Introdução • O uso de cateteres vasculares se tornou uma parte indispensável da prática médica moderna, especialmente em unidades de terapia intensiva. Seu uso pode trazer o risco de complicações infecciosas locais e sistêmicas, como a infecção do sítio de inserção ou da corrente sanguínea. • As causas comuns de Infecção Sanguínea Associadas a Cateteres (ICSACs) são a migração de microrganismos da pele no local do sítio de inserção para o interior do trato cutâneo do cateter e a contaminação do conector do cateter. Esse treinamento traz aos profissionais da saúde informações de base e recomendações específicas para reduzir a incidência de ICSACs, enfatizando estratégias para minimizar esses riscos no uso de diferentes cateteres intravasculares. Cuidados com acesso venoso periférico • Higienização das mãos: Realizar a antissepsia das mãos com água e sabão antisséptico ou com uma solução à base de álcool para cuidar do local de inserção do cateter e acessar o sistema, inclusive antes e após a inserção do cateter, ao tocar no local de inserção, no curativo e no sistema de infusão. • Usar luvas limpas e utilizar a técnica “sem toque” (“non-touch”) para a inserção de cateter intravascular periférico após a antissepsia da pele. Usar luvas estéreis para a inserção de cateteres arteriais e cateteres venosos centrais. • Substituir cateteres venosos periféricos curtos no mínimo a cada 72-96 horas em adultos e removê-los quando não forem mais indicados. Cuidados com acesso venoso periférico • Remover o cateter intravascular periférico se houver sinais de flebite ou mau funcionamento • Usar curativos transparentes para cobrir o local de inserção do cateter. A escolha do material do curativo transparente deve priorizar a maior durabilidade, a maior segurança do cateter, a visibilidade do sítio de inserção, a atuação como uma barreira efetiva contra microrganismos; • Trocar o curativo no mínimo uma vez por semana ou quando clinicamente indicado (remoção ou substituição do cateter, curativo úmido, frouxo ou visivelmente sujo). Curativo transparente para cateter endovenoso periférico. Cuidados com cateter venoso central • Substituir os curativos feitos com gaze após 24 hrs por curativos transparentes a que a troca será realizada cada 7 dias. • Observar o local de inserção do cateter diariamente por meio de inspeção, caso seja usado um curativo transparente. • Desinfecção dos conectores com álcool 70% antes de administrar qualquer medicação endovenosa. • Manter os curativos secos e limpos, identificados com data da realização e nome do profissional. • Manutenção de equipos de infusão, atento a validade de cada equipo. Curativo para Acesso venoso central Conclusão A segurança do Paciente é um tema que, apesar de existir há alguns anos, vem sendo melhor estudado e difundido desde o final do século passado, buscando-se diminuir os riscos aos quais os pacientes se tornam expostos durante o período de internação hospitalar. Sabe-se que a infecção primária de corrente sanguínea, além de trazer comorbidades associadas à doença de base do paciente, também prolonga os custos e o tempo de internação, trazendo maior risco ao paciente. Faz-se necessária, sendo ela passível de prevenção, a adoção de ações que visem a minimizar a sua incidência e os seus riscos associados. Referências • Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde;2014. • Scientific Committee on Infection Control, Infection Control Branch, Centre for Health Protection, Department of Health – Janeiro de 2010