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INTERCORRÊNCIAS
CIRÚRGICAS II
ESCOLA TÉCNICA
Escola Técnica Mônaco
Estrada da Portela, nº 107
Madureira – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – 21.351-050
Diagramação e Edição
Fernando O. Borges
Coordenação Pedagógica
Tamires da Silva Santos Pereira
Direção Pedagógica
Suellen Ewald Torres de Oliveira
TEMPOS CIRÚRGICOS................................................................................................. 07
1 - Síntese Diérese................................................................................................. 07
2 - Hemostasia:...................................................................................................... 08
3 - Exérese:............................................................................................................. 08
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS................................................................................. 09
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA................................................................................. 09
BIOSSEGURANÇA........................................................................................................ 11
Introdução................................................................................................................ 11
O Hospital e a Biossegurança............................................................................. 13
EQUIPAMETOS.............................................................................................................. 15
TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO.................................................................................... 16
MÉTODOS FÍSICOS............................................................................................... 16
MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS................................................................................... 17
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS........................................................................... 18
LIMPEZA DO INSTRUMENTAL................................................................................... 19
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 21
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INTERCORRÊNCIAS CIRÚRGICAS II
QUANTO AO PORTE
De acordo com o risco de complicações, cardiovasculares, relacionados diretamente a
perda sanguinea durante o procedimento cirúrgico, as cirurgias podem ser classificadas da
seguinte forma:
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Pequeno porte - As chances de perda excessiva de fluído e sangue são
pequenas.
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TEMPOS CIRÚRGICOS
As intervenções cirúrgicas são realizadas nas seguintes fases fundamentais:
1- Diérese
2- Hemostasia
3- Exérese
1- Síntese Diérese
Diérese mecânica:
Punção: realizada através da introdução de uma agulha ou trocarte nos tecidos, sem,
contudo, seccioná-los, com várias finalidades como drenagem de coleção líquida das cav-
idades ou do interior dos órgãos, colheita de fragmentos de tecidos e de líquidos para
Secção: consiste na segmentação dos tecidos com o uso de material cortante, como te-
souras, serras, lâminas ou bisturi elétrico.
Divulsão: realizada através do afastamento dos tecidos nos planos anatômicos com te-
souras de bordas rombas, tentacânulas ou afastadores.
Diérese física:
Térmica: realizada com o uso de calor, cuja fonte é a energia elétrica, por intermédio
do bisturi elétrico.
Crioterapia: consiste no resfriamento intenso e repentino da área em que vai ser re-
alizada a intervenção cirúrgica. Normalmente é utilizado o nitrogênio liquefeito por ser uma
substância criogênica potente.
Raio laser: o aparelho de raio laser consiste em um bisturi que emprega um feixe de
radiação infravermelha de alta intensidade.
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2 - Hemostasia:
Consiste no processo de impedir, deter ou prevenir o sangramento, podendo ser reali-
zado simultaneamente ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletro
coagulação ou compressão.
Pode ser:
Preventiva:
hemostasia que pode ser medicamentosa, nos exames laboratoriais pré - ope-
ratórios ou cirúrgica, com a finalidade de interromper a circulação durante o
ato operatório, temporária ou definitivamente.
Urgência
hemostasia realizada geralmente em condições não favoráveis e com materiais
improvisados, como, por exemplo, compressão digital, garrotes e torniquetes.
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Curativa
aquela realizada durante a intervenção cirúrgica e pode ser medicamentosa
(drogas que diminuem o sangramento por vaso constrição), mecânica (compres-
são e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou biológica (absorventes).
3- Exérese:
Pode ser:
Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos apropriados com agulhas de
sutura e fios cirúrgicos permanentes ou removíveis.
Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso, adesivos (esparadrapos)
ou ataduras.
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Completa: a união ou aproximação dos tecidos, realizada em toda a extensão da incisão cirúr-
gica.
Mediata: Consiste na união dos tecidos após algum tempo depois do rompimento da continui-
dade ou contigüidade deles.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Tem como finalidade a formação de uma barreira microbiológica contra penetração de
microorganismos no ambiente cirúrgico.
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Composta de:
Pijama Cirúrgico
Gorros
Máscara
Propés
Paramentação
Utilizada pela equipe cirúrgica, que participará diretamente do ato cirúrgico, e consiste
na vestimenta cirúrgica acrescida dos seguintes itens: Luva Estéril,Avental estéril e Óculos.
é virtualmente impossível.
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BIOSSEGURANÇA
A palavra biossegurança é um neologismo que deriva de bio (vida) juntamente com se-
gurança. Os procedimentos da biossegurança são aplicados em hospitais, laboratórios e qual-
quer outra organização que pode apresentar risco à saúde e à vida, seja ela humana, animal
ou riscos ao próprio meio ambiente.
A biossegurança, segundo Teixeira e Valle (1996), é um “conjunto de medidas que são
aplicadas na prevenção, eliminação ou diminuição de riscos relacionados às atividades de
produção, ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem
comprometer a qualidade dos trabalhos realizados ou a saúde dos animais, meio ambiente e
do homem”.
Uma das formas de atuação da biossegurança, num ambiente hospitalar, é através de
medidas que atuam prevenindo a contaminação, que é, inclusive, uma das principais causas de
acidentes dentro do âmbito hospitalar. Dentro do ambiente hospitalar, os funcionários estão
propensos a acidentar-se e até mesmo a adoecerem por causa de algumas condições de tra-
balho erradas, desde equipamentos/estrutura até ao contato com agentes que oferecem risco
à saúde.
Uma situação que não ajuda o procedimento da biossegurança é o costume que alguns
trabalhadores têm ao pensar que, por trabalharem por muito tempo em algum hospital, por
exemplo, estão isentos dos riscos e acabam adquirindo vícios que prejudicam todo o andamen-
to da prevenção sugerida pela biossegurança.
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A biossegurança hospitalar funciona com
a aplicação de medidas que podem ser simples,
como conscientizar os profissionais sobre higie-
nização e técnicas assépticas, isso assegura o
profissional, o paciente e a família do paciente.
Em alguns casos, a organização de um hospital
é tachada como impertinente por cobrar essas
medidas, tanto dos funcionários quanto dos pa-
cientes e/ou visitantes, mas é de extrema neces-
sidade.
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Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH) nasceu no ano de 1970 com o intui-
to de se conhecer os índices de infecção hospitalar, visando controlar as infecções hospitalares
através de ações que objetivam prevenir e reduzir a incidência desse tipo de infecção. É com-
posta por profissionais da saúde que tem como função:
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Controlar a prescrição de antibióticos, para evitar o uso descontrolado na instituição;
O Hospital e a Biossegurança
Assepsia:
É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num
ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre
de infecção.
Antissepsia
É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou re-
movê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí- los e para tal fim utiliza-
mos antissépticos ou desinfetantes.
Degermação:
Vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de mi-
crorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão.
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Fumigação:
É a dispersão sob forma de partículas, de agentes desinfectantes como gases, líquidos ou
sólidos
Desinfecção:
É o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa
sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruí-
dos.
Esterilização:
É processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas
vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou
químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo
para remoção de detritos.
Germicidas:
São meios químicos utilizados para destruir todas as formas microscópicas de vida e são
designados pelos sufixos "cida" ou "lise", como por exemplo, bactericida, fungicida, viruci-
da, bacteriólise, etc.
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A CME é classificada como Classe II, distinguida pelo serviço prestado, e possui todos os
requisitos exigidos, assim como rege a RDC nº15/2012. Realiza o processamento de produtos
para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa
passíveis de processamento.
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I - Sala de recepção e limpeza (setor sujo);
Área contaminada
⇓
Recebimento
Limpeza,
lavagem,
Área Limpa
⇓
EQUIPAMETOS
A CME possui autoclaves onde todos os processos de esterilização são realizados. Esses
equipamentos passam por processo de validação anualmente, garantindo a eficácia, aco-
plando-as ao sistema tecnológico, mostrando cada etapa do processo, limpeza, desinfecção e
esterilização, identificando ciclos, cargas, dia de esterilização e validade dos materiais, o que
apresenta um grande avanço na monitoração e acompanhamento dos ciclos. E ainda, o pro-
cesso de limpeza de canulados, além da limpeza manual, é submetido a lavadora ultrassônica,
onde toda a equipe recebeu treinamento do correto manuseio.
Para garantir mais segurança e controle, é utilizado um sistema de gravação de pla-
quetas, que rastreia todos os materiais conforme identificação dos mesmos cadastrados em
patrimônio.
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TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO
MÉTODOS FÍSICOS
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O vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de materiais
médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Por
esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e
à umidade. O calor úmido destrói os microrganismos por coagulação e desnaturação
irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado
em autoclaves. As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo:
Gravitacional
O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez
que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é
que pode apresentar umidade ao final pela dificuldade de remoção do ar. As au-
toclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. Na venturi, o ar é removido
através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capa-
cidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar
umidade pelas próprias limitações de remoção do ar do equipamento.
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Alto vácuo
Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais se-
guro que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba
de vácuo.
Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor úmido. Guarda suas
vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos instru-
mentos cortantes, sendo porém, um método que exige maior tempo de exposição para alcan-
çar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares.
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Óxido de etileno
É quase que exclusivamente utilizado para esterilização de equipamentos que não
podem ser autoclavados. A efetividade do processo depende da concentração do
gás, da temperatura, da umidade e do tempo de exposição. Age por alcalinização de
proteínas, DNA e RNA. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário
para efetivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos
profissionais envolvidos. Apresenta potencial carcinogênico e mutagênico, genotoxicida-
de, podendo alterar sistema reprodutor e nervoso e, ainda, causar sensibilização aos
profissionais envolvidos no processo, devendo haver supervisão médica constante nos
mesmos.
Radiação ionizante
Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usa-
do para tecidos destinados a transplantes, drogas, entre ou-
tros. Para outros artigos, perde para o óxido de etileno, jus-
tamente devido a seu custo. As vantagens do processo estão
em permitir aos produtos serem tratados na sua embalagem
de transporte e também no fato dos prestadores de serviço
possuírem irra•diadores de grande porte, onde pallets intei-
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Artigos semi-críticos - são aqueles que entram em contato com a mucosa íntegra e/ou pele
não íntegra. Ex.: material para exame clínico (pinça, sonda e espelho); condensadores; mol-
deiras; porta-grampos. Processo: esterilização ou desinfecção de alto nível.
Artigos não críticos - são aqueles que entram em contato com a pele íntegra ou não entram
em contato direto com o paciente. Ex.: termômetro, superfícies de armários e bancadas; apa-
relho de raios X. Processo: esterilização de nível intermediário.
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LIMPEZA DO INSTRUMENTAL
É primordial para qualquer tipo de processo de esterilização escolhido, a limpeza eficaz
do material. No caso do instrumental, a lavagem através de escovação com detergente neutro
líquido ou a utilização de detergentes enzimáticos (que dispensam a escovação), ou, idealmen-
te, a limpeza em aparelho de ultra-som.
AUTOCLAVE
Usar exposição por 30 (trinta) minutos a uma temperatura de 121ºC, em autoclaves conven-
cionais (uma atmosfera de pressão),ou usar exposição por 15 (quinze) minutos a uma tempe-
ratura de 132ºC, dependendo do mateial ; usar exposição por 04 (quatro) minutos a uma
temperatura de 132ºC, em autoclave de alto vácuo.
PRAZO DE VALIDADE
O prazo de validade para materiais embalados com tecido de algodão é de 30 dias, papel
Kraft 14 dias e para os outros invólucros de 6 meses. O prazo de validade para os outros in-
vólucros não está determinado na literatura e o fabricante deve ser consultado. Estes prazos
podem ser alterados de acordo com uma melhor definição da literatura. A permanência do
material esterilizado nos setores deve ser a menor possível.
CONTROLE DA ESTERILIZAÇÃO
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TESTES FÍSICOS
TESTES QUÍMICOS
Constam de tiras de papel impregnadas com tinta termocrômica que mudam de cor
quando expostas à temperatura por tempo suficiente. Podem ser classificados como indicado-
res específicos de temperatura ou indicadores de múltiplos parâmetros do processo (tempo,
temperatura e vapor), os últimos denominados de integradores. Estes indicadores não de-
vem ser utilizados como critério único de eficiência de esterilização. A sua utilização rotineira
fornece leitura imediata de falhas no equipamento com relação à penetração do vapor ou
concentração do óxido de etileno. Existem diferentes tipos de indicadores internos, de acordo
com o processo de esterilização. Devem ser utilizados dentro dos pacotes, em locais de difícil
acesso à penetração do vapor ou dificuldade de remoção do ar em autoclaves. Os indicado-
res externos são fitas auto-adesivas utilizadas unicamente para diferenciar os pacotes pro-
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TESTES BIOLÓGICOS
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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