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Impacto das terapias CPAP e BIPAP em pacientes com apneia do sono e insuficiência
cardíaca.
Teresópolis
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS
Impacto das terapias CPAP e BIPAP em pacientes com apneia do sono e insuficiência
cardíaca.
Teresópolis
2023
WANDERSON DE CARVALHO OLIVEIRA
Impacto das terapias CPAP e BIPAP em pacientes com apneia do sono e insuficiência
cardíaca.
Aprovado em
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Prof. MSc Nome do Professor - Orientador
Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO
__________________________________________________________
Prof. PhD (nome) – Banca Interna
Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO
__________________________________________________________
Prof. Ms (nome) – Banca Externa
Instituição a qual pertence
Dedico esse trabalho primeiramente a minha
orientadora e coorientadora, por não desistir
de mim, e sempre me motivar, e aos meus
colegas de faculdade que de forma direta e
indireta me auxiliaram.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por me dar saúde, sabedoria e paciência para trabalhar e estudar
todos os dias, mesmo em meios as luvas Ele me fez mais do que vencedor.
Em segundo minha família que sempre esteve como base para que eu pudesse construir esse
sonho, minha mãe Ângela e meu irmão Wesley, com o aporte emocional, e principalmente meu
filho Miguel onde muitas vezes precisei deixar, para poder buscar uma vida melhor para ele,
onde seu abraço sempre me renovou todas as forças.
E não poderia deixar de lado meus colegas de trabalho e faculdade que sempre me incentivaram
a nunca desistir, “vocês são demais”, e aos meus mestres que me aturaram e muitas vezes me
acordaram no meio da aula.
Por fim sou grato a cada coluna forte, que estou construindo.
“É muito melhor lançar-se em busca de conquistas
grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do que
alinhar-se com os pobres de espírito, que nem
gozam muito nem sofrem muito, porque vivem
numa penumbra cinzenta, onde não conhecem nem
vitória, nem derrota.”
(Theodore Roosevelt)
Impacto das terapias CPAP e BIPAP em pacientes com apneia do sono e insuficiência
cardíaca.
Impact of CPAP and BIPAP therapies on patients with sleep apnea and heart failure.
Resumo: A apneia do sono é um distúrbio do sono que pode afetar negativamente vários
órgãos e sistemas, principalmente o sistema cardiorrespiratório, levando a doenças
cardiovasculares críticas. A apneia do sono pode ser classificada como central (ACS),
obstrutiva (AOS) ou mista (AMS), dependendo do mecanismo. Vários mecanismos
fisiopatológicos têm sido propostos para explicar a relação entre a AOS e insuficiência
cardíaca (IC), incluindo aumento da resistência vascular periférica, resistência insulínica,
ativação do sistema nervoso simpático e possível inflamação sistêmica. O objetivo deste
trabalho foi realizar uma revisão integrativa que busca avaliar a eficácia da ventilação não
invasiva, comparando o uso do CPAP e do BIPAP, e qual tem melhor resultado, utilizando
artigos selecionados nas plataformas PubMed, Scielo, Lilacs, publicados a partir de 2015,
em inglês e português. Em conclusão, de acordo com os resultados observados, a
fisioterapia respiratória através da ventilação não invasiva, é uma abordagem segura e
eficaz para melhora da função respiratória que é acometida tanto na insuficiência cardíaca
quanto na apneia do sono. Ela pode trazer melhorias significativas nas funções
respiratórias, na oxigenação do sangue e na capacidade vital, oferecendo uma maior
tolerância aos exercícios e redução nos riscos de complicações respiratórias.
A apneia do sono engloba uma variedade de condições clínicas que podem afetar adversamente
todos os órgãos e sistemas, especialmente os sistemas cardiovascular e respiratório, incluindo
hipóxia intermitente, estresse oxidativo, ativação simpática e disfunção endotelial, que se
constituíram como mediadores de doenças cardiovasculares críticas (DRAGER et al., 2018).
Para entender esse distúrbio do sono podemos classificar como hipopneia uma diminuição do
fluxo aéreo menor ou igual a 90 % do valor basal, com pausa na respiração por mais de 10
segundos, mais de três vezes por hora, e podemos dividir a hipopneia em central e obstrutiva e
apneia por sua vez é caracterizada por pausas completas na respiração e se divide em central,
obstrutiva e complexa.
A apneia central está associada à ausência de esforço inspiratório contínuo ou aumentado durante
todo o período sem fluxo respiratório e pode ocorrer pela ausência de sinais adequados do
cérebro para os músculos respiratórios ou quando os músculos não os recebem estímulo
(DRAGER et al., 2018). A apneia obstrutiva, resulta do esforço inspiratório contínuo ou
aumentado durante o período de ausência de fluxo respiratório e caracteriza-se por episódios
repetidos de obstrução das vias aéreas durante o sono causando pausas respiratórias. A apneia
mista é a combinação das apneias central e obstrutiva, caracterizada pela ausência ou redução do
fluxo inspiratório contínuo, seja de origem central ou obstrutiva.
O Índice de Apneia-Hipopneia (IAH) é um parâmetro crucial usado para quantificar a gravidade
dos distúrbios respiratórios do sono. Esse índice costuma ser calculado durante a polissonografia,
estudo do sono realizado em laboratório ou em casa. O IAH é uma medida que representa o
número total de apneias e hipopneias que ocorrem por hora de sono. O IAH é uma medida
importante para orientar o diagnóstico e o tratamento. Também pode ajudar a prever o risco de
complicações relacionadas aos distúrbios respiratórios do sono. Outros fatores como saturação de
oxigênio no sangue, duração das pausas respiratórias e presença de sintomas significativos
também são levados em consideração para um diagnóstico completo (DRAGER et al., 2018).
Vários mecanismos fisiopatológicos têm sido propostos para explicar a relação entre apneia do
sono e insuficiência cardíaca, incluindo aumento da resistência vascular periférica, ativação do
sistema nervoso simpático e do sistema renina-angiotensina-aldosterona possível relação com
inflamação sistêmica (DRAGER et al., 2018).
A insuficiência cardíaca é uma condição clínica caraterizada pela incapacidade do coração de
bombear sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas do corpo devido a disfunção
estrutural e/ou funcional (Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. set.
2018). Essa anomalia resulta em débito cardíaco insuficiente e pode afetar qualquer câmara do
coração, resultando em insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) ou
insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr), (Arikawa et.al. Outubro 2015). A
fração de ejeção é um parâmetro importante que representa a porcentagem de sangue expelido
pelo ventrículo esquerdo do coração a cada contração cardíaca (ARIKAWA et.al., 2015;
DRAGER et al., 2018); (Arikawa et.al. Outubro 2015).
Os sintomas de insuficiência cardíaca podem variar de fadiga, dificuldade em respirar, inchaço
nas pernas ganho de peso súbito, tosse seca, palpitações, tonturas e desmaios. A patogênese da
insuficiência cardíaca pode estar ligada a muitas comorbidades, como a doença arterial
coronariana, hipertensão arterial, valvulopatias, doença do musculo cardíaco e outras causas que
não são frequentemente encontrados (SERVANTES, et.al.2018).
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é feito pela avaliação clínica, exames laboratoriais,
radiológicos e ecocardiográficos (DRAGER et al., 2018). O manejo da insuficiência cardíaca
envolve o uso de cardiologistas, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais
de saúde para fornecer atendimento integral, otimizar o tratamento, melhorar a qualidade de vida
e prevenir complicações.
2 METODOLOGIA:
3 RESULTADOS:
Foi realizada uma busca nas bases de dados PUBMED, SCIELO e LIALCS, seguindo os
descritores, Apneia obstrutiva do sono; Insuficiência cardíaca; CPAP e BIPAP, que resultou
em 1838 artigos no total, subdividindo – os em PUBMED 1838; SCIELO 9 e LILACS 13.
Foram excluídos inicialmente 1766 artigos aplicando os filtros por data e ensaios clínicos,
após a leitura de títulos e resumos de 72 artigos foram excluídos 52 artigos, restando 20
artigos para leitura na íntegra. Após a leitura foram excluídos 15 artigos, pois não
respondiam aos critérios adequados em conformidade a metodologia, resultando em 5 artigos
incluídos para a revisão (figura1).
Os ensaios clínicos que foram selecionados passaram por uma análise de risco de viés através
de uma série de perguntas pela escala Pedro: Geração de sequência aleatória; Ocultação da
alocação; Cegamento de avaliadores e desfecho; Desfechos incompletos; Relato de desfecho
seletivo e outras fontes de viés, no qual esses dados geraram um gráfico de confiabilidade
dos ensaios clínicos. Ressaltando que a pontuação varia de 1 a 3, sendo 1 baixo risco; 2
riscos incerto e 3 altos risco.
Através dos estudos analisados, verificou-se os que os estudos apresentam maior índice de
risco incerto de viés no cegamento dos participantes e dos avaliadores e no relato de desfecho
seletivo e nos desfechos incompletos, baixo risco na geração de sequência aleatória e
ocultação de alocação, caracterizando um risco intermediário à baixo de viés. Os dados dessa
análise foram descritos na tabela1.
4 DISCUSSÃO:
Está revisão tem como objetivo analisar o impacto da ventilação não invasiva,
comparando o uso do CPAP e do BIPAP, e qual é a mais indicada em pacientes com
AOS e IC. Para esta revisão foram analisados 5 artigos selecionados após passarem por
critérios metodológicos previamente estabelecidos.
Todos os artigos relatam benefícios ao manejo da ventilação não invasiva através do
CPAP e BIPAP na gestão de pacientes com AOS e IC, porém os resultados se divergem
entres os autores. Fox et.al. (2021), utiliza um dos modos do CPAP para o tratamento de
pacientes com ICFEr crônica e estável em um ensaio clínico randomizado, e nos traz
resultados positivos no uso do APAP (Automatic positive airway pressure) durante 6
meses em comparação ao grupo controle, dentre esses resultados o aumento do VO²
máximo, diminuição no IAH, aumento na porcentagem da FEVE, que são preditores em
pacientes com IC e AOS, embora os resultados não tenham demonstrado melhorias no
TC6 (teste de caminhada de 6 minutos) e na escala de sonolência de Epworth, os
resultados foram acima do grupo controle.
Arikawa et. al. (2016), em seu ensaio clínico abordou pacientes com ICFEP e AOS, e não
apresentou melhoras significativas, embora a readmissão hospitalar e mortalidade,
agravamento da insuficiência cardíaca, acontecimentos isquêmicos ou arritmia de início
recente, em nenhum dos doentes com ou sem apneia obstrutiva do sono tenha ocorrido, o
autor encontrou limitações consideráveis em seu ensaio, dentre eles a IC dos pacientes se
mostrou leve em comparação a população geral com insuficiência cardíaca com fração de
ejeção normal (ICFEN) portanto os resultados possam ter sido tendenciosos em relação
aos pacientes com ICFEP escritos, contudo o CPAP em estudos anteriores demonstrou
melhora na FEVE, igualmente Fox et.al. (2021) demonstrou em seus resultados
supracitados, no que resulta a necessidade de uma triagem adicional da disfunção
diastólica ventricular esquerda em indivíduos com apneia obstrutiva do sono, para um
resultado menos tendencioso.
Hamaoka et.al. (2020), aborda a relação entre a gravidade da AOS e o risco
cardiovascular, enfatizando a importância de avaliar não apenas o IAH, mas também a
atividade do sistema nervoso autônomo, que pode elevar a gravidade da AOS
complicando não apenas riscos cardiovasculares, mas sistêmicos de forma geral,
Hamaoka et.al. (2020) conclui que o tratamento com CPAP é eficaz na prevenção de
doenças cardiovasculares em pacientes com AOS grave, por sua vez se torne insuficiente
para níveis mais elevados de AOS, necessitando de um tratamento médico sistêmico
adicional. O uso do BIPAP pode se tornar mais eficientes nesses casos como relata
Khayat et.al. (2020) por se tratar da utilização de dois níveis, estudos adicionais sobre a
utilização correta desses modos devem ser incentivados, Khayat em seu ensaio clínico
traz a utilização desse modo, embora seu estudo traga pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva (ICC) e hospitalizados, seu método utiliza apenas 3 horas por noite a
VNI, em comparação Fox et.al. (2021), nos apresenta a necessidade de uma média de
mais ou menos 5 horas por noite, e aponta redução na FEVE, porém estudos adicionais
são incentivados para uma melhor eficácia dos modos utilizados. Assim como Servantes
et.al. (2018) aponta a utilização combinada de exercícios e CPAP, diminuindo
progressivamente a gravidade da AOS, reduzindo o IAH, aprimorando o
condicionamento físico e controlando a obesidade, um fator preditivo comum em
pacientes com IC e AOS, é possível melhorar a qualidade de vida e oferecer uma
alternativa viável para investigações futuras. Diante dessa perspectiva, encoraja-se a
condução de estudos posteriores direcionados a indivíduos que sofrem de AOS e IC e que
não têm acesso ou não aderem ao tratamento com CPAP e BIPAP.
Todos os artigos comprovam a eficácia tanto do CPAP quanto do BIPAP no tratamento
da AOS e da IC, quer esses fenômenos sejam abordados de maneira isolada ou em
simultaneidade. Basta que se realize um estudo mais aprofundado de seus parâmetros e
viabilidade junto ao paciente, proporcionando um maior nível de conforto durante o
tratamento e assegurando maior precisão no processo terapêutico.
5 CONCLUSÃO:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ARIKAWA, Takuo et al. Impact of Obstructive Sleep Apnoea on Heart Failure with
Preserved Ejection Fraction. Heart, lung & circulation, [S. l.], p. 435-41, 18 out. 2015.
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 20 ago. 2023.
FOX, Henrik et al. Automatic positive airway pressure for obstructive sleep apnea in heart
failure with reduced ejection fraction. Clinical research in cardiology, [S. l.], p. 983-992, 10
jul. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 20 ago. 2023.
HAMAOKA, Takuto et al. Different prognosis between severe and very severe obstructive
sleep apnea patients; Five year outcomes. Journal of cardiology, [S. l.], p. 573-579, 30 jun.
2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 20 ago. 2023.
KHAYAT, Rami N et al. In-Hospital Management of Sleep Apnea During Heart Failure
Hospitalization: A Randomized Controlled Trial. Journal of cardiac failure, [S. l.], p. 705-
712, 24 jun. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 ago. 2023.
SERVANTES, Denise Maria et al. Effects of Exercise Training and CPAP in Patients With
Heart Failure and OSA: A Preliminary Study. Chest journal, [S. l.], p. 808-817, 10 set.
2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 22 ago. 2023.
FIGURA 1: Fluxograma
Tabela 1: Quadro de resultados
Autor Título Journal Objetivo do artigo Método Conclusão
Fox et. Automatic positive Clinical Avaliar o impacto da VNI Estudo A terapia APAP demonstrou melhoras
Al. (2021) airway pressure for Reserach e na capacidade de piloto significativas no resultado em
Ger obstructive sleep in exercício cardiopulmonar randomizad comparação ao grupo controle,
apnea in heart Cardiolog e na qualidade de vida em o e demonstrando efeitos benéficos
failure with reduced y pacientes com AOS e controlado adicionais na hipoxemia, função
ejection fraction ICFEr cardíaca e qualidade de vida.
Arikawa Impact of Heart Avaliar distúrbios Ensaio Estes resultados sugerem que a apneia
et. Al. Obstructive Sleep Lunge and respiratórios relacionados clínico obstrutiva do sono, mesmo quando
(2016) Apnoea on Heart Circulatio ao sono por meio de tratada adequadamente com CPAP,
AUS Failure with n polissonografia em pode piorar a função cardíaca e os
Preserved Ejection pacientes com ICFEN. resultados a longo prazo.
Fraction
Hamaoka Different prognosis Journal of Comparar O tratamento Ensaio O tratamento médico sistêmico para a
et. Al. between severe and Cardiolog médico sistêmico para a clínico carga de risco relacionada à AOS, além
(2020) very severe y carga de risco relacionada prospectivo do tratamento rigoroso com CPAP, pode
JAP obstructive sleep à AOS, além do ser necessário para prevenir eventos
apnea patients; Five tratamento rigoroso com cardiovasculares em pacientes com
year outcomes CPAP, pode ser AOS muito grave.
necessário para prevenir
eventos cardiovasculares
em pacientes com AOS
muito grave.
Khayat In-Hospital Journal of Avaliar uma abordagem Ensaio O tratamento com BIPAP foi seguro,
et. Al. Manegament Of Cardiac sistemática para a clínico mas não demonstrou melhoras
(2020) Sleep Apmea Failure identificação e tratamento randomizad significativas na FEVE alta em
EUA During Heart da AOS durante o e pacientes com IC descompensada e
Failure hospitalizações com controlado AOS recém diagnosticada, e o uso do
Hospitalization- A ICAD em um estudo com BIPAP se mostrou adequado com uso
randomized poder adequado. no período após 6 meses.
controleed trial
Servantes Effects of Exercise Chest Avaliar efeitos do Ensaio Neste estudo observamos que o
et. Al. Training and CPAP Journal treinamento físico, do clínico exercício supervisionado melhorou
(2018) in Patients With tratamento com CPAP e randomizad modestamente o IAH, trazendo
BRA Heart Failure and de uma combinação de o e diminuição na sonolência diurna e
OSA ambas, no desempenho controlado melhora na qualidade de vida, este
cardiopulmonar e na resultado implica na terapia CPAP não
qualidade de vida em demonstrar o efeito esperado em vários
pacientes com AOS e IC. resultados da AOS.