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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

ÁREA DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CAMPUS APROXIMADO DE CAMPOS NOVOS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

REVISÃO DE LITERATURA:
LAPAROSCOPIA APLICADA EM GRANDES ANIMAIS

Trabalho de revisão de literatura apresentado ao Curso


de Medicina Veterinária, Área das Ciências Agrárias, da
Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC,
como requisito parcial para o componente curricular da
Clínica Cirúrgica de Grandes Animais.

Docente: Prof. Laís Muniz Arruda Pereira

Discentes: Andrielly de Vargas,


Inaê Simara Hackbarth,
Lara Julia Dogenski,
Maria Eduarda Ceni Marin.

Campos Novos – SC
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. REVISÃO DE LITERATURA 5
2.1 Aplicação da laparoscopia em Equinos 5
2.2 Aplicação da laparoscopia em Ruminantes 7
2.3 Equipamentos utilizados 8
2.4 Acesso em ruminantes 9
2.4.1 Fossa Paralombar 9
2.4.2 Fossa paralombar direita 9
2.4.3 Fossa ventral 10
2.5 Acesso em equinos 10
2.5.1 Flanco direito 10
2.5.2 Flanco esquerdo 10
2.5.3 Linha ventral 11
2.6 Técnica cirúrgica da laparoscopia 11
2.7 Vantagens e Desvantagens da laparoscopia 14
2.8 Relato de caso 15
2.8.1 Procedimento cirúrgico 15
2.8.2 Cuidados pós-operatórios 17
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 18
REFERÊNCIAS 19
1. INTRODUÇÃO

Na primeira década do século XIX, Philipp Bozzini desenvolveu a primeira


peça a fim de visualização das cavidades corporais, sendo utilizado um endoscópio
rudimentar com uma fonte luminosa de vela de cera (TORRES, 2011). Em virtude
disso, Bozzini passou a ser conhecido como “pai da endoscopia”, assim dando início
à uma nova modalidade médica, sendo ampliada à medicina veterinária em 1901.
De acordo com Harrell e Heniford (2005), o primeiro evento da exploração
laparoscópica na medicina veterinária foi realizado pelo cirurgião alemão George
Kelling (1901), o qual utilizou cães para estudar os efeitos hemostáticos do emprego
do pneumoperitônio com ar sob alta pressão sobre as hemorragias intra-abdominais.
Desde então, o uso e o estudo da laparoscopia na medicina veterinária com enfoque
clínico e cirúrgico tem sido aplicado rotineiramente em casos específicos, facilitando
a resolução de enfermidades e auxiliando em diagnósticos específicos.
Segundo Martínez (2022), as ações médicas menos invasivas e que
demonstram um menor sofrimento dos pacientes sempre foram o ápice da busca de
grandes estudiosos na história médica.
A laparoscopia é considerada uma técnica minimamente invasiva que permite
a inspeção de toda a cavidade abdominal, sendo possível realizar a avaliação de
órgãos e estruturas presentes anatomicamente nessa região, além de
procedimentos cirúrgicos específicos (SILVA, STOPIGLIA & FANTONI, 2002). A
mesma é realizada através da introdução de um endoscópio rígido, denominado
laparoscópio, o qual penetra na cavidade através de um trocarte (FERNANDES et
al., 2021).
O procedimento deve ser realizado sob anestesia geral, com a realização de
pequenas incisões para introduzir os trocarteres e, por meio deles, são inseridos as
pinças específicas utilizadas para o procedimento laparoscópico. Além disso, o
abdômen deve ser insuflado com auxílio de gás carbônico permitindo uma melhor
visualização das estruturas intra-abdominais que serão manuseadas durante o
procedimento (FERNANDES et al., 2021).
Geralmente, o procedimento laparoscópico é frequentemente recomendado
por ter uma capacidade de oferecer um menor nível de invasão ao paciente, uma
vez que não há a exposição diretamente interna da cavidade abdominal
(FERNANDES et al., 2021). Além disso, há menor risco de ocorrer hemorragias ao
longo do procedimento, podendo ter vantagens na recuperação dos animais.
Ademais, o período após o procedimento se torna mais confortável em relação à
dores, manejos, tempo de recuperação e reabilitação, visto que são mais fáceis e
rápidos (MARTÍNEZ, 2022).
Para submeter os animais ao devido procedimento, pode-se citar algumas
técnicas diagnósticas ou curativas como criptorquidectomia, enterotomia,
ooforectomia, colopexia, herniorrafia, adrenalectomia, gastropexia, oclusão do
espaço renosplênico, biópsias, cistotomia e nefrectomia (SILVA, STOPIGLIA &
FANTONI, 2002).
O presente trabalho tem como objetivo descrever o procedimento de
laparoscopia instituída aos bovinos e aos equinos com ênfase na técnica cirúrgica.
Além disso, abordar as situações rotineiras que se pode estabelecer e utilizar o
procedimento e enfatizar as vantagens e as desvantagens do mesmo.
2. REVISÃO DE LITERATURA

Segundo Andreollo et al., (1999) a indicação da laparoscopia vem sendo cada


vez mais frequente na complementação diagnóstica e conduta terapêutica de
afecções abdominais e repercussão sistêmica em grandes animais. Com isso, novas
aplicações da técnica vem surgindo na medicina veterinária, principalmente na
medicina equina, espécie a qual a técnica é difundida à bastante tempo.
Os procedimentos realizados na laparoscopia podem ser divididos em
diagnósticos e cirúrgicos. O procedimento laparoscópico com finalidade diagnóstica
é realizado por meio de acesso mínimo, porém com natureza invasiva e, por isso,
deve ser utilizado somente após todos os outros procedimentos diagnósticos não
invasivos terem sido realizados, tais como palpação retal, abdominocentese,
ultrassonografia e gastroscopia. Já os procedimentos com finalidade terapêutica, ou
seja, cirúrgica, diferem entre as espécies, podendo ser aplicados de forma
minimamente invasiva no trato gastrointestinal, sistema reprodutor, dentre outros
(SILVA et al., 2008).

2.1 Aplicação da laparoscopia em Equinos

Sabe-se que é comum na espécie equina a ocorrência de alterações e


patologias na cavidade abdominal. Por isso, e levando em conta as particularidades
anatômicas da espécie, assim como a dificuldade muitas vezes de obter ferramentas
eficientes para o diagnóstico e tratamento de certas enfermidades, utilizar meios
minimamente invasivos e com boa precisão e capacidade de visualização interna
dos órgãos pode ser uma alternativa vantajosa na clínica. Neste viés, a laparoscopia
vem sendo bastante difundida e aplicada com finalidade diagnóstica e abordagem
terapêutica nesta espécie a alguns anos, e tem se mostrado uma ferramenta
bastante eficiente em certas situações clínicas (NÓBREGA et al., 2011).
Podem ser descritos dentre os procedimentos com finalidade diagnóstica na
espécie equina, a inspeção das estruturas intra-abdominais, assim como a punção,
aspiração e biópsia de órgãos e demais estruturas. Já dentre os procedimentos
laparoscópicos com objetivo cirúrgico, é possível citar a drenagem ou excisão de
massas intracavitárias e em órgãos, herniorrafia, cistorrafia, ovariectomia e correção
de criptorquidismo dentre as aplicações mais frequentes descritas na literatura
(SILVA et al., 2000).
De acordo com Silva et al. (2000), no uso diagnóstico na medicina veterinária,
a biópsia via laparoscópica é realizada mais comumente, principalmente em órgãos
parenquimatosos como baço, rim e fígado, não somente em casos de
neoformações, mas também como parâmetro para avaliação o grau de lesão,
recuperação e cicatrização destes. A biópsia hepática é mais frequentemente
realizada em equinos através da laparoscopia, sendo que Feldman & Ettinger
(1976), afirmaram que sem o exame histopatológico do tecido hepático, o tratamento
das afecções fica inespecífico, assim como o prognóstico do paciente. Segundo
Trostle (2000), a laparoscopia fornece o diagnóstico definitivo de algumas causas de
cólica em equinos, como a duodeno-jejunite proximal e estrangulamento do intestino
delgado, possibilitando uma decisão mais segura da conduta a ser tomada. Ainda de
acordo com Trostle (2000), a laparoscopia auxilia na diferenciação entre doenças de
tratamento clínico e cirúrgico em equinos com sinais de dor abdominal, como em
quadros de abdome agudo que é uma das principais causas de urgência na
medicina equina, determinando ou não a necessidade de intervenção cirúrgica.
Dentre os procedimentos cirúrgicos que podem ser realizados na espécie
equina, estão a retirada de massas intracavitárias, como pequenos nódulos,
lipomas, abscesso e neoplasias (TROSTLE, 2000). A retirada de testículos retidos
no abdômen em caso de animais criptorquidas, suturas do anel inguinal para
correção de hérnia inguino escrotal, ovariectomia para retirada de neoplasias
ovarianas em éguas e, sutura para fechamento do espaço anatômico chamado de
nefro esplênico, cujo local é de frequente aprisionamento do intestino na síndrome
cólica equina, caracterizando um quadro de encarceramento nefro-esplênico (SILVA
et al., 2000). Outras indicações menos comuns incluem a nefrectomia
vídeo-assistida e reparo da hérnia diafragmática, este último quando a insuflação
não oferece risco de pneumotórax (SMITH et al., 2005).
Há ainda a modalidade de laparoscopia seriada, onde esta é aplicada no
monitoramento de processos inflamatórios abdominais e como ferramenta auxiliar na
decisão do momento ideal para indicar a intervenção cirúrgica. Além disso, a
laparoscopia pode ser aplicada para avaliar a cavidade abdominal após uma cirurgia
convencional, para verificar a ocorrência de aderências, por exemplo (TROSTLE,
2000).
2.2 Aplicação da laparoscopia em Ruminantes

Segundo Traub-Dargatz (1992), em ruminantes a laparoscopia é mais


utilizada quando já foi identificado a estrutura ou órgão acometido, e se deseja
avaliá-lo com mais detalhes. Quando não há possibilidade de diagnóstico através de
métodos comuns, a laparoscopia pode ser considerada uma alternativa menos
invasiva e eficaz do que a laparotomia exploratória (ANDERSON et al., 1993).
Em pequenos ruminantes, a laparoscopia era mais atribuída a exames do
trato reprodutivo (FRANZ et al., 2008), sendo que atualmente a laparoscopia é
considerada uma alternativa importante de diagnóstico, considerando a
impossibilidade da palpação transretal nestes animais.
Com o objetivo diagnóstico, podem ser citados a realização de biópsias
guiadas por laparoscopia, onde é possível visualizar o órgão de escolha para
avaliação e prognóstico (BABKINE & DESROCHERS, 2005). A primeira técnica de
biópsia guiada por laparoscopia descrita em bovinos foi a biópsia renal (NAOI et al.,
1985), onde esta permite a avaliação de doenças glomerulares e tubulares,
inflamação, fibrose e neoplasia (VALENTINE, 2005). Outra aplicação é a biópsia
hepática que pode diagnosticar várias afecções, como lipidose hepática, alterações
vacuolares, necrose, anomalias vasculares, amiloidose e armazenamento de cobre,
assim como alterações sugestivas de inflamação e neoplasia (VALENTINE, 2005).
Além da biópsia, há ainda a possibilidade da ruminoscopia, uma técnica adaptada
que permite a visualização do rúmen e retículo, através da via oral com uso do
endoscópio ou através do acesso por fístula ruminal em flanco esquerdo (FRANZ et
al., 2006).
Já com o objetivo cirúrgico, foram descritos na literatura o procedimento de
anastomose intestinal realizado em vacas por Hamad et al. (2003). Além deste, a
ovariectomia laparoscópica também já foi realizada em vacas, onde (BLEUL;
HOLLENSTEIN; KÄHN, 2005) verificaram a eficácia da técnica unilateral e bilateral
através da fossa paralombar esquerda. Ainda no aspecto reprodutivo, há outras
possibilidades de aplicações da laparoscopia, entretanto menos comuns, como a
avaliação da viabilidade intra uterina, avaliação da fisiologia dos órgãos reprodutivos
e aplicação em biotecnologias, sendo está última inclusive a primeira utilização da
laparoscopia em bovinos por Lambert et al. (1983), que através da fossa paralombar
direita avaliou os ovários e realizou a técnica de aspiração folicular. No entanto, a
laparoscopia para intervenções no abomaso é a mais descrita na literatura, sendo
que Janowitz (1998), afirma que a correção do deslocamento de abomaso à
esquerda de forma mini-invasiva é uma das principais aplicações da laparoscopia
em bovinos.

2.3 Equipamentos utilizados

Para a realização da técnica de laparoscopia é necessário fazer o uso de


diversos equipamentos e instrumentos cirúrgicos. Entre eles, é de grande aplicação
o sistema óptico, sistema de insuflação, trocartes, cânulas, tesouras, sondas de
palpação e diferentes pinças (BOURÉ, 2005).
O sistema óptico contém um endoscópio flexível sendo o mais utilizado na
técnica, um gerador de luz e um cabo de fibra óptica. O mesmo, permite uma melhor
visualização e movimentação em torno dos órgãos, além de apresentar menos
trauma e maior segurança para os tecidos (CHAMNESS, 2005).
A bomba de insuflação pode estar acoplada ao gerador de luz e tem como
função, mensurar e regular o nível de fluxo, pressão intra abdominal e indicam a
quantidade de gás armazenado na cavidade abdominal (BOURÉ, 2005). Além disso,
apresenta alternativas, na qual, auxilia na visualização da distensão do flanco em
animais em estação ou a separação entre o abomaso e o peritoneu parietal em
animais em decúbito dorsal (BABKINE, DESROCHERS, BOURÉ & HÉLIE, 2006).
A insuflação da cavidade pode ser feita com a ajuda de instrumentos
específicos, como a agulha de Veress, no qual possui uma extremidade cortante e
um obturador rombo, os mesmos, são acionados por uma mola no momento que
entra na cavidade. Esses instrumentos permitem a proteção da região (TWEDT &
MONNET, 2005).
Os instrumentais cirúrgicos utilizados pelo cirurgião tem como intuito facilitar a
aplicação da técnica, contribuem na abertura da cavidade abdominal, visualizar
estruturas anatômicas e proceder o procedimento. O trocarte-cânula é utilizado para
apresentar a cavidade abdominal e permitir a introdução do laparoscópio e os
instrumentos cirúrgicos (FISHER, 2002).
O trocater contém um região cortante, no qual, a mesma realiza a abertura
para que somente a cânula seja inserida. Ambos os instrumentos facilitam a
conexão com o sistema de insuflação, a entrada e saída dos instrumentos,
mantendo a preservação e integridade das vísceras e os tecidos subjacentes
(BOURÉ, 2005).

2.4 Acesso em ruminantes

Segundo a literatura são descritas 3 principais áreas de acesso para a


realização da técnica, fórnice vagina e fossa paralombar ou ventral. Porém, para
Dargatz (1992) a técnica de Fórnice vaginal não é recomendada, pois, a parede retal
dificulta a visão tornando o procedimento ineficiente.

2.4.1 Fossa paralombar esquerda

O acesso pela fossa paralombar esquerda é o mais utilizado na correção de


deslocamento do abomaso, cranialmente ao acesso é possível observar o saco
dorsal do rúmen, retículo disposto na superfície parietal do baço e o baço. O baço é
disposto pela superfície irregular, apresenta cápsula esbranquiçada e translúcida e o
restante do órgão difunde em uma coloração vermelho escuro e azul-acinzentado
(ANDERSON et al., 1993).
Na região caudal, avalia-se o saco dorsal e o saco cego dorsal do rúmen,
além disso, no espaço médio-dorsal localiza-se o rim esquerdo, sendo que cranial
ao mesmo está disposto o lobo esquerdo do pâncreas (ANDERSON et al., 1993).
Para mais, também são encontrados na exploração a bexiga, útero e ovário
esquerdo, manipulação do reto, centro tendinoso e a parte costal do diafragma são
visualizados (BABKINE & DESROCHERS, 2005). Dessa forma, essa técnica é
indicada para o diagnósticos de afecções que afetam a região cranial esquerda do
abdômen (ANDERSON et al., 1993).

2.4.2 Fossa paralombar direita

A laparoscopia do lado direito permite a avaliação cranialmente da porção


descendente do duodeno, lobos caudado e direito do fígado, podendo ainda
visualizar o ducto cístico e a vesícula biliar (WILSON & FERGUSON, 1984). Além
disso, na mesma projeção está localizado o rim direito caudal ao ligamento que une
o fígado a parede abdominal, omento maior e menor e o lobo direito do pâncreas
(ANDERSON et al., 1993).
Na projeção caudal do lado direito observa-se, ovário direito, útero, cólon
descendente e mesocólon eminentes na linha média dorsal. Algumas porções do
intestino delgado, bexiga e conforme a posição do animal é possível avaliar a
superfície caudomedial do saco dorsal do rúmen (ANDERSON et al., 1993).

2.4.3 Fossa ventral

A abordagem se predispõe pela linha média ventral com visualização


cranialmente a parte esternal e o centro tendinoso do diafragma, à direita da sua
linha está presente o abomaso com a exploração da zona pilórica. O lobo esquerdo
do fígado nem sempre é possível visualizar pela sobreposição do abomaso e o
retículo, no qual, o omaso também tem sua visualização sobreposta pelo omento
maior (BABKINE & DESROCHERS, 2005). Na porção caudal temos todo o omento
maior impedindo qualquer visualização das vísceras na técnica.

2.5 Acesso em equinos

A laparoscopia é a principal técnica empregada para a visualização e


diagnóstico de patologia que afetam o sistema gastrointestinal de equinos. Os
principais acessos utilizados para que se obtenha a realização dessa técnica é pelo
flanco direito ou esquerdo e em alguns casos pela linha ventral, no qual, é possível
visualizar diferentes órgãos e estruturas (SILVA et al., 2000).

2.5.1 Flanco direito

O acesso pelo flanco direito possibilita visualizar o duodeno, base do ceco,


fígado, diafragma, bexiga, alças intestinais do intestino delgado, cólon menor e reto,
além de facilitar a identificação do anel inguinal direito nos machos e o corno uterino
e ovário direito nas fêmeas (FISCHER et al., 1986)

2.5.2 Flanco esquerdo

A realização do exame laparoscópico pelo lado esquerdo pode-se observar o


ligamento nefro-esplênico, baço, aspecto dorsal do estômago, diafragma e fígado
em pequenas porções, e na posição caudal tem-se a apresentação do intestino
delgado, cólon maior e menor, anel inguinal esquerdo, ovário, corno uterino
esquerdo e bexiga (GALUPPO et al., 1995).
2.5.3 Linha ventral

A abordagem pela linha média ventral proporciona melhor visualização das


estruturas e das topografias dos órgãos abdominais. Nesta técnica o estômago,
lobos hepáticos, baço, ceco, cólon maior e menor, intestino delgado, anel inguinal
em machos e útero nas fêmeas são de fácil exploração e visualização através do
procedimento (SILVA et al., 1997).

2.6 Técnica cirúrgica da laparoscopia

Para o completo entendimento sobre a realização da técnica cirúrgica


laparoscópica é de extrema relevância a análise da anatomia laparoscópica da
cavidade abdominal. Para Galuppo (2001), essa avaliação é necessária para
realização de procedimentos laparoscópicos diagnósticos e terapêuticos, tornando o
prognóstico mais acurado e tendo uma decisão mais precisa no caso de
intervenções cirúrgicas em grandes animais. Em grandes animais, a técnica de
laparoscopia é mais difundida em equinos comparado com ruminantes.
Para formulação de um diagnóstico de enfermidades abdominais por
laparoscopia em ruminantes e equinos segue-se de alguns pontos importantes e
similares entre as espécies. Ragle (1996), destaca que antes do procedimento ser
realizado é importante que haja a redução da ingestão de alimentos, sendo
necessário jejum de 18 a 24 horas para procedimentos em estação e 24 a 36 horas
para procedimentos em decúbito, para que tenha-se redução da ingesta no sistema
gastrointestinal. O consumo de água deve permanecer ad libitum (FISCHER et al.,
1991).
Os animais devem estar devidamente contidos, sob efeito de sedação,
anestesia geral, anestesia local e analgesia, combinando fármacos específicos para
cada espécie, de acordo com a abordagem cirúrgica laparoscópica escolhida.
Para o acesso pelo flanco - técnica mais utilizada em ambas as espécies, equinos
(figura 1) e bovinos (figura 2) devem ser preparados de forma asséptica antes do
procedimento laparoscópico. A tricotomia ampla deve ser delimitada cranialmente
pela 15ª costela, caudalmente pela tuberosidade coxal e, ventralmente, até 30 cm
dos processos transversos das vértebras lombares (RAGLE et al., 1996).
Figura 1 - Tricotomia flanco esquerdo em equino Figura 2 - Tricotomia flanco esquerdo em bovino

Fonte: Nóbrega, 2010. Fonte: Vet Center, 2016.

Em cirurgias laparoscópicas em estação é necessário uso de anestesia local


na região da incisão. Segundo Fischer (1991), a anestesia local é obtida por
infiltração subcutânea e intramuscular de 30 a 40 mL de lidocaína 2%, em
ruminantes usa-se a técnica conhecida como “L” invertido.
Devem ser utilizados campos cirúrgicos estéreis que protejam desde a
cabeça até a cauda do animal (figura 3).

Figura 3 - Campos estéreis em torno do campo cirúrgico

Fonte: Servicios Veterinarios Equinos Integrales, 2016.

A sequência citada é descrita como protocolo tanto para equinos, quanto para
bovinos. Segundo Hanson (1999), em equinos as pequenas incisões variam de 1 a
1,5 cm na fossa paralombar para introdução dos equipamentos laparoscópicos e
estão demonstradas na figura 4.
Figura 4 - Incisões para introdução dos equipamentos

Fonte: Hanson, 1999.

A partir dessas incisões é possível realizar a dissecação dos tecidos,


formando portais para acoplagem dos trocateres para inserção das cânulas para
insuflação da cavidade e posterior inserção do laparoscópio e pinças. As imagens
serão geradas em um monitor (figura 5), de acordo com a movimentação das mãos
do cirurgião no trans-cirúrgico, e a base para a maioria das cirurgias laparoscópicas
em equinos e bovinos é por meio desse acesso (HANSON, 1999).

Figura 5 - Monitor conectado ao laparoscópio

Fonte: Alsafy, 2013.

Por fim, após realizada a intervenção cirúrgica, é realizada a rafia da fáscia e


musculatura com padrão contínuo simples e dermorrafia com ponto isolado simples.
O fio varia de acordo com a disponibilidade e preferência do cirurgião. Por se tratar
de uma técnica minimamente invasiva a recuperação do pós cirúrgico é rápida e
necessita de cuidados básicos como analgesia e higiene das pequenas incisões
(HANSON, 1999).

2.7 Vantagens e Desvantagens da laparoscopia

A laparoscopia oferece inúmeras vantagens quando comparada à laparotomia


exploratória, tais como: a possibilidade de realizar a técnica em estação, o que
oferece a visualização ampla de algumas estruturas não abordadas quando o animal
está em decúbito, como o forame epiplóico e o duodeno (SMITH et al., 2005); o
exame via laparoscopia é considerado rápido; menor custo quando comparado a
laparotomia convencional, incluindo menor gasto com medicamentos (SILVA et al.,
2000); devido a menor extensão da incisão oferece menor desconforto e riscos no
pós-operatório (BECK et al., 2003); melhor condição estética da cicatriz e menor
tempo de internação (GEIER, 2004); melhor preservação da função pulmonar
(MACEDO et al., 2004); possibilita ação terapêutica durante o procedimento
originalmente diagnóstico (BECK et al., 2003). Além destes, Campos (2004)
observou menor incidência de aderências de vísceras no pós-cirúrgico, e menor
tempo de recuperação do paciente, visto que, de acordo com Cohen et al., (2003) a
função imunológica é melhor preservada e a destruição de células mesoteliais é
menor, induzindo a uma menor resposta inflamatória.
Entretanto, como toda técnica a laparoscopia apresenta algumas
desvantagens, as quais compreendem o alto custo inicial para a aquisição do
equipamento; risco de perfurações em vísceras, vasos sanguíneos ou outras
estruturas no ato da passagem do trocarte pela parede abdominal, podendo causar
hemorragias ou peritonite; limitação da visualização de estruturas localizadas mais
ventralmente no abdômen (SILVA, 1999). Além destas, ocasionalmente pode gerar
desconforto em consequência da insuflação, podendo levar a dificuldade respiratória
devido ao pneumoperitônio, em consequência do deslocamento do diafragma e,
arritmias cardíacas (FERNANDES et al., 2021).
2.8 Relato de caso

O presente relato tem por objetivo descrever a técnica de ovariectomia


bilateral laparoscópica de 22 éguas em estação.
Foi realizado no hospital universitário de Medicina veterinária da Universidade
da Califórnia, o procedimento de ovariectomia bilateral em 22 éguas entre 4 e 23
anos de idade, pesando entre 360 e 600 kg. Todos os animais possuíam ovários
normais determinados pela palpação.
Todas as informações contidas neste relato foram retiradas do artigo oficial e
estão referenciadas nas referências bibliográficas, por Christopher A. Hanson
(1999).

2.8.1 Procedimento cirúrgico

Todos os animais passaram por jejum alimentar de 24 a 36 horas antes do


procedimento. Medicamentos profiláticos foram utilizados como antibacterianos
(Penicilina procaína), analgésicos (Flunixin meglumine), e soro anti-tetânico aplicado
no pós-operatório. As éguas foram mantidas em estação durante o procedimento
com uso de sedação com detomidina e butorfanol para analgesia durante o
trans-cirúrgico.
Após isso, foi realizada a tricotomia e antissepsia de ambas as fossas
paralombares e anestesia local infiltrativa por via subcutânea e intramuscular com
lidocaína 2% para anestesia local. Foram feitos três portais na fossa paralombar de
1,5 cm, vertical a pele e inserido um trocater avançado através da musculatura
abdominal até o espaço retroperitoneal. Foi conectado o laparoscópio é realizada a
insuflação abdominal com dióxido de carbono e até que a pressão intra-abdominal
fosse a 15 mmHg.
Foi localizado o ovário esquerdo e o corno uterino. Antes da manipulação, o
ovário e o pedículo foram anestesiados com injeção de 15 a 20 mL de solução de
lidocaína 2% (figura 6).
Figura 6 - Anestesia local do ovário e pedículos

Fonte: Ximenes, 2018.

O pedículo ovariano foi dissecado seguindo pela secção do mesossalpinge,


tuba uterina e o ligamento ovariano próprio (figura 7).

Figura 7- Secção do mesossalpinge, tuba uterina e ligamento próprio

Fonte: Hanson, 1999.

O ovário foi agarrado e com uma pinça a alça da ligadura foi colocada ao
redor do pedículo (figura 8) e fortemente apertada, e cuidadosamente foi realizada a
secção do pedículo (figura 9).
Figura 8 - Ligadura ao redor do pedículo Figura 9 - Secção do pedículo

Fonte: Hanson, 1999. Fonte: Hanson, 1999.

Por fim, o ovário foi tracionado em direção a parede abdominal e retirado por
uma incisão feita pela união de dois portais. Depois de removido o laparoscópio e a
insuflação interrompida, as pequenas incisões foram suturadas em duas camadas. A
fáscia externa do músculo oblíquo externo do abdome foi fechada com poliglactina
número 0 em padrão simples contínuo e a pele foi fechada com pontos simples
interrompidos com fio inabsorvível. Todo o procedimento foi repetido do lado oposto.

2.8.2 Cuidados pós-operatórios

Após o procedimento as éguas foram mantidas confinadas, sendo


monitoradas duas vezes ao dia com avaliação de apetite, inspeção das incisões,
temperatura, pulso e frequência respiratória. A alimentação foi iniciada gradualmente
até os dois primeiros dias após a cirurgia. Foi recomendado exercícios leves e
repouso.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse viés, entende-se que a laparoscopia em grandes animais é uma


técnica moderna que ainda está em constante ascensão e é principalmente utilizada
devido suas característica de método minimamente invasivo, especialmente em
equinos. Em diversas situações clínicas, a laparoscopia tornou-se uma alternativa ao
uso da laparotomia, porém, ainda não a substitui em casos mais específicos.
Portanto, as laparoscopias têm-se mostrado alternativas menos invasivas e
agressivas na abordagem cirúrgica por seu menor tempo cirúrgico quando
comparada a outros métodos, com menores taxas de complicações e melhores
resultados estéticos, além de uma taxa satisfatória de recuperação dos animais
submetidos à técnica. Entretanto, para isso, necessita-se de profissionais
capacitados e especializados na técnica para que o procedimento seja realizado
com êxito e eficácia.
REFERÊNCIAS

ANDERSON, D. E., GAUGHAN, E. M. & ST.-JEAN, G. (1993). Normal laparoscopic anatomy of the
bovine abdomen. American Journal of Veterinary Research , 54 (7), 1170-6.

ANDREOLLO, N. A. et al. A laparoscopia no diagnóstico das doenças intra-abdominais. Análise


de 168 casos. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v.45, n.1, p. 34-38, 1999.

BABKINE, M. & DESROCHERS, A. (2005). Laparoscopic Surgery in Adult Cattle. Veterinary


clinics of North America. Food Animal Practice., 21, 251-79.

BABKINE, M., DESROCHERS, A., BOURÉ, L. & HÉLIE, P. (2006). Ventral laparoscopic
abomasopexie on adult cows. The Canadian Veterinary Journal, 47, 343-8.

BLEUL, U., HOLLENSTEIN, K. & KÄHN, W. (2005). Laparoscopic ovariectomy in standing cows.
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