEDAU. CEDAU tornou-se uma extensão da família na vida
do M. Nossa eterna gratidão pelo profissionalismo e acima de tudo, pelo atendimento humanizado.
Hoje, M estuda, trabalha e tem uma autoestima muito boa. Obrigado CEDAU”. Pai do MMS, 22 anos.
Depoimento 8. “CEDAU, menina dos meus olhos! Quando cheguei no CEDAU, mãe de primeira
viagem, A S. tinha mais ou menos 3 anos e foi diagnosticada com perda auditiva. Eu estava sem
chão, sem apoio familiar e no CEDAU recebi tudo de que precisava, não só ajuda para a S., mas
também para mim que estava depressiva com toda essa situação. No CEDAU eu descobri que
minha filha não tinha nada, que a perda auditiva não influenciaria em nada na vida dela pois ela
apenas teria que usar o AASI, que teria uma vida normal e com todo o apoio e ajuda, aprendemos a
lidar até mesmo com o preconceito e olhares tortos. Hoje tenho orgulho da minha filha, pois ela se
tornou uma jovem ativa com os trabalhos da igreja, faz faculdade de pedagogia, trabalha e tirou
CNH. Filha abençoada, que com a ajuda e disciplina do CEDAU se transformou numa grande
pessoa. Só tenho a agradecer a todas as profissionais que sempre estiveram dispostas a nos ouvir e
orientar. Que Deus abençoe muito a família CEDAU. Chegamos aqui na festa de 15 anos do CEDAU
e hoje rumo aos 30 anos... Que venham muitos mais. Obrigada por tudo. Amamos vocês”. Mãe da
SBP, 19 anos.
92
Resultados

Quadro 24 – Depoimentos de alguns participantes do grupo II estudo em relação a sua experiência


no CEDAU
Depoimento 1. “O CEDAU foi de extrema importância para minha vida, de forma marcante. Graças
a equipe do CEDAU ouço bem e falo bem, sem isso, acredito que teria um grande atraso na fala e
não seria como sou agora.” BVD, 21 anos.
Depoimento 2. “O CEDAU foi muito importante para mim, foi muito de muito aprendizado e uma
ótima oportunidade. Consegui aprender a ouvir, falar e escrever, e isso me ajudou muito a crescer...
Só tenho que agradecer a equipe. Sou muito grata. Vocês sempre estarão no meu coração. Vocês
são demais. Parabéns. Amo vocês. Obrigada! Bjs CEDAU.” TCA, 21 anos.
Depoimento 3. “O CEDAU para mim é uma superação, desenvolvimento maior, onde interagi e
cresci. Mesmo com dificuldades e muitas batalhas o CEDAU me deu colo para tudo, pessoal,
familiar, trabalho profissional e ambiente público. Porque foi no CEDAU que aprendi a falar, escrever,
ouvir bem, todo o ensinamento e dedicação. Hoje me vejo além da minha deficiência. Sou uma
mulher comum, normal e simples como qualquer outra. Sem o CEDAU e sua equipe, com certeza
não chegaria e não passaria por onde passei. Gratidão enorme que tenho pela equipe e indico
sempre para aqueles que me perguntam se vale a pena, e com certeza sim... Se eu pudesse voltar,
voltaria para viver aquele momento para sempre. Sou feliz, extremamente grata pelas escolhas e
pelo processo que passei. Falo, escuto, escrevo e interajo como qualquer um. Sempre serei a
menina pequena de vocês. Tagarela e sapeca HaHa... Vocês são massa, continuem assim... Minhas
fonos preferidas... amo vocês... continuem pegando no meu pé que gosto... HaHa.” TCV, 20 anos.
Depoimento 4. “O CEDAU foi muito importante para minha vida, pois me ajudou a ser como sou
agora. Para as crianças qe estão começando agora, aproveitem essa oportunidade. E as mães,
tenham muita paciência e dem muito apoio. Pois somos todos capazes de fazer tudo! Obrigada
equipe CEDAU.” LBV, 30 anos

Depoimento 5. “ Como mãe eu só tenho a agradecer por todo acompanhamento, porque através do
CEDAU a L. pode ter uma qualidade de vida melhor. Hoje ela é implantada, formada e trabalha como
fisioterapeuta. Só tenho a agradecer por tudo e pelas pessoas maravilhosas que passaram pelas
nossas vidas.” Mãe da LBV, 30 anos.
Depoimento 6. “Eu comecei no CEDAU muito pequena e ele me ajudou a usar o aparelho e a ouvir
melhor. Já faz sete anos e eu sinto saudades.” RPS, 19 anos.

Depoimento 7. “O CEDAU foi onde tudo começou em nossas vidas. A R. sendo especial, sempre
contamos com um total apoio das profissionais desse hospital, que nos ajudou a superar a
deficiência da R. Hoje, após tantos anos, de cirurgia, fono e terapias, agradeço muito, pois, se minha
neta chegou a esse nível de compreensão, foi pelo tratamento e acompanhamento de todos os
profissionais desse hospital. Recebam meus sinceros agradecimentos e de toda a família”. Avó da
RPS, 19 anos.

Quadro 25 – Depoimentos de alguns participantes do grupo III em relação a sua experiência no


CEDAU
Depoimento 1. “ Porque eu fiz CEDAU? Porque eu precisei aprender coisas boas... aprendi a fazer
amizade com outras pessoas... Hoje eu sai do CEDAU e vou à escola, eu consigo fazer as tarefas...
graças ao CEDAU”. LAS, 15 anos.
Depoimento 2. “O CEDAU é importante para minha vida porque o CEDAU me ajudou a ter
compreensão, a falar e a ouvir.” LGF, 15 anos.
Depoimento 3. “Fui ao CEDAU para aprender a falar, escrever e ouvir.” SJS, 12 anos.
Depoimento 4. “Eu fui ao CEDAU quando era criança, eu e minha irmã. Eu fiz amigos, brincava no
parque. Tinha passeio no zoológico, piscina, carnaval e natal. Eu aprendi com as atividades a falar
muito, ler estórias e a escrever.” LAS, 14 anos.
(Continua)
93
Resultados

Quadro 25 – Depoimentos de alguns participantes do grupo III em relação a sua experiência no


CEDAU
(Continuação)
Depoimento 5. “O CEDAU é legal e muito importante. Lá eu fiz fono e com as atividades aprendi a
escutar e falar melhor.” GAF, 12 anos

Depoimento 6. “O CEDAU foi fundamental em todas as etapas da vida da G., desde o


descobrimento da perda auditiva, no começo quando usava somente o AASI e após o IC. O CEDAU
é muito importante na formação da criança com deficiência auditiva, pois tem excelentes
profissionais que dão o suporte necessário para a criança aprender a se comunicar com o mundo em
geral. O CEDAU é a melhor coisa que poderia existir para a criança que te essa deficiência e os
profissionais são muito dedicados. Uma verdadeira família. Nós somos muito agradecidos pelo que
fizeram e pelo que fazem por todos os seus pacientes.” Mãe da GAF, 12 anos.
Depoimento 7. “Eu aprendi no CEDAU a fazer atividades, brincar, falar, conversar e era muito legal.”
DSD, 11 anos.

Depoimento 8. “Sim, o sentimento hoje é gratidão por ter parte dessa família que chamo CEDAU. O
CEDAU em nossas vidas foi a melhor coisa que já aconteceu, pois, foi através da equipe do CEDAU
que a linguagem da minha filha foi progredindo e ela aprendeu a ouvir novos sons com o implante, o
que facilitou demais a vida dela e a nossa. Hoje, ela é uma deficiente auditiva oralizada e muito
ouvinte. Quero parabenizar a todos que formam essa equipe que levarei para sempre em meu
coração.” Mãe da DSD, 11 anos.
Depoimento 9. “O CEDAU foi muito importante para eu aprender a escutar e falar.” LBG, 9 anos.

Depoimento 10. “Sou mãe do L., hoje com nove anos, e após seis meses de implantado e não
tendo sucesso na reabilitação, viemos para o CEDAU. O L. frequentou o CEDAU por três anos, e
foram os anos que fez toda a diferença em seu tratamento. Em poucos dias o L. começou a soltar
seus primeiros sons e palavras. Não tenho nem palavras para agradecer toda a equipe do CEDAU
por tudo que fizeram. Com muito amor, carinho e dedicação o CEDAU ensina além das crianças,
também a família a como lidar e como ajudar a criança. CEDAU pra mim é um lugar abençoado por
Deus. Sou eternamente grata por todos”. Mãe do LBG, 9 anos.
Depoimento 11. “No CEDAU aprendi a falar e a ouvir e foi muito legal.” LVP, 9 aos

Depoimento 12. “Chegamos ao CEDAU com o coração cheio de esperanças e ele nos deu muito
mais do que esperávamos. Hoje meu filho tem o desenvolvimento igual a qualquer criança de sua
idade. E isso não tem preço.” Mãe do LVP, 9 anos.
Depoimento 13. “O CEDAU me ensinou a falar. O CEDAU foi muito legal. A pedagoga Janaína me
ensinou a brincar e a aprender. A fono Fernanda me ensinou a ouvir, formar frases e a conversar.”
JVB, 12 anos.

Depoimento 14. “Quando J esteve no CEDAU, houve muita mudança, progrediu em tudo, pois ele
não ouvia muito bem, bem mesmo falava, eram poucas palavras que se contavam nos dedos. O
tempo que esteve no CEDAU o J. aprendeu bastante em todas as áreas comportamental, linguagem
falada e compreensão auditiva.” Mãe do JVB, 12 anos.
Depoimento 15. “O CEDAU é top demais. Quando eu vinha para o CEDAU eu não falava nada,
quando aprendi a falar fiquei muito feliz, fiz amizade que tenho até hoje. Muito top. Muito obrigada
pela ajuda para ouvir e falar. Beijos.” LB, 12 anos

Depoimento 16. “Há quase 10 anos em nossas vidas, o implante veio para mudar tudo. A
frustração de saber que teria uma filha que não escutaria foi muito doloroso, mas com a graça de
Deus veio o nosso milagre chamado implante coclear e em seguida o nosso outro presente de Deus
o CEDAU que reabilitou a L. para que hoje ela pudesse estar onde está, no 6º ano do ensino regular,
mesmo ano de outras crianças da idade dela, isto é um privilégio para a família e para a L. que se
desenvolveu normal como ouvinte sem limitações. Sou muito grata a Deus, ao CEDAU e ao nosso
bem mais precioso o Implante Coclear ♥.” Mãe da LB, 12 anos.
(Continua)
94
Resultados

Quadro 25 – Depoimentos de alguns participantes do grupo III estudo em relação a sua experiência
no CEDAU
(Continuação)
Depoimento 17. “No CEDAU eu aprimorei a minha audição juntamente com a minha fala em
diversas atividades.” LG, 16 anos.

Depoimento 18. “O CEDAU na minha opinião, foi uma família que nos acolheu, e me fez ser uma
mãe melhor. Se não existisse o CEDAU, talvez não tivesse atingido todos os objetivos do meu filho.
Agradeço um que passou por nossas vidas.” Mãe do LG, 16 anos.
Depoimento 19. “Eu ia no CEDAU para escutar bem e falar com as pessoas.” DW, 8 anos.

Depoimento 20. “Pensando em todo o processo de implante do meu filho, o CEDAU foi o
complemento que faltava. Pois bem, vamos lá... O diagnóstico foi muito difícil, aceitação, informação,
luto, culpa, incertezas... viemos para o centrinho, fizemos consultas, implante e seguimos com a
reabilitação na cidade de origem. Vendo que o desenvolvimento dele estava abaixo do esperado
viemos para o CEDAU. A frase que falo é... vocês não sabem o que significa para uma mãe que
sofre há três anos poder deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz sabendo que seu filho está
sendo no melhor lugar onde ele poderia estar. O método Aurioral mudou completamente o
desenvolvimento auditivo, e também comportamental dele. Antes ele era agressivo, não
compreendia e extravasava sendo violento. Desde que estabeleceu uma comunicação efetiva tudo
mudou. Hoje é carinhoso, dócil e muito... muito comunicativo. O CEDAU foi para nós a cereja do
bolo. Acredito que todos os centros de implante deveriam ter um CEDAU seguindo o método
Aurioral. No nosso caso, fomos acolhidos, fomos muito bem assistidos. O CEDAU hoje traz
lembranças de um período de muita segurança, desenvolvimento de fala, amadurecimento
comportamental e felicidade a nossa família. Somos muito gratos por tudo o que vivemos aqui. O
implante foi a melhor escolha e o CEDAU também foi a melhor escolha para nossa família.” Mãe do
DW, 8 anos.
Depoimento 21. “O CEDAU foi muito importante para eu aprender a escutar, falar, ler e estudar.”
DH, 14 anos.

Depoimento 22. “O CEDAU foi tudo na vida do meu filho, pois se não tivesse esse Centro que de
todo o apoio fonoaudiológico e psicopedagógico, nós não teríamos onde nos apoiar. Portanto sem o
CEDAU não teríamos o mesmo sucesso. Amo o CEDAU.” Mãe do DH, 14 anos.
Depoimento 23. “No CEDAU eu aprendi a escutar e a falar. Brinquei muito. Gosto do CEDAU.” SC,
14 anos.

Depoimento 24. “O CEDAU é um lugar de muito amor, dedicação por parte da equipe. Não tenho
palavras, pois aqui meu filho adquiriu linguagem e acima de tudo aprendeu a lidar com suas
dificuldades. Sua qualidade de vida hoje é muito melhor devido aos seis anos que ele passou no
CEDAU. Gratidão.” Mãe do SC, 14 anos.
Depoimento 25. “O CEDAU foi muito importante na minha reabilitação, pois fez com que eu
evoluísse na minha fala, no meu vocabulário e também com que eu aumentasse o meu nível de
amizade, como o meu nível de audição. Agradeço as fonos que trabalharam comigo.” KR, 14 anos.

Depoimento 26. “Vejo a reabilitação como uma das etapa mais importantes no processo do implante
coclear e acredito que se acompanhado com profissionais excepcionais como os que compõem a
equipe do CEDAU é garantia de sucesso. O método trabalhado pela equipe é decisivo, ainda
acompanhado com muito amor não tem como dar errado. Isso foi muito importante pra o processo
de reabilitação do K, onde ele evoluiu na audição, fala, compreensão e linguagem.” Mãe do KR, 14
anos.
Depoimento 27. “O CEDAU foi muito importante no processo de reabilitação e educação da nossa
filha. Somos eternamente gratos pelo CEDAU.” Pai da GRQ, 12 anos.
Depoimento 28. “Afirmo com toda certeza que o CEDAU foi a base principal para o desenvolvimento
da minha filha. Além do trabalho maravilhoso dos profissionais, me senti acolhida e minha visão para
o futuro da minha filha foi promissor. Sou imensamente grata por todo apoio e dedicação que tiveram
conosco. Não tenho dúvidas de que frequentar o CEDAU foi a melhor escolha que tomamos após a
cirurgia. A maior parte da evolução da fala dela, foi através do CEDAU.” Mãe da TTF, 10 anos.
(Continua)
95
Resultados

Quadro 25 – Depoimentos de alguns participantes do grupo III estudo em relação a sua experiência
no CEDAU
(Conclusão)
Depoimento 29. “Quando decidimos que o A. faria a cirurgia de IC já havia ouvido falar sobre o
CEDAU. E foi por ter a possibilidade dele ser habilitado por essa equipe que tive a certeza do que
poderia acontecer. Ao reunir uma equipe competente, é quase certo que os frutos valerão a pena ser
colhidos. Mas o CEDAU superou todas as expectativas, indo ma9s além do que eu esperava. É um
orgulho dizer que vocês fazem parte da terapia de vida de nossa família, em especial da vida do A.
Nossa estória não poderia ser diferente, pois, dividimos momentos de aprendizado com profissionais
tão capazes, dedicados e amorosos. Posso dizer que competência e empenho são as melhores
palavras para descrever cada um de vocês, profissionais. Por isso, tivemos dias tão felizes.
Parabéns a toda equipe!” Mãe do AD, 9 anos.
Depoimento 30. “Aos cinco anos de idade meu filho fez o implante, mas com a cirurgia tivemos
também o ganho maior de participar do CEDAU, onde fomos abraçados por profissionais de grande
dedicação e capacidade sem igual. Foi o início de um tratamento maravilhoso, que só tenho a
agradecer pelo profissionalismo e dedicação com meu filho. Um grande avanço e sucesso
conseguimos graças a importância que cada um teve com o caso do meu filho. Que Deus abençoe a
todos.” Mãe do BD, 12 anos.
Depoimento 31. “O CEDAU, na vida do C., foi crucial para seu desenvolvimento auditivo e de fala
com grandes e essenciais ganhos. CEDAU não somente ajudou no âmbito de audição e fala, mas
também, na autoconfiança que C. adquiriu ao longo dos anos. Essa autoconfiança também se
remete aos pais, eu como mãe adquiri uma grande bagagem para conduzir a reabilitação no dia-a-
dia do C. Aprendi que para ter bons progressos no desenvolvimento das crianças é necessário haver
junção do Centro de reabilitação + família + escola. E nessa junção um engajamento da família em
se propor realmente a ajudar nossos filhos.” Mãe do CA, 15 anos.

Quadro 26 – Depoimentos de alguns participantes do grupo IV em relação a sua experiência no


CEDAU
Depoimento 1. “O CEDAU foi muito importante para mim, pois me ajudou, deu carinho, respeitou e
a fono me ajudou a ouvir e a falar.” BJ, 14 anos.

Depoimento 2. “O CEDAU foi tudo na minha vida e principalmente na vida do meu filho e dos meus
pais, poi quando recebemos a triste notícia da perda auditiva e quais seriam as dificuldades do meu
filho no seu desenvolvimento, nos sentimos desesperados. Quando fomos atendidos, pela equipe,
fonoaudióloga, psicóloga, pedagogas, foi um alívio ver que com a ajuda e empenho de todos meu
filho teria grande chance de ter uma vida normal. Durante a terapia no CEDAU, que foi quando se
deu os primeiros passos do tratamente, além de sermos atendidos com muito amor e carinho, em
nada faltou orientação da equipe para ajudar em casa, na escola, no convívio social. No CEDAU
conseguimos vencer o medo de que meu filho nunca poderia ser independente um dia, pois na
época nossas expectativas eram limitadas ao medo de que ele não tivesse uma vida normal.
Durante os três anos que ele frequentou o CEDAU, além da gente se sentir amparado, meu filho
aprendeu a ouvir, falar, se expressar, se manifestar quanto as suas vontades e expectativas e
desenvolveu grandemente seu potêncial estudantil, então, no meu ponto de vista, se não fosse o
CEDAU, meu filho nunca teria se desenvolvido.” Mãe do GJF, 14 anos.
Depoimento 3. “Quando cheguei no CEDAU, com o novo aparelho de audição, aprendi a falar e isso
me ajudou tanto na minha vida pessoal.” IAF, 11 anos.

Depoimento 4. “Quando recebemos a notícia da dificuldade auditiva do I. claro que ficamos


desesperados, porém, logo fomos privilegiados com o atendimento especializado do CEDAU. Para
nós pais era muito difícil saber como lidar com a situação e aí surgiu o CEDAU. Como um anjo caído
do céu. Recebemos todo amparo e orientação devida ao uso dos aparelhos e como trabalhar com
nosso filho. Foram vários anos de dedicação e orientação para nós pais e para o I. Acredito que não
teria o mesmo resultado da fala do I. sem a ajuda do CEDAU. Agradecemos imensamente o
atendimento recebido.” Mãe do IAF, 11 anos.
96
Discussão

6 DISCUSSÃO

O método Aurioral é uma das opções de habilitação e reabilitação


auditivas para crianças com deficiência auditiva usuárias de Aparelho de
Amplificação Sonora Individual (AASI) e/ou Implante Coclear (IC). A tomada de
decisão para escolher esse tipo de método é permeada pela conduta de uma equipe
juntamente com a família. Desde o processo de seleção e indicação dos dispositivos
auditivos, realizado por equipes interdisciplinares por meio de avaliação multifatorial,
os pais se deparam com várias questões que serão determinantes para o
prognóstico da criança. A deficiência auditiva, por ser permanente, terá a
necessidade de intervenção terapêutica por um período da vida da criança, mesmo
com tecnologias avançadas, com isso indicadores de resultados podem auxiliar a
equipe e a família na escolha do método terapêutico a ser seguindo ao longo dessa
caminhada.
Dentre os cuidados que um serviço de habilitação ou reabilitação
auditivas deve proporcionar à criança e a sua família encontra-se a avaliação dos
resultados. A avaliação dos resultados em um centro é imprescindível pelo
compromisso ético para com o paciente, pela responsabilidade técnica da equipe em
avaliar o método seguido e sua atuação, pelo uso adequada das verbas públicas e
pelo compromisso na divulgação dos resultados como indicadores de eficiência, tão
importantes no estabelecimento e no gerenciamento das políticas públicas voltadas
à saúde auditiva. Neste contexto, o desempenho das habilidades auditivas, de
linguagem falada, inteligibilidade de fala e a qualidade de vida específica e geral
deparam-se entre os aspectos avaliados como resultados de um método utilizado na
terapia auditiva. Neste estudo objetivou-se investigar especificamente os resultados
no processo terapêutico embasado no método Aurioral.
Em conformidade com os objetivos do estudo a discussão foi organizada
com o intuito de apresentar os resultados deste público referente ao desempenho
das habilidades comunicativas e qualidade de vida correlacionados a algumas
variáveis dos grupos estudados. Também serão discutidas as repostas obtidas do
questionamento realizado pela pesquisadora aos participantes e os depoimentos
redigidos pelos mesmos, sobre sua experiência com o método Aurioral ao longo do
processo terapêutico no Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo –
CEDAU.
97
Discussão

6.1 DESEMPENHO AUDITIVO

A terapia seguindo os princípios do método Aurioral associados ao uso do


AASI e/ou IC em crianças possibilitam o acesso e o desenvolvimento das
habilidades auditivas propiciando a comunicação oral em situações auditivas do
cotidiano. Esta realidade é exemplificada neste estudo. Todos os grupos
apresentaram progressos no desenvolvimento das habilidades auditivas.
No ingresso ao CEDAU todos os grupos apresentaram medianas dentro
de classificações iniciais que variaram entre a detecção dos sons da fala (2) até o
reconhecimento desses sons (4) dentro das categorias de audição (Figura 1). As
classificações de audição são organizadas de forma hierárquica com base nas
competências auditivas diárias das pessoas com deficiência auditiva. Tais
classificações permitem a caracterização realista do perfil auditivo e a monitoração
do progresso dessas pessoas de forma simples, rápida e unificada (ARCHBOLD;
LUTMAN; MARSHAL, 1995). No momento da coleta as medianas dos grupos foram
de 6 e 7, variando entre compreender conversas sem leitura orofacial (6) e fazer uso
do telefone (7) (Figura1).
Analisando especificamente os grupos I e II compostos por adultos
usuários de AASI e IC, respectivamente, observamos que a categoria máxima 7 foi
atingida por 59,1% do grupo I e por 55% do grupo II. Ainda, 70,5% do grupo I e 75%
do grupo II atingiram categoria 6 correspondendo a conseguir compreender
conversas sem leitura orofacial (LOF) no cotidiano. Na literatura há consenso entre
autores de que o IC confere maiores benefícios em relação ao AASI para o
desenvolvimento das habilidades auditivas (MILDNER; SINDIJA; ZRINSKI, 2009;
BITTENCOURT et al., 2012) . Contudo nesse estudo evidenciamos bons resultados
no desenvolvimento das habilidades auditivas após habilitação ou reabilitação
auditivas seguindo os princípios do método Aurioral, tanto para o grupo I quanto
para o grupo II independente do tipo de dispositivo auditivo utilizado.
Mas de fato uma grande variabilidade nos resultados pode ser encontrada
tanto para os usuários de AASI quanto para os usuários de IC (ARCHBOLD;
NIKOLOPOULOS; LLOYD-RICHMOND, 2009; TYLER, 2000; WALZMAN et al.,
2003; MANRIQUE et al., 2004; HAENSEL et al., 2005; GEERS et al., 2009;
DAVIDSON; GEERS; BRENNER, 2010; SAID, BEVILACQUA, MORET, 2010). Tal
98
Discussão

variabilidade é atribuída a inúmeras variáveis como idade na adaptação do


dispositivo auditivo, presença de audição residual, idade na cirurgia de implante
coclear, idade que iniciou terapia, tempo de uso do dispositivo auditivo, entre outras
((TYLER 2000; WALTZMAN et al., 2002; MANRIQUE et al., 2004; PENG;
SPENCER; TOMBLIN, 2004; SPENCER; GANTZ; KNUTSON, 2004; GEERS et al.,
2009; COLLETTI, 2019; HABIB et al., 2010; SAID, BEVILACQUA, MORET, 2010;
VENAIL et al., 2010). No presente estudo houve correlação negativa e significativa
entre as categorias de audição e a idade na primeira adaptação do dispositivo para o
grupo I e a correlação negativa e significativa entre a categoria de audição e as
variáveis idade na primeira adaptação do aparelho auditivo e idade na ativação do
IC para o grupo II, resultados esses que corroboram com a literatura sobre a
importância do diagnóstico e adaptação precoces (TYLER 2000; WALTZMAN et al.,
2002; MANRIQUE et al., 2004; PENG; SPENCER; TOMBLIN, 2004; SPENCER;
GANTZ; KNUTSON, 2004; GEERS et al., 2009; COLLETTI, 2009; HABIB et al.,
2010; SAID, BEVILACQUA, MORET, 2010; VENAIL et al., 2010).
Ainda, 29,5% do grupo I e 15% do grupo II foram classificados pela CAP
como 4, no momento da coleta, tendo somente o reconhecimento dos sons de fala.
Esses dados nos fazem refletir sobre as limitações do dispositivo auditivo impedindo
que tal meta seja alcançada por alguns usuários (QUEIROZ; BEVILACQUA;
COSTA, 2010). Assim, apesar desse estudo evidenciar bons resultados no
desenvolvimento das habilidades auditivas após habilitação ou reabilitação auditivas
seguindo os princípios do método Aurioral tanto para o grupo I como para o grupo II,
o uso de recursos tecnológicos mais efetivos e modernos é um aspecto importante e
bastante discutido na literatura que contribui de modo significativo para a obtenção
de melhores resultados no desenvolvimento das habilidades auditivas de pessoas
com deficiência auditiva (PENG; SPENCER; TOMBLIN, 2004; ARCHBOLD;
O'DONOGHUE, 2007; DAVIDSON; GEERS; BRENNER, 2010; SAID,
BEVILACQUA, MORET, 2010; TANAMATI; COSTA; BEVILACQUA, 2011). Um outro
fator também a ser considerado é que a maior parte dos participantes do grupo I e II
têm perda auditiva sensorioneural de grau severo e/ou profundo (Quadros 5 e 6) e
os critérios de indicação de implante coclear na época em que frequentavam o
CEDAU eram diferentes dos atuais, assim o grupo I é composto de adultos usuários
de AASI na faixa etária entre 18 a 39 anos e o grupo II composto por usuários de IC
na faixa etária entre 18 a 40 anos, com média de idade de implantação de nove
99
Discussão

anos (Quadros 11 e 12). Dessa forma, os resultados apresentados por esses grupos
são positivos dado o contexto tecnológico e legislativo no momento (LIM;
GOLBERG; FLEXER, 2018).
Nos grupos III e IV compostos por crianças e adolescentes usuários de IC
e AASI, respectivamente, observa-se que 57,4% do grupo III e 40% do grupo IV
atingiram a classificação máxima no momento da coleta. Beadle et al. (2005), Uziel
et al. (2007) e Rigotti et al. (2013) avaliaram a capacidade de uso do telefone em
crianças e encontraram resultados positivos quanto a esta habilidade. Outros
estudos por sua vez, observaram desempenho inferior na efetividade da utilização
do telefone pelas crianças usuárias de dispositivo auditivo (ARONSON et al., 1997;
TAIT et al., 2001; CARMEL et al., 2011).
Especificamente nesse estudo os grupos III e IV foram compostos por
algumas crianças que continuam em terapia, assim alguns participantes não terem
atingido a categoria máxima no momento da coleta pode ser devido a influência de
estarem ainda em processo de desenvolvimento das habilidades auditivas, mas
também de outras variáveis como a idade na primeira adaptação do AASI, a idade
na cirurgia e ativação do IC, tempo de uso dispositivo auditivo entre outros. Nos
grupos III e IV foram observados correlações positivas e significantes entre a
categoria de audição e a variável tempo de uso do dispositivo auditivo. Também no
grupo IV foi observado correlação negativa e significativa entre a categoria de
audição e a variável idade na primeira adaptação do dispositivo auditivo. Esses
resultados também evidenciam a importância do uso efetivo dos dispositivos
auditivos e das intervenções precoces (TYLER 2000; WALTZMAN et al., 2002;
MANRIQUE et al., 2004; PENG; SPENCER; TOMBLIN, 2004; SPENCER; GANTZ;
KNUTSON, 2004; GEERS et al., 2009; COLLETTI, 2009; HABIB et al., 2010; SAID,
BEVILACQUA, MORET, 2010; VENAIL et al., 2010).
Outros estudos também se propuseram a avaliar o desempenho auditivo
de crianças com IC e encontraram fortes correlações entre as habilidades auditivas
e a idade precoce na cirurgia (PHILLIPS et al., 2009; FANG et al., 2014; YANG et
al., 2015; SHARMA et al., 2017), a idade auditiva (ZHOU et al., 2012) e a idade
cronológica (MOON et al., 2011). Neste estudo foi intrigante o fato dos resultados do
grupo III não terem sido influenciados pela idade na ativação. Contudo eles
corroboram aos resultados do estudo de Silva et al. (2020) que também não
evidenciaram tal relação.
100
Discussão

As categorias de audição do grupo III também apresentaram correlação


positiva e significativa para as variáveis grau de escolaridade da mãe e classificação
socioeconômica familiar. Essas variáveis também são estudadas na literatura devido
ao fato de que as crianças pequenas, em geral, passam a maior do tempo em
interação com seus pais, sendo assim, é natural o interesse em investigar se estas
variáveis interferem nos resultados da criança com deficiência auditiva. A literatura
especializada apresenta resultados variados quanto a estes fatores. No estudo de
Silva (2017) a escolaridade da mãe também se correlacionou positivamente com a
CAP, enquanto a escolaridade do pai e o nível socioeconômico familiar não
mostraram correlações estatisticamente significantes. No presente estudo o nível
socioeconômico foi uma variável que teve influência significante quanto as
habilidades auditivas desenvolvidas ao longo do processo terapêutico seguindo o
método Aurioral. No estudo de Holt e Svirsky (2008) e Sharma et al. (2017) não
verificaram correlação estatisticamente significante entre a CAP, a escolaridade dos
pais e os aspectos socioeconômicos. Por outro lado, Wu et al. (2015) observaram
que crianças usuárias de IC pertencentes à famílias socioeconomicamente
desfavorecidas apresentaram desenvolvimento auditivo mais lento quando
comparadas com as demais.
Quando se estuda essas variáveis educacionais e sociais a fim de
verificar o impacto na terapia seguindo os princípios do método Aurioral, o
conhecimento destes resultados reside na possibilidade do fonoaudiólogo em
analisar reais necessidades de ajustes no plano terapêutico que contemplem,
quando necessário, o nível instrucional e as condições socioeconômicas de cada
família, uma vez que a adesão e o compromisso dos pais ao processo de
intervenção é crucial para se alcançar o melhor desempenho da criança (SILVA,
2017).

6.2 DESEMPENHO DE LINGUAGEM FALADA

A terapia seguindo os princípios do método Aurioral é considerada uma


intervenção que tem como proposta ajudar a criança usuária de AASI ou IC a
descobrir o quanto o ouvir lhe dá prazer e consequentemente a possibilita entender
diferentes e inúmeros conteúdos linguísticos presentes em seu cotidiano. Esta
realidade é exemplificada nesse estudo. Em todos os grupos participantes do estudo
verificou-se progressos no desenvolvimento das habilidades de linguagem falada.
101
Discussão

No ingresso ao CEDAU todos os grupos apresentaram medianas dentro


de classificações iniciais que variaram entre a criança não falar podendo apresentar
vocalizações indiferenciadas (1) e a criança falar apenas palavras isoladas (2)
dentro das Categorias de Linguagem. No momento da coleta as medianas dos
grupos foi de 5, classificação máxima das Categorias de Linguagem propostas por
Bevilacqua, Delgado e Moret (1996) (Figura 2).
Analisando os grupos I e II compostos por adultos usuários de AASI e IC,
respectivamente, observa-se que a categoria máxima foi atingida por 95,2% do
grupo I e por 95% do grupo II. Nos grupos III e IV compostos por crianças e
adolescentes usuários de IC e AASI, respectivamente, observamos que 76,8% do
grupo III e 100% do grupo IV atingiram a classificação máxima no momento da
coleta. Esses valores evidenciam bons resultados com o método Aurioral, tanto para
usuários de AASI quanto para os usuários de IC (Tabela 2).
Estudos apontam que quando utilizado o recurso tecnológico adequado à
criança associado a habilitação ou reabilitação auditivas dentro do método Aurioral,
em média, aos 68 meses de uso do dispositivo eletrônico a maioria das crianças
apresentam a categoria máxima, que categoriza as crianças como fluentes na
linguagem falada (MORET; BEVILACQUA; COSTA, 2007; COMERLATTO, 2015;
SILVA, 2017). Pesquisadores da área, em estudos realizados referiram que das 657
crianças avaliadas, mais de 50% atingiram a categoria 5 com 36 meses de uso de
dispositivo auditivo (MORET; BEVILACQUA; COSTA, 2007; BEVILACQUA et al.,
2011; 2014) .
Jackson e Schatschneider (2014), realizaram um estudo longitudinal com
24 crianças com faixa etária de três meses até seis anos e meio, com identificação
precoce da deficiência (média de dez meses), e severidade da perda entre
moderada a profunda, avaliando o desenvolvimento da linguagem quando
submetidas ao método Aurioral. Os resultados mostraram mudanças significantes
quanto a performance das crianças, sendo que para algumas foi possível atingir o
desempenho semelhante as crianças ouvintes para linguagem expressiva, e para as
outras embora tenham evoluído ainda não conseguiram atingir a curva padrão.
Rhoades e Chisolm (2000) verificaram que as crianças com deficiência
auditiva quando inseridas em um programa de terapia seguindo o método Aurioral
apresentam uma evolução significativa tanto na linguagem receptiva quanto
expressiva. Dornan et al. (2007) avaliaram 29 crianças com perda auditiva com
102
Discussão

idade média de 44 meses que foram adequadamente habilitadas com dispositivos


eletrônicos e sessões de terapia envolvendo o método Aurioral e observaram
ganhos significantes nas áreas de linguagem, oralidade e compreensão de fala. Este
mesmo autor em conjunto com colaboradores realizou estudos longitudinais nos
anos de 2007, 2009, 2010, acompanhando um programa de habilitação e
reabilitação auditivas com enfoque no método Aurioral na Austrália. E nestes,
puderam verificar uma evolução significativa nas crianças (com faixa etária de até 6
anos) com perda de audição adequadamente reabilitadas com dispositivos
eletrônicos quanto a linguagem receptiva e expressiva via testes padronizados.
Hogan et al. (2008) avaliaram a terapia seguindo o método Aurioral por
meio de uma escala denominada “Rate of Early Languagem Development (RDL)”
comparando o progresso de 37 crianças com diferentes graus de perda de audição
adaptadas adequadamente com dispositivos eletrônicos a linguagem falada,
utilizando se o método Aurioral por um período mínimo de intervenção de 12 meses.
A escala mensura a evolução quanto as habilidades de linguagem durante um
intervalo, calculando a diferença entre os scores iniciais e finais e dividindo pelo
tempo de intervenção, assim, a média de pontuação inicial antes da intervenção foi
de 0,49 e aumentou para 1,36 após o mínimo de 12 meses de intervenção, sendo
este resultado significante, excedendo até o que seria esperado para crianças com
audição normal. Dentre as variáveis que influenciaram os resultados individuais das
crianças destacaram-se a severidade da perda de audição e principalmente o tempo
de privação sensorial seguido pela idade de início da intervenção com o método
Aurioral.
No presente estudo, a idade média de tempo de uso do dispositivo para o
grupo I foi de 282,3 meses, para o grupo II foi de 182,9 meses, para o grupo III foi de
75,9 meses e para o grupo IV foi de 89,2 meses (Quadros 11, 12, 13 e 14). O fato da
média de tempo de uso do dispositivo ser mais alta nos grupos I, II e IV pode ter
interferido no platô alcançado nas Categorias de Linguagem (Figura 2), não
apresentando correlações significantes com outras variáveis. No estudo de
Waltzman et al. (2002) também foi observada uma tendência de os resultados
quanto ao desempenho de linguagem falada alcançarem um platô após longos anos
de uso do dispositivo auditivo. Resultados esses que corroboram com os desse
estudo. No grupo III foi observado correlação positiva e significativa entre a categoria
de linguagem e a variável tempo de uso do dispositivo auditivo (Tabela 6),
103
Discussão

corroborando com a literatura (MORET; BEVILACQUA; COSTA, 2007;


COMERLATTO, 2015). Geers et al. (2009) documentaram os resultados de pessoas
com deficiência auditiva após dez anos de experiência com o IC e evidenciaram que
os usuários apresentaram benefícios ao longo do tempo de uso do dispositivo.
O progresso no desenvolvimento da linguagem falada observados nesse
estudo associados as correlações apresentadas nos fornecem parâmetros sobre a
aquisição de linguagem falada de usuários de AASI e/ou IC inseridos em um
processo terapêutico embasado no método Aurioral. Tais resultados também
permite se ter uma caracterização realista no desenvolvimento da linguagem falada
e do perfil comunicativo desse público. Tais resultados podem auxiliar em futuros
planejamentos terapêuticos embasado no método Aurioral.

6.3 DESEMPENHO NA INTELIGIBILIDADE DE FALA

O termo inteligibilidade de fala refere-se ao grau em que uma mensagem


dita por um falante pode ser recuperada pelos ouvintes, ou seja, quanto o falante
pode ser compreendido verbalmente (CHIN; FINNEGAN; CHUNG, 2001; HUANG et
al., 2005). A inteligibilidade é considerada o índex mais prático a ser aplicado para
acessar a competência da comunicação oral (CHIN; TSAI; GAO, 2003) e a fluência
da fala (TYE-MURRAY, 2003).
Historicamente, o desenvolvimento da inteligibilidade de fala tem sido um
desafio considerável para crianças com deficiência auditiva profunda (TANAMATI;
COSTA; BEVILACQUA, 2011). Os princípios que regem a terapia seguindo o
método Aurioral é de que tanto a criança usuária de AASI como a usuária de IC
possam desenvolver habilidades auditivas e de linguagem falada tornando-se
comunicadores oral efetivos em sociedade e para isso o desenvolvimento da
inteligibilidade de fala é crucial.
Em todos os grupos participantes desse estudo verificou-se progressos
no desenvolvimento da inteligibilidade de fala. No ingresso ao CEDAU todos os
grupos apresentaram medianas dentro de classificações iniciais que variaram entre
a fala ser ininteligível a nível de necessitar de gestos (1) e a fala ser ininteligível a
nível de se compreender apenas palavras isoladas quando o contexto e a LOF estão
disponíveis (2) dentro da Escala de Inteligibilidade de Fala (SIR). No momento da
coleta, a mediana dos grupos variou entre 4,5 a 5, sendo que cinco refere-se a
104
Discussão

pontuação máxima da SIR, correspondendo a uma fala inteligível a todos os


ouvintes (Figura 3). A SIR é considerada a principal escala de inteligibilidade de fala
desenvolvida por Cox e MacDaniel (1989), reduzida por Allen, Nikopoloupos e
O’Donoghue (1998) e traduzida por Tanamati (2011) e tem como objetivo gerar uma
classificação proporcional à inteligibilidade a ser avaliada.
Na tabela 3 observa-se que 79,5% dos participantes do grupo I, 100% dos
participantes do grupo II e 96,4% dos participantes do grupo III foram classificados
como categoria 1 ou 2 no ingresso ao CEDAU e que ao longo do processo
terapêutico 75% do grupo I e II, e 50% do grupo III evoluíram para a categoria 5. No
grupo IV 80% dos participantes encontravam se na categoria 2 no ingresso ao
CEDAU e 60% desse grupo evoluiu para a categoria 5 até o momento da coleta.
Esses resultados vem ao encontro com os resultados do estudo de Osberger, Maso
e Sam (1993) que compararam a inteligibilidade de fala de crianças com perda
auditiva de grau profundo usuárias de IC com as crianças com perda auditiva de
grau profundo usuárias de AASI. Não houve diferença óbvia nos scores de
inteligibilidade de fala desses sujeitos, em média, a inteligibilidade de fala pós
implante dos sujeitos com surdez de início precoce foi semelhante à dos usuários de
AASI. Mas há divergências, uma vez que Gold (1980) revisou uma série de estudos
avaliando a leitura e a fala espontânea de crianças entre 6-15 anos portadoras de
deficiência auditiva sensorioneural de grau profundo e apenas 20% da fala delas foi
compreendida por um ouvinte sem experiência com a fala de deficientes auditivos.
Tal resultado seria equivalente a uma classificação entre a categoria 2 e 3 da SIR.
No estudo de Dornan et al. (2009) realizado com crianças, na faixa etária
de até seis anos, com perda de audição adequadamente reabilitadas com
dispositivos eletrônicos e inseridas em um programa regido pelo método Aurioral, os
autores verificaram uma evolução significativa no desenvolvimento das habilidades
comunicativas desse público, em especial na inteligibilidade de fala.
Ainda, no presente estudo, para todos os grupos, independente do tipo de
dispositivo auditivo utilizado, a classificação 5, em que corresponde a categoria
máxima da SIR, foi pontuada por no mínimo 50% dos participantes dos grupos
estudados no momento da coleta. Resultados semelhantes ao desse estudo foram
encontrados por Monsen (1983). Ele avaliou 10 adolescentes com deficiência
auditiva de grau severo a profundo, com idades entre 11 anos e 7 meses e 15 anos
105
Discussão

e 3 meses. A porcentagem média obtida de inteligibilidade da fala dos participantes


variou entre 57% a 96%.
Correlações também foram observadas quanto a inteligibilidade de fala e
algumas variáveis. Analisando o grupo I na tabela 4 observamos correlações
negativas e significativas entre a escala SIR e as variáveis idade na primeira
adaptação de AASI e idade que iniciou a terapia, e analisando o grupo IV na tabela 7
observamos correlações negativas e significativas entre a escala SIR e a variável
idade que iniciou a terapia, evidenciando a importância da intervenção precoce,
regida pelo método Aurioral, enfatizavando uma comunicação focada na audição, na
linguagem falada e na família (POLLACK, 1997; RHOADES; DUNCAN, 2017;
RHOADES et al., 2016; ZABEU-FERNANDES, 2019).
Analisando a tabela 6 também observamos correlações positivas e
significativas entre a SIR e a variável tempo de uso do dispositivo para o grupo III.
Com relação aos fatores associados à inteligibilidade de fala em crianças
implantadas, os estudos concordam que a adaptação e a implantação precoce e o
tempo de uso do dispositivo podem interferir de maneira determinante (TOBEY et
al., 2003; HUANG et al., 2005; FLIPSEN; COLVARD, 2006; FLIPSEN, 2008).
Correlações positivas entre os resultados da inteligibilidade e o tempo de uso do
dispositivo também foram descritas nos estudos de Mondain et al. (1997) e de
Flipsen e Colvard (2006). No presente estudo além de se evidenciar a influencia da
adaptação e cirurgia de IC precoces no desenvolvimento das habilidades
comunicativas, também é evidenciado a influencia da idade da criança no inicio do
processo terapêutico, ou seja, a importância de se iniciar a terapia fonoaudiológica
embasada no método Aurioral o mais cedo possível para um melhor
desenvolvimento dessas habilidades.
Também houve correlação positiva e significativa entre a SIR e o grau de
escolaridade dos participantes do grupo I e entre a SIR e as variáveis grau de
escolaridade das mães e classificação socioeconômica familiar das crianças do
grupo III. Beadle et al. (2005) em um estudo prospectivo realizado com crianças com
tempo de uso do IC entre 10 e 14 anos avaliou a percepção e a inteligibilidade de
fala, o nível acadêmico e ocupacional e o uso do dispositivo. Os autores verificaram
que todas as crianças pesquisadas estudavam ou trabalhavam e estavam
ativamente envolvidas em suas comunidades locais, assim, concluíram que o IC
pode ser considerado um procedimento seguro e que fornece níveis funcionais de
106
Discussão

percepção e inteligibilidade de fala a seus usuários. Ainda, a literatura enfatiza que a


inteligibilidade de fala de pessoas com deficiência auditiva depende, além das
variáveis temporais, de outras variáveis, tais como, o método terapêutico, a
tecnologia do dispositivo auditivo, a habilidade em utilizar a audição residual, a
competência linguística, a proficiência da língua do locutor, aspectos educacionais,
socioeconômicos, culturais entre outros (HUANG et al., 2005).
No presente estudo, pode-se analisar as correlações positivas e
significativas citadas acima juntamente com o dados de grau de escolaridade e
ocupação dos participantes dos grupos I e II. No momento da coleta, 88,6% (n=39)
do grupo I e 85% (n=17) do grupo II tinham concluído o ensino médio, e desses,
43,6% (n=17) e 64,7% (n=11), respectivamente, tinham prosseguido com seus
estudos a nível técnico, superior e de pós graduação chegando a concluí-los
(Quadro 17); quanto a ocupação, 79,5% (n=35) dos participantes do grupo I e 75%
(n=15) dos participantes do grupo II exerciam alguma atividade remunerada, estando
61% (n=27) do grupo I e 55% (n=11) do grupo II empregados em empresas
privadas (Quadros 1 e 2). Quanto aos grupos III e IV, todos os participantes
frequentavam ensino regular infantil, fundamental ou médio de acordo com sua
idade cronológica. Diante desses resultados, pode-se inferir que os participantes
desse estudo, após ter sido submetidos aos processos de adaptação e/ou cirurgia
de IC e inseridos em um processo terapêutico embasado no método Aurioral,
apresentaram desenvolvimento de suas habilidades comunicativas possibilitando
sua inserção ativa no ambiente escolar e social.
O tipo de abordagem terapêutica e educacional é considerado um fator
relevante ao desenvolvimento da inteligibilidade de fala em crianças com deficiência
auditiva. No estudo realizado por Osberger et al. (1991), após 3,5 anos de uso do
dispositivo, a média da inteligibilidade de fala foi de 48% para as crianças do grupo
de comunicação oral e de 21% para o grupo de comunicação total. Em 1994
Osberger et al. pesquisaram a inteligibilidade de fala de 18 crianças com surdez pré-
lingual usuárias de IC por uma média de 3 anos. A pontuação média de
inteligibilidade de fala das nove crianças que usaram a comunicação oral foi
significativamente maior do que a de nove crianças que usaram a comunicação total.
Tobey et al. (2000) avaliaram crianças entre quatro e seis anos de uso do IC. A
média dos níveis de inteligibilidade de fala foi significativamente melhor para as
crianças que se comunicavam oralmente (81%), em relação àquelas que utilizavam
107
Discussão

comunicação total (51%). Em outro estudo com crianças implantadas antes dos 5
anos de idade os autores concluíram que a média dos resultados de inteligibilidade
de fala foi de 40,3% para as crianças que frequentavam sala especial e de 72,9%
para as de sala regular (TOBEY et al., 2004).
Os resultados do presente estudo indicam que os grupos participantes desse
estudo expostos à abordagem terapêutica com ênfase na comunicação oral
embasada no método Aurioral apresentaram resultados na SIR satisfatórios ao
longo do processo terapêutico.

6.4 QUALIDADE DE VIDA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define qualidade de vida (QV)


como a percepção do indivíduo de sua inserção na vida no contexto da cultura e
sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações (GRUPO WHOQOL, 1995). Para as crianças,
a QV tem sido definida como um conceito subjetivo e multidimensional, que inclui a
capacidade funcional e a interação psicossocial da criança e de sua família
(STRAND; RUSSELL, 1997).
O interesse pela avaliação da QV cresce a cada dia no campo da saúde
pública. Pesquisadores da área têm se interessado pela inclusão de medidas de QV
em estudos clínicos e epidemiológicos que possam avaliar de forma mais completa
e precisa o impacto da deficiência auditiva, as possibilidades de recursos
tecnológicos auditivos e habilitação e reabilitação disponíveis (HINDERINK;
KRABBE; VAN DEN BROEK, 2000; CRUZ et al., 2011; PEREIRA; TEIXEIRA;
SANTOS, 2012; SOUSA; COUTO; MARTINHO-CARVALHO, 2018).
Com isso, a QV de vida representa uma importante informação do
impacto e da efetividade de tratamento, de modo a complementar os resultados
obtidos pelas medidas clínicas e avaliar o impacto da perda auditiva e do uso do
dispositivos auditivos e processos de intervenções em diferentes domínios
(MORETTIN et al., 2013; TALARICO; LEVY; LANCELLOTTI, 2020).
Nesse estudo, quando analisa-se a qualidade de vida específica do grupo
I, observa-se que esse grupo demonstrou estar consideravelmente satisfeitos com o
uso do AASI. O domínio efeitos positivos foi o domínio que o grupo apresentou
maior satisfação, seguido pelos domínios imagem pessoal, serviço e custos, e
fatores negativos (Figura 4). Esses resultados corroboram aos encontrados na
108
Discussão

literatura evidenciando que o domínio efeito positivo possui forte influência na


formação da satisfação, assim como, na melhora da comunicação (COX;
ALEXANDER, 1999; HOSFORD-DUNN; HALPEN, 2000; MCLEOD; UPFOLD;
BROADBENT, 2001; HUMES et al., 2002; MONDELLI; MAGALHÃES; LAURIS,
2011). Dell'Antônia; Ikino e Carreirão Filho (2013) estudaram o nível de satisfação de
180 usuários de próteses auditivas utilizando o instrumento SADL e também obtive-
se como resultados altos níveis de satisfação para o publico participante. Os
domínios de maior satisfação foram efeitos positivos e imagem pessoal. No estudo
realizado por Lessa et al (2010) que teve como objetivo investigar a satisfação de 56
pacientes adultos com deficiência auditiva de grau severo e/ou profundo usuários
de AASI por meio do questionário SADL, foi demonstrado elevado grau de
satisfação na população estudada e revelado que a acentuada perda auditiva
colabora para que a prótese auditiva seja parte integrante do dia-a-dia e essencial
no auxílio à comunicação.
Analisando a tabela 4 observa-se correlação positiva e significativa entre
o domínio fatores negativos do questionário SADL e as Categorias de Audição,
Categorias de Linguagem e a Escala de Inteligibilidade de Fala (SIR), ou seja, os
pacientes que apresentaram melhores classificações nas categorias de audição, nas
categorias de linguagem e na SIR, no momento da coleta, foram os pacientes que
apresentaram maiores satisfações quanto ao benefício do AASI. Kochkin (1997)
investigou os fatores considerados pelos pacientes usuários de AASI, como sendo
críticos para a satisfação com a amplificação. Tal estudo revelou que a melhora na
habilidade auditiva foi um dos mais importantes fatores que influenciaram a
satisfação dos usuários, resultado esse que corrobora com o presente estudo.
Ainda, os resultados desse estudo evidenciam as limitações da tecnologia
do dispositivo auditivo e o impacto que isso tem na qualidade de vida da pessoa com
deficiência auditiva, uma vez que o domínio fatores negativos, que se refere a
questões específicas ao benefício do AASI, teve o menor valor de pontuação dentre
os domínios do questionário SADL (Figura 4). Embora os AASIs tenham evoluído
muito nesses últimos anos em termos de qualidade e versatilidade, o sucesso da
amplificação continua sendo um desafio para os profissionais (DANIELI et al., 2011)
tanto no momento da adaptação quanto no processo terapêutico.
Em relação à QV geral também observa-se bons resultados na
perspectivas dos pacientes do grupo I considerando que quanto maior é a
109
Discussão

pontuação no questionário melhor é sua QV. A maior pontuação foi registrada no


domínio autoavaliação da QV, seguida pelo físico, relações sociais, psicológico e
ambiente do questionário WHOQOL-bref (Figura 5). Esses dados corroboram com
os encontrados na literatura, uma vez que eles evidenciam que o nível de satisfação
com a qualidade de vida tende a melhorar com o uso do dispositivo (NIJEMENSIVU
et al., 2015; GARCA; JACOB; MONDELLI, 2016; MANRIQUE-HUARTE et al., 2016;
KATEIFIDIS et al., 2017; RIBEIRO; SOUZA; LEMOS, 2018). Ainda, o uso do AASI
se relacionou à chance do grupo I ter uma melhor qualidade de vida. Esta relação
pode ser explicada pelo fato de o AASI minimizar os impactos causados pela
restrição auditiva, uma vez que fornece ao indivíduo o sinal acústico amplificado
diminuindo o isolamento do sujeito e prejuízos psicológicos e sociais (TEIXEIRA et
al., 2008; MONDELLI; SOUZA, 2012).
Entre o domínio autoavaliação da QV e as variáveis idade na primeira
adaptação, idade que iniciou terapia e grau de escolaridade do participante foram
observadas correlações negativas e significativas e com a variável tempo de uso dos
dispositivos foi observada correlação positiva e significativa. Houve correlação
positiva e significativa entre o domínio físico e a variável tempo de uso do dispositivo
auditivo, entre o domínio relações sociais e as variáveis tempo de uso do dispositivo
e classificação socioeconômica familiar (Tabela 9). Esses resultados também foram
encontrados no estudo de Ribeiro, Souza e Lemos (2018) em que investigou a
qualidade de vida com o instrumento WHOQOL-bref de 114 indivíduos usuários de
AASI. Nesse estudo os autores evidenciam que quanto maior o grau de escolaridade
do participante, mais crítico é seu conceito em relação a QV, corroborando com os
resultados desse estudo, assim, os autores concluem e também é evidenciado neste
estudo, que o domínio autoavaliação da QV pode sofrer influência de fatores como a
escolaridade, e que a qualidade de vida de usuários de AASI está relacionada com
diversos fatores clínicos, socioambientais e educacionais.
No grupo II observa-se benefícios do IC nos diferentes aspectos
relacionados à qualidade de vida abrangentes no questionário NCIQ-P, uma vez que
pontuações elevadas foram obtidas nos domínios social, psicológico e físico.
Resultados semelhantes são encontrados na literatura em que evidenciam um efeito
positivo do IC na qualidade de vida dos usuários para todos os domínios
(HINDERINK; KRABBE; BROEK, 2000; OLZE et al., 2012; RUMEAU et al., 2015;
SANTOS; COUTO; MARTINHO-CARVALHO, 2017; SOUSA; COUTO; MARTINHO-
110
Discussão

CARVALHO, 2018). O domínio social foi o que apresentou maior pontuação,


concordando com os dados descritos em estudos anteriores (DAMEN et al., 2007;
HIRSCHFELDER; GRABEL; OLZE, 2008; SANTOS; COUTO; MARTINHO-
CARVALHO, 2017). Este resultado está associado ao fato de este domínio melhor
representar a maneira pela qual o IC, associado a habilitação ou reabilitação auditiva
embasada no método Aurioral, interfere positivamente na qualidade de vida de seus
usuários à medida que a melhora das habilidades auditivas proporciona benefícios
na comunicação, de modo a contribuir para melhor interação social nas atividades
de vida diária e ampliar as relações sociais (KLOP et al., 2008; DAMEN et al., 2007;
ABDELLAOUI; TRANBAHUYP, 2013; RUMEAU et al., 2015; HINDERINK; KRABBE;
VANDENBROEK, 2000; SANTOS; COUTO; MARTINHO-CARVALHO, 2017;
SOUSA; COUTO; MARTINHO-CARVALHO, 2018).
Dentre os subdomínios do questionário, maior impacto do IC foi
observado no subdomínio produção de fala, seguido pelos domínios funcionamento
social, percepção básica dos sons, autoestima, atividade e percepção avançada do
som (Figura 6). Ainda, o domínio físico e seus subdomínios percepção básica do
som, percepção avançada do som e percepção da fala apresentaram correlação
positiva e significativa com as Categorias de Audição e o subdomínio percepção
avançada do som apresentou correlação positiva e significativa com as Categorias
de Linguagem e a SIR (Tabela 5). O estudo de Sousa, Couto e Martinho-Carvalho
(2018) também apresentou correlação positiva e significativa entre as habilidades
auditivas e a qualidade de vida específica ao uso do IC. Outros estudos já haviam
descrito que o benefício alcançado na percepção de fala parece ser um preditor para
ganhos na qualidade de vida (FRANCIS et al., 2002; DAMEN et al., 2007; SLADEN;
ZAPPLER, 2015), no presente estudo o domínio Psicológico – subdomínio
Autoestima apresentou correlação positiva e significativa com a escala SIR
evidenciando os ganhos na qualidade de vida (Tabela 5). Possivelmente, estes
subdomínios são os que refletem de maneira mais pontual os benefícios diretos do
IC, no sentido de propiciar melhor e maior acesso aos sons da fala juntamente com
a intervenção terapêutica embasada no método Aurioral tendo como objetivo o
desenvolvimento das habilidades comunicativas e, com isso, reduzir o impacto da
deficiência auditiva para as situações de comunicação impactando nas aspectos
psicológicos e de autoestima desses indivíduos.
111
Discussão

No presente estudo também foi observada correlação negativa e


significativa entre o domínio físico e o subdomínio percepção básica do som com
variável idade na ativação do grupo II (Tabela 10). Esse resultado evidencia a
importância da intervenção precoce no processo de indicação de dispositivos
auditivos e intervenção terapêutica, muito citada na literatura (CHENG et al., 2000;
LIN; NIPARKO, 2006; PÉREZ-MORA et al, 2012).
Em relação a qualidade de vida geral observa-se bons resultados na
perspectivas do paciente considerando as pontuações obtidas no questionário
WHOQOL-bref. Pontuações altas foram registradas em todos os domínios. O
domínio que o grupo demonstrou maior satisfação foi o físico, seguidos pelos
domínios relações sociais, psicológico, autoavaliação da QV e ambiente (Figura 7).
Resultados semelhantes também são encontrados na literatura (ANGELO et al.,
2016; SOUSA; COUTO; MARTINHO-CARVALHO, 2018). Contudo, os valores
encontrados para cada domínio foram maiores do que aqueles descritos na
qualidade de vida da população em geral por Cruz et al. (2011). A maior pontuação
obtida na população usuária de IC deste estudo em comparação com aquela
encontrada na população em geral pode ser capaz de sugerir uma melhor
percepção da qualidade de vida em usuários de IC. Albrecht e Devlieger (1999) já
haviam descrito o ‘‘paradoxo da deficiência’’, no qual pessoas com deficiência
podem referir qualidade de vida boa ou excelente, de modo a refletir o quanto alguns
indivíduos conseguem conviver com suas limitações e valorizar determinados
aspectos de vida que permanecem sem muito destaque para indivíduos
considerados saudáveis do ponto de vista biológico.
Ainda os resultados encontrados no presente estudo também foram
melhores do que os resultados encontrados nos estudos de Angelo et al. (2016) e de
Sousa, Couto e Martinho-Carvalho (2018) para usuários de IC. Pode se inferir que
essa melhora na pontuação deve ao fato da população desse estudo ter passado
pelo processo de habilitação ou reabilitação auditivas dentro do método Aurioral. O
estudo de Francelin, Motti e Morita (2010) aponta o impacto que a falta de apoio
terapêutico, a falta de alternativas de conhecimentos e a dificuldade de acesso à
habitação e reabilitação auditivas tem na qualidade de vida das pessoas com
deficiência auditiva.
O impacto da habilitação e reabilitação embasada no método Aurioral na
qualidade de vida do grupo II estudado nesse trabalho é ainda mais evidenciado,
112
Discussão

quando analisamos a tabela 5 e verificamos correlação positiva e significativa entre


as Categorias de Audição e a qualidade de vida do questionário WHOQOL-bref para
os domínios psicológico e autoavaliação de QV. Sousa, Couto e Martinho-Carvalho
(2018) demonstraram em seu estudo que sujeitos com melhores desempenhos de
habilidades auditivas apresentaram uma avaliação mais positiva em relação à sua
qualidade de vida no questionário WHOQOL-bref. Ainda, no presente estudo o
domínio autoavaliação da QV também teve correlação positiva e significativa com as
categorias de linguagem e com a SIR.
Sendo assim, os pacientes que apresentaram melhores classificações
nas categorias de audição, nas categorias de linguagem e na SIR, no momento da
coleta, foram os pacientes que apresentaram maiores satisfações quanto a sua
qualidade de vida geral sendo significativo nos domínios psicológico e na
autoavaliação da QV.
No grupo III e no grupo IV, compostos por crianças e adolescentes
usuários de IC e AASI, respectivamente, na perspectiva dos pais ou responsáveis os
dispositivos auditivos melhoraram a QV em todos os domínios relacionados à
criança e à família nos questionários CCIPP e CCAPP, respectivamente. O domínio
autonomia apresentou impacto mais significativo, seguido do domínio relações
sociais (Figuras 8 e 11). Os resultados desse estudo vem ao encontro com alguns
estudos da literatura brasileira em que Fortunato-Tavares et al. (2012) e Almeida et
al. (2015) identificaram ganhos significativos na qualidade de vida das crianças e
suas famílias após o uso do dispositivo auditivo em todas os domínios do CCIPP,
com expectativas mais satisfatórias dos pais ou responsáveis no domínio autonomia,
seguido do domínio relações sociais, enquanto, Stefanini et al. (2014) e Silva et al.
(2020) verificaram impacto mais significativo do dispositivo auditivo, sobre a
perspectiva dos pais ou responsáveis, no domínio relações sociais, seguido pelo
domínio autonomia, resultados esses também encontrados na literatura internacional
(KELSAY; TYLER, 1996; KLUWIN; STEWART, 2000; HUTTUNEN et al., 2009).
O fato dos maiores índices de qualidade de vida associada aos
dispositivos auditivos serem registrados nestes domínios, sugere que para os pais
ou responsáveis a capacidade auditiva, aquisição de linguagem falada e a
inteligibilidade de fala se aplicam de forma prática no cotidiano destas crianças e
contribuem para a inserção e ampliação das atividades sociais (familiares e não
familiares) em decorrência da aceitação de suas competências em situações
113
Discussão

complexas de trocas comunicativas. Além disso, o uso dos dispositivos e a


apropriação das habilidades comunicativas transformam as crianças em indivíduos
socialmente e emocionalmente mais independentes (SACH; WHYNES, 2005;
STEFANINI et al., 2014; ALMEIDA et al., 2015). Correlações positivas e
significativas foram encontradas no presente estudo entre as categorias de audição
e a SIR e os domínios comunicação, funcionalidade, educação e suporte à criança
para o grupo III reafirmando tais relações (Tabela 6). No estudo de Silva et al. (2020)
a CAP influenciou diretamente os domínios comunicação e a educação do
questionário CCIPP, na perspectiva dos pais ou responsáveis, das crianças
pesquisadas.
Correlações entre as habilidades auditivas e de linguagem falada e a QV
foram estudadas por diversos autores com variabilidade de resultados. Schorr; Roth;
Fox (2009) Lovett et al. (2010); Almeida et al. (2015) e Liu et al. (2016) não
encontraram correlação entre a percepção auditiva da fala e a qualidade de vida,
enquanto Fortunato-Tavares et al. (2012), Morettin et al. (2013) e Noble et al. (2016)
visualizaram correlações significativas entre a variáveis. Nesse estudo não
verificamos correlações entre as categorias de linguagem falada e a qualidade de
vida específica no grupo III e não foram observadas correlações entre as categorias
de audição, linguagem falada e a SIR com a qualidade de vida especifica ao uso do
dispositivo para o grupo IV (Tabelas 6 e 7).
Na tabela 12 foram observadas diversas correlações estatisticamente
significantes entre os domínios do CCIPP e as variáveis do grupo III. A variável
tempo de uso do implante coclear foi a variável que correlacionou positivamente e
significativamente com o maior número de domínios relacionados à criança e à
família (comunicação, funcionalidade, educação e suporte). As variáveis idade na
primeira adaptação e idade que iniciou a terapia correlacionaram negativamente e
significativamente com o domínio educação e a variável idade na ativação do IC
correlacionou negativamente e significativamente com o domínio suporte à criança
do grupo III.
Os domínios do CCIPP também se correlacionaram estatisticamente com
algumas variáveis sociais e educacionais do grupo III. A tabela 13 indicou que o
aumento da classificação socioeconômica familiar impactou positivamente sobre os
domínios comunicação, funcionalidade, bem-estar, educação e suporte. Para o
grupo IV a variável classificação socioeconômica familiar também influenciou
114
Discussão

positivamente o domínio relações sociais do questionário CCAPP (Tabela 17). Ainda


esse mesmo domínio do CCAPP também teve influencia positiva e significativa da
variável grau de escolaridade da mãe e tal variável influenciou positivamente os
domínios comunicação, bem-estar, educação, efeitos do IC e suporte do
questionário CCIPP do grupo III. Houve também correlações entre a variável grau de
escolaridade do pai que influenciou diretamente os domínios relações sociais e
suporte ao IC no grupo III. Esses resultados corroboram com os encontrados no
estudo de Silva et al. (2020) em que a variável grau de escolaridade da mãe
influenciou diretamente os domínios comunicação e relações sociais do questionário
CCIPP.
Quanto a qualidade de vida geral investigada por meio do instrumento
KINDL, tanto na perspectiva dos pais ou responsáveis quanto das crianças e
adolescentes dos grupos III e IV, bons resultados foram obtidos, considerando que
quanto maior a pontuação melhor a satisfação na QV. Tanto para os pais e para as
crianças e adolescentes do grupo III quanto para os pais e para as crianças e
adolescentes do grupo IV o domínio de maior satisfação foi a autoestima (Figuras 9,
10, 12 e 13). Na literatura nacional encontramos apenas um estudo que utilizou o
instrumento KINDL para avaliar a qualidade de vida de crianças e adolescentes com
deficiência auditiva (FERNANDES et al., 2017). Nesse estudo os participantes eram
crianças e adolescentes com deficiência auditiva usuárias de implante de tronco
encefálico. Os autores investigaram a satisfação dos usuários quanto suas
qualidades de vida geral e altos scores foram obtidos em cinco dos domínios do
KINDL. Na literatura internacional, cada vez mais, estudo vem utilizando o
instrumento KINDL com crianças e adolescentes com perda auditiva usuários de
AASI e/ou IC com o objetivo de se investigar a QV tanto na perspectiva dos
familiares quanto do paciente e bons resultados vem sendo encontrados, mas com
variabilidade (PÉREZ-ZABALLOS et al., 2016; WARNER-CZYZ et al., 2009; LA
ROSA; ANGULO, 2020; YIGIDER et al., 2020).
Os resultados desse estudo veem ao encontro com o estudo de La Rosa
e Angulo (2020) que estudou a qualidade de vida utilizando o instrumento KINDL de
89 crianças com implante coclear (IC) e 63 crianças usuárias de AASI com idade
entre 7 e 13 anos e seus respectivos pais. As pontuações mais altas foram as
obtidas no domínio autoestima, tanto na perspectivas dos pais quanto das crianças.
No estudo de Dornan et al. (2010), também verificaram que as crianças com
115
Discussão

deficiência auditiva que fazem uso dos dispositivos auditivos adequados e que são
inseridas em um processo terapêutico regido pelo método Aurioral equipararam se
aos pares ouvintes quanto ao desenvolvimento das habilidades comunicativas e que
apresentam autoestima alta ou boa, não havendo diferenças, quando comparadas
aos seus pares ouvintes.
Esses resultados encontrados tanto no presente estudo quanto nos
estudos de La Rosa e Angulo (2020) e Dornan et al. (2010) sugerem que tanto para
as crianças usuárias de AASI e/ou IC quanto para suas famílias o dispositivo
auditivo está integrado à sua imagem pessoal não interferindo em sua autoestima.
Ainda, os participantes dessas pesquisas frequentaram ou frequentam centros de
habilitação ou reabilitação auditiva com equipe especializada regidos pelo método
Aurioral para o desenvolvimento da comunicação oral e o benéfico oferecido por
esses centros, e consequentemente pelo método utilizado por eles, pode ter
influenciado diretamente nos resultados de satisfação.
Correlações positivas e significativas foram observadas entre as
categorias de audição e linguagem para o domínio bem-estar emocional do KINDL
tanto na perspectiva dos pais ou responsáveis, quanto na perspectiva das crianças e
adolescentes do grupo III. Ainda na perspectiva das crianças e adolescentes desse
grupo a categoria linguagem e a SIR também influenciaram positivamente e
significantemente esse domínio (Tabela 6). Huber (2005) correlacionou as
avaliações de QV com os resultados da percepção da fala e concluiu que os
usuários de IC mais bem-sucedidos com maior percepção de fala, produção de fala
e capacidades de linguagem classificaram sua QV com pontuações mais altas do
que crianças com níveis de desempenho mais baixos. Warney-Czyz et al., (2009)
inferem em seu estudo que os resultados de comunicação da criança também
podem influenciar a avaliação dos pais sobre a QV da criança, de modo que os pais
podem ser mais propensos a atribuir uma classificação mais alta de QV para uma
criança com habilidades de desempenho de comunicação mais altas do que para
uma criança que luta com a percepção da fala ou habilidades de produção. No
entanto, os estudos que compararam a QV aos resultados de comunicação são
inconclusivos, com alguns documentando uma associação positiva entre a QV e os
scores de percepção da fala (HUBER, 2005; MYLANUS et al., 2008) e outros não
relatando associações significativas ( NICHOLAS; GEERS, 2003). No grupo IV do
116
Discussão

presente estudo também não foram encontradas correlações entre as habilidades de


audição, linguagem e inteligibilidade de fala e os domínios do KINDL (Tabela 7).
O domínio de menor satisfação para as crianças e adolescentes dos
grupos III e IV e para os pais ou responsáveis do grupo IV foi o domínio escola
(Figuras 9, 10, 12 e 13). No estudo de Pérez-Mora et al., 2012, que estudou a QV de
crianças e adolescentes com perda auditiva usuárias de AASI e/ou IC, na faixa
etária de 4 a 17 anos com o instrumento KINDL e seus respectivos pais, as
pontuações mais baixas também foram as obtidas no domínio escola, resultados
esses que vem de encontro aos obtidos no presente estudo. A literatura aponta
vários fatores que podem influenciar a percepção da avaliação de qualidade de vida
de crianças e adolescentes, e de seus familiares no domínio escola, como por
exemplo, o ruído nas escolas, a fadiga auditiva, a dificuldade da criança em seguir o
currículo escolar, a interação com seus colegas; e pesquisadores sublinham a
necessidade de investigações mais aprofundadas (PÉREZ-MORA et al., 2012,
MUSYOKA; GENTRY; MEEK, 2017; SAKIZ et al., 2015, LA ROSA; ÂNGULO,
2019). Na perspectiva dos pais ou responsáveis do grupo III do presente estudo o
domínio escola também sofreu influência da variável idade na primeira adaptação do
dispositivo auditivo, idade da ativação do implante coclear e idade em que a criança
iniciou a terapia (Tabela 14).
Nas tabelas 14 e 15 foram observadas diversas correlações
estatisticamente significantes entre os domínios do KINDL, na perspectiva dos pais
ou responsáveis/crianças e adolescentes, e as variáveis audiológicas, terapêuticas,
sociais e educacionais do grupo III. A variável idade na ativação foi a variável que
correlacionou positivamente e significativamente com o maior número de domínios
relacionados à criança e à família (bem-estar emocional, autoestima e escola). No
estudo de Loy et al. (2010) realizado com 88 crianças usuárias de IC, implantadas
em diferentes faixas etárias, e seus familiares foi verificado associações
inversamente significantes entre a idade na implantação e o aumento de escore de
pontuações do KINDL. O grupo com faixa etária menor de implantação avaliou a QV
geral de maneira mais positiva do que o grupo que implantou mais tardiamente.
Ainda, nesse mesmo estudo os autores verificaram correlação positiva e significativa
entre os scores dos domínios do instrumento KINDL com o tempo de uso do IC. Na
perspectiva das crianças e adolescentes do grupo IV do presente estudo houve
correlação positiva e significativa entre o domínio família do KINDL e o tempo de uso
117
Discussão

do dispositivo (Tabela 18). Para o grupo III, essa variável influenciou positivamente
os domínios bem-estar físico, bem-estar emocional e escola, na perspectiva das
crianças (Tabela 14). Estudos mostram consistentemente uma relação direta da QV
com a duração do uso do implante (HUBER, 2005) e os resultados da
comunicação (HUBER, 2005; SACH; BARTON, 2007) e uma relação inversa com a
idade na implantação (BEADLE; SHORES; WOOD, 2000; HUBER, 2005; SACH;
BARTON, 2007) e a idade na primeira amplificação (SHCHORR; ROTH; FOX,
2009).
Quando analisado as variáveis sociais e educacionais, as que
influenciaram positivamente e significativamente os domínios bem-estar físico, bem-
estar emocional, contato social e escola foram o grau de escolaridade da mãe e a
classificação socioeconômica familiar do grupo III, na perspectiva dos pais (Tabela
15). Esses resultados divergem aos encontrados no estudo de Yiediger et al., 2020
realizado com crianças com deficiência auditiva e seus pais. Nesse estudo os
autores investigaram os efeitos emocionais e comportamentais e seu impacto na QV
dessa população e não evidenciaram correlações significativas nos níveis de
escolaridade da mãe e do pai e os escores nos domínio do instrumento KINDL.
Variabilidade de resultados tem sido encontrada na literatura e variáveis sociais e
educacionais tem sido foco de estudo de pesquisadores que visam investigar a QV
de crianças e adolescentes usuários de dispositivo auditivo e seus
familiares (ROTSIKA et al., 2011 ; SARANT; GARRARD, 2014 ; VELAND; BRU;
IDSOE, 2014; LA ROSA; ÂNGULO, 2019). Na análise de correlação entre os
domínios do questionário KINDL do grupo IV e as variáveis sociais e educacionais
não foram observadas correlações (Tabela 19).
A qualidade de vida específica e geral dos quatro grupos desse estudo foi
influenciada pelo desempenho auditivo, de linguagem falada e inteligibilidade de fala
alcançados ao longo do processo terapêutico embasado no método Aurioral. Ainda,
as variáveis audiológicas, terapêuticas, sociais e educacionais também influenciam
diretamente e indiretamente o desenvolvimento integral das crianças com IC e/ou
AASI e as suas percepções e de seus familiares quanto à qualidade de vida
específica e geral. A observação destas variáveis associadas à investigação da
qualidade de vida pode contribuir no direcionamento do planejamento, execução das
estratégias e intervenções terapêuticas específicas voltadas às necessidades dessa
população (SILVA, 2017). Ainda, para Muñoz et al., 2016 essas variáveis
118
Discussão

relevantes aumentam a variabilidade de resultados encontrados na literatura e


demonstram a necessidade da intervenção terapêutica eficazes em parceria entre
pais e fonoaudiólogo, fato esse que têm estado no centro de um campo de pesquisa
muito ativo.

Neste sentido, o estudo da qualidade de vida é importante, pois norteia os


reabilitadores e serve como guia para o conhecimento dos pontos fortes e das
fragilidades de cada criança e suas famílias. Com a compreensão desta complexa
dinâmica a partir das informações fornecidas pelos pacientes e seus pais, os
profissionais são capazes de realizar os ajustes condizentes com as crianças e
construir novas formas de atuação voltadas ao impacto positivo sobre a construção
do comportamento comunicativo destas crianças.

6.5 CONSIDERAÇÕES QUANTO AO QUESTIONAMENTO DA PESQUISADORA E


DEPOIMENTOS DOS PARTICIPANTES

O método Aurioral vem se difundindo em muitos países como uma prática


de habilitação e reabilitação auditivas. Em 1993 Goldberg e Flexer realizaram o
primeiro estudo com o objetivo de documentar o estado educacional, pessoal,
econômico e social de pessoas com deficiência auditiva dos Estados Unidos e
Canadá que realizaram terapia Auditiva-Verbal quando criança. Em 2001 os autores
publicaram o estudo na Journal of the American Academy of Audiology (JAAA)
dando continuidade às investigações. Ambos os estudos revelaram que a maioria
dos participantes, após serem submetidos à terapia Auditiva-Verbal, foram
integrados à comunidade de forma efetiva. Ainda, o ultimo estudo sugeriu que a
adaptação e a intervenção precoces interferiram significativamente para o
desenvolvimento dos participantes, suas aprendizagens e independência em
sociedade.
Em 2018, Lim, Goldberg e Flexer replicaram esses estudos com pessoas
com deficiência auditiva de todo o mundo, após mais de 25 anos em que foram
submetidas a terapia Auditiva-Verval, e os resultados foram promissores,
continuando a reforçar os resultados dos estudos anteriores.
No presente estudo, buscou-se verificar o impacto do método Aurioral em
adultos, adolescentes e crianças com deficiência auditiva usuárias de AASI e/ou IC
119
Discussão

que frequentaram ao que frequentam o Centro Especializado no Desenvolvimento


Auditivo (CEDAU) ao longo de seus 30 anos de existência.
Os resultados demonstraram que houve progressos nas habilidades
auditivas, de linguagem falada e inteligibilidade da fala em todos os grupos do
estudo, e que, um nível de satisfação considerável foi atingido em relação à
qualidade de vida, na perspectiva dos participantes e dos seus familiares. Todos os
participantes frequentaram ou frequentam o ensino regular. Muitos dos participantes
adultos concluíram o ensino médio, tiveram a possibilidade de realizar o ensino
superior e foram inseridos no mercado de trabalho. Resultados esses, semelhantes
às descobertas de Eriks-Brophy et al. (2012) em que um grande número de
participantes frequentaram ensino superior. Certamente esses resultados não estão
relacionados somente ao uso da tecnologia, e sim a associação destes com o
método de intervenção Aurioral ao qual todos os participantes foram submetidos,
uma vez que toda a literatura destaca que a tecnologia dos dispositivos eletrônicos
tem potencial para restaurar a audição, mas as habilidades auditivas desenvolvidas
só serão revertidas para a aquisição da linguagem falada se houver a interação
linguística com qualidade (GORDON et al., 2011; FLEXER et al., 2010; MORET;
BEVILACQUA; COSTA, 2007; ANGELO; BEVILACQUA; MORET, 2010).
Em resposta ao questionamento da pesquisadora “se tivessem que fazer
tudo de novo, tomariam a decisão de ingressar em um processo terapêutico regido
pelos princípios do método Aurioral?”, os participantes responderam que eles
realmente escolheriam a intervenção regida pelo método Aurioral se eles “tivessem
que fazer tudo de novo”. O depoimento 3 do grupo II destaca essa opção “... Para
aqueles que me perguntam se vale à pena, com certeza sim... Se eu pudesse voltar,
voltaria para viver aquele momento para sempre. Sou feliz, extremamente grata
pelas escolhas e pelo processo que passei...” (Quadro 24). Ainda o depoimento 20
de um mãe de um dos participantes do grupo III reafirma tal opção “...O implante foi
a melhor escolha e o CEDAU também foi a melhor escolha para nossa família...”
(Quadro 25).
No estudo de Lim, Goldberg e Flexer (2018) os participantes também
foram questionados se tivessem que fazer tudo de novo, se tomariam a decisão de
seguir a abordagem Auditiva-Verbal e 95,8% dos 189 participantes responderam
que “sim”, que eles seguiriam a abordagem Auditivo-Verbal novamente, e 2,6%
afirmaram que “não”. Dentre os que afirmaram que “não”, apenas um entrevistado
120
Discussão

esclareceu que desejava aprender a lingua de sinais antes, e 1,6% descreveram


vários outros problemas, como por exemplo, desejavam ter uma tecnologia auditiva
diferente e desejavam ter contato com outras pessoas com deficiência auditiva. No
presente estudo tais indagações não ocorreram e o depoimento 4 de uma
participante do grupo I (Quadro 23) reafirma que o processo de habilitação e
reabilitação auditivas regidos pelo método Aurioral, nem sempre é facil, mas que os
resultados são positivos “...O CEDAU foi a primeira parte do aprendizado em minha
vida, no qual aprendi a socializar, falar, fazer amigos e a gostar de alguém...Tinha
dias que eram difíceis devido ao cansaço...Hoje, depois de adulta e convivendo com
surdos de outras regiões vejo a diferença enorme nos ganhos sociais, de saúde e de
fala entre o meu desenvolvimento e o deles...”.
Ao revisar o questionamento da pesquisadora e os depoimentos redigidos
pelos participantes, algumas tendências surgiram.
Participantes que redigiram seus depoimentos afirmaram que o uso do
dispositivo auditivo associado ao método Aurioral possibilitou a eles a comunicação
usando a linguagem falada e sua inserção na sociedade. Outros afirmaram que por
causa das habilidades auditivas, de linguagem falada e inteligibilidade de fala, eles
eram capazes de ser independentes tendo a possibilidade de se cominicar com
quem eles quisessem, tendo uma "vida normal". O depoimento 3 de uma
participante do grupo II (Quadro 24) destaca estes sentimentos “Hoje me vejo além
da minha deficiência. Sou uma mulher comum, normal e simples como qualquer
outra... Falo, escuto, escrevo e interajo como qualquer um...”. No depoimento 8 da
mãe de um participante do grupo I (Quadro 23) também é possível evidenciar tais
sentimentos “No CEDAU eu descobri... que a perda auditiva não influenciaria em
nada na vida dela, pois ela apenas teria que usar o AASI, teria uma vida normal...
Hoje tenho orgulho da minha filha, pois ela se tornou uma jovem ativa com os
trabalhos da igreja, faz faculdade de pedagogia, trabalha e tirou CNH”. Esses
depoimentos vem ao encontro com os resultados evidenciados nos questionários de
qualidade de vida específicos (SADL e NCIQ-P) e geral (WOHOOL-bref), já
discutidos anteriormente nesse estudo. Albrecht e Devlieger (1999) infere a reflexão
de que as pessoas com deficiência podem referir qualidade de vida boa ou
excelente, de modo a refletir o quanto alguns indivíduos conseguem conviver com
suas limitações e valorizar determinados aspectos de vida que permanecem sem
121
Discussão

muito destaque para indivíduos considerados saudáveis do ponto de vista biológico.


Os resultados desse estudo vem de encontro com essa reflexão.
Outros participantes e seus familiares afirmaram que o método Auroral
permitiu o desenvolvimento de identidade e que eles fossem totalmente integrados
na comunidade. Vários participantes e seus pais também sentiram que poderiam
acreditar no método Aurioral para melhores resultados escolares e oportunidades
de emprego. Tais afirmações são evidenicadas no depoimento 1 da participante do
grupo I (Quadro 23) “... Me ensinaram tudo, aprender a falar e ouvir, e então
consegui aprender português e informática...”. No depoimento 7 da mãe do
participante do grupo I (Quadro 23) “...A comunicação na escola melhorou muito... O
CEDAU deu ao M... condições para prosseguir os estudos...Hoje, M estuda e
trabalha”.
No depoimento 10 da mãe de uma participante do grupo III (Quadro 25)
também temos um relato que evidencia o impacto do método Aurioral na educação
“...CEDAU reabilitou a L. para que hoje ela pudesse estar onde está, no 6º ano do
ensino regular, mesmo ano de outras crianças da idade dela, isto é um privilégio
para a família e para a L. que se desenvolveu normal como ouvinte sem
limitações...”. Ainda no depoimento 27 do pai de um participante do grupo III
(Quadro 25) também temos tais relatos “...O CEDAU foi muito importante no
processo de reabilitação e educação da nossa filha...”, o depoimento 2 da mãe de
um participante do grupo IV (Quadro 26) também trás essa reflexão “... meu filho
aprendeu a ouvir, falar, se expressar, se manifestar quanto as suas vontades e
expectativas e desenvolveu grandemente seu potêncial estudantil...” e por fim, no
depoimento 5 de uma mae de uma participante do grupo II (Quadro 24) “...Hoje ela é
implantada, formada e trabalha como fisioterapeuta...”. Especificamente, a prática do
método Aurioral na rotina da criança se dá a partir do uso efetivo dos dispositivos
eletrônicos, da participação efetiva da família no processo terapêutico, da prática
das diferentes estratégias de comunicação e técnicas, e da parceria com a escola.
Além disso, os participantes desse estudo desenvolveram amizades
sólidas destacando a importância das relações sociais. O depoimento 3 do
participante do grupo I (Quadro 23) reflete tal impacto “Tenho colegas que tenho
amizade até hoje... Sou muito feliz por ter feito parte do CEDAU”, também temos o
depoimento 2 do participante do grupo I (Qaudro 23) “...Quero agradecer meus
amigos, eles foram meus irmãos, crescemos juntos com amor....”, o depoimento I de
122
Discussão

uma participante do grupo III (Quadro 25) “Porque eu precisei aprender coisas
boas... aprendi a fazer amizade com outras pessoas...” e o depoimento 9 de uma
participante também do grupo III (Quadro 25) “...quando aprendi a falar fiquei muito
feliz, fiz amizade que tenho até hoje. Muito top...”. Resultados semelhantes, quanto
as possibilidades de amizades foram evidenciados no estudo de Lim, Goldberg e
Flexer (2018).
O impacto que o processo de intervenção seguindo os princípios do
método Aurioral atingiu não só o desenvolvimento das habilidades comunicativas
como também o desenvolvimento global dos participantes. Os depoimentos 14, 20 e
24 das mães de participantes do grupo III (Quadro 25) refletem esse impacto “O
tempo que esteve no CEDAU o J. aprendeu bastante em todas as áreas,
comportamental, linguagem falada e compreensão auditiva.”; “O método Aurioral
mudou completamente o desenvolvimento auditivo, e também comportamental dele.
Antes ele era agressivo, não compreendia e extravasava sendo violento. Desde que
estabeleceu uma comunicação efetiva tudo mudou. Hoje é carinhoso, dócil e muito...
muito comunicativo”; “pois aqui meu filho adquiriu linguagem e acima de tudo
aprendeu a lidar com suas dificuldades”. Ribas et al. (2017) também evidenciaram
em seu estudo que o uso do dispositivo auditivo, associado à terapia auditiva regida
pelo método Aurioral, na perspectiva dos pais, melhorou as habilidades
comunicativas de seus filhos, e este fato, por si só agrada e recompensa o esforço
dos pais e outros familiares envolvidos na habilitação ou reabilitação da criança.
Outros depoimentos evidenciam o impacto do processo terapêutico
embasado no método Aurioral na qualidade de vida específica e geral. Alguns dos
depoimentos são: depoimento 5 da mãe de uma participante do grupo II (Quadro 24)
“...através do CEDAU a L. pode ter uma qualidade de vida melhor...”, depoimento 24
da mãe de um participante do grupo III (Quadro 25) “...Sua qualidade de vida hoje é
muito melhor devido aos seis anos que ele passou no CEDAU”. Também verificamos
tal impacto no depoimento 7 de um pai do grupo I (Quadro 23) “CEDAU foi na vida
do meu filho uma mudança total, na vida dele e na da família, no sentido muito
amplo, ou seja, trouxe orientação aos pais e acrescentou qualidade na vida do meu
filho.”; no depoimento 31 de uma mãe do grupo III (Quadro 25) “...CEDAU não
somente ajudou no âmbito de audição e fala, mas também, na autoconfiança de C.”;
e no depoimento 3 da participante do grupo I (Quadro 23) “Eu amo ouvir, usar o
aparelho auditivo e não tenho vergonha de usar. Sou uma pessoa alegre,
123
Discussão

brincalhona, sou muito grata a Deus por tudo que sou”. Esses relatos inferem que o
uso dos dispositivos associados a terapia regida pelo método Aurioral propiciam o
desenvolvimento apropriado das habilidades comunicativas transformando as
crianças em indivíduos socialmente e emocionalmente mais independentes (SACH;
WHYNES, 2005; STEFANINI et al., 2014; ALMEIDA et al., 2015), vindo ao encontro
com os resultados dos questionários de qualidade de vida, visto que maiores
pontuações foram obtidos nos domínios autonomia dos instrumentos CCIPP e
CCAPP e social do instrumento NICQ-P.
Os exemplos dados pelos participantes foram de algo tão simples como
“brincar no parque”, para situações mais complexas, como “viajar sozinho para Oslo,
falar outra lingua e ir morar fora do País”, assim não só é possível para crianças com
perda auditiva aprender a ouvir, falar, se comunicar e socializar, mas também,
aprender uma nova língua que não a materna (WALTZMAN et al., 2003; THOMAS;
EL-KASHLAN; ZWOLAN, 2008), conhecer o mundo, outros países e outras culturas.
Os participantes também mencionaram frequentemente o apoio que
receberam de seus pais, família e terapeutas, ressaltando a importância dessa
parceria no processo de habilitação ou reabilitação auditivas. O depoimeito 2 da
participante do grupo I (Quadro 23) reflete tal reconhecimento “...Primeiramente
quero agradecer a Deus à minha vida, a minha família pelo apoio, o CEDAU foi
muito especial na minha vida...”, nos depoimentos 7 e 8 de um pai e de uma mãe de
participantes do grupo I (Quadro 23) também são evidenciados o apoio que
receberam do Centro de habilitação e dos profissionais especializados “... graças ao
acompanhamento e suporte que recebemos do CEDAU, a família cresceu no
conhecimento e no tratamento ideal com o M.”; “...eu estava sem chão, sem apoio
familiar e no CEDAU recebi tudo de que precisava, não só ajuda para a S., mas
também para mim...”. Nesse estudo ressalta-se a importância da oferta de uma
intervenção que vá além do trabalho com as habilidades auditivas e de linguagem
falada. Deve se oferecer também o acolhimento à toda família da criança com
deficiência auditiva. O acolhimento é o primeiro passo para o sucesso da
intervenção. Zabeu-Fernandes (2019) enfatiza tal importância de se viabilizar
programas de habilitação auditiva para crianças com deficiência auditiva com
enfoque no desenvolvimento global da mesma e no acolhimento e orientação da
família. Ainda, Dornan et al. (2010) ressalta a importância da equipe ser composta
por profissionais capacitados, especializados e que seja realizado o acolhimento,
124
Discussão

sendo este um dos fatores fundamentais para a adesão das famílias e consequente
evolução na performance das crianças.
A importância da participação da família no processo terapêutico também
foi relatada pelos participantes, alguns depoimentos são: depoimento 31 da mãe do
participante do grupo III (Quadro 25) “aprendi que para ter bons progressos no
desenvolvimento das crianças é necessário haver junção do centro de reabilitação +
família + escola” depoimento 2 da mãe do participante do grupo IV (Quadro 26) “...
além de sermos atendidos com muito amor e carinho, em nada faltou orientação da
equipe para ajudar em casa...” e o depoimento 4 da mae do participante do grupo IV
(Qaudro 26) “recebemos todo amparo e orientação devida ao uso dos aparelhos e
como trabalhar com nosso filho em casa...”. A terapia embasada no método Aurioral
exige a participação ativa da família nas terapias junto a fonoaudióloga,
estabelecendo uma parceria quanto às metas e planejamento terapêutico
(BRENNAN- JONES et al., 2014), assim, a participação dos pais no processo de
habilitação de seus filhos favorecerá o desenvolvimento da linguagem e
comunicação (WATKIN et al., 2007). O método Aurioral coloca ênfase não só no
papel da audição no desenvolvimento das habilidades auditivas, linguagem falada,
mas também, na importância dos familiares como central no processo de habilitação
ou reabilitação da criança (BOUCHER-JONES, 2001; LIM; SIMSER, 2005; ZABEU-
FERNANDES, 2019).
E por fim, um sentimento comum em todos os depoimentos foi a
“gratidão” à habilitação e reabilitação oferecida pelo CEDAU. Nos depoimentos 3 e 6
dos participantes do grupo I (Quadro 23) e no depoimento 8 de uma mãe de um
participante do grupo III (Quadro 25) verificamos tais sentimentos: “Palavra que eu
sempre carrego comigo é GRATIDÃO...”; “sinto uma imensa gratidão e respeito por
todos os profissionais que atenderam com tanto carinho e capacidade profissional a
minha filha”; “...Sim, o sentimento hoje é gratidão por fazer parte dessa família que
chamo CEDAU. O CEDAU em nossas vidas foi a melhor coisa que já aconteceu...”.
125
Conclusões
Conclusões

7 CONCLUSÕES

Com este estudo foi possível concluir que:

 O processo de intervenção baseado no método Aurioral é viável para


crianças com deficiência auditiva usuárias de AASI e/ou IC.
 Observou-se progressos satisfatórios nas habilidades auditivas, de
linguagem falada e inteligibilidade da fala em todos os grupos do estudo, após
serem inseridos no método Aurioral. Um nível de satisfação considerável foi
observado em relação a qualidade de vida específica e geral, na perspectiva dos
participantes e de seus familiares, indicando o impacto da intervenção regida pelo
método Aurioral, sempre associado ao uso de um dispositivo eletrônico auditivo.

Quanto aos objetivos secundários desse estudo:

 Observou-se a influência de inúmeras variáveis no desenvolvimento


das habilidades comunicativas e na qualidade de vida dos participantes e de seus
familiares. Sendo as principais, a idade na adaptação do aparelho de amplificação
sonora individual, a idade na ativação do implante coclear, a idade que iniciou a
terapia embasada no método Aurioral, o grau de escolaridade e a classificação
socioeconômica familiar.
 Observou-se o forte impacto do método Aurioral não só no
desenvolvimento das habilidades comunicativas, na educação, na relação social,
mas também no desenvolvimento global dos participantes, relatados pelos seus
familiares.
 Observou-se sentimento assertividade na escolha quanto ao método
terapêutico escolhido para a habitação e reabilitação auditivas dos grupos
estudados.

Assim, ainda que complexo pela variabilidade de aspectos multifatoriais


que permeiam o processo terapêutico regido pelo método Aurioral das crianças com
126
Conclusões

deficiência auditiva, este estudo evidenciou resultados reais e positivos quanto


ao impacto do método na evolução das habilidades comunicativas e na qualidade de
vida dos participantes e de suas famílias. Esses resultados que pontuam a eficácia
do método Aurioral no processo de habilitação e reabilitação auditivas em um
serviço público poderá auxiliar profissionais e centros de habilitação e reabilitação na
escolha do método terapêutico a ser seguido.
Olhando para o futuro, resultados positivos de audição, linguagem falada,
inteligibilidade de fala e qualidade de vida podem ser esperados para mais e mais
crianças nascidas com perda auditiva.
A terapia regida pelo método Aurioral, associada ao diagnóstico e
intervenções precoces, à parceira com a família e com a escola é uma escolha
assertiva e promissora.
127
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hearing loss. Pediatrics, Springfield, v. 102, n. 5, p. 1161-1171, Nov 1998.

ZABEU-FERNANDES, J. S. Proposta de um programa intensivo de habilitação


auditiva para crianças e suas famílias durante a rotina de acompanhamento em
um serviço de implante coclear. 2019, 473 p. (Doutorado em Fonoaudiologia) -
Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru, 2019.

ZHOU, H. et al. Comparisons of auditory performance and speech intelligibility in


children with cochlear implants placed using different approaches. Otol Neurotol,
Hagerstown, v. 33, n. 1, p. 26-29, Jan. 2012.
147
Anexos

ANEXO A – Critérios de elegibilidade para ingresso do paciente no CEDAU

CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE PARA INGRESSO DO PACIENTE


 Estar regularmente matriculado no HRAC;
 Realizar os acompanhamentos de rotina previstos nos protocolos da Seção de Implante
Coclear ou da Divisão de Saúde Auditiva – ambas do HRAC;
 Apresentar perda auditiva sensorioneural, bilateral, de grau moderado a profundo (CID
H90.3 ou H91.9);
 Fazer uso de Implante Coclear (IC) e/ou Aparelho de Amplificação Sonora Individual
(AASI);
 Não apresentar comprometimentos associados à deficiência auditiva, tais como,
psicopatológicos ou neurológicos, bem como diagnósticos que sugerem uma possível alteração no
desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva;
 Em caso de dúvida por parte da equipe quanto à existência de comprometimentos
associados não diagnosticados, avaliações e exames serão solicitados aos responsáveis.
 Ter entre 2 e 6 anos e 11 meses de idade na data de ingresso no CEDAU;
 Os pacientes frequentarão o CEDAU até, no máximo, a idade de 11 anos e 11 meses e 29
dias de idade;
 Beneficiar-se da habilitação / reabilitação auditiva pautada nos princípios da Abordagem
Aurioral;
 A fim de verificar se o paciente pode ser um candidato, a equipe realiza, inicialmente,
análise do prontuário, triagem com os pais e o paciente. Os seguintes quesitos são analisados:
tempo de uso do dispositivo eletrônico, permeabilidade da família ao processo de habilitação e
reabilitação auditiva, intervenções terapêuticas já realizadas, bem como o nível de desenvolvimento
das habilidades auditivas, nível de desenvolvimento das habilidades de linguagem falada e os
aspectos cognitivos e psicossociais. Ao final da triagem é realizada a discussão do caso com a
equipe interdisciplinar;
 Ser residente da cidade de Bauru-SP ou região próxima e ter disponibilidade de frequentar o
CEDAU diariamente com recursos financeiros próprios;
 É imprescindível a apresentação de um comprovante de residência;
 Apresentar comprovante de matrícula na rede pública ou privada de ensino regular da
cidade de Bauru-SP ou região;
 Caso a criança preencha os critérios acima, o ingresso dependerá da disponibilidade de
vagas nos grupos de psicopedagogia e nos horários da agenda da equipe de fonoaudiologia.
148
Anexos

ANEXO B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPANTES


ADULTOS
Este é um convite para você participar da pesquisa “Método aurioral no
desenvolvimento de crianças com deficiência auditiva: 30 anos de prática em um
serviço público especializado” realizada pela pesquisadora Fernanda de Lourdes
Antonio nº do CRFa 17.144, sob orientação da Profa. Dra. Adriane Lima Mortari
Moret, nº do CRFa 3041.
Esta pesquisa tem como objetivo verificar o impacto do método Aurioral no
desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva usuários de aparelho de
amplificação sonora individual (AASI) e/ou implante coclear (IC), que frequentaram
ou que frequentam um Serviço público especializado do Sistema Único de Saúde
(SUS), considerando as habilidades auditivas, de linguagem falada, de
inteligibilidade de fala e de qualidade de vida.
A realização desta pesquisa é importante, pois esperamos obter dados
sistemáticos quanto ao impacto do método Aurioral no desenvolvimento de pessoas
com deficiência auditiva usuários de AASI e/ou IC, podendo pontuar a eficácia do
método Aurioral no processo de habilitação e reabilitação auditiva (terapia
fonoaudiológica) no SUS, auxiliando posteriormente profissionais e centros de
habilitação e reabilitação na escolha do método terapêutico a ser seguido.
Caso decida aceitar o convite, você deverá responder alguns instrumentos e
caso esteja de acordo, escrever um depoimento sobre o CEDAU em uma folha de
papel em branco, no mesmo dia em que fará o atendimento de rotina, em um
momento que não te prejudicará. Assim, você não terá despesas adicionais, não
havendo, portanto, ressarcimento de alimentação, locomoção e hospedagem. O
instrumento deverá ser respondido por você. Você responderá ao instrumento no
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – HRAC em uma sala sem

Pesquisador Responsável: ________________________________


barulho, com boa ventilação e bem iluminada. O instrumento é curto e o tempo para

Participante da pesquisa e/ou responsável legal: ______________


responder será conforme sua necessidade podendo ser, no máximo, de 30 a 45
minutos.
Os possíveis riscos envolvidos na participação desta pesquisa serão: cansaço
pelo tempo que permanecer respondendo aos instrumentos e o constrangimento
que alguma pergunta possa causar. Caso sinta-se cansado ou desconfortável,
poderá interromper para descansar, tomar água e/ou ir ao banheiro. Caso as
questões dos questionários te façam ter lembranças negativas, eles serão
interrompidos.
Mediante qualquer risco não previsto com a participação nessa pesquisa, ela
será, na mesma hora, suspensa e você terá direito à indenização e assistência
integral. Salienta-se que não está previsto qualquer dano físico, social, emocional,
intelectual ou espiritual tardio com sua participação nesta pesquisa. A pesquisa
Rubricas:

estará amparada em princípios éticos, sendo vigiada e respeitada sua autonomia e


defendida sua fragilidade, além de assumirmos a responsabilidade de garantir sua
segurança e bem-estar.
Os benefícios esperados com o desenvolvimento da pesquisa para a
população alvo é contribuir no processo de habilitação e reabilitação auditiva, de
linguagem falada e qualidade de vida do participante e seus familiares; receber
orientações e aconselhamento familiar contribuindo para o desenvolvimento integral
do seu filho.
149
Anexos

A sua participação é voluntária, o que significa que você poderá se recusar a


participar ou desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que
isso lhe traga algum prejuízo ou penalidade.
Todas as informações obtidas no questionário serão sigilosas e seu nome não
será identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro
e na divulgação dos resultados não será identificado o participante desta pesquisa.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será assinado em duas vias,
sendo uma para o pesquisador e a outra para você, portanto será garantido a você o
recebimento de uma via deste termo. Toda dúvida que você tiver a respeito da
participação nesta pesquisa, poderá entrar em contato com a fonoaudióloga
Fernanda de Lourdes Antonio no Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo
(CEDAU), no endereço Rua Sílvio Marchione, 3-20, Bauru-SP, telefone (14) 3235-
8189 ou no e-mail fernanda.lourdes@usp.br. Para denúncias e/ou reclamações
sobre esta pesquisa, poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa-
HRAC-USP, na Rua Silvio Marchione, 3-20 - Vila Universitária - CEP 17012-900 -
Bauru/SP, de segunda a sexta das 8 às 18h, ou pelo telefone (14) 3235-8421, e-
mail: cephrac@usp.br.
Eu________________________________________________________________,
portador da cédula de identidade ______________________, após leitura das
informações neste TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO,
concordo em participar da pesquisa e assino este documento em duas vias, sendo
que uma via ficará comigo e outra com o pesquisador.
Bauru, SP, ________ de ______________________ de ________

_______________________ ___________________________
Assinatura do Participante da Fernanda de Lourdes Antonio
Pesquisa Pesquisador Responsável
150
Anexos

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA OS PAIS DAS


CRIANÇAS E ADOLESCENTES PARTICIPANTES
Este é um convite para você e seu filho participar da pesquisa “Método
aurioral no desenvolvimento de crianças com deficiência auditiva: 30 anos de prática
em um serviço público especializado” realizada pela pesquisadora Fernanda de
Lourdes Antonio nº do CRFa 17.144, sob orientação da Profa. Dra. Adriane Lima
Mortari Moret, nº do CRFa 3041.
Esta pesquisa tem como objetivo verificar o impacto do método Aurioral no
desenvolvimento de pessoas com deficiência auditiva usuários de aparelho de
amplificação sonora individual (AASI) e/ou implante coclear (IC), que frequentaram
ou que frequentam um Serviço público especializado do Sistema Único de Saúde
(SUS), considerando as habilidades auditivas, de linguagem falada, de
inteligibilidade de fala e de qualidade de vida.
A realização desta pesquisa é importante, pois esperamos obter dados
sistemáticos quanto ao impacto do método Aurioral no desenvolvimento de pessoas
com deficiência auditiva usuários de AASI e/ou IC, podendo pontuar a eficácia do
método Aurioral no processo de habilitação e reabilitação auditiva (terapia
fonoaudiológica) no SUS, auxiliando posteriormente profissionais e centros de
habilitação e reabilitação na escolha do método terapêutico a ser seguido.
Caso decida aceitar o convite, você e seu filho deverão responder alguns
instrumentos e se desejarem escrever um depoimento sobre o CEDAU em uma
folha de papel em branco, no mesmo dia do atendimento de rotina, em um momento
que não os prejudicará. Assim, vocês não terão despesas adicionais, não havendo,
portanto, ressarcimento de alimentação, locomoção e hospedagem. Os instrumentos
deverão ser respondidos por você e pelo seu filho. Vocês responderão aos
instrumentos no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC em
uma sala sem barulho, com boa ventilação e bem iluminada. Os instrumentos são
curtos e o tempo para respondê-los será conforme sua necessidade podendo ser, no

Pesquisador Responsável: ________________________________


Participante da pesquisa e/ou responsável legal: ______________
máximo, de 30 a 45 minutos.
Os possíveis riscos envolvidos na participação desta pesquisa serão: cansaço
pelo tempo que permanecer respondendo aos instrumentos e o constrangimento
que alguma pergunta possa causar. Caso sintam-se cansados ou desconfortáveis,
poderão interromper para descansar, tomar água e/ou ir ao banheiro. Caso as
questões dos questionários te façam ter lembranças negativas, eles serão
interrompidos.
Mediante qualquer risco não previsto com a participação nessa pesquisa, ela
será, na mesma hora, suspensa e vocês terão direito à indenização e assistência
integral. Salienta-se que não está previsto qualquer dano físico, social, emocional,
intelectual ou espiritual tardio com sua participação nesta pesquisa. A pesquisa
estará amparada em princípios éticos, sendo vigiada e respeitada sua autonomia e
Rubricas:

defendida sua fragilidade, além de assumirmos a responsabilidade de garantir sua


segurança e bem-estar.
Os benefícios esperados com o desenvolvimento da pesquisa para a
população alvo é contribuir no processo de habilitação e reabilitação auditiva, de
linguagem falada e qualidade de vida do participante e seus familiares; receber
orientações e aconselhamento familiar contribuindo para o desenvolvimento integral
do seu filho.
151
Anexos

A participação de vocês é voluntária, o que significa que vocês poderão se


recusar a participar ou desistir a qualquer momento, retirando seu consentimento,
sem que isso lhe traga algum prejuízo ou penalidade.
Todas as informações obtidas nos questionários serão sigilosas e os nomes
não serão identificados em nenhum momento. Os dados serão guardados em local
seguro e na divulgação dos resultados não serão identificados os participantes desta
pesquisa.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será assinado em duas vias,
sendo uma para o pesquisador e a outra para você, portanto será garantido a você o
recebimento de uma via deste termo. Toda dúvida que você tiver a respeito da
participação nesta pesquisa, poderá entrar em contato com a fonoaudióloga
Fernanda de Lourdes Antonio no Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo
(CEDAU), no endereço Rua Sílvio Marchione, 3-20, Bauru-SP, telefone (14) 3235-
8189 ou no e-mail fernanda.lourdes@usp.br. Para denúncias e/ou reclamações
sobre esta pesquisa, poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa-
HRAC-USP, na Rua Silvio Marchione, 3-20 - Vila Universitária - CEP 17012-900 -
Bauru/SP, de segunda a sexta das 8 às 18h, ou pelo telefone (14) 3235-8421, e-
mail: cephrac@usp.br.
Eu________________________________________________________________,
portador da cédula de identidade ______________________, após leitura das
informações neste TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO,
concordo em participar da pesquisa e concordo que meu filho
_________________________________________ também participe, assim, assino
este documento em duas vias, sendo que uma via ficará comigo e outra com o
pesquisador.
Bauru, SP, ________ de ______________________ de ________

_______________________ ___________________________
Assinatura do Responsável e Fernanda de Lourdes Antonio
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsável
152
Anexos

ANEXO C – TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(4 anos a 6 anos e 11 meses)
Meu nome é Fernanda de Lourdes Antonio e eu sou fono e ensino com várias
crianças da sua idade a ouvir e a falar. Gostaria de te convidar para participar da
minha pesquisa “Método aurioral no desenvolvimento de crianças com deficiência
auditiva: 30 anos de prática em um serviço público especializado”. Eu quero saber
como é usar o Aparelho Auditivo (AASI) e/ou o Implante Coclear (IC) e já ter ido ou ir
ao CEDAU para aprender a ouvir e a falar. Eu gostaria de entender como é isso para
você. Seus pais e/ou responsáveis deixaram você participar, mas se você não quiser,
não tem problema. Você pode conversar com seus pais e decidir se quer ou não
participar da pesquisa.
Estou convidando crianças da sua idade para conversar comigo e me ajudar na
minha pesquisa e você foi escolhido porque também usa o AASI e/ou IC e já foi ou
ainda vai ao CEDAU. Eu vou pedir para que me responda algumas perguntas sobre
seu o dia-a-dia. Tudo bem?!
Farei 16 perguntas sobre a sua saúde, seus sentimentos, sua família, amigos e
escola. E você poderá escolher a resposta.
Por exemplo: eu vou perguntar a você se na última semana você brincou com
os seus amigos e você poderá me responder: não brinquei, brinquei às vezes, ou
brinquei muitas vezes.
Depois que eu terminar as perguntas, se você quiser você pode me falar um
pouco sobre o CEDAU. O que você faz ou fez nele, pra que ele serve e tudo o que
quiser dizer sobre ele. O que você me falar eu vou escrever no papel.
Quero que você se divirta, mas se em algum momento não se sentir bem, pode
me avisar e se quiser, podemos parar com as perguntas sem que isso seja um
problema para você. Caso você queira, poderemos conversar sobre o que está
sentindo e eu vou ajudar você a entender o que está acontecendo e pensaremos em
um jeito de você se sentir melhor.
A sua participação vai ajudar a entender o que é legal e o que não é legal no
uso do AASI e/ou do IC no seu dia-a-dia e assim eu vou poder pensar em como ajudar
você e outras crianças que usam o AASI e/ou o IC a se sentirem melhor com eles.
Quando terminar a pesquisa você e seus pais vão receber o resultado dela e
poderemos conversar a respeito.
Caso você não queira participar não ficarei triste ou brava com você. E se
quiser conversar sobre a pesquisa, pode fazer isso com seus pais ou comigo pelo
153
Anexos

telefone (14) 3235-8189 no Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo –


CEDAU do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – HRAC da
Universidade de São Paulo – USP – Bauru-SP, no horário de funcionamento das 8 às
17 horas. Este documento será entregue a você em duas vias, uma delas ficará
comigo e a outra ficará com seus pais.

Você aceita participar da pesquisa?

SIM NÃO

Acompanhei a explicação que foi feita à criança sobre a pesquisa e o mesmo


concordou em participar.

Bauru, SP, ________ de ______________________ de ________

_______________________ ___________________________
Assinatura do Responsável pelo Fernanda de Lourdes Antonio
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsável
154
Anexos

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(7 anos a 12 anos 11 meses)
Meu nome é Fernanda de Lourdes Antonio e eu sou fonoaudióloga. Gostaria de
te convidar para participar da minha pesquisa “Método aurioral no desenvolvimento de
crianças com deficiência auditiva: 30 anos de prática em um serviço público
especializado”. Eu quero saber como é usar o Aparelho de Amplificação Sonora
Individual (AASI) e/ou o Implante Coclear (IC) e frequentar ou ter frequentado o
CEDAU para aprender a ouvir e a falar. Eu gostaria de entender como é isso para
você. Seus pais e/ou responsáveis deixaram você participar, mas se você não quiser,
irei respeitar sua escolha. Você pode conversar com seus pais e decidir se quer ou não
participar da pesquisa.
Estou convidando crianças de sete a 12 anos e 11 meses de idade para
participar deste estudo. Você foi escolhido porque você tem a idade que estou
procurando, usa AASI e/ou IC e frequenta ou frequentou o CEDAU. Eu vou pedir para
que me responda algumas perguntas sobre seu dia-a-dia.
Farei 28 perguntas relacionadas à sua saúde, seus sentimentos, sua família,
amigos e escola. E você terá cinco opções de resposta.
Por exemplo: eu vou perguntar a você se na última semana você brincou com
os seus amigos e você poderá me responder: não brinquei, raramente brinquei, às
vezes brinquei, frequentemente brinquei ou sempre brinquei.
Ao finalizarmos o questionário, se for de sua vontade, você pode escrever em
uma folha de papel em branco um depoimento sobre sua experiência no CEDAU ou se
preferir você pode me dizer e eu escreverei para você.
Quero que você se divirta, mas se em algum momento não se sentir bem, pode
me avisar e se quiser, podemos parar com a pesquisa sem que isso seja um problema
para você. Caso você queira, poderemos conversar sobre o que está sentindo e eu
vou ajudar você a entender o que está acontecendo e pensaremos em um jeito de
você se sentir melhor.
A sua participação vai ajudar a entender o que é legal e o que não é legal no
uso do AASI e/ou do IC no seu dia-a-dia e assim eu vou poder pensar em formas de
ajudar você e outras crianças que usam o AASI e/ou o IC a se sentirem melhor com
eles. Quando terminar a pesquisa você e seus pais vão receber o resultado dela e
poderemos conversar a respeito.
Caso você não queira participar não ficarei triste ou brava com você. E se
quiser conversar sobre a pesquisa, pode fazer isso com seus pais ou comigo pelo
telefone (14) 3235-8189 no Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo –
155
Anexos

CEDAU do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – HRAC da


Universidade de São Paulo – USP – Bauru-SP, no horário de funcionamento das 8 às
17 horas. Este documento será entregue a você em duas vias, uma delas ficará
comigo e a outra ficará com seus pais.

Você aceita participar da pesquisa?

SIM NÃO

___________________________________
Nome da Criança participante

Acompanhei a explicação que foi feita à criança sobre a pesquisa e o mesmo


concordou em participar.

Bauru, SP, ________ de ______________________ de ________

__________________________ ___________________________
Assinatura do Responsável pelo Fernanda de Lourdes Antonio
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsável
156
Anexos

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


(13 anos a 17 anos 11 meses)
Meu nome é Fernanda de Lourdes Antonio e eu sou fonoaudióloga. Gostaria de
te convidar para participar da minha pesquisa “Método aurioral no desenvolvimento de
crianças com deficiência auditiva: 30 anos de prática em um serviço público
especializado”. Eu quero saber como é usar o Aparelho de Amplificação Sonora
Individual (AASI) e/ou o Implante Coclear (IC) e ter feito terapia fonoaudiológica no
CEDAU. Eu gostaria de entender como é isso para você. Seus pais e/ou responsáveis
deixaram você participar, mas se você não quiser, irei respeitar sua escolha. Você
pode conversar com seus pais e decidir se quer ou não participar da pesquisa.
Eu estou convidando adolescentes de 13 anos a 17 anos e 11 meses de idade
para participar desta pesquisa. Você foi escolhido porque você tem a idade que estou
procurando, usa AASI e/ou IC e frequentou o CEDAU. Eu vou pedir para que você me
conte sobre sua história com o AASI e/ou IC e que me responda algumas perguntas
sobre o seu dia-a-dia.
Farei 28 perguntas relacionadas à sua saúde, seus sentimentos, sua família,
amigos e escola. E você terá cinco opções de resposta.
Por exemplo: eu vou perguntar a você se na última semana você fez coisas
junto com os seus amigos e você poderá me responder: não fiz, raramente fiz, às
vezes fiz, frequentemente fiz ou sempre fiz. A sua resposta será anotada no
questionário.
Ao finalizarmos o questionário, se for de sua vontade, você pode escrever em
uma folha de papel em branco um depoimento sobre sua experiência no CEDAU.
Quero que se sinta bem em responder às perguntas, mas se em algum
momento não se sentir bem, pode me avisar e se quiser, podemos parar com a
pesquisa sem que isso seja um problema para você. Caso você queira, poderemos
conversar sobre o que está sentindo e eu vou ajudar você a entender o que está
acontecendo e pensaremos em um jeito de você se sentir melhor.
A sua participação vai ajudar a entender quais os desafios e quais os benefícios
do uso do IC e/ou AASI e da terapia do CEDAU, e o quanto eles são importantes para
sua qualidade de vida e assim eu vou poder pensar em formas de ajudar você e outros
adolescentes que usam o AASI e/ou IC a se sentirem melhor no seu dia-a-dia. Quando
terminar a pesquisa você e seus pais vão receber o resultado dela e poderemos
conversar a respeito.
Caso você não queira participar não ficarei chateada ou brava com você. E se
quiser conversar sobre a pesquisa, pode fazer isso com seus pais ou comigo pelo
157
Anexos

telefone (14) 3235-8189 no Centro Especializado no Desenvolvimento Auditivo –


CEDAU do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – HRAC da
Universidade de São Paulo – USP – Bauru-SP, no horário de funcionamento das 8 às
17 horas. Este documento será entregue a você em duas vias, uma delas ficará
comigo e a outra ficará com seus pais.

Você aceita participar da pesquisa?

NÃO
SIM

____________________________________
Nome do Participante da Pesquisa

Acompanhei a explicação que foi feita ao adolescente sobre a pesquisa e o mesmo


concordou em participar.

Bauru, SP, ________ de ______________________ de ________

______________________ ___________________________
Assinatura do Responsável pelo Fernanda de Lourdes Antonio
Participante da Pesquisa Pesquisador Responsável
158
Anexos

ANEXO D - Children with cochlear Implants: Parent’s Perspective (CCIPP)


desenvolvido por Archbold et al. 2002, traduzido e adaptado culturalmente
para o português brasileiro como “Crianças com Implante Coclear:
Perspectiva dos Pais” por Fortunato-Tavares et al., 2012.
159
Anexos
160
Anexos
161
Anexos
162
Anexos

ANEXO E- Autorização para adaptação do Children with cochlear Implants:


Parent’s Perspective (CCIPP) desenvolvido por Archbold et al. 2002,
traduzido e adaptado culturalmente para o português brasileiro como
“Crianças com Implante Coclear: Perspectiva dos Pais” por Fortunato-
Tavares et al., 2012.
163
Anexos
164
Anexos
165
Anexos

ANEXO F - Children with cochlear Implants: Parent’s Perspective (CCIPP)


desenvolvido por Archbold et al. 2002, traduzido e adaptado culturalmente
para o português brasileiro como “Crianças com Implante Coclear:
Perspectiva dos Pais” por Fortunato-Tavares et al., 2012 e adaptado para a
população pediátrica usuária de aparelho de amplificação sonora individual
como “Crianças com Aparelho de Amplificação Sonora Individual:
Perspectiva dos Pais” (CCAPP).
166
Anexos
167
Anexos
168
Anexos
169
Anexos
170
Anexos
171
Anexos
172
Anexos
173
Anexos
174
Anexos
175
Anexos

ANEXO G - AUTORIZAÇÃO PARA ADAPTAÇÃO CULTURAL DO INSTRUMENTO


KINDL® PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL
176
Anexos
177
Anexos

ANEXO H - Questionnaire for Measuring Health-Related Quality of Life in


Children and Adolescents (KINDL), originalmente desenvolvido por Bullinger e
Ravens-Sieberer (1998) e revisado por Bullinger e Ravens-Sieberer (1998).
Versão português do Brasil.
178
Anexos
179
Anexos
180
Anexos
181
Anexos
182
Anexos
183
Anexos
184
Anexos
185
Anexos
186
Anexos
187
Anexos
188
Anexos
189
Anexos
190
Anexos
191
Anexos
192
Anexos
193
Anexos
194
Anexos
195
Anexos

ANEXO I – Nijmegen Cochlear Implant Questionnaire (NCIQ) desenvolvido


por Hinderink , Krabbe e Van Den Broek (2000), traduzido, adaptado e
validado como Questionário Nijmegen de implantes cocleares (NCIQ-P), por
Santos e Martinho-Carvalho.
196
Anexos
197
Anexos

ANEXO J – Satisfaction With Amplification in Daily Life (SADL) desenvolvido


por Cox e Alexander (1999), validado por Hosford-Dunn; Halpern, (2000), Cox e
198
Anexos

Alexander (2001), Hosford-Dunn; Halpern, (2001), traduzido e adaptado


culturalmente para o português brasileiro por Mondelli, Magalhães e Lauris,
(2011).
199
Anexos
200
Anexos

ANEXO K – Questionário de avaliação da qualidade de vida WHOQOL-bref,


versão abreviada do WHOQOL-100, desenvolvido pela OMS e validado para
o Brasil (Fleck et al., 1999, Fleck et al., 2000).
201
Anexos
202
Anexos
203
Anexos

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