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SUPER MATERIAL
CIRURGIA GERAL
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SUMÁRIO
01. ANATOMIA APLICADA À CIRUGIA
1. Introdução ......................................................................................................... 8
2. Acessos Cirúrgicos ....................................................................................... 8
Referências Bibliográficas ............................................................................. 15
02. CUIDADOS COM O PACIENTE CIRÚRGICO
1. Hidratação No Paciente Cirúrgico ..........................................................18
2. Analgesia No Paciente Cirúrgico ............................................................28
3. Nutrição No Paciente Cirúrgico ...............................................................34
4. Cicatrização .....................................................................................................43
Referências Bibliográficas ............................................................................. 51
03. AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
1. Introdução ....................................................................................................... 54
2. Avaliação Do Risco Cirúrgico ...................................................................56
3. Manejo Dos Medicamentos ..................................................................... 72
4. Classificação Das Cirurgias E Uso De Antibioticoprofilaxia......... 75
Referências Bibliográficas ............................................................................. 79
04. SUTURAS
1. Introdução ........................................................................................................82
2. Fases Da Cicatrização .................................................................................84
3. Materiais De Sutura .....................................................................................86
4. Suturas ..............................................................................................................93
5. Cuidados Pós-Sutura ............................................................................... 102
Referências Bibliográficas .......................................................................... 104
05. ABDOME AGUDO
1. Definição....................................................................................................... 107
2. Fisiopatologia E Etiologias...................................................................... 107
3. Quadro Clínico ............................................................................................. 111
4. Diagnóstico .................................................................................................. 111
5. Tratamento .................................................................................................. 112
6. Abdome Agudo Inflamatório .................................................................114
7. Abdome Agudo Obstrutivo ................................................................... 126
8. Abdome Agudo Perfurativo .................................................................. 136
9. Abdome Agudo Isquêmico .................................................................... 143
9.3. Clínica ......................................................................................................... 147
10. Abdome Agudo Hemorrágico............................................................ 152
Referências Bibliográficas........................................................................... 159
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06. APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL)
1. Anatomia E Definição............................................................................... 163
2. Epidemiologia.............................................................................................. 165
3. Fisiopatologia ............................................................................................. 165
4. Quadro Clínico ........................................................................................... 167
5. Apendicite Em Situações Especiais.................................................... 172
6. Diagnóstico E Classificação................................................................... 173
7. Tratamento .................................................................................................. 182
Referências Bibliográficas .......................................................................... 190
07. DIVERTICULITE AGUDA
1. Introdução ..................................................................................................... 193
2. Diverticulose ................................................................................................ 194
3. Diverticulite .................................................................................................. 198
4. Epidemiologia.............................................................................................. 199
5. Fatores de risco .......................................................................................... 200
6. Classificação................................................................................................ 202
7. Diagnóstico .................................................................................................. 203
8. Tratamento ................................................................................................... 211
9. Prognóstico e prevenção........................................................................ 219
10. Seguimento ............................................................................................... 220
Referências bibliográficas........................................................................... 224
08. MEGACÓLON
1. Definição....................................................................................................... 227
2. Megacólon Agudo ..................................................................................... 228
3. Megacólon Crônico ................................................................................... 236
4. Megacólon Tóxico...................................................................................... 243
Referências Bibliográficas .......................................................................... 254
09. CIRURGIA DE CONTROLE DE DANOS
1. Introdução ..................................................................................................... 257
2. Estágios Da Cirurgia ................................................................................ 259
Referências Bibliográficas .......................................................................... 272
10. COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
1. Introdução ..................................................................................................... 275
2. Complicações Da Ferida Operatória ................................................. 275
3. Febre ............................................................................................................... 282
4. Complicações Pulmonares .................................................................... 285
5. Complicações Gastrointestinais ..........................................................288
6. Outras Complicações .............................................................................. 291
Referências Bibliográficas .......................................................................... 292
5
ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 6
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SUMÁRIO
1. Introdução ......................................................................................................... 8
2. Acessos cirúrgicos ........................................................................................ 8
Referências Bibliográficas ............................................................................. 15
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 8
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 9
Tela subcutânea
Pele
Músculo oblíquo
Fascia transversalis externo do abdome
Músculo
Gordura pré-peritoneal oblíquo interno
do abdome
Peritônio Músculo
transverso do
abdome
Figura 1: Camadas da parede abdominal. Fonte:Netter Interativo. 2004.
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 10
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3 8
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 11
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 12
Figura 3: Inventário da Cavidade Abdominal. Da esquerda para direita – andar superior do abdome, andar inferior e
retroperitonio.
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 13
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA
Cicatrização
Linhas de
Tensão da Pele
Perpendiculares
aos músculos
Laparotom
Camadas Incisão
Acessos Fechamento
Mediana
Fáscia
Oblíqua
Transversalis
Gordura
Tóraco-Abdominal
pré-peritônio
Peritônio
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ANTOMIAPLCDAÀIRUGA 15
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
TOWNSEND C.D., BEUCHAMP R.D., EVERS B.M., MATTOX K.L. Sabiston: Tratado de Ci-
rurgia, A Base da Prática Cirúrgica Moderna. 18ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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CUIDADOS COM O
PACIENTE CIRÚRGICO
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SUMÁRIO
1. Hidratação No Paciente Cirúrgico ..................................................... 18
2. Analgesia No Paciente Cirúrgico ....................................................... 28
3. Nutrição No Paciente Cirúrgico .......................................................... 34
4. Cicatrização ................................................................................................ 43
Referências Bibliográficas ........................................................................ 51
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 19
SAIBA MAIS!
Os eletrólitos, quando em uma solução aquosa, comportam-se como íons. Os íons são a me-
nor porção de um elemento químico que conserva as suas propriedades. Os cátions são os
íons que tem carga elétrica positiva, como o sódio (Na+) e o potássio (K+). Os ânions são os
íons que tem carga elétrica negativa, como o cloro (Cl-) ou o bicarbonato (HCO3-). O equilí-
brio químico de uma solução significa a existência de igual número de cátions e ânions. Os
eletrólitos são quantificados em miliequivalentes, que correspondem à milésima parte de um
equivalente grama, ou simplesmente equivalente. O equivalente de uma substância é a me-
nor porção da substância, capaz de reagir quimicamente e, corresponde ao peso atômico ou
ao peso molecular, dividido pela valência. Em geral, nos líquidos do organismo, os eletrólitos
são considerados em termos de miliequivalentes por litro (mEq/L).
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CRISTALOIDES COLOIDES
• CLORETO DE SÓDIO 3%
• DEXTRAN
• CLORETO DE SÓDIO 7,5%
• GELATINAS
• CLORETO DE SÓDIO 10%
• AMIDO
• COLETO DE SÓDIO 20%
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ELETRÓLITO RINGER
SF 0,9% RINGER PLASMA LYTE PLASMA
(MEQ/ML) L ACTATO
SÓDIO 154,0 147,5 130,0 140,0 136-145
POTÁSSIO - 4,0 4,0 5,0 3,5-5,0
CÁLCIO - 4,5 3,0 - 4,4-5,2
CLORETO 154,0 156,0 109,0 90,0 98-106
MAGNÉSIO - - - 3,0 1,6-2,4
LACTATO - - 28 - -
AC E TATO - - - 27 -
GLUCONATO - - - 23 -
OSMOLARIDADE 309 309 272 294 290-303
pH 5,5-6,2 5,0-7,5 6,0-7,5 7,4 (6,5-8,0) 7,4
Tabela 3. Composição das soluções x plasma
SAIBA MAIS!
O ringer lactato é a solução mais utilizada para a reanimação dos pacientes graves, víti-
mas de politraumas, pacientes em choque hemorrágico ou choque por outras etiologias não
traumáticas.
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TAQUICARDIA / TAQUIPNEIA
OLIGÚRIA
IRRITABILIDADE
CONFUSÃO MENTAL
HIPOTENSÃO ARTERIAL
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REPOSIÇÃO EXPANSÃO
VOLÊMICA VOLÊMICA
DESIDRATAÇÃO
TIPO DE CIRURGIA INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
ALTERAÇÕES NO ESTADO MENTAL
PERDAS NO PÓS-OPERATÓRIO
(DRENOS, COMPLICAÇÕES) OLIGÚRIA
JEJUM ACIMA DE 6-8 HORAS ACIDOSE LÁTICA
NO PRÉ-OPERATÓRIO
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 24
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EXCEDENDO 400mL
DRENOS
EM 8h (>50mL/hora)
AVALIAR O PACIENTE
PARA VOLUME DE REPOSIÇÃO
SAIBA MAIS!
O paciente com ostomia é um paciente com alto risco para desidratação (especialmente nas
ostomias altas), pois o fluido não passará por todo o trato gastrointestinal, dificultando ou im-
pedindo a absorção de líquido.
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO
FLUXOGRAMA – HIDRATAÇÃO D
SIM
PRÉ-OPERATÓRIO
HIDRATAÇÃO NO
INTRAOPERATÓRIO
A AVALIAÇ
• PLANEJAMENTO DO
HIDRATAÇÃO INTRAOPERATÓRIO • AVALIAÇÃO DO RIS
• AVALIAÇÃO DE DOE
• BOA HIDRATAÇÃO
• PERDAS INSENSÍVE
LEVAR EM CO
• TIPO E DURAÇÃO D
• DRENO
PÓS-OPERATÓRIO • PERDAS PARA O TE
• PERDAS INSENSÍVE
• COMPLICAÇÕES (F
• OSTOMIAS
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 27
SAIBA MAIS!
A FLUIDOTERAPIA DEVERÁ SER RESTRITIVA OU LIBERAL?
Estudo Restrictive versus Liberal Fluid Therapy for Major Abdominal Surgery, do ano de
2018, comparou 2983 pacientes submetidos à cirurgia abdominal de grande porte, divididos
em dois grupos: fluidoterapia restritiva e fluidoterapia liberal. Complicações foram avaliadas.
Pacientes com fluidoterapia liberal tiveram menos lesão renal aguda. Não houve diferença
em complicações (por exemplo: edema agudo de pulmão). Na fluidoterapia liberal, o paciente
recebia o dobro do volume no intraoperatório e pós-operatório. Nesses casos, os pacientes
ficaram mais protegidos de uma lesão renal aguda no pós-operatório. Com isso, é importante
salientar que deve-se ofertar ao paciente um volume hídrico de forma adequada, calculada e
consciente.
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PROJETO ACERTO
RETENÇÃO HÍDRICA
DE 7L OU MAIS
SOBRECARGA DE
ÍLEO ADINÂMICO
SÓDIO DE 700mmoL
PERIGO!
EXCESSO DE FLUIDOS
ACIDOSE GANHO DE PESO
ENDOVENOSOS
HIPERCLORÊMICA DE 3 A 6kg
E SÓDIO NO
PERIOPERATÓRIO
MAIOR PERMANÊNCIA
TAQUIARRITIMIAS
HOSPITALAR
EDEMA PULMONAR
RISCO DE IMOS E ÓBITO
PÓS-OPERATÓRIO
FONTE: WWW.PERIOP.COM.BR
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 29
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 30
Essa avaliação tem que ser feita de prejuízo da fala, impedidas de relatar
forma contínua e regular, juntamen- sua dor.
te com os demais sinais vitais, como A partir de 2002, os autores da es-
por exemplo: temperatura, frequên- cala FLACC fizerem modificações
cia cardíaca, frequência respiratória nos descritores de avaliação, a fim de
e pressão arterial, com o objetivo de adequá-la ao atendimento de crian-
otimizar o cuidado e melhorar a qua- ças com comprometimento cognitivo,
lidade de vida do paciente. Essa es- na faixa etária entre 4 e 19 anos. In-
cala auxilia o profissional e o paciente titulando-a FLACC revised (FLACCr),
a acompanhar sua melhora de acordo os autores também alteraram e am-
com a conduta analgésica tomada. pliaram para quatro orientações de
aplicação da escala.
Escala de FLACC A FLACCr apresenta cinco categorias
de avaliação, com escores somados
A escala de avaliação de dor FLACC
que variam entre zero e dez. A auto-
foi desenvolvida em 1997, com base
ra classificou os escores da seguin-
em parâmetros comportamentais ,
te forma: dor leve ( zero a três), dor
destinada à utilização dos profis -
moderada (quatro a seis) e dor in-
sionais da saúde, visando contribuir
tensa (sete a dez).
para a prática clínica na avaliação da
dor em crianças não verbaisou com
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO
FLUXOGRAMA – AVALI
AVALIAÇÃO DA DOR
SINAIS E
SINTOMAS CATEGOR
EXAME LEVE
FÍSICO NÃO INTERFERE NAS
DRENOS ATIVIDADES DIÁRIAS
FACE
INCISÕES E
DISPOSITIVOS
MODERADA
CATETERES
INTERFERE NAS
TIPO DE ATIVIDADES, MAS
CIRURGIA NÃO INCAPACITA PERNAS
CUIDADOS
NO PÓS- INTENSA
OPERATÓRIO
INCAPACITA PARA AS
ATIVIDADES DIÁRIAS ATIVIDAD
CHORO
FONTE:
ESCALA VISUAL: https://enfermagemflorence.com.br/escalas-
de-avaliacao-da-dor-em-uti/ ESCALA DE FLACC: Bussotti et
al. Adaptação cultural para o português do Brasil da escala de
CONSOL
avaliação de dor Face, Legs, Activity, Cry, Consolability revised
BILIDAD
(FLACCr). Rev. Latino-Am. Enfermagem vol 23 no. 4 Ribeirão
Preto july/Aug. 2015.
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DOR MODERADA
OPIOIDES FORTES
MORFINA, METADONA,
FENTANIL, OXICODONA
DOR FRACA +/- NÃO-OPIOIDES
OPIOIDES FRACOS + ADJUVANTES
TRAMADOL, CODEÍNA
+/- NÃO-OPIOIDES
NÃO-OPIOIDES + ADJUVANTES
DIPIRONA, PARACETAMOL,
ANTI-INFLAMATÓRIOS
NÃO ESTEROIDES
+ ADJUVANTES
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 34
SAIBA MAIS!
A Escala de Status de Desempenho – ECOG, ou Performance Status, avalia determinados
critérios para medir como a doença afeta as habilidades de vida diária do paciente. Ela des-
creve o nível de funcionamento de um paciente em termos de sua capacidade de cuidar de si
mesmo, de suas atividades diárias e de sua capacidade física. A escala foi desenvolvida pelo
Grupo de Oncologia Cooperativa Oriental (ECOG), publicada em 1982.
34
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35
CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO
FLUXOGRAMA – INTERVEN
G
P
SUPLEMENTAÇÃO
ORAL HIPERPROTEIC
PR
O AC
DESNUTRIÇÃO
FO
OU NUTRIÇÃO ENTERAL
INADEQUADA
CONCENT
PRÉ-DIGE
PARENTERAL
OA
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NUTRIÇÃO
ENTERAL
PÓS-PILÓRICO GÁSTRICO
FONTE: http://www.minutoenfermagem.com.br/
postagens/2015/06/24/sondagem-nasogastrica/
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INDICAÇÕES
ESVAZIAMENTO CONTRA INDICAÇÕES
GÁSTRICO RETARDADO INSTABILIDADE
FALHA NA ANASTOMOSE HEMODINÂMICA
GASTROINTESTINAL NUTRIÇÃO CAPACIDADE DE
ÍLEO PARALÍTICO / PARENTERAL RECEBER ALIMENTAÇÃO
OBSTRUÇÃO MECÂNICA ORAL E/OU ENTERAL
FÍSTULAS DURAÇÃO PREVISTA DO
GASTROINTESTINAIS JEJUM INFERIOR A 5 DIAS
COMPLICAÇÕES DA SONDA DOENÇA TERMINAL
AVALIAR INDICAÇÕES E
DE ALIMENTAÇÃO CONTRAINDICAÇÕES
CATETER TOTAL
CONTROLE
DO VOLUME
DE LIQUIDOS,
LOCAL DE NA INDICAÇÃO DA
PARCIAL ELETRÓLITOS,
PUNÇÃO DIETA PARENTERAL,
GLICOSE, CÁLCIO,
O MÉDICO TAMBÉM
MAGNÉSIO E
DEVERÁ TER UM
FÓSFORO – 1x/dia
PLANEJAMENTO DE
AMINOTRANSFERA-
DESMAME DA DIETA
SES, BILIRRUBINA E
TRIGLICERÍDEOS –
1x/SEMANA
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RETORNO
DAS FUNÇÕES
DO TGI
ATÉ O PACIENTE
ORAL ENTERAL PROVISÓRIA VOLTAR A TER
TRÂNSITO INTESTINAL
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 41
SAIBA MAIS!
PROBIÓTICOS E SIMBIÓTICOS. São substâncias que estimulam o crescimento e a função
de micro-organismos intestinais benéficos. Essas bactérias (benéficas, próprias do TGI) ofer-
tadas ao paciente dificultam o crescimento e desenvolvimento de bactérias patogênicas ao
organismo. Esses suplementos podem ser administrados no pré-operatório ou no pós-opera-
tório, pelas vias enteral ou oral (idealmente no pré-operatório e por via oral). Seus benefícios
são a diminuição do risco de infecção do sítio cirúrgico e diminuição do tempo para retorno do
trânsito intestinal.
FÓRMULA DE HARRIS-BENEDICT
HOMENS MULHERES
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 42
PROJETO ACERTO
↓O BALANÇO
NITROGENADO
NEGATIVO
↓A FASE CATABÓLICA MELHORAR A
PÓS-TRAUMA CICATRIZAÇÃO
ALTA PO MELHORAR A
BENEFÍCIOS
MAIS PRECOCE FUNÇÃO IMUNE
↓A TRANSLOCAÇÃO
↓O PERÍODO DE ÍLEO BACTERIANA FONTE: WWW.PERIOP.COM.BR
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 44
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 45
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 46
Gráfico 2:Correlação entre a substituição do colágeno e evolução da força tênsil. Fonte: Adaptado de Witte e Barbul,
1997.
46
CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO
SÍNTESE DE MA
EXTRACELUL
CONTRIBUIÇÃO ANGIOGÊNE
48-96H FIBROPLAS
MACRÓFAGOS
APÓS A LESÃO
FASE F
INFLAMATÓRIA PROLIF
EPITELIZAÇÃO
ENDOTÉLIO LESADO
CASCATA DE
COAGULAÇÃO
PLAQUETAS
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 48
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 49
mais lenta.
PERFUSÃO TECIDUAL
• Nutrição: o paciente des-
nutrido (hipoalbuminemia, hi- HIPOTERMIA E DOR
povitaminoses) cicatriza de
maneira deficiente. A deficiên- IDADE
cia de vitamina C é um fator a
parte no processo de cicatriza- NUTRIÇÃO
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CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 50
50
CUIDAOSCMOPACIENTCIRÚGCO 51
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Avaliação da dor em repouso e durante atividades no pós-operatório de cirurgia cardí-
aca. http://www.scielo.br/pdf/abd/v78n4/16897.pdf
CAMPOS, A, C. et al. Cicatrização de feridas. ABCD. Arq. bras. cir. escavação. São Paulo,
2007.
Cicatrização: conceitos atuais e recursos auxiliares- Parte I.
PEREIRA, Esdras Edgar Batista; SANTOS, Nadia Barreto dos; SARGES, Edilene do Socorro
Nascimento Falcão. Avaliação da capacidade funcional do paciente oncogeriátrico hospitali-
zado.Rev Pan-Amaz Saude , Ananindeua , v. 5, n. 4, p. 37-44, dez. 2014 .
SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed.
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AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
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SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................................................. 54
2. Avaliação Do Risco Cirúrgico .............................................................. 56
3. Manejo Dos Medicamentos ................................................................ 72
4. Classificação Das Cirurgias E Uso De Antibioticoprofilaxia.... 75
Referências Bibliográficas ........................................................................ 79
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AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 54
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AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 55
Hb
< 40 anos Ht
Coagulograma
ECG
55
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 56
56
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 57
57
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 58
CLASSIFICAÇÃO RISCO
TIPO DE OPERAÇÃO
DE RISCO CARDÍACO
Alto > 5%
Cirurgias vasculares (aórtica, grandes vasos, vascular periférica)
Cirurgias de urgência ou emergência
Operações prolongadas com grande
perda de fluido e sangue
Tabela 3.Risco de complicações cardiovasculares dos procedimentos cirúrgicos. Fonte: Martins (2015)
58
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 59
59
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI
SIM
Operação
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AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 61
Testes não invasivos para isquemia: Pacientes com teste não invasivo nor -
Os principais testes não invasivos mal realizado nos últimos 2 anos e pa-
para isquemia são teste ergométrico, cientes com revascularização completa
ecocardiograma de estresse e cintilo- cirúrgica ou percutânea nos últimos 5
grafia de perfusão miocárdica. O prin- anos e que permanecem estáveis cli-
cipal questionamento no momento da nicamente também não necessitam de
solicitação do teste não invasivo é se novos testes não invasivos.
ele vai modificar a conduta periopera-
tória, incluindo a solicitação de testes
invasivos ou a modificação das me- Estratégias protetoras cardíacas
dicações protetoras perioperatórias. As estratégias protetoras cardíacas
Caso a resposta seja não, o teste não no período perioperatório podem ser
deve ser solicitado. resumidas em:
As possíveis indicações para solicita- • Revascularização profilática no
ção de testes não invasivos são: pré-operatório;
• Condições cardíacas isquêmi - • Cardioproteção farmacológica no
cas descompensadas, como an - perioperatório;
gina classe III ou IV ou angina
progressiva; • Monitorização intraoperatória;
61
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 62
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AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 63
63
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 64
64
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 65
65
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 66
RISCO DE INSUFICIÊNCIA
RISCO DE PNEUMONIA
RESPIRATÓRIA
Odds ratio (IC Odds ratio (IC
Pontos (1) Pontos (2)
95%) 95%)
Fatores de risco
Operação de aneurisma 14,3
Procedimentos 4,29 (3,34-5,5) 15 27
de aorta abdominal (12,0-16,9)
3,92 8,14
Operação torácica 14 21
(3,36-4,57) (7,17-9,25)
Operação abdominal 2,68 4,21
10 14
alta (2,38-3,03) (3,80-4,67)
Operação da cabeça e 2,30 3,10
8 11
pescoço (1,73-3,05) (2,40-4,01)
2,14 4,21
Neurocirurgia 8 14
(1,66-2,75) (3,80-4,67)
Operação vascular 1,29 4,21
3 14
arterial (1,10-1,52) (3,80-4,67)
1,56
Anestesia geral 4 - -
(1,38-1,80)
Operação de 1,33 3,12
3 11
emergência (1,07-1,72) (2,83-3,43)
Transfusão de ≥ 5 con- 1,35
3 - -
centrados de hemácias (1,07-1,72)
5,63
Idade (anos) ≥ 80 17
(4,62-6,84) 1,91
6
3,58 (1,71-2,13)
70-79 13
(2,97-4,33)
2,38 1,51
60-69 9 4
(1,98-2,87) (1,36-1,69)
1,49
50-59 4 - -
(1,23-1,81)
2,83
Grau funcional Dependente 10
(2,33-3,43) 1,92
7
Parcialmente 1,83 (1,74-2,11)
6
dependente (1,63-2,06)
Diminuição de 10%
Disfunções 1,92
do peso nos últimos 6 7 - -
orgânicas (1,68-2,18)
meses
1,72 1,81
DPOC 5 6
(1,55-1,91) (1,66-1,98)
1,47
AVC 4 - -
(1,26-1,82)
66
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 67
Diminuição da 1,51
4 - -
consciência (1,36-1,80)
1,47
Ureia <16mg/dL 4 - -
(1,26-1,72)
1,24
Ureia = 44-60mg/dL 2 - -
(1,11-1,39)
1,41 2,29
Ureia > 60mg/dL 3 8
(1,22-1,64) (2,04-2,56)
2,53
Albumina < 3 g/dL - - 9
(2,28-2,80)
Uso de corticoesteroide 1,33
3 - -
crônico (1,12-1,58)
Tabagismo no último 1,28
Hábitos 3 - -
ano (1,17-1,42)
1,24
Álcool (2 drinques/dia) 2 - -
(1,08-1,42)
ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO PULMONAR
Escore de risco de pneumonia Escore de risco de insuficiência respiratória
Risco es-
Risco es-
Pontos Risco Classe de Risco timado de
Classe de risco timado de Pontos (2)
(1) pulmonar risco pulmonar insuficiência
pneumonia
respiratória
0-15 I Baixo 0,24% 0-10 I Baixo 0,5%
16-25 II Baixo 1,19% 11-19 II Baixo 2,2%
Intermedi-
26-40 III Intermediário 4,0% 20-27 III 5,0%
ário
41-55 IV Alto 9,4% 28-40 IV Alto 11,6%
>55 V Alto 15,8% >40 V Alto 30,5%
Tabela 5. Escores de risco para complicações pulmonares pós-operatórias. Fonte: Martins (2015)
67
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 68
68
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 69
Idade 4-60 anos Idade 61 - 74 anos Idade > 75 anos AVC (< 1 mês)
História de TVP/ Artroplastia maior eletiva
Pequenas cirurgias Artroscopia
TEP dos membros inferiores
História familiar de Fratura de quadril, pele
IMC > 25 kg/m² Cirurgia geral > 45min
trombose ou membros inferiores
Traumatismo agudo da
Edema de membros inferiores Neoplasia Fator V de Leiden
medula espinal (< 1 mês)
Protrombina
Varizes Imobilização (>72h)
mutante
Anticoagulante
Gravidez ou pós-parto Acesso venoso central
lúpico
Abortamento espontâneo recorren- Anticorpo
te ou sem causa aparente anticardiolipina
Uso de anticoncepcional oral ou Hiper-homocistei-
terapia de reposição hormonal nemia
Trombocitope-
Sepse (1 mês) nia induzida por
heparina
Doença Pulmonar (1 mês), incluindo
pneumonia
Função pulmonar alterada
IAM
Insuficiência cardraca congestiva (1
mês)
Doença inflamatória intestinal
Paciente clínico acamado
Tabela 6. Escore de Caprini. Fonte: Martins (2015)
Escore: 0-1 ponto - risco muito baixo; 2 pontos - risco baixo; 3-4 pontos - risco moderado; ≥ 5 pontos - risco alto.
69
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI
ALGORITMO DE AVALIAÇÃO DO R
Risco alto
70
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 71
71
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 72
Heparina não fracionada 5.000 UI, SC, a cada 12 horas 5.000 UI, SC, a cada 8 horas
Enoxaparina 20 mg, SC, 1X/dia 40 mg, SC, 1X/dia
Dalteparina 2.500 UI, SC, 1X/dia 5.000 UI, SC, 1X/dia
1.900 UI, SC, 1X/dia se peso < 70 kg 3.800 UI, SC, 1X/dia se peso < 70 kg
Nadroparina
2.850 UI, SC, 1X/dia se peso ≥ 70 kg 5.700 UI, SC, 1X/dia se peso ≥ 70 kg
Fondaparinux 2,5 mg, SC, 1X/dia 2,5 mg, SC, 1X/dia
Tabela 7.Doses de medicamentos para a profilaxia do TEV. Fonte: Martins (2015)
SAIBA MAIS!
Em situações de insuficiência renal com clearancede creatinina < 30mL/min, a profilaxia deve
ser realizada idealmente com heparina não fracionada com controle de TTPa (que não deve
se alterar) ou heparina de baixo peso molecular com controle de atividade antifator Xa (que
deve estar <0,5 UI/mL). A redução da dose de heparina de baixo peso molecular pela metade
é uma opção às alternativas anteriores.
Não existem dados sobre a segurança do uso de apixabana e rivaroxabana em pacientes
com clearance < 50 mL/min. A dose de dabigatrana deve ser reduzida para 150 mg/dia em
pacientes com clearancede 30 - 50 mL/min. Nenhum deles deve ser usado com clearance
< 30 mL/min.
72
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 73
considerar sua substituição por agen- no dia da cirurgia. Podem ser subs-
tes EV (p. ex., metoprolol, propranolol) tituídos por agentes EV somente se
em caso de jejum prolongado. houver indicação por complicações
como hipertensão ou arritmias.
Inibidores da enzima converso -
ra da angiotensina e bloqueado - Diuréticos:Sua manutenção está
res do receptor de angiotensina lI: associada a risco de: hipovolemia,
Sua manutenção está associada a hipotensão (depleção do volume in-
risco de: hipotensão (pelo bloqueio travascular pode potencializar efeito
da resposta do sistema renina-an - hipotensor de anestésicos) e hipopo-
giotensina-aldosterona à perda volê- tassemia. Recomenda-se manter o
mica), deterioração da função renal e uso e suspendê-lo no dia da cirurgia.
hiperpotassemia. Podem ser utilizados EV para manejo
A suspensão do uso, por sua vez, é de hipervolemia e congestão no perí-
associada à hipertensão no pós-ope- odo perioperatório.
ratório. Recomenda-se manter o uso,
inclusive no dia da cirurgia, se a indi- Alfa-2-agonistas:Sua suspensão
cação for por hipertensão. Se a indi- pode levar a hipertensão grave e is-
cação for por insuficiência cardíaca e quemia miocárdica. Há benefício com
PA basal for baixa, deve-se suspen- o seu uso por conta de suas proprie-
der o uso no dia da cirurgia. Pode-se dades analgésicas, sedativas e ansio-
considerar trocar por agente de meia- líticas, como adjuvantes. Recomen -
-vida mais curta, como captopril, para da-se manter o uso, inclusive no dia
facilitar o manejo pós-operatório. da cirurgia.
73
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 74
74
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 75
Em casos com glicemia < 100 mg/dL, glicose hipertônica a 25%, EV; ins -
deve-se instalar aporte de glicose de talar aporte de glicose em 5-10 g/h
5-10 g/h (p. ex., 100 mL/h de SG5%) (preferir 10 g/h); e repetir glicemia ca-
ou introduzir aporte de glicose de pilar a cada 15 minutos até glicemia
75-125 mL/h de SG 5% no início do > 80mg/dL.
jejum com uso de insulina conforme A Tabela 8 resume como deve ser o
glicemia capilar. manejo de alguns medicamentos no
Em casos de glicemia < 70 mg/dL, pré-operatório.
deve-se administrar bolusde 60 mL
75
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 76
TAXA DE
CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
INFECÇÃO
Não traumática
Sem inflamação
Limpas (Classe I) Sem quebra na técnica 2,10%
76
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 77
77
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI
TP/TTPa HMG Cr
GJ ECG RX de
Tórax
Na e K > 40 ANOS HM
Cr
DIABÉTICOS
GJ
ECG AVALIAÇÃO
OBESIDADES
OPERATÓ
GJ
Cr
Na e K HEPATOPATA DPOC
BT e
Cr frações RX de Tó
TP/TTPa ALBUMINA
HMG
78
AVLIÇÃOPRÉ-EATÓI 79
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Carvalho AM et al. Protocolo de Avaliação Pré-Anestésica da Maternidade Escola Assis
Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará. 2016.
Cohn SL et al. Evaluation of Cardiac Risk Prior to Noncardiac Surgery. UpToDate, 2020.
Martins MA et al. Manual do Residente de Clínica Médica. 1. ed., Barueri, SP: Manole, 2015.
Townsend CM et al. Sabiston Tratado de Cirurgia: A Base Biológica da Prática Cirúrgica Mo-
derna. 19. ed. Saunders - Elsevier, 2014.
79
SUTURAS
80
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................... 82
2. Fases Da Cicatrização ............................................................................ 84
3. Materiais De Sutura ................................................................................ 86
4. Suturas ......................................................................................................... 93
5. Cuidados Pós-Sutura .......................................................................... 102
Referências Bibliográficas ..................................................................... 104
81
SUTRAS 82
82
SUTRAS 83
83
SUTRAS 84
Egito Antigo
Século VIII
Século XIII
Século XIV
Século XVI
Século XIX
84
SUTRAS 85
85
SUTRAS 86
1. Hemostasia
Fase Inflamatória
2. Quimiotaxia
3. Migração epitelial
5. Maturação
6. Contração
8. Remodelamento da cicatriz
86
SUTRAS 87
87
SUTRAS 88
Figura 2. Configuração dos fios de sutura. Adaptada de: Bioline Fios Cirúrgicos Ltda.
88
SUTRAS 89
89
SUTRAS 90
FIOS INABSORVÍVEIS
Multifilamen-
Mono ou multifilamen-
Configuração tar, trançado e Multifilamentar Monofilamentar Monofilamentar
tar trançado
revestido
Perde 50% em Perde 50% em
Força Tênsil Perde 11% em um ano Elevada Elevada
um ano seis meses
Maleabilidade Alta Alta Baixa Baixa Baixa
Segurança do
Alta Alta Baixa Alta Baixa
nó
Tecidos em
geral, incluindo Tecidos em Áreas de grande
Indicações gerais Suturas vascu-
cardiovascu- geral, incluindo tensão e cicatriza-
Indicação sendo mais usado em lares ou mesmo
lares, oftal- gastrointesti- ção lenta, como o
suturas de pele hernioplastia
mológicos e nal e pele esterno e tendões
neurológicos
FIOS ABSORVÍVEIS
Ác.
Categute Vicryl PDS Monocryl
Poliglicólico
Multifilamentar
Configuração Multifilamentar Multifilamentar trançado Monofilamentar Monofilamentar
torcido
Mantém 60%
Mantém 75% Mantém 50% ao
Mantém por 7 a no sétimo dia Mantém 50% entre o 25°
Força Tênsil após duas final da primeira
10 dias e 50% no 25° e 30° dias.
semanas semana
dia
Segurança do
Boa Alta Alta Baixa Alta
nó
90
SUTRAS
Capacidade do
retornar a sua form
após ser manip
Absorvíveis
Inabsorvíveis Memória
Absorção
Força necessária
para que o fio sofra
algum rompimento Força Tênsil
Diâmetro
Origem Vi
Quanto maior o número de
zeros, menor o diâmetro do fio
Biológica: animal ou vegetal
Sintética
91
SUTRAS 92
Ponta
Ponta
Ponta
Cilíndrica Cortante com corte reverso Ponta cortante e corpo cilíndrico
Figura 4. Principais agulhas cirúrgicas disponíveis. Fonte: SAVASSI. Cirurgia Ambulatorial, 1999.
92
SUTRAS 93
Figura 5. Formatos e curvaturas das agulhas cirúrgicas. Fonte: Bioline Fios Cirúrgicos Ltda.
Retas x Circulares
93
SUTRAS 94
94
SUTRAS 95
95
SUTRAS 96
Figura 6. Ponto simples de pele. A e B: maneira correta de se dar o ponto. C: compensação no caso de bordas de
diferentes espessuras.Fonte: SAVASSI. Cirurgia Ambulatorial, 1999.
96
SUTRAS 97
97
SUTRAS 98
Suturas Contínuas
Este tipo de sutura tem maior indi-
cação nos casos em que há grandes
extensões para suturar e é necessário
ganhar tempo, porém seus resultados
deixam a desejar.
Ponto Simples Contínuo (chuleio
simples): consiste na confecção de
pontos simples, seriados e sem inter-
rupção. O nó é realizado no início e no
final da sutura. Possui técnica rápida
e de fácil execução. (Fig. 9).
98
SUTRAS 99
Ponto Contínuo Ancorado (chuleio A entrada e saída dos fios são reali-
festonado): Realizado da mesma zadas lado a lado, de forma contínua
forma que a sutura simples contínua, (Fig. 11).
porém com o cruzamento do fio en-
tre os nós. É utilizado para dar firmeza
à sutura, principalmente nas suturas
longas, conferindo maior fixação dos
lábios da sutura (Fig. 10).
99
SUTRAS 100
Nós Cirúrgicos
Os nós cirúrgicos têm extrema im-
portância durante o ato cirúrgico para
hemostasia e síntese. Eles podem ser
feitos manualmente, com o auxílio de
um porta-agulhas ou serem usados
ambos. O nó verdadeiro da sutura é
dado com 3 seminós: 1º contenção;
2º fixação; 3º segurança.
100
SUTRAS
Ponto Simples
Ponto em X
Separado
Fios e agulhas
adequados
Simetria
Nós cirúrgic
Tração adequada formados p
3 seminós
1º contenção 2º fixação
101
SUTRAS 102
102
SUTRAS
MAPA MENTAL:
Aproximação
bordas de tec
lesionados
1. Fase Inflamatória
seccionado
2. Fase Proliferativa
Fases da Cicatrização
3. Fase de Maturação
SUTURAS
Retas x Circulares Características
das Agulhas
Traumáticas x Atraumáticas
1º contenção
2º fixação
3º segurança
103
SUTRAS 104
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Anderson Ricardo Ingracio. Técnica cirúrgica . Caxias do Sul, RS: Educs, 2017.
Courtney M. Townsend, Jr. et al. Sabiston tratado de cirurgia. Tradução: Alexandre Maceri
Midão et al. 19. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
GOFFI, F. S. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da cirurgia.
4. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2001.
FONSECA, F. P. ; SAVASSI-ROCHA, P. R. Cirurgia Ambulatorial. 3. ed. Rio de janeiro: Edi-
tora Guanabara-Koogan, 1999.
MAGALHÃES, H. P. Técnica cirúrgica e cirurgia experimental. São Paulo: Elsevier, 1996.
104
ABDOME AGUDO
105
ABDOMEAGUDO 106
SUMÁRIO
1. Definição.................................................................................................. 107
2. Fisiopatologia e etiologias................................................................. 107
3. Quadro Clínico........................................................................................ 111
4. Diagnóstico............................................................................................. 111
5. Tratamento ............................................................................................. 112
6. Abdome Agudo Inflamatório............................................................ 114
7. Abdome Agudo Obstrutivo.............................................................. 126
8. Abdome Agudo Perfurativo............................................................. 136
9. Abdome Agudo Isquêmico............................................................... 143
9.3. Clínica.................................................................................................... 147
10. Abdome Agudo hemorrágico....................................................... 152
Referências Bibliográficas...................................................................... 159
106
ABDOMEAGUDO 107
1. DEFINIÇÃO Abdome
agudo
Nesse resumo abordaremos a defi - Abdome inflamatório
agudo Abdome
nição de abdome agudo e seus prin- obstrutivo agudo
cipais diagnósticos sindrômicos. Os
1 perfurativo
diagnósticos etiológicos serão abor-
dados com mais detalhes nos capí-
2 3
tulos específicos. O foco desse ma-
terial está no reconhecimento de um Figura 1: Causas mais comuns de abdome agudo
quadro de abdome agudo e quais
JOVENS IDOSOS
exames podem ser solicitados para
Doença biliar
determinar diagnóstico e guiar inter- Apendicite aguda Obstrução intestinal
venção necessária. Infarto intestinal
Diverticulite
Por definição, abdome agudo é um
grande quadro clínico abdominal va- Tabela 1: Causas mais comuns por idade.
riável que pode ser dividido em sín- As causas mais comuns de abdome
dromes, sendo cada uma delas ca - agudo são infecção, isquemia, obs -
racterizada por diferentes formas de trução ou perfuração.
instalação e progressão a depender
da sua etiologia. 2. FISIOPATOLOGIA E
O que todas as etiologias têm em co- ETIOLOGIAS
mum é a necessidade de definição
As causas mais comuns de abdome
diagnóstica imediata, para determinar
agudo são apendicite aguda, gastro-
a terapêutica adequada e necessida-
enterite aguda, síndrome do intes -
de de intervenção cirúrgica, reduzin-
tino irritável, várias cólicas e dor na
do a morbidade e a mortalidade.
ovulação.
A maioria dos casos requer encami-
Como dito anteriormente, o abdome
nhamento cirúrgico.
agudo pode ser dividido em grandes
síndromes:
CONCEITO: A expressão abdome
agudo refere-se a sinais e sintomas
de dor e sensibilidade abdominal, Abdome Agudo Inflamatório
uma manifestação clínica que, em É causada por processo inflamatório
geral, requer terapia cirúrgica de
emergência.
e/ou infeccioso em cavidade abdomi-
nal, órgãos ou estruturas adjacentes.
Costuma cursar com manifestações
O diagnóstico associado de abdome de peritonite e alterações de ritmo
agudo varia conforme a idade e o sexo. intestinal. Caracteriza-se por dor de
107
ABDOMEAGUDO 108
108
ABDOMEAGUDO 109
Essa síndrome será discutida com Tem caráter evolutivo e a dor costu-
mais detalhes ainda nesse capítulo. ma ser em cólica, geralmente perium-
bilical.
Abdome Agudo Perfurativo Pode apresentar causa mecânica, por
obliteração parcial ou total do lúmen,
Constitui-se a terceira causa mais co- ou funcional.
mum de abdome agudo gerando alta
Etiologias comuns: corpo estranho,
frequência de emergências abdomi-
bridas, hérnias, neoplasias, bolo de
nais não traumáticas.
áscaris.
Caracteriza-se por dor de início sú-
bito e intenso, difusa em todo abdo-
me, agravada com movimentação e
irritação peritoneal por derrame de
conteúdo de vísceras ocas no peri-
tônio.
A evolução natural da síndrome se
dá por inflamação química inicial com
posterior invasão bacteriana, agra -
vando o quadro.
Etiologias comuns: úlcera gastro -
duodenal, diverticulite, corpos estra-
nhos e neoplasia.
Figura 3:Tomografia Computadorizada de abdome
e pelve. Distensão e imagens hiperatenuantes arre-
dondadas em cólon sigmoide. Fonte: John Chii Tyng
Chao, Alexandre Joji Yagi, Frank Kenzo Tamura, Jessica
SE LIGA! Apesar de se caracterizar
Chia Sin Chen, Luiz Felipe Ferreira Fernandes, Tercio
como quadro agudo de início súbi- De Campos, Abdome agudo obstrutivo secundário a
to, a apresentação pode ser tardia fitobezoar como primeiro sintoma de tumor de cólon:
quando há tamponamento de uma relato de caso, Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa
úlcera, por exemplo. Casa São Paulo 2017
109
ABDOMEAGUDO 110
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
Figura 4: Congestão mesentérica. Sem líquido livre ou SINDRÔMICO ETIOLÓGICO
gás. Descontinuidade em Artéria Mesentérica Superior.
Fonte: https://radiopaedia.org/cases/mesenteri- Apendicite aguda, colecistite
Abdome agudo
c-ischemia?lang=us acesso em 11/12/2019 às 14:02 aguda, pancreatite aguda,
inflamatório
diverticulite.
Abdome Agudo Hemorrágico
Úlcera gastroduodenal,
Causado pela presença de sangue Abdome agudo
diverticulite, corpo estranho,
perfurativo
em cavidade abdominal. São mais neoplasias.
raros e geralmente acometem faixas Corpo estranho, bridas,
etárias mais avançadas. Abdome agudo
hérnias, neoplasias, bolo de
obstrutivo
áscaris.
Dor intensa, com rigidez e sinais de
hipovolemia, tais como hipotensão, ta- Abdome agudo
Gravidez ectópica rota, rup-
tura de aneurisma de aorta,
quicardia, palidez e sudorese. Como hemorrágico
rotura de baço.
há sangramento, a depender do vo-
lume e a velocidade de instalação do Embolia e trombose mesenté-
Abdome agudo rica com isquemia intestinal,
quadro, pode haver prejuízo neuroló-
vascular redução do débito cardíaco,
gico e a intervenção deve ser rápida. gastroenterites.
Em mulheres, sempre investigar ciclo Tabela 3: Diagnóstico Sindrômico x
menstrual e possibilidade de gravidez. Diagnóstico Etiológico
110
ABDOMEAGUDO 111
4. DIAGNÓSTICO
Anamnese Exames Complementares
111
ABDOMEAGUDO 112
112
ABDOMEAGUDO 113
113
ABDOMEAGUDO 114
6.2. Epidemiologia
Pancreatite
Causa biliar: sexo feminino
Causa alcoólica: sexo Diverticulite
masculino > 50 anos
114
ABDOMEAGUDO 115
Ileo paralitico
Fibras somáticas
cerebroespinais
Fibras autonômicas
Dor localizada
Distensão e contração visceral contínua e intensa
Dor abdominal
Exsudativa Transudativa
Náuseas e vômitos
Obstipação
FASE TARDIA
Tabela 7:Clínica de AAI
A dor abdominal é o sintoma prepon-
Presença de derante no AAI, podendo ser decor-
Fibrinopurulenta abscessos rente de um processo recente, como
na apendicite aguda, ou crônico agu-
dizado tal qual nos casos de colecistite
Dias de evolução
aguda por litíase biliar ou diverticulite
Fluxograma 2:Classificação de peritonite por doença diverticular do cólon. Cos-
Nas fases iniciais há ainda pouca ati- tuma ser progressiva e quando evolui
vidade inflamatória com aumento da com piora progressiva uma conduta
efusão peritoneal e quimiotaxia de cirúrgica é necessária na maioria das
células inflamatórias. Já nas fases tar- vezes.
115
ABDOMEAGUDO 116
Febre
Baixa – moderada (38°C)
*Pode estar ausente nas
Náuseas e vômitos fases iniciais
116
ABDOMEAGUDO 117
SAIBA MAIS:
Sinal de Rovsing: A palpação no cólon descendente desloca os gases para o cólon as-
cendente, atingindo o apêndice inflamado hipersensível, provocando dor.
Como definir?
Anamnese +
Hemograma TC Abdome USG
exame físico
Exclusão de causas
Leucocitose discre- Pacientes obesos ginecológicas em
ta com predomínio mulheres.
de neutrófilos.
Figura 6: TC Apendicite
Colecistite Aguda
Inflamação química e/ou bacteriana do conteúdo biliar e, consequente -
da vesícula biliar. Causas comuns são mente, um fluxo retrógrado. A esta-
litíase vesicular ou colelitíase. se desse conteúdo gera fenômenos
Normalmente se dá por impacta - vasculares e inflamatórios.
ção de um cálculo, gerando estase
117
ABDOMEAGUDO 118
prometimento na dependência da
SAIBA MAIS:
intensidade do processo inflamatório.
Diferenciar colelitiase, coledocoli- Pode haver irritação peritoneal e icte-
tiase e colecistite
rícia por impactação de cálculo no in-
Os termos colelitiase, coledocolitiase
e colecistite podem ser parecidos de
fundíbulo – essa impactação ocasiona
início e por isso, é importante dife- edema e obstrução do ducto hepático
renciá-los. comum, a chamada Síndrome de Mi-
Colelitíase é a presença de cálculos rizzi, e consequentemente, colestase.
na vesícula biliar. Coledocolitíase é a
presença de cálculos nos ductos bi-
liares, mais especificamente, no duc- CONCEITO: A Sindrome de Mirizzi
to colédoco e colelitíase é a presença é uma causa rara de icterícia obs-
de inflamação na vesícula biliar, que trutiva. Resulta da impactação de
pode ocorrer por cálculos ou não. um cálculo no cÍstico ou no colo ve-
sicular, causando compressão ex -
Dor abdominal: trínseca do ducto hepático comum
cólica, relacionada Localização: e inflamação, com ou sem fistuliza-
a ingestão de ali- Hipocôndrio di- ção. Sendo o tratamento de eleição
mentos (secreção reito > epigástrio de natureza cirúrgica, o diagnóstico
de colecistocinina > > dorso.
pré-operatório é particularmente
contração da vesícu- *Pode se tornar
difusa importante devido ao elevado risco
la biliar) de lesão iatrogénica da via biliar.
Como definir?
Raio-X de Anamnese +
USG de abdome TC de Abdome
abdome exame físico
Avaliação de órgãos e
Identificação de cál- Visualização de
estruturas adjacentes.
culos radiopacos. dilatação ductal
*Não é a melhor e impactação de
cálculos. Dúvidas diagnósticas
escolha.
(diagnóstico de
exclusão)
118
ABDOMEAGUDO 119
SINAL DESCRIÇÃO
Figura 7: Colecistite Equimoses e hematomas em
Sinal de Cullen
Fonte: Monteiro, Lima e Ribeiro, 2009. região periumbilical.
Sinal de Grey Equimoses e hematomas em
Pancreatite aguda
Turner região de flancos.
Processo inflamatório do pâncreas Tabela 10: Sinais de pancreatite
por ativação enzimática inadequada.
Apresenta um quadro menos bem ca-
racterizado. 80% dos casos estão re-
lacionados à doença biliar litiásica ou
ingestão de álcool, mas outras causas
podem ser apresentadas, como trau-
ma e infecções.
Localização:
região epigástrica
Dor: intensa e com irradiação
difusa para dorso (dor
em faixa)
Figura 8: Equimoses e hematomas em região perium-
Íleo paralítico: bilical e em região de flancos
Pancreatite Aguda
parada de elimi- Esses sinais são apresentados em
nação de fezes e
flatos e redução
casos severos e após quadro mais
Náuseas e vômitos dos ruídos hidro - tardio e são evidências de hemorra-
precoces e volumosos aéreos gia retroperitoneal.
Fluxograma 7: Pancreatite aguda
119
ABDOMEAGUDO 120
Amilase e lipase:
Os achados de clínicos e labora -
Anamnese +
exame físico aumento de 3x o toriais, assim como os achados de
valor de referência imagem, podem ser utilizados para
classificação prognóstica, pelas es-
Como definir? calas de Apache II e classificação de
Balthazar.
GRAU PONTOS
peri-pancreática
ça de ar intraperitoneal
NECROSE
Sem necrose 0
0-3 8 3
4-6 35 6
7-10 92 17
120
ABDOME AGUDO
121
ABDOMEAGUDO 122
Quer saber mais? Temos um resu- Disúria e polaciúria podem ser rela-
mo exclusivo de Pancreatite para tadas quando houver acometimento
você no Sanarflix! das vias urinárias (bexiga e ureter).
Anamnese +
Diverticulite aguda exame físico
Processo inflamatório de um ou mais
divertículos do cólon. Como definir?
Localização:
Dor abdominal: Fossa ilíaca es-
Contínua querda ou região
Cólica suprapubica >
Dorso ipsilateral
122
ABDOMEAGUDO 123
Apendicite Apendicectomia
123
ABDOMEAGUDO 124
124
ABDOMEAGUDO 125
* A adição de "E" indica cirurgia de emergência: (Uma emergência é definida como exis-
tente quando o atraso no tratamento do paciente levaria a um aumento significativo da
ameaça à vida ou parte do corpo)
Fonte: American Society Of Anesthesiologists, 2014.
125
ABDOMEAGUDO 126
RELEMBRANDO:
CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY
Estágio I Abscesso pericólico ou mesentérico
Estágio II Abscesso pélvico emparedado
Estágio III Peritonite generalizada purulenta
Estágio IV Peritonite fecal generalizada
126
ABDOMEAGUDO 127
127
ABDOMEAGUDO 128
128
ABDOMEAGUDO 129
129
ABDOMEAGUDO 130
Isquemia Translocação
Vômitos Acúmulo de Fluidos e Gás da Parede Bacteriana e
Intestinal Toxinas
Distúrbio Redução da Absorção
Hidroeletrolítico Estase
Perda de Redução da
Plasma e Absorção e
Sangue Motilidade
130
ABDOMEAGUDO 131
Obstrução
intestinal alta Obstrução
intestinal baixa
131
ABDOMEAGUDO 132
Exames laboratoriais
EXAMES ACHADOS
Desidratação, leucocitose (proces -
Hemograma so infeccioso, estrangulamento ou
perfuração)
Diabetes descompensado ocasio-
Glicemia
nando obstrução funcional
Podem indicar desidratação em ní-
Função renal veis baixos e evidenciar injúria renal
Figura 14: Empilhamento de moedas. Fonte: https://pe-
(ureia e aguda de origem pré-renal na vigên-
bmed.com.br/paciente-com-distensao-abdominal-e-pe-
creatinina) cia de desidratação grave ou choque ristalse-aumentada/ acesso em 17/12/2019 às 12:49
hipovolêmico quando elevados.
132
ABDOMEAGUDO 133
133
ABDOMEAGUDO 134
134
ABDOMEAGUDO 135
Obstrução intestinal
Analgesia Funcional
Correção
Hidroeletrolítica
SNG Corrigir Correção
hiperglicemia Hidroeletrolítica
Mecânica
Ressecação
Colón direito
+ colostomia
temporária
Hemicolectomia
Volvo sigmoide Retossigmoidoscopia direita + ileotrans-
versoanastomose
Síndrome Oglive Colonoscopia
Bypass
ileotransverso
135
ABDOMEAGUDO 136
SE LIGA! Importante lembrar que pode haver um quadro infeccioso após a perfuração
por instalação de uma peritonite química com posterior proliferação bacteriana.
136
ABDOMEAGUDO 137
Repercussão
Peritonite Invasão Intestino delgado
local e bacteriana
bacteriana
sistêmica As perfurações proximais geram peri-
Fluxograma 21: Fisiopatologia
tonite química inicialmente, já que há
As bactérias comumente encontra - extravasamento de enzimas ativas, e
das são: as perfurações mais distais são acom-
panhadas de peritonite bacteriana.
Pseudomonas
aeruginosa
Progressão de outros
processos inflamatórios
Bactérias comuns Kleibisiella sp (diverticulite e apendicite)
E. Coli
Volvos Doença
Fluxograma 22: Bactérias comuns
de ceco e Principais inflamatória
Agora falaremos sobre as principais sigmoide causas intestinal
causas e como os processos costu-
mam se instalar em cada topografia.
Lembrando que a divisão citada aci- Megacólon Síndrome
Neoplasias
ma sobre perfurações altas e baixas tóxico de Ogilvie
tem objetivo ilustrativo de como os
Fluxograma 23:Intestino Delgado – principais causas.
processos pode se dar com base no
Ligamento de Treitz. Nesse caso, di-
vidiremos em estômago e duodeno, CONCEITO: Divertículo de Me -
intestino delgado e intestino grosso. ckel é uma anormalidade congê -
nita comum no TGI por uma falha
Veremos que a fisiopatologia se rela- na obliteração durante o desen -
ciona e citaremos as principais etiolo- volvimento embrionário, gerando
gias por porção. um divertículo curto próximo à vál-
vula ileocecal. Uma das principais
complicações que podem ocorrer a
partir dele é a perfuração levando
Estômago e duodeno a um quadro de Abdome Agudo
Perfurativo.
As etiologias mais comuns são as úl-
ceras agudas e crônicas, sendo essa
137
ABDOMEAGUDO 138
Intestino grosso
flamatório, certo? O quadro da Di-
A peritonite é bacteriana desde o iní- verticulite, mesmo em AAI, pode
manifestar um quadro confundidor
cio. Além disso, a perfuração no colón com quadro perfurativo e obstru -
direito é mais grave que a do esquer- tivo. Uma das causas é essa: a di-
do, devido à alta virulência dos ger- verticulite pode ser uma etiologia
mes e pela consistência líquida das do abdome agudo perfurativo, mas
pelo conceito básico dessa síndro-
fezes. me, sabemos que ocorre por perfu-
ração desses divertículos após pro-
cesso inflamatório.
SAIBA MAIS: Nas obstruções me-
cânicas pode ocorrer o fenômeno
de alça fechada, quando a válvula As perfurações podem ocorrer em
ileocecal é competente (em 80% peritônio livre com extravasamento
dos casos), ou seja, não permite re- do líquido e difusão para toda a ca-
fluxo do conteúdo cecal para o íleo,
gerando distensão progressiva do vidade abdominal, florindo o quadro
ceco até sua perfuração. clínico típico, ou de forma bloquea-
da gerando sinais e sintomas locali-
Abdome agudo Doença zados – esses sinais e sintomas atí-
obstrutivo com inflamatória picos podem dificultar e retardar o
necrose intestinal intestinal diagnóstico.
Possíveis causas
8.4. Clínica
Divertículo Corpo Para discutir a clínica de cada sín-
Infecção
de Meckel estranho drome, precisamos nos ater sempre
Fluxograma 24: Principais causas – intestino grosso
à classificação principal, portanto, o
sintoma invariável é a dor abdomi-
nal. A partir disso, as demais ma-
RELEMBRANDO: A Síndrome de nifestações variam de acordo com
Ogilvie, como visto em abdome local em que ocorreu a perfuração,
agudo obstrutivo, também é co -
nhecida como pseudo‐obstrução
o tempo decorrido entre o início
intestinal aguda e caracteriza‐se do quadro e intervenção médica
pela dilatação das alças de cólon, e o grau de distribuição dos líqui-
podendo se estender até o reto, dos extravasados. Lembrando que
sem causas mecânicas.
alguns pacientes, como idosos e
imunosupressos podem ter o qua-
SE LIGA! Exploramos diverticulite
dro mascarado.
no capítulo de Abdome Agudo In-
138
ABDOMEAGUDO 139
139
ABDOMEAGUDO 140
Fluxograma 26:Divertículos
Devemos estar atentos, pois uma
possível evolução do quadro é o Cho- Corpos estranhos
que hipovolêmico.
Se um corpo estranho é in-
As informações diagnósticas de um gerido por via oral ou retal
AAP serão dadas de forma unificada é potencialmente capaz de
mais abaixo. causar um quadro de abdo-
me agudo perfurativo. O esô-
frago costuma ser o local mais acome-
Divertículos
tido por sua anatomia e localização,
A perfuração espontânea de um di- mas só a partir da cárdia, a perfuração
vertículo em peritônio livre com con- começa a manifestar sintomas abdo-
sequente peritonite é rara, porém gra- minais. Outros locais acometidos são
ve, podendo levar a óbito por sepse e locais de estreitamento, como piloro,
falência de múltiplos órgãos. angulações duodenais e flexura duo-
Surge por atividade cólica anormal, denojejunal.
modiciações da dieta ou fatores pre- Localização: região
disponentes constitucionais. Modifica- Dor: intensa epigástrica com
ções na estrutura muscular dificultam e difusa irradiação para dorso
(dor em faixa)
o esvaziamento do conteúdo fecal,
provocando erosões da mucosa e pro- Náuseas e vômitos
cessos inflamatórios. Além disso, se Corpo estranho precoces e
houver comprometimento da perfu - volumosos
são sanguínea dos divertículos, pode
Íleo paralítico
haver necrose e perfuração intramural.
Fluxograma 27: Corpo estranho
140
ABDOMEAGUDO 141
Radiografia simples
A radiografia é o exame inicial de escolha por ser um exame simples que mostra
com facilidade o melhor indicador de perfuração: pneumoperitônio.
O quadrante superior direito é onde mais frequentemente vemos ar livre. A sen-
sibilidade do exame pode ser elevada se o paciente permanecer na posição da
incidência por 10-20 minutos.
Pode ser solicitado em diversas incidências: ortostase, decúbito lateral e decú-
bito dorsal. Algumas incidências, como o decúbito horizontal possuem sensibili-
dade inferior, mas podem ser as únicas disponíveis no momento.
A radiografia em ortostase é ideal para identificar ar entre o diafragma e o fígado
ou estômago. Cerca de 50% do ar costuma se acumular abaixo do fígado ou no
espaço hepatorrenal.
Em decúbito lateral, temos boa visualização do ar entre o fígado e a parede abdo-
minal lateral, enquanto em decúbito dorsal podemos visualizar alguns sinais que
serão mostramos abaixo.
Sinais da radiografia em decúbito dorsal
SINAL RADIOGRÁFICO DESCRIÇÃO
delineamento da parede gástrica ou intestinal pela presença de gás na luz e na
Sinal de Rigler
cavidade peritoneal
⬇
CONTINUA
141
ABDOMEAGUDO 142
142
ABDOMEAGUDO 143
143
ABDOMEAGUDO 144
Idosos Aterosclerose
Na isquemia mesentérica aguda, te-
mos também as três principais:
a. Trombosis
arterial
b. Embolismo
arterial
c. Isquemia
mesentérica no
oclusiva
Isquemia
d. Trombosis
Mulheres mesentérica
venosa
crônica
Figura 18: Causas principais: Abdome Agudo Isquêmico
A rapidez do diagnóstico está in - Fonte: Malta-Ramirez GA et al. Isquemia mesentérica
trinsecamente ligada ao sucesso do aguda: urgencia que exige um abordaje diagnóstico
integral, 2015.
tratamento e prognóstico. A taxa de
mortalidade é elevada, com cerca de
30% nos casos de trombose e 75-
1 Oclusão da Artéria Mesentérica
Superior (AMS) por êmbolo (50%)
ou trombo (15-25%)
80% nos casos de obstrução arterial
atribuído ao diagnóstico tardio. 2 Trombose da Veia Mesentérica
Superior (VMS) (5%)
1 Isquemia colônica
(70-75%)
moide.
Essa lesão intestinal pode se dar por
dois mecanismos:
2 Isquemia mesentérica
aguda (20-25%) Hipoperfusão com hipóxia
3 Isquemia mesentérica
crônica (5%)
Reperfusão
144
ABDOMEAGUDO 145
1 Hipoperfusão
↑
extração O2
+ circulação
Sem dano
substancial
colateral
2 Hipoperfusão
prolongada
Vaso
↓ constricção
+ fluxo pelas
Necrose e infarto
transmurral
Perfuração
coaterais
145
ABDOMEAGUDO 146
146
ABDOMEAGUDO 147
2 Hipoperfusão intestinal
Variáveis clínicas
Pode variar desde um quadro súbito
(infartos) a quadros de angina ab -
Relação dor e refeições dominal crônica, além de apresentar
A hipoperfusão intestinal se dá pelo sintomas variáveis como:
desvio do sangue para o estômago.
Essa teoria é a mais consistente devi -
do a correlação temporal da dor.
Náuseas e Diarreia e
Outras causas raras são: compressão vômitos constipação
do tronco celíaco pelo ligamento me -
diano arqueado (síndrome da com -
pressão do tronco celíaco), displasia Sintomas
fibromuscular, dissecção de aorta ou
Sangramentos podem ocorrem na
artéria mesentérica, vasculites e fi -
brose retroperitoneal. isquemia mesentérica crônica e na
isquemia colônica, mas o principal
Por ser uma doença crônica, o curso
sintoma presença em todos os casos
insidioso permite a formação de va -
sos colaterais
é a dor abdominal.
147
ABDOMEAGUDO 148
Dor abdominal
pós-brandial
Aversão a Perda de
comida peso
Tríade da isquemia
Nesse caso, a dor abdominal é bastante variável:
Isquemia
Êmbolos ou Trombose mesentérica Êmbolos ou
trombos arteriais da VMS não oclusiva trombos
Quadrantes Lado
Epigástrica
inferiores esquerdo
Território Território
da AMS da AMI
148
ABDOMEAGUDO 149
Exames de imagem
Progressão da isquemia
Sinais de choque e peritonite genera- Devem ser solicitados nos casos de
lizada são achados tardios e indicam pacientes estáveis.
prognóstico ruim. O exame de primeira escolha pelo
Colégio Americano de Radiologia na
9.4. Diagnóstico emergência é a Tomografia compu-
tadorizada com contraste de ab -
dome, pois identifica aterosclerose e
SE LIGA! Qualquer paciente com exclui outras causas de dor abdomi-
dor abdominal aguda e acidose me- nal aguda.
tabólica tem isquemia intestinal até
que se prove o contrário!
ACHADOS
149
ABDOMEAGUDO 150
1 e 2: TC com bolhas de
ar na parede do intestino
delgado (setas brancas) e
espessamento de parede.
Figura 19:
Fonte: endler DA et al. Overvier of intestinal schemia in adults. Uptodate, jul/2018
Nos casos de trombose da VMS, podemos ver:
ACHADOS
Estenose ou oclusão de dois ou mais vasos mesentéricos
Vasos colaterais dilatados
Espessamento e realce da parede intestinal
Ingurgitamento da VMS
Trombo na VMS
Tabela 24:TC de abdome com trombose de VMS
150
ABDOMEAGUDO 151
151
ABDOMEAGUDO 152
Tratamento cirúrgico
O tratamento definitivo é cirúrgico e
pode ser necessário ressecção das
alças isquemiadas. A exploração ci-
Artéria mesentérica superior antes (A) e depois (B) da
rúrgica está indicada nos casos de: trombólise endovascular, com colocação de cateter na
origem do vaso.
Sinais de irritação peritoneal Figura 23:tratamento cirúrgico. Fonte: Pearl G. et al.
Acute mesenteric arterial occlusion. Uptodate: 2018
Sinais de infarto intestinal em imagem
Na isquemia mesentérica crônica ge-
Dúvida diagnóstica ralmente o tratamento é conservador
Tratamento cirúrgico visando a prevenção da progressão
Pode ser necessária uma segunda da aterosclerose com terapia antipla-
reabordagem (“second look”) em 24- quetária e anticoagulação nos casos
48h para reavaliar a persistência da de trombos. A revascularização é in-
isquemia. dicada nos sintomáticos com esteno-
Nos casos de oclusão arterial mesen- se importante com o objetivo de pre-
térica: venir infarto intestinal.
Laparotomia
Pancreatite
com embolectomia 10. ABDOME AGUDO
HEMORRÁGICO
Revascularização
Com trombos aberta ou angioplastia 10.1. Introdução
com trombólise in situ
Inumeras são as causas de hemor-
É feita usando
Revascularização
veia safena
ragia intra-abdominal. Possui etio -
logias variadas abrangendo desde
Fluxograma 30:Oclusão arteril mesentérica traumatismo abdominal, ruptura de
152
ABDOMEAGUDO 153
153
ABDOMEAGUDO 154
Ruptura de aneurisma
de aorta abdominal
TC de abdome sem contraste endovenoso mostrando aneuris- TC de abdome com contraste endovenoso mostrando aneuris-
ma de aorta infra-renal (seta preta), associado a massa hetero- ma de aorta infra-renal. Observa-se realce intraluminal da aorta
gênea envolvendo a região do aneurisma e se estendendo para (ponta da seta preta). Não foi identificado extravasamento do
a região paravertebral bilateralmente, mais acentuadamente à meio de contraste pata o interior do hematoma retroperitoneal
esquerda (posta da seta preta). (PsE = músculo psoas). (setas brancas), configurando aneurisma de aorta tamponado.
Figura 24: Achados na TC Figura 24: Achados na TC
154
ABDOMEAGUDO 155
1
drante superior direito ou no epi -
Aneurisma da artéria esplê - gástrio e mimetiza a colecistite e a
nica:é mais comum no sexo pancreatite agudas. Dependendo
feminino e é o aneurisma mais da localização, o sangramento pode
comum entre os vasos viscerais ab- exteriorizar-se por hematêmese ou
dominais, correspondendo a cerca de melena, por erosão dos ductos bilia-
60% de todos os aneurismas de ar- res ou do tubo digestivo.
térias viscerais. Tem como fatores de A ressecção, ou a obliteração, dos
risco para ruptura desse aneurisma a aneurismas da artéria hepática está
hipertensão venosa portal, fibrodis - indicada em todos os pacientes.
3
plasia arterial e gravidez.
O tratamento do paciente que é ad- Aneurisma da artéria mesen-
mitido no hospital com choque hipo- térica superior: é o terceiro
volêmico em decorrência de sangra-
mais comum. Ocorre em indiví-
mento por ruptura do aneurisma é
duos abaixo de 50 anos e distribui-se
a laparotomia exploradora imediata igualmente entre os homens e as mu-
associada à reposição agressiva da lheres. Os fatores de risco são a endo-
volemia com soluções cristalóides e,
cardite, os traumatismos e a arterios-
quando necessário, com hemoderi -
clerose. A maioria dos aneurismas da
vados. Quando o aneurisma se situa artéria mesentérica superior ocorrem
distalmente, nas proximidades do em consequência de endocardite bac-
baço, o tratamento consiste na liga-
teriana.
dura proximal da artéria, seguida de
esplenectomia. Os sintomas variam muito. Quando
o aneurisma compromete a irrigação
155
ABDOMEAGUDO 156
Ruptura de aneurisma
de aorta abdominal
Mais frequente no
sexo feminino Fatores de risco: ar- Se distribui igualmente
teriosclerose, trauma- entre os sexos
tismo, degeneração
Fatores de risco: gra- da camada média
videz, fibrodisplasia Fatores de risco: en-
e hipertensão venosa docardite, traumatis-
portal mo e arteriosclerose
156
ABDOMEAGUDO 157
Ruptura de aneurisma
de aorta abdominal
Fatores de risco:
cirurgias tubárias,
gravidez ectópica Sintomas: dor
prévia, uso de abdominal intensa, Tratamento: tratar
DIU, tabagismo, súbita, em baixo choque hipovolêmico, Ocorre em 1-2% das
endometriose ventre. salpingectomia gestações
10.4. Diagnóstico
Exames laboratoriais
Os exames laboratoriais podem ser importantes para quantificar o sangramento
e suas repercussões fisiológicas. Na maioria das vezes, auxiliam no reconheci-
mento de alguma condição predisponente ao sangramento. Poucos são os que
permitem definir sua causa.
157
ABDOMEAGUDO 158
Outrosmétodos diagnósticos
A ultrasonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética,
tem permitido o diagnóstico na maioria dos casos, com a vantagem de não se-
rem invasivos. A videolaparoscopia encontra sua indicação nos doentes com dor
abdominal aguda cuja indicação cirúrgica é duvidosa e nas afecções cuja corre-
ção cirúrgica é viável por esse método de acesso. Na dúvida diagnóstica, a vide-
olaparoscopia pode reduzir a realização de laparotomia desne- cessária de
19% para 0%.
Nas doenças ginecológicas agudas, a
videolaparoscopia é capaz de con-
firmar o diagnóstico em 82% dos
casos com cisto de ovário e em
80% das doentes com
hemorragia do corpo
lúteo. As contraindi -
cações do vide-
olaparoscopia
são insuficiên -
cia respiratória
grave, choque
hipovolêmico,
obesidade mór -
bida, múltiplas intervenções abdominais Design por pch.vector / Freepik
prévias e coagulopatias.
158
ABDOMEAGUDO 159
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160
APENDICITE AGUDA
(CIRURGIA GERAL)
161
SUMÁRIO
1. Anatomia e Definição.......................................................................... 163
2. Epidemiologia ......................................................................................... 165
3. Fisiopatologia ........................................................................................ 165
4. Quadro Clínico ...................................................................................... 167
5. Apendicite em situações especiais................................................ 172
6. Diagnóstico e classificação............................................................... 173
7. Tratamento ............................................................................................. 182
Referências Bibliográficas ..................................................................... 190
162
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 163
163
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 164
Região ileocecal
Parte terminal
do íleo
Óstio do apêndice
vermiforme
Apêndice vermiforme
Figura 2. Região ileocecal e apendice vermiforme.Fonte: Atlas de anatomia humana / Frank H. Netter. - 6. ed. - Rio
de Janeiro : Elsevier, 2014.
164
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 165
165
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 166
OBSTRUÇÃO
DISTENÇÃO
ISQUEMIA
PERFURAÇÃO
ABCESSO PERITONITE
166
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 167
ANARÓBICAS
Bacteroides fragilis 80
Bacteroides thetaiotaomicron 61
Bilophila wadsworthia 55
Peptosteptococcus spp. 46
Aeróbicas
Escherichia coli 77
Streptococcus virida ns 43
Estreptococos do Grupo D 27
Pseudomonas aeruginosa 18
Tabela 1. Bactérias Comumente Isoladas em Apendici-
te Perfurada. Fonte: Sabiston – tratado de cirurgia
4. QUADRO CLÍNICO
A apresentação sintomatológica ca-
racterística da apendicite aguda é
quadro inicial de dor abdominal ines-
pecífica (dor referida), de intensidade
167
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 168
Cicatriz
umbilical
Crista ilíaca
anterossuperior
direita ponto de
McBurney
168
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 169
SAIBA MAIS!
SINAIS NO EXAME FÍSICO DA APENDICITE!
O Sinal de Blumberg é um sinal médico caracterizado por dor ou piora da dor à compressão
e descompressão súbita do ponto de McBurney, também chamado de ponto apendicular.
É traçado uma linha que liga a cicatriz umbilical com a espinha ilíaca ântero-superior, como
apresentado em ilustração anterior. Divide-se esta linha em 3 partes, sendo o ponto referido
o local que corresponde ao encontro do terço médio com o terço distal da linha. Dor no ponto
de McBurney, percebido durante o exame físico, é indicativo de peritonite naquele local.
169
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 170
170
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 171
Ceco
Músculo
ilíaco
Ceco
Trocânter maior
do fêmur
Apêndice
inflamado
171
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 172
Dor em fossa
Vômito
ilíaca direita
dor migra
Dor abdominal
inespecífica Anorexia
periumbilcal
EXAME FÍSICO -
Febre > 38 graus
SINAIS
Sinal de complicação
172
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 173
173
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 174
174
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 175
175
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 176
Figura 9. Achados ultrassonográficos compatíveis com apêndice normal. As imagens A e B mostram um apên-
dice normal medindo cerca de 6 mm de dimensão transversal máxima (seta). O apêndice era compressível e ne -
nhuma hiperemia foi demonstrada (seta) na imagem Doppler (C). Fonte: https://www.uptodate.com/contents/
image?imageKey=RADIOL%2F83557&topicKey=SURG%2F1386&search=apendicite&rank=2~150&source=see_link
Figura 10. Paciente do sexo feminino, 19 anos, que se apresentou no pronto-socorro com dor no quadrante inferior
direito. O ultrassom em escala de cinza do apêndice é projetado nos planos longitudinal (A) e transversal (B). Observa -
-se um apêndice não compressível, medindo quase 20 mm de diâmetro, consistente com o diagnóstico de apendicite
aguda. As porções ecogênicas da mucosa e da submucosa da parede tornaram-se descontínuas (setas), sugerindo
interrupção como resultado de descamação. O ar luminal (pontas de seta) resulta em sombreamento posterior.
176
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 177
Figura 11. Achados ultrassonográficos de apêndice normal acima e apendicite abaixo. Fonte: SABISTON. Tratado de
cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saunders. Elsevier.
Figura 12. Paciente do sexo masculino, 38 anos de idade apresentando apêndice com paredes espessadas (4mm) e
perda de estratificação habitual.Fonte: https://doi.org/10.1590/S0100-39 842003000200004
177
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 178
Figura 13.Paciente do sexo masculino, 23 anos de idade. Observa-se pequena quantidade de líquido ao redor do
apêndice. Fonte:https://doi.org/10.1590/S0100-39842003000200004
178
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 179
Figura 14. Apêndice normal. Enema opaco ( A) e tomografia computadorizada (B- seta). Fonte:https://doi.
org/10.1590/S0100-39842007000300012
Figura 15. Tomografia computadorizada. Sinais de apendicite (espessamento parietal e densificação da gordu-
ra mesentérica) no flanco direito, em localização mais anterior que o habitual (seta). Fonte:https://doi.org/10.1590/
S0100-39842007000300012
Figura 16. Tomografia computadorizada. Paciente do sexo masculino, com diagnóstico de apendicite aguda. Sinal da
ponta de seta(seta preta). Fonte: https://doi.org/10.1590/S0100-39842007000300012
179
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 180
180
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL)
NÃO SIM
NÃO
Alvarado <4 Alvarado ≥ 4
Escore de
Escore de
Alvarado > 6 Alvarado Alvarad
entre 4 e 6
Escore de Alvarado modificada
Observar 12 horas
1 ponto: e refazer escore
• Dor migratória em quadrante inferior direito
• Anorexia
• Náuseas e/ou vômito Alvarado ≥ 4 Alvarado <4
• Dor à descompressão
• Elevação de temperatura >37,5°C
Avaliar outro
2 pontos: diagnóstico
• Defesa da parede no quadrante inferior
direito do abdome
• Leucocitose
181
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 182
182
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 183
183
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 184
Figura 18. Descrição – A: localização das possíveis incisões para uma apendicectomia aber-
ta. B: abertura por planos. C, D e E: ligação da base e divisão do apêndice. F: colocação de sutu-
ra em bolsa ou ponto Z. G: Inversão do coto apendicular. Fonte: https://www.uptodate.com/contents/
image?imageKey=SURG%2F53185&topicKey=SURG%2F1383&search=apendicite&source=outline_link&sp=0
184
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 185
185
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 186
Figura 19. Descrição A, Superior esquerda, localização das portas locais para apendicectomia laparoscópi-
ca. B, dissecção do mesoapêndice, que circunda o apêndice. C, Colocação de um Endoloop absorvível que cir-
cunda a base do apêndice. D, Divisão do apêndice por Endoloops. E, Colocação do apêndice em uma bolsa
de amostra antes da remoção do apêndice pela porta umbilical. Fonte:https://www.uptodate.com/contents/
image?imageKey=SURG%2F78264&topicKey=SURG%2F1383&search=apendicite&source=outline_link&sp=0
186
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 187
187
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 188
ABCESSO
APENDICULAR
Exame físico +
TC ou ultrassom
Fleimão -+
Abcesso > 4-6cm
abscesso pequeno
Antibióticos +
Febre/ sepse Afebril
drenagem
Criança Adultos
Apendicectomia Colonoscopia
após intervalo 2-4 semanas
188
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL)
APENDICI
Causa Clínica
Migração da dor US
Fecalito para quadrante Leucocitose
inferior direito abd
Desvio para
Cálculo Náuseas
esquerda
Hiperplasia
Vômitos
linfoide
Tumores Anorexia
Processos
Febre
infecciosos
Sinal de
Blumberg
Sinal de
Rovsing
Sinal do
Psoas
Sinal do
obturador
189
APENDICTEAGUDA(CIRURGIAGERAL) 190
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
SABISTON JR, DAVID C., and R. DANIEL BEAUCHAMP. Sabiston-Tratado de Cirurgia, 2v.
Elsevier Brasil, 2005.
Gomes, Carlos Augusto, and Tarcizo Afonso Nunes. “Classificação laparoscópica da apen-
dicite aguda: correlação entre graus da doença e as variáveis perioperatórias.” Revista do
Colégio Brasileiro de Cirurgiões33.5 (2006): 289-293.
Borges, Paulo Sérgio Gomes Nogueira, Marilia de Carvalho Lima, and Gilliatt Hanois Falbo
Neto. “Validação do escore de Alvarado no diagnóstico de apendicite aguda em crianças e
adolescentes no Instituto Materno Infantil de Pernambuco, IMIP.” Revista Brasileira de Saú-
de Materno Infantil3.4 (2003): 439-445.
Montandon Júnior, Marcelo Eustáquio, et al. «Apendicite aguda: achados na tomografia com-
putadorizada-ensaio iconográfico.» Radiologia Brasileira40.3 (2007): 193-199.
Zorzetto, Arquimedes Artur, et al. “O uso da ultra-sonografia no diagnóstico e evolução da
apendicite aguda.” Radiologia Brasileira36.2 (2003): 71-75.
190
DIVERTICULITE AGUDA
191
SUMÁRIO
1. Introdução .................................................................... 193
2. Diverticulose ............................................................... 194
3. Diverticulite ................................................................. 198
4. Epidemiologia. ............................................................ 199
5. Fatores de risco ......................................................... 200
6. Classificação............................................................... 202
7. Diagnóstico ................................................................. 203
8. Tratamento .................................................................. 211
9. Prognóstico e prevenção ....................................... 219
10. Seguimento .............................................................. 220
Referências bibliográficas.......................................... 224
192
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 193
3
193
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 194
4
MAPA: INTRODUÇÃO
Complicação da diverticulose,
com inflamação e infecção
associadas aos divertículos
Tratamento depende da
Varia de dor abdominal DIVERTICULITE
gravidade, presença de
leve á peritonite com sepse AGUDA complicações e comorbidades
MAPA: TERMINOLOGIAS
PRESENÇA DE
DIVERTÍCULOS
Assintomático Sintomático
Infecção e inflamação
DIVERTICULOSE DOENÇA DIVERTICULAR
dos divertículos
DIVERTICULITE AGUDA
194
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 195
5
SAIBA MAIS!
Um dos fatores que contribuem com a fisiopatologia da doença diverticular, é uma lei da física:
a Lei de Laplace. Pierre Simon Laplace disse que quanto menor o diâmetro de um tubo, maior
a pressão interna. Ou seja, quanto menor o diâmetro do cólon, maior a pressão intraluminal.
Dito isto, sabemos que o cólon é mais estreito na região do retossigmoide, sendo assim, a
pressão nessa região é maior, corroborando com o fato de ser o local de maior aparecimento
de divertículos.
195
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 196
6
FORMAS
CLÍNICAS
Geralmente acomete
Forma mais comum, associada à Apresenta características
pacientes idosos, associada à
fisiopatologia mais frequente das duas outras formas
deficiência no colágeno
196
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 197
7
PSEUDODIVERTÍCULO:
Consiste em uma protrusão da mucosa e submucosa através da cama-
da muscular. A camada muscular não forma a saculação do pseudo -
divertículo , em contrapartida, ela diminui o seu óstio, fazendo com que
fecalitos que entrem na saculação saiam mais dificilmente, favorecendo
assim a formação da sua maior complicação: a diverticulite.
O pseudodivertículo geralmente ocorre em locais de fragilidade intrínseca
da mucosa intestinal e está relacionado com o aumento da pressão in -
traluminal provocado pela diminuição do consumo de fibras e água.
Herniação de toda a
espessura da parede
intestinal
Mucosa, submucosa,
DIVERTÍCULO
muscular própria e
VERDADEIRO
serosa
Sangramento é a
complicação mais
TIPOS DE frequente
DIVERTÍCULOS
Muscular própria não
evagina
Herniação da mucosa e
PSEUDODIVERTÍCULO
submucosa
Diverticulite é a
complicação mais
frequente
197
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 198
8
MAPA: FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA
Fecalitos que
Hipercontratilidade/menor Aumento do TNF-α,
entram na saculação tem
relaxamento intestinal metaloproteinases e histamina
dificuldade de sair
Ocorre um aumento da
proliferação bacteriana e
inflamação local
198
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 199
9
199
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 200
10
MAPA: EPIDEMIOLOGIA
EPIDEMIOLOGIA
DIVERTICULOSE DIVERTICULITE
63 anos é a
50-80% da
média para
população >80 anos
admissão hospitalar
200
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 201
11
SAIBA MAIS!
Um estudo descobriu que 50% dos casos de diverticulite poderiam ser evitados com a ade-
são a um estilo de vida saudável, incluindo ingestão de fibras alimentares > 23g por dia,
consumo de carne vermelha <51g por dia, atividade física vigorosa 2 h por semana, índice de
massa corporal <25 e a proibição do tabagismo.
201
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 202
12
202
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 203
13
SAIBA MAIS!
Em 2015, uma proposta para uma classificação da diverticulite colônica aguda foi publicada
pelo grupo de trabalho de diverticulite aguda da Sociedade Mundial de Cirurgia de Emergên-
cia. É um sistema simples de classificação da diverticulite, com base nos achados da tomo-
grafia computadorizada, que pode orientar os médicos no tratamento da diverticulite aguda e
pode ser universalmente aceito para a prática diária. A classificação da Sociedade Mundial de
Cirurgia de Emergência divide a diverticulite aguda em 2 grupos: sem complicações e com-
plicadas. No caso de diverticulite aguda não complicada, a infecção envolve apenas o cólon e
não se estende ao peritônio. No caso de diverticulite aguda complicada, o processo infeccioso
prossegue além do cólon. A diverticulite aguda complicada é dividida em 4 estágios, com
base na extensão do processo infeccioso:
203
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 204
14
Obstipação e distensão
Na população asiática a dor é
abdominal podem
frequentemente do lado direito
indicar obstrução
204
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 205
15
Temperatura,
frequência cardíaca e
pressão arterial
Descrição correta das
características da dor
Exame abdominal
Deverá ser Busca por distensão
completo, mas com abdominal ou massa
bastante atenção a inflamatória
Avaliar possíveis
causas ginecológicas
para dor
EXAME Exame pélvico
FÍSICO
Busca por fístulas
Confusão mental ou Suspeitar de
comprometimento diverticulite
respiratório com sepse
Instabilidade Suspeitar de
hemodinâmica, rigidez perfuração e peritonite
abdominal e dor difusa generalizada
205
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 206
16
206
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 207
17
SAIBA MAIS!
Três estudos entre os anos de 2013 e 2015 identificaram a proteína C reativa (PCR), como
um biomarcador útil de inflamação, informando que ela pode ser útil na predição da gravidade
clínica da diverticulite aguda.
Em 2013, Kechagias A et al., realizou estudo retrospectivo que chegou à conclusão que em
um episódio leve de diverticulite, é muito provável que os pacientes apresentem PCR menor
que 170 mg/l (sensibilidade de 87,5%, especificidade de 91,1%). E que aqueles com maio-
res valores de PCR têm maior probabilidade de serem submetidos a cirurgia ou drenagem
percutânea.
Em 2013, Van de Wall BJ et al., avaliou valor diagnóstico dos marcadores de infecção soroló-
gica e da temperatura corporal, ao discriminar diverticulite complicada e não complicada. So-
mente a PCR tinha valor diagnóstico suficiente. A PCR mediana em pacientes com diverticu-
lite complicada foi significativamente maior do que em pacientes com doença não complicada
(224 mg/l, faixa de 99 a 284 versus 87 mg/l, faixa de 48 a 151, respectivamente). Pacientes
com PCR de 25 mg/l tiveram 15% de chance de ter diverticulite complicada. Isso aumentou
de 23% para um valor de PCR de 100 mg/l para 47% para 250 mg/l ou superior. O limiar ideal
foi alcançado em 175 mg/l, com um valor preditivo positivo de 36%, valor preditivo negativo
de 92%, sensibilidade de 61% e especificidade de 82%.
207
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 208
18
Mäkelä et al. publicaram um estudo comparando os valores de PCR de 350 pacientes que
apresentaram pela primeira vez sintomas de diverticulite aguda com os achados da TC e pa-
râmetros clínicos.
Nesse estudo, o valor de corte da PCR de 149,5 mg/l discriminou significativamente diverti-
culite aguda não complicada de diverticulite complicada (especificidade 65%, sensibilidade
85%). Um valor de PCR acima de 150 mg/l e idade avançada foram fatores de risco indepen-
dentes para diverticulite aguda complicada. O valor médio da PCR foi significativamente maior
nos pacientes que morreram (PCR média de 207 mg/l) do que naqueles que sobreviveram
(PCR média de 139 mg/l). Além disso, um valor de PCR acima de 150 mg/l e líquido abdo -
minal livre na TC foram variáveis independentes que predizem a mortalidade pós-operatória.
O estudo confirmou que a PCR é útil para prever a gravidade da diverticulite aguda na admis-
são. Os autores concluíram que pacientes com um valor de PCR superior a 150 mg/l têm um
risco aumentado de diverticulite complicada e devem sempre ser submetidos a um exame de
tomografia computadorizada.
+
Normalmente levemente elevada
GLÓBULOS
na diverticulite não complicada, mas pode
BRANCOS
ser maior no cenário de complicações
+
EXAMES PARA
Sumário de urina, Beta HCG, Eletrólitos e
DESCARTAR
enzimas hepáticas, parasitológico de fezes
OUTRAS DOENÇAS
AUXILIAM NO
Os exames, quando somado a uma
DIAGNÓSTICO DA
clínica compatível e exames de imagens,
DIVERTICULITE
auxiliam na rapidez do diagnóstico.
AGUDA
208
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 209
19
Figura 4. A,B: TC de abdome com contraste. Notam-se sinais de diverticulite aguda caracterizados por espessamento
parietal do sigmoide, divertículos, densificação da gordura regional (seta em A) e presença de gás extraluminal, indi-
cando pneumoperitônio (setas em B). C: Sinais de perfuração intestinal. TC de abdome, plano axial, contraste intrave-
noso, demonstra pneumorretroperitônio (setas), secundário a diverticulite. Fonte: https://bit.ly/2Y2OpVZ
209
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 210
20
Apresentam o
primeiro episódio
de diverticulite, para
confirmar o diagnóstico
Apresentam recorrência,
para documentar, caso
a cirurgia profilática seja
uma opção Dor intensa,
Imagem abdominal é comprometimento
útil para pacientes que hemodinâmico/
Apresentam sinais e respiratório
sintomas graves
Rigidez abdominal,
leucócitos/PCR
muito elevados
EXAMES DE
IMAGEM Imunocomprometidos
Não respondem ao
não apresentam boa
tratamento realizado
resposta inflamatória
TC abdominal de
Exame de escolha,
múltiplos detectores
porém fornece altas
com contraste
doses de radiação
intravenoso
Exames de escolha
Pode ser realizada a
Ultrassonografia
beira do leito, porém é
abdominal
operador-dependente
210
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 211
21
8. TRATAMENTO
SE LIGA! Devemos indicar uma consulta O tratamento do paciente com diver-
com um gastroenterologista ou com um ci-
rurgião quando os pacientes apresentam: ticulite irá depender da gravidade da
• Sintomas crônicos ou recorrentes sem
apresentação, presença de compli-
evidência clara de inflamação, para cações e comorbidades associadas.
avaliar a possibilidade de doença di- Inicialmente o médico responsável
verticular não complicada sintomática deverá determinar se o paciente tem
ou síndrome do intestino irritável.
doença complicada ou não compli-
• Sintomas refratários, sintomas que
se repetem logo após o término da
cada. A diverticulite não complicada
terapia ou hematoquezia significati- muitas vezes pode ser tratada clinica-
va, para avaliar a possibilidade de um mente e ambulatorialmente, enquan-
diagnóstico alternativo, como doen - to a diverticulite complicada requer
ça inflamatória intestinal, colite seg-
mentar associada a diverticulite ou cuidados mais agressivos e, muitas
diverticulite refratária “fumegante”. vezes, cirurgia urgente ou eletiva.
SAIBA MAIS!
Sartelli M. et al, ao descreverem as diretrizes da Sociedade Mundial de Cirurgia de Emergên-
cia, em 2017, classificaram as infecções intra-abdominais em complicadas e não complicadas.
Nas infecções intra-abdominais não complicadas, a infecção envolve apenas um único órgão
e não se estende ao peritônio, enquanto que nas infecções intra-abdominais complicadas, o
processo infeccioso se estende além do órgão, causando peritonite localizada ou difusa.
211
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 212
22
tomar líquidos por via oral devem até que a resolução seja alcançada.
ser tratados no hospital com fluidos Pacientes com perfuração, abscessos
intravenosos. grandes, sepse ou obstrução intes -
Pacientes com pequenos abscessos tinal ou pacientes que não toleram a
que estão bem o suficiente para serem ingestão de líquidos ou têm doença
gerenciados em ambulatório também preexistente significativa devem ser
podem ser tratados com antibióticos tratados no ambiente hospitalar com
orais, mas com um curso mais longo antibióticos intravenosos.
Tratamento depende da
Inicialmente o médico deverá
gravidade, presença de
definir se o paciente apresenta
complicações e comorbidades
diverticulite complicada ou não
do paciente
Complicada: o processo
Não complicada: a infecção
infeccioso se estende além
envolve apenas um órgão e
do órgão e causa peritonite
não se estende ao peritônio
localizada ou difusa
212
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 213
23
213
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DIVERTICULITE AGUDA 214
24
214
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 215
25
TIPO DE
AGENTE UNICO VÁRIOS AGENTES DURAÇÃO
TRATAMENTO
Moxifloxacina 400mg VO a cada 24 horas Trimetopim-sulfametoxazol 160mg/800mg
Ambulatorial da 4-7 dias se a fonte for
Amoxicilina-clavulanato 875mg/125mg VO a cada 12 horas
diverticulite leve controlada/o abscesso
VO a cada 12 horas ou 1000mg/62,5mg Ciprofloxacina 750mg VO a cada 12 horas
não complicada for drenado
2 comprimidos a cada 12 horas Levofloxacina 750mg VO a cada 24 horas
Cada um em combinação com metronida -
zol 500mg VO a cada 6 horas
Ertepenem 1g IV a cada 24 horas
Hospitalar de Cefazolina 1-2g IV a cada 8 horas
Moxifloxacina 400mg IV a cada 24 horas 4-7 dias se a fonte for
diverticulite Cefuroxima 1,5g IV a cada 8 horas
Ticarcilina-clavulanato 200mg/300mg/ controlada/o abscesso
complicada leve a Ceftriaxona 1-2g IV a cada 12-24 horas
kg/dia em doses divididas a cada 4-6 for drenado
moderada Cefotaxima 1-2g IV a cada 6-8 horas
horas
Ciprofloxacina 400mg IV a cada 12 horas
Levofloxacina 750mg IV a cada 24 horas
Cada um em combinação com metroni-
Imipenem-cilastatina 500mg a cada 6
dazol 500mg IV a cada 8-12 horas ou
Hospitalar de horas ou 1g IV a cada 8 horas
1500mg IV a cada 24 horas 4-7 dias se a fonte for
diverticulite com- Meropenem 1g IV a cada 8 horas
Cefepima 2g IV a cada 8 horas controlada/o abscesso
plicada grave com Doripenem 500mg IV a cada 8 horas
Ceftazidima 2g IV a cada 8 horas for drenado
peritonite Piperacilina-tazobactam 3.375g IV a
Ciprofloxacina 400mg IV a cada 12 horas
cada 6 horas
Levofloxacina 750mg IV a cada 24 horas
Tabela 4. Antibioticoterapia
215
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 216
26
216
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 217
27
Atualmente não é
Intra-abdominal
cirúrgico: antibiótico +
< 4cm
repouso intestinal
Drenagem percutânea
Intra-abdominal guiada por TC +
Abscessos
> 4cm antibiótico + repouso
intestinal
Intra-abdominal
com material fecal Procedimento
grosseiro, peritonite cirúrgico de urgência
TRATAMENTO generalizada
Lavagem
Sigmoidectomia,
laparoscópica c/
colectomia esquerda,
Não feculenta posterior ressecção
direita (dependendo do
eletiva + anastomose
segmento afetado)
primária
Peritonite
Procedimento
Feculenta
cirúrgico de urgência
217
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 218
28
218
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 219
29
MAPA: LAPAROSCOPIA
Diminui a REMT
219
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 220
30
É o risco de recorrência
20% após o primeiro episódio de Risco em 10 anos
diverticulite aguda
É o risco de recorrência
55% após o segundo episódio de Risco em 10 anos
diverticulite aguda
É o risco de recorrência
40% após o terceiro episódio de Risco em 3 anos
diverticulite aguda
220
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 221
31
MAPA: SEGUIMENTO
SEGUIMENTO
SAIBA MAIS!
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES COM RELAÇÃO À PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATA-
MENTO DA DIVERTICULITE AGUDA
Diretrizes da Associação Americana de Gastroenterologia, 2015
• Antibióticos devem ser usados seletivamente.
• A colonoscopia deve ser realizada após a resolução da diverticulite aguda se um exame
de alta qualidade não tiver sido realizado recentemente.
• A ressecção colônica profilática na diverticulite não complicada deve ser feita caso a caso.
• Recomenda-se uma dieta rica em fibras ou suplementação de fibras após a resolução da
diverticulite.
• A atividade física, idealmente diária, é recomendada após a resolução da diverticulite.
• O uso de aspirina pode ser continuado após a resolução da diverticulite, principalmente se
for para prevenção secundária.
• O consumo de nozes e pipocas não precisa ser evitado em pacientes com diverticulose
ou diverticulite.
221
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 222
32
• AINEs sem aspirina devem ser evitados, se possível, após a resolução da diverticulite.
• Mesalamina, rifaximina e probióticos não são recomendados para prevenção de recorrência.
222
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA
Diagnóstic
Quadro clínico
extremamente variado
Dor abdominal aguda ou subaguda,
diarreia, constipação, febre baixa e Quadro clínico
náuseas sem vômitos
50-70 anos:
predominantemente
em mulheres
Sedentarismo e IMC>25
Abaixo de 50 anos:
Envelhecimento, uso de predominantemente
álcool e tabagismo em homens
Pacientes com
Histórico familiar diverticulose tem risco
de 4% de desenvolver
Alto consumo de AINES, diverticulite
corticosteroides e analgésicos opiáceos
Baixo consumo de fibras na alimentação Fatores de risco
(<23g) e baixa ingesta de agua
223
DIVERTICULITEAGUDA
DIVERTICULITE AGUDA 224
34
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Van de Wall BJ, et al. O valor de marcadores de inflamação e temperatura corporal na
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224
MEGACÓLON
225
SUMÁRIO
1. Definição.................................................................................................. 227
2. Megacólon Agudo................................................................................ 228
3. Megacólon Crônico.............................................................................. 236
4. Megacólon Tóxico................................................................................. 243
Referências Bibliográficas ..................................................................... 254
226
MEGACÓLON 227
227
MEGACÓLON 228
228
MEGACÓLON 229
229
MEGACÓLON 230
230
MEGACÓLON 231
231
MEGACÓLON 232
232
MEGACÓLON 233
233
MEGACÓLON 234
234
MEGACÓLON 235
Pseudo-obstrução
aguda do cólon. Sem causa
Fisiopatologia Etiologia
mecânica obstrutiva.
MEGACÓLON
AGUDO
Distensão abdominal,
Tratar causa Clínico
obstipação, dor abdominal,
Hidratação venosa
náuseas e vômitos,
Sonda nasogástrica
hiporexia, dispneia.
Laboratório
Exame físico: desidratação,
taquicardia e taquipneia,
Neostigmina
abdome globoso e
(antagonista adrenérgico) Exames de imagem: hipertimpânico, dor a palpação
Dilatação do cólon, excluir do abdome, RHA ↓
perfuração. identificar
obstrução
235
MEGACÓLON 236
Megacólon
crônico
Alterações funcionais nas células
de Cajal
Estudos em camundongos, mostra -
ram anormalidades envolvendo o
número e a função das células inters-
ticiais de Cajal (células marcapasso
Congênito Adquirido
intestinais). Os distúrbios herdados
provavelmente envolvem maturação
e função anormais dessas células,
enquanto os distúrbios adquiridos
Ex: Doença de Ex: Doença demonstram um número reduzido
Hirschsprung de Chagas delas.
236
MEGACÓLON 237
MEGACÓLON
CRÔNICO Doença de Hirschsprung
(aganglionose congênita)
Síndrome de Waardenburg-
Entéricas
Shah
Neurogastrointestinal
mitocondrial
Viscerais
Neuropatia
oculogastrointestinal
237
MEGACÓLON 238
SAIBA MAIS!
A doença de Hirschsprung é causada por uma única mutação genética do proto-oncogene
RETna banda 10q11.2. O defeito ocorre em 1 em cada 5.000 nascidos vivos. Alguns casos
são familiares, com uma incidência geral de 3,6% entre os irmãos dos casos-índice.
238
MEGACÓLON 239
Diagnóstico
Associar dados da anamnese e exa-
me físico, guiados por exames labo-
ratoriais e exames de imagem para
confirmação.
• Laboratório
Exames laboratoriais gerais. Im -
portantes para excluir outras etio -
logias, incluindo anormalidades
eletrolíticas (por exemplo, cálcio,
magnésio, fósforo), a reação de Ma-
chado-Guerreiro (Doença de Cha-
gas). Testes de função tireoidiana Figura 5. Enema baritano. Observa-se distensão abdo-
minal e contração irregular. Fonte: Peyvasteh, 2016.
também devem ser realizados.
• Exames de imagem Estudo de trânsito colônico
◊ Radiográficos
Trata-se de um exame simples que
Importantes para triagem inicial e permite a avaliação da motilidade co-
avaliação de gravidade, como vis- lônica. Para fazer este exame é neces-
tos no item Megacólon agudo. sário ter excluído doenças orgânicas
◊ Enema Baritado potencialmente causadoras de cons-
tipação intestinal, como por exemplo,
neoplasias colorretais, doença diver-
Exame radiográfico com contraste ticular dos cólons, estenose (estrei -
por via retal. São uteis para: tamento) de segmentos colônicos ou
• Avalia com precisão o tamanho do do reto secundária a patologias infla-
cólon matórias ou infecciosas, entre outras
causas.
239
MEGACÓLON 240
Figura 7. Tempo de transico colonico no 3ª e 5ª dia. As linhas mostram a divisão dos cólons: CD = direito, CE = es-
querdo, RS -retossigmoide. Fonte: Neto, 2003
Manometria Anorretal
A manometria anorretal consiste Ausencia
Presença de resposta
em medir basicamente as pressões de resposta inibitória
dos músculos do esfíncter anal, inibitória Fala a favor
a sensação no reto e os reflexos retoanal de megacólon
Gânglios congênito
neurais que são necessários para
intactos Necessário
executar os movimentos normais Doença biopsia
do intestino. Ajuda na distinção do adquirida retal para
megacólon congênito de adquirido. confirmar
240
MEGACÓLON 241
241
MEGACÓLON 242
Principal causa:
Fisiopatologia Etiologia
Doença de Chagas
Alteração na motilidade,
MEGACÓLON
inervação e musculatura do cólon.
Obstrução funcional
CRÔNICO
Tratar obstipação
Congênito < 1 ano
Aumentar ingesta de Clínico
Adquirido > 10 anos
fibras+água
Exames de imagem:
enema opaco, estudo de
transito colônico, Toque retal: fezes
manometria anorretal,
colonoscopia + biópsia.
242
MEGACÓLON 243
243
MEGACÓLON 244
Etiologia
Colite ulcerosa
Colite pseudomembranosa
MEGACÓLON
TÓXICO Causadas por Salmonella,
Shigella, Campylocter,
Infecciosas Yersinia, Clostridium difficile,
Entamoeba histolytica,
Rotavírus, Citomegalovírus
244
MEGACÓLON 245
245
MEGACÓLON 246
Figura 7. Radiografia abdominal. Evidencia edema de mucosa e agravamento da distensão do cólon transverso. Inter-
valo de dois dias entre as radiografias. Fonte: Brian, 2018.
246
MEGACÓLON 247
Ultrassonografia
A ultrassonografia intestinal é poten-
cialmente um teste diagnóstico para
megacólon tóxico. Estudos recentes
evidenciaram alterações em comum
em um grupo de pacientes:
Figura 9. Ultrassonogradia de abdome. Observa-se distensão do cólon transverso marcada (6cm) – secção longitudi-
nal do abdome. Fonte:Maconi, 2004.
247
MEGACÓLON 248
Figura 10.TC de abdome. Secção axial: cólon transverso distendido, cheio de ar, com haustrações irregulares e con -
torno luminal nodular (setas). Ascite se desenvolveu (pontas de flechas). Fonte:Imbriaco, 2001.
248
MEGACÓLON 249
249
MEGACÓLON 250
Ciclosporina
250
MEGACÓLON 251
251
MEGACÓLON 252
Processo inflamatório
acomete toda a espessura
da parede do cólon
Inflamação crônica:
Retocolite ulcerativa,
Doença de Crohn, colite
Paralisia da pseudomembranosa.
musculatura = dilatação Infecção: Salmonella,
Shiguella, rotavírus, ameba
Megacólon com
toxemia (SIRS).
Colite tóxica aguda.
Fisiopatologia Etiologia
Condição grave.
MEGACÓLON
TÓXICO
252
MEGACÓLON 253
CA > 8 cm
CT 6cm
CD 8 cm
RT > 6,5 cm
Ceco > 12 cm
MEGACÓLON
Megacólon com
Pseudo-obstrução Alteração na motilidade,
toxemia (SIRS).
aguda do cólon. Sem causa inervação e musculatura do
Colite tóxica aguda.
mecânica obstrutiva. cólon. Obstrução funcional
Condição grave.
253
MEGACÓLON 254
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Neto, S. Estudo do tempo de transito colonico em pacientes com megacolon chagásico com
constipação. USP. 2003.
254
CIRURGIA DE CONTROLE DE DANOS
255
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................ 257
2. Estágios Da Cirurgia ........................................................................... 259
Referências Bibliográficas ..................................................................... 272
256
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 257
SAIBA MAIS!
O termo “controle de danos” está associado a marinha norte americana, e faz referência aos
navios de guerra, que, apesar dos danos sofridos durante as missões, precisavam se manter
firmes até a chegada ao porto, para que pudessem então, serem submetidos aos reparos
definitivos.
257
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 258
258
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 259
Choque
Hipovolêmico
Metabolismo Anaeróbico
↑Sangramento
Seleção do paciente
2. ESTÁGIOS DA CIRURGIA Esse é um estágio fundamental do pro-
cesso. Apesar de não haver um con-
A abordagem da cirurgia de controle
senso absoluto quanto aos critérios
de danos pode ser dividida em cinco
para a indicação da cirurgia de contro-
estágios distintos : seleção do pa -
le de danos, o reconhecimento da ne-
ciente, operação abreviada, correção
cessidade dessa abordagem deve ser
dos parâmetros fisiológicos na UTI,
feito de forma mais precoce possível.
reoperação programada e fechamen-
Temos que identificar o paciente que
to da parede abdominal. Vamos abor-
tem altas chances de desenvolver a
dar separadamente cada uma dessas
tríade letal, e recuperá-lo antes.
etapas:
259
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 260
260
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 261
261
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 262
SAIBA MAIS!
No caso de uma hemorragia hepática, o sangramento pode ser controlado através da Mano-
bra de Pringle. Essa manobra consiste no clampeamento, através do forame de Winslow, da
tríade portal, que é composta pela artéria hepática, veia porta e ducto colédoco.
262
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 263
Figura 6.Uso do grampeador para fazer a ressecção do segmento intestinal. Fonte: www.sanarflix.com.br
263
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 264
Figura 7. Ilustração da terapia de ferida por pressão negativa. Fonte: UpToDate, 2020
264
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265
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266
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 267
267
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 268
SAIBA MAIS!
A estratégia da hipotensão permissiva, segundo a recomendação das diretrizes europeias
publicada em 2019, visa manter uma PAS entre 80 a 90 mmHg. Vale ressaltar que essa
abordagem é contraindicada para pacientes com suspeita de TCE, visto que, a conduta mais
importante para limitar o dano cerebral nesses pacientes, é manter uma pressão arterial sufi-
ciente para garantir a perfusão cerebral.
268
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 269
269
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 270
Figura 13. Foto à esquerda mostrando a colocação de uma barreira de prevenção de aderências, foto à direita mos-
trando o dispositivo ajustado com uma leve tensão para evitar a retração lateral e manter o domínio abdominal. Fonte:
https://bit.ly/39qFWAk
270
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS
HIPOTERMIA V
INT
DIMINUIR
MORTALIDADE
CONTROLE
TEMPORÁRIO
DAS LESÕES
RESTAURAR OS CIRUGIA
PARÂMETROS CONCEITO DE CONTRO
FISIOLÓGICOS DE DANO
DIMINUIR O TEMPO
CIRÚGICO
FASES
CONTROLE DO
VOLEM
DECISÃO PRECOCE SANGRAMENTO
CONTROLE DA PARÂMET
INFECÇÃO RESPIRAT
FECHAMENTO
TEMPORÁRIO TRÍADE L
DA PAREDE
271
CIRURGIADECONTROLEDEDANOS 272
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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SARANI et al. Overview of damage control surgery and resuscitation in patients sustai-
ning severe injury. UpToDate. 2019
272
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
273
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................ 275
2. Complicações da ferida operatória ............................................... 275
3. Febre .......................................................................................................... 282
4. Complicações pulmonares ............................................................... 285
5. Complicações gastrointestinais ..................................................... 288
6. Outras complicações .......................................................................... 291
Referências Bibliográficas ..................................................................... 292
274
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 275
275
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 276
276
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 277
277
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 278
278
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 279
279
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 280
280
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS
FERIDAS
OPERATÓR
COMPLICAÇÕ
DEISCÊNCIA DE
SEROMA HEMATOMA
OPERATÓR
Coleção:
Gordura liquefeita; Coleção: Separação das ca
Soro; Sangue musculoaponeu
Líquido linfático
Prevenção
Prevenção: Potencial para
Suturar com po
Drenos de sucção Infecções secundárias
separados
Tratamento: Tratamento
Tratamento:
Drenagem Conservador
Drenagem
Observar (pequenos) Reabordagem ci
281
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 282
282
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 283
SAIBA MAIS!
A hipertermia maligna é uma elevação da temperatura não hipotalâmica.
283
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 284
Descontinuação da droga +
Hiperventilação + Dantrolene
Crise hipermetabólica
INTRAOPERATÓRIO
FEBRE
284
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 285
285
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 286
286
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 287
COMPLICAÇÕES
CIRÚRGICAS
ATELECTASIA PNEUMONIA
Lembrete: A aspiração
gástrica pode ocasionar uma Síndrome de Mendelson
pneumonite por aspiração.
287
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 288
288
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 289
289
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 290
COMPLICAÇÕES
CIRÚRGICAS
GASTROINTESTINAIS
Obstrução Intestinal
Em até 30 dias
Clínica + Radiologia Investigação
após a operação
Intervenção
Íleo Barreira física
Cirúrgica
Inibição da atividade
Intestinal propulsiva
290
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 291
291
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 292
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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292
COMPLICAÇÕESCIRÚ GICAS 293
293
Índice
CAPA 1
Bem-Vindo 2
Aproveite 3
SUMÁRIO 4
Página 5 5
ANATOMIA APLICADA À CIRURGIA 6
Página 7 7
Página 8 8
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CUIDADOS COM PACIENTE CIRÚRGICO 16
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Página 44 44
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Página 46 46
Página 47 47
Página 48 48
Página 49 49
Página 50 50
Página 51 51
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 52
Página 53 53
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Página 55 55
Página 56 56
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Página 58 58
Página 59 59
Página 60 60
Página 61 61
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Página 63 63
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295
Página 65 65
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Página 70 70
Página 71 71
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Página 74 74
Página 75 75
Página 76 76
Página 77 77
Página 78 78
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SUTURAS 80
Página 81 81
Página 82 82
Página 83 83
Página 84 84
Página 85 85
Página 86 86
Página 87 87
Página 88 88
Página 89 89
Página 90 90
Página 91 91
Página 92 92
Página 93 93
Página 94 94
Página 95 95
Página 96 96
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Página 98 98
296
Página 99 99
Página 100 100
Página 101 101
Página 102 102
Página 103 103
Página 104 104
ABDOME AGUDO 105
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Página 110 110
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Página 160 160
APENDICITE AGUDA (CIRURGIA GERAL) 161
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298
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MEGACÓLON 225
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CIRURGIA DE CONTROLE DE DANOS 255
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COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS 273
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