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ANDRÉ FERNANDES

• Drd. em Ciência do Desporto – UTAD/ Portugal


• Mestre em Ciência da Motricidade Humana – UCB/RJ
• Especialista em Fisiologia, Biomecânica, Bioquímica, Grupos Especiais, Traumatologia,
Treinamento, Fitness e Gestão
• Autor de livros em Educação Física e Fisioterapia
• Vice-Presidente do CREF1
• Membro do LABIMH – Laboratório de Biociências da Motricidade Humana
• Membro do COBRASE – Colégio Brasileiro do Esporte
• Membro da SBFEx - Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício
• Membro da SBB – Sociedade Brasileira de Biomecânica
• Diretor do LABBS – Laboratório de Biociências Body Science
• Prof. de Cursos de Graduação, Pós Graduação e Mestrado
• Professor e Gestor de Eventos Nacionais e Internacionais
• Coordenador e Pesquisador do LABBIO e LAFIEX
• Preparação Física de Atletas e Equipes
• Diretor da FB (Fitness & Business) Eventos
• Coordenador do Centro de Treinamento e Qualificação CREF1
• Coaching de Empresas, Profissionais e Pessoas em Fitness
• Apresentador de Programas de TV – Fit Saúde e Saúde e Tudo
ANDRÉ FERNANDES

• Socorrista Avançado pela Cruz Vermelha


• Socorrista Intermediário pela Cruz Vermelha
• Básico de Primeiros Socorros 40h / Intensivo
• Professor de SBV – Suporte Básico de Vida
• Instrutor de Primeiros Socorros / SBV pela FA
• APH (Atendimento Pré-Hospitalar) Tático - EB
LEIS E OBRIGAÇÕES

ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Todos tem direito a vida


PORTARIA 2048/02 - Regulamenta tudo em Urgência e Emergência no Brasil
ART 133 - Abandono de Incapaz
ART 135 – Omissão de Socorro
NEGLIGÊNCIA – Deixar de executar o atendimento
IMPERÍCIA – Executar algo acima do seu nível
IMPRUDÊNCIA – Não seguir adequadamente os padrões de atendimento
LEIS E OBRIGAÇÕES

LEI Nº 7696 DE 26 DE SETEMBRO DE 2017

DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DAS ACADEMIAS, CLUBES,


ASSOCIAÇÕES, ESCOLINHAS ESPORTIVAS E DEMAIS ORGANIZAÇÕES QUE
OFERECEM SERVIÇOS DE ATIVIDADES FÍSICAS, ESPORTIVAS E SIMILARES, DE
APRESENTAREM PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA CAPACITADOS PARA O
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA DURANTE TODO SEU PERÍODO DE
FUNCIONAMENTO.

REVALIDAR A CADA 2 ANOS


DIFERENÇA ENTRE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

URGÊNCIA
Quando há uma situação crítica, com ocorrência de grande perigo e que, pode se tornar
uma emergência caso não seja devidamente atendida.
Ex: Luxações, torções, fraturas, dengue e similares

EMERGÊNCIA
Quando há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente,
pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte
Ex: Hemorragias, parada respiratória e parada cardíaca.

American Heart Association, 2015


DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros Socorros ou Emergência Médica Pré-hospitar é a ação que cada cidadão,


dentro de suas limitações, pode realizar em benefício de outros a fim de resguardar
suas vidas.

American Heart Association, 2015

Primeiros Socorros são procedimentos simples de atendimento, prestado a uma vítima


de acidente ou mal súbito, com o intuito de mantê-la com vida até a chegada do
atendimento médico especializado.

Portal da Educação, 2018


O QUE FAZER EM
UMA SITUAÇÃO REAL?
DEFINIÇÃO DE SBV

É o conjunto de medidas e procedimentos técnicos que objetivam o suporte de vida à


vítima. O SBV é vital até a chegada do:

- SIV (Suporte intermediário de vida)


Transporte até o hospital

- SAV (Suporte Avançado de Vida)


Intervenção Médica

O objetivo principal é não agravar lesões já existentes ou gerar novas lesões.

É um dos elos da CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

American Heart Association, 2015


CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

1. LIGAR
2. RCP: REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. DESFIBRILAÇÃO
4. SERVIÇO DE EMERGÊNCIA: EQUIPE ESPECIALIZADA
5. CUIDADOS HOSPITALARES: SUPORTE AVANÇADO
EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (BIOPROTEÇÃO)
Luvas, Máscara Pocket etc.
Ideal é utilizar barreira de bioproteção para sua proteção

EPC– EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVO


Cônes, faixas e etc.

 A colocação dos EPI e EPC não pode retardar o início dos procedimentos
AVALIAÇÃO INICIAL

CENA
CENA SEGURA?

O QUE ACONTECEU?

QUANTO TEMPO?

QUANTAS VÍTIMAS?
AVALIAÇÃO INICIAL
SINAL
É tudo aquilo que pode ser observado pelo socorrista.
Ex.: Equimose, palidez, cianose.

SINTOMA
É tudo que a vítima sente e relata ao socorrista.
Ex: Dor, náusea, vertigem, frio.

VÍTIMA CLÍNICA
São aquelas que apresentam alterações patológicas.
Ex.: Desmaio, convulsão, infarto agudo do miocárdio.

VÍTIMA DE TRAUMA
São aquelas que apresentam lesões causadas por agente externos.
Ex.: Acidentes automobilísticos, quedas, PAF, PAB. (Penetração Arma Fogo / Arma Branca)

AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS
A avaliação da vítima se divide em primária e secundária.
É por meio dessas avaliações que identificamos as condições da vítima
VÍTIMAS CONSCIENTES - SAMPLEF

Sinais e Sintomas – O que está errado?


Alergias - Você é alérgico a algum tipo de substância ou alimento?

Medicamentos – Você toma algum remédio?

Passados Médicos - Você está realizando algum tratamento médico?

Líquidos e Alimentos – Você ingeriu alguma coisa recentemente?


Eventos relacionados com o trauma – O que aconteceu?

Fatores de Risco – Outros fatores de risco, relacionado a vítima.


VÍTIMAS INCONSCIENTES - AVDI

Alerta

Verbal
Dor

Inconsciente
O EXAME PRIMÁRIO IDENTIFICA E TRATA SOMENTE
CONDIÇÕES DE RISCO IMEDIATO:

- HEMORRAGIAS IMPORTANTES
- PARADAS RESPIRATÓRIAS
- PARADA CARDIORESPIRATÓRIAS
AFERIÇÃO DE AVC

- Em bebês verifica-se o braquial

- Em adultos verifica-se o carotídeo


AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

O exame secundário é a avaliação da cabeça aos pés da vítima.


O objetivo da avaliação secundária e identificar lesões ou problemas que não foram
identificados no momento da abordagem primária.

 Inspeção - cor da pele, simetria, alinhamento, deformidade e sangramento;


 Palpação - deformidade, crepitação, rigidez, flacidez, temperatura e sudorese;
 Realize a avaliação secundaria através da: Inspeção, Palpação.

O socorrista deve examinar todos os segmentos do corpo sempre na mesma ordem.

Cabeça, Pescoço, Tórax, Abdômen, Pelve, Membros Inferiores, Membros


Superiores e Dorso
SUA AVALIAÇÃO É DIVIDA EM:

- CLÍNICO
Quando Provém do Próprio Corpo

- TRAUMÁTICO
Quando é provocado com ou sem intenção
CAB - CLÍNICO

Circulação (Circulation)

Abertura de Vias Aéreas (Airway)

Boa Respiração (Breathing)


TRAUMA
AVALIAÇÃO INICIAL

CENA X - Hemorrágia

AVDI A - Vias Aéreas


XABCDE - trauma B - Respiração
CAB - clínico
C - Circulação

A - Vias Aéreas D - Neurológico


V - Respiração E - Exposiçao
D - Circulação
C - Compressão
I - Neurológico
A - Abertura de Vias Aéreas

B - Boa Respiração
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA

Deite a pessoa de barriga para cima e ajoelhe-se do


seu lado;
Retire objetos que possam magoar a vítima, como
óculos, relógios ou cintos;
Estique o braço que está mais perto de você e dobre-
o, formando um ângulo de 90º, como mostra a imagem;
Segure a mão do outro braço e passe-a por cima do
pescoço, colocando-a junto do rosto da pessoa;
Dobre o joelho que está mais longe de você;
Rode a pessoa para o lado do braço que está apoiado no
chão;
Incline a cabeça ligeiramente para trás, para facilitar a
respiração.
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA

• Os pulmões são assimétricos sendo o esquerdo mais baixo.


• Artéria de maior calibre do coração ao pulmão e na direita.

• RESPIRAÇÃO: DIREITA PARA BAIXO

• AFOGADO: DIREITA PARA BAIXO

• GRÁVIDAS: ESQUERDA PARA BAIXO


DESMAIOS / LIPOTIMIA (PERDA DA FORÇA MUSCULAR)
ENGASGOS
ENGASGOS
33 MIL BEBÊS MORREM POR ANO NO BRASIL
TRAUMA
X - HEMORRAGIAS

• É um quadro que ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo.

• De acordo com sua localização elas podem ser classificadas como:

Internas: onde não se percebe o extravasamento de sangue, seu


diagnóstico é clínico;

Externas: ocorre quando o extravasamento de sangue é visível.


X - HEMORRAGIAS

Quanto ao tipo elas são classificadas em:


ARTERIAL, VENOSA e CAPILAR.
X - HEMORRAGIAS

CURATIVO COMPRESSIVO

COMPRESSÃO DIRETA

TORNIQUETE
A - DESOBSTRUA AS VIAS AÉREAS

A língua é causa mais frequente de obstrução


B - VENTILAÇÃO
VER, OUVIR E SENTIR
C - CIRCULAÇÃO
D – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

 Teste do Globo Ocular se estiver consciente.


 Se tiver Midríase pode ser lesão tronco cefálico
 AMPLA –
A - Alergia
M - Medicamento
P - Passado Médico
L - Líquidos
A - Ambiente
 Escala de GLASCO
D – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
ESCALA DE GLASCO
EXAME SECUNDÁRIO

Seu objetivo é complementar o exame de forma minuciosa em todo corpo da


vítima, visando detectar traumas ou disfunções clínicas.

 SINAL?
 SINTOMA?
SINAIS DIAGNÓSTICOS

 FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC)


 PRESSÃO ARTERIAL (PA)
 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR)
 TEMPERATURA AXILAR (TA)
URGÊNCIAS TRAUMÁTICAS

O QUE É TRAUMA (TRAUMATISMO)?

É a lesão corporal resultado da exposição à energia (mecânica, térmica, elétrica,


química ou radiação) que interagiu com o corpo em quantidades acima da suportada
fisiologicamente.

Pode ainda em alguns casos ser resultado da insuficiência de algum elemento vital
(afogamento, estrangulamento, congelamento).
FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES

FRATURA: INTERRUPÇÃO DA CONTINUIDADE DO OSSO

• Aberta • Fechada

• Dor local e deformidade anatômica.


• Edema e hematoma.
• Incapacidade funcional e mobilidade anormal.
FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES

Para todos os casos de fratura devemos proceder sempre da mesma maneira:


Exame primário identificando o risco, hemorragias graves e finalmente o tratamento
adequado para a fratura.
FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES

Luxações: lesões em que a extremidade de um dos ossos que compõe uma


articulação é deslocada de seu lugar. A lesão dos tecidos pode ser muito grave,
afetando vasos sanguíneos, nervos e a cápsula articular.

Entorses: São lesões nos ligamentos. Podem ser de grau mínimo ou complexo com
ruptura completa do ligamento.

Distensões: Lesões aos músculos ou seus tendões. Geralmente são causadas por
hiperextensão ou por contrações violentas. Pode ocorrer ruptura do tendão.

CONDUTA: Exame primário - ABC da vida e/ou Exame secundário


TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
O TCE é causa importante de morte nos traumas;
Os traumatismos da cabeça podem envolver o couro cabeludo, crânio e encéfalo,
isoladamente ou em qualquer combinação;
Trauma com sonolência, confusão, agitação ou inconsciência de curta ou longa
duração.

CONCUSSÃO CEREBRAL
A concussão cerebral é a perda da consciência de curta duração, que acontece logo
após um traumatismo craniano
1. Exame Primário – CAB (Circulação, Aéreas e Respiração)

2. Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a cabeça


e o pescoço.

3. Controlar hemorragias

4. Exame Secundário: consciência – AVDI (Alerta, Verbal, Dor e Inconsciência)

5. Sangramentos via nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia) geralmente é


sinônimo de TCE.

6. Nos casos onde ocorra vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o
decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da coluna cervical.
TRAUMA RAQUIMEDULAR

• Lesão da coluna vertebral ou medula espinhal;


• A coluna cervical é o local mais comum de TRM;

• As causas mais comuns de TRM são:


o Quedas;
o Mergulho em água rasa;
o Acidentes de motocicleta e automóvel;
o Esportes.
o Acidentes por arma de fogo.
AVALIAÇÃO INICIAL

CENA X - Hemorrágia

AVDI A - Vias Aéreas


XABCDE - trauma B - Respiração
CAB - clínico
C - Circulação

A - Vias Aéreas D - Neurológico


V - Respiração E - Exposiçao
D - Circulação
C - Compressão
I - Neurológico
A - Abertura de Vias Aéreas

B - Boa Respiração
PACIENTE APARENTEMENTE INCONSCIENTE

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

Segurando pelo ombro perguntar: “Sr. Sr.” - “Sra. Sra.”


RESPONDEU – Precisa de ajuda? Fique com ela!
NÃO RESPONDEU ...
SBV

Manter a viabilidade dos órgãos vitais até que seja


iniciado o suporte avançado de vida

Interrupção abrupta da função de bombeamento


cardíaco reversível com tratamento rápido e correto

Bombear sangue para todas as células do corpo

Levar oxigênio e nutrientes às células


 Corrente elétrica transmitida entre os músculos para contração;
 Durante a contração ele lança sangue na corrente sanguínea;
 Necessita de muito oxigênio.
TEMPO X TCP (REANIMAÇÃO PULMONAR)

 Até 4 minutos pode haver recuperação completa pois há oxigenação residual


 A partir de 4 minutos surge lesão cerebral e dano do coração
CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA

Solicitar RCP Precoce Desfibrilação SAV Cuidados


ajuda Precoce Prós PCR
CABD

Circulação (Circulation)
 Iniciar compressão torácica
100/120 p/ min ou 30 para cada 2 ventilações
Se puder revezar a cada 5 ciclos

Abertura de Vias Aéreas (Airway)


 Extensão do pescoço

Boa Respiração (Breathing)


 Fornecer 02 ventilações

Desfibrilação
 DEA
DESOBSTRUA AS VIAS AÉREAS

A língua é causa mais frequente de obstrução


AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO
PALPAÇÃO DO PULSO CENTRAL

10 segundos para:
 Verificar respiração Torácica
 Pulso Carotídeo
 Pulso Braquial em Lactentes
 Palpar o pulso por 5/10 seg.
 Na ausência de Pulso iniciar RCP – Reanimação
Cardiopulmonar
EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS

Só há diferença no SBV entre adulto e criança quando esta for lactente até 12 meses
LEMBRE-SE DA CORRENTE DA SOBREVIVÊNCIA

SAMU 192 – Sistema de Atendimento Móvel de Urgência


BOMBEIRO 193

- Se tiver ajuda peça:


1. Para ligar
2. Conseguir um DEA – Desfibrilador Externo Automatico
3. Revezar com você
A pessoa que ligar para o SAMU ou BOMBEIRO deve estar preparada para responder
às perguntas como a localização do incidente, as condições da vítima, o tipo de
primeiros socorros que está sendo realizado, etc.
TÉCNICAS DE RCP

 Linha intermamilar
 Sobre o esterno
TÉCNICA DE COMPRESSÃO
POSICIONAMENTO DAS MÃOS

1. Colocar a face hipotenar de uma das mãos no ponto de compressão

2. Colocar a outra mão sobre a primeira


TÉCNICA DE COMPRESSÃO
 Manter cotovelo estendido
 Utilizar peso do tronco
 Deprimir esterno 5 cm
TÉCNICA DE COMPRESSÃO
 O tórax tem que voltar a posição de repouso
 Tempo de compressão = Tempo de relaxamento
 30 compressões para 2 ventilações
ou
 100/120 compressões por minuto sem parar
BOCA A BOCA
 Extensão cervical
 Comprimir o nariz
 Soprar por 2 segundos com o ar da boca
POCKET MASK & AMBU
 Extensão cervical
 Colocar e vedar a pocket (boca e nariz)
 Soprar por 2 segundos com o ar da boca
- Respiramos 21% de O2 no ar
- Conseguimos enviar até 17% de O2 com a boca
QUANDO PARAR O RCP? QUANDO NÃO FAZER O RCP?

Na hora do choque Rigidez Cadavérica

Quando o paciente apresentar


Decomposição Corporal
movimento

Quando chegar a ajuda solicitada

Quando o socorrista ficar esgotado


DEA – DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
DEA – DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV)
Arritmia cardíaca causada geralmente por isquemia miocárdica relacionada à doença
das artérias coronárias.
Durante a FV o coração perde a capacidade de se contrair eficazmente, pois cada
fibra miocárdica se contrai independente das outras.

DESFRIBILAÇÃO
Aplicação de um choque controlado visando à reversão de uma arritmia cardíaca
associada a PCR (fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular).
FREQUÊNCIA DO PROCEDIMENTO DO DEA

1. Ligar o aparelho.

2. Colocar os eletrodos no local correto do tórax

3. Interromper RCP

4. Seguir orientação

5. Chocar se indicado
COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS

ELETRODO DO LADO DIREITO DO PACIENTE:


Precisa ser colado abaixo da clavicula, na linha
hemiclavicular.

ELETRODO DO LADO ESQUERDO DO PACIENTE:


Deve ser posicionado nas últimas costelas, na linha
hemiaxilar (abaixo do mamilo esquerdo).
4 ETAPAS DO DEA

1. Ligue o DEA

2. Instale os Eletrodos no Tórax

3. Analise o Ritmo

4. Deflagre o Choque
5 SITUAÇÕES ESPECIAIS NO USO DO DEA

1. Homens com Excesso de Pelo no Tórax

2. Pacientes que Usam Marca-Passo

3. Pessoas com Medicamento em Adesivo

4. Paciente Submerso ou Molhado

5. Crianças
CASOS DE AVC ATENDIDOS EM 2017

Dados Estatísticos do Hospital São Vicente de Paula (HSVP)


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o


rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral
que ficou sem circulação sanguínea adequada. O AVC também é chamado de Acidente
Vascular Encefálico (AVE).

ISHIDA,K. Medical complications of stroke Waltham (MA): Uptodate, Inc.,2017


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Existem 2 tipos de AVC:

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI)


Também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, é causado pela falta de sangue em
uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO (AVCH)


Se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do
rompimento de um vaso sanguíneo. Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral
(acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges
(hemorragia subaracnóidea).

Albert Einstein Sociedade Beneficiente Israelita Brasileira


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

PRINCIPAIS SINTOMAS

- Fraqueza ou dormência em um lado do corpo.


- Dificuldade para andar, tontura ou falta de coordenação motora.
- Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos.
- Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para
compreender a linguagem.
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente.
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Factors associated with Post-Stroke Physical Activity: A Systematic Review and Meta Analysis
ESCALA DE CINCINATTI

Escala de Cincinatti (alteração de um ou mais testes é sugestivo de AVC)


Dê um Sorriso Levante os Braços Fale a Frase

O Brasil é o rei do Futebol

( ) Normal ( ) Alterado ( ) Normal ( ) Alterado ( ) Normal ( ) Alterado

Manual de Rotinas para atenção ao AVC,Ministério da Saude (2013)


ESCALA PRÉ-HOSPITALAR DE CINCINATTI
PRINCIPAIS CAUSAS DO AVC
- Hipertensão arterial
- Diabetes millitus
- Colesterol alto
- Sobrepeso e obesidade
- Tabagismo
- Uso excessivo de álcool
- Idade avançada
- Sedentarismo
- Histórico familiar: o risco é maior se um parente próximo, como pai, mãe ou irmão, teve um AVC
- Arritmia Cardiáca / Fibrilação Atrial
- Anterioesclerose

Factors associated with Post-Stroke Physical Activity: A Systematic Review and Meta Analysis
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

COMO DIFERENCIAR UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO OU HEMORRÁGICO

- Tomografia computadorizada
- Angiotomografia
- Ressonância magnética
- Ultrassonografia
- Ecocardiograma

Albert Einstein Sociedade Beneficiente Israelita Brasileira


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO AVC

- Déficit Motor: Perda da coordenação motora


- Déficit Sensitivo: Sensibilidade a pessoa possivelmente deixa de sentir um lado do corpo
- Afasia: Perda da fala
- Apraxia: Perde a capacidade de se expressar por gestos
- Negligência: A pessoa negligencia uma parte do seu corpo como se não pertencesse ao corpo
- Agnosia visual: Incapacidade de reconhecer objetos
- Déficit de Memória: Quando a pessoa perde a capacidade de lembrar de eventos recentes
recordando apenas episódios passados.
- Lesões no Tronco Cerebral: Onde estão localizados centros responsáveis por atividades vitais
como respiração.
- Alterações Comportamentais: A pessoa passa por quadros de agitação e apatia passando por
sintomas como perda de iniciativa e explosões de raiva sem causa.
- Depressão: Tristeza, apatia, sono inadequado, transtornos alimentares entre outros.
- Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT): Quando a pessoa tem pesadelos persistentes.
SBV / Primeiros Socorros
“Melhor saber e não precisar do que
precisar e não saber”

OBRIGADO!
andrefernandes@cref1.org.br
BIBLIOGRAFIA
S.O.S Cuidados Emergenciais (Editora Rideel);
- Plantão Médico (Editora Biologia e Saúde);
- American Heart Association (Fighting Heart Disease and Stroke);
- CHEEVER, Kerry H; HINKLE, Janice L; et al. Brunner & Suddarth - Manual de Enfermagem Médico Cirúrgica. 13ª
Ed. Koogan: 2015. NAEMT. AMLS: Atendimento Pré-Hospitalar às Emergências Clínicas. Tradução de Mari Esm
-http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623587/artigo-133-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
- http://www.mdsaude.com/2008/09/pneumotrax.html
- Manual de Primeiros Socorros (Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz);
- Transporte de vítimas – Portal São Francisco;
- Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências Paulista;
- Protocolo de Suporte Básico de vida – SAMU;
- Manual do Socorrista/Fábio Bortolotti.
- Técnicas de extração e imobilização de vítimas de trauma - INEM;
- BARROS, Alba Lúcia Bottura Leite, Anamnese e exame físico: Avaliação Diagnóstica de enfermagem no adulto 2º ed. Porto
Alegre - 2010;
- POTTER, AP; PERRI, AG - Fundamentos de enfermagem: Conceito, processo e prática, 5º ed., Rio de Janeiro Guanabara
Koogah, 200.
- Manual de Instrutores de Primeiros Socorros Comunitários - CICV.
- DIRETRIZ DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES - Tratamento e acompanhamento do Diabetes Mllitus. Soc. Brasileira
de Diabetes, 2006.
PHTLS - Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado / NAEMT (National Association of Emergency Medical Technicians).
- www.bombeirosemergencia.com;
- www.cepap.cbemerj.rj.gov.br
- Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR
https://www.portaleducacao.com.br/enhttp://enfermagemeaph.blogspot.com.br/search/label/ABORDAGEM%20SECUND
%C3%81RIAfermagem/artigos/38213/abordagem-inicial-a-vitima-nos-primeiros-socorros

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