Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2011
Marina Martins Pereira Padovani
São Paulo
2011
Padovani, Marina Martins Pereira Padovani
Medidas perceptivo-auditivas e acústicas de voz e fala e autoavaliação
da comunicação das disartrias/ Marina Martins Pereira Padovani. - São
Paulo, 2011. xvi - 92
D th i h ti h ti l ti t t h i
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
iii
Marina Martins Pereira Padovani
Presidente da banca:
BANCA EXAMINADORA
Suplentes:
iv
DEDICATÓRIA
o valor do trabalho.
v
AGRADECIMENTO ESPECIAL
À Dra Mara Behlau e à Dra Brasília Chiari, que endossaram, acolheram e apoiaram
o projeto, apostando em sua concretização.
vi
AGRADECIMENTOS
À Dra Mara Behlau, minha orientadora científica e pessoal desde a graduação, minha
sincera gratidão por permitir minha participação em um grupo tão especial e fraterno, sob sua
liderança. Agradeço pelo aprendizado intenso e contínuo, por meio de sua indiscutível
competência profissional e sábias atitudes. Obrigada pelo zelo, acolhimento e conselhos sempre
pertinentes.
Aos meus pais, Mauro e Maria Teresa e meu irmão Marcos, pela retaguarda sólida e
constante.
Ao querido João Bosco Lopes, pelo terno e incondicional companheirismo e pelas incríveis
soluções gráficas.
À querida amiga Isabella Neto, prestativa incansável, pela disponibilidade nas revisões
intermináveis a quatro mãos.
Ao grupo especial, composto por Gisele Oliveira, Glaucya Madazio, Rosiane Yamasaki e
Miriam Moraes, pelos ótimos e divertidos momentos vividos, pela torcida e incentivo na finalização.
Ao grupo de colegas da pós Graduação Fabiana Zambon, Felipe Moretti, Vanessa Pedrosa
e Marina Lang Fouquet, pela reciclagem do conhecimento e troca de experiências tão proveitosas.
Às parceiras Luana Curti, pelo pronto atendimento tão carinhoso, e Sabrina Paes, pelos
socorros sempre bem humorados.
Aos assistentes do CEV, Guilherme Pecoraro e Flavia Pereira da Costa, pela pronta e
eficiente resolução dos problemas.
Aos amigos queridos do Spazio Bambini, pelo acolhimento, compreensão e torcida em toda
a trajetória deste trabalho.
À rede de apoio e estrutura, composta pela família de fato e pela escolhida (turma SFX e
26ª turma FonoPauli), por acompanharem pacientemente e sofrerem diretamente, com poucas
queixas, os sabores e dissabores da escolha do Doutorado.
vii
Ao Setor de Doenças Neuromusculares do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da
UNIFESP e ao Serviço de Fonoaudiologia da Associação Brasil Parkinson, pela acolhida e
permissão da coleta de dados.
Ao estatístico Euro Couto pela paciente análise e plantão de dúvidas dos resultados deste
trabalho e pelo grande empenho na tentativa da análise de Rasch.
viii
SUMÁRIO
Dedicatória..................................................................................................................v
Agradecimento especial.............................................................................................vi
Agradecimentos........................................................................................................vii
Lista de Figuras..........................................................................................................x
Lista de Tabelas.........................................................................................................xi
Lista de Gráficos......................................................................................................xiii
Lista de Quadros......................................................................................................xiv
Lista de abreviaturas................................................................................................xv
Resumo....................................................................................................................xvi
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................1
1.1 Objetivos...............................................................................................................5
2 REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................6
3 MÉTODO...............................................................................................................15
4 RESULTADOS......................................................................................................25
5 DISCUSSÃO.........................................................................................................57
6 CONCLUSÕES.....................................................................................................68
7 ANEXOS................................................................................................................69
8 REFERÊNCIAS.....................................................................................................86
Abstract.................................................................................................................... 91
Bibliografia consultada.............................................................................................92
ix
Lista de figuras
CTS Informática...............................................................................................................................23
x
Lista de tabelas
Tabela 1. Distribuição da idade média e seu desvio padrão nos grupos estudados........................15
analógico-visual, em milímetros.......................................................................................................26
Tabela 10. Valores de corte, sensibilidade, especificidade e eficiência nas variáveis estabilidade da
emissão, variabilidade da frequência fundamental, em % e semitons, shimmer APQ e magnitude
da frequência (Mftr) e da amplitude (Matr) do tremor, na comparação entre todos os controles e
todos os disártricos de grau 0 a 2 de disartria..................................................................................34
Tabela 11. Área, erro padrão significância e intervalos de confiança da variável estabilidade........35
Tabela 12. Área, erro padrão significância e intervalos de confiança da variável variabilidade da
frequência fundamental em % - vF0(%)............................................................................................36
Tabela 13. Área, erro padrão significância e intervalos de confiança da variável shimmer APQ....37
xi
Tabela 14. Área, erro padrão significância e intervalos de confiança da variável magnitude da
frequência do tremor (Mftr)...............................................................................................................38
Tabela 15. Área, erro padrão significância e intervalos de confiança da variável magnitude da
amplitude do tremor (Matr)...............................................................................................................39
Tabela 16. Área, erro padrão significância e intervalos de confiança da variável variabilidade da
frequência fundamental, em semitons - vF0 (st)...............................................................................40
Tabela 19. Média, desvio padrão, valores mínimos e máximos do total de cada seção do protocolo
Vivendo com disartria.......................................................................................................................44
xii
Lista de Gráficos
tremor (Matr).....................................................................................................................................39
xiii
Lista de Quadros
Quadro 3. Quadro resumo das variáveis com diferença estatística entre controles
e experimentais.................................................................................................................................55
Quadro 4. Quadro resumo das variáveis com diferença estatística entre os grupos
experimentais...................................................................................................................................56
xiv
Lista de Abreviaturas e símbolos
DL distonia laríngea
dp desvio padrão da frequência fundamental
DP doença de Parkinson
ELA Esclerose Lateral Amiotrófica
ELAb Esclerose Lateral Amiotrófica com predomínio dos sintomas bulbares
Fmáx frequência fundamental máxima
Fmín frequência fundamental mínima
F2 magn magnitude da variação do segundo formante
F2 rate velocidade da variação do segundo formante
F2 reg regularidade das variações do segundo formante
F2 aver valor médio do segundo formante
GC≤45 anos grupo controle com idade menor ou igual a 45 anos
GC>45 anos grupo controle com idade maior que 45 anos
Jitter RAP perturbação média relativa da variabilidade da frequência no período
MDVP Multi-Dimensional Voice Program
Matr magnitude da amplitude do tremor
Mftr magnitude da frequência do tremor
MG Miastenia Gravis
shimmer APQ quociente de perturbação da amplitude
st semitons
TE tremor essencial vocal
VcD Vivendo com Disartria
vF0 (%) coeficiente de variação da frequência fundamental
ROC Receiver Operating Characteristic
xv
Resumo
A caracterização típica das disartrias, combinada pelos dados perceptivos e acústicos,
oferece melhor informação quanto às habilidades neuromotoras da fala e a efetividade
comunicativa e pode ser complementada com dados sobre o impacto do transtorno da fala na
qualidade de vida do paciente para customizar a reabilitação. O objetivo deste trabalho foi
caracterizar diversas disartrias com medidas perceptivo-auditivas, acústicas da voz e fala e
protocolo de autoavaliação. Participaram 106 indivíduos, de ambos os sexos, divididos em distonia
laríngea (DL), esclerose lateral amiotrófica (ELA) e esclerose lateral amiotrófica com predomínio
de sintomas bulbares (ELAb), Miastenia Gravis (MG), doença de Parkinson (DP), tremor essencial
vocal (TE) e dois grupos controle até e acima de 45 anos. Todos tiveram a gravação da vogal “a” e
do ditongo “iu” em condições recomendadas, além do preenchimento do protocolo Vivendo com
Disartria. Os dados foram analisados com uso da escala analógico visual e dos programas Multi-
Dimensional Voice Program, Kay Elemetrics e Vox Metria, CTS Informática. Os resultados
mostraram que o ritmo discriminou o maior número de disartrias dos controles e a disartria por
distonia laríngea diferenciou-se no maior número de variáveis, exceto na integridade articulatória.
A variabilidade da frequência fundamental em semitons diferenciou todos os disártricos dos
respectivos controles, seguida pelo coeficiente de variação da frequência fundamental, em % e o
desvio padrão da frequência fundamental. As variáveis estabilidade e Mftr apresentam acurácia
satisfatória e melhor sensibilidade. As medidas Matr e ShimmAPQ também têm acurácia
satisfatória, mas melhor especificidade, enquanto a medida variabilidade da F0(st) mostrou boa
acurácia, com estabilidade e sensibilidade boas. O escore total do protocolo Vivendo com Disartria
diferenciou a distonia laríngea da esclerose lateral amiotrófica e da sua variante bulbar, não
apresentou correlação com o grau de desvio da disartria, nem com as variáveis auditivas e
acústicas. Os efeitos na emoção, a insatisfação com a comunicação e a percepção de ajustes que
modificariam a comunicação foram as seções com maior escore nas doenças estudadas. Portanto,
houve correlação entre medidas auditivas e acústicas nas disartrias, com acurácia variada e, o
impacto na comunicação deve ser investigado independentemente do grau de desvio da disartria.
xvi
1
1. INTRODUÇÃO
As disartrias são definidas como alterações na sucessão dos sons resultantes de um
distúrbio no controle neuromuscular dos mecanismos da fala, que podem comprometer as funções
respiração, fonação, ressonância, articulação e prosódia, de forma isolada ou associada (Darley,
Aronson, Brown, 1969 a,b). Estes transtornos complexos da fala (Kent, Weismer, Kent, Vorperian,
Duffy, 1999) interferem em várias funções simultaneamente e tem sido diferentemente classificados
sob diversas perspectivas, tais como de acordo com a etiologia (Ward, Hanson, Berci, 1981),
localização da lesão (Darley, Aronson, Brown, 1969 a), com as características auditivas e acústicas
da voz e da fala (Aronson,1990) ou ainda por aspectos vocais e laríngeos (Ramig, Scherer, 1992).
As classificações facilitam a identificação do tipo de disartria, descrevendo suas manifestações
típicas em cada subsistema da fala; no entanto, não é incomum que os mesmos aspectos
fonoarticulatórios qualitativamente definidos, como por exemplo, voz soprosa ou articulação
imprecisa, estejam presentes em diferentes disartrias (Carrillo, Ortiz, 2007). Os aspectos alterados
da fala e da voz, o prejuízo funcional, a limitação e a restrição da participação em diferentes
atividades poderão variar em sua intensidade dependendo do tipo de disartria (Hartelius, Elmberg,
Holm, Lövberg, Nikolaidis, 2008).
O fonoaudiólogo clínico especialista em voz pode ser um dos primeiros profissionais a ser
contatado pelo paciente, que percebe a interferência dos desvios de voz e fala em sua
comunicação social e profissional. Isto justifica a necessidade de se desenvolver e utilizar tarefas
dirigidas para detecção e categorização destes transtornos, uma vez que algumas disartrias
apresentam comprometimento vocal predominante, com alterações laríngeas e de fala associadas.
O diagnóstico é condição primordial para que o planejamento terapêutico seja feito e haja mais
chances de êxito (Goulart, Chiari, 2007), sendo recomendado o uso de instrumentos validados. A
seleção de tarefas sensíveis e específicas, de fácil administração, deve, então, compor o protocolo
de avaliação das disartrias (Goulart, Chiari, 2007).
Os recursos clínicos fonoaudiológicos disponíveis para a compreensão das disartrias
baseiam-se no tripé: avaliação perceptivo-auditiva, avaliação acústica da voz e fala e autoavaliação
do paciente.
A avaliação clínica geralmente identifica as alterações de voz, ritmo e velocidade de fala,
típicas nas disartrias (Smith, Ramig, 1996). O método mais utilizado para a descrição destas
alterações é a análise perceptivo-auditiva (Murdoch, 2005), que avalia a impressão global da
qualidade vocal e é considerada padrão-ouro na análise das disfonias em geral (Oates, 2009).
Muitas escalas foram utilizadas para analisar as disartrias, com protocolos de até 38 itens da fala e
intervalos de até 13 pontos de desvios (Murdoch, 2005), tornando-se possível caracterizá-las,
estabelecer relações com a fisiologia e o processo neuromuscular subjacente (Darley, Aronson,
Brown, 1975), além de distinguir precisamente sujeitos disártricos de não disártricos e algumas
2
disartrias entre si (Ludlow, Bassich, 1983). A escala analógico-visual, uma recente opção para
avaliação perceptivo-auditiva vocal, foi apresentada como robusta e sem influências de aspectos
culturais (Nawka, Anders, 2005), oferecendo valores de corte para os diferentes graus de alteração
vocal, dieferenciando uma faixa de variabilidade normal da qualidade vocal. Sua utilização na
avaliação das disartrias ainda é ainda insipiente, mas se mostra promissora na distinção das
mesmas (Moraes, Padovani, Madazio, Gielow, Behlau, 2010).
Alterações na qualidade vocal, ritmo, velocidade da fala e articulação interferem na
inteligibilidade da fala que, uma vez reduzida, pode provocar impacto crítico nas habilidades
comunicativas e limitar a participação vocacional, educacional e social do indivíduo (Hustad 2008).
Portanto, caracterizar adequadamente estas alterações pode oferecer condições para uma
reabilitação mais específica e eficaz.
repetir duas vogais combinadas, com transição rápida e rítmica dos pontos articulatórios, avaliando
assim a mobilidade articulatória), foram propostas e o sistema para analisá-las foi considerado
confiável para as alterações vocais nas disartrias (Kent, Weismer, Kent, Vorperian, Duffy, 1999). As
medidas de tremor diferiram vozes de indivíduos normais de pacientes com distonia laríngea e com
doença de Parkinson (Moraes, Padovani, Madazio, Gielow, Behlau, 2010). Já a análise do segundo
formante tem mostrado alta correlação com a percepção da inteligibilidade das vocalizações, e,
portanto, ser um preditivo da inteligibilidade de fala (Deliyski, Gress, 1996). Tais medidas foram
consideradas indicadores sensíveis do comportamento motor da fala (Deliyski, Gress, 1996).
Quando os dados acústicos são combinados aos dados perceptivos e fisiológicos, pode-se
obter uma melhor informação quanto às habilidades neuromotoras da fala e a efetividade
comunicativa do paciente (Orlikoff,1992).
A caracterização típica das disartrias, tradicionalmente delineada pela combinação de
dados perceptuais e acústicos, tem sido complementada há algumas décadas pela busca da
compreensão do impacto do transtorno da fala na qualidade de vida do paciente. Este dado é
fundamental para elucidar o real comprometimento da comunicação em diversas situações, além
de possibilitar a customização de programas de reabilitação. Esta preocupação com a percepção
do paciente tem como base a classificação da Organização Mundial de Saúde em deficiências,
incapacidades e desvantagens, atualmente revisada como Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) que define os componentes da saúde e do bem-estar
em saúde, tais como educação e trabalho (Farias, Buchalla, 2005). A partir desta nova visão e
classificação de saúde, vários protocolos de qualidade de vida foram desenvolvidos relacionados a
doenças específicas. Para a área dos transtornos motores da fala, o protocolo “Vivendo com
Disartria” (Puhl, Diaferia, Padovani, Behlau, 2009) pontua o grau de interferência das alterações do
paciente em diversas situações, dos níveis cognitivos ao fonoarticulatório da comunicação,
passando por aspectos ambientais, sociais e emocionais.
Uma seleção cuidadosa dos testes proverá informações mais apuradas e a avaliação mais
apropriada dos resultados. Determinar o melhor teste diagnóstico requer habilidade para buscar
evidências que descrevam a acurácia e a interpretação dos resultados (Fritz, Weinner, 2001). A
seleção de instrumentos de avaliação e diagnóstico clínico deve ser criteriosa, pois estes diferem
dos instrumentos de rastreamento em relação a seus objetivos e critérios de elegibilidade. Para
ambos os casos, a sensibilidade e a especificidade são indicativas da precisão de um instrumento
de avaliação, seja para rastreamento ou diagnóstico. Contudo, é importante levar em consideração
a reprodutibilidade, tempo para realização do teste ou exame e preparação prévia do paciente
(Goulart, Chiari, 2007).
4
Desta maneira, a investigação das características das propriedades dos recursos clínicos
disponíveis ao fonoaudiólogo para identificação e descrição das disartrias poderá favorecer a
melhor compreensão de suas bases fisiológicas e projetar uma intervenção mais eficaz.
5
1.1. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Caracterizar as disartrias na distonia focal laríngea adutora (DL), doença de Parkinson (DP),
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Esclerose Lateral Amiotrófica de predomínio de sintomas
bulbares (ELAb), Miastenia Gravis (MG), e no tremor essencial vocal (TE), por meio de avaliação
perceptivo-auditiva, medidas acústicas da voz e fala e protocolo de autoavaliação da disartria e
identificar quais variáveis discriminam disártricos e não disártricos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
2. REVISÃO DA LITERATURA
de fala, reduzindo-a (Smith, Ramig, 1996), o que demonstra a interação entre os subsistemas da
fala.
Carrillo e Ortiz (2007) utilizaram a avaliação clínica e acústica para descrever as disartrias
flácidas, espástica, hipocinéticas, hipercinéticas, mistas e com comprometimento do neurônio motor
unilateral, avaliando tipo de voz, ressonância, loudness, pitch, ataque e estabilidade vocal. A
instabilidade vocal esteve presente em todos os tipos de disartria estudadas e outras
características, como voz rouca, soprosa e tensa, loudness reduzida e ressonância laringo-
faríngea, foram os mais encontrados nessa caracterização. O ataque vocal não se mostrou
alterado, sendo classificado como isocrônico.
Outros estudos caracterizaram os transtornos motores da fala, com protocolos clínicos,
entre eles, Ribeiro, Ortiz (2009) analisaram sessenta protocolos de disartria, encontrando o
predomínio das seguintes características: ciclos respiratórios curtos, voz rouca, hipernasal,
alteração moderada a grave de articulação, discreta alteração de prosódia e velocidade lenta de
fala nos tipos de disartria mais observados, a saber, disartria do neurônio motor unilateral e flácida.
Para a avaliação clínica recomenda-se o uso de tarefas específicas para a disartria. Em
artigo de revisão, Kent e Kent (2000) descreveram que as tarefas tipicamente utilizadas na
avaliação das disartrias são: fonação de vogal sustentada, repetição de sílaba, leitura de texto e
conversação. Tais tarefas permitem classificar o tipo da disartria, descrever subgrupos e variações
individuais e indicam a possível fisiopatologia nos subsistemas da produção da fala. A tarefa direta
e simples da emissão prolongada da vogal sustentada isola o sistema respiratório-fonatório da fala
e oferece vantagens para a análise perceptivo-auditiva e acústica. As tarefas de vogal sustentada e
diadococinesia tem mínima interferência da língua e podem ter um valor universal no estudo da
disartria (Kent e Kent, 2000).
A escala analógico-visual pode ser utilizada na mensuração do grau de diversos aspectos
tais como, qualidade vocal e seus tipos (rugosa, soprosa, tensa, etc), desvios de pitch, loudness,
ressonância, estabilidade, entre outros. Moraes, Padovani, Madazio, Gielow, Behlau (2010)
avaliaram a estabilidade da emissão em jovens e idosos sadios, parkinsonianos e sujeitos com TE,
correlacionando a avaliação do desvio da estabilidade por meio da escala analógico-visual com a
análise acústica. As autoras encontraram, na escala analógico-visual, valores médios de 20,4mm
para os jovens, 39,6mm para os idosos, 58mm para os parkinsonianos e 90,4mm para os sujeitos
com tremor. Esta avaliação confirmou os dados da análise acústica, que utilizou medidas de
tremor.
Embora a avaliação perceptivo-auditiva seja a análise mais comumente empregada na
clínica e na pesquisa, a confiabilidade intra e inter-avaliadores é flutuante entre as pesquisas e os
fatores de discordância podem ser resultado dos métodos utilizados para coletar as avaliações e
não problemas nas habilidades perceptivas ou inconsistência dos juízes (Kreiman, Gerrat, Ito,
2007, Patel, Shrivastav,2007). Recentemente, Kelchner, Brehm, Weinrich, Middendorf, de Alarcon,
9
Levin, Elluru (2010) quantificaram a confiabilidade intra e inter-sujeitos, em avaliação auditiva por
fonoaudiólogos experientes em pacientes pediátricos. Observaram que o grau de concordância
variou de acordo com o parâmetro, com valor muito pobre para tensão. Já para o grau geral do
desvio da qualidade vocal, entre outros aspectos, a associação foi moderadamente forte.
Concluem, então, que algumas características perceptivas podem aumentar a variabilidade de
análise de ouvintes especialistas, principalmente quando avaliadas em conjunto e nos casos de
disfonia com fonte sonora vibratória instável.
Dentre os atributos qualitativos, novos critérios para a inteligibilidade de fala foram testados,
como a influência da redução da velocidade articulatória e o acréscimo da intensidade da fala nos
escores de inteligibilidade em tarefas com palavras, frases e pseudopalavras. Em relação à
intensidade e velocidade, não houve interferência de nenhum dos dois na inteligibilidade,
reforçando que as pistas contextuais exercem mais efeito sobre a inteligibilidade da fala que as
informações independentes do sinal acústico (Barreto e Ortiz, 2008). O efeito do controle na
velocidade de fala, velocidade articulatória e inteligibilidade, também foram verificados utilizando-se
sete mecanismos. Apesar de vários estudos considerarem a relação entre a velocidade de fala e a
inteligibilidade da mesma (Marshall, Karow, 2002; Yorkston, Dowden, Beukelman,1992) o controle
da velocidade não melhorou a inteligibilidade global dos disártricos flácidos, atáxicos, hipocinéticos
e de comprometimento do neurônio motor superior unilateral, contudo um aumento significativo da
inteligibilidade foi encontrado em cinco dos dezenove participantes, indicando que o efeito do
controle da velocidade na inteligibilidade é independente da velocidade habitual de fala e do tipo de
disartria. Os métodos para controlar a velocidade resultam na redução da velocidade de fala e no
controle da velocidade pode ter efeito inverso na inteligibilidade (Nuffelen, De Bodt, Wuyts, Van de
Heyning, 2009).
A limitação da inteligibilidade de fala pode ter impacto crítico nas habilidades comunicativas
e pode comprometer a participação vocacional, educacional e social. Para a avaliação deste
aspecto, além dos fatores diretamente relacionados à amostra de fala a serem analisados,
aspectos relacionados aos avaliadores também devem ser considerados. A compreensão dos
ouvintes foi correlacionada com os escores das transcrições de inteligibilidade nos vários graus de
disartria da paralisia cerebral. No entanto, não houve relação entre escores de inteligibilidade e os
de compreensão dos ouvintes (Hustad,2008).
Duffy (2008), em artigo de atualização sobre os transtornos motores da fala, ressalta a
importância das pesquisas clínicas para melhorar a capacidade diagnóstica e comenta que, apesar
da contribuição das medidas acústicas e fisiológicas, as conclusões extraídas da avaliação
perceptivo-auditiva da fala são o padrão-ouro. No entanto, a avaliação perceptivo-auditiva
caracteriza, mas não discrimina os diversos transtornos. A especificidade da avaliação clínica é
prejudicada devido a presença de características que não são exclusivas para determinadas
10
doenças, como por exemplo, a lentidão ou a alteração do ritmo na repetição de sílabas (Portnoy,
Aronson, 1982).
Chiari e Goulart (2007), em análise sobre instrumentos de avaliação na Fonoaudiologia,
citam dois objetivos distintos que cabe ressaltar na seleção de testes para triagem ou avaliação: a
acurácia e a precisão. A acurácia se refere à capacidade de uma medida ser correta na média.
Quando a medida não é acurada, é viciada. A precisão, também conhecida como reprodutibilidade
ou confiabilidade, é a capacidade de a medida dar o mesmo resultado (ou um resultado muito
semelhante) nas medições repetidas de um mesmo fato. As autoras distinguem testes de
rastreamento, que são testes com habilidade em categorizar adequadamente os indivíduos com
sintomas "pré-clínicos", nos quais a sensibilidade e especificidade devem ser altas, dos testes
diagnósticos. Estes são mais precisos e com maior detalhamento em relação ao agravo ou doença
relacionada, agregam informação que contribui para o planejamento terapêutico e complementam
o diagnóstico, portanto a especificidade deve ser alta. A atenção à confiabilidade, sensibilidade e
utilizada deve também ser considerada na seleção de instrumentos para a avaliação dos
resultados terapêuticos (Carding, Wilson, Mackenzie, Deary, 2009).
Avaliação acústica
A análise acústica, sempre complementar à auditiva, auxilia na quantificação dos dados e
nas descrições das correlações dos julgamentos perceptivos de inteligibilidade de fala, qualidade
vocal e tipo de disartria (Carrillo, Ortiz, 2007). Os principais objetivos da sua aplicação nas doenças
neurológicas são: contribuir para o diagnóstico de diferentes subsistemas neurológicos;
documentar a degeneração progressiva de uma doença neurológica, além de identificar
manifestações subclínicas da mesma (Amir, Dukas, Shnaps-Baum, 2005; Deliyski, Evans, Shaw,
2005; Urban, Rolke, Wicht, Keilmann, Stoeter, Hopf, Dieterich, 2006).
Duffy (2008) comenta que medidas fisiológicas e acústicas podem enriquecer a avaliação
da disartria, proporcionando apoio e pistas para o diagnóstico. Apesar de promissora, a análise
acústica requer cuidados (Titze, 1995), pois algumas vezes os programas, mesmo com medidas
específicas para as disartrias (Motor Speech Profile – MDVP), não conseguem avaliar todas as
emissões, chegando a perder até 30% da amostra, limitando a aplicação clínica (Wang, Kent,
Duffy, Thomas, 2009). Além da impossibilidade da análise em uma parte da amostra, deve-se
atentar, também, para a aplicabilidade das medidas, pois para algumas sugeridas para as
disartrias, como as medidas de tremor, do programa MDVP, da Kay Elemetrics, a consistência
apresentou-se baixa, na avaliação de indivíduos sadios. Porém, a consistência entre a análise de
várias emissões do mesmo sujeito mostrou-se alta para medidas da frequência fundamental e
aceitável para medidas de perturbação de frequência e amplitude, ruído, subharmônicos e
irregularidades vocais. Os resultados para shimmer foram mais consistentes que para jitter
(González, Cervera, Miralles, 2002).
11
Protocolos de autoavaliação
A determinação da intensidade de uma disartria pode ser presumida por critérios subjetivos
e objetivos. No entanto, o impacto deste transtorno na qualidade de vida de um disártrico só pode
ser mensurado pelo próprio paciente. A relevância desta informação poderá modificar a
reabilitação, tornando-a mais eficiente.
A Organização Mundial de Saúde tem como uma de suas missões produzir classificações
em vários campos da saúde, a fim de facilitar a formação de base de dados, levantamentos e
análises. Para as condições de saúde relacionadas às doenças, transtornos ou lesões, temos o
CID-10. Porém, a necessidade de conhecer o que acontece com os pacientes após o diagnóstico,
com o decorrer do tempo, em relação às doenças crônicas e aos acidentes, torna-se cada vez mais
importante para a área da saúde. O modelo da CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde) substitui o enfoque negativo da deficiência e da incapacidade por uma
perspectiva positiva, considerando as atividades que um indivíduo que apresenta alterações de
função e/ou da estrutura do corpo pode desempenhar, assim como sua participação social. A CIF
representa uma mudança de paradigma para se pensar e trabalhar a deficiência e a incapacidade,
constituindo um instrumento importante para avaliação das condições de vida e para a promoção
14
de políticas de inclusão social. A partir desta nova classificação, uma série de protocolos foram
desenvolvidos em relação à qualidade de vida e o transtorno de saúde (Farias, Buchalla, 2005).
Para as disartrias, foi proposto um questionário de autoavaliação, denominado “Living with
Diysarthria” (Hartelius, Elmberg, Holm, Lövberg, 2008), com o objetivo de detectar as dificuldades
de fala auto-referidas pelo paciente disártrico. Este protocolo pode ajudar o clínico a identificar
situações nas quais o paciente necessite de instrução ou suporte para melhorar a inteligibilidade de
fala. O protocolo compreende cinquenta questões, divididas em 10 seções, que abordam aspectos
desde a identificação de dificuldades específicas na produção da fala e voz até a interferência de
questões comportamentais, sociais e ambientais. Neste estudo, destacaram as afirmações que
foram respondidas com “parcialmente e totalmente verdadeiro” por mais de 50% dos sujeitos
estudados. De forma geral, as dificuldades estavam relacionadas à restrição de participação na
comunicação, possibilidade de participar ativamente em estudos e no trabalho e expressar a
personalidade, além da relação com a emoção e o número de familiares em situações
comunicativas. Os autores verificaram que o grau de dificuldade foi variado e não se correlacionou
com idade, sexo, diagnóstico, duração da doença ou emprego. A intensidade da disartria não pode
predizer a extensão da percepção das dificuldades de comunicação.
Este questionário foi traduzido e adaptado culturalmente por Puhl, Diaferia, Padovani,
Behlau (2009), denominado “Vivendo com Disartria”, e aplicado em 32 sujeitos com DP, com grau
moderado da disartria. Encontraram o valor médio de 170 pontos, sem relação com a intensidade
da disartria. Os pacientes apontaram consequências dessa disartria em vários aspectos da
comunicação.
15
3. MÉTODO
A presente pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNIFESP sob protocolo
1885/08, foi desenvolvida no Departamento de Fonoaudiologia da UNIFESP, no Setor de Laringe e
Voz do Departamento de Otorrinolaringologia da UNIFESP, no Setor de Doenças Neuromusculares
do Departamento de Neurologia da UNIFESP, no Serviço de Fonoaudiologia da Associação Brasil
Parkinson – ABP para a coleta de dados, e do Centro de Estudos da Voz - CEV, para a análise
acústica computadorizada.
Participaram do estudo 106 indivíduos, de ambos os sexos, divididos em 8 grupos, seis
experimentais e dois controles. Os seis grupos experimentais compreenderam 13 indivíduos com
DL, 4 homens e 9 mulheres, entre 31 e 80 anos, média 58,69; 12 com ELA, 6 homens e 6
mulheres, entre 41 e 77 anos, média 58,25; 8 com ELAb, 4 homens e 4 mulheres, entre 42 e 67
anos, média 57,88; 8 com MG, 1 homem e 7 mulheres, entre 17 e 54 anos, média 37,25; 17 com
DP, 14 homens e 3 mulheres, entre 54 e 84 anos, média 72,53; e 10 com TE, 2 homens e 8
mulheres, entre 36 e 88 anos, média 66,40. Os dois grupos controle foram divididos em idade até
45 anos (grupo controle ≤ 45/ GC≤45), com 23 sujeitos, 12 homens e 11 mulheres, média 29,52; e
o outro a partir de 46 anos (grupo controle > 45/ GC>45), com 15 sujeitos, sendo 10 mulheres e 5
homens, média 61,00 (Tabelas 1). A análise estatística por meio do Teste de Kruskal‐Wallis e do Teste
de Mann‐Whitney, ajustado pela Correção de Bonferroni, mostrou que o grupo controle ≤ 45 anos não
apresentou diferença estatística quanto à idade quando comparado com o grupo MG, ocorrendo o
mesmo com o grupo controle > 45 anos e os grupos DL, ELA, ELAb, DP e TE (Tabela 2).
Variável X X X X X X
MG DL ELA ELAb DP TE
Procedimentos
Behlau (2009), do original “Living with Dysarthria”, de Hartelius, Elmberg, Holm, Lövberg, Nikolaidis
(2008), com 50 questões divididas em 10 seções, que abordam o impacto da disartria em
diferentes situações relacionadas à comunicação, graduadas em até 6 pontos na escala de Likert
(Anexo 3).
Para a análise das amostras, estas foram editadas no programa Sound Forge 4.5 da Sony
com o mínimo de um segundo de duração e o máximo de três, eliminados o ataque vocal e o final
da emissão, quando apresentavam crepitação. Tais amostras passaram por uma classificação
quanto ao grau da disartria e por duas análises, perceptivo-auditiva e acústica computadorizada.
Para a classificação do grau da disartria, uma fonoaudióloga especialista em voz, com mais
de 5 anos de experiência em transtornos neurológicos, avaliou toda a amostra editada e
randomizada, sem a identificação da presença ou tipo de doença, por meio de análise perceptivo-
auditiva das emissões da vogal “a” e do ditongo “iu”. Os critérios utilizados foram os mesmos do
protocolo da Mayo Clinic (Duffy,1995), a saber, pitch, loudness, qualidade vocal, ressonância e
pressão intra oral, inteligibilidade, respiração, prosódia e articulação. Sendo assim, a juíza
classificou o grau de disartria atribuindo uma nota de zero a 4, significando ausência de disartria
para a nota zero, disartria leve para a nota 1, disartria moderada para a nota 2, disartria intensa
para a nota 3 e disartria extrema para a nota 4 (Tabela 3).
Grupo n Média Dp
Controle ≤ 45 anos 23 0,22 0,00
Controle > 45 anos 15 0,40 1,00
DL 13 3,15 0,85
ELA 12 1,83 1,40
ELAb 8 3,25 0,46
MG 8 1,38 1,75
DP 17 1,29 2,00
TE 10 3,0 4,00
Total 106 1,81 3,00
n= número de sujeitos avaliados no grupo
19
Controle ≤ 45 Controle ≤ 45 Controle > 45 Controle > 45 Controle > 45 Controle > 45 Controle > 45
X X X X X X X
Controle > 45
MG DL ELA ELAb DP TE
grau
disartria
0,587 <0,001 <0,001 0,003 <0,001 0,002 <0,001
O desvio na estabilidade vocal pode ser verificado na avaliação auditiva pela observação de
flutuações na frequência e intensidade durante a sustentação do som (Behlau, Madazio, Feijó,
Pontes, 2001). Na escala analógica visual, os valores de estabilidade dentro da normalidade foram
20,4mm para os jovens e 39,6mm para os idosos (Padovani, Moraes, Madazio, Lorenzon, Korn, de
Biase, 2010)
A integridade articulatória relaciona-se aos ajustes motores adequados para a produção dos
sons da fala. Normal, preciso, indiferenciado, travado ou exagerado podem ser os tipos
articulatórios observados em uma avaliação clínica (Behlau, Madazio, Feijó, Pontes, 2001).
A velocidade de fala é o número de palavras por minuto. Pode apresentar-se normal,
aumentada, reduzida, excessivamente variada (Behlau, Madazio, Feijó, Pontes, 2001).
Não há referência na literatura dos valores normativos para ritmo, integridade articulatória e
velocidade de fala, avaliados pela escala analógica visual.
Para a análise acústica dos dados foram utilizados dois programas, a saber: programa Sona
Speech, CSL – Computadorized Speech Laboratory, modelo 4300 B, da Kay Elemetrics, nos
módulos Multi-Dimensional Voice Program - MDVP e Motor Speech Profile e programa Voxmetria,
CTS Informática, módulo Análise de Voz.
O Multi-Dimensional Voice Program – MDVP (Figura1), extraiu os valores das medidas
acústicas seguintes, a partir da análise da vogal “a” sustentada: F0 (média da frequência
fundamental em todo o período, em Hz); Fmáx (maior frequência fundamental em todo o período,
em Hz); Fmín (menor frequência fundamental em todo o período, em Hz); dp (desvio-padrão da
frequência fundamental dentro da amostra analisada, em Hz); vF0 (coeficiente de variação da
frequência fundamental, em %); jitter RAP (medida de perturbação de longo termo que representa
a perturbação média relativa extraída da avaliação da variabilidade do período nivelado em 3
períodos, em %); shimmer APQ (quociente de perturbação da amplitude, em %). O programa não
oferece dados normativos para F0, Fmín, Fmáx e dp. Os dados normativos oferecidos pelo
programa são 1,10% para vf0; 0,68% para RAP, e 3,07% para APQ.
No módulo Motor Speech Profile foram avaliadas as medidas de tremor (Figura 2), também
por meio da vogal “a”. Se a amplitude do tremor ou o tremor da frequência fundamental está
presente na emissão, o traçado mostra modulações e características que incluem a magnitude
destas variações, a média e a periodicidade das modulações. A extração destes parâmetros tem
se mostrado indicador sensível do comportamento motor da fala (Deliyski, Gress, 1996). Os
parâmetros selecionados para análise referentes às medidas de tremor foram: Mftr(%)- magnitude
da frequência do tremor; Matr(%)- magnitude da amplitude do tremor. Seus valores normativos são
0,386% para mulheres e 0,367% para homens em Mftr e 2,251% para mulheres e 1,669% para
homens em Matr.
Foram avaliadas também as medidas de transição do segundo formante, por meio das
amostras do seguimento “iu”. Para esta avaliação, foi necessária uma nova edição das amostras
de “iu”, para adequação da faixa de gravação para 11250Hz, 16bits. Esta edição foi realizada no
gravador de som do Windows no mesmo computador utilizado para a gravação das vozes. A
análise da transição do segundo formante mede a habilidade do paciente em repetir duas vogais
combinadas, a saber, “i” e “u”, de modo rápido e rítmico. As duas vogais tem posicionamentos
21
diferentes de língua e lábios, justamente o que gera a diferença na produção dos valores dos
formantes. Esta análise consiste na habilidade do paciente em realizar a transição dos pontos
articulatórios sem a presença de uma vogal neutra, avaliando assim a mobilidade articulatória
(Deliyski, Gress,1996).
Figura 2 – Telas de análise do Protocolo Análise de voz e tremor, no Módulo Motor Speech Profile
O programa Voxmetria, da CTS Informática (Figura 4), foi utilizado para extrair os valores da
variabilidade da F0, em semitons. Para a análise acústica realizada neste programa foram criados
dois clientes, um para avaliar as vozes femininas e outro, as masculinas, no módulo Análise Vocal.
A mesma vogal /a/ analisada no programa Sona Speech, CSL, foi importada e a faixa de
amostragem automaticamente convertida de 44100Hz para 22050Hz. A amostra foi analisada e os
resultados apresentados em relatório estatístico.
vogal “a”: MDVP: F0, F0 min e Max, Var F0, APQ, PPQ
7. Análise estatística
25
4. RESULTADOS
O Quadro 3 apresenta um resumo das variáveis com diferença estatística entre controles e
experimentais.
26
Desvio-
Média Significância
Variável Grupo N padrão
(mm) (p)
(mm)
Grupo controle ≤ 45 anos 23 27,74 13,45
Grupo controle > 45 anos 12 31,83 11,79
Distonia laríngea 14 84,57 14,17
Qualidade Esclerose lateral amiotrófica 12 53,17 20,26
Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
vocal
Bulbar 8 65,5 28,97
Miastenia Gravis 8 46,75 20,35
doença de Parkinson 17 50,71 15,93
Tremor essencial vocal 7 74,57 16,81
Grupo controle ≤ 45 anos 23 22,13 17,2
Grupo controle > 45 anos 12 30,92 14,92
Distonia laríngea 14 73,93 23,15
Esclerose lateral amiotrófica 12 44,67 17,08
Estabilidade Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
Bulbar 8 59,25 18,13
Miastenia Gravis 8 39,5 24,06
doença de Parkinson 17 32,82 20,44
Tremor essencial vocal 7 68,86 15,38
Grupo controle ≤ 45 anos 23 9,35 12,58
Grupo controle > 45 anos 12 6 10,23
Distonia laríngea 14 46,29 31,45
Esclerose lateral amiotrófica 12 32,42 30,04
Ritmo Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
Bulbar 7 58,43 24,39
Miastenia Gravis 8 12,5 21,13
doença de Parkinson 17 27,82 19,85
Tremor essencial vocal 6 54,83 21,12
Grupo controle ≤ 45 anos 23 0,74 2,16
Grupo controle > 45 anos 12 0,67 2,31
Distonia laríngea 14 4,93 6,46
Integridade Esclerose lateral amiotrófica 12 15,42 23,9
Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
articulatória
Bulbar 7 64,57 28,46
Miastenia Gravis 8 9,5 16,75
doença de Parkinson 17 9,88 21,41
Tremor essencial vocal 6 17 20,04
Grupo controle ≤ 45 anos 23 11,04 12,71
Grupo controle > 45 anos 12 12 11,69
Velocidade da Distonia laríngea 14 54,07 23,98 < 0,001
fala
Esclerose lateral amiotrófica 12 47,17 29,97
Esclerose lateral amiotrófica
Bulbar 7 62,57 22,54
27
Qualidade vocal:
Grupo controle > 45 anos x DL p< 0,001
Grupo controle > 45 anos x TE p= 0,001
DL x ELA p= 0,001
DL x DP p <0,001
Estabilidade:
Grupo controle > 45 anos x DL p < 0,001
Grupo controle > 45 anos x DP p < 0,001
Ritmo:
Grupo controle > 45 anos x DL p < 0,001
Grupo controle > 45 anos x ELA b p< 0,001
Grupo controle > 45 anos x DP p= 0,001
Grupo controle > 45 anos x TE p= 0,001
Integridade articulatória:
Grupo controle > 45 anos x ELA b p<0,001
DL x ELA b p <0,001
ELA b x DP p <0,001
Velocidade de fala:
Grupo controle > 45 anos x DL p<0,001
Grupo controle > 45 anos x ELA b p<0,001
ELA b x DP p = 0,001
28
Desvio- Significância
Variável Grupo N Média
padrão (p)
Grupo controle ≤ 45 anos 23 177,76 61,28
Grupo controle > 45 anos 15 183,48 47,57
Distonia laríngea 13 352,92 174,37
Esclerose lateral amiotrófica 12 214,33 71,16
Fmáxima (Hz) Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
Bulbar 8 246,6 105,11
Miastenia Gravis 8 308,25 160,45
Parkinson 17 199,88 128,08
Tremor essencial vocal 10 283,44 69,16
Grupo controle ≤ 45 anos 23 145,66 49,98
Grupo controle > 45 anos 15 139,42 36,75
Distonia laríngea 13 92,56 27,44
Esclerose lateral amiotrófica 12 113,6 32,67
Fmínima (Hz) Esclerose lateral amiotrófica 0,005
Bulbar 8 110,1 26,11
Miastenia Gravis 8 152,32 43,39
Parkinson 17 122,76 46,52
Tremor essencial vocal 10 133,46 39,33
Grupo controle ≤ 45 anos 23 4,02 6,46
Grupo controle > 45 anos 15 3,17 1,39
Distonia laríngea 13 47,55 33,62
Aplicação do Teste de Mann‐Whitney, ajustado pela Correção de Bonferroni, para identificar as diferenças
entre os grupos, quando comparados par a par:
Desvio- Significância
Variável Grupo N Média
padrão (p)
Grupo controle ≤ 45 anos 22 0,56 0,75
Grupo controle > 45 anos 14 0,72 0,59
Distonia laríngea 13 7,84 7,56
Esclerose lateral amiotrófica 12 1,27 1,04
Mftr (%) Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
Bulbar 8 2,37 2,14
Miastenia Gravis 8 2,22 2,5
Parkinson 16 1 0,64
Tremor essencial vocal 10 5,31 2,53
Grupo controle ≤ 45 anos 22 1,97 1,85
Grupo controle > 45 anos 14 1,53 0,67
Distonia laríngea 13 10,36 8,18
Esclerose lateral amiotrófica 12 5,06 4,04
Matr (%) Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
Bulbar 8 6,7 4,91
Miastenia Gravis 8 1,72 1,3
Parkinson 16 4,09 1,92
Tremor essencial vocal 10 11,05 8,16
Mftr (%): Magnitude da frequência de tremor
Matr (%): Magnitude da amplitude do tremor
Mftr (%):
Grupo controle > 45 anos x DL p<0,001
Grupo controle > 45 anos x TE p< 0,001
DL x ELA p<0,001
DL x DP p <0,001
DP x TE p <0,001
ELA x TE p <0,001
Matr (%):
Grupo controle > 45 anos x DL p<0,001
Grupo controle > 45 anos x ELA p= 0,001
Grupo controle > 45 x ELA b p= 0,001
Grupo controle > 45 anos x DP p < 0,001
Grupo controle > 45 anos x TE p < 0,001
31
Desvio- Significância
Variável Grupo N Média
padrão (p)
Grupo controle ≤ 45 anos 20 604,48 126,58
Grupo controle > 45 anos 15 617,52 152,85
Distonia laríngea 11 570,74 132,06
Esclerose lateral amiotrófica 9 617,22 135,85
F2 magn (Hz) Esclerose lateral amiotrófica 0,003
Bulbar 7 313,14 146,68
Miastenia Gravis 6 638,05 116,53
Parkinson 17 500,46 109,45
Tremor essencial vocal 8 566,33 192,14
Grupo controle ≤ 45 anos 20 1,88 0,32
Grupo controle > 45 anos 15 1,86 0,44
Distonia laríngea 9 1,77 0,44
Esclerose lateral amiotrófica 8 1,76 0,39
F2 rate (/s) Esclerose lateral amiotrófica 0,151
Bulbar 5 1,55 0,28
Miastenia Gravis 6 1,87 0,65
Parkinson 17 2,07 0,35
Tremor essencial vocal 8 1,7 0,41
Grupo controle ≤ 45 anos 20 89,13 12,57
Grupo controle > 45 anos 15 89,1 10,73
Distonia laríngea 9 82,09 15,24
Esclerose lateral amiotrófica 8 93,66 7,28
F2 reg (%) Esclerose lateral amiotrófica 0,005
Bulbar 5 94,45 6,84
Miastenia Gravis 6 88,14 13,19
Parkinson 17 87,53 8,72
Tremor essencial vocal 8 72,07 14,48
Grupo controle ≤ 45 anos 20 1776,14 220,38
Grupo controle > 45 anos 15 1778,22 301,36
Distonia laríngea 11 1778,45 342,49
Esclerose lateral amiotrófica 9 1664,87 267,46
F2 aver (Hz) Esclerose lateral amiotrófica 0,107
Bulbar 7 1565,65 247,73
Miastenia Gravis 6 1930,27 299,77
Parkinson 17 1632,38 193,9
Tremor essencial vocal 8 1764,7 491,15
F2 magn (Hz): magnitude da variação do segundo formante F2 reg (%): regularidade das variações do segundo formante
F2 rate (s): velocidade da variação do segundo formante F2 aver (Hz): valor médio de segundo formante na vocalização
32
Desvio- Significância
Variável Grupo N Média
padrão (p)
Grupo controle ≤ 45 anos 23 1,09 0,29
Grupo controle > 45 anos 15 1,33 0,49
Distonia laríngea 13 9,23 5,46
Esclerose lateral amiotrófica 12 3,58 1,83
Semitons (st) Esclerose lateral amiotrófica < 0,001
Bulbar 8 6,88 3,52
Miastenia Gravis 8 4 3,38
Parkinson 17 5,18 4,38
Tremor essencial vocal 10 6,8 3,91
Variáveis r p
Qualidade vocal x grau disartria 0,731 ´0,000`
Qualidade vocal x dp F0 0,641 ´0,000`
Qualidade vocal x RAP 0,633 ´0,000`
Qualidade vocal x vF0 (%) 0,649 ´0,000`
Qualidade vocal x APQ 0,659 `0,000´
Qualidade vocal x Mftr 0,692 ´0,000`
Qualidade vocal x Matr 0,642 `0,000`
Qualidade vocal x vF0 (St) 0,669 ´0,000`
Estabilidade x grau da disartria 0,674 ´0,000`
Estabilidade x Qualidade vocal 0,689 ´0,000`
Estabilidade x Mftr 0,602 ´0,000`
Estabilidade x vF0 (St) 0,605 ´0,000`
Ritmo x grau disartria 0,643 ´0,000`
Velocidade x grau da disartria 0,835 ´0,000`
Velocidade x qualidade vocal 0,694 ´0,000`
vF0 (St) x dp F0 0,672 ´0,000`
vF0 (St) x vF0 (%) 0,715 `0,000´
vF0 (St) e Mftr 0,675 `0,000´
34
Tabela 13 - Área, erro padrão, significância e intervalos de confiança da variável shimmer APQ
Tabela 17. Escore total do protocolo Vivendo com Disartria (VcD), de acordo com o transtorno
motor de fala
Desvio-
Grupo Média Mínimo Máximo sig. (p)
padrão
MG 173,00 41,25 118,00 235,00
DL 198,86 43,99 98,00 284,00
DP 149,71 49,76 59,00 230,00
0,001
ELA 113,55 43,20 50,00 191,00
ELAb 199,43 29,65 151,00 240,00
TE 187,80 51,45 108,00 272,00
Total 167,70 53,25 50,00 284,00
DL x ELA p <0,001
ELA x ELA b p = 0,001
42
Tabela 18. Escore médio, desvio-padrão, valores mínimos e máximos de cada seção do protocolo
Vivendo com Disartria
Desvio-
Seções Grupo Média Mínimo Máximo Sig. (p)
padrão
MG 15,75 4,4 8 21
DL 20,36 4,89 12 26
DP 16,82 6,33 5 25
1. Problemas 0,013
relacionados à fala ELA 13,27 5,12 5 21
ELAb 21,57 4,35 16 27
TE 18,6 4,5 11 25
Total 17,61 5,66 5 27
MG 16,75 6,41 9 30
DL 16,21 6,48 7 30
2. Problemas de DP 14,59 5,81 5 27
0,009
comunicação na ELA 9,73 5 5 19
linguagem/cognição
ELAb 10,71 4,79 5 16
TE 18,2 5,49 9 27
Total 14,52 6,28 5 30
MG 16 5,88 10 25
DL 20,93 5,2 9 30
3. Problemas de DP 13,35 5,92 5 22
0,002
comunicação por ELA 9,27 5,53 5 22
cansaço
ELAb 17,71 6,82 5 25
TE 18,1 8,47 5 29
Total 15,75 7,18 5 30
MG 19,63 5,61 11 28
DL 23,71 5,3 9 30
DP 17,06 6,56 6 30
4. Efeitos na 0,002
emoção ELA 12,82 6,11 5 22
ELAb 21,57 7,74 5 29
TE 21,2 6,37 11 29
Total 19,15 7,03 5 30
MG 17,75 7,09 5 27
DL 19,14 6,25 10 30
DP 12,12 6,54 5 27
5. Efeitos nas 0,001
pessoas ELA 8,36 5,94 5 21
ELAb 19,29 4,54 13 26
TE 17,1 7,05 5 25
Total 15,13 7,35 5 30
MG 19,13 4,76 15 29
DL 19,29 6,78 5 30
6. Efeitos nas
situações DP 14,35 7,37 5 28 0,012
ELA 12 7,07 5 26
ELAb 22,86 5,76 14 30
43
TE 20,1 6,23 8 30
Total 17,31 7,29 5 30
MG 15,13 9,08 5 29
DL 21,14 7,58 5 30
DP 12,76 6,39 5 26
0,001
7. Prejuízo de... ELA 9,36 4,93 5 16
ELAb 22,43 8,08 9 30
TE 18,7 6,72 11 30
Total 16,13 8,18 5 30
MG 16,25 4,77 8 23
DL 16,21 4,89 10 25
8. O que você acha DP 15,06 5,39 5 26
que contribui para 0,14
as mudanças em ELA 10,91 4,48 5 18
sua comunicação? ELAb 14 3,83 8 21
TE 16,7 6,53 8 24
Total 14,9 5,31 5 26
MG 20,13 7,04 8 30
DL 18,71 6,51 6 30
9. Como a minha DP 17,18 5,91 5 25
0,053
comunicação está ELA 14,27 6,99 5 23
alterada?
ELAb 24 4 18 30
TE 18,5 4,2 13 24
Total 18,28 6,34 5 30
MG 17,75 4,83 11 23
10. Como você DL 23,14 4,67 15 30
percebe as DP 16,41 5,98 5 26
mudanças no jeito < 0,001
de falar e como você
ELA 13,55 5,63 5 23
tenta mudar sua ELAb 25,29 4,39 17 30
fala? TE 20,6 5,15 12 30
Total 19,06 6,38 5 30
Aplicação do Teste de Mann‐Whitney, ajustado pela Correção de Bonferroni, para identificar as diferenças
entre os grupos, quando comparados par a par:
Total Seção 2
ELA x TE p = 0,003
Total Seção 3
DL x ELA p <0,001
DL x DP p = 0,003
Total Seção 4
DL x ELA p <0,001
Total Seção 5
DL x ELA p = 0,001
ELA x ELA b p = 0,003
Total Seção 7
DL x ELA p = 0,001
ELA x TE p = 0,003
Total Seção 10
DL x ELA p = 0,001
ELA x ELA b p = 0,002
DP x ELA b p = 0,002
44
Tabela 19. Média, dp, valores mínimos e máximos de cada questão do protocolo Vivendo com
Disartria
MG 3,63 1,77 1 6
DL 4,43 0,85 3 6
DP 2,59 1,94 1 6
1.1.Eu fico sem ar 0,005
ELA 2,09 1,51 1 4
quando falo
ELAb 4,14 1,57 1 6
TE 2,3 1,57 1 5
Total 3,13 1,77 1 6
MG 3,13 1,89 1 6
DL 3,86 1,66 1 6
DP 3,47 1,51 1 6
0,198
1.2.Eu fico rouco ELA 2,55 1,86 1 6
ELAb 2,14 1,95 1 5
TE 3,8 1,55 1 5
Total 3,27 1,74 1 6
MG 2,63 1,77 1 5
DL 3,86 1,99 1 6
DP 3,53 2,04 1 6
0,051
1.3.Minha fala é lenta ELA 3,55 1,86 1 6
ELAb 5,29 0,95 4 6
TE 4,8 1,03 3 6
Total 3,87 1,86 1 6
MG 2,63 1,77 1 5
DL 3,57 1,95 1 6
DP 3,41 2 1 6
0,065
1.4.Minha fala é arrastada ELA 2 1,79 1 6
ELAb 4,71 1,8 1 6
TE 3,1 1,91 1 6
Total 3,21 1,97 1 6
MG 3,75 1,91 1 6
DL 4,64 1,28 1 6
1.5.Eu tenho que repetir o DP 3,82 1,47 1 5
0,019
que falo porque as ELA 3,09 1,7 1 5
pessoas não me entendem ELAb 5,29 0,95 4 6
TE 4,6 0,7 4 6
Total 4,13 1,51 1 6
45
Seção 2 – Problemas
Desvio-
de comunicação na Grupo Média Mínimo Máximo Sig. (p)
padrão
linguagem/cognição
MG 3,88 1,96 1 6
DL 3,43 2,07 1 6
2.1.Tenho dificuldade em DP 3,71 1,49 1 5
0,032
achar as palavras para ELA 2,55 1,81 1 5
falar ELAb 1,43 1,13 1 4
TE 4,2 1,32 1 6
Total 3,31 1,82 1 6
MG 4,13 2,03 1 6
DL 4,14 1,92 1 6
DP 2,71 1,96 1 6
0,431
2.2.Minha fala é simples ELA 3 2,37 1 6
ELAb 3,86 2,12 1 6
TE 3,4 1,84 1 6
Total 3,45 2,04 1 6
MG 3,63 2,26 1 6
DL 3,86 1,7 1 6
2.3.Tenho que pensar no DP 2,65 1,62 1 6
que estou falando e como 0,114
ELA 1,91 1,58 1 5
estou dizendo enquanto
falo ELAb 3,43 2,37 1 6
TE 3,5 1,72 1 6
Total 3,1 1,88 1 6
MG 2,38 2 1 6
DL 2,64 2,02 1 6
2.4.Demoro para DP 2,47 1,46 1 5
0,011
compreender uma ELA 1,27 0,91 1 4
informação nova ELAb 1 0 1 1
TE 3,3 1,7 1 6
Total 2,27 1,68 1 6
MG 2,75 1,98 1 6
DL 2,14 1,92 1 6
2.5.Nem sempre DP 3,06 1,56 1 5
0,001
compreendo o que as ELA 1 0 1 1
pessoas me dizem ELAb 1 0 1 1
TE 3,8 1,75 1 6
Total 2,39 1,77 1 6
46
Seção 3 – Problemas
Desvio-
de comunicação por Grupo Média Mínimo Máximo Sig. (p)
padrão
cansaço
MG 3,25 2,49 1 6
DL 4,71 1,44 1 6
DP 2,94 1,75 1 5
3.1.Eu raramente começo 0,004
ELA 1,55 1,21 1 4
uma conversa
ELAb 3,86 2,12 1 6
TE 3,6 1,96 1 6
Total 3,31 1,99 1 6
MG 4,13 2,03 1 6
DL 4,29 1,73 1 6
3.2.Eu evito discussões ou DP 2,47 1,74 1 5
0,026
conversas profundas ou ELA 2,45 2,07 1 6
complicadas ELAb 4,29 2,29 1 6
TE 4,1 1,85 1 6
Total 3,48 2,03 1 6
MG 2,75 1,98 1 6
DL 4,93 1,33 1 6
DP 2,94 1,85 1 6
3.3.Eu evito situações 0,007
ELA 2,27 1,79 1 5
onde tenho que falar
ELAb 4 2,16 1 6
TE 3,5 1,9 1 6
Total 3,42 1,96 1 6
MG 2,75 1,98 1 6
DL 4,57 1,51 1 6
3.4.Faço apenas DP 2,94 1,71 1 5
0,005
pequenos comentários em ELA 2 1,79 1 6
conversas ou discussões ELAb 4,57 1,62 1 6
TE 3,6 1,9 1 6
Total 3,37 1,91 1 6
MG 3,13 1,89 1 6
DL 2,43 1,91 1 6
3.5.Não consigo me DP 2,06 1,44 1 5
concentrar o suficiente 0,004
ELA 1 0 1 1
para acompanhar o que
as pessoas dizem ELAb 1 0 1 1
TE 3,3 1,77 1 6
Total 2,16 1,65 1 6
47
Desvio-
Seção 7 – Prejuízo de... Grupo Média Mínimo Máximo Sig. (p)
padrão
MG 2 1,85 1 5
DL 4,07 1,98 1 6
DP 2,47 1,81 1 6
7.1.Expressar as 0,004
ELA 1,27 0,91 1 4
necessidades básicas
ELAb 3,71 2,56 1 6
TE 3,5 1,72 1 6
Total 2,84 2,01 1 6
MG 3,75 1,83 1 6
DL 3,5 2,31 1 6
7.2.Exercitar meu papel DP 2,06 1,56 1 5
0,176
como membro da família ELA 2,64 1,91 1 5
como eu gostaria ELAb 3,71 2,56 1 6
TE 3,4 1,9 1 6
Total 3,03 2,02 1 6
MG 3,13 2,36 1 6
DL 5 1,3 1 6
7.3.Participar de reuniões DP 2,41 1,7 1 6
< 0,001
sociais com parentes e ELA 1,64 1,43 1 5
amigos como eu gostaria ELAb 5,86 0,38 5 6
TE 4,2 1,87 1 6
Total 3,54 2,11 1 6
MG 3,13 2,36 1 6
DL 3,79 2,12 1 6
7.4.Participar no trabalho DP 2,71 1,93 1 6
0,124
e em estudos como eu ELA 1,64 1,43 1 5
gostaria ELAb 3,86 2,67 1 6
TE 3,2 2,04 1 6
Total 3 2,11 1 6
MG 3,13 2,36 1 6
DL 4,79 1,37 1 6
7.5.Expressar minha DP 3,12 1,87 1 6
0,004
personalidade como ELA 2,18 2,04 1 6
eu gostaria ELAb 5,29 1,89 1 6
TE 4,4 1,43 1 6
Total 3,73 2,03 1 6
51
MG 4,5 1,69 1 6
DL 5,43 0,76 4 6
DP 4 1,66 1 6
8.1.As próprias 0,034
ELA 3,82 2,27 1 6
dificuldades de fala
ELAb 5,29 1,89 1 6
TE 4,8 0,79 4 6
Total 4,58 1,63 1 6
MG 2,25 1,75 1 5
DL 2,57 2,1 1 6
DP 2,53 1,74 1 5
8.2.Dificuldades com a 0,023
ELA 1 0 1 1
linguagem
ELAb 1,43 1,13 1 4
TE 3,6 2,27 1 6
Total 2,3 1,84 1 6
MG 3,5 1,69 1 6
DL 2,5 1,87 1 6
DP 3,53 1,46 1 6
8.3.Dificuldade de pensar, 0,003
ELA 1,55 1,21 1 4
lembrar e em concentrar
ELAb 1 0 1 1
TE 3,1 1,97 1 6
Total 2,66 1,75 1 6
MG 4,63 1,69 1 6
DL 3,86 1,66 1 6
DP 2,47 1,81 1 6
0,038
8.4.Cansaço ELA 2,91 1,92 1 6
ELAb 4 1,41 1 5
TE 2,6 1,78 1 6
Total 3,27 1,85 1 6
MG 1,38 1,06 1 4
DL 1,86 1,75 1 6
DP 2,53 1,84 1 5
0,351
8.5.Dificuldades físicas ELA 1,64 1,43 1 5
ELAb 2,29 2,22 1 6
TE 2,6 1,84 1 5
Total 2,09 1,72 1 6
52
MG 4,63 0,92 4 6
DL 5 1,41 1 6
DP 4,24 1,79 1 6
9.1.Eu não me comunico 0,187
ELA 3,36 2,34 1 6
como eu gostaria
ELAb 4,86 1,77 1 6
TE 3,8 1,48 1 6
Total 4,3 1,73 1 6
MG 4 2 1 6
DL 3,57 1,83 1 6
9.2.Eu me comunico como DP 3,24 1,82 1 6
0,008
eu gostaria, mas não o ELA 1,36 1,21 1 5
quanto eu gostaria ELAb 4,43 1,72 1 6
TE 3,9 1,52 1 6
Total 3,31 1,89 1 6
MG 2,38 2 1 6
DL 3,14 1,92 1 6
DP 2,76 1,82 1 6
9.3.Eu me comunico como 0,411
ELA 2,27 1,85 1 6
eu gostaria, mas é difícil
ELAb 4 2,16 1 6
TE 2,7 1,77 1 5
Total 2,84 1,89 1 6
MG 4,38 2,2 1 6
DL 3 2 1 6
9.4.Eu me comunico como DP 3,29 1,99 1 6
eu gostaria, mas os outros 0,132
ELA 2,82 2,14 1 6
completam minhas frases
e tentam me ajudar ELAb 5 1,83 1 6
TE 4,1 1,52 1 6
Total 3,58 2,02 1 6
MG 4,75 1,75 1 6
DL 4 1,96 1 6
9.5.Eu tenho que pedir DP 3,65 1,77 1 6
ajuda aos outros para ser 0,023
ELA 4,45 1,86 1 6
capaz de me comunicar
como eu gostaria ELAb 5,71 0,49 5 6
TE 4 0,82 2 5
Total 4,25 1,69 1 6
53
Seção 10 – Como
percebe mudanças na Desvio-
Grupo Média Mínimo Máximo Sig. (p)
fala e como pretende padrão
mudá-la
MG 4,63 1,77 1 6
DL 4,86 1,29 1 6
DP 4,65 1,37 1 6
10.1.Eu acho que minha 0,04
ELA 3,82 1,54 1 6
fala pode ser modificada
ELAb 5,57 0,79 4 6
TE 5,2 0,63 4 6
Total 4,73 1,36 1 6
MG 2,5 2,07 1 5
DL 5 1,41 1 6
10.2.Eu explico minhas DP 2,35 1,58 1 6
dificuldades de < 0,001
ELA 2,09 1,87 1 5
comunicação para as
pessoas ELAb 4,57 1,72 1 6
TE 3,8 1,81 1 6
Total 3,33 2,02 1 6
MG 2,5 1,6 1 4
DL 3,93 2,02 1 6
10.3.Eu tento falar de um DP 3,35 1,8 1 6
0,032
outro jeito quando não sou ELA 3,27 1,9 1 6
compreendido ELAb 5,14 0,9 4 6
TE 4,3 1,42 1 6
Total 3,69 1,81 1 6
MG 4,25 2,12 1 6
DL 4,43 1,95 1 6
10.4.Eu respiro e DP 3,29 2,2 1 6
descanso um pouco 0,026
ELA 2,09 1,58 1 5
quando eu percebo que os
outros não me entendem ELAb 4,86 1,86 1 6
TE 3,6 1,78 1 6
Total 3,66 2,07 1 6
MG 3,88 2,48 1 6
DL 4,93 1,44 1 6
10.5.Eu não falo se eu DP 2,76 2,08 1 6
0,01
acho que vai ser difícil me ELA 2,27 1,85 1 6
fazer entender ELAb 5,14 1,86 1 6
TE 3,7 2 1 6
Total 3,66 2,14 1 6
Aplicação do Teste de Mann‐Whitney, ajustado pela Correção de Bonferroni, para identificar as diferenças
entre os grupos, quando comparados par a par:
Quadro 3 - Resumo das variáveis com diferença estatística entre controles e experimentais
x - estatisticamente significante
56
Quadro 4 – Resumo das variáveis com diferença estatística entre os grupos experimentais
Correlações
DL ELA ELAb MG DP TE
Spearman
Qualidade Qualidade
Vocal Vocal
Integrid.
Fmáx
Articulatória
dp
ShiAPQ
Mftr
Qualidade
Mftr
Vocal
ELA
Mftr
VF0 (St)
Integrid. Integrid.
Articulatória Articulatória
ELAb
Velocidade
Fala
MG
Qualidade Integrid.
Mftr
Vocal Articulatória
Fmax
Velocidade
dp dp
Fala
DP VF0 (%)
Jitt RAP
ShiAPQ
Mftr
Mftr dp
TE
Mftr
57
5. Discussão
intensidade da disartria, apresentando maiores valores para as disartrias mais intensas, com
correlação positiva (r=0,731 e p´0,000`). Em relação ao grau de desvio da qualidade vocal, o grupo
controle acima de 45 anos diferenciou-se estatisticamente dos grupos DL (p<0,001) e do TE (p=
0,001). A DL diferiu da ELA (p=0,001) e da DP (p<0,001).
Em relação à estabilidade da emissão (Tabela 5), não temos referência na literatura pela
escala analógico-visual, mas de forma bastante similar ao ocorrido na avaliação da qualidade
vocal, os grupos controles (GC≤45 e GC>45) também apresentaram os menores valores médios
(22,13mm e 30,92mm, respectivamente). Para esta variável, os maiores desvios foram encontrados
na DL (73,93mm), seguido pelo tremor vocal (68,86mm), ELAb (59,25mm), ELA (44,67mm), MG
(39,50mm) e DP (32,82mm). A medida de estabilidade da emissão apresentou correlação positiva
com o grau da disartria (r= 0,674 e p´0,000`) e com o grau de desvio geral da qualidade vocal (r=
0,689 e p´0,000`). O grupo controle GC>45 mostrou-se diferente da DL (p= 0,001) e da DP
(p<0,001). A instabilidade está presente nas emissões disártricas, independente do tipo (Carrilo,
Ortiz 2007), no entanto, a partir da escala analógico-visual foi possível perceber que ela é menos
intensa na DP e na MG, e mais acentuada na ELA, ELAb, TE e DL, respectivamente.
um com todos os controles, independente da idade, e o outro com todos os disártricos de grau 0 a
2 de disartria, para minimizar a interferência de maiores desvios da disartria nos resultados. Os
valores de especificidade, sensibilidade e eficiência foram calculados para a formação da área da
curva ROC. Esta curva baseia-se nos valores de sensibilidade (eixo da ordenada), que é a
habilidade para detectar a doença, e na especificidade (eixo da abscissa), que é a habilidade para
detectar a ausência da doença. O valor da eficiência é a média aritmética da sensibilidade e
especificidade. A acurácia da variável testada depende de quão bem ela separa os grupos
avaliados em disártricos ou não. A acurácia é medida pela área abaixo da curva ROC. Os valores
de área entre 0.9 e 1 representam excelente acurácia; valores entre 0.80 e 0.90, boa acurácia, 0.70
e 0.80, satisfatória; entre 0.60 e 0.70, pobre e, entre 0.50 e 0.60, a acurácia é falha.
Para a estabilidade, a área encontrada foi de 0,721 (Tabela 11 e Gráfico 1), ou seja
satisfatória, com sensibilidade de 0,826, especificidade de 0,609 e valor de corte 18,5mm. A
estabilidade é mais sensível do que específica neste caso, mostrando maior habilidade para
detectar a disartria do que a não disartria.
A articulação dos sons da fala relaciona-se ao processo de ajustes motores dos órgãos
fonoarticulatórios na produção dos sons. A produção da fala com boa inflexão e claramente
enunciada é dependente da habilidade e extremo controle fino dos articuladores orais. Uma
articulação íntegra indica controle da dinâmica fonoarticulatória (Behlau, Madazio, Feijó, Pontes
2001), enquanto qualquer ruptura nos mecanismos neuromusculares responsáveis pela
manipulação dos articuladores resultará em uma fala com algumas medidas acústicas malformadas
e frequentemente de difícil compreensão (Carmichael 2007).
A mensuração do desvio da integridade articulatória (Tabela 5) evidenciou maior prejuízo no
grupo ELAb (64,57 mm), seguido pelo TE (17 mm), ELA (15,42 mm), DP (9,88 mm), MG (9,5 mm),
e DL (4,93 mm), todos esses muito acima dos valores dos grupos GC≤45 (0,74 mm) e GC>45
(0,67 mm). O grupo GC>45 anos diferenciou-se da ELA bulbar (p< 0,001), assim como a DL
diferenciou-se da ELA bulbar (p< 0,001) e da DP (p= 0,003). É interessante notar que o tremor
vocal, que teoricamente apresenta o subsistema fonatório alterado, foi percebido com grande
desvio na integridade articulatória. Nestes casos, como o grau de disartria era intenso,
provavelmente o desequilíbrio rítmico do subsistema fonatório interferiu na atuação dos outros
subsistemas. Contudo, a DL, que também tem o maior comprometimento fonatório e está
representada por grau intenso de disartria nesta pesquisa, apresentou o menor valor médio na
avaliação da integridade articulatória, entre as disartrias. Acreditamos que o tipo de alteração
subjacente, cíclica no tremor, e contínua na distonia, relacione-se à interferência percebida na
articulação no caso do tremor, e à reduzida interferência nas distonias.
Para a velocidade de fala (Tabela 5), o maior desvio foi avaliado no grupo ELAb (62,57
mm), seguido pelo DL (54,07 mm), ELA (47,17 mm), TE (39,67 mm), DP (27,12 mm) e MG (9,63
mm). O grupo GC≤ 45 anos apresentou 11,04 mm de desvio na velocidade de fala, enquanto que o
GC>45 anos apresentou valor muito próximo, 12,00 mm. A mensuração da velocidade de fala
correlacionou com o grau da disartria (r= 0,835 e p ´0,000`) e com o desvio geral da qualidade
vocal (r=0,694 e p ´0,000`). O grupo GC>45 anos apresentou diferença estatisticamente
significante da DL (p<0,001) e da ELA bulbar (p<0,001), os dois tipos com maior desvio da
velocidade. A ELAb também diferenciou-se da DP (p=0,001). A avaliação da velocidade separou os
transtornos de maior grau de disartria, mas sua interação com a inteligibilidade de fala não foi
evidenciada (Portnoy & Aronson, 1982; Yorkston, Dowden, Beukelman, 1992; Marshall, Karow,
2002; Nuffelen, De Bodt, Wuyts, Van de Heyning, 2009).
de quatro pontos (Kelchner, Brehm, Weinrich, Middendorf, deAlarcon, Levin, Elluru, 2010). É
interessante ressaltar que, o ritmo, a velocidade de fala e a articulação mostraram-se
comprometidas mesmo nos transtornos com foco de alteração exclusivamente laríngeo, como no
caso da DL e do tremor vocal, evidenciando novamente que dificuldades fonatórias nas disartrias
geralmente estão ligadas a déficits na comunicação (Kent, Vorperian, Kent, Duffy 2003).
Na análise acústica, deve-se ter cuidado com a análise qualitativa do sinal sonoro para que
esta seja fidedigna. Além das condições de registro, protocolo e sistemas de gravação (Behlau,
Madazio, Feijó, Pontes 2001), a análise do tipo do sinal pode determinar a confiabilidade dos
resultados. Titze (1995) descreveu os tipos de sinais sonoros, classificando-os em tipo I, II e III. As
disartrias caracterizam-se principalmente pelos sinais tipo II ou III, que tem alterações qualitativas,
recomendando-se a seleção de trecho mais estável para análise. Além disso, a seleção dos
parâmetros acústicos a serem estudos e da escala mais apropriada a ser utilizada também merece
ser cuidadosa (Wang, Kent, Duffy, Thomas, 2009). O programa mais utilizado nas disartrias, tanto
na clínica como nas pesquisas, é o Multi-Dimensional Voice Program – MDVP, da Kay Elemetrics,
que foi considerado confiável na avaliação da disfunção vocal nas disartrias (Kent, Vorperian,
Duffy, 1999; Kent, Weismer, Kent, Vorperian, Duffy, 1999) e promissor na padronização e avaliação
vocal rápida (Kent, Vorperian, Kent, Duffy 2003).
Os dados da análise acústica computadorizada encontram-se nas tabelas 6 a 9 e no Anexo
7. Na análise das variáveis acústicas estudadas, extraídas do programa Sona Speech, CSL –
Computadorized Speech Laboratory, modelo 4300 B, da Kay Elemetrics, o módulo Multi-
Dimensional Voice Program – MDVP, avaliou medidas relacionadas à frequência fundamental e
aos índices de perturbação (Tabela 6). Quando os grupos estudados foram comparados
concomitantemente, houve diferença estatisticamente significante em quase todos os parâmetros
acústicos avaliados, sendo necessária a análise par a par.
Na análise dos valores de Fmáx, a maior frequência fundamental em todo o período,
medida em Hz (Tabela 6), houve diferença estatisticamente significante entre os grupos GC>45 e
TE (p= 0,001) , e entre a DL e a DP (p=0,001). Por outro lado, a análise da Fmín (menor frequência
fundamental em todo o período, em Hz) diferenciou apenas os grupos GC>45 e DL, com p= 0,003.
As emissões sustentadas tendem a apresentar pequena variação. Optamos por não separar os
grupos, feminino e masculino, em função do número de pessoas por grupo. As medidas da
frequência fundamental são bem distintas entre os sexos e por conseqüência, suas extensões
mínima e máxima (Behlau, Azevedo, Pontes, 2001). Essa distinção também é verificada nos
transtornos neurológicos, mas com valores diferentes dos controles (Azevedo, Cardoso, Reis,
2003). Desta maneira, é possível que os valores médios calculados com homens e mulheres no
mesmo grupo tenham interferido nos resultados, não sendo suficiente para diferenciar os grupos.
O desvio-padrão (dp) é uma medida de dispersão, que considera a média da distância dos
valores e pode ser considerado um índice de variabilidade (Baken, 1987). O dp da frequência
62
fundamental calculado pelo MDVP (Tabela 6) foi uma das medidas acústicas que mais diferenciou
os disártricos do GC > 45 anos, a saber: DL (p <0,001), ELA (p= 0,001), ELAb (p <0,001) e TE (p
<0,001). Esta medida também separou DL, com os maiores valores de dp, da DP (p<0,001), que
apresentou o menor dp depois dos controles. A DP diferenciou-se do tremor essencial (p =0,001).
Nesta medida, a MG apresentou o segundo maior valor de dp, evidenciando a dificuldade na
manutenção da fonação sustentada nestes casos. Ainda, o desvio-padrão correlacionou-se com o
desvio geral da qualidade vocal (r= 0,641 e p´0,000`).
Outra medida de variabilidade é a vF0 , definida como coeficiente de variação da frequência
fundamental, em % (Tabela 6), que também distinguiu os grupos disártricos dos controles. Os
valores para os controles encontram-se ao redor de 2% e nas disartrias, a partir de 5,94%. Houve
diferença entre controles e DL (p<0,001), ELA (p= 0,001), ELAb (p<0,001) eo TE (p= 0,001). Essa
medida também correlacionou positivamente com o grau de desvio geral da qualidade vocal
(r=0,649 e p´0,000`) e a DL e a DP diferenciam-se (p<0,001).
A variabilidade da frequência fundamental foi sugerida como uma das medidas importantes
e sensíveis à instabilidade neurogênica da vibração das pregas vocais, refletindo aspectos do
controle fonatório (Kent, Weismer, Kent, Vorperian, Duffy, 1999), apesar de ter apresentado
confiabilidade baixa em estudo com sujeitos normais (González, Cervera, Miralles, 2002). O valor
normativo do programa MDVP é de 1,10%.
Selecionou-se essa medida para análise de sensibilidade e especificidade, encontrando-se
os valores de 0,97 e 0,632 (Tabela 10), valor de corte 1,89%, com área de 0,885 (Tabela 12 e
Gráfico 2) representando uma boa acurácia. Esta medida também mostrou ser mais sensível do
que específica, detectando as disartrias melhor do que as não disartrias.
A medida de perturbação jitterRAP (Tabela 6), definido como uma medida de perturbação
de longo termo que representa a perturbação média relativa extraída da avaliação da variabilidade
de 3 períodos (%), com valor normativo de 0,68%, apresentou significância com o seguinte valor: p
<0,001 na comparação entre GC>45 e DL. Nesta medida, mais uma vez, a DL diferenciou-se da
DP, novamente o maior e menor valor encontrado nos disártricos, respectivamente. O grau geral de
desvio da qualidade vocal também apresentou correlação positiva, com valores de r= 0,633 e
p´0,000`(Quadro 2).
Finalmente, no quociente de perturbação da amplitude - shimmerAPQ, em % (Tabela 6),
com valor de normalidade até 3,07%, observamos significância estatística entre o grupo >45 e DL
(p<0,001), DP (p= 0,001) e TE (p<0,001). O grupo DL foi diferente do grupo DP (p=0,001). O APQ
também se correlacionou com o grau de desvio geral da qualidade vocal (r=0,659 e p`0,000`).
Gonzalez, Cervera, Miralles (2002) consideram os valores de shimmer mais consistentes
que os de jitter e portanto, optamos calcular, para o shimAPQ, a curva ROC (Tabela 13 e Gráfico
3). A área encontrada foi de 0,768, revelando acurácia satisfatória, e os valores de sensibilidade,
63
especificidade e eficiência foram, respectivamente, 0,657; 0,789 e 0,723, com valor de corte 3,89%
(tabela 10), revelando melhor especificidade, ou seja, detecção de não disártricos.
As medidas específicas para o tremor são extraídas também do programa Sona Speech,
porém no Módulo Motor Speech Profile (Tabela 7) e apresentam valores normativos para o sexo,
incluindo o intervalo entre 0,367% a 0,386% para Mftr e 1,669% a 2,251% para Matr . Das medidas
possíveis no programa, as duas selecionadas para análise apresentaram resultados significativos.
Na medida de magnitude da frequência do tremor -Mftr, os grupos DL (p<0,001) e TE (p<
0,001), mostraram diferença estatisticamente de seus controles. O grupo DL diferenciou-se da ELA
(p<0,001) e da DP (p<0,001). Já o grupo TE apresentou resultados significantes quando
comparado à ELA (p<0,001) e à DP. Interessante notar que essa medida foi a que mais diferenciou
as disartrias entre elas e se correlacionou com duas da análise perceptivo-auditiva: o desvio geral
da qualidade vocal (r=0,692 e p´0,000`) e o desvio da estabilidade (r=0,602 e p´0,000`). Na curva
ROC, a área calculada foi de 0,768, de acurácia satisfatória (Tabela 14, Gráfico 4). O valor de corte
foi 0,45%, a sensibilidade 0,941, a especificidade 0,583 e a eficiência 0,762 (tabela 10). Mftr é mais
sensível que específico.
Quando analisamos os resultados para a magnitude da amplitude do tremor- Matr, de
valores normais entre 1,669% e 2,251%, todos os grupos com disartria, exceto o de MG,
diferenciaram-se do grupo controle ( DL<0,001; ELA= 0,001; ELAb= 0,001; DP < 0,001; TE<
0,001). Essa medida correlacionou-se com o desvio da qualidade vocal, com os valores de r= 0,642
e p´0,000`(Quadro 2). A curva ROC também foi calculada para esta medida, encontrando-se a área
de 0,785, de acurácia satisfatória (Tabela 15, Gráfico 5) e valor de sensibilidade 0,647;
especificidade, 0,833, eficiência 0,740 e corte 0,45%. Esta medida relacionada à amplitude
mostrou-se mais específica que sensível, assim como a medida de perturbação (shimmAPQ).
Há relatos controversos sobre o uso das medidas de tremor. Enquanto para González,
Cervera e Mirallés (2002) as medidas de tremor mostraram-se menos sensíveis, em nossa
amostra, elas detectam tanto os disártricos (Mftr), quanto os não disártricos (Matr). Em outro
estudo, essas medidas também foram capazes de distinguir a DP e o TE, corroborando a análise
perceptivo-auditiva por escala visual analógica (Moraes, Padovani, madazio, Gielow, Behlau,
2010).
A análise da transição do segundo formante mede a habilidade do paciente em repetir duas
vogais combinadas, a saber, /i/ e /u/, de modo rápido e rítmico. As duas vogais tem
posicionamentos diferentes de língua e lábios, justamente o que gera a diferença entre elas, e
estes produzem diferentes valores de segundo formante. Formantes são zonas de incremento de
energia no espectrograma e estão diretamente relacionados à posição dos articuladores (Fant,
1970). No caso do segundo formante, esta relação é direta com a anteriorização ou posteriorização
da língua (Behlau, Madazio, Feijó, Pontes, 2001). Cada vogal do português brasileiro requer um
posicionamento específico da língua para sua definição e, portanto, gera valores diferentes do
64
segundo formante para cada uma. A análise da transição do segundo formante consiste na
habilidade do paciente em realizar a transição dos pontos articulatórios de maneira rápida e rítmica
sem a presença de uma vogal neutra, avaliando assim a mobilidade articulatória (Delisky, Gress,
1996).
Nas medidas de transição do segundo formante (Tabela 8), não houve nenhuma que
diferenciasse os grupos, quando comparados par a par. Kim, Weismer, Kent, Duffy (2009)
utilizaram pistas de transições de segundo formante e encontraram redução destas pistas nos
grupos disártricos de parkinsonianos e acometidos por AVE, mas não se diferenciaram nas
doenças. Ackerman e Ziegler (1991) encontraram medidas acústicas de oclusão articulatória que
refletiram uma redução na amplitude do movimento dos articuladores, bem como Sapir, Ramig,
Spielman, Fox (2009), consideraram válida a medida de centralização do formante. Em nossa
amostra foi necessário uma edição das emissões, para assim analisar no programa, além de não
termos separado os sexos. Essas poderiam ser duas razões para a diferença de resultado
encontrado. Homens e mulheres apresentam médias diferentes dos formantes na produção das
vogais (Russo, Behlau, 1993) e portanto, o valor médio dos grupos estudados pode ter aproximado
os grupos e não identificado as diferenças. Além disso, Barreto e Ortiz (2008) comentam que pistas
contextuais exercem mais efeito sobre a inteligibilidade da fala que as informações independentes
do sinal acústico.
A última medida avaliada foi a da variabilidade da frequência fundamental, em semitons, no
programa Vox Metria, da CTS Informática (Tabela 9). Este é um programa nacional, clínico, de
baixo custo que tem como opção, entre outros, o cálculo da variabilidade da F0, em semitons. Esta
medida diferenciou todos os disártricos dos controles, além da distonia com ELA (p=0,001). Os
valores significantes foram: GC>45 e DL<0,001; GC>45 e ELA < 0,001; GC>45 e ELAb <0,001;
GC>45 e DP<0,001; GC>45 e TE < 0,001 e, GC≤45 e MG= 0,001, assim como já havia
discriminado DL e TE entre elas e controles, com valores de 14st e 8,8st, respectivamente
(Padovani, Moraes, Madazio, Lorenzon, Korn, de Biase, 2010).
É importante comentar que a medida da variabilidade da frequência fundamental
correlacionou-se positivamente com o desvio-padrão da fundamental (dp), com o coeficiente de
variação da frequência fundamental em % (vF0%), e ainda, com a magnitude da frequência do
tremor (Mftr), todos esses com boa correlação (> 0,61). Na avaliação perceptivo-auditiva, houve
correlação positiva com o desvio da qualidade vocal (r=0,669 e p´0,000`) e com a medida de
estabilidade (r=0,605 e p´0,000`), verificadas no Quadro 2. Na curva ROC (Tabela 16, Gráfico 6),
observou-se área de 0,894, de boa acurácia, com sensibilidade de 0,857 e especificidade de 0,816
e valor de corte 1,5st, tornando-se assim uma medida de boa especificidade e sensibilidade.
Medidas acústicas selecionadas, então, podem contribuir no processo diagnóstico das disartrias e
em sua caracterização (Amir, Dukas, Shnaps-Baum, 2005; Deliyski, Evans, Shaw, 2005; Urban,
Rolke, Wicht, Keilmann, Stoeter, Hopf, Dieterich, 2006).
65
As medidas utilizadas e seus resultados estão resumidas no quadro 3, com as variáveis que
se diferenciaram dos controles e no quadro 4, com as variáveis que diferenciaram as disartrias.
A avaliação instrumental clínica inclui o uso de protocolos de autoavaliação para que se
conheça o real impacto de um transtorno, sob a ótica do paciente (Farias, Buchalla, 2005). Para
tanto, utilizamos o protocolo Vivendo com Disartria, que mapeia as áreas de maior dificuldade na
comunicação. Este protocolo foi analisado de três maneiras: pelo escore total (Tabela 17), pela
média do escore de cada uma das dez seções (Tabela 18) e pela análise de cada uma das 50
questões. O valor máximo deste protocolo é 300 pontos, o que implica em profundo
comprometimento da qualidade de vida relacionado à disartria. Neste estudo, a média do escore
geral variou de 113,55, nos casos de ELA até 199,43 para ELAb. Entre os extremos ficaram TE
com 187,80 pontos, MG com 173 pontos em média, DP com 149,71. A análise estatística apontou
apenas diferenças entre os grupos ELA e DL (p<0,001) e ELA e ELAb (p= 0,001). Não houve
correlação do escore geral, por seção ou por questão com o grau da disartria (Hartelius, Elmberg,
Holm, Lövberg, Nikolaidis, 2008; Puhl, Diaféria, Padovani, Behlau, 2009), com as medidas
perceptivo-auditivas ou acústicas.
6. Conclusões
Anexo 1
Termo de Consentimento livre e Esclarecido
CARACTERIZAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA E ACÚSTICA DE VOZES DE INDIVÍDUOS COM DISARTRIA
Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária neste estudo, que visa caracterizar a avaliação
perceptivo-auditiva e a avaliação acústica computadorizada de voz e compará-las em adultos sem alterações neurológicas e nos
portadores de doença de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica, Miastenia Gravis, distonia laríngea, tremor essencial e alterações
cerebelares.
Você deverá emitir as vogais /a/ o mais longo possível e as vogais /i/ e /u/ alternadamente, após modelo oferecido pelo
avaliador. Estas emissões serão gravadas diretamente no computador, captadas por um microfone, fixado em um suporte específico e
posicionado a 45 graus da boca, a uma distância de 15 cm, em uma sala silenciosa. A duração de todo o procedimento é de
aproximadamente 5 minutos.
Estas gravações serão analisadas no programa computadorizado de análise de voz e fala CSL – Computadorized Speech
Laboratory, modelo 4300 B, da Kay Elemetrics, programa Sona Speech, nos módulos: Variabilidade da frequência e tremor e de
transição do segundo formante.Posteriormente, três fonoaudiólogas especialistas em voz e com experiência na área realizarão uma
análise perceptivo-auditiva das amostras.
A emissão de vogais geralmente não acarreta nenhum desconforto, podendo em raros casos desencadear uma leve fadiga
nos sujeitos com alterações respiratórias (por exemplo, alguns casos de Miastenia gravis), o que pode ser completamente administrado
com pausas entre as emissões. Também não geram nenhum tipo de risco à saúde dos participantes.
Não há benefício direto para o participante, pois trata-se de estudo experimental testando a hipótese de que as diferentes
disartrias podem ser discriminadas em tarefas não invasivas de voz e fala. Somente no final do estudo poderemos concluir a presença
de algum benefício.
Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de
eventuais dúvidas. O principal investigador é a fonoaudióloga Marina Padovani que pode ser encontrada no endereço Rua Botucatu,
802, ou pelo telefone (11) 8371-1187. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Rua Botucatu, 572 – 1º andar – cj 14, 5571-1062, FAX: 5539-7162 – E-mail:
cepunifesp@epm.br
É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer
prejuízo à continuidade de seu tratamento na Instituição;
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgado a identificação de nenhum
paciente.
Você tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das pesquisas, quando em estudos abertos, ou de
resultados que sejam do conhecimento dos pesquisadores.
Não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há
compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da
pesquisa.
Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou tratamentos propostos neste estudo (nexo causal
comprovado), o participante tem direito a tratamento médico na Instituição, bem como às indenizações legalmente estabelecidas.
A pesquisadora compromete-se a utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa.
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o
estudo”CARACTERIZAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA E ACÚSTICA DE VOZES DE INDIVÍDUOS COM DISARTRIA”
Eu discuti com a fonoaudióloga Marina Padovani sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim
quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade
e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso a
tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a
qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido,
ou no meu atendimento neste Serviço.
-------------------------------------------------
Assinatura do paciente/representante legal Data / /
-------------------------------------------------------------------------
Assinatura da testemunha Data / /
para casos de pacientes menores de 18 anos, analfabetos, semi-analfabetos ou portadores de deficiência auditiva ou visual.
(Somente para o responsável do projeto)
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste paciente ou representante
legal para a participação neste estudo.
-------------------------------------------------------------------------
Assinatura do responsável pelo estudo Data / /
69
Anexo 2
Entrevista inicial
Nome:
DN:
Idade atual:
Endereço:
Cep: Bairro:
Cidade: Estado:
Telefones:
Diagnóstico neurológico:
Data do diagnóstico:
Medicação utilizada:
Queixa de comunicação
( ) Ausente ( ) Presente______________
Tempo de queixa:__________________________
Questionário “Vivendo com Disartria” – VcD (Behlau, Padovani 2009)
Cada uma das afirmações deve ser assinalada por uma das seis possibilidades:
1- Discordo totalmente
2- Discordo bastante
3- Discordo um pouco
4- Concordo um pouco
5- Concordo bastante
6- Concordo totalmente
4. Efeitos na emoção
a) O modo de me comunicar varia de forma imprevisível 1 2 3 4 5 6
b) Minhas dificuldades de fala pioram quando estou triste ou com raiva 1 2 3 4 5 6
c) Minhas dificuldades de fala afetam negativamente minha auto-imagem 1 2 3 4 5 6
d) O meu humor afeta como eu interajo com os outros e como eu me comunico 1 2 3 4 5 6
e) Eu me preocupo com minhas dificuldades de fala 1 2 3 4 5 6
10. Como você percebe mudanças e a possibilidade de mudar seu jeito de falar?
a) Eu acho que minha fala pode mudar 1 2 3 4 5 6
b) Eu falo para os outros que tenho um problema de fala/comunicação 1 2 3 4 5 6
c) Eu repito de outro jeito quando as pessoas não me entendem 1 2 3 4 5 6
d) Eu paro e descanso um pouco, quando noto que não estou sendo compreendido 1 2 3 4 5 6
e) Eu nem falo se acho que vai ser difícil das pessoas me entenderem 1 2 3 4 5 6
72
Anexo 4
Comparada há 10 anos atrás, como está a pessoa nas Muito Um pouco Não muito Um Muito
situações: melhor melhor alterado pouco pior
pior
Anexo 5
Modelo de planilha do Excel para registro da análise perceptivo-auditiva
74
Anexo 6
Distribuição da idade, sexo, tempo de doença e de queixa de comunicação (em meses) e grau da
disartria
GC≤45-1 27 F NA NA 0
GC≤45-2 25 M NA NA 0
GC≤45-3 29 F NA NA 0
GC≤45-4 28 F NA NA 0
GC≤45-5 32 M NA NA 1
GC≤45-6 30 F NA NA 0
GC≤45-7 26 M NA NA 1
GC≤45-8 42 F NA NA 1
GC≤45-9 34 M NA NA 0
GC≤45-10 24 M NA NA 0
GC≤45-11 25 F NA NA 0
GC≤45-12 25 F NA NA 0
GC≤45-13 40 F NA NA 1
GC≤45-14 24 F NA NA 0
GC≤45-15 30 M NA NA 0
GC≤45-16 30 M NA NA 0
GC≤45-17 33 M NA NA 0
GC≤45-18 19 F NA NA 0
GC≤45-19 23 M NA NA 1
GC≤45-20 37 F NA NA 0
GC≤45-21 29 M NA NA 0
GC≤45-22 38 M NA NA 0
GC≤45-23 29 M NA NA 0
GC>45-1 68 F NA NA 0
GC>45-2 66 M NA NA 0
GC>45-3 58 M NA NA 0
GC>45-4 59 M NA NA 0
GC>45-5 75 F NA NA 2
GC>45-6 48 F NA NA 1
GC>45-7 50 M NA NA 0
GC>45-8 52 F NA NA 0
GC>45-9 62 F NA NA 0
GC>45-10 82 F NA NA 0
GC>45-11 52 F NA NA 0
GC>45-12 63 F NA NA 0
GC>45-13 55 F NA NA 0
GC>45-14 70 F NA NA 1
GC>45-15 55 M NA NA 2
DL1 60 F 132 132 4
DL2 47 M 84 84 2
DL3 68 F 84 84 3
DL4 49 F 216 216 3
DL5 80 F 120 120 3
DL6 78 F 192 192 4
DL7 72 F 48 48 4
75
DL8 56 M 24 24 3
DL9 71 F 30 30 4
DL10 59 F 168 168 4
DL11 31 M 81 81 3
DL12 45 F 336 336 2
DL13 47 M 8 8 2
DP1 83 M 84 30 1
DP2 79 M 72 20 0
DP3 78 M 120 12 3
DP4 72 M 36 24 1
DP5 60 M 36 NR 0
DP6 84 M 36 36 1
DP7 67 M 120 72 1
DP8 76 M 60 12 2
DP9 74 M 96 24 1
DP10 71 M 60 30 1
DP11 54 M 42 60 0
DP12 72 F 36 18 1
DP13 76 M 12 0 2
DP14 67 F 36 18 3
DP15 73 F 36 12 2
DP16 78 M 60 18 1
DP17 69 M 72 72 2
ELA1 59 M 24 8 0
ELA2 77 M 30 NR 2
ELA3 60 M 8 1 0
ELA4 70 M 9 NR 1
ELA5 46 F 15 NR 1
ELA6 49 F 36 12 4
ELA7 69 F 24 NR 3
ELA8 59 F 12 NR 1
ELA9 44 M 60 24 1
ELA10 64 F 24 3 2
ELA11 61 F 144 48 3
ELA12 41 M 120 60 4
ELAb1 62 F 18 18 3
ELAb2 47 M 7 7 3
ELAb3 67 F 5 5 4
ELAb4 65 F 18 18 4
ELAb5 58 M 14 14 3
ELAb6 42 M 18 18 3
ELAb7 65 M 120 120 3
ELAb8 57 F 12 8 3
MG1 47 F 120 NR 2
MG2 17 F 36 30 1
MG3 39 M 18 18 1
MG4 34 F 120 120 1
MG5 30 F 96 96 1
MG6 54 F 60 60 1
MG7 27 F 36 36 3
MG8 50 F 108 108 1
TE1 66 M 24 24 3
TE2 67 F 72 72 2
TE3 36 M 6 6 4
76
TE4 65 F 60 60 3
TE5 67 F 48 48 3
TE6 79 F 12 12 4
TE7 88 F 72 72 3
TE8 61 F 12 12 3
TE9 73 F 36 36 3
TE10 62 F 102 102 2
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
GC≤45-1 203,3 210,1 178,3 3,1 1,5 0,2 5,1 1,0 0,5 1,0 506,1 1,4 52,7 2320,4
GC≤45-2 95,4 99,3 89,3 1,5 1,6 0,3 2,8 0,1 0,4 1,0 597,2 2,2 91,2 1742,1
GC≤45-3 200,1 245,0 168,6 6,0 3,0 1,7 3,2 0,3 0,9 1,0 642,2 2,1 97,2 1700,9
GC≤45-4 195,1 211,2 175,8 5,2 2,7 0,6 1,8 0,3 1,1 1,0 875,1 2,0 99,0 2013,4
GC≤45-5 142,0 179,0 127,5 2,6 1,9 0,8 2,5 0,3 0,7 1,0 588,9 2,4 88,7 1595,2
GC≤45-6 185,3 198,0 173,8 2,4 1,3 0,7 3,3 0,3 2,5 1,0 694,0 1,7 98,5 2014,0
GC≤45-7 114,4 121,8 100,0 2,0 1,8 0,6 2,8 0,6 3,1 1,0 600,1 1,9 93,4 1709,1
GC≤45-8 207,5 246,3 183,6 3,8 1,8 0,7 3,2 0,3 3,8 1,0 758,4 1,9 99,0 1663,0
GC≤45-9 93,5 100,3 88,3 1,0 1,1 0,4 3,5 0,4 3,5 1,0 495,4 2,4 98,1 1613,8
GC≤45-10 108,0 110,2 105,4 1,1 1,0 0,2 3,3 0,3 2,4 1,0 434,2 1,4 96,9 1643,3
GC≤45-11 198,9 208,5 195,6 1,8 0,9 0,1 3,6 0,3 8,7 1,0 681,2 1,5 96,8 1869,9
GC≤45-12 223,5 229,6 214,9 2,0 0,9 0,3 1,4 0,5 0,4 1,0 NA NA NA NA
GC≤45-13 210,6 256,7 179,0 5,3 2,5 0,8 4,3 0,9 3,3 2,0 NA NA NA NA
GC≤45-14 222,0 270,5 272,7 32,6 14,7 0,8 3,8 0,3 2,3 1,0 518,6 2,0 86,3 1827,9
GC≤45-15 105,2 111,5 102,6 1,3 1,2 0,5 2,1 0,4 1,6 1,0 325,5 2,3 63,7 1569,7
GC≤45-16 131,1 137,6 125,0 1,5 1,2 0,3 4,8 0,6 1,0 1,0 502,7 2,2 76,2 1869,6
GC≤45-17 97,6 132,9 85,8 1,8 1,8 0,5 4,3 0,3 2,0 1,0 589,1 1,7 77,5 1914,4
GC≤45-18 195,4 262,3 159,4 6,6 3,4 1,9 9,2 3,8 0,8 1,0 NA NA NA NA
GC≤45-19 142,2 151,1 134,9 1,5 1,0 0,3 1,1 NA NA 1,0 747,4 1,6 96,3 1721,7
GC≤45-20 204,6 240,8 190,1 4,4 2,2 1,2 2,4 0,4 0,9 1,0 690,4 1,9 90,1 2129,0
GC≤45-21 137,7 168,2 119,1 2,2 1,6 0,9 1,7 0,2 0,7 1,0 707,8 1,4 91,1 1667,4
GC≤45-22 86,6 91,7 80,8 2,1 2,5 0,1 1,9 0,5 0,8 2,0 614,4 1,9 90,9 1430,5
GC≤45-23 102,7 105,7 99,7 0,9 0,9 0,2 1,2 0,4 1,9 1,0 521,2 1,8 98,6 1507,5
Dados individuais das medidas acústicas do grupo controle maior que 45 anos
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
GC>45-1 140,3 163,6 121,2 3,1 2,2 1,1 3,7 0,7 1,1 1,0 639,9 2,1 92,4 1566,8
GC>45-2 96,4 121,6 77,0 3,0 3,1 0,6 6,7 1,7 1,3 2,0 429,2 1,6 96,7 1302,7
GC>45-3 148,8 163,4 132,7 3,7 2,5 1,3 2,1 0,8 0,8 2,0 562,2 2,4 96,1 1815,9
GC>45-4 127,2 131,8 122,2 1,4 1,1 0,2 2,4 0,5 0,9 1,0 601,0 2,5 93,9 1412,7
GC>45-5 191,3 204,1 181,5 3,1 1,6 0,4 3,2 0,8 2,3 2,0 733,9 1,3 95,7 1955,1
GC>45-6 174,4 190,5 164,6 2,7 1,5 0,7 1,5 0,7 1,5 1,0 668,1 1,5 93,4 1949,5
GC>45-7 123,6 136,9 118,9 1,7 1,4 0,5 2,4 0,3 1,1 1,0 344,8 2,8 58,1 1629,8
GC>45-8 184,4 204,0 151,6 2,6 1,4 0,4 1,5 0,3 1,3 1,0 679,2 1,5 83,8 2303,9
GC>45-9 181,3 214,4 168,7 2,8 1,6 0,7 2,7 0,4 1,4 1,0 710,9 1,7 96,5 2019,8
GC>45-10 196,2 262,5 178,1 6,1 3,1 1,6 4,4 0,6 2,2 1,0 755,6 1,5 96,8 1693,9
GC>45-11 178,8 207,5 167,8 2,9 1,6 0,8 3,1 0,4 1,4 1,0 840,2 1,9 97,2 1583,7
GC>45-12 125,7 183,7 100,1 3,3 2,6 0,4 3,7 0,4 2,9 1,0 459,7 1,6 93,9 1704,7
GC>45-13 193,5 197,7 187,6 1,5 0,8 0,2 2,1 0,2 2,4 1,0 398,4 2,1 83,1 2383,2
GC>45-14 184,8 266,9 145,3 6,3 3,4 0.979 2,0 2,3 0,9 2,0 825,3 1,6 79,9 1749,4
GC>45-15 86,2 103,6 73,9 3,5 4,1 2,0 6,4 NA NA 2,0 614,3 1,7 79,3 1602,3
Dados individuais das medidas acústicas do grupo com distonia laríngea
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
DL1 201,0 330,4 162,0 15,8 7,9 1,1 7,7 1,6 11,2 10,0 851,1 NA NA 1743,0
DL2 133,6 172,8 108,7 10,1 7,6 3,0 13,3 2,6 24,1 4,0 560,6 1,7 90,6 1703,9
DL3 157,3 187,7 108,1 10,6 6,7 0,5 6,6 2,2 2,5 7,0 423,4 1,5 95,7 1657,8
DL4 185,0 364,0 91,3 63,9 34,5 2,3 12,7 5,3 12,7 4,0 646,7 1,6 95,1 1814,1
DL5 164,5 207,6 70,3 25,4 15,5 1,7 6,9 3,7 7,1 8,0 630,8 1,9 66,4 2086,9
DL6 184,1 346,2 74,9 75,2 40,8 8,9 25,9 26,9 25,0 17,0 NA NA NA NA
DL7 166,5 208,7 109,1 12,1 7,3 1,4 6,4 4,3 3,0 3,0 655,0 1,8 75,5 2116,6
DL8 223,8 660,9 115,5 78,8 35,2 1,7 5,2 4,4 1,6 14,0 566,8 1,4 74,9 1772,1
DL9 234,0 649,3 67,0 111,7 47,7 4,4 13,4 14,9 9,0 7,0 NA NA NA NA
DL10 160,0 326,3 69,4 59,3 37,0 4,2 13,1 15,4 5,8 9,0 577,9 1,1 53,4 2234,4
DL11 119,2 186,6 71,0 27,4 23,0 4,7 33,2 13,6 20,8 7,0 445,8 2,6 92,2 1529,7
DL12 205,6 368,4 80,9 43,3 21,0 2,7 5,6 4,6 2,7 8,0 553,2 2,3 95,1 1930,9
DL13 225,9 579,2 74,9 84,5 37,4 4,2 15,2 2,6 9,2 22,0 366,9 NA NA 973,5
Dados individuais das medidas acústicas do grupo com Parkinson
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
DP1 95,3 107,0 71,0 4,9 5,1 0,9 2,7 0,7 2,3 6,0 474,8 2,8 82,3 1858,2
DP2 108,3 151,2 82,8 3,5 3,2 1,0 3,9 0,5 1,9 1,0 559,5 1,7 97,6 1687,0
DP3 105,2 131,6 91,7 4,2 4,0 1,4 5,4 1,4 3,4 3,0 567,4 2,1 84,3 1699,5
DP4 149,9 159,7 143,8 3,0 2,0 0,6 6,0 0,7 3,3 13,0 388,7 2,2 85,7 1680,2
DP5 99,2 116,6 88,1 3,4 3,4 0,9 8,6 1,5 3,5 4,0 479,1 1,9 91,5 1357,4
DP6 246,3 265,4 229,0 5,4 2,2 1,5 5,7 0,5 4,0 1,0 437,9 1,9 84,3 1246,9
DP7 152,5 180,4 146,8 4,3 2,8 0,5 4,7 0,6 6,4 13,0 497,5 2,1 83,2 1547,2
DP8 121,7 145,4 110,0 5,1 4,2 2,7 7,1 0,7 2,6 2,0 535,9 1,7 95,2 1745,2
DP9 124,4 167,9 75,5 42,5 34,1 1,7 11,6 2,5 8,3 12,0 422,8 1,9 83,6 1397,6
DP10 139,8 144,8 129,9 2,9 2,1 0,4 4,0 0,9 4,8 11,0 453,7 2,1 87,9 1591,1
DP11 116,3 124,5 111,9 3,1 2,6 0,2 2,9 0,3 2,5 2,0 283,5 2,4 90,5 1493,2
DP12 232,4 237,1 225,8 2,1 0,9 0,2 2,8 0,5 3,4 1,0 619,4 2,0 92,4 1960,3
DP13 152,2 169,8 141,1 4,0 2,7 0,4 9,8 1,2 6,1 3,0 579,5 2,0 98,5 1632,1
DP14 201,7 253,8 113,6 21,5 10,7 2,2 4,4 2,2 5,1 4,0 629,0 2,2 94,8 1890,9
DP15 162,1 239,5 138,6 14,1 8,7 0,6 6,0 1,4 6,4 7,0 720,8 2,3 85,6 1719,9
DP16 125,7 144,0 105,8 4,2 3,3 0,9 6,5 0,6 1,4 3,0 512,9 1,3 90,3 1760,0
DP17 103,7 659,2 81,3 9,3 9,0 0,6 5,0 NA NA 2,0 345,5 2,6 60,4 1483,7
Dados individuais das medidas acústicas do grupo com esclerose lateral amiotrófica
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
ELA1 110,8 300,5 96,5 8,3 7,5 0,4 3,6 1,6 0,8 2,0 737,8 2,2 98,0 1670,1
ELA2 120,3 144,9 107,6 3,3 2,8 0,8 7,9 0,5 5,7 3,0 556,1 1,3 98,4 1479,9
ELA3 138,6 153,3 71,5 22,5 16,2 2,1 5,4 1,1 2,7 3,0 582,1 2,1 98,2 1398,8
ELA4 190,9 206,7 128,2 14,9 7,8 1,1 3,3 1,0 1,8 6,0 539,3 1,5 89,6 1419,4
ELA5 205,3 259,7 68,9 55,8 27,2 1,8 6,8 0,5 4,7 2,0 779,5 1,4 96,5 1896,4
ELA6 219,8 374,0 105,5 43,9 20,0 2,8 13,0 4,1 15,4 6,0 NA NA NA NA
ELA7 165,9 187,0 80,3 30,2 18,2 1,2 6,7 0,4 5,9 4,0 784,5 1,8 77,1 2110,7
ELA8 150,8 174,6 144,7 3,1 2,1 0,3 2,0 0,8 4,4 2,0 NA NA NA NA
ELA9 130,7 136,4 121,9 2,5 1,9 0,4 5,5 0,8 3,4 2,0 397,5 2,3 96,9 1413,6
ELA10 207,4 235,9 180,1 8,2 3,9 0,4 2,1 2,1 4,0 4,0 494,5 1,5 94,8 1965,3
ELA11 192,1 236,9 141,7 14,4 7,5 0,5 2,9 1,8 9,9 7,0 683,6 NA NA 1629,7
ELA12 138,9 162,0 116,4 6,5 4,6 2,4 5,8 0,6 2,2 2,0 NA NA NA NA
Dados individuais das medidas acústicas do grupo com esclerose lateral amiotrófica bulbar
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
ELAb1 191,3 204,3 116,3 21,2 11,1 0,8 3,3 0,7 3,9 8,0 166,0 NA NA 2038,0
ELAb2 104,2 113,9 84,7 5,6 5,4 2,0 13,6 1,6 1,4 5,0 443,9 1,3 99,2 1459,2
ELAb3 181,3 275,8 138,9 14,7 8,1 2,1 7,3 5,7 14,1 5,0 422,0 1,8 85,6 1554,9
ELAb4 178,0 280,1 92,7 49,5 27,8 4,1 9,7 3,0 12,9 8,0 NR NR NR NR
ELAb5 112,5 156,3 95,6 5,1 4,5 1,1 6,5 0,8 5,5 3,0 171,7 1,8 88,5 1278,3
ELAb6 219,8 439,1 145,4 70,5 32,1 3,4 11,4 0,6 2,6 13,0 288,4 NA NA 1682,0
ELAb7 145,5 178,4 130,2 4,9 3,4 0,4 2,4 1,0 3,3 3,0 183,9 1,5 100,0 1372,2
ELAb8 159,0 324,9 77,0 40,6 25,5 3,1 11,9 5,6 10,0 10,0 516,0 1,3 98,9 1575,2
Dados individuais das medidas acústicas do grupo com Miastenia Gravis
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
MG1 191,5 216,7 172,3 7,0 3,7 1,5 3,0 1,3 2,0 7,0 615,5 2,4 95,7 1659,3
MG2 172,6 204,3 102,4 10,3 6,0 0,7 3,0 1,2 1,1 6,0 702,6 2,7 93,2 2134,4
MG3 165,5 200,5 138,1 3,5 2,1 0,6 1,6 0,5 1,2 10,0 612,5 2,0 97,5 1724,1
MG4 219,5 413,3 183,0 17,6 8,0 3,1 7,4 8,0 2,1 1,0 801,7 2,0 88,8 2109,9
MG5 323,6 666,1 196,7 122,5 37,9 0,9 7,5 1,1 0,5 1,0 NA NA NA NA
MG6 237,7 287,6 74,9 47,4 19,9 4,1 6,2 3,2 4,7 4,0 449,1 0,9 61,9 2334,1
MG7 205,6 249,4 182,6 4,4 2,1 1,3 6,9 2,1 1,0 1,0 NA NA NA NA
MG8 187,2 228,1 168,5 3,7 2,0 0,8 2,2 0,4 1,4 2,0 646,9 1,3 91,7 1619,9
Dados individuais das medidas acústicas do grupo com tremor essencial vocal
Vox
Multi-Dimensional Voice Program Medidas de tremor Metria Transição de F2
sujeito
Desvio F2
Fmáx Fmín padrão magn F2 F2 reg F2 aver
Fo (Hz) (Hz) (Hz) (Hz) vFo (%) RAP (%) APQ (%) Mftr (%) Matr (%) Semitons (Hz) rate(/s) (%) (Hz)
TE1 133,8 166,8 108,3 7,1 5,3 1,3 5,5 3,2 7,7 4,0 607,6 2,0 67,2 1503,3
TE2 220,1 241,9 191,0 6,1 2,8 0,3 3,5 1,2 2,2 3,0 NA NA NA NA
TE3 227,4 412,2 140,4 42,4 18,6 3,1 19,3 6,4 13,0 14,0 218,6 1,6 51,6 694,0
TE4 214,6 364,2 158,7 28,1 13,1 2,8 11,8 8,8 25,0 11,0 NA NA NA NA
TE5 215,4 308,5 146,9 19,8 9,2 2,9 5,3 9,4 1,6 11,0 514,7 1,9 74,5 2166,2
TE6 161,8 305,5 71,0 32,2 19,9 1,5 7,2 3,8 5,7 6,0 752,9 1,8 84,4 1790,5
TE7 187,1 279,3 105,8 22,9 12,3 3,1 12,0 5,0 6,0 6,0 427,0 1,6 76,6 2203,1
TE8 211,6 249,3 154,0 18,2 8,6 1,6 4,6 6,5 22,3 6,0 835,5 1,4 89,2 1984,3
TE9 110,4 269,6 84,6 13,5 12,2 3,6 14,0 5,1 17,2 2,0 640,0 1,0 82,2 2031,5
TE10 190,3 237,3 173,9 16,1 8,4 0,8 8,2 3,7 9,8 5,0 534,4 2,4 50,8 1744,8
85
Referências Bibliográficas
Ackermann H, Ziegler W. Articulatory deficits in Parkinsonian dysarthria: an acoustic analysis.
Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry 1991;54:1093-1098.
Amir O, Dukas M, Shnaps-Baum R. The effect of a voice course on the voices of people with and
without pathologies: preliminary observations. Logoped Phoniatr Vocol. 2005;30(2):63-71
Aronson AE. Clinical voice disorders: an interdisciplinary approach. New York:Thieme, 1990.
Azevedo LL, Cardoso F, Reis C. Análise acústica da prosódia em mulheres com doença de
Parkinson. Comparação com controles normais. Arq Neuropsiquiatr 2003;61(4):999-1003.
Baken RJ. Clinical measuremet of speech and voice. Boston: College Hill Press, 1987: 151.
Barbosa ER, Lefèvre BH, Comerlatti LR, Scaff M, Canelas HM. - Disfunções neuropsicológicas na
doença de Parkinson. Estudo de 64 casos. Arq Neuro-Psiquiatr 1987;45:109-18.
Barbosa MT, Caramelli P, Maia DP, Cunningham MC, Guerra HL, Lima-Costa MF, Cardoso F -
Parkinsonism and Parkinson’s disease in the elderly: a community-based survey in Brazil (the
Bambui study). Mov Disord 2006; 21:800-808.
Behlau M, Azevedo R, Pontes P. Conceito de voz normal e classificação das disfonias. In: Behlau
M (org) Voz o livro do especialista Vol 1. Rio de Janeiro: Revinter, 2001:57-64.
Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação de voz. In: Behlau M, organizador. Voz: o livro
do especialista. Rio de Janeiro: Revinter, 2001: 85-245.
Brin MF, Fahn S, Blitzer A, Ramig LO. Movement disorders of the larynx. In: Blitzer A, Brin MF,
Sasaki CT, Fahn S, Harris KS (eds). Neurologic disorders of the larynx. New York: Thieme,
1992:248-78.
Carding PN, Wilson JA, Mackenzie K, Deary IJ. Measuring voice outcomes: state of the science
review. J Laringol Otol 2009; 123: 823-829.
Carmichael JN. Introducing Objective Acoustic Metrics for the Frenchay Dysarthria Assessment
Procedure.In: http://www.dcs.shef.ac.uk/intranet/research/phdtheses/Carmichael2007.pdf.
Consultado em 20.01.11
Carr AS, Cardwell CR, McCarron PO, McConville J. A systematic review of population based
epidemiological studies in Myasthenia Gravis. Published online 2010 June 18. doi: 10.1186/1471-
2377-10-46. Consultado em 20.01.11
Carrillo L, Ortiz KZ. Análise vocal (auditiva e acústica) nas disartrias. Pró-Fono Revista de
Atualização Científica 2007;19(4):381-6.
Darley FL, Aronson AE, Brown JR. Clusters of deviant speech dimensions in the dysarthrias. J
Speech Hear Res, 1969a;12:462-96.
86
Darley FL, Aronson AE, Brown JR. Differential diagnostic patterns of dysarthria. J Speech Hear Res
1969b;12:246-69.
Darley FL, Aronson AE, Brown JR. Motor Speech Disorders. Philadelphia: W. B. Saunders, 1975.
De Biase NG, Lorenzon P, Lebl MDA, Padovani M, Gielow I, Madazio G, Moraes, M. Distonia
laríngea de adução: proposta e avaliação de protocolo de nasofibrolaringoscopia. Rev Bras
Otorrinolaringol 2006; 72(4):443-6.
Deliyski DD, Evans MK, Shaw, HS. Influence of data acquisition environment on accuracy of
acoustic voice quality measurements. J. Voice. 2005;19(2):176-86
Duffy, JR. Motor Speech Disorders and the diagnosis of neurologic disease. Still a well-kept secret?
In internet: http://www.asha.org/Publications/leader/2008/081125/f081125a/ Consultado em
04.10.2010.
Duffy JR. Motor Speech disorders: substrates, differential diagnosis and management. St Louis:
Mosby,1995.
Fritz JM, Wainner RS. Examining Diagnostic Tests: An Evidence-Based Perspective. Physical
Therapy 2001; 81(9):1546 - 64.
Gamboa J, Jiménez-Jiménez FJ, Mate MA, Cobeta I. Alteraciones de la voz causadas por
enfermedades neurológicas. Rev Neurol 2001; 33 (2): 153-68.
Goulart BNG, Chiari BM. Testes de rastreamento X testes de diagnóstico: atualidades no contexto
da atuação fonoaudiológica. Pró-Fono Revista de Atualização Científica 2007; 19(2): 223-232.
Hartelius L, Elmberg M, Holm SR, Lövberg AS, Nikolaidis S . Living with Dysarthria: Evaluation of a
Self-Report Questionnaire. Pholia Phoniatr 60: 11-19, 2008.
Hototian SR. Identificação de suspeitos de demência em três distritos do município de São Paulo.
Disssertação. Mestrado. Universidade de São Paulo, 2004.
Hustad C. The relationship between listener comprehension and intelligibility scores for speakers
with dysarthria. Journal of Speech, Language and Hearing Research 2008; 51:563-73.
Jorm AF. A short form of the Informant Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly (IQCODE):
development and cross-validation. Psychol Med 1994; 24:145-53.
Jorm AF, Korten AE. Assessment of cognitive decline in the elderly by informant interview. Br J
Psychiatry 1988; 152:209-13.
87
Kelchner LN, Brehm SB, Weinrich B, Middendorf J, deAlarcon A, Levin L, Elluru R. Perceptual
evaluation of severe pediatric voice disorders: rater reliability using the consensus auditory
perceptual evaluation of voice. J Voice 2010; 24:441-9.
Kent RD, Kent FK. Task-based profiles of the dysarthrias. Folia Phoniatr Logope 2000; 52: 48-53.
Kent R, Vorperian H, Duffy J.Reliability of the Multi-Dimensional Voice Program for the analysis of
voice samples of subjects with dysarthria.Am J Speech-Lang Pathol 1999; 8: 129-36
Kent RD, Vorperian HK, Kent JF, Duffy JR. Voice dysfunction in dysarthria: application of the Multi-
Dimensional Voice Program Journal of Communication Disorders 2003; 36: 281–306.
Kent RD, Weismer G, Kent JF, Vorperian HK, Duffy JR. Acoustic studies of dysarthric speech:
methods, progress and potential. J Commun Disord 1999; 32:146-86.
Kim Y, Weismer G, Kent RD, Duffy JR. Statistical models of F2 slope in relation to severity of
dysarthria. Folia Phoniatr Logop 2009; 61:329-35.
Kreiman J, Gerrat B, Ito M. When and why listeners disagree in voice quality assessment tasks. J
Acoustic Soc Amer 2007; 122(4):2354-64.
Logroscino G, Traynor BJ, Hardiman O, Chiò A, Mitchell D, Swingler RJ, Millul A, Benn E, Beghi EJ
Incidence of amyotrophic lateral sclerosis in Europe. Neurol Neurosurg Psychiatry. 2010;81(4):385-
90.
Ludlow CL, Bassich CJ. The results of acoustic and perceptual assessment of two types of
dysarthria, in Clinical Dysathria. College-Hill Press, San Diego,1983. pp. 121-147.
Marshall RC, Karow CM. Retrospective examination of failed rate-control intervention. Am J Speech
Lang Pathol 2002; 11:3-16.
Melo LM, Barbosa ER, Caramelli P. Declínio cognitivo e demência associados à doença
de Parkinson: características clínicas e tratamento Rev. Psiq. Clín 2007; 34(4): 176-183.
Murdoch BE (ed). Disartria, uma abordagem fisiológica para avaliação e tratamento. SãoPaulo:
Lovise, 2005: 53 -123.
Murdoch BE, Thompson-Ward EC. Disartria Flácida. In: Murdoch BE (ed). Disartria, uma
abordagem fisiológica para avaliação e tratamento. SãoPaulo: Lovise, 2005: 201-4.
Muslimovic D, Post B, Speelman JD, Schmand B - Cognitive profile of patients with newly
diagnosed Parkinson disease. Neurology 65:1239-1245, 2005.
Nawka T, Anders LC. RBH - Die auditive klassifikation der heiserkeit. Lehrbuch der phoniatroes und
pädaudiologie. Stuttgard: Thieme-Veglag; 2005.
Nuffelen G, De Bodt M, Wuyts F, Van de Heyning P. The effect of rate control on speech rate and
intelligibility of dysarthric speech. Folia Phoniatr Logop, 2009; 61 (2): 69-75.
88
Orlikoff RF. The use of instrumental measures in the assessment and treatment of motor speech
disorders. Seminars in Speech and Language 1992;13 (1):25-37.
Patel S, Shrivastav R. Perception of dysphonic vocal quality: some thoughts and research update.
Perspectives on voice and voice disorders. 2007;17:3-7.
Portnoy RA, Aronson AE. Diadochokinetic syllable rate and regularity in normal and in spastic and
ataxic dysarthric subjects. J Speech Hear Disord. 1982; 47(3):324-8.
Puhl A, Diaferia G, Padovani M, Behlau M. Auto avaliação da disartria em pacientes com doença
de Parkinson. http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa 2009:1755.
Ramig LO, Scherer RC. Speech therapy for neurologic disorders of the larynx. In: Blitzer A, Sasaki
C, Fahn S, Brin M, Harris K (eds)- Neurological disorders of the larynx. New York: Thieme, 1992:
163-81.
Ribeiro AF, Ortiz KZ. Perfil populacional de pacientes com disartria atendidos em hospital terciário.
Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009;14(3):446-53.
Russo ICP, Behlau M. Percepção da Fala: Análise Acústica do Português Brasileiro. São Paulo:
Lovise, 1993.
Sanchez MAS, Lourenço RA. Informant Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly
(IQCODE): adaptação transcultural para uso no BrasilCad. Saúde Pública 2009; 25(7):1455-1465.
Sapir S, Ramig LO, Spielman JL, Fox C. Formant Centralization Ratio (FCR): A proposal for a new
acoustic measure of dysarthric speech. J Speech Lang Hear Res 2010; 53(1):114.
Smith ME, Ramig LO. Neurological disorders and the voice. In: Rubin JS, Sataloff RT, Korovin GS,
Gould WJ (eds)– Diagnosis and treatment of voice disorders. New York: Igaku-Shoin, 1996: 203-24.
Soriani MH, Desnuelle C. Epidemiology of amyotrophic lateral sclerosis.Rev Neurol (Paris) 2009;
165(8-9):627-40.
Sulica L, Louis ED. Clinical characteristics of essential voice tremor: a study of 34 cases.
Laryngoscope. 2010; 120(3):516-28.
89
Theodoros, D.G. Disartria mista. In: Murdoch BE (ed). Disartria, uma abordagem fisiológica para
avaliação e tratamento. SãoPaulo: Lovise, 2005: 377-414.
Titze I. Workshop on acoustic voice analysis. IOWA: National Center for Voice and Speech, 1995
Urban PP, Rolke R, Wicht S, Keilmann A, Stoeter P, Hopf HC, Dieterich M. Left-hemispheric
dominance for articulation: a prospective study on acute ischaemic dysarthria at different
localizations. Brain. 2006;129(3):767-77.
Urban PP, Rolke R, Wicht S, Keilmann A, Stoeter P, Hopf HC, Dieterich M. Left-hemispheric
dominance for articulation: a prospective study on acute ischaemic dysarthria at different
localizations. Brain. 2006;129(3):767-77.
Wang Y-T, Kent RD, Duffy JR, Thomas JE. Analysis of diadochokinesis in ataxic dysarthria using
the motor speech profile program. Folia Phoniatr Logop 2009; 61: 1-11.
Ward PH, Hanson D, Berci G. Observations on central neurologic etiology for laryngeal disfunction.
Ann Otolaryngol 1981; 90:430-41.
Yorkston KM, Dowden PA, Beukelman D. Intelligibility as a tool in the clinical management of
dysarthric speakers; in Kent RD (ed): Intelligibility in speech disorders: theory, measurements and
management. Amsterdam: Benjamin, 1992: 265-86.
90
Abstract
Bibliografia consultada
Rother ET, Braga, MER. Como elaborar sua tese:Estrutura e referências. ISBN 85-901897-1-6.
Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica. São Paulo, 2001. 86p.
92