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Campo Grande
2017
GABRIELLE GARCIA DE BARROS
Campo Grande
2017
GABRIELLE GARCIA DE BARROS
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO...............................................................................................13
1. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)......................15
1.1 Epidemiologia...........................................................................................15
1.2 Definição e mecânica respiratória............................................................16
1.3 Alterações funcionais e sistêmicas...........................................................16
1.4 Diagnóstico...............................................................................................18
1.5 Intervenção clínica....................................................................................19
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................35
REFERÊNCIAS...............................................................................................36
13
INTRODUÇÃO
DPOC. Foram utilizados o Scielo, Pubmed, Medline, Lilacs e livros que abordaram
sobre o tema, como base de dados, de estudos publicados de 2009 a 2016.
15
1.1 Epidemiologia
Por ano, três milhões de pessoas morrem por causa da doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), estimando um aumento da mortalidade. De 1990 a 2010,
a DPOC passou a ser a quarta causa de morte, sendo que no Brasil é a terceira
causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis, Entre 2005 e 2010,
houve um aumento de 12% no número de óbitos, o que atualmente representa
aproximadamente 40.000 óbitos por ano devidos a DPOC. Em 2011, o Sistema
Único de Saúde teve um custo de 103 milhões de reais, referente a 142.635
internações por causa da DPOC. Esse gasto foi maior que o custo com os pacientes
com infarto agudo do miocárdio e os com hipertensão arterial, e aproximadamente
ao dos portadores de diabetes. (RABAHI, 2013)
1.4 Diagnóstico
válvula inspiratória. A NPPV (ventilação por pressão positiva com volume limitado)
decorre de acordo com as variações de pressão conforme o volume corrente do
paciente. A VNI através da PAV (ventilação proporcional assistida) oferece volumes
e pressões proporcionais ao esforço do doente. Atualmente a forma mais utilizada é
a BIPAP (bilevel positive airway pressure), que oferece dois níveis de pressão nas
vias aéreas. (SARMENTO, 2015)
Os métodos mais utilizados de VNI são a CPAP e a BIPAP. A CPAP é uma
técnica que induz uma pressão contínua nas vias aéreas com o objetivo de equilibrar
o volume corrente conforme o esforço respiratório do paciente, aumentando a
pressão na via aérea para alcançar um maior volume pulmonar e consequentemente
uma melhor relação ventilação / perfusão (V/Q). Esse modo é mais indicado na
melhora da hipoxemia, reversão do edema agudo de pulmão e de atelectasias pós-
operatórias, na redução de broncoespasmo, aumento do trabalho respiratório,
síndrome da apneia obstrutiva do sono e entre outros distúrbios respiratórios. A
BIPAP demanda dois níveis de pressão nas vias aéreas podendo variar as
respirações, auxiliando no alcance de um volume corrente adequado durante a fase
inspiratória para manter um volume residual constante, causando como efeito uma
diminuição do trabalho respiratório, pois a pressão positiva durante a fase
inspiratória gera uma diminuição da PaCO2 ajudando a diminuir o esforço
inspiratório. E durante a fase expiratória ocorre um recrutamento dos alvéolos e
consequentemente uma melhor troca gasosa. Essa modalidade apresenta como
dois níveis de pressão a IPAP (pressão inspiratória) e a EPAP (pressão expiratória).
Como indicações para esse modo temos a DPOC, Asma, Insuficiência respiratória
aguda hipoxêmica, pacientes imunossuprimidos, pós-transplante e entre outros.
(SARMENTO, 2015)
2.1.3 Interfaces
máscaras mais utilizadas atualmente na prática clínica são: oronasal, nasal e facial
total, por proporcionarem maior conforto ao paciente, como mostra a Figura 5.
(VALIATTI; AMARAL; FALCÃO, 2016)
A máscara oronasal é a interface de maior escolha, pois possibilita maior
conforto. Elas podem ser utilizadas em circuitos de um só ramo e uma válvula
expiratória, ou em circuitos de dois ramos. A máscara nasal recobre apenas o nariz,
causa menos claustrofobia, mas devido a sua baixa capacidade de melhorar a
oxigenação em caso de uma doença aguda, seu uso não é recomendado na IRpA
(insuficiência respiratória aguda) em UTIs e sua limitação se da por causa dos
vazamentos devido ao escape da boca. E a mascara total, recobre toda a face do
paciente e possui um maior volume interno, deve ser utilizado em sistemas de
ventilação que compensa a fuga aérea, por causa do seu volume interno e válvula
exalatória, e é indicada quando o paciente não se adapta à máscara oronasal. Na
prática clínica deve ser feito a avaliação individual da interface em relação ao
paciente e a sincronia entre interface-circuito-ventilador, focando na redução de
vazamentos, sincronia e conforto. (HOLANDA et al., 2009)
Figura 6 – Threshold
Figura 7 – Manovacuômetro
Conforme Pessoa et al. (2011) constatou em seu estudo, no qual o objetivo foi
verificar se ao realizar exercícios ou atividades de vida de diária com os MMSS
associado ou não a VNI , teria uma redução da hiperinsuflação dinâmica e da
dispneia. Foram 32 pacientes com idades entre 54 a 87 anos com diagnostico de
DPOC de moderada a grave, que participaram da pesquisa. Foi proposto a eles que
elevassem potes com pesos de 0,5 a 5kg e que iniciasse a elevação a partir da
altura da pelve em direção a uma prateleira acima da cabeça por 5 minutos, com e
sem uso da VNI, modo BIPAP (IPAP 10 cmH2O; EPAP 4cmH2O). Os pacientes
passaram por uma avaliação da capacidade inspiratória (CI) e da dispneia, através
da escala de BORG, onde os dados foram mensurados antes e após o exercício.
Todos os pacientes apresentaram aprisionamento aéreo e dispneia, nos quais
somente 12 tiveram hiperinsuflação dinâmica, ao realizar o exercício de elevação
dos MMSS. Na tabela 1 pode se observar os resultados em relação a CI antes e
depois dos dois métodos, e na figura 8 observa-se que não houve diferença
significativa da CI após a AVD com e sem o uso da VNI.
Pessoa et al. concluiu que o uso da modalidade BIPAP com IPAP e EPAP de
10 e 4 cmH2O, não foi suficiente para diminuir a hiperinsuflação dinâmica e a
dispneia durante o exercício proposto com os MMSS nos pacientes com DPOC. E
proporam a estudos futuros que utilizassem outros níveis de pressão ou outra
modalidade de VNI, pois o principal objetivo da fisioterapia respiratória é promover a
independência funcional do paciente com DPOC.
Goelzer (2016) realizou um estudo no qual seu proposito foi analisar o uso do
modo BIPAP com níveis de pressão invertidos, comparado ao modo EPAP (pressão
positiva expiratória), sobre a tolerância ao esforço físico em esteira rolante com
paciente portadores da DPOC com hiperinsuflação dinâmica. Foram submetidos aos
testes de função pulmonar, teste de exercício cardiopulmonar e três testes em
velocidade constante e alta intensidade em esteira, 16 pacientes, com sequencia
aleatória, sendo um sem e outro com intervenção por meio de EPAP com máscara
oronasal e válvula unidirecional, com uma pressão de 5 a 10 cmH2O, e por meio do
BIPAP (IPAP: 4cmH2O e EPAP: 5 a 10 cmH2O) com tempo mínimo de 24 horas
entre os testes. O estudo teve como resultado no qual a VNI com IPAP menor que
EPAP e o EPAP isolado, não tiveram influência na melhora em aumentar o esforço
físico durante treinamento em esteira rolante. No entanto devem ser estipuladas
mais propostas de estudos da parte da reabilitação pulmonar para serem analisados
os ganhos de desempenho funcional dos pacientes com DPOC.
No estudo de Koch (2016) observou-se que a VNI associada ao treinamento
muscular respiratório promove um aumento da tolerância ao exercício e da força
muscular respiratória de pacientes com DPOC, em comparação ao treinamento e
ventilação e seus efeitos isoladamente. Para chegar a esta conclusão, participaram
do estudo 9 pacientes, os quais foram submetidos a uma avaliação da função
pulmonar, ao teste de exercício cardiopulmonar em cicloergômetro e teste de carga
constante associados à VNI nos modos CPAP E PAV antes e depois de um
treinamento muscular respiratório. Na modalidade PAV, foi apresentado uma queda
da saturação periférica de oxigênio, percepção de esforço em MMII e dispneia
durante os exercícios. Além disso, foi comprovada a eficácia da modalidade PAV em
comparação ao CPAP durante o exercício.
34
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CRUZ, Mônica R.; ZAMORA, Victor E.C. Ventilação mecânica não invasiva. 2013.
Disponível em: < http://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/7535>. Acesso em: 07 de
outubro de 2017
GLOBAL Initiative for COPD. Global strategy for the diagnosis, management, and
prevention of chronic obstructive pulmonary disease. Disponível em:
<www.goldcopd.com>. Acesso em: 04 de setembro de 2017.
HOLANDA, Marcelo Alcantara et al. Influência das máscaras facial total, facial e
nasal nos efeitos adversos agudos durante ventilação não-invasiva. 2009.
Disponível em:
<file:///C:/windows/system32/config/systemprofile/Downloads/2009_35_2_10_portug
ues.pdf>. Acesso em: 08 de outubro de 2017.
VALIATTI, José L. dos Santos; AMARAL, José L. Gomes do; FALCÃO, Luiz F. dos
Reis. Ventilação mecânica: fundamentos e prática clínica. 1. Ed. Rio de Janeiro:
Roca, 2016.