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Unidade Largo do Tanque

CENTRO TÉCNICO SALVADOR


CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

SAMANTA DE SANTANA SILVA

TCC: ESTUDO DE CASO PARA CONCLUSÃO DE CURSO.


TEMA: COLOSTOMIA

Trabalho de Conclusão de Curso do tipo Estudo de


Caso, da turma VT28 apresentado ao Centro
Técnico Salvador como avaliação final para aquisição
Do Título de Técnico de Enfermagem, sob orientação de:
Jeferson Coelho.

Salvador – Ba
2020
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RESUMO

Este estudo de caso tem o objetivo de relatar minha experiência vivenciada durante
estágio de Clinica Cirúrgica no Hospital Geral Ernesto Simões Filho em 2019.2, onde pude
prestar uma assistência de enfermagem adversos pacientes portadores de doenças crônicas
onde a mesma muitas vezes resultava em uma Colostomia. Chegando ao setor de pós-
operatório, encontramos uma equipe de enfermagem excelente, que nos abraçou, tirou todas
nossas dúvidas, nos ajudando a relacionar a teoria com a prática. Ao me apresentar ao senhor
Miguel observei que ele estava bastante agoniado, impaciente e agressivo, ao lhe perguntar o
motivo pelo qual ele estava daquela forma, o mesmo relatou estar sentindo dores (algia),
ardência no local da bolsa de colostomia. Ao averiguar, o local estava hiperemiado em uma
área extensa. A orientadora Sandra Vivas decidiu então retirar a bolsa para fazer a limpeza do
local e colocar uma nova. Limpando o local com Soro 0,9% e gaze, o senhor Miguel
reclamava bastante da ardência e dor, ao por a nova bolsa teve que cortá-la ao máximo por
conta da área da hiperemia estar extensa.

Colostomia feita ao lado esquerdo do abdômen.


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EPÍGRAFE

A Teoria do Autocuidado é um dos três construtos ou teorias que formam o arcabouço


da Teoria de Enfermagem do Déficit de Autocuidado proposta por Orem. O seu pressuposto é
que todos os seres humanos têm potencial para desenvolver suas habilidades intelectuais e
práticas, além da motivação essencial para o autocuidado.

Orem acredita que os indivíduos podem se desenvolver, pois o autocuidado é


aprendido, não instintivo. Ademais, segundo a autora reforça, o funcionamento humano inclui
aspectos físicos, psicológicos, interpessoais e sociais.

No autocuidado ocorre uma parceria entre paciente e profissional na qual os problemas


são identificados e determinam as ações e o tipo de intervenção apropriada. Contudo, a
participação do paciente no plano de cuidados é importante para o desenvolvimento do
próprio plano, sobretudo por incentivar uma diminuição na dependência do paciente.

Assistência de enfermagem a paciente com colostomia: aplicação da teoria de Orem.

Artigo 20/08/2007

Autor correspondente: Francisca Aline Arrais Sampaio.


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I - INTRODUÇÃO

A colostomia é a exteriorização de uma porção do intestino grosso através da parede


abdominal, para desviar o trânsito intestinal. A localização da colostomia vai depender da
porção do intestino afetada, ou em função da melhor localização no abdómen, quando o
objetivo é desviar as fezes de uma lesão na região perianal.

A cirurgia de colostomia pode ser indicada para tratar diversas doenças e condições
diferentes, como:

 Abertura anal bloqueada ou ausente, chamada de ânus imperfurado


 Infecções graves, como diverticulite e inflamação de pequenos sacos no
cólon
 Doença inflamatória intestinal
 Lesão do cólon ou reto
 Bloqueio intestinal ou intestinal parcial ou total
 Câncer retal ou de cólon
 Feridas ou fístulas no períneo.

A decisão do profissional de saúde em escolher entre colostomia permanente ou


temporária depende do motivo pelo qual a técnica está sendo realizada.

PERMANENTE

 Casos de amputação do reto, cujas causas principais são os tumores


malignos do reto muito baixos (junto ao esfíncter anal) e avançados, traumas
extensos do reto baixo e, bem mais raramente, incontinência fecal acentuada e
intratável
 Necessidade de ressecar todo intestino grosso e todo o reto, como em
casos de retocolite ulcerativa e polipose adenomatosa familiar, em que pode ser
necessária uma ileostomia permanente ou definitiva, procedimento semelhante à
colostomia.

TEMPORÁRIA
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 Diverticulite aguda grave com peritonite fecal


 Trauma
 Tratamento paliativo de um tumor colo-retal inoperável
 Para descomprimir o intestino em casos de obstrução (em especial em
pacientes sem condições de realizar uma cirurgia definitiva)
 Controle de fístulas.

A colonoscopia é um exame invasivo que captura imagens em tempo real


do intestino grosso e de parte do íleo terminal (a porção final do intestino
delgado).

Para isso, um aparelho chamado de colonoscópio é introduzido no ânus e avalia a


presença de câncer e males inflamatórios .Esse dispositivo tem um tubo fino e flexível com
uma microcâmera no final, que filma o interior do intestino.

A colonoscopia serve para investigar a presença de câncer colorretal, pólipos e


doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Além
disso, a colonoscopia ajuda a entender a causa de diarreias crônicas, sangramentos flagrados
anteriormente pelo teste de sangue oculto nas fezes e anemia sem causa aparente.

Nas 48 horas que antecedem o teste, começa uma verdadeira faxina no intestino. O
paciente adota uma dieta leve e toma remédios com efeito laxante. Um dia antes, as refeições
se tornam mais restritas, sem alimentos gordurosos e proteínas animais, por exemplo. É
fundamental pedir orientação para o preparo e segui-la estritamente.

Na hora do procedimento, o indivíduo é deitado confortavelmente de lado e sedado


por um anestesiologista. Em seguida, o colonoscópio é introduzido pelo reto.

Todo o processo é indolor e, se necessário, o médico injeta ar no intestino para


melhorar as imagens. Em geral, dura de 20 a 40 minutos.

Após a cirurgia alguns cuidados devem ser tomados, alguns deles são:

 Mensurar o tamanho do estoma através do guia próprio.


 Utilizar bolsa coletora de tamanho, modelo, e tipo adequado.
 Inspecionar a pele periestoma buscando zonas de hiperemia e lesões.
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 Iniciar a orientação para o autocuidado tão logo o paciente se encontre


em condições.
 Orientar sobre características normais do estoma.
 Orientar a higienização e troca de equipamentos.
 Observar aspectos do estoma para prevenir complicações.
 Observar integridade da pele através do uso do sistema coletor.
 Remover sistema coletor de forma suave e delicada utilizando água e
sabão neutro (produto que favoreça a remoção sem provocar trauma).
 Fazer a secagem completa da área periestomal, assegurando a perfeita
aderência do equipamento.
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II- DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO

 Troca de bolsa de colostomia


 Realização de sinais vitais
PA
HGT
FC
FR
 Troca de fralda
 Higiene do leito
 Preparo de medicamento
 Administração de medicamento
Oral
SC
IM
EV
 Curativo
 Lavagem das mãos
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III- RECURSOS UTILIZADOS

 Luva
 Máscara
 Touca
 Avental descartável
 Gaze
 Soro
 Micropore
 Bolsa de colostomia
 Termômetro
 Estetoscópio
 Esfigmomanômetro

IV- RESULTADOS ALCANÇADOS

Ao retirar a bolsa e higienizar o local, o senhor Miguel relatou um grande alívio, pois
o mesmo já teria reclamado das dores e ardência no local aos profissionais do setor há
exatamente 2 dias e os mesmos não se prontificaram em resolver a situação.
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V- SUGESTÃO PARA MELHORAS

 Sanitários adaptados
 Sessão com psicólogo, pois muitas vezes o paciente/cliente não aceita
conviver com aquele dispositivo.
 Os profissionais de saúde ter uma atenção maior ao local da bolsa, pois,
muitas vezes infecciona e o paciente/cliente que sofre.
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VI- CONCLUSÃO

E assim concluo esse estudo afirmando que ao final do estágio o balanço foi
positivo, não só pela vivência e o aprimoramento de conhecimento e sim pela
experiência e prática, e o autocuidado com o paciente. O pouco tempo de estágio
serviu para me fazer capaz e profissional.

VII- REFERÊNCIA

CONVATEC

https://www.convatec.pt/ostomia/antes-da-cirurgia/informa%C3%A7%C3%B5es-
gerais-sobre-a-cirurgia/colostomia/#

MINHA VIDA

https://www.minhavida.com.br/saude/materias/33936-colostomia-o-que-e-quando-e-
indicada-e-complicacoes

SAÚDE

https://saude.abril.com.br/medicina/exame-de-colonoscopia-como-e-feito-e-para-que-
serve/

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