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FACTHUS – FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS

CAROLAYNE ALVES BRANDÃO

REPARO TECIDUAL CICATRIZAÇÃO ÚLCERA

UBERABA

2021
FACTHUS – FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS

CAROLAYNE ALVES BRANDÃO

REPARO TECIDUAL CICATRIZAÇÃO ÚLCERA


Trabalho apresentado à disciplina de
Bases Técnicas em Enfermagem, do
curso Enfermagem, da Faculdade de
Talentos Humanos.

Orientadora: Renata Maciel Côrtes

UBERABA

2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3
EXERCÍCIOS ............................................................................................................................. 4
REFERENCIAS ......................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO

A enfermagem segundo Wanda Horta e: A ciência e a arte de assistir o ser humano em suas
necessidades básicas e torna-lo independente destas necessidades quando for possível através
do auto cuidado. A enfermagem como ciência pode ser exercida em vários locais tais como:

Hospitais, Empresas Particulares (Enf. do Trabalho), Escolas, Centros de Saúde (Enf. de Saúde
Pública).

Dentro de introdução a enfermagem estuda-se a enfermagem no âmbito hospitalar. No decurso


da história, o hospital surgiu com a qualificação apenas de albergue, de hospedaria, onde os
desprotegidos da sorte eram recolhidos, cuidados e alimentados. Não se tratava de recebe-los
porque estavam doentes e necessitavam de tratamento. Ao contrário, aqueles que requeressem
tratamento médico, permaneceriam em suas casas onde eram visitados por profissionais da
época e lá tratados, tanto clinica como cirurgicamente. Durante muitos anos continuaram os
hospitais a desempenhar exclusivamente a função de albergue. Com o aparecimento das
moléstias contagiosas e outras doenças, começou-se a pensar em isolamentos, e estes mais
como defesa da sociedade. Houve então a necessidade de local mais adequado para receber
pessoas acometidas de males físicos onde houvesse pessoal que pudesse proporcionar melhor
assistência e tratamento. Nos dias de hoje, o hospital e definido segundo a O.M.S. como
elemento de uma organização de caráter medico social, cuja a funçãoconsiste em assegurar
assistência medica completa, curativa e preventiva a população e cujos serviços externos se
irradiam até a célula familiar considerada em seu meio; e um centro de medicina e de pesquisa
biossocial.

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EXERCÍCIOS

1 – Descrever as três fases do processo de reparação tecidual

Fase inflamatória - inicia-se no momento da lesão tecidual e dura entre 24 a 48 horas. Sua
característica é a presença de calor, rubor, edema e dor, podendo haver perda parcial ou total
das funções celulares. Nesta fase ocorre a limpeza da área lesada. Ex.: cirúrgicas limpas.

Fase proliferativa ou fibroplasia – ocorre em lesões com perda significativa de tecido ou lesões
crônicas, sem possiblidade de aproximação das bordas. O tempo de cicatrização será invariável
maior e o curativo de escolha deverá manter a lesão úmida. Ex.: úlcera de pressão

Fase de remodelação ou maturação: ocorre em feridas cirúrgicas mantidas abertas para


definição de edemas ou infecção. Essas lesões são fechadas cirurgicamente e cicatrizam por
primeira intenção. Enquanto mantidas abertas, o curativo de escolha deverá manter a lesão
úmida.

2 – Classifique e caracterize o reparo tecidual

Quanto ao tipo de cicatrização:


Cicatrização é o nome dado ao processo de reparação tecidual que substitui o tecido lesado
por um tecido novo. A reparação envolve a regeneração de células especializadas, a formação
de tecido de granulação e a reconstrução do tecido.

Quanto ao tipo de tecido formado:


A cicatriz é o tecido novo que se forma durante o processo de cura de uma ferida. A natureza
a utiliza como um meio para fechar as lesões do organismo quando não é possível a regeneração
perfeita dos tecidos.

Quanto ao potencial de contaminação:


Existe algumas classificações vou citar algumas:

1 – Feridas Cirúrgicas: são lesões intencionais e realizadas em condições assépticas, com


cicatrização rápida e poucas complicações;
2 – Ferida limpa ou contaminada: provocada por uma contaminação grosseira, põe exemplo:
faça de cozinha ou nas situações cirúrgicas em que houve aberturas no caso sistema respiratório,
digestório e geniturinário;
3 – Contaminadas ocorre reação inflamatória, aquelas que tem contato com fezes ou quando
passa de 6 horas do ato da ferida;
4 – Infectada quando apresenta sinais visíveis de infecção.

Quanto ao tempo:
É fundamental para a cicatrização é importante respeitá-lo. Quando ocorre um corte na pele,
por exemplo, a camada mais superficial e fina demora de 7 a 10 dias para fechar. Depois, a
epiderme leva até 28 dias para se refazer e a derme, camada mais profunda da pele, pode levar
até 6 meses.

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3 – Cite e explique os fatores que interferem no processo de cicatrização

Oxigênio: a diminuição de oxigênio reduz o crescimento dos tecidos;

Idade: em crianças a cicatrização ocorre mais rapidamente do que em adultos e ou idosos,


devido a maior eficiência do sistema circulatório e da resposta inflamatória, redução capilar e
colágeno.

Doenças associadas: doenças metabólicas diabetes cirrose, uremia hipertensão.

Drogas e bebidas: modificam ou alteram o estado nutricional dos pacientes.

Nutrição: falta de vitamina c afeta o processo cicatricial. As proteínas correspondem aresposta


imunológica. A vitamina C é importante para a maturação das fibras colágenas, a vitamina K é
fundamental na coagulação.

4 – Faça uma pesquisa, com base em artigos científicos ou em livros, sobre as principais
úlceras (citadas a seguir) e descreva a fisiopatologia e cuidados de enfermagem com
cada uma delas. Colocar referência bibliográfica de acordo com a ABNT

Úlcera venosa:
As úlceras venosas são lesões crônicas associadas à hipertensão venosa dos membros inferiores.
A insuficiência venosa crônica (IVC) é a causa mais comum das úlceras venosas válvulas das
veias das pernas e da associação do refluxo de sangue para as veias superficiais. A insuficiência
venosa crônica é definida como anormalidade do funcionamento do sistema venoso causada
por uma incompetência valvular. Essa disfunção no sistema venoso resulta no estado de
hipertensão venosa. A formação da úlcera pode estar associada ao acúmulo de líquido e o
depósito de fibrina, a deficiência de nutrientes e oxigênio pode acarretar em ulcerações e
necroses.

Fisiopatologia:
Úlceras venosas geralmente ocorrem quando as válvulas das veias das pernas estão danificadas
e o fluxo sanguíneo, que deveria ocorrer das veias superficiais para as veias profundas, passa a
fluir sem direção ocasionando hipertensão venosa, fazendo com que os capilares se tornem mais
permeáveis propiciando que macromoléculas, como fibrinogênio, hemácias e plaquetas, passem
para o espaço extra vascular.

Cuidados de Enfermagem:
Durante a consulta, o enfermeiro deve realizar a avaliação clínica por meio da história,
antecedentes e exame físico do paciente, que se tornam fundamental para estabelecer o
diagnóstico da úlcera, é realizado uma anamnese de todo histórico do paciente. Para que o
enfermeiro possa tratar de pacientes com úlceras da perna, como a úlcera venosa, é necessário
compreender o processo de reparo tecidual, identificar as doenças de base e suas implicações,
além de conhecer as características clínicas e histopatológicas das úlceras, a fim de direcionar
a assistência adequada.

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Úlcera arterial:
As úlceras arteriais com características, tais como, coloração róseo ou arroxeada, leito
ressecado, sem edema e tendo como localização mais comum, dedos ou porção anterior do pé,
foram propostos tais cuidados de enfermagem: observar os membros inferiores quanto á
coloração, sensibilidade e temperatura, comparando os dois membros; palpar os pulsos pedioso,
tibial, poplíteo e femoral e registrar; atentar quanto aos relatos de dor nas pernas comexercício
ou em repouso; estimular quanto ao uso de calçados protetores, por exemplo,sandálias com sola
de borracha; executar e ensinar os cuidados com os pés, que incluem a lavagem e secagem
cuidadosa e a inspeção diária, explicar que o cliente deve evitar ficar de pernas cruzadas, entre
outros, à Doença Arterial Periférica que é decorrente de um processo degenerativo que afeta os
grandes vasos por acúmulo de gordura, levando à obstrução progressiva.

Cuidados de Enfermagem:
Abordagem Multidisciplinar (médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo etc);
Educação em saúde Cuidados com as lesões.
O enfermeiro tem que manter o paciente em repouso com elevação dos membros inferiores,
pois, facilita o retorno venoso. O uso de meias de compressão é aconselhável para prevenir o
edema e melhorar o efeito da bomba muscular, conforme avaliação e prescrição médica;

Úlcera diabética (Pé Diabético):


Fisiopatológica do Pé Diabético, segundo sinais e sintomas Sinal/Sintoma Pé Neuropático Pé
Isquêmico Temperatura do pé Quente ou morno Frio Coloração do pé Coloração normal Pálido
com elevação ou cianótico com declive Aspecto da pele do pé Pele seco e fissurada Pele fina e
brilhante Deformidade do pé Dedo em garra, dedo em martelo, pé de Charcot ou outro
Deformidades ausentes Sensibilidade Diminuída, abolida ou alterada (parestesia) Sensação
dolorosa, aliviada quando as pernas estão pendentes.
O Pé Diabético está entre as complicações mais frequentes do Diabetes Mellitus (DM) e suas
consequências podem ser dramáticas para a vida do indivíduo, desde feridas crônicas einfecções
até amputações de membros inferiores. O DM é definido como um transtorno metabólico de
etiologia múltipla, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismode carboidratos,
proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina em exercer
adequaram.

Cuidados de Enfermagem:
A função básica da enfermagem pode resumir-se ao cuidado ente seus efeitos no organismo. O
enfermeiro deve oferecer uma assistência de qualidade, observando os agravantes à saúde dos
seus pacientes e acompanhando o controle da patologia. A atuação do enfermeiro junto à equipe
multiprofissional de saúde é muito importante no sentido de orientar os pacientes diabéticos
sobre os cuidados diários com os pés e a prevenção do aparecimento das úlceras como também
outras complicações, todos esses tipos de tratamento a atuação dos enfermeiros é muito
importante, já que eles estão em constante contato com o paciente, realizando os curativos,
acompanhando a evolução clínica das feridas e, principalmente, dando apoio psicológico.

Lesão por pressão:


Lesão por pressão é qualquer alteração da integridade da pele decorrente da compressão não
aliviada de tecidos moles entre uma proeminência óssea e uma superfície dura. É classificada
conforme o grau de dano observado nos tecidos (pele, subcutâneo, músculos, articulações,
ossos). As lesões, úlceras ou feridas que ocorrem, podem atingir não apenas a pele em uma ou
mais camadas, mas também tecido muscular, tendões, nervos e ossos.
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Cuidados de Enfermagem:
Os enfermeiros exercem importante papel no tratamento das lesões cutâneas e devem estar
sempre em busca de novos conhecimentos, desafiando seu conhecimento técnico científico,
Como o profissional de enfermagem está diretamente relacionado ao tratamento de feridas, seja
em serviços de atenção primária, secundária ou terciária, é importante manter a observação
contínua com relação aos fatores locais, sistêmicos e externos que condicionam o surgimento
da ferida ou interfiram no processo de cicatrização.

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REFERENCIAS

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção


Básica. Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas / Ministério da Saúde,
Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2002.
 Santana, RF; Oliveira, BGRB; Cavalcanti, ACD; Nogueira, GA. Nursing diagnoses in
patients with chronic venous ulcer: observational study. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2015
abr./jun.;17(2):333-9.
 Carmo SS, Castro CD, Rios VS, Sarquis MGA. Atualidades na assistência de
enfermagem a portadores de úlcera venosa. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2007;9(2):506-17.

- GUIMARAES BARBOSA, J.A. y NOGUEIRA CAMPOS, L.M.. Directrices para el


tratamiento de úlcera venosa. Enferm. glob. [online]. 2010, n.20, pp. 0-0. ISSN 1695-6141.
http://dx.doi.org.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas / Ministério da Saúde, Secretaria
de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

1. - ALMEIDA, Sérgio Aguinaldo et al. Avaliação da qualidade de vida em pacientes com


diabetes mellitus e pé ulcerado. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, São Paulo, v.
28, n. 1, p.142-146, jan. 2013. Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2015. 2. ANDRADE,
Nájela Hassan Saloum de et al. PACIENTES COM DIABETES MELLITUS:
CUIDADOS E PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE. Revista de Enfermagem Uerj, Rio de Janeiro, v. 4, n. 18, p.616-621, dez. 2010.
Disponível em: . Acesso em: 01 out. 2015.
2. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of medical care in diabetes—
2013. Diabetes care, v. 36, n. Suppl 1, p. S11, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o
cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Ministério da Saúde, 2013.
. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde 2013: percepção do estado de
saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasília: Rio de Janeiro, 2014a.

- 1. Ferreira AM, Bogamil DD, Tormena PC. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca
da autonomia do cuidado. Arq Ciênc Saúde, 2008;15(3):105-9. 2. Blanes L. Tratamento de
feridas: Cirurgia vascular, guia ilustrado. São Paulo: 2004. 3. Cunha NA. Sistematização da
assistência de enfermagem no tratamento de feridas crônicas. 2006. 4. Menegon DB, Bercini
RR, Brambila MI, Scola ML, Jansen MM, Tanaka RY. Implantação do protocolo assistencial
de prevenção e tratamento de úlcera de pressão no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Rev
HCPA, 2007;27(2):61-4.

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