Você está na página 1de 9

Prevenção de infecção da corrente

sanguínea técnicas e manuseio de


cateter venoso periférico e central

Enfermeira: Kelly Cristina Batista


Introdução
• O uso de cateteres vasculares se tornou uma parte indispensável da prática médica moderna,
especialmente em unidades de terapia intensiva. Seu uso pode trazer o risco de complicações
infecciosas locais e sistêmicas, como a infecção do sítio de inserção ou da corrente sanguínea.
• As causas comuns de Infecção Sanguínea Associadas a Cateteres (ICSACs) são a migração de
microrganismos da pele no local do sítio de inserção para o interior do trato cutâneo do cateter e a
contaminação do conector do cateter. Esse treinamento traz aos profissionais da saúde informações
de base e recomendações específicas para reduzir a incidência de ICSACs, enfatizando estratégias
para minimizar esses riscos no uso de diferentes cateteres intravasculares.
Cuidados com acesso venoso periférico
• Higienização das mãos: Realizar a antissepsia das mãos com água e sabão
antisséptico ou com uma solução à base de álcool para cuidar do local de
inserção do cateter e acessar o sistema, inclusive antes e após a inserção
do cateter, ao tocar no local de inserção, no curativo e no sistema de
infusão.
• Usar luvas limpas e utilizar a técnica “sem toque” (“non-touch”) para a
inserção de cateter intravascular periférico após a antissepsia da pele. Usar
luvas estéreis para a inserção de cateteres arteriais e cateteres venosos
centrais.
• Substituir cateteres venosos periféricos curtos no mínimo a cada 72-96
horas em adultos e removê-los quando não forem mais indicados.
Cuidados com acesso venoso periférico
• Remover o cateter intravascular periférico se houver sinais de flebite
ou mau funcionamento
• Usar curativos transparentes para cobrir o local de inserção do cateter.
A escolha do material do curativo transparente deve priorizar a maior
durabilidade, a maior segurança do cateter, a visibilidade do sítio de
inserção, a atuação como uma barreira efetiva contra microrganismos;
• Trocar o curativo no mínimo uma vez por semana ou quando
clinicamente indicado (remoção ou substituição do cateter, curativo
úmido, frouxo ou visivelmente sujo).
Curativo transparente para cateter
endovenoso periférico.
Cuidados com cateter venoso central
• Substituir os curativos feitos com gaze após 24 hrs por curativos
transparentes a que a troca será realizada cada 7 dias.
• Observar o local de inserção do cateter diariamente por meio de
inspeção, caso seja usado um curativo transparente.
• Desinfecção dos conectores com álcool 70% antes de administrar
qualquer medicação endovenosa.
• Manter os curativos secos e limpos, identificados com data da
realização e nome do profissional.
• Manutenção de equipos de infusão, atento a validade de cada equipo.
Curativo para Acesso venoso central
Conclusão
A segurança do Paciente é um tema que, apesar de existir há alguns anos, vem sendo melhor
estudado e difundido desde o final do século passado, buscando-se diminuir os riscos aos quais os
pacientes se tornam expostos durante o período de internação hospitalar.
Sabe-se que a infecção primária de corrente sanguínea, além de trazer comorbidades associadas à
doença de base do paciente, também prolonga os custos e o tempo de internação, trazendo maior
risco ao paciente. Faz-se necessária, sendo ela passível de prevenção, a adoção de ações que visem a
minimizar a sua incidência e os seus riscos associados.
Referências
• Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Documento de referência
para o Programa Nacional de Segurança do Paciente [Internet]. Brasília: Ministério da
Saúde;2014.
• Scientific Committee on Infection Control, Infection Control Branch, Centre for Health Protection,
Department of Health – Janeiro de 2010

Você também pode gostar