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SUMÁRIO
TRAUMA ................................................................................................................................................ 3
QUEIMADURA ..................................................................................................................................... 12
PREPARO PRE OPERATORIO .................................................................................................................. 16
ANESTESIOLOGIA...................................................................................................................................19
ABDOME AGUDO.................................................................................................................................. 22
APENDICITE AGUDA ............................................................................................................................. 24
DIVERTICULITE AGUDA ......................................................................................................................... 35
PANCREATITE AGUDA .......................................................................................................................... 37
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO ............................................................................................................ 41
HERNIAS DA PAREDE ABDOMINAL ........................................................................................................ 43
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA ............................................................................................................ 48
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA ........................................................................................................... 50
SÍNDROME DISFAGICA .......................................................................................................................... 51
SÍNDROME DISPÉPTICA......................................................................................................................... 57
HIPERTENSAO PORTAL ......................................................................................................................... 65
INSUFICIENCIA HEPATICA ..................................................................................................................... 71
VESICULA E VIAS BILIARES .................................................................................................................... 75
PROCTOLOGIA ..................................................................................................................................... 81
POLIPOS E CANCER COLORRETAL .......................................................................................................... 85
ONCOLOGIA ........................................................................................................................................ 88
DOR LOMBAR ....................................................................................................................................... 98
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TRAUMA
O QUE CAI?
Casos com várias informações, perguntando sobre conduta e priorização do atendimento.
TRIAGEM
Trauma é a principal causa de óbito no Brasil de 1-40 anos com distribuição trimodal
1° em segundos a minutos após o trauma. 50% dos óbitos; relacionados a lesões no coração, aorta, medula e sistema
respiratório. Só conseguimos prevenir.
2° em minutos a horas após o trauma. 30% dos óbitos; relacionados a lesões no abdome, tórax e TCE. Aqui
conseguimos atuar! É o foco do ATLS – fazer a diferença na “golden hour”.
3° após 24h do trauma. Relacionados a complicações como infecções e embolia pulmonar MÚLTIPLAS VÍTIMAS
QUAL DOENTE TEM PRIORIDADE NO ATENDIMENTO?
Hospital com capacidade de atender todos os doentes: Devemos começar com os mais graves (risco
iminente de óbito).
Hospital sem capacidade de atender todos os doentes: Devemos começar com o menos grave, com maior
chance de sobreviver
A- .
rau a de e oço i ualizaç o de rega o al i o i ili ada or angue ou ede a. ia a rea ir rgi a ai
indi ada ri o reoido o ia ir rgi a.
B–
C–
o o a aliar oloraç o da ele fre u n ia ard a a re o ar erial en hi en o a ilar erif ri o, avaliar grau de
choque.
ondu a e o erif ri o de gro o ali re infu o de 1L de ringer lactato aquecido. Localizar o sangramento para
“fe har a orneira”
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D–
E– .
Resumo Geral
ondu a renage or i a e elo d gua de endendo da uan dade de angue er indi ada ora o o ia.
iagn o l ni o ena o in eç o!
Conduta: ura o de on a o o edida ro i ria o ra a en o drenage e elo d gua.
e ou a re er u o l ni a.
iagn o ui re i are o de radiogra a de ra .
TAMPONAMENT
iagn o l ni o a o en ar no ho ue o ru o o o no neu o ra hi er en i o or e
nenhuma al eraç o na ro ed u a ul onar. ode o en on rar a r ade de e hi o en o urg n ia jugular,
hipofonese de bulhas).
TRAUMA DE AORTA
Achados na radiografia: Alargamento de mediastino > erda do on orno a r o, desvio de traqueia para a
direita, fratura dos primeiros arcos costais.
Trauma de abdome
enç o: e o ene ran e no dor o ou an o : tomografia com triplo contraste (oral, retal e venoso).
ndi aç o de la aro o ia eri oni e neu o eri nio ou re ro neu o eri nio.
Positivo: Laparotomia.
lu h o i o ar eriogra a o e olizaç o.
Fratura de Bacia
Mai o u o re o la eral.
Mai l i a ra ura e li ro a er o a a ue ai ho a.
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Trauma de Uretra
ai o u no ho e .
e o de ure ra o erior. ra ura de a ia. e o de ure ra an erior. Queda a cavaleiro.
o que fazer re ro i ogra a re r grada. on r ando- e a le o de ure ra, indica-se a cistostomia. TRAUM
Trauma renal
TCE
Resumo geral
enç o: o a ar onda na og ri a ne e a o .E
: 3-15.
gra e .
Trauma Intenso no osso e oral ar ria en ngea dia), forma imagem de lente biconvexa.
TRM
O que cai?
Resumo Geral
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Queimaduras
Primeiro atendimento
Pré Hospitalar (é um tipo de trauma então a abordagem segue a mesma)
Segurança da cena e a segurança particular do médico
Afastar o paciente da fonte de calor
o Retirar as roupas e joalheria
Resfriar a lesão
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o Jogar gua e e era ura a ien e ou ≥ a -30 min após o trauma (depois disso o
processo de queimadura já se consolidou)
o Em queimadura química pode ser jogado água morna
Prevenção da hipotermia
o Envolver o paciente em lençóis ou cobertores secos
Decidir se precisa ir para o centro especializado de tratamento ao queimado:
o Estimar a superfície corporal queimada:
Adultos: regra dos nove de WALLACE
Braços, cabeça e pescoço: 9 cada
Membros inferiores: 18 cada
Tronco anterior e posterior: 36 juntos
Genitália e mãos (da vítima): 1%
Crianças: BERKOW
o Definir grande queimado:
Segundo grau > 10% SCQ
Terceiro grau: qualquer %
Face, mão/pé, grandes articulações
Olhos, períneo/genitália
Queimaduras químicas ou elétricas graves
Lesões por inalação
Comorbidade que pode piorar pela queimadura
Atendimento Hospitalar
Paciente queimado é paciente vítima de trauma = ABCDE
Queimadura de VAS
Clínica: queimadura de face/pescoço, hiperemia de
orofaringe, rouquidão,estridor, bolhas, insuficiência
Lesão Térmica das
respiratória imediata
VAS
Diagnóstico: clínico + laringoscopia
Tratamento: IOT precoce → grande edema de VAS
o PaO2 < 60, PaCO2 > 50 (agudo); PaO2/FiO2 < 200
Jogou sujeira no pulmão
Clínica: sibilos, escarro carbonáceo, insuficiência respiratória
± 24h
Lesão Pulmonar por Diagnóstico: broncoscopia (usar tubo ≥ 8 no grande
Inalação queimado, que permitepassar broncoscópio)
Tratamento: O2; NBZ c/ broncodilatadores; NBZ c/ heparina
(deixa secreçãofluída)
IOT: PaO2 < 60mmHg; PaCO2 > 50 mmHg (agudo); PaO2/FiO2
< 200
Cenário 2: incêndio em recintos fechados com ou sem
queimadura em face e pescoço
Fumaça menos quente/suja
Clínica: cefaleia, náusea, vômito, ↓ on i n ia
Intoxicação por Diagnóstico: PaO2 e SatO2 não ajudam no diagnóstico!
Monóxido de Carbono o Solicitar carboxihemoglobina!
(CO) Tratamento: ↑ FiO2, medicina hiperbárica
Clínica: ↓ consciência, pele vermelho-cereja (cianeto
impede utilizaçãotecidual de O2)
Intoxicação por
Diagnóstico: lactato > 90 mg/dL ou 10mmol/L e cianeto >
Cianeto
0,5mg/L
Tratamento: hidroxicobalamina ± tiossulfato de sódio
Classificação da queimadura
1º Grau (solar)
o Profundidade: Epiderme;
o Coloração: hiperemia/eritema
o Sensibilidade: oloro a “arde dou or”
o Detalhes: Não entra no cálculo de SCQ
o Tratamento: limpeza, analgesia, hidratantes
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3º Grau
o Profundidade: Até gordura subcutânea
o Coloração: Marrom
o Sensibilidade: Dolorosa em volta, mas não na lesão em si
o Detalhes: Resultado estético péssimo
o Tratamento: enxertia precoce
o Retração da pele dura ou escara: pode entrar em insuficiência respiratória se queimadura grande no
tórax, pois a pele retraindo impede o tórax de expandir, pode haver oclusão vascular em outras
áreas devido a essa retração.
o ESCAROTOMIA
4º Grau ou queimadura elétrica grave
o De dentro para fora – queima músculos
Rabdomiólise (manter diurese > 2ml/kg/hora via manitol + alcalinizar a urina com
bicarbonato de sódio)
Síndrome compartimental (dor ao estiramento passivo do músculo mesmo com pulso
presente), conduta Fasciotomia.
Queimadura Química
Queimadura por álcali é pior que ácido, não neutralizar pois tende a realizar calor.
Conduta: Irrigação com água morna sob baixa pressão com 15 a 20 litros ou por 30 minutos. Depois, checar pH da
pele (normal é entre 7 e 7,5). Se:
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Preparo pré-operatório
Definição: Identificar e controlar fatores que podem trazer impacto na evolução cirúrgica
Resumo do estado clínico do paciente (avaliação feita apenas pela clínica) ASA:
o ASA 1: Paciente saudável
o ASA 2: Doença sistêmica sem limitação (HTA controlada, DM controlada)
o ASA 3: Doença que limita, mas não incapacita (HTA não controlada, Infarto prévio, DM não
controlada);
o ASA 4: Doença que limita e incapacita para fazer as atividades diárias (IC grave)
o ASA 5: Moribundo (expectativa de óbito), (ruptura de aneurisma de aorta, AVC hemorrágico com PIC
alta)
o ASA 6: Morte cerebral (doação de órgãos)
o Sufixo E: cirurgia de emergência, acrescentado no ASA, exemplo ASA 3E.
Exames pré-operatórios
Não existe exames que sejam obrigatórios, mas sim exames que são úteis devido a comorbidades presentes no
paciente e do tipo de cirurgia que será realizada que devem ser pedidos para afastar riscos cirúrgicos.
Idade Exames
< 45 anos -
45 – 54 anos ECG para homens (Dça isquêmica + comum H)
55 – 70 anos ECG + hemograma
>70 anos ECG + hemograma + eletrólitos + glicemia + função renal
o Cirurgia eletiva: devido ao jejum deve ter reajuste na dose, dose mais baixa (NPH 2/3 da dose
normal e Glargina ½ da dose normal)
Suspender
Antidiabéticos orais (no dia): Metformina (24/48 hrs); Acarbose (24 hrs); os demais são no dia.
AINEs (1-3 dias): por interferir na ação antiplaquetária
Antiagregantes (7-10 dias): se haver coronariopatia mantenha o AAS, pois há um benefício superior em
manter do que tirar (exceção na neurocirurgia e na Cx próstata que se suspende).
Novos anticoagulantes (24/48 hrs)
Warfarin (4-5 dias): o erar o e an er a he arina a ou a hora an e da irurgia
horas antes da Cx) e HBPM (24 hrs antes Cx).
Profilaxia Antibiótica
Evitar infecção de ferida operatória (S. aureus)
ANESTESIOLOGIA:
QUAL O SEU OBJETIVO
Consciencia – Hipnose + amnesia
Dor - Analgesia
Movimento – relaxamento muscular/bloqueo neuromuscular.
Obs: Para conseguir esses objetivos utilizamos drogas para a inconsciência (hipnose + amnésia).
ANESTÉSICOS LOCAIS:
Lidocaína: Potencia intermediaria. Duração: 1 – 2 horas para procedimentos rápidos exemplo: sutura,
procedimentos dentários, sem adrenalina: dose tóxica 4 – 5 mg/kg, com adrenalina: 7mg/kg
Bupivacaína: Potencia Alta. Duração: 2 – 8 hs sem adrenalina dose tóxica: 2mg/kg, com adrenalina: 3mg/kg
Ropivacaína: Potencia Alta. Duração: 2 – 8hs sem adrenalina dose tóxica: 2mg/kg. Com adrenalina: 3mg/kg.
Ela e mais preferida porque causa menos cardiotoxicidade, ele já é vasoconstricor não precisa de adrenalina.
TÉCNICAS ANESTÉSICAS:
1. Anestesia local: Ele e utilizado em procedimentos de pronto socorro com sutura e se for uma cirurgia
ambulatorial com sedação consciente – Midazolam (hérnias pequenas, postectomia/circuncisão). É os
procedimentos no leito com lidocaína + Propofol baixas doses – para dormir.
2. Bloqueios Regionais:
Raquianestesia: Anéstesico no espaço subaracnóideo. Ultrapassa a duramater.
Peridural: Anéstesicos no espaço peridural (espaço virtual) não passa a duramater.
Bloqueio de nervos periféricos/plexos.
3. Anestesia Geral:
Indução:
A. Pre-oxigenação
B. Indução anestésica
C. Ventilação c/ mascara
D. Bloqueio neuromuscular
E. Intubação
Manutenção: Repique de doses mantendo no plano anestésico.
Recuperação: Observação na sala de recuperação post anestesicas RPA.
AVALIAÇÃO ANESTÉSICA:
Visita pré-anestésica: Primeiro contato + Anamnese + Dúvidas + cirurgias prévias + comorbidades alergias.
(Se o paciente tiver alergia a camarão pode ter alergia a IODO PODOVINA)
Via aérea: O parâmetro e MALLAMPATI.
Classe I: Palato duro, palato mole, úvula, Fauces, Pilares
Classe II: Palato duro, mole, uvulas, Fauces
Classe III: Palato duro, mole, base da uvula
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Complicações em Cirurgia
Febre no contexto Operatório
Per-Operatório:
Infecção pré-existente
Reação a droga ou transfusão: Paciente sob anestesia geral com índice bispectral reduzido = 20 e taxa de
supressão do tracado do eletroencefalograma elevado nesse caso o paciente fica profundidade anestésica
excessiva e hipotensão arterial.
Hipertermia Maligna:
o É uma síndrome muscular Hereditária autossômica dominante fármaco-induzida devido a exposição
a anestésicos inalatórios (halotano, desfurano, etc) e a succnilcolina (relaxante muscular. Quando
expostas a esses fármacos os músculos tem seus canais de cálcio abertos provocando um
hipermetabolismo muscular levando a hipercapnia (altera a capnografia e gera acidose),
Rabdomiólise (hipercalemia) e Hipertermia < o igual a 42 C devido a contração muscular excessiva,
espasmo do masseter. O tratamento é cessar a exposição ao fármaco, resfriamento ativo por
compressas frias ou administrando soluções geladas e o bicarbonato para a acidose. Antídoto
(DANTROLENE 2,5 mg/kg- fecha os canais de calcio). Isto pode acontecer 30 min até 24 hs post
anestésicos.
24-72 H DE Pós-Operatório:
Atelectasia: em pacientes submetidos a cirurgias torácicas e abdominais (devido a hipoventilação pela dor
ao expandir a caixa torácica).
Infecção Necrosante de ferida (Streptococcus pyogenes OU Clostridium perfringens)
>72h de Pós-Operatório:
Infecção: ferida operatória (S. aureus), ITU, pneumonia
Parotidite supurativa (S. aureus), mais comum em idoso e com má higiene bucal.
Trombose Venosa Profunda
Infecção profunda: Infecção que afeta fáscia e músculos, manifestação igual a superficial, durante a retirada de
pontos se identifica até que ponto chega a flogose, o pus. No tratamento acrescenta o antibiótico.
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ABDOME AGUDO
CLÍNICO CIRÚRGICO
Intoxicação pelo Apendicite
chumbo
Porfiria Diverticulite
Febre tifoide Pancreatite
Isquemia mesentérica
Colecistite
Manifestacoes clinicas
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Porfiria
Distúrbio na síntese da porfirina do heme
PORFIRIA
Deficiência de uroporfirinogênio descarboxilase
CUTÂNEA TARDA
Deficiência de HMB-SINTASE / Acúmulo de ALA e PBG
Quadro clínico
Dor abdominal (acompanhada de hiperperistaltismo)
Hiperatividade simpática “ ri e adren rgi a ”
Neuropatia periférica – diagnóstico diferencial de síndrome de Guillain Barré
PORFIRIA
Crises convulsivas
INTERMITENTE
Sintomas psiquiátricos
AGUDA
Fatores precipitantes: álcool, tabagismo, medicamentos, infecções, cirurgias, chumbo
Diagnóstico: dosar os precursores da via de heme ... porfobilinogênio (PBG) urinário (PBGu>50/dia) –
mais confiável ou ALAu>20mg/dia ... ocorre um escurecimento da urina (arroxeada)
Tratamento: suspender fatores precipitantes (ex.: barbitúricos) / administrar carboidratos ou heme
(hematina ou arginato de heme).
FEBRE TIFOIDE
Infecção por Salmonella entérica (sorotipo Typhi)
Transmissão: água / alimentos / contato
Fatores de risco: carga elevada/ hipocloridria
Local preferido de infecção da bactéria leo la a de eyer → di e inaç o ara edula baço /
fígado (sistema reticulo-endotelial) - durante algum tempo a bactéria persiste na medula, passa pela
vesícula e chega nas fezes
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Manifestações clínicas
1 – 2ª semana: bacteremia
o Febre, sinal de Faget
2 – 3ª semana: hiper-reatividade
o Rash (roséolas tíficas), hepatoesplenomegalia, torpor
Sangramento (+ comum)
Perfuração (ileal, + grave)
4ª semana: convalescência
Portador crônico (< 5%) → risco de COLELITÍASE
Perfuração = hipertimpanismo pré-hepático (sinal de Jobert)
Diagnóstico
Hemocultura (1ª/2ª sem)
Cultura Coprocultura (3ª/4ª sem)
Mielocultura (+ sensível)
Roséolas
BIÓPSIA
Placas de peyer
A sorologia pode ser feita, mas
SOROLOGIA/PCR
geralmente não é muito confiável
Tratamento e Profilaxia
Ceftriaxone ou Ciprofloxacino
o Ministério da Saúde: Cloranfenicol
Dexametasona: indicada em casos de choque /
coma Existe vacina: pouco imunogênica e efeito
transitório
Existe uma discreta preferência pela ceftriaxone devido a um aumento de resistência ao
ciprofloxacino.Apesar de ser recomendado pelo MS, o cloranfenicol é muito pouco utilizado
APENDICITE
EPIDEMIOLOGIA
• a endi i e aguda a au a ai fre uen e de a do e agudo.
• i o de in id n ia na ª e ª d ada de ida. ena a do a o a o e e indi duo ido o .
• e aior in id n ia e ho en ro orç o e na raça ran a.
• a au a ai o u de a do e agudo ir rgi o n o o ri o na ge an e.
ANATOMIA
A base do apêndice é fixa no ceco. No entanto, sua ponta pode assumir diversas posições. A posição mais
comum é a retrocecal (60%), seguida pela pélvica (30%) e retroperitoneal (7% a 10%). A presença de disúria, em
alguns casos, pode ser justificada por um apêndice de localização pélvica, pelo íntimo contato com a bexiga.
FISIOPATOLOGIA
Obstrução da luz apendicular.
Principal causa: fecalito ou apendicolito (50% a 80% dos casos).
Outras causas: hipertrofia linfoide, neoplasias, processos infecciosos, cálculos, enema baritado, materiais de
frutas e vegetais (como sementes) e até por parasitas, como áscaris.
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Obstrução
Isquemia
Necrose
Perfuração
Peritonite / Abcesso
Com a obstrução apendicular ocorre um supercrescimento bacteriano dentro do apêndice, principalmente por
bactérias anaeróbias e Gram-negativas, por isso a cobertura antimicrobiana deve cobrir esses agentes. As
bactérias mais comuns são semelhantes às da flora colônica, como a Escherichia coli, Peptostreptococcus,
Enterococcus, Bacteroides fragilis e espécies de Pseudomonas.
Bacteroides fragilis 80
Bacteroides thetaiotaomicron 61
Bilophila wadsworthia 55
Peptostreptococcus spp. 45
Escherichia coli 77
Estreptococos viridans 43
Estreptococos Group D 27
Pseudomonas aeroginosa 18
QUADRO CLÍNICO
O quadro clínico clássico da apendicite aguda é dor na região periumbilical ou mesogástrica, de característica
lenta, vaga e mal definida (dor visceral), com posterior migração para a fossa ilíaca direita, onde se torna precisa e
bem localizada (dor parietal). É comum a presença de náuseas, vômitos, anorexia e febre BAIXA (< 38,5º C).
Constipação ou diarreia também podem estar presentes. No exame físico, os ruídos hidroaéreos geralmente estão
diminuídos. A apendicite aguda certamente é a patologia que mais apresenta sinais físicos descritos na literatura
di a e ue “de en a ” na ro a do . n o eu uerido luno, DECORE TODOS OS SINAIS a seguir.
Mas não se esqueça de que eles são indicadores de peritonite localizada e não patognomônicos de apendicite
aguda!
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SINAL DE BLUMBERG: dor à descompressão brusca na fossa ilíaca direita, no ponto de McBurney. Indicativo de
peritonite localizada. Importante saber que, nas apendicites bloqueadas, em que o apêndice inflamado não entra em
contato com o peritônio parietal, esse sinal pode estar ausente. É o sinal mais clássico da apendicite.
SINAL DE LAPINSKY: dor no quadrante inferior direito, com extensão passiva do quadril ipsilateral (elevação do
membro inferior direito estendido), geralmente associado a apêndices retrocecais.
SINAL DO ILIOPSOAS OU DO PSOAS: dor à extensão do quadril direito, com o paciente em decúbito lateral
esquerdo. Significa irritação do músculo iliopsoas na apendicite retrocecal.
SINAL DE ROVSING: dor no quadrante inferior direito com a palpação do quadrante inferior esquerdo. Ocorre por
deslocamento retrógrado dos gases da luz dos cólons e consequente distensão do ceco. Há autores que consideram
o sinal de Rovsing um exemplo de dor referida, ou seja, dor sentida em local distante de onde se originou. Sinal que
aparece muito no revalida!
SINAL DO OBTURADOR: dor hipogástrica com a flexão da coxa seguida de rotação interna do quadril direito. Ocorre
devido ao contato do apêndice inflamado com o músculo obturador interno. Associado a apêndices pélvicos.
SINAL DE DUNPHY: dor em fossa ilíaca direita que piora com a tosse.
APENDICITE
SINAL DE LENANDER: diferença de temperatura axilar e retal maior que 1º C (retal > axilar). CLÁSSICA
Associado a apêndices pélvicos. • or
SINAL DE AARON: a dor sentida no epigástrio ou precórdio quando se pressiona o ponto de periumbilical
McBurney ou a fossa ilíaca direita. com irradiação
SINAL DE CHUTRO: desvio da cicatriz umbilical para a direita. Mede-se a distância da cicatriz para a fossa
umbilical até a espinha ilíaca anterossuperior. ilíaca direita.
SINAL DE TEN HORN: dor em fossa ilíaca direita, causada por tração suave do testículo direito. • u ea e
SINAL DE SUMMER: hiperestesia cutânea em fossa ilíaca. vômitos.
SINAL DE MARKLE: dor no peritônio parietal quando o paciente, na ponta dos pés, choca os • e re ai a (<
calcanhares contra o chão. 38° C).
SINAL DE LOPEZ-CROSS: semiereção peniana em crianças, presente em casos de irritação •
peritoneal. Descompressão
SINAL DE CHANDELIER: dor à manipulação do colo uterino, geralmente presente nas doenças brusca positiva
inflamatórias pélvicas, mas podem estar presentes em apendicites pélvicas. no ponto de
McBurney (sinal
de Blumberg).
• eu o i o e.
ESCORE DE ALVARADO
É utilizado para descrever a probabilidade de um paciente apresentar uma apendicite aguda baseada em dados
da história clínica, exame físico e testes laboratoriais.
ESCORE DE ALVARADO
CARACTERÍSTICA PONTUAÇÃO
Dor migratória 1
Anorexia 1
Náusea e/ou vômito 1
Sinais Defesa da parede no quadrante inferior direito 2
Descompressão brusca no quadrante inferior direito 1
Leucocitose da on age de gl ulo ran o ⁹ li ro 1
Febre > 37,5 ° C 2
Desvio à esquerda 1
Total 10
* o e ore de l arado odifi ado o “de io” e uerda n o considerado e a pontuação máxima é 9.
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Interpretação:
• 0-3 pontos: apendicite pouco provável, investigar outras patologias.
• ≥ ro el a endi i e oli i ar e a e de i age e ne e rio.
• ≥ 7 al o ri o de a endi i e irurgia. oli i ar e a e de imagem se necessário (mulheres, idosos,
imunocomprometidos, gestantes).
FASES DA APENDICITE
Algumas provas adoram cobrar as fases da apendicite aguda, por isso é bom ficar atento!
• s ági edematosa - apêndice edemaciado, com aspecto próximo ao normal.
• s ági úlcero-flegmonosa – aumento importante da vascularização, tornando-o edemaciado e avermelhado.
• Estágio III: fibrino-purulenta – apendicite supurada, em que o apêndice é circundado por fibrina e secreção.
• s ági necrose ou perfuração - quando há necrose da parede do apêndice, podendo haver perfuração e
extravasamento de conteúdo intestinal.
EXAMES COMPLEMENTARES
Antes de falarmos sobre os exames complementares, não se esqueça de que o DIAGNÓSTICO DA APENDICITE
AGUDA É EMINENTEMENTE CLÍNICO. O que isso quer dizer? Que no paciente jovem (2ª e 3ª décadas de vida),
masculino, com quadro clínico típico de apendicite aguda e pouco tempo de evolução (< 48 horas), estamos
autorizados a indicar o tratamento cirúrgico sem nenhum exame complementar. Esses ficam reservados para os
casos duvidosos e para avaliação de complicações, por exemplo, abscessos intracavitários.
EXAMES LABORATORIAIS
As principais alterações laboratoriais encontradas nos quadros de apendicite aguda são:
• eu o i o e o de io e uerda re en e e do a o .
• rina ou geral en e nor al a ode a re en ar leu o i ria e o a ndi e infla ado e i er
próximo à bexiga ou ureter. Então, um EAS com piúria não afasta o diagnóstico de apendicite.
• ro e na rea i a ode e ar au en ada.
EXAMES DE IMAGEM
RADIOGRAFIA
Diante de um paciente com uma suspeita de abdome agudo, devemos solicitar a rotina radiológica do abdome
agudo, que consiste em:
• adiografia de ra e ero-anterior) em ortostase (em pé).
• adiografia de a do e an ero o erior e or o a e e dei ado.
ACHADOS RADIOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS QUADROS DE APENDICITE AGUDA
ULTRASSONOGRAF
Escoliose antálgica. IA
Presença de apendicolito (ou fecalito) calcificado no quadrante inferior direito A ultrassonografia
(apenas 5% a 10 % dos casos). de abdome é um
Alça sentinela na fossa ilíaca direita. ótimo exame que
Apagamento do músculo psoas direito. auxilia no
diagnóstico de
apendicite aguda, com sensibilidade de 78% a 83% e especificidade de 83% a 93%. É o exame de escolha em crianças
e gestantes.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
A tomografia computadorizada de abdome com contraste endovenoso (não é necessário contraste oral e retal) é o
exame de imagem de escolha para o diagnóstico de apendicite aguda. Apresenta alta sensibilidade (90%-100%) e
especificidade (91%-99%). Mas, lembre-se, a tomografia só deve ser solicitada se houver dúvida diagnóstica e para
avaliar possíveis complicações da apendicite aguda, por exemplo, a formação de abscessos intracavitários. As
desvantagens da tomografia são a exposição do paciente à radiação ionizante e ao contraste iodado.
ACHADOS TOMOGRÁFICOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS QUADROS DE APENDICITE AGUDA
RESSONÂNCI
• i e ro a endi ular ≥ 7 A
• e a en o da arede a endi ular “ inal do al o”. MAGNÉTICA
• orra en o da gordura eria endi ular. (RM)
• uido e ar eria endi ular ugere erfuraç o . A ressonância
• eal e da arede do a ndi e. tem sua
• e ali o o er ado e a ro i ada en e do a o . melhor
• e o eria endi ular. indicação nas
pacientes
grávidas com suspeita de apendicite aguda cuja ultrassonografia foi inconclusiva. Não expõe o feto à radiação e pode
ser feita sem o uso de contraste. Apresenta alta sensibilidade e especificidade e as alterações são semelhantes às da
tomografia. As desvantagens seriam o custo elevado, a disponibilidade limitada na maioria dos serviços e ser um
exame demorado.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
Uma variedade de condições inflamatórias e infecciosas cursam com dor no quadrante inferior direito do
abdome e podem simular os sinais e sintomas da apendicite aguda. E não é raro esses diagnósticos serem feitos
somente no intraoperatório ou até mesmo na anatomia patológica.
DOENÇA DE CROHN: uma exacerbação aguda da doença de Crohn pode apresentar sintomas semelhantes aos da
apendicite, principalmente quando localizada no íleo distal. Fadiga, diarreia prolongada com dor abdominal, perda
de peso e febre, com ou sem sangramento intenso, são as características da doença de Crohn. Esta deve ser
suspeitada quando há relato de episódios anteriores e recorrentes e em pacientes com dor persistente após a
cirurgia, principalmente se o apêndice for histologicamente normal.
ENTEROCOLITE NEUTROPÊNICA (TIFLITE): mais comum em pacientes imunocomprometidos, seja pela doença de
base, seja pelo uso de medicações, por exemplo, corticoides em altas doses. Acomete principalmente pacientes em
quimioterapia.
ABSCESSO DE PSOAS: O abscesso de psoas (ou iliopsoas) é uma coleção de pus no compartimento do músculo
iliopsoas. É um dos diagnósticos diferenciais da apendicite aguda retrocecal. As manifestações clínicas incluem: dor
nas costas ou nos flancos, febre, massa inguinal, claudicação, anorexia e perda de peso. O diagnóstico geralmente é
estabelecido pela tomografia de abdome e o tratamento consiste em drenagem (percutânea ou cirúrgica) e
antibioticoterapia (adaptar com a cultura da secreção do abscesso).
CAUSAS GINECOLÓGICAS
ABSCESSO TUBO-OVARIANO: é uma massa inflamatória que envolve a trompa de Falópio, o ovário e,
ocasionalmente, outros órgãos pélvicos adjacentes (por exemplo, intestino, bexiga). Mais frequente em mulheres
em idade reprodutiva e geralmente uma complicação da doença inflamatória pélvica. A apresentação clássica inclui
dor abdominal baixa aguda, febre (nem sempre presente), calafrios e corrimento vaginal.
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA AGUDA: a dor abdominal inferior é o principal sintoma da doença inflamatória
pélvica (DIPA). É comum o relato de dispareunia (dor durante o coito) e febre. No exame pélvico, o achado de
secreção endocervical purulenta, de odor fétido, e sensibilidade anexial ao exame bimanual é fortemente sugestivo
de DIPA.
CISTO OVARIANO ROTO: mais comum em mulheres em idade reprodutiva e pode estar associada ao início repentino
de dor abdominal inferior unilateral após a relação sexual. A paciente pode apresentar sinais de anemia aguda, como
taquicardia, hipotensão.
TORÇÃO DOS OVÁRIOS E TROMPAS DE FALÓPIO: a torção ovariana refere-se à rotação completa ou parcial do ovário
em seus suportes ligamentares, resultando na diminuição de seu suprimento sanguíneo. O quadro pode ocorrer em
crianças, em razão da excessiva mobilidade dos anexos, ou em mulheres adultas, quase sempre associado a uma
massa ovariana sólida ou cística com grandes dimensões. Esse risco é maior quando a massa é maior que 5 cm. O
sintoma mais comum é a dor abdominal inferior de início súbito, moderada a grave, frequentemente associada a
náuseas e vômitos. O ultrassom Doppler é o estudo de imagem inicial de escolha para essas pacientes que pode
evidenciar um fluxo sanguíneo diminuído ou ausente no ovário suspeito de torção. A torção isolada das trompas de
Falópio é incomum. O diagnóstico precoce é importante para preservar a função ovariana.
GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA: a gravidez ectópica apresenta sintomas clínicos e características ultrassonográficas
semelhantes às de um cisto ovariano rompido. Em mulheres com dor pélvica aguda ou sangramento vaginal anormal
e um teste positivo de gravidez, há uma forte sugestão da presença de uma gravidez ectópica, se uma gravidez
intrauterina não puder ser visualizada pela ultrassonografia. O BHCG sempre é positivo na gravidez ectópica! O
quadro clínico clássico da prenhez ectópica rota é a presença de dor em abdome inferior, súbita e de forte
intensidade, geralmente associada a sangramento vaginal e sinais de choque (hipotensão e taquicardia), além do
histórico de amenorreia.
TRATAMENTO
APENDICITE AGUDA NÃO COMPLICADA
Tratamento padrão = APENDICECTOMIA, aberta ou laparoscópica.
Antibioticoprofilaxia = dose única pré-operatória realizada den ro de u a “janela” de inu o
antes da incisão inicial, com espectro para bactérias anaeróbias e Gram-negativas. Uma opção para a
antibioticoprofilaxia é a cefoxitina.
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• Incisão de McBurney (McArthur-McBurney): incisão oblíqua perpendicular à linha que liga a espinha ilíaca
anterior superior ao umbigo, no ponto de McBurney. Para apendicite não complicada.
• Incisão de Rockey-Davis: incisão transversa na fossa ilíaca direita, muito utilizada na cirurgia infantil. Para
apendicite não complicada.
• Incisão mediana: na linha mediana, geralmente infraumbilical; normalmente utilizada para tratamento de
apendicites complicadas, para melhor exposição e irrigação.
• Incisão paramediana direita: pouco utilizada atualmente, consiste em uma incisão a aproximadamente 2 cm
a 5 cm da linha mediana. Pode ser pararretal externa (Jalaguier), pararretal interna (Lennander) ou divulsão
das suas fibras (transretal).
COMPLICAÇÕES DA APENDICECTOMIA
As complicações mais comuns após a apendicectomia são as infecções do sítio cirúrgico, ou seja, a infecção da ferida
operatória (mais frequente) e abscesso intra-abdominal. Ambos ocorrem tipicamente em pacientes com apendicite
complicada e são raros naqueles com apendicite simples. As infecções superficiais, de ferida operatória, são mais
comuns nas cirurgias abertas e os abscessos intracavitários, nas laparoscopias. A complicação tardia mais frequente
da apendicectomia é a obstrução intestinal secundária a aderências, principalmente nas cirurgias realizadas por
laparotomia.
APÊNDICE NORMAL
Se um apêndice não inflamado for encontrado durante a cirurgia, é importante procurar outras causas que
justifiquem os sintomas do paciente, incluindo a ileíte terminal (doença de Crohn), diverticulite cecal ou do
sigmoide, um carcinoma perfurado do cólon, diverticulite de Meckel, adenite mesentérica, ou patologia
ginecológica, principalmente em mulheres na idade reprodutiva. O apêndice de aparência normal deve ser
rem vid , “ pe dicec mi er pê ic ”, pois alterações microscópicas podem ser encontradas na
peça cirúrgica e, se o paciente apresentar novamente dor no quadrante inferior direito (comum na doença
de Crohn), a apendicite pode ser excluída do diagnóstico diferencial.
APENDICITE EM GESTANTES
EPIDEMIOLOGIA
A apendicite aguda é a emergência cirúrgica, não obstétrica, mais comum durante a gravidez, acomete
aproximadamente uma a cada 1500 gestantes. O risco de apendicite durante a gestação é o mesmo que em
mulheres não gestantes na mesma faixa etária. É mais comum nos dois primeiros trimestres (50% no segundo
trimestre), com incidência de 32%, 42% e 26% no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente.
QUADRO CLÍNICO E EXAME FÍSICO
A apresentação clássica da apendicite está presente em 50% a 60% dos casos. Mas, o diagnóstico pode ser difícil,
porque sintomas como náuseas, vômitos e anorexia, bem como a contagem de leucócitos elevada (leucocitose
fisiológica) são comuns durante a gravidez. O sintoma mais comum de apendicite, a dor no quadrante inferior
direito, ocorre próximo ao ponto de McBurney na maioria das mulheres grávidas. No entanto, a localização do
apêndice migra alguns centímetros cefálicos com o útero aumentado, portanto, no terceiro trimestre, a dor pode
localizar-se no flanco ou mesmo no hipocôndrio direito. O útero gravídico também pode impedir o contato entre o
apêndice e o peritônio parietal e, dessa forma, não haverá irritação peritoneal. O útero também pode impedir o
contato entre o omento e o apêndice, favorecendo uma peritonite difusa, já que a perfuração não será bloqueada
pelo omento.
DIAGNÓSTICO
Como a apresentação da apendicite na paciente gestante muitas vezes não é clássica, o exame de imagem está
indicado. O primeiro exame indicado é a ultrassonografia e, se ainda persistir dúvida, uma ressonância magnética
sem contraste (gadolínio), evitando a exposição à radiação ionizante do feto em desenvolvimento. Caso a
ressonância magnética não esteja prontamente disponível, a tomografia computadorizada, com doses baixas de
radiação e preferencialmente sem contraste, poderá ser realizada se o diagnóstico não for claro.
TRATAMENTO
O risco de perda fetal e trabalho de parto prematuro aumentam significativamente quando o apêndice perfura ou
quando há peritonite generalizada ou um abscesso peritoneal. Por isso, uma vez diagnosticada a apendicite aguda,
não devemos retardar o tratamento cirúrgico, a apendicectomia. Pode ser realizada via aberta convencional ou
laparoscópica, sendo essa última a via de escolha. Não há estudos suficientes para que se indique a apendicectomia
de intervalo na gestante com apendicite perfurada e bloqueada.
População ocidental*
Idosos
⇧ Pressão nos cólons
Assintomáticos (diagnóstico incidental - achados de colonoscopia/clister opaco)
Falso: formado por mucosa e submucosa � entrada das artérias retas
(*) ieta ocidental → rica em proteínas e carboidratos e pobre em fibras → bolo fecal fino e duro que dificulta a
peristalse → cólon necessita de contração intensa e vigorosa → divertículos em região de maior fragilidade (local de
entrada dos vasos)
DIVERTICULITE AGUDA
ruç o da luz do di er ulo for ado de u o a ol ni a → ↑ a ria ol ni a e reç o de l uido e u o
→ di en o → i ue ia → microperfurações → e lon en a lo uear i ro erfuraç e → microperfurações com
abscesso pericólico (diverticulite aguda)
CLÍNICA
“ endi i e” do lado e uerdo
Dor há alguns dias e quadro recorrente...
Principalmente naqueles pacientes com fatores de risco: idosos, constipação crônica.
DIAGNÓSTICO
História clínica + exame físico
Se dúvida: TC (padrão-ouro)
EVITAR: COLONOSCOPIA e ENEMA (são exames que aumentam a pressão e podem complicar as
microperfurações)
Colono após 4 - 6 semanas: afastar neoplasias
TRATAMENTO
COMPLICAÇÃO?
NÃO SIM
Sintomas mínimos Sintomas exuberantes bscess ≥ 4cm Peritonite Obstrução
ATB EV + Cirurgia de
Dieta líquida + ATB Internação + NVO + HEV +
Drenagem + ATB EV + colono + urgência
VO ATB EV
cirurgia eletiva (Colectomia à Hartmann)
Ambulatorial Internação
*Lavagem laparoscópica
ESTÁGIO I ESTÁGIO I ou II ESTÁGIO III ou IV
(*) Peritonite purulenta (Hinchey III): pode ser feito lavagem laparoscópica!
c mplic d → i dic ões de cir rgi : imunodeprimido, incapaz de excluir CA, fístula, após 2º episódio, < 50a
A fístula colovesical é a mais comum na diverticulite aguda, principalmente nos homens
Na mulher a fístula mais comum é a colouterina
CLÍNICA
Dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico
DIAGNÓSTICO
Laboratório inespecífico: leucocitose, acidose, lactato elevado
RX: alterações tardias como pneumatose intestinal
ANGIO TC → ai u ilizado dila aç o e e a en o e falha no en hi en o
Padrão-ouro: ANGIOGRAFIA MESENTÉRICA SELETIVA – parada na vascularização intestinal
TRATAMENTO
Suporte: HEV, DHE, ATB, monitorização...
Restaurar o fluxo vascular + avaliar alça intestinal
PANCREATITE AGUDA
CAUSAS
BILIAR (30-
Mais comum (< 5mm)
60%)
ÁLCOOL (15-
2ª mais comum (causa principal na pancreatite crônica)
30%)
Drogas (ácido valproico, estrogênio, azatioprina...), Pós-CPRE, idiopática, pós-traumática, picada de
OUTRAS
escorpião (Tytius trinitatis), pâncreas divisium
DIAGNÓSTICO
CRITÉRIOS DE ATLANTA (2 dos 3 critérios abaixo)
Dor abdominal em barra
CLÍNICA
Náuseas e vômitos
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Lipase = é mais específica para pancreatite; outras causas podem causar hiperamilasemia.
Os valores de amilase e lipase não guardam relação com a gravidade do caso/prognóstico
Elas se elevam concomitantemente em 2 a 12h; no segundo a terceiro dia a amilase volta ao normal,
mas a lipase continua elevada
odo a ien e o an rea i e aguda de e er u e ido a u a →a n o u o e a e ara
avaliar o pâncreas, mas deve ser solicitada para avaliar a presença de colelitíase (definir a causa da pancreatite
aguda).
TC: idealmente deve ser solicitada após 48-72 horas (caso seja feita antes desse período, podemos
subestimar a gravidade do quadro). A TC demonstra necrose do parênquima pancreático, contudo, antes de
48h essa necrose pode ainda não ter se formado. Se a TC foi feita na admissão para diagnóstico, deverá ser
repetida em 48-72h.
O USG é realizado para descobrir a causa da pancreatite, mas não é ideal para ver pâncreas
ABORDAGEM
1º PASSO: CAUSA E GRAVIDADE
CAUSAS:
Biliar: avaliar necessidade de CPRE/ drenagem
Medicamentosa: suspender a droga
Alcoólica: exacerbação de quadro crônico
GRAVIDADE:
Critérios de ATLANTA: leve x grave
Disfunção orgânica (choque, IR, IRpA)
Complicação local (necrose, abscesso)
Complicação sistêmica (CIVD, Ca <7,5mg/dL)
Critérios de RANSON ≥ 3
Critérios de APACHE- ≥ 8 GRAVE
Critérios de B ≥3
Outros: PCR > 150 mg/mL (após 48h)
APACHE-II: avaliação de 12 parâmetros (idade e estado de saúde prévia). Este é imediato, mas a
desvantagem é que só pode ser calculado para internados em UTI.
RANSON: não consegue dizer de maneira imediata se o quadro é leve ou grave (diferente do APACHE-II),
mas pode ser calculado para qualquer paciente (ex.: para aqueles internados em enfermaria)
CRITÉRIOS DE RANSON
ADMISSÃO PRIMEIRAS 48H
Leucocitose Déficit de fluido
AST (TGO) (enzimas) Excesso de base (-)
Glicose Cálcio sérico
Idade (anos) Queda hematócrito
LDH PaO2
Ureia (BUN =ureia x 2,14)
Obs.: os valores de referência são diferentes para pancreatite aguda de origem biliar e de origem não biliar. Na
pancreatite de origem biliar não se utiliza a PaO2.
Macete: LEGAL / FECHOU
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2º PASSO: TRATAMENTO
LEVE (80-90%)
Repouso + dieta zero + analgesia (opioides) + HEV + eletrólitos + suporte
Obs.: em 5 - 7dias pode-se retornar a dieta VO
GRAVE
Medidas da LEVE + internação em CTI
HEV: reanimação volêmica (objetivo: diurese 0,5 ml/kg/h)
Antibiótico → ! (Obs.: a infecção da necrose pancreática aumenta muito a morbidade;
assim, se necrose > 30% poderia ser feita ATB profilaxia com Imipenem)
Suporte nutricional: enteral x NPT (a NPT será feita em duas situações: 1- paciente não
tolerar a dieta enteral/ íleo paralítico 2- se não for possível ofertar uma quantidade
adequada de calorias com a dieta enteral).
Vias biliares: CPRE sempre que colangite ou obstrução persistente
3º PASSO: COMPLICAÇÕES
COLEÇÃO FLUIDA
Conduta: expectante
AGUDA
Se infectado: punção + ATB
(30-50%)
Estéril: não fazer ATB profilaxia
NECROSE (GRAVE)
Infectada: punção + avaliar NECROSECTOMIA + IMIPENEM
Forma-se após 4-6 semanas
PSEUDOCISTO Suspeita quando: amilase ou massa
PANCREÁTICO Pseudocisto: não epitelizado
(15%) Tratamento: se sintomático (compressão estruturas adjacentes) ou
complicação (hemorragia, infecção) – EDA (drenagem endoscópica
transgástrica)
4º PASSO: ALTA
Alta se: dor controlada e alimentação normal
Avaliar colecistectomia:
- Leve: na mesma internação
- Grave: após 6 semanas
CRITÉRIOS DE ATLANTA
Pancreatite leve Sem falência orgânica ou complicações
Pancreatite Falência orgânica transitória (< 48h) ou
moderadamente grave complicação local isolada
Pancreatite grave Falência orgânica persistente
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ETIOLOGIAS
Causa mais comum: Bridas ou aderências.
Outras causas: Neoplasia colorretal (mais comum quando não tem cirurgia prévia);
volvo de sigmoide;
hérnias encarceradas;
intussuscepção (em crianças);
bezoares;
estenoses inflamatórias.
ATENÇÃO: Para pensar em brida precisa haver cirurgia prévia e costuma obstruir o intestino delgado.
CLASSIFICAÇÕES
Padrão fisiopatológico: Mecânica x funcional (íleo paralítico).
Obstrução alta x baixa: A referência é a válvula ileocecal.
Obstrução alta: Vômitos precoces, parada de eliminação de gases e fezes tardia, menos distensão abdominal, pode
haver alcalose metabólica (pelos vômitos).
Obstrução baixa: Parada de eliminação de gases e fezes precoces, vômitos tardios (pode haver vômitos fecaloides),
mais distensão abdominal, pode haver também acidose metabólica.
Obstrução simples x complicada: Na simples não há isquemia; na complicada há.
Obstrução parcial x completa: Na completa não passa nada; na parcial há suboclusão.
Obstrução em alça fechada: Dois pontos diferentes de obstrução causando um mecanismo de válvula (só entram
secreção entérica e fezes, não refluem), podendo levar a perfuração do ceco. Um exemplo é o tumor de cólon
esquerdo com válvula ileocecal competente!
DIAGNÓSTICO
Quadro clínico: Dor tipo cólica, intermitente, náuseas, vômitos, parada de eliminação de gases e fezes, sinais de
desidratação. Distensão abdominal, hipertimpanismo à percussão, RHA aumentados e metálicos no início e silêncio
abdominal posterior. Toque retal é fundamental!
Diarreia paradoxal: Pode estar presente (eliminação rápida de fezes distais ao ponto de obstrução, pela intensa
onda peristáltica).
Sinais de sofrimento de alça: Dor contínua, intensa, taquicardia, taquipneia, leucocitose, peritonite, sangue no
toque retal.
IMAGEM: Rotina de abdome agudo. Radiografia de abdome deitado traz muitas informações. Obstrução de delgado:
Presença de níveis hidroaéreos escalonados, edema de parede de alças e empilhamento de moedas (pelas válvulas
coniventes em 360° do delgado).
Obstrução de cólon: Grande distensão na moldura do cólon, não forma empilhamento de moedas (presença de
haustrações que não são em 360°).
TRATAMENTO
Cirurgia imediata: Em caso de peritonite e obstrução em alça fechada!
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Hérnia Umbilical
Criança (defeito congênito). Operar se:
Concomitante a hérnia inguinal;
> 2 cm;
Se Derivação Ventrículo Peritoneal;
Se não fechar em até 4 – 6 anos.
Adulto (Defeito adquirido) sendo as causas por aumento da pressão intra-abdominal (gestante, ascite volumosa,
tosse crônica). Tratamento é conservador, Operar se:
Sintomático (dor)
Ascite volumosa (risco de ruptura da pele).
Hérnia Epigástrica
Hérnia que se forma na linha alba entre o xifóide e a Cicatriz Umbilical
Hérnia Incisional
Hérnia em topografia de incisão cirúrgica prévia, em cima de uma cicatriz cirúrgica.
Fatores de risco: ni a in orre a infe ç o do i io ir rgi o he a o a ero a de nu riç o ↑ idade or i oide
↑ re o in ra-abdominal, obesidade.
Hérnias Lombares
Triângulo lombar Superior – abaixo da 12º costela – Hérnia de Grynfelt
Triângulo lombar Inferior – acima da crista ilíaca – Hérnia de Petit (no trígono homônimo)
REGIÃO INGUINO-FEMORAL
Anatomia
Parede posterior do canal inguinal: fascia transversalis (anel inguinal interno, canal femoral) + musculos
transverso e oblíquo interno
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Parede anterior: aponeurose do m. Oblíquo Externo (orifício chamado anel inguinal externo ou superficial que
marca o final do canal inguinal)
Anel Inguinal Interno (abertura na F. transversalis): é o ínicio do canal inguinal
Anel Inguinal Externo: final do canal inguinal
Canal femoral: sempre abaixo do ligamento inguinal, é a outra abertura fisiológica da F. transversalis
Ligamento Inguinal (ou de Poupart): é um reforço ligamentar da aponeurose do m. oblíquo externo que vai da
crista ilíaca ântero-superior à pube
Canal inguinal
o Homem: funículo espermático (m. cremaster; vv deferentes, plexo pampiniforme, conduto peritôneo
vaginal obliterado, que nada mais é do que o peritôneo que desceu junto com os testículos e fechou)
o Mulher: ligamento redondo do útero
Hérnia Inguinal
Hernia Inguinal Indireta - lateral aos vv epigástricos inferiores
A mais comum – seja em homem, mulher, adulto, idoso, criança
Se anuncia pelo anel inguinal interno
Comparada com a Direta, esta encarcera mais fácil
Causa: patência (não fechamento) do conduto peritôneo-vaginal
o Se a patência for completa (conduto todo aberto), pode haver hérnia inguino-escrotal.
o É um defeito congênito; por isso, é a hérnia típica da infância
Hernia Inguinal Direta – medial aos vv epigástricos inferiores
Se anuncia pela região do triângulo de Hesselbach (lig. Inguinal; vv epigástricos inferiores; m. reto abdominal)
que é a região de mais fragilidade da parede posterior.
Causa: enfraquecimento da parede posterior (adquirido, normalmente)
Exame físico:
Manobra de Landívar: Se localiza o anel inguinal profundo e com a hérnia totalmente reduzida se comprime
com os dedos índice e médio e se pede ao paciente que realize a manobra de valsalva. Se a hérnia não
aparece e se sente um choque nos dedos que estão no orifício profundo, se trata de uma hérnia inguinal
indireta. Se com o orifício inguinal profundo comprimido a hérnia se exterioriza pelo orifício superficial se
chama hérnia inguinal direta.
Manobra de Andrews: Se introduz o dedo indicador pelo testículo em direção ao anel inguinal externo e
pede para que o paciente faça uma manobra de Valsalva, se a hérnia toca a ponta dos dedos trata-se de uma
hérnia inguinal indireta, se toca cara palmar do dedo se trata de uma hérnia inguinal direta.
Sinal de Amussat: para diferenciar a hérnia inguinal da femoral, coloca-se o borde cubital da mal sobre a
arcada crural e pede ao paciente que realize a manobra de Valsalva, se a tumoração sair por cima se trata de
hérnia inguinal, se protruir por de baixo se trata de hérnia femoral.
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Hérnia Crural/Femoral
Hérnia que se anuncia abaixo do ligamento inguinal
Mais comum em mulheres (10:1) assim como a umbilical e à direita.
A mais fácil de encarcerar
Classificação de NYHUS
I- Hérnia indireta com anel interno normal < 2cm
II- Hernia indireta com anel interno dilatado, mas parede posterior preservada
III- Defeito na parede posterior (pos3rior)
IIIa Hernia direta
IIIb Hernia indireta
IIIc Hernia crural
IV Recidivadas
IVa Direta
IVb Indireta
IVc Crural
IVd Mista
Abordagem posterior
Hérnias bilaterais ou recidivadas
Técnica de Stoppa – tela bilateral gigante, incisão infraumbilical e vai descolando até
chegar a hérnia.
Videolaparoscopia: pode ser abordagem inicial (escolha nas mulheres). TAPP
(transabdominal pré-peritoneal), TEP (Totalmente extraperitoneal).
o Hernia inguinal na cça
Indireta – cx sempre e precoce pelo risco de encarceramento. Não se faz reforço posterior. Há
chance considerável de ser bilateral. Há quem preconize o tto em ambos lados.
*Hérnia de Richter: pinçamento da borda antimesentérica. Há isquemia sem obstrução. Perigosa! Mais comum na
hérnia femoral. Tem de ir pra faca.
ÚLCERA PÉPTICA
As principais complicações de uma UP são: sangramento, perfuração e obstrução. A mais comum e que
mais mata é o sangramento!
Classificação de Forrest
Estima o risco de ressangramento de úlcera péptica
Sangramento ativo Ia – sangramento arterial
I
(Risco alto 90%) Ib – sangramento lento (babando)
IIa – vaso visível não-sangrante (risco alto 50%)
II Hemorragia recente IIb – coágulo aderido (risco médio 30%)
IIc – hematina (risco baixo 10%)
III Base clara, sem sangramento (risco baixo < 5%)
CONDUTA
1. Terapia clínica e endoscópica
IBP / tratar H. pylori
Suspender AINES
I / IIA / IIB* Inibidor de bomba de próton IV +
Endoscopia (química/térmica/mecânica) – o melhor é a combinação entre os
dois
2. Terapia cirúrgica
Falha endoscópica: 2 tentativas
Choque: refratário (> 6U hemácias) ou hemorragia recorrente
Hemorragia contínua: transfusão > 3U/dia
Qual a cirurgia?
ÚLCERA PILOROTOMIA + ULCERORRAFIA + VAGOTOMIA TRONCULAR + PILOROPLASTIA (de
DUODENAL HEINEKE-MIKULICZ)
ÚLCERA GÁSTRICA GASTRECTOMIA + BI / BII / Y de ROUX
ABORDAGEM ESPECÍFICA
SE SANGRAMENTO GRAVE → EDA
EXCLUIR DOENÇA ANORRETAL → TOQUE / ANUSCOPIA
AVALIAR HEMORRAGIA BAIXA → COLONOSCOPIA
CINTILOGRAFIA
> 0,1 ml/min
ANGIO-TC
LESÃO NÃO VISUALIZADA →
> 0,3-0,5 ml/min
ARTERIOGRAFIA
> 0,5-1 ml/min
DOENÇA DIVERTICULAR
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� Jovens < 30 anos = divertículo de Meckel (íleo a 60cm da válvula ileocecal, má formação do ducto
onfalomesentérico – une intestino primitivo ao saco vitelínico) - tecido ectópico gástrico sofre erosão e sangra
Diagnóstico: cintilografia
Tratamento: ressecção
ANGIODISPLASIA
Má-formação vascular intestinal
Associação: estenose aórtica/ doença renal/ Doença de Von Willebrand
Local mais comum: ceco (principal causa de HDB do delgado)
Principal causa de sangramento obscuro – diagnóstico por cápsula endoscópica
Tratamento: colono/inibidor de VEFG/embolização/cirurgia
SÍNDROME DISFÁGICA
O esôfago é um tubo muscular que empurra a comida para o estômago. Seu terço superior possui músculo
estriado e seus dois terços inferiores possuem músculo liso, controlados pelos plexos mioentéricos de Meissner e
Auerbach.
O esfíncter esofagiano inferior (EEI) possui um epitélio de transição, de pavimentoso estratificado para
glandular; esta região chama-se linha Z. A cárdia é a região que compreende 2cm acima e abaixo da linha Z.
DISFAGIA
- Disfagia → difi uldade de engolir o ali en o
Pode ser de transferência ou de condução.
Disfagia de transferência → difi uldade de ran ferir o ali en o da o a ara o e fago.
Disfagia de condução → ali en o j e den ro do e fago e e e n o on egue onduzir o
alimento até o estômago.
TRANSFERÊNCIA CONDUÇÃO
“ g sg ” “ l ”
Doenças musculares Obstrução mecânica
Doenças neurológicas Distúrbio motor
DISFAGIA DE CONDUÇÃO
CLÍNICA → “ ”
DISFAGIA + REGURGITAÇÃO + PERDA DE PESO
Como o alimento fica por muito tempo também dentro do tubo digestivo, acaba sofrendo a ação de bactérias
u refaç o → a ien e ode a re en ar halitose
ABORDAGEM INICIAL → esofagografia baritada
CAUSAS
Obstrução mecânica Distúrbio motor
Divertículos
Acalásia (Chagas)
Anéis e membranas
Esclerodermia
Estenose péptica
Espasmo Esofagiano Difuso
Tumor
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DIVERTÍCULO DE ZENKER
Hipertonia do EES → a rin io o o e ra a de u a u ula ura e uel i a olun ria a a fazer u a
deglu iç o o ai força deglu iç o ruido a ue o ali en o on egue a ar a ra do e f n er → a
muito tempo contraindo aquela musculatura com mais intensidade ocorre expulsão da mucosa e submucosa
or en re a fi ra → divertículo (por pulsão) – divertículo falso
Hipertonia do cricofaríngeo
Herniação da mucosa e submucosa
Divertículo por pulsão
Entre os músculos tireo e cricofaríngeo
(triângulo de killian)
Idosos / 7ª década / à esquerda
Diagnóstico
Esofagografia baritada
i ar → ri o de erfuração!
Tratamento
< → ri ofaringo io o ia
≥ → io o ia e ia (até 5cm) ou ectomia
→ io o ia di er i ulo o ia
ACALÁSIA
O esôfago possui o plexo nervoso autônomo submucoso (de Meissner) e o plexo
nervoso autônomo mioentérico (de Auerbach), os quais são responsáveis pela peristalse.
Quando estes são destruídos ocorre perda da contração esofágica.
Na acalásia primária ocorre destruição do plexo de Auerbach, por ser antígeno específico. Na acalásia
secundária ocorre destruição pela Doença de Chagas, destruindo tanto o plexo de Auerbach quanto de Meissner.
Características da acalásia
Hipertonia do EEI (P > 35 mmHg)
Perda do relaxamento fisiológico do EEI
Peristalse anormal
Clínica
Disfagia, regurgitação e perda de peso
Diagnóstico
Esofagografia baritada
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Sinal do bico de pássaro / chama de vela / ponta de lápis: afilamento do esôfago distal e retenção do
contraste com dilatação à montante
EDA – não é boa para diagnóstico, mas se faz para afastar possibilidade de câncer de esôfago
Esofagomanometria – padrão-ouro (fecha diagnóstico por identificar achados fisiopatológicos)!
Ausência de relaxamento do EEI, hipertonia do EEI, peristalse anormal
No grau IV, tem-se um dolicomegaesôfago; o esôfago se torna armazenador e não funciona mais como condutor,
pode inclusive haver transformação para câncer escamoso de esôfago
ANÉIS E MEMBRANAS
Anel de Schatzki
Estreitamento laminar em corpo do esôfago
JEG em região torácica
Clínica: disfagia de condução intermitente (para alimentos grandes)
Diagnóstico: esofagografia baritada
Tratamento: dilatação endoscópica do anel
Caracteriza-se por contrações vigorosas e simultâneas, principalmente nos 2/3 inferiores do esôfago.
Clínica
Disfagia + precordialgia
Diferencial: IAM
Diagnóstico
ofagografia ari ada → e fago e a a-rolhas (só aparece durante o espasmo)
Esofagomanometria com teste provocativo (padrão-ouro)
Contrações vigorosas e simultâneas
Tratamento
Nitratos, antagonista de cálcio para relaxamento; psicoterapia
Miotomia longitudinal (casos refratários, último recurso)
Formas Clínicas
- Localizada: atinge somente a pele.
Morfeia: lesão em fibrose delimitada no tórax
Lesão em golpe de sabre: aprofundamento por fibrose na testa do paciente
c. Visceral (< 5%): difícil diagnóstico, atinge apenas órgãos internos (pouco
importante na prova!)
Afinamento do nariz.
Microstomia – retração da pele diminui a capacidade de abrir a boca.
Calcinose: calcificação do subcutâneo, principalmente dos dedos das mãos. Algumas vezes pode ser vista à
olho nu.
Telangiectasia: principalmente das mucosas labiais. A teoria é de que os vasos sofram vasoconstrição e os
remanescentes sofreram vasodilatação compensatória.
Fenômeno de Raynaud: vasoconstrição transitória dos dedos das mãos, com alteração trifásica da cor.
lidez → i se → b r
Inicia com palidez, e depois pelo acúmulo de hemoglobina carboxilada, fica cianótico, e depois, com
o retorno da circulação, os dedos ficam ruborizados. Por vezes pode ser apenas palidez e rubor.
Precipitado por frio e estresse emocional.
Além de ser muito comum, pode ser a primeira manifestação da esclerodermia.
Rim: Crise renal da esclerodermia (forma cutâneo difusa), por uma vasoconstrição difusa da vascularização
renal, causando uma IRA oligúrica.
↑ , ligúri , emi hem lí ic micr gi pá ic , ↓pl q e s → iECA
Ativação do SRAA – grande ativação, levando a alterações pressóricas graves, com aumento da PA.
Não é mais a que mais mata na esclerodermia, após ser tratada adequadamente.
Pulmão
Alveolite com fibrose (forma cutâneo difusa)
TC tórax: aspecto de vidro fosco (inflamação) / aspecto em favo-de-mel (fibrose)
Tratamento: imunossupressão (trata apenas a inflamação)
Principal causa de morte na esclerodermia.
Hipertensão pulmonar (forma cutâneo limitada)
Resumo da Esclerodermia
- DIFUSA: Rim / antiTOPO1 / Alveolite
SÍNDROME DISPÉPTICA
Dor epigástrica > 1 mês
Quando iremos indicar a EDA na primeira consulta em um paciente com síndrome dispéptica?
RISCO DE CA
1. Idade > 40-45 anos*
2. Presença de sinais de alarme para câncer
Emagrecimento
Anemia
Disfagia
Odinofagia (dor durante a deglutição)
Fisiopatologia
Perda de mecanismos anti-refluxo
EEI: hipotonia, relaxamento inadequado
Junção esôfago-gástrica alterada
rnia de hia o → al eraç o da junç o e ofagog ri a – pode predispor à ocorrência de refluxo
QUADRO CLÍNICO
ESOFAGIANO EXTRA-ESOFAGIANO
Faringite
TÍPICOS: Rouquidão
PIROSE Tosse crônica
REGURGITAÇÃO Broncoespasmo
Complicações (50% dos casos): PNM de repetição
Esofagite, úlcera, estenose péptica (disfagia), esôfago de Barrett
ATÍPICOS
Diagnóstico
l ni o → iro e regurgi aç o
Endoscopia Digestiva Alta
Se realiza EDA se > 40-45anos, sinais de alarme e refratariedade
EDA normal: não exclui DRGE (as complicações vistas na EDA são encontradas em apenas 50%)
A EDA tem utilidade para afastar câncer e outras patologias
e ade do a ien e o en on rada o li aç e → e ofagi e ul era e eno e arre
ESÔFAGO DE BARRET
Trata-se de uma adaptação – uma troca de epitélio nativo do esôfago (escamoso estratificado) – geralmente
da área mais distal, que é a que sofre mais agressão – por um epitélio colunar do tipo intestinal (mais resistente à
acidez).
i g ós ic his lógic → metaplasia INTESTINAL
O diagnóstico de Barrett é histológico através da biópsia. A EDA não dá diagnóstico de esôfago de Barrett,
mas sugere a existência de áreas esofagianas de esôfago de Barrett
Área esofagiana de cor vermelho-s lm → conduta: biópsia
O esôfago de Barrett é o principal fator de risco para o adenocarcinoma de esôfago (lesão pré-cancerosa)
Área de metaplasia -> displasia -> neoplasia
TRATAMENTO DRGE
Medidas Perda de peso, elevação da cabeceira, evitar comer 2-3 horas antes de dei ar ↓
antirrefluxo sintomas noturnos), eliminar alimentos que pessoalmente causem sintomas
Objetivo: reduzir a acidez gástrica
Duração: 8 semanas
B B B ( B ) em “d se ple ”
Omeprazol 20mg/panto 40mg/ esome 40mg/ lanso 30 mg
ÚLCERA PÉPTICA
A úlcera péptica é uma lesão da parede do estômago ou duodeno. Para que ela surja, necessita-se um
desbalanço entre os fatores de proteção (barreira mucosa) e de agressão (acidez).
FISIOPATOLOGIA
Agressão: ácido
Facilitadores: H. Pylori, AINES
A barreira de mucosa gástrica protege o estômago da ação do antro, sendo produzida e mantida pelas
prostaglandinas.
REDUZIR A ACIDEZ
Inibidor da bomba de próton (prazol)
Bloqueador histamínico (ranitidina...)
Vagotomia/ antrectomia
Anti-inflamatórios
Mecanismo de ação: inibidores da COX (cicloxigenase)
1. COX-1: ro aglandina “do e ” → an a arreira mucosa gástrica
2. COX-2 ro aglandina “do al” → re on ei elo ro e o infla a rio
Tipos de AINES:
Não seletivos: ao inibir a COX- → erda da arreira u o a → fa ili a a aç o do ido
Seletivos da COX-2 o i e → ode induzir agregaç o la ue ria or e e o i o ui o j fora re irado
do mercado)
Helicobacter pylori
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Mecanismo de ação:
INFECÇÃO NO ANTRO
Destruição das células D (⇩ somatostatina)
⇩
HIPERCLORIDRIA
⇩
ÚLCERA PÉPTICA
INFECÇÃO DISSEMINADA
Destruição das células parietais (⇩ácido)
⇩
HIPOCLORIDRIA + ⇩BARREIRA
⇩
ÚLCERA PÉPTICA
DISSEMINADA
Destruição das células parietais
HIPOCLORIDRIA + BARREIRA
O H. pylori é responsável por 80-95% das úlceras duodenais e 75% das úlceras gástricas
Quando não houver H. pylori e nem AINE, lembrar da Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma), caracterizada por
úlceras refratárias, atípicas, podendo aparecer no jejuno.
QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO
ÚLCERA GÁSTRICA ÚLCERA DUODENAL
Dispepsia pior com alimentação Dispepsia pior 2-3 horas após alimentação e à noite
Essas recomendações não existem para úlcera de duodeno, pode biopsiar, mas não é obrigação, pois câncer de
duodeno é muito raro
TRATAMENTO
1. eduzir a idez → – 8 semanas
2. Questionar AINE
3. Pesquisar e erradicar H. pylori
4. Controle de cura
Úl era g ri a → no a
. ylori → e ana de oi à u ar orologia
PESQUISA DE H. PYLORI
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DUODENAL
GÁSTRICA II
ÚLCERA PÉPTICA (corpo
(HIPERCLORIDRIA) gástrico)
GÁSTRICA III
(pré-pilórica)
ÚLCERA DUODENAL
VAGOTOMIA TRONCULAR + PILOROPLASTIA
VAGOTOMIA TRONCULAR + ANTRECTOMIA + RECONSTRUÇÃO TRÂNSITO
VAGOTOMIA SUPERSELETIVA (GÁSTRICA PROXIMAL)
Uma das funções do nervo vago é o relaxamento do piloro (para permitir que o alimento passe gradualmente do
estômago para o duodeno). Assim, se o indivíduo for submetido a uma vagotomia troncular, o cirurgião terá de
associar ao procedimento uma piloroplastia (incisão na musculatura do piloro, que ficará permanentemente
relaxado, permitindo assim o esvaziamento do estômago) ou uma antrectomia (gastrectomia distal), a qual o porte
da cirurgia é muito maior, mas em compensação, irá reduzir muito mais a acidez gástrica – lembrando que no antro
temos as células G produtoras de gastrina). Se o antro for retirado, o trânsito deve ser reconstruído.
Outra opção cirúrgica é a vagotomia superseletiva – nesta, é mantida a inervação vagal para o piloro – esse paciente
não terá problemas de esvaziamento gástrico, e assim não será necessária a associação de outro procedimento.
RECONSTRUÇÃO DO TRÂNSITO
BILLROTH I (gastroduodenostomia)
BILLROTH II ga rojejuno o ia alça aferen e → alça de duodeno ue e on inua o a ana o o e
gastrojejunal)
⇧ recidiva
VAGOTOMIA SUPERSELETIVA
⇩ complicações
VAGOTOMIA TRONCULAR + PILOROPLASTIA Intermediária
⇩ recidiva
VAGOTOMIA TRONCULAR + ANTRECTOMIA
⇧ complicações
ÚLCERA GÁSTRICA
TIPO I (HIPOCLORIDRIA)
GASTRECTOMIA DISTAL + RECONSTRUÇÃO A BILLROTH I
Pequena curvatura baixa
TIPO II (HIPERCLORIDRIA)
Corpo
VAGOTOMIA TRONCULAR + ANTRECTOMIA + RECONSTRUÇÃO A BILLROTH II (ou I)
TIPO III (HIPERCLORIDRIA)
Pré-pilórica
TIPO IV (HIPOCLORIDRIA)
GASTRECTOMIA SUBTOTAL + RECONSTRUÇÃO EM Y DE ROUX
Pequena curvatura alta
COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
SÍNDROME DE DUMPING
erde b rreir pilóric → lime dire d de (dis e s )
Dumping precoce Dumping tardio
15 -20 min após a alimentação 2 a 3 horas após alimentação
Hiperestimulação pancreática � aumento de insulina secretada,
Distensão intestinal que sobra!
Gastrointestinais (mecânicos): dor, náusea,
diarreia... Hiperinsulinemia: hipoglicemia!
Vasomotores: taquicardia, palpitação, rubor...
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→ die é ic
Fracionar as refeições
Deitar após a alimentação: lentifica a passagem de alimento ao duodeno
GASTRITE ALCALINA
(Gastropatia por refluxo biliar)
eflu o de on e do iliar e an re i o → ga ri e
MAIS COMUM: BILLROTH II (não exige peristalse contrária)
CLÍNICA: DOR CONTÍNUA, SEM MELHORA COM VÔMITO (BILIOSO)
TRATAMENTO: RECONSTRUÇÃO EM Y DE ROUX
- Colestiramina: pode atenuar os sintomas (inativa a bile – é um quelante de sal biliar)
Na gastrite alcalina o estômago torna-se inflamado e irritado pois não está preparado para receber secreções
pancreática e biliar.
Em BII as secreções biliares e pancreáticas acabam se aproximando do estômago, de modo que refluem mais
facilmente; em BI, isso também pode ocorrer, mas é mais difícil, pois as secreções precisam caminhar em sentido
antiperistáltico.
Como a inflamação persiste, a dor é contínua e não há melhora com os vômitos. O tratamento padrão é a
reoperação em Y de Roux. A colestiramina é uma droga que pode melhorar/ atenuar os sintomas por inativar a bile
(porém, o estômago continuará a ser agredido pela secreção pancreática).
Síndrome de Zollinger–Ellison
Úl era i a refra ria e relaç o o ou → en ar e GASTRINOMA!
Confirmação
Gastrinemia (> 1000pg/mL)
pH gástrico (< 2,5)
e e da e re ina ↑ ga rine ia após infusão de secretina)
Tratamento
Terapia antissecretora intensa
Localizar e extrair o tumor
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A veia porta é formada pela VMS e veia esplênica. A VMI drena para a veia esplênica. As veias gástricas
esquerda e direita recebem sangue do esôfago e também drenam para a veia porta, juntamente às veias gástricas
curtas. Toda a drenagem venosa do TGI é feita para a veia porta. A veias retais possuem três andares, sendo a
superior e média tributárias da VMI; a veia retal inferior drena para a VCI.
O sangue ue hega ao f gado e enfren a hi er en o or al o eça a u ar “a alho ” ara hegar ao
pulmão, utilizando- e do a o ue drena ara a or a “fugindo” do f gado.
HIPERTENSÃO PORTA
Esplenomegalia
Circulação colateral (varizes esofagogástricas e anorretais, cabeça de medusa) – o sangue deixa de ir ao
sistema porta e vai diretamente para as veias colaterais
Encefalopatia – a amônia produzida no intestino precisa ser metabolizada em ureia pelo fígado, se não
ocorrer esse processo, há o acumulo de amônia causando a encefalopatia
Ascite – o sangue do espaço porta precisa ser levado para a veia centro lobular, mas no meio do caminho é
ideal que o sangue entre em contato com os hepatócitos para que seja metabolizado a amônia, por
exemplo, através de capilares fenestrados, chamados sinusóides; se obstruir a veia centro lobular, aumenta
a pressão nos sinusoides que acabam por concentrar liquido para fora do sistema porta, na tentativa de
diminuir a pressão dentro do sistema porta – assim, se tem muita ascite, não tem formação de muitas
varizes
Pré-Hepática
Função hepática boa. Ascite não é esperada, mas pode ocorrer por outras causas associadas.
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Trombose da Veia Porta (+ comum da pré) Crianças, paciente em estado de hipercoagulabilidade (como SAF)
Trombose de Veia Esplênica
(Hipertensão porta segmentar) Varizes isoladas de fundo gástrico*
Pode ocorrer de VMI mas é raro
Intra-Hepática
1) Pré-sinusoidal
Esquistossomose: parasita fica no espaço porta; uma infestação importante pode fazer uma reação
granulomatosa que invade os sinusóides e provoca hipertensão sinusoidal, causando ascite.
2) Sinusoidal
Cirrose → ai o u de oda
3) Pós-sinusoidal: por oclusão da veia centrolobular (doença veno-oclusiva)
Doença Enxerto-Hospedeiro � oclusão granulomatosa, mais comum no Brasil é o transplante
Doença do Chá da Jamaica (Bush Tea Disease) → Chá de maria mole
Pós-Hepática
- Síndrome de Budd-Chiari
Trombose da veia hepática
Causas: policitemia vera + hipercoagulabilidade, ACO, neoplasia hepática
VARIZES ESOFAGOGÁSTRICAS
FORMAÇÃO DAS VARIZES = GRADIENTE DE PRESSÃO > 10 mmHg
→
e rg o ue o ue du la ir ulaç o “ rg o de a age ”
GRANDE RISCO DE RUPTURA = GRADIENTE DE PRESSÃO > 12 mmHg
O sangue da gástrica esquerda drena diretamente para a porta, se a pressão do sistema porta estiver maior que
10mmHg, não passa mais sangue, então a gástrica esquerda volta sangue pelo sistema cava, formando varizes.
e ári 1 → c s gr
Profilaxia primária: rastrear varizes com EDA em paciente com clinica ou risco de HP
Indicar profilaxia se:
Varizes de alto risco (médio calibre > 5mm ou grosso calibre > 20mm)
Child B e C
Cherry-red spots
A profilaxia primária de escolha deve ser feita com β-bloqueador não-seletivo (propranolol, nadolol,
carvedilol) OU ligadura elástica or al erna i a . β-bloqueador deve ser feito com a maior dose tolerada pelo
paciente. Este diminui o fluxo esplênico diminuindo a pressão do sistema porta.
e ári 2 → es á s gr d
1. Estabilizar a hemodinâmica
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Cristaloides
± Hemácias (Hb < 7) ± plaquetas (se < 50 mil)
± Plasma (se INR > 1,7)
Prazol
Iniciar Terlipressina (vasoconstrição esplâncnica)
3. Prevenir complicações
Profilaxia de peritonite bacteriana espontânea (PBE) – paciente faz hiperperfusão intestinal fazendo
translocação bacteriana (sobrevida cai para 9 meses)
Ceftriaxone 1g EV, após melhora passar para Norfloxacino 400mg 12/12h VO até completar 7
dias
SHUNT SELETIVO
Vantagem: mantém fluxo mesentérico portal, diminuindo chance de encefalopatia
(esplenorrenal distal –
Desvantagem: pode piorar a ascite
cirurgia de Warren)
Desconexão ázigo-portal
DESCONEXÃO Ligadura de veias gástricas + esplenectomia
Mais simples, boa para esquistossomose
ASCITE
Exame físico
Piparote: ver se a onda de líquido se propaga pelo abdome com anteparo na linha média
Macicez móvel – percussão em diferentes decúbitos
Semicírculo de Skoda – percussão do centro para a periferia
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Diagnóstico
Tratamento
Restrição de sódio: 2g Na (4-6g sal)/dia
Restrição hídrica: 1 a 1,5 L/dia se Na < 125 (hiponatremia dilucional)
iur i o e ironola ona e furo e ida →
Espironolactona: iniciar com 100, máximo 400mg/dia
Furosemida: iniciar com 40, máx 160mg/dia (furosemida evita distúrbio hidroeletrolitico)
Aumentar doses a cada 3-5 dias
je i o ↓ g dia ou ↓ g dia o ede a
Paracentese de alívio: indicado na ascite sintomática (tensa / dificuldade respiratória)
Tratamento da Ascite Refratária – falência, recorrência precoce ou azotemia, Na < 120, K > 6
- o in a i o on iderar u ender β-bloqueador
Midronina VO
- Em caso de falha: Paracenteses terapêuticas seriadas
e ara en e e de grande olu e → re or -10g de albumina por litro retirado ao total
Outras opções: TIPS, shunt peritônio-venoso, transplante hepático
Profilaxia da PBE
1) Primária
a guda no angra en o ari o o → ef ria one norflo a ino or 7 dias
b) Crônica: se PTN ascítica* < 1- rea ou a ou ≥ ou ≥ → orflo a ino g dia
*muito pouca albumina, mas também muito pouca globulina, aumentando o risco de PBE
Diagnósticos diferenciais
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ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
Fisiopatologia: aumento da amônia (NH3) e outras toxinas pela não metabolização em ureia e consequente
acúmulo com extravasamento pela barreira hemato-encefálica
Causas: insuficiência hepatocelular, hipertensão porta; precipitada por hemorragia digestiva, infecções
(PBE), constipação, hipocalemia e alcalose, diurético.
Diagnóstico: clínico
Clínica: sonolência, flapping, desorientação, inversão do ciclo sono-vigília (manifestação + precoce).
Tratamento:
Evitar fatores precipitantes
Evitar restrição proteica – tem alto risco de desnutrição, deve-se manter o suporte nutricional,
tentar priorizar proteínas de origem vegetal
Lactulose: efei o la a i o a dei a o ai ido → 3 vira NH4
ATB: neomicina, metronidazol, rifaximina (escolha) – diminui bactérias do cólon
Transplante: tratamento definitivo
SÍNDROME HEPATORRENAL
O paciente com falência hepática tem tendência à vasodilatação, pelo aumento de oxido nítrico circulante.
orre na uele he a o a a uando o “ri e ui ida”. vasodilatação esplâncnica diminui a perfusão renal, e os
rins fazem vasoconstrição intensa para compensar, sofrendo com isto. Em resumo, é uma vasodilatação periférica +
vasoconstrição renal.
É um diagnóstico de exclusão!
Hepatopata grave + HP + IRA pré renal ou Creatinina > 1,5 que não melhora com volume
Urina concentrada e diminuição de sódio
Sem choque, sem droga nefrotóxica e;
USG e EAS normais
Tratamento
Evitar descompensação
Albumina + Terlipressina
± Hemodiálise
Se não der certo: transplante hepático!
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O processo de lesão-regeneração pode fazer com que ocorra um erro na divisão celular, levando à
metaplasia. Logo, a cirrose hepática é um fator de risco para CHC (Carcinoma Hepatocelular).
O fígado ativa testosterona e depura precursor de estrogênio, então, na doença hepática, sobram percursores de
estrogênio, gerando hiperestrogenismo + hipoandrogrenismo (fenótipo feminino)
Estadiamento
CHILD-PUGH MELD
Bilirrubina
Encefalopatia Bilirrubina
BEATA Albumina BIC INR
TAP Creatinina
Ascite
5 – 6 pontos: grau A
7-9 pontos: grau B Estabelece prioridade na fila de transplante
≥ on o grau
Assintomático
Dor; aumento de transaminases (TGP > TGO)
Diagnóstico
Esteatose por imagem (comum) ou biópsia (raro)
Excluir álcool e outras causas de Esteatose (HCV, Wilson...)
Tratamento: dieta + exercício / Glitazona / vitamina E
As glitazonas reduzem a resistência insulínica; maior beneficio que a metformina
A vitamina E reduz o estresse oxidativo, diminuindo a possibilidade de progressão da doença
Hepatite B Crônica
Caracteriza-se por HBsAg (+) > 6 meses
Cronificação: adultos 1-5%/ crianças 20-30% / RN 90%
Dos que cronificam, 20-50% tem cirrose, 10% câncer; os demais tornam-se portadores inativos
QUANDO TRATAR?
Replicação Viral + Lesão hepática
e g ou ↑ -DNA ↑
Biópsi l s gr fi ( ≥ 2/F2)
Cirrose
Manifestações Extra-hepáticas
PAN, GN membranosa...
Imunossupressão / HCV, HIV / HMF de CHC
Tratamento
Objetivo: negativar HBeAg, ou, pelo menos, anti-HBeAg +
Via SC 48 sem
HbeAg (+) INTERFERON Não pode se disfunção hepática ou cardíaca, gestante, citopenias, câncer, doença
autoimune
Via oral, tempo indefinido
HbeAg (-) TENOFOVIR Não pode se doença renal
Pacientes com HIV
CIRROSE
DOENÇA RENAL
ENTECAVIR Via oral, tempo indefinido
IMUNOSSUP /
QT
Hepatite C Crônica
Caracteriza-se por Anti-HCV > 6 meses
Cronificação 80-90% � Cirrose 20-30% / Câncer 5-10%
Demais tem curso variável, diferente da hepatite B, por isso, hoje, todos que tem hepatite C irão tratar
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Doença de Wilson → o re
O cobre é necessário na fabricação de proteínas e enzimas. O excesso é excretado através do fígado. O
indivíduo nasce com uma mutação na ATP7B (adenosina trifosfatase) que diminui a excreção hepática de cobre na
bile. O acúmulo inicia-se no fígado e posteriormente no organismo. O excesso de cobre liga-se à ceruloplasmina,
assim ocorre cobre aumentado e ceruloplasmina baixa (por não fabricar).
Jovem (5 – 30 anos)
Rara (1:30.000)
Anéis de Kayser-Fleisher (99% co le o e o he a o a ia → lâmpada de fenda
Manifestações
HEPÁTICA Aguda / Crônica
Alteração do movimento (distonia, tremores) e personalidade
SNC
Anéis de Kayser-Fleisher (associação de 98% com sintomas de SNC)
OUTROS Hemólise / Doença Tubular Renal
Diagnóstico:
riage ↓ erulo la ina
onfir aç o an i K ↑ o re urina he i o gen i a he i a e d ida
Tratamento:
Quelantes: trientina (preferível) / penicilamina
Transplante (cura): casos graves ou refratários
Hemocromatose hereditária
Manifestações
↑ a uraç o de ran ferrina ↑ erri ina
6H: hepatomegalia / hiperglicemia / hiperpigmentação / heart (ICC, arritmia)/ hipogonadismo / hartrite
Ocorre pela deposição de ferro nos tecidos
Heart = insuficiência cardíaca
Diagnóstico
riage ↑ erri ina e a uraç o da ran ferrina
onfir aç o e e gen i o → u aç o Ye
Tratamento: flebotomia (ferritina ~ ng ran lan e n o ura → o defeito está na absorção intestinal)
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Os cálculos pigmentados marrons estão relacionados à dismotilidade biliar e à infecção bacteriana, sendo que o
principal microrganismo é a Escherichia coli. Qual é a relação entre eles? Restos bacterianos, junto a bilirrubina não
conjugada e cálcio, formam o cálculo marrom. Aqui, como no cálculo preto, o principal constituinte é o bilirrubinato
de cálcio. Os cálculos marrons são os cálculos primários de colédoco.
A formação dos cálculos de colesterol é frequentemente cobrada!
Três eventos são considerados fundamentais para a formação do cálculo de colesterol. São eles:
u er a uraç o de ole erol o ole erol ou o ol el na ile. ara “ elhorar” a olu ilidade ele for a
micelas com a lecitina e os sais biliares. Logo, devemos ter um equilíbrio entre esses três constituintes da
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bile. Quando há o aumento na concentração da bile, tanto a lecitina quanto os sais biliares diminuem sua
concentração, desfazendo as micelas e favorecendo a precipitação do colesterol.
Nucleação: com a precipitação do colesterol, há um aumento nos fatores que promovem a nucleação dele,
formando cristais de colesterol, que darão origem ao cálculo.
Crescimento: quando há uma alteração na motilidade da bile, em que ela fique mais tempo concentrada na
vesícula biliar, isso favorece o crescimento do cálculo.
Atenção: se tivermos uma dor em hipocôndrio direito, de forte intensidade, que não melhora ou vem piorando,
FEBRE e SINAL DE MURHY, muito provavelmente estamos diante de uma COLECISTITE, e não de uma cólica biliar
típica. Relembrando: sinal de Murphy é a dor à palpação profunda com pausa inspiratória durante a palpação do
hipocôndrio direito. NA PROVA, APARECEU SINAL DE MURPHY = PENSAR EM COLECISTITE AGUDA!
3.0 COLEDOCOLITÍASE
A coledocolitíase é o principal tema cobrado quando falamos de vesícula e via biliar, correspondendo a 27% das
questões nos diferentes concursos. Nesse tema, você tem que ser capaz de identificar, no enunciado, que se trata de
uma coledocolitíase. Fique calmo, que lhe direi como fazê-lo. Indo além, a pergunta, após você reconhecer a
coledocolitíase é: O QUE FAZER? E a dúvida é: já devo solicitar CPRE ou não é o momento? No final desta parte, você
será plenamente capaz de responder a essa pergunta. Vamos em frente!
Visualização do cálculo:
Foco ecogênico arredondado;
A sombra acústica posterior pode estar presente, mas é mais difícil de ser detectada.
Dilatação do colédoco:
6 mm ou > 8 mm, dependendo da referência (no revalida, fique tranquilo: a banca colocará um tamanho que
não gere dúvida!);
10 mm nos pacientes pós-colecistectomia;
Dilatação da árvore biliar intra-hepática.
O tratamento cirúrgico não é um tema muito prevalente nas provas e as perguntas normalmente têm um nível de
dificuldade intermediário.
O padrão-ouro para a cirurgia de retirada da vesícula biliar é a COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA.
Um tema que as bancas gostam são as contraindicações para a colecistectomia laparoscópica. São elas:
Contraindicação Absoluta:
Suspeita de câncer de vesícula
Instabilidade hemodinâmica
Contraindicação Relativa:
Incapacidade de o paciente tolerar anestesia geral
Baixa reserva pulmonar
Baixa reservar cardíaca
Doença hepática avançada com hipertensão portal
Coagulopatia não controlada
Lesão da via biliar é um tema com baixa prevalência nas provas de Residência, em torno de 7%. Possui uma forte
tendencia para aparecer também na prova do revalida.
• ue e f ei o re o a un o ede ara o on eguir diferen iar u a oledo oli a e re idual de u a
lesão da via biliar;
2) COLEDOCOLITÍASE RESIDUAL
As lesões da via biliar são classificadas segundo Bismuth e Strasberg. Ela utiliza a localização da lesão e auxilia na
tomada de decisão quanto a melhor forma de reconstrução.
E como eu as diferencio? Veremos uma tabela com as características de cada uma:
Proctologia
Anatomia
Junção retossigmóide – 15 cm de esfíncter anal
Canal anal tem epitélio escamaso; reto tem epitélio colunar
Linha pectínea divisão entre o canal anal e o reto distal
o Criptas anais com as glândulas de Chiari “ uja funç o er a e o”
Canal anal cirúrgico canal anatômico + 2 a 3 centímetros do reto distal
Plexo hemorroidário interno: está no reto distal (ainda no canal anal cirúrgico)
Plexo hemorroidário externo
Exame proctológico
1) Inspeção Estática
2) Inspeção Dinâmica
3) Toque Retal
o a) Tônus esfincteriano
o b) Massas, protusões
o c) sangue muco ou pus
Anuscopia um especular-like
Hemorróidas
1) Internas a mais frequente prolapso e sangramento
2) Externas trombose do botão
Internas
FR: construção e fezes endurecidas
Classificação e tratamento
o 1º grau: apenas sangramento indolor
Recomendação dietética (RD) e higiene local
o 2º grau: prolapso com redução espontânea e sangramento
RD e ligadura elástica (CI em imunossuprimidos)
o 3º grau: redução manual + sangramento
RD e ligadura elástica (se apenas 1 mamilo) ou hemorroidectomia
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Externas
Normalmente assintomática. As vezes discreto prurido. Orientar a não usar papel higiênico
Trombose hemorroidária: dor latejante, progressiva, com sensação de plenitude anal. Cd:
o Até 48/72 horas excisão e cicatrização por 2ª intenção
o > 72 horas tto conservador (banho de assento com água morna, emoliantes fecais, AINES e
anestésicos locais)
Fissura anal
Úlceras lineares da margem anal até a linha pectínea
Localização
90% linha média posterior (mulher; no homem, 99%)
10% linha média anterior
o Se fora da linha média, é secundária: TB, sífilis, Crohn
Fisiopato
Hipertonia do esfíncter anal interno
Clínica
or e a uaç o “l ina or an e” e sangramento vivo
Tto
< 6 semanas (aguda) RD, banho de assento, emoliantes fecais, pomadas anestésicas
> 6 semanas (crônica*) diltiazem ou isordil tópicos. Na refratariedade, Esfincterotomia Lateral Interna (ELI)
após manometria do esfíncter anal confirmando hipertonia
*Fisiopatologia da fissura anal crônica: a hipertonia leva à fissura, que pela dor aumenta a hipertonia, diminuindo a
vascularização e dificultando a cicatrização
Abscessos anorretais
Fisiopatologia
Criptite abscedação abscessos dissecam a pelve e formam coleções em diferentes topografias
o 1) perianal (40/50%) + comum TR doloroso, febre, secreção purulenta
o 2) Interesfincteriano mimetiza fissura anal devido à dor para evacuar TR sem tanta dor; pode ser
até assintomático
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Fístula anorretais
(aqui, anorretal e perirretal são sinônimos)
Fisiopato
Criptite abscesso anorretal não tratado fístula anorretal
A cripta de origem da infecção é o orifício interno; tem-se o trajeto e o orifício externo, por onde drena a
secreção
Clínica
Drenagem de secreção seropurulenta pela região perianal de odor muito fétido
Classificação
o 1) interesfincteriana – 45% (exterioriza-se entre os esfínteres interno e externo)
o 2) Transesfincteriana – 30% (atravessa o esfíncter externo antes de se exteriorizar)
o 3) Supraesfincteriana – “d a ol a no e f n er e erno”
o 4) Extraesfincteriana – 5%
Regra de Goodsall-Salmon
Olhar por detrás o paciente em 6 apoios
Fistulas de drenagem anterior tem origem em criptas anteriores; posterior, criptas posteriores. A exceção fica
por conta da fístula anterior longa
Tratamento
Fistulotomia abertura e curetagem + ressecção da cripta
A passagem do fio de Seton (sedenho ou vessel-loop) estimula granulação e fechamento do trajeto da fístula
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Pólipos Intestinais
Definição: Crescimento da mucosa para o interior da víscera
Adenoma (pólipo benigno) podem evoluir para adenocarcinomas (pólipo maligno)
Pólipos vilosos, maiores que 2 centímetros e com displasia grave: indicativos de malignização iminente.
Não-Neoplásicos: hiperplásicos (mais comuns), hamartosos (células normais dispostas erroneamente),
inflamatórios (como na DC)
Neoplásicos: adenoma, Adenocarcinoma
Realizar polipectomia para estudar o tipo de pólipo.
Síndrome Hamartomatosa
Peutz-Jeghers: pólipos mais comuns no delgado (intussuscepção, melena, anemia) + manchas melanóticas
em pele e mucosas (lembrar da gengiva). Aumenta a incidência de câncer em geral também.
Cowden: Pólipos hamartomatosos + ceratose plantar + nódulos verrucosos (triquilemomas).
Polipose Juvenil Familiar: pólipos grandes de reto, sangrantes – anemia ferropriva.
*Melanosis Coli – cólon pigmentado (tigróide – lembrar da imagem) – uso de laxanes crônicos.
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Estadiamento (TNM)
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o T e M igual a estômago
o N1: 1 a 3 LFN regionais
o N2: >3 LFN regionais
Tratamento
Cólon: colectomia com margem + LFNdectomia + QT adjuvante (Se N positivo)
Reto:
o Até T1 (submucosa) e N0: Excisão local
o ***Padrão: (QT e RT Neoadjuvante (diminuir a massa tumoral) + Cx + QT adjuvante)
o Cirurgia:
> 5 cm da margem anal:
RAB: Ressecção abdominal baixa + excisão total mesorreto + anastomose colorretal.
≤ 5 cm d m rgem l
MILES-(RAP): Ressecção abdominoperineal + excisão total mesorreto + colostomia
definitiva
o Tanto em cólon quanto em reto, tentar cura mesmo com metástase Ressecar:
Meta hepática com até 4 implantes em mesmo lobo (lobectomia)
Meta pulmonar ou peritoneal se ausência de implantes em outras topografias
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ONCOLOGIA
Raio-x de ór x → les
≤ 3 cm =
Se não houver mais nada além do nódulo...
Nódulo pulmonar solitário
BENIGNO MALIGNO
Ex.: cicatriz de TB Ex.: câncer de pulmão (câncer de maior mortalidade)
BENIGNO MALIGNO
Cicatriz de tuberculose (BK) Câncer
+ IMPORTANTES
CALCIFICAÇÃO / FORMA
CENTRAL CONCÊNTRICO DIFUSO
HAMARTOMA
Falam a favor de lesão maligna: salpicado e excêntrico
CARCINOMA BRONCOGÊNICO
CLÍNICA
Tosse (manifestação + comum), hemoptise, dispneia, dor torácica, rouquidão...
Síndromes compressivas
DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO
G →B
CENTRAL Escarro, broncoscopia
PERIFÉRICO Toracotomia, videotoracoscopia, percutâneo
ESTADIAMENTO
PEQUENAS CÉLULAS
LIMITADO: um hemitórax
EXTENSO: bilateral
NÃO PEQUENAS CÉLULAS
TNM
T1: le o n dulo ul onar oli rio
a < 1 cm
b < 2 cm
c < 3cm
T2: lesão 3 - 5 cm (massa) que não inclui a carina
a < 4cm
b < 5cm
T3: lesão 5 - 7 cm, pleura ou pericárdico parietal, parede torácica ou nervo frênico
T4: le o 7 ou e ru ura adja en e ou ≥ le e no e o ul o
(geralmente T4 contraindica a ressecção, contudo, em caso de 2 lesões presentes no mesmo pulmão, ainda é
ressecável)
CÂNCER DE TIREOIDE
PAPILÍFERO FOLICULAR
Tipo Bem diferenciado Bem diferenciado
Mais comum
2º mais comum
Mulher 20 – 40 anos
Mulher 40 – 60 anos
Excelente prognóstico
Características Bom prognóstico
Disseminação linfática
gerais Disseminação hematogênica
Associado à irradiação
++ Associado à carência de iodo
Corpos psamomatosos (acúmulo concêntrico de Ca ,
Aumento de células foliculares
aspecto em papila)
NÓDULOS DE TIREOIDE
Iniciar pela anamnese e exame físico, com a palpação da tireoide. O próximo passo é sempre avaliar a função
tireoidiana com dosagem de TSH para definir se está normal ou suprimido (VR 0,5 - 5 µU/ml).
Tipo Diagnóstico
1 Insatisfatório � PAAF
2 Benigna � Seguimento
3 Indeterminada � PAAF
4 Folicular* � Cirurgia
5 Suspeita* � Cirurgia
6 Maligno � Cirurgia
*Análise genética é possível ser realizada
Nódulo suspeito:
< 30 ou > 60 anos
Irradiação, crescimento, história familiar (+)
Linfonodo, rouquidão
USG: microcalcificações, sólidos, hipoecoico e irregular, vascularização (Chammas IV e V)
CÂNCER DE PRÓSTATA
TU MALIGNO + comum no Brasil - O principal tipo é o adenocarcinoma!
Screening (rastreamento)
Mini rio da a de → n o rastrear!
o iedade de rologia → ra rear
> 50 anos
> 45 anos + fator de risco (raça negra ou HF+)
75 anos: apenas se expectativa de vida > 10 anos
O screening é feito com dois exames juntos: toque retal + PSA!
Basta 1 dos exames alterados para seguir com confirmação através de biópsia transretal!
Biópsia
Toque retal suspeito: próstata irregular, com nódulos ou consistência endurecida!
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TRATAMENTO
Prostatectomia ou radioterapia ou vigilância ativa
Doença localizada
igil n ia a i a → < lea on < a ½ de u lo o
Doença metastática Privação androgênica (orquiectomia bilateral/ análogos GnRH, como Leuprolide e Goserelina)
CÂNCER DE BEXIGA
Fatores de Tabagismo, sexo masculino, branco, > 40 anos, exposição a arilaminas, hidrocarbonetos (pintor,
risco frentista, sapateiro)
Clínica Hematúria
Diagnóstico Citologia e cistoscopia com biópsia (retirar músculo adjacente)
Superficial (submucosa – T1 N0 M0)
Ressecção endoscópica através da uretra (RTU –B) + seguimento 3/3 meses
Adjuvância com BCG intravesical após 4 semanas � recorrência, lesões grandes, multifocal (> 40%),
T1, in situ
Invasivo (muscular - ≥ 2)
Tratamento QT neoadjuvante 3 ciclos
Cirurgia radical = cistectomia + linfadenectomia
QT adjuvante 3 ciclos
Metastática (M1)
Tentar remissão completa
QT +/- ressecção da doença residual
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CÂNCER DE ESÔFAGO
CÂNCER GÁSTRICO
Adenocarcinoma (90%)
Igual ao esôfago
(até T1 = tumor gástrico precoce, independente de ter linfonodo ou úlcera, tanto T1a quanto T1b)
T4 troca por serosa ou adjacentes
N3b > 15 linfonodos
Estadiamento
Avaliar o T: USG endoscópico
Avaliar o N: USG endoscópico com PAAF + TC abdome
Avaliar o M: TC de tórax e abdome + laparoscopia (avaliar implante)
Avançado M1
Paliação
CÂNCER DE PÂNCREAS
TUMORES HEPÁTICOS
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MALIGNOS
CÓLON / PÂNCREAS / MAMA
Múltiplos nódulos hipocaptantes de tamanho semelhante
METÁSTASE Exceção (hipercaptante): rim, mama, melanoma
Tratamento: paliativo
Ressecar se: primário do cólon com até 3 lesões unilobares (metastasectomia)
FATORES DE RISCO: CIRROSE, B (p de “p l r” cirr se)
CLÍNICA: dor hipocôndrio direito, emagrecimento e hepatomegalia
DIAGNÓSTICO; TC dinâmica (wash out + cirrose) ou RNM
Alfafetoproteína � Acompanhamento
a d ida → i ia
HEPATOCARCINOMA
TRATAMENTO:
LESÃO ÚNICA + CHILD A → re e ç o
LESÃO ÚNICA < 5 cm ou ATÉ 3 LESÕES < 3 cm (Critérios de Milão) → ran lan e
LESÃO IRRESSECÁVEL → ablação, quimioembolização, sorafenib*
METÁSTASE → paliativo
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DOR LOMBAR
OSTEOARTROSE
Doença degenerativa articular
Quadro frequente em idosos
Destruição da cartilagem articular � lesão subcondral � neoformação óssea (osteófitos)
Clínica
Dor crônica que melhora com repouso
Rigidez pós repouso < 30min
Dor uniarticular no início, progressiva
Sem manifestações sistêmicas
Exames normais (VHS normal e FR negativo – idosos tem FR em baixos títulos em até 20% dos casos)
Articulações acometidas: cervical e lombar, quadril, joelho, interfalangeanas
Nódulos IFD: Heberden (na AR, IFD são poupadas; na psoriática, são acometidas também)
Nódulos IFP: Bouchard
Diagnóstico: radiografia simples (osteófitos, diminuição do espaço articular, esclerose subcondral)
Tratamento: fisioterapia (reforço muscular), perder peso, sintomáticos (AINE)
LOMBALGIA MECÂNICA
Espasmo doloroso muscular
Clínica: dor lombar, raramente irradiada, súbita, com duração média de 3 a 4 dias
Diagnóstico: exclusão (baseado na história clínica – sem sinais de alarme)
Tratamento: repouso e sintomáticos
HÉRNIA DE DISCO
Local mais comum: L4-L5 e L5-S1
Clínica:
Lombociatalgia
Diminuição da força, sensibilidade e reflexos
Sinal de lasègue positivo
Diagnóstico: RM
Tratamento: repouso, analgésico/AINE, corticoide
Cirurgia se: refratário ao tratamento clínico, fraqueza, síndrome cauda equina (incontinência,
anestesia em sela)
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Entesite ascendente (coluna vertebral)
Sempre começa com uma sacroileíte
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MIELOMA MÚLTIPLO
Tumor de plasmócitos
Plasmócitos produz excesso de imunoglobulina (anticorpos – gamaglobulina)
Eletroforese de proteínas: gamopatia monoclonal (pico do componente M ou paraproteína, base
estreita na leitura) – não é patognomônico
Clínica
Paciente clássico: homem, idoso, negro
Anemia: invasão da medula e doença crônica
Lesão óssea lítica: ativação de osteoclastos, FA e cintilografia óssea normais
Hipercalcemia: pela lesão óssea lítica
Insuficiência renal: cadeia leve (proteinúria Bence-jones), ácido úrico, nefrocalcinose, amiloidose
primária (macroglossia, ICC, síndrome nefrótica)
Outros: VHS aumentado (rouleaux), compressão medular, predisposição a infecções
Diagnóstico: > de la i o na M ou la o i o a u o onen e do “ ”
> 10% de plasmócitos e se não tiver CARO = mieloma indolente (smoldering mieloma)
> 10% plasmócitos e CARO, mas sem componente M = mieloma não secretor
Estadiamento: B2 microglobulina (principal fator prognóstico)
Tratamento: quimioterapia (lenalinomida, bortezomib e dexametasona), transplante autólogo de MO (< 76
anos com boa resposta à QT)
PIELONEFRITE
Dor lombar + febre alta com calafrios (com ou sem Giordano)
NECROSE DE PAPILA
Associado com pielonefrite, anemia falciforme, DM, nefropatia por analgésicos
Clínica: dor lombar súbita + febre + disúria + hematúria
Diagnóstico: “ring hadow ” urografia e re ora
NEFROLITÍASE
Para o cálculo se formar, é necessária uma urina supersaturada ou superconcentrada em ácido úrico. Surge o
processo de nucleação, com cristais de ácido úrico na urina, os quais não são cálculos. Esses cristais crescem e se
juntam, formando o cálculo!
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Os cálculos renais, de modo geral, sempre vão conter cálcio. Porém, o cálculo de ácido úrico é radiotransparente
porque não tem cálcio!
pH < 5 pH > 6
Ácido úrico e cistina Estruvita e hidroxiapatita
Cistina
Fatores predisponentes: hipercistinúria e urina ácida.
Tratamento: alcalinização da urina com citrato de potássio e restrição sódica
Quadro clínico
Indivíduos com cálculo renal podem ser assintomáticos.
Os cálculos renais são irregulares, bastante espiculados. Quando tentam descer pelo trato urinário, lesionam
e causam hematúria macro ou microscópica. Também cursam com cólica nefrética pela lesão do trato urinário, mas
também pela distensão ureteral (espasmo ureteral).
Hematúria (achado mais comum – 90%)
Cólica nefrética – ne e ria analge ia e ↓e a o ure eral
Vômitos, náusea, sudorese
Infecção e nefrocalcinose
Diagnóstico
TC sem contraste
Exame de escolha (padrão-ouro); tem maior acurácia e confirma o diagnóstico!
Lesão hiperdensa em topografia de trato urinário.
Rx simples
Aparecem em topografia de trato urinário como uma imagem radiopaca.
Cálculos de ácido úrico puro não aparecem!
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Tratamento
AGUDO
Analgesia:
AINE ± opióides
Alfa-bloqueadores (tamsulosin)
Hidratação: repor perdas volêmicas apenas!
Intervenção urológica
Sintomático com cálculo > 7-10mm
Assintomático com
Cálculo coraliforme
Cálculo causando obstrução ureteral total em rim único, com insuficiência renal
Cálculo associado a pielonefrite não drenada
Sintomas refratários ou recorrentes
Cálculo coraliforme
Os AINES relaxam a musculatura ureteral! São obrigatórios! Associar opióides se a dor for refratária!
Os alfa-bloqueadores são melhores que os BCCa!
Necessariamente iniciar com AINE + alfa-bloqueador... associar opióide se necessário; se não houver alfa-
bloqueador, utilizar BCCa!
Litotripsia Extracorpórea por Choques de Onda (LECO): fragmentação dos cálculos por força externa através de
ondas mecânicas direcionadas para o cálculo.
Indicações: cálculo proximal e < 2cm (pelve / ureter proximal), < 1000 UH e < 10 cm da pele
Densidade >1000 UH na TC: ureteroscopia flexível! São cálculos duros (pedras), e não serão quebrados por
LECO!
Gestantes e aneurisma de aorta são contra-indicações!
Nefrolitotripsia Percutânea: cria-se um pertuito que chega ao rim e fragmento o cálculo in loco, retirando o
fragmento ou deixá-lo para ser eliminado na urina.
Indicações
Cálculo proximal > 2cm (pelve / ureter proximal) ou > 1000 UH ou > 10cm da pele
Cálculo de qualquer tamanho em polo inferior do rim ou coraliforme
CRÔNICO
Descobrir composição do cálculo e o fator predisponente!
Causas
Hipercalciúria idiopática, hipercalciúria secundária a hipercalcemia (hiperpara, sarcoidose, mieloma
múltiplo), hiperuricosúria, hipercistinúria...
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Tratamento
Estimular ingesta hídrica
Oxalato de cálcio: Restrição de sal e proteínas da dieta, tiazídicos nos refratários, não restringir cálcio
(aumenta absorção de oxalato no intestino), citrato de potássio e magnésio
Estruvita: tratar infecção, acido aceto-hidroxâmico (inibidor de urease)
Acido úrico: dieta com restrição de purinas, citrato de potássio (alcalinizar urina), alopurinol