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ALPHA ESCOLA TÉCNICA

MAYARA DANTAS MARTINS DA SILVA


MÁRCIA CAETANO DE MESSIAS
THAMIRES MEDEIROS DE CASTRO

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2022
ALPHA ESCOLA TÉCNICA

MAYARA DANTAS MARTINS DA SILVA


MÁRCIA CAETANO DE MESSIAS
THAMIRES MEDEIROS DE CASTRO

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA

Trabalho de Conclusão de Curso, entregue à


Alpha Escola Técnica, como quesito parcial, para
obtenção do título de Técnico de Enfermagem.

Orientador(a): Prof. Simone Bruza

SÃO BERNARDO DO CAMPO

2022
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por ter nos dado saúde e força para superarmos as
dificuldades, e a esta escola, e seu corpo docente, a direção e administração que
oportunizaram a janela que hoje se abre para um novo horizonte.
Aos nossos professores, pelo suporte e dedicação que não nos deixou
desistir, a orientadora Simone Bruza, pelas suas correções e incentivos. Aos nossos
familiares, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. E a todos que direta ou
indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
DEDICATÓRIA

Dedico a Deus, qυе nos criou e foi


criativo nesta tarefa, aos Mestres que
acompanharam esta jornada que agora chega
ao fim, e a todos que nos apoiaram e
incentivaram nas horas difíceis.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................07
1.ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO...............................11
2. TRÍADE ................................................................................................................13
3. SINAIS E SINTOMAS...........................................................................................15
4. DIAGNÓSTICO.....................................................................................................17
5.TRATAMENTO.......................................................................................................19
6.CUIDADOS DA ENFERMAGEM...........................................................................21
7. PREVENÇÃO........................................................................................................22
3. CONCLUSÃO........................................................................................................23
4. REFERÊNCIAS ...................................................................................................25
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INTRODUÇÃO

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, conhecida pela sigla (DPOC) é um


problema respiratório previsível e tratável que se caracteriza pela obstrução
crônica e não totalmente reversível do fluxo aéreo. Segundo, (MARCHIORI et al.,
2010), a obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a
uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou
gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo.
A DPOC é uma importante causa de mortalidade em todo mundo e a
estimativa pela OMS é que a doença em 2030 se torne a terceira principal causa
de morte (QUEIROZ; MOREIRA; RABAHI, 2012). A DPOC é a quarta maior
causa de morte nos Estados Unidos e poderá ser a terceira causa mais comum
de morte no mundo até 2020. Antigamente, era considerada uma doença que
atingia apenas homens, mas, atualmente, o número de óbitos é o mesmo entre
homens e mulheres. Dessa forma a DPOC compromete a função pulmonar em
características similares, tendo variações de graus. A dispnéia é uma das
principais características observadas em indivíduos acometidos, prejudicando se
estiverem realizando ações simples no cotidiano e conseqüentemente no
profissional, tudo que envolva atividades que estão relacionadas com exercício
físico limitando, por sua vez, sua independência funcional (GARDENGHI et al.,
2009).
O aspecto dessa limitação crônica do fluxo aéreo é causado por combinação
de algumas doenças das pequenas vias aéreas com destruição do parênquima,
com a contribuição de cada uma delas variando de pessoa para pessoa. Como a
inflamação crônica causa alterações estruturais e estreitamento das pequenas
vias aéreas, acontece a destruição do parênquima pulmonar, também por
processos inflamatórios, assim leva a uma perda da ligação alveolar com essas
pequenas vias e diminui a retração elástica pulmonar; por sua vez, essas
alterações diminuem a capacidade das vias aéreas permanecerem abertas
durante a expiração (CONSENSO II, 2006).
Assim a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma desordem progressiva e
que constantemente causa falência respiratória, mas mesmo assim é uma das
poucas causas de morte no mundo. Já exacerbação aguda é uma das principais
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causa de hospitalização, e mesmo com as terapias farmacológica, os pacientes


na maioria das vezes apresentam sintomas que limitam e dificultam as suas
atividades físicas normais e tendo como conseqüência uma piora na qualidade de
vida. Por esse motivo alguns fatores predispõem o paciente com DPOC a não
aderir ao tratamento.
Dessa forma, podemos afirmar que o manejo da DPOC é complicado devido
a necessidade de mudanças comportamentais e seguindo assim para o estilo de
vida adaptado, como por exemplo parar de fumar imediatamente já que a fumaça
do cigarro é o principal fator que predispõem ao desenvolvimento de DPOC,
entretanto, apenas a minoria dos grandes fumantes desenvolve a doença. Outros
possíveis fatores incluem infecções do sistema respiratório na infância, exposição
ocupacional, baixo peso ao nascimento, poluição aérea e dietas pobres em
antioxidantes e aceitação ao tratamento medicamentoso seguido de programas
de exercícios.
Assim temos que Identificar os motivos que poderão levar o paciente a não
aderir o tratamento, e orientar oferecendo material educativo e explicativo como
funciona a medicação, e esse material tem que ser de fácil compreensão para
que o paciente entenda a importância do tratamento.
A indicação de fisioterapia é um programa de exercícios físicos, visando ao
condicionamento cardiorrespiratório e melhora da função pulmonar, geralmente
atende um grande número de pacientes com diagnóstico de DPOC, porém só a
fisioterapia na clinica não é suficiente, pois se trata de uma doença progressiva
sendo importante dar continuidade desse atendimento na casa do paciente de
forma independente e ativa.
De acordo com a “American Thoracic Society” (ATS) e a “European
Respiratory Society” (ERS), reabilitação pulmonar é definida como uma
intervenção multidisciplinar para pacientes com DPOC que são sintomáticos e que
apresentam redução das atividades de vida diária (AVDs). Integrado ao tratamento
individualizado do paciente, a reabilitação pulmonar é designada para reduzir os
sintomas, otimizar o estado funcional, aumentar a adesão ao tratamento e reduzir
os custos com a saúde por estabilizar ou reverter as manifestações sistêmicas da
doença (ZuWALLACK, 2008).
A grande maioria dos programas de reabilitação pulmonar inclui componentes
para avaliação do paciente, exercícios de treinamento, sessões educativas,
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intervenção psicossocial e avaliação dos resultados. Essa reabilitação pulmonar


combina exercícios com sessões educativas, visando a reduzir a dispnéia,
melhorar o estado de saúde e reduzir os custos com medicamentos e
hospitalizações. Apesar das recomendações, apenas uma pequena fração dos
pacientes portadores de DPOC tem acesso a programas de reabilitação em todo o
mundo (CESTARO et al., 2010; RODRIGUES et al., 2012).
A aceitação do paciente sobre o processo da doença e tratamento
recomendado também contribui para a aderência ao tratamento. Ensinar o
paciente a reconhecer os sintomas de exacerbação da doença, que incluem
aumento da dispnéia, mudanças na coloração e no volume de secreções
pulmonares, ajudam a reduzir o número de hospitalizações (KUZMA et al., 2008;
SIMON et al., 2008).
As sessões educativas visam a aumentar a compreensão do paciente sobre a
doença e seu tratamento, bem como promover estratégias de auto manejo dos
sintomas e de intervenções, como cessação do tabagismo, incorporação de
práticas de atividade física fora do tratamento, promoção de estratégias que
forneçam maior aderência ao tratamento e desenvolvimento de um plano de ação
para detecção precoce e tratamento das exacerbações da doença. Como
ansiedade e depressão são comuns nos pacientes portadores de DPOC que são
encaminhados para a reabilitação pulmonar, muitos programas incluem um
componente psicossocial, baseado na necessidade de cada paciente (CASABURI
& ZuWALLACK, 2009). Além disso, a cessação do hábito de fumar é a intervenção
mais eficaz para reduzir os sintomas e o risco de desenvolvimento e progressão da
DPOC, bem como a mortalidade (LUPPI et al., 2008).
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1. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório consiste em vários órgãos que funcionam como um


todo para oxigenar o corpo ao inalar ar e exalar dióxido de carbono. O trato
respiratório é dividido em três seções, sendo a primeira o trato respiratório superior,
que é constituído do nariz e cavidades nasais, dos seios paranasais e da faringe. As
vias aéreas são a seção média, e incluem a laringe, a traquéia, os brônquios e
bronquíolos.
Finalmente, a seção inferior do trato respiratório são os pulmões propriamente
ditos, que são constituídos dos bronquíolos respiratórios, dos ductos alveolares, dos
sacos alveolares e dos alvéolos.
Sistema Respiratório:
• Funções: – Permitir trocas gasosas entre o ser humano o ar atmosférico
(Hematose). – Via de eliminação de gases residuais resultantes de reações
(respiração celular).– Fonação.
Constituição do Sistema Respiratório
• Vias aéreas: - Nariz, Fossas nasais, faringe, laringe e traquéia
• Pulmões: - brônquios - bronquíolos - alvéolos Constituintes do Sistema
Respiratório
• Nariz e fossas nasais São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e
terminam na faringe.
Promove a filtração (pêlos e cílios), o aquecimento (capilares sanguíneos) e a
umidificação do ar (muco).
A Inflamação sadio Constituintes do Sistema Respiratório Faringe: conduto
que se comunica com a boca, com as fossas nasais e com a laringe; É um canal
comum aos sistemas digestivo e respiratório. Laringe: conduto cartilaginoso tem
como função produzir sons e fechar a traquéia durante a deglutição (epiglote);

Órgãos do sistema respiratório


Os órgãos do sistema respiratório são: fossas nasais, faringe (nasofaringe),
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. Veja a seguir um
pouco mais a respeito de cada um desses importantes órgãos:
11

Observe os principais órgãos do sistema respiratório.


 Fossas nasais: o primeiro local por onde o ar passa. Nelas é possível
observar três regiões: o vestíbulo, a área respiratória e a área olfatória. O vestíbulo
é a parte anterior e dilatada das fossas nasais, a qual se comunica com o meio
exterior. A região respiratória corresponde à maior parte das fossas nasais. Por fim,
temos a área olfatória que corresponde à parte superior das fossas nasais, a qual é
rica em quimiorreceptores de olfação.
 Faringe: é um órgão musculomembranoso comum ao sistema digestório e
respiratório. A parte que faz parte do sistema respiratório é denominada de
nasofaringe, enquanto a parte digestória é denominada de orofaringe. A nasofaringe
está localizada posteriormente à cavidade nasal.
 Laringe: é um tubo de cerca de 5 cm de comprimento que apresenta forma
irregular e atua garantindo a conexão entre a faringe e a traqueia. Na laringe, é
possível perceber a chamada epiglote, que nada mais é do que um prolongamento
12

que se estende desse órgão em direção à faringe e evita que alimento adentre o
sistema respiratório. Além da epiglote, encontramos na laringe a presença das
chamadas pregas vocais, que são responsáveis pela produção de som.
 Traquéia: é um tubo formado por cartilagens hialinas em formato de C, logo
depois da laringe. A traqueia ramifica-se dando origem a dois brônquios,
denominados de brônquios primários.
 Brônquios: são ramificações da traquéia, que penetram cada um em um
pulmão, pela região do hilo. Esses brônquios, denominados de brônquios primários
ou principais, penetram pelos pulmões e ramificam-se em três brônquios no pulmão
direito e dois no pulmão esquerdo. Esses brônquios, chamados de secundários ou
lobares, ramificam-se dando origem a brônquios terciários ou segmentares, que se
ramificam dando origem aos bronquíolos.
 Bronquíolos: são ramificações dos brônquios, possuem diâmetro de cerca
de 1 mm e não possuem cartilagem. Esses também ramificam-se, formando os
bronquíolos terminais e, posteriormente, os bronquíolos respiratórios. Os
bronquíolos respiratórios marcam a transição para a parte respiratória e abrem-se
no chamado ducto alveolar.
 Alvéolos pulmonares: são estruturas que fazem parte da última porção da
árvore brônquica e estão localizadas no final dos ductos alveolares. São
semelhantes a pequenas bolsas, apresentam uma parede epitelial fina e são o local
onde ocorrem as trocas gasosas. Geralmente, os alvéolos estão organizados em
grupos chamados de saco alveolar.
 Pulmões: são órgãos em formato de cone que apresentam consistência
esponjosa e apresenta maior parte de seu parênquima formado pelos alvéolos,
sendo estimada a presença de cerca de 300 milhões de alvéolos nos pulmões.
Cada pulmão é revestido por uma membrana chamada de pleura. O pulmão de uma
criança, geralmente, apresenta a coloração rósea, enquanto do adulto pode ter uma
coloração mais escura devido à maior exposição à poeira e à fuligem.
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Os pulmões apresentam seu parênquima formado, principalmente, por alvéolos.


→ Porção condutora e porção respiratória
Podemos dividir o sistema respiratório em duas porções: a condutora e a
respiratória.
 Porção condutora: é formada pelas fossas nasais, nasofaringe, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Como o nome indica, essa
porção permite a entrada e saída de ar, porém sua função não acaba aí, é nessa
parte que o ar é limpo, umedecido e aquecido.
 Porção respiratória: é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares e alvéolos, que são as partes responsáveis pela ocorrência das trocas
gasosas. É nessa porção que o oxigênio inspirado passará para o sangue e o gás
carbônico presente no sangue passará para o sistema respiratório.
→ Como funciona o sistema respiratório
O sistema respiratório funciona garantindo a entrada e saída de ar do nosso
corpo. O ar inicialmente entra pelas fossas nasais onde é umedecido, aquecido e
filtrado. Ele então segue para a faringe, posteriormente para laringe e para a
traqueia. A traqueia ramifica-se em dois brônquios dando acessos aos pulmões. O
ar segue, então, dos brônquios para os bronquíolos e finalmente chega aos alvéolos
pulmonares.
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As trocas gasosas acontecem nos alvéolos pulmonares.


Nos alvéolos ocorre às trocas gasosas, um processo também denominado
de Hematose. O oxigênio presente no ar que chega até os alvéolos dissolve-se na
camada que reveste essa estrutura e difunde-se pelo epitélio para os capilares
localizados em torno dos alvéolos. No sentido oposto ocorre a difusão de gás
carbônico.
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2. TRÍADE

Tríade síndrome da apneia obstrutiva do sono, DPOC e obesidade: sensibilidade


de escalas de sono e de questionários respiratórios

A apneia obstrutiva do sono (AOS) se caracteriza por obstrução parcial ou


completa intermitente das vias aéreas durante o sono, sendo denominada síndrome
de AOS (SAOS) quando associada a sintomas diurnos/noturnos e/ou comorbidades,
como hipertensão arterial sistêmica ou diabetes mellitus. A prevalência chega a 32%
na população geral, varia entre 1% e 20% quando se associa a DPOC (overlap
syndrome) e é descrita como acima de 60% em populações com DPOC e
obesidade (tríade DPOC, SAOS e obesidade). O sintoma diurno mais importante da
SAOS é a sonolência, que pode ser investigada pela escala de sonolência de
Epworth (ESE). A chance de se ter SAOS pode ser verificada pelo Questionário de
Berlim, que tem sido utilizado como um instrumento de rastreamento; porém, o
diagnóstico padrão ouro é a polissonografia (PSG) de noite inteira.
A DPOC é caracterizada por limitação de fluxo das vias aéreas inferiores que
não consegue ser completamente revertida, com uma prevalência entre 8% e 10%
na população acima de 40 anos em países desenvolvidos, mas podendo chegar a
15%. O comprometimento progressivo da função pulmonar pode aumentar
proporcionalmente a queixa de dispneia aos esforços, que modifica e limita as
atividades de vida diária (AVD) e leva a incapacidade funcional, o que tem sido
investigado pelas escalas modified Medical Research Council (mMRC, escala
modificada do Medical Research Council) e Baseline Dyspnea Index (BDI, Índice de
Dispneia Basal). A qualidade de vida desses pacientes é verificada pelo Saint
George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ, Questionário do Hospital Saint George
na Doença Respiratória), com piora (aumento da pontuação) nas dimensões
avaliadas.
A associação de doenças pode limitar o uso de escalas de sono e de
questionários respiratórios. A DPOC e a obesidade podem ser contribuintes para
presença de dispneia, sensação de fadiga ou cansaço nessas populações.
Funcionam como fatores de confusão que poderiam influenciar a acurácia dessas
escalas e questionários.
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Nesse contexto, é necessário esclarecer melhor o uso de questionários


respiratórios (qualidade de vida e dispnéia) e escalas de sono (sonolência e risco de
SAOS) na tríade DPOC, SAOS e obesidade.
A associação de DPOC, obesidade e SAOS dificulta o uso do questionário de
Berlim como rastreamento para SAOS, além de fazer com que a ESE perca sua
especificidade. A verificação da capacidade funcional por meio das escalas MRC e
BDI, além da qualidade de vida pelo SGRQ, estará prejudicada pela presença da
SAOS e da obesidade em associação com a DPOC.
O objetivo do presente estudo foi avaliar se a presença de SAOS modifica a
percepção de queixas respiratórias e de qualidade de vida em pacientes com DPOC
por meio de questionários específicos, além de verificar se escalas de sonolência
diurna e de rastreamento para SAOS podem ser empregadas na tríade SAOS,
DPOC e obesidade.
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3. SINAIS E SINTOMAS

Os sinais e sintomas da DPOC se manifestam inicialmente quando o


paciente realiza tarefas que exigem maior esforço, como uma atividade física,
corrida, carregamento de peso, etc. Com o passar do tempo e agravamento do
quadro clínico, o indivíduo com a doença pulmonar obstrutiva crônica passa a
manifestar os sintomas ao realizar a maioria das atividades do dia-a-dia, mesmo os
mais leves como caminhar, tomar banho e até ao escovar os dentes.
Entre os primeiros sintomas da DPOC estão tosse, expectoração (produção
de catarro) e falta de ar. No início do desenvolvimento da doença pulmonar
obstrutiva crônica, o comprometimento da função pulmonar pode não se manifestar.
Além disso, a tosse e catarro podem confundir o paciente, que imagina ser
uma reação ao fumo (produção de pigarro). Esses dois fatores podem dificultar um
diagnóstico, quando em estágios iniciais, porque o paciente costuma não procurar
um médico especialista – o pneumologista. Apenas quando há o agravamento do
quadro, com a apresentação da dispneia (falta de ar) é que o especialista
geralmente é consultado, o que faz com que o diagnóstico seja feito em um estágio
mais avançado da DPOC.
Além dos sintomas iniciais da DPOC já mencionados acima, outros sintomas
podem estar relacionados com a doença, como:
– chiado no peito;
– aperto no peito;
– excesso de muco nos pulmões (o paciente cria o hábito de “limpar a garganta” de
manhã);
– lábios ou camas de unhas azuladas (cianose), devido a circulação de oxigênio no
corpo abaixo do necessário;
– infecções respiratórias freqüentes;
– cansaço e falta de energia;
– perda de peso não intencional, em estágios mais avançados.

Inicialmente, os sinais e sintomas da DPOC podem ser leves, passando


despercebidos pelos pacientes. Entre os primeiros sintomas da doença pulmonar
obstrutiva crônica estão:

 Falta de ar (dispnéia) após grandes esforços;


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 Tosse que pode ser seca ou com muco, chamada de “pigarro do fumante”;
 Chiado ao respirar (sibilo);
 Respiração ofegante;
 Aperto ou desconforto no peito;
 Dificuldade para dormir por conta da tosse recorrente;
 Cansaço recorrente.
  O principal sintoma da DPOC é a dispnéia, falta de ar, que aparece ao
realizar atividades físicas. No início, apenas grandes esforços como subir escadas,
ladeiras ou carregar peso desencadeiam o sintoma, mas conforme a doença
progride, o desconforto pode aparecer mesmo às mínimas atividades. ”
Com o tempo, os sinais e sintomas da DPOC se agravam, tanto em relação à
freqüência quanto intensidade. O cansaço, que inicialmente se apresentava apenas
após atividades físicas, torna-se recorrente e progressivo, dificultando a realização
de atividades diárias simples, como caminhar, subir escadas, tomar banho em pé e
até mesmo escovar os dentes. Além disso, muitos pacientes relatam a manhã como
a pior hora, quando os sintomas da DPOC estão mais intensos.
Por isso, além dos sinais e sintomas da DPOC listados acima, se não diagnosticada
rapidamente, a doença pulmonar obstrutiva crônica pode progredir rapidamente
para sintomas como:
 Perda de peso;
 Perda de força muscular;
 Exacerbações: piora intensa dos sintomas geralmente causados por infecções
virais ou bacterianas.
 
Atenção ao agravamento dos sintomas da DPOC
O agravamento da falta de ar, decorrente da DPOC, pode demandar
atendimento hospitalar de emergência. Os familiares e cuidadores de pessoas com
DPOC devem ficar atentos para sinais como cansaço ao respirar e falar, com
pausas prolongadas; lábios e unhas com coloração azul-acinzentados; confusão
mental e/ou taquicardia (aumento da freqüência dos batimentos cardíacos).
“Sentir cansaço ou falta de fôlego progressiva, ou seja, que piora com o tempo,
pode ser um sintoma da DPOC. A tosse, geralmente matinal e com produção de
catarro, e sensação de peito cheio ou sensação de ronco no pulmão durante a
19

respiração. Conforme a DPOC progride, especialmente se continua exposto ao


cigarro, o pulmão perde a capacidade de oxigenar o sangue adequadamente,
fazendo com que o paciente necessite usar um cilindro ou concentrador de oxigênio
durante todo o dia.”
20

4. DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da DPOC é geralmente tardio porque a doença progride de forma


lenta e há muitos pacientes que são assintomáticos ou apresentam manifestações
discretas mesmo quando os valores do fluxo expiratório já estão substancialmente
diminuídos. Outra causa para o diagnóstico tardio é os profissionais não treinados
que não vão reconhecer a existência de obstrução ao fluxo aéreo. As expressivas
taxas de obstrução do fluxo aéreo que não são diagnosticadas e de pacientes que
não recebem tratamentos adequados reforçam ainda mais a ideia de que é
necessária a existência de medidas que tornem possíveis o diagnóstico precoce e
correto da DPOC. Sendo que quando diagnosticados a maioria dos pacientes
apresenta a doença na fase leve ou moderada (GODOY et al., 2007). 44% 56%
Masculino Feminino 20 O diagnóstico dessa doença deve ser considerado em
qualquer pessoa que apresente dispneia, tosse crônica e/ou história de exposição a
fatores de risco dessa doença, como por exemplo, o tabagismo. Para esse
diagnóstico é necessário que seja feito um estudo funcional respiratório (PEREIRA;
SOUSA; BARROS, 2013). Um paciente será considerado com DPOC caso ele
apresente os sinais e sintomas respiratórios crônicos descritos anteriormente,
fatores de risco para a doença e no exame de espirometria após teste com
broncodilatador (BD) ele apresentar relação volume expiratório forçado em 1
segundo (VEF1) /capacidade vital forçada (CVF) inferior de 0,70. Esse mesmo teste
de espirometria com BD é indicado também para pacientes fumantes ou ex-
fumantes, com mais de 40 anos, que apresentem sintomas respiratórios crônicos. E
se o paciente apresentar relação VEF1/CVF superior a 0,70, mas abaixo do limite
inferior do previsto para a idade e altura, poderão ser diagnosticados com DPOC
também (BRASIL, 2013). A FIGURA 2 traz o procedimento padrão para diagnóstico
da doença. FIGURA 2: Elementos para diagnóstico. Fonte: Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, 2013. A capacidade
vital é o volume de ar mobilizado entre uma inspiração e expiração máxima, sendo
expresso em litros e a CVF é feita com a realização de uma curva volumetempo. E o
VEF1 é um teste feito em conjunto com a CVF para também avaliar a função
respiratória do paciente (PIRES et al., 2013). Um paciente já diagnosticado com
DPOC que chega ao pronto atendimento com queixa de aumento da dispneia,
21

aumento da tosse, alteração na produção e cor do escarro, apresenta um quadro


chamado de exacerbação. Uma exacerbação pode ser de origem respiratória ou
não respiratória (MARCHIORI et al., 2010). O QUADRO 2 traz os principais fatores
que precipitam uma exacerbação.
22

5. TRATAMENTO

O tratamento da DPOC tem a função de reduzir os sintomas, melhorar a


qualidade de vida, reduzir as exacerbações e possivelmente reduzir a mortalidade.
Um bom plano de tratamento da DPOC envolve quatro principais fatores: avaliar e
monitorar a doença, reduzir os fatores de risco, tratar a DPOC estável e tratar as
exacerbações. Essa doença é geralmente progressiva, portanto é de se esperar que
a função pulmonar piore, mesmo com o melhor tratamento possível, por isso o
paciente deve sempre ser acompanhado por profissionais para 23 identificar
qualquer alteração da limitação do fluxo aéreo, e sempre que necessário ser feito
alguma modificação no tratamento para evitar qualquer complicação que possa
surgir. Para a DPOC é mais eficaz que o paciente faça dois tipos de tratamentos,
um farmacológico e outro não farmacológico (CONSENSO II, 2006).
23

6. CUIDADOS DA ENFERMAGEM

A Reabilitação Pulmonar é uma intervenção destinada a reduzir os sintomas


de fadiga e falta de ar, otimizar e melhorar a qualidade de vida. É uma intervenção
baseada em uma avaliação completa do paciente, seguida de um tratamento
individualizado que inclui treinamento físico, educação e mudança de
comportamento.
A Reabilitação é realizada com exercícios aeróbios e de fortalecimento,
possibilitando menos dispneia (falta de ar) e maior independência ao paciente.
Além de controlar e aliviar os sintomas, o exercício ajudará a diminuir a ansiedade e
depressão, melhorar a realização das atividades de vida diária.
Outro benefício é a redução das exacerbações e hospitalizações resultando em um
aumento da sobrevida.
A Reabilitação Pulmonar está indicada para algumas doenças como
Bronquite, Enfisema Pulmonar, Asma, Bronquiectasia, pré e pós-operatório e
também para tratar sequelas do Covid 19.
Duração pode ser no mínimo de 8 semanas e após 1 mês paciente já sente
diferença na sua capacidade física.
O enfermeiro possui um importante papel na confirmação do diagnóstico da
DPOC, do qual a partir da anamnese e exames associados a ele, determina e
monitora a gravidade da doença e sua progressão. Como medida preventiva, a
cessação do tabagismo é a única intervenção comprovada que retarda o declínio
acelerado na função pulmonar e a progressão da DPOC. O enfermeiro a partir do
diagnóstico pode implementar atividades educativas, tais como: estimular o
autocuidado, promover a cessação do tabagismo, melhorar os padrões respiratórios
e a tolerância à atividade, dentre outros. Conclusão: conclui-se que cabe ao
enfermeiro diagnosticar problemas e propor intervenções, tendo um papel crucial na
elaboração de programas de reabilitação, que contribuam no aumento na qualidade
de vida, diminuindo a taxa de morbidade e reincidência de internamento hospitalar.
Descritores:
O cuidado a pacientes que estão em ODP se torna mais eficaz e eficiente
quando acompanhado periodicamente por uma Equipe de Atenção Domiciliar,
muitas vezes, pacientes e familiares recebem os equipamentos de oxigenoterapia,
24

mas não possuem um acompanhamento rotineiro por profissionais de saúde,


fazendo com que o custo seja exacerbado e a forma de utilização inadequada,
podendo prejudicar a saúde dos pacientes (FREITAS, 2014).
Para prestar atendimento adequado ao paciente com DPOC, é necessário
que os profissionais da equipe de saúde, principalmente o enfermeiro, sejam
capazes de avaliar, além do nível de dependência do paciente, também seus limites
e suas potencialidades, para que possam identificar as suas reais necessidades. O
enfermeiro ao cuidar do paciente com DPOC, desenvolve a sua tomada de decisão
com a pessoa através da concepção de um processo de cuidados, atenção ao
processo do sistema respiratório, comportamento do padrão respiratório, o processo
psicológico e ambiental (FREITAS, 2014).
Silva e Novais (2015) apontam a necessidade dos profissionais da área de
saúde, em especial enfermeiros, que atuam diretamente no cuidado ao paciente
com DPOC, desenvolverem a capacidade de análise crítico-reflexivo-discursiva
sobre questões substantivas relacionadas aos cuidados prestados, sua
organização, suas condições econômicas e afetivo-relacionais, a fim de responder a
contento às questões da dependência e dos cuidados necessários. Gago e Lopes
(2013) afirmam que para a gestão do processo de cuidar ao paciente com DPOC o
enfermeiro começa reunindo informações necessárias, tais como: registros pessoais
e conhecimento global dos cuidadores, cartas de alta e solicitação do médico de
família. A alta prevalência de cuidado domiciliar e a provável sobrecarga causada
aos familiares, responsáveis pela maioria dos cuidados prestados, são importantes
indicadores para o planejamento de ações em saúde destinadas ao paciente com
DPOC. Desta forma, a atuação dos enfermeiros em programas de apoio também é
dirigida ao cuidador principal ou mesmo a vários membros da família e podem ser
operacionalizados a partir de atendimentos individuais ou grupais, com trocas de
experiências e repasse de orientação prática quanto aos procedimentos de cuidado
(GAGO; LOPES, 2013)
Para Barros (2015) a intervenção de enfermagem centra-se em programas
educativos e programas de reabilitação respiratória. Esta intervenção tem como
objetivo o retardamento da progressão da doença, visa à qualidade de vida, a
promoção da saúde, a prevenção de complicações, a satisfação do cliente o seu
bem-estar e autocuidado, assim como o controle eficaz dos problemas de saúde.
Estes programas traduzem-se na redução do estado de fadiga, da ansiedade e
25

depressão, que estão comumente associadas à DPOC. Nas exacerbações da


doença o enfermeiro institui o processo de enfermagem onde é frequente surgirem
os seguintes diagnósticos de Enfermagem (CIPE - Classificação Internacional para
a Prática de Enfermagem): ventilação espontânea comprometida, dispneia atual,
limpeza das vias aéreas comprometida, conhecimento para a saúde diminuído e
ansiedade atual (MAGALHÃES, 2013). Após formular os diagnósticos de
enfermagem o enfermeiro planeja intervenções específicas e individualizadas a
cada cliente, que valida com o próprio. É frequente a instituição de oxigenoterapia,
ventilação não invasiva, inaloterapia, cujo ensino enquadra-se na área das
intervenções autônomas de enfermagem sendo direcionado ao cliente ou em caso
de impossibilidade do próprio ao seu cuidador (FREITAS, 2014, p. 23). O enfermeiro
possui importante atuação no processo em domicílio a pacientes com DPOC,
mostrando alternativas assistenciais e de cuidados aos pacientes por meio de
orientações individualizadas bem como a seus familiares (DEBUS, 2014). A fim de
favorecer a organização dos cuidados supracitados e a qualidade da assistência ao
indivíduo, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deverá ser
aplicada. Isso facilita o planejamento e execução das intervenções traçadas de
modo a auxiliar a família com os cuidados em domicílio para se obter uma eficácia
no tratamento e possibilitando que o paciente permaneça no âmbito hospitalar por
um curto período, além de alcançar os resultados esperados (BESSA, 2014). Bessa
(2014) aponta ainda que os cuidados de enfermagem prestados ao paciente com
DPOC em domicílio devem ajudar o paciente a diminuir o seu sofrimento e melhorar
a sua qualidade de vida. Portanto, a assistência de enfermagem ao paciente com
DPOC consiste em aliviar sintomas e ajudar os pacientes a monitorar a gravidade
dos sintomas. Além disso, o Ministério da Saúde (2015) ressalta que no domicílio,
como em outros espaços de cuidado, o diálogo entre equipe, família, enfermeiro e
usuário permite interações que desencadeiam transformação nas relações de
trabalho, compartilhamento e formação de compromissos para melhoria e
integralidade da atenção. Logo, a construção do plano de cuidado na Atenção
Domiciliar deve ser compartilhada por todas as partes e saberes envolvidos
(usuário, família, cuidador e profissionais de Saúde).
Esse estudo faz-se importante para que os profissionais da área da saúde
tenham conhecimento das dificuldades que enfrentam tanto os pacientes, quanto os
prestadores do serviço em questão. Para tanto, fica evidente que o enfermeiro deve
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ter conhecimento acerca da DPOC a fim de que atenda o paciente de forma integral
no contexto do seu domicílio. Ressalta-se que após a leitura dos artigos, foi possível
observar fatores relevantes sobre a realidade do atendimento domiciliar ao paciente
com DPOC que requerem aprofundamento, demonstrando a necessidade de
realização de novos estudos científicos relacionados à temática, com a finalidade de
aperfeiçoamento dessa área que está em franco crescimento. Conclui-se que a
assistência do enfermeiro em âmbito domiciliar contribui para redução das
internações, diminuição do risco de infecções hospitalares e dos custos com o
tratamento, melhorando o estado psicossocial do paciente, a integração com a
família e a qualidade de vida, corroborando, ainda, com a rotatividade de leitos no
setor hospitalar. Através da sistematização da assistência de enfermagem é
possível prestar ao paciente um atendimento de forma integral e humanizada, com
planejamento de ações individualizadas e de acordo com as necessidades de cada
paciente, garantindo assim sua qualidade. Sendo assim, o plano de cuidados está
sujeito a modificações de acordo com as prioridades dos problemas que surgem
diariamente.
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7. PREVENÇÃO
A DPOC é uma doença ligada a fatores ambientais, genéticos e
principalmente, ligada ao tabagismo. Estima-se que o aparecimento da doença
ocorre em 15% dos fumantes e também há relatos de fumantes passível que
desenvolveram a doença. Portanto, isso torna imprescindíveis programas para
cessação do tabagismo como forma de prevenção e tratamento (FERNANDES,
2011). A primeira relação estabelecida entre o consumo de cigarros e o
aparecimento de câncer no pulmão data da década de 50 do século XX, e
estudos epidemiológicos têm mostrado evidências de novas localizações de
câncer relacionadas ao cigarro. Os países desenvolvidos possuem leis mais
severas para a comercialização de cigarros e isso faz com que a indústria 22 do
tabaco invista mais em países pobres ou em desenvolvimento, onde há mais
perspectivas do crescimento do consumo. Os alvos das campanhas promocionais
são direcionados a adolescentes e jovens. A idade do fumante é uma variável
fundamental para a epidemiologia do câncer, visto que o período de tempo
compreendido entre a primeira exposição ao cigarro e o aparecimento do câncer
compreende cerca de três décadas (WÜNSCH- FILHO et al., 2010). Cerca de
80% dos fumantes iniciam o consumo de tabaco na sua juventude. Quanto mais
cedo ocorrer a iniciação, mais grave é a dependência, maior será a dificuldade
para parar de fumar e mais graves serão os danos à saúde do fumante. Dessa
forma programas de prevenção do tabagismo direcionados aos adolescentes são
de extrema importância (VITÓRIA; SILVA; VRIES, 2011). Quando já
diagnosticado com DPOC o paciente tem que evitar o aparecimento das
exacerbações, e para isso é imprescindível o cessamento do tabagismo. O uso
da bupropiona é muito comum, pois ela atua reduzindo os sintomas na Síndrome
de Abstinência do cigarro, fazendo assim com que o paciente passe mais tempo
sem fumar. Porém, são necessários outros tipos de terapia, visto que os efeitos
adversos da bupropiona podem levar a uma recaída do hábito no paciente
(RICARTE et al., 2014; DANTAS et al., 2016). Outro fator importante para o
cessamento do hábito de fumar é o aconselhamento médico, que é de muita
importância que seja padronizado, pois muitas vezes é efetivo e outras vezes é
não efetivo. Estudos mostram a importância dessa padronização. Diferentes
métodos de abordagens têm resultados também diferentes, o que mostra a
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importância da avaliação e estabelecimento de um método padronizado


(PRESMAN; CARNEIRO; GIGLIOTTI, 2005). Para prevenções das exacerbações
também podem ser utilizadas oxigenoterapia para evitar hipertensão arterial
pulmonar e fisioterapia respiratória (MARCHIORI et al., 2010).
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8.
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CONCLUSÃO
31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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