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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÓMICAS

CURSO DE AGRO-PECUARIA 3º ANO

PARASITOLOGIA E DOENCAS PARASITARIAS

ABEL VICTOR

EDSON ANTONIO

HÉLIO ESTEU ARIANDE

ISABEL SISINIO OLÍMPIO ARTUR

MBERICH BENSON OSSIFO

SHAROM VANESSA DE MELO RAMOS

WAZIL AMADE

2º GRUPO

PARASITA E PARASITOSES DOS SUINOS

Quelimane

2022
ABEL VICTOR

EDSON ANTÓNIO

HÉLIO ESTEU ARIANDE

ISABEL SISINIO OLIMPIO ARTUR

MBRICH OSSIFO BENSON

SHAROM VANESSA DE MELO RAMOS

WAZIL AMADE

2º Grupo

Parasita e parasitoses dos Suinos

Trabalho de carácter avaliativo a


ser submetido no departamento de
ciências agrarias no curso de agro-
pecuária na cadeira de parasitoogia
e doencas parasitarias leccionada
pelo Drº Jovêncio Sada

Quelimane

2022
Índice
Capitulo I...........................................................................................................................4
1. Introdução......................................................................................................................4
1.2.Objetivos Geral............................................................................................................4
1.3. Específicos..................................................................................................................4
1.4 Metodologia.................................................................................................................4
2.3 Danos casados por parasitoses.....................................................................................5
2.4. Principais parasitas responsáves pela migração larval...............................................6
2.5. Principais parasitas de suínos e suas consequências..................................................6
2.6. Importância das helmintoses em suínos.....................................................................6
Tipos de danos causados por helmintos............................................................................6
2.6. Localização das parasitoses que afetam os suínos resumo.........................................7
3.Principais parasitas e parasitoses em Suínos..................................................................7
3.1. Teasis ou cisticercose.................................................................................................7
3.1.2. Ascaridíase..............................................................................................................9
Ascaris suum.....................................................................................................................9
2.7. Tricuriase..................................................................................................................10
2.8. Estrongiloidiase........................................................................................................11
3.1. Esofagostomiase.......................................................................................................11
3.2. Hiostrongilose...........................................................................................................12
3.3. Estefanorose.............................................................................................................13
3.4. Metastrongilose........................................................................................................15
3.5. Acantocefalídeo- achatado.......................................................................................15
III. Conclusão..................................................................................................................17
IV. Bibliografia consultadas............................................................................................18
Capitulo I
1. Introdução
No presente trabalho vai se abordar os temas em relação os parasitas e as parasitoses
do interesse dos, Parasitose em Suínos são doenças diretamente relacionadas com
precariedades sanitárias a vulnerabilidade nas pastagens. Atingindo assim o intestino delgado
ou grosso dos mesmos. Dos parasitas de suínos, destacam-se os que acometem principalmente
o sistema gastrointestinal, dentre eles os mais comuns são Ascaris suum, Oesophagostomum
dentatus, Trichuris suis, Strongyloides ransomi, Trichostrongylus suis, Metastrongylus salmi,
Hyostrongylus rubidus, Stephanurus dentatus, Fascíola hepática (AGUIAR, 2009).

1.2.Objetivos Geral
 Falar em torno dos parasitas e parasitoses que afetam os suínos.

1.3. Específicos
 Conhecer Aspectos gerais de parasitoses e parasitas em suínos;
 Conhecer o ciclo de vida dos parasitas;
 Descrever os principais sintomas das doenças causadas por parasitas.

1.4 Metodologia
Segundo LAKATOS &MARCONI (2001) a metodologia e a capacidademinuciosa
detalhada e exata de um trabalho de pesquisa. Tambem e intendido como o cojunto de
procedimento a ser utilizada na elaboracao de um trabalho de conhecimento, Portanto, para a
elaboracao deste trabalho, foi possivel recorrerse em algumas consultas bribliograficas.

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Capitulo II

2.1. Parasita e parasitose em animais Suínos

Parasita e um organismo nocivo que vive em associação com um hospedeiro.


Parasitose em Suínos são doenças diretamente relacionadas com precariedades sanitárias a
vulnerabilidade nas pastagens. Atingindo assim o intestino delgado ou grosso dos mesmos.

Dos parasitas de suínos, destacam-se os que acometem principalmente o sistema


gastrointestinal, dentre eles os mais comuns são Ascaris suum, Oesophagostomum dentatus,
Trichuris suis, Strongyloides ransomi, Trichostrongylus suis, Metastrongylus salmi,
Hyostrongylus rubidus, Stephanurus dentatus, Fascíola hepática (AGUIAR, 2009).

2.3 Danos casados por parasitoses


Os principais danos causados são aqueles que de forma direta ou indireta podem
influenciar na absorção dos nutrientes necessários para subsistência do animal. Dentre eles,
cita-se as lesões intestinais, perda de proteínas, alteração do peristaltismo, e obstrução em
casos de alta carga parasitária, bem como causar lesões em outros órgãos, de acordo com o
parasita envolvido (SILVA, 2011).

A presença de parasitas provoca efeitos deletérios nos suínos, acarretando em um


desenvolvimento retardado com falha na conversão alimentar consequente da redução de peso
diário, diminuição da imunidade frente a outras doenças, além do aumento da morbidade e
com a evolução da doença o animal pode sucumbir e vir a óbito (AGUIAR, 2009).

Outro fator importante é a diminuição de proteínas mobilizadas para o crescimento


muscular (SILVA, 2011). Em matrizes, a parasitose leva a redução na capacidade de
fecundação, manifestação de cios irregulares, diminuição do número de leitões nascidos, além
de apresentarem baixo peso ao nascer e ao longo do seu desenvolvimento (FORMIGA et al,
1980; ANTUNES et al, 2011).

Em decorrência a esses fatores nocivos, acaba gerando perdas econômicas


importantes, como exemplo, o aumento dos custos de produção para manter os suínos nas
unidades produtoras e o descarte das vísceras após inspeção durante o processo de abate.

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2.4. Principais parasitas responsáveis pela migração larval
O desenvolvimento dos parasitas pode envolver todo o sistema gastrointestinal ou
ficar limitado a mucosa. Alguma espécie, quando no estágio larval acabam migrando para
outros órgãos e esse processo é comum durante o ciclo de alguns nematoides (TAYLOR et al,
2017). Frente a essa informação, destaca-se o Ascaris suum e Stephanurus dentatus como os
principais responsáveis por comprometer o fígado com a presença de lesões de migração
larval (AZEVEDO). FORMIGA et al, 1980; ANTUNES et al, 2011.

2.5. Principais parasitas de suínos e suas consequências


As parasitoses são um dos problemas que acomete principalmente as criações
extensivas, por outro lado, caso ocorra um manejo inadequado nas instalações de criação
intensiva, irá influenciar no aparecimento e proliferação de parasitas, bem como, a entrada de
outros agentes patogênicos (CARNEIRO, 2016; ANTUNES et al., 2011; DALLA COSTA et
al., 2000).

A intensidade do parasitismo nos suínos depende de inúmeros fatores, dentre eles, a


forma do sistema de criação, a idade do animal, o manejo sanitário empregado na granja, o
grau de contaminação presente no local e se os suínos possuem contato com outros animais
(FAUSTO, 2015; AGUIAR, 2009).

Em relação a idade de maior susceptibilidade aos parasitas, encontra-se a fase


pósdesmame, nos quais a infecção parasitaria é mais danosa, enquanto os suínos adultos são
considerados como mantenedores da infeção parasitária no ambiente.

2.6. Importância das helmintoses em suínos


As helmintoses podem levar a redução na conversão alimentar, no ganho de peso
diário e morte. Podem favorecer a ocorrência de infecções secundárias. Podem levar ao
descarte de vísceras no abatedouro. Exigem um controle preventivo constante.

Tipos de danos causados por helmintos


Danos mecânicos: migrações larvares por órgãos e tecidos, contato com as mucosas
causa irritação, abre caminho para infecções bacterianas.

Espoliação alimentar: os parasitas intestinais consomem parte do alimento ingerido


pelos animais

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Anemia: ocorre em parasitas que consomem grande quantidade de sangue ou levam a
hemorragias (Oesophagostomum, Hyostrongylus e Trichuris). Estresse: difícil de se avaliar.

2.6. Localização das parasitoses que afetam os suínos resumo


Tabela 1. Localização das parasitoses que afetam os suínos (DAPTADO 2022)

1 Pulmões Metastrongylus spp


2 Estômago Hyostrongylus rubidus Ascarops
strongylina Physocephalus sexalatus
3 Intestino delgado Strongyloides ransomi Ascaris suum
4 Intestino grosso Oesophagostomum spp. Trichuris suis
5 Rins Stephanurus dentatus

Tipos de ciclo das parasitoses que afetam os suínos

Tabela 2. Ciclo das parasitoses que afetam os suínos (ADAPTADO 2022)

Ciclo e transmisao Parasitoses


Directo
Ovo larvado Ascaris suum e Trichuris suis
Larva ou colostro Strongyloides ransomi
Larva de vida livre Oesophagostomum spp. Hyostrongylus rubidus
Stephanuros dentatus
Indirecto
Minhoca Metastrongylus spp.
Besouros Ascarops strongylina Macracanthorhynchus sp

3.Principais parasitas e parasitoses em Suínos

3.1. Teniase ou cisticercose


Os cisticercos de T. solium localizam-se em diversos tecidos, como o subcutâneo,
muscular, nervoso e olhos.

Teníase, ou solitária

Na teníase, normalmente é encontrado um único verme no intistino do hospedeiro.


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Agente etiológico Taenia solium

Ciclo de vida da taenia solium

O ciclo de Taenia spp. é heteroxênico, envolvendo um hospedeiro definitivo, o


homem, que alberga a forma adulta do parasito, e um hospedeiro intermediário, o suíno ou o
bovino, que albergam as formas larvárias (cisticercos) de T. solium respectivamente Quando
o homem ingere carne suína ou bovina, crua ou malcozida, contaminada com cisticerco, o
escólex se desenvagina por estímulo do suco gástrico e se fixa na mucosa intestinal por meio
das ventosas e, no caso de T. solium, por meio também dos acúleos. Em seguida, inicia seu
crescimento formando os proglotes jovens, que depois se tornam maduros e finalmente
grávidos. Os proglotes grávidos, à medida que se enchem de ovos, vão se destacando no
momento do esforço da defecação e são eliminados com as fezes para o meio exterior.

Transmissão o Suino adquire a cisticercose quando ingere ovos de T. solium,


presentes nas pastagem verde ou secass, ou na água contaminada

Mecanismos de ação

O parasito consome grande quantidade de nutrientes do hospedeiro, que são


absorvidos por meio de protuberâncias existentes ao longo do corpo, denominadas
microtríqueas.

Sintomas

Os sintomas que podem ocorrer são: indisposição abdominal, náuseas, vômitos,


bulimia e desnutrição, especialmente quando há mais de um exemplar do parasito.

Diagnóstico

O diagnóstico da teníase é feito pelo exame parasitológico de fezes para pesquisa de


proglotes e ovos do parasito. Recomenda-se o método da tamização, que é o mais indicado
para o diagnóstico da teníase e consiste na lavagem de todo o bolo fecal em peneira à procura
de proglotes.

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Figura 1. Ciclo de vida da taenia solium Fonte: O autor (2018).

3.1.2. Ascaridíase
É uma parasitose causada por Ascaris suum, normalmente ataca o intestino delgado.

Agente etiologico‫ ׃‬Ascaris suum

Ascaris suum
O ovo possui uma parede grossa e resistente a dissecação e agentes químicos. Podem
permanecer viáveis por até 6 anos em criações ao ar livre. O desenvolvimento do embrião e
da larva é dependente de temperatura que deve estar acima de 15o C.

Ciclo de Vida

O Ascaris suum apresenta como principal hospedeiro o suíno e local de predileção o


intestino delgado (AGUIAR, 2009; VIEIRA et al., 2006). Os ovos do parasita são liberados
junto com as fezes do animal, contaminando o ambiente e o suíno se infecta através da via
orofecal principalmente (FAUSTO, 2015). Entretanto, o animal pode ainda se infectar através
da ingestão de minhocas ou besouros coprófagos, caso esses hospedeiros tenham entrado em
contato com os ovos (TAYLOR et al., 2017). Na presença de temperaturas entre 22ºC a 26ºC
e umidade (TAYLOR et al., 2017), os ovos presentes nas fezes passam por transformações até
atingirem o 3º estágio (L³), considerado como infectante.

O animal é exposto a infecção ao entrar em contato com as fezes contaminadas e em


leitões durante a amamentação. Após a ingestão acontece a eclosão do ovo no intestino

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delgado. Em seguida a larva realiza a penetração da mucosa intestinal, migrando em direção
ao fígado, através da corrente sanguínea.

Mais tarde, segue em direção aos pulmões por meio da corrente sanguínea e ao passar
pela traqueia podem ser deglutidas e voltar para o intestino delgado, onde prevalecerá a forma
adulta e posteriormente a liberação dos ovos nas fezes (TAYLOR et al., 2017; URQUHART
et al., 1999). Devido a migração das larvas, o fígado apresentara manchas esbranquiçadas, ou
seja, cicatrizes desenvolvidas em decorrência de uma reação inflamatória e conseguinte
necrose celular. Do mesmo modo, o parasita induz uma pneumonia verminótica no animal em
razão da passagem larval durante o ciclo, predispondo a entrada de agentes oportunistas.

Figura.2. Imagem do ciclo de vidaascaris suum life cycle.... Fonte: SIF Nº 140
(2018).

2.7. Tricuriase
É uma parasitose infeciosa causada pelo agente etiológico Trichuris suis, caracterizada
por diarreias em suinos em crescimento.

Agente etiológico‫ ׃‬Trichuris suis

Animais em fase de crescimento Frequente nas criações de suínos, pode ocorrer em


primatas e humanos. Localização- Intestino grosso Período pré patente de 6 a 7 semanas Vida
de 4 a 5 meses Ovos podem permanecer viáveis por até 6 anos e levam de 3 a 4 semanas para
tornar-se infectantes.

Ciclo de vida
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No intestino delgado e ceco os ovos se rompem e a L1 é liberada. A larva penetra nas
criptas e permanece 2 semanas migrando da lâmina própria para submucosa. O
desenvolvimento na luz ocorre na 3o semana pós infecção.

A porção anterior do parasita permanece na submucosa Causa destruição de


enterócitos e ulceração da mucosa- infecções secundárias.

Sintomas são anorexia, diarreia com muco e sangue, desidratação e morte Diferenciar
de disenteria suína.

2.8. Estrongiloidiase
É uma parasitose causada por Strongyloides ransomi, causando dores abdominais e
diarreia.

Agente etiológico‫ ׃‬Strongyloides ransomi

É um importante parasita em leitões lactentes.

Ocorre com maior frequência em regiões de clima quente. Pode infectar o leitão
através da pele, do colostro, via oral ou durante a gestação. Apenas fêmeas são parasitas. Os
adultos são microscópicos. Há gerações de machos e fêmeas de vida livre.

Infecção percutânea -ppt- 6-10 dias, migração pulmonar. Infecção via colostro- ppt 4
dias após nascimento, v. Infecção pré-natal- ppt 2-3 dias. Larva nos tecidos fetais, migração.
Lesões cutâneas, diarreia, desidratação, morte Diagnóstico- identificação de ovos nas fezes e
formas adultas no intestino.

3.1. Esofagostomiase
É uma parasitose causada por parasita do gênero Oesophagostomum, causando
nódulos mineralizados suberosos que são características da infecção.

Agente etiologico‫ ׃‬Oesophagostomum spp.

Animais com mais de 3 meses são mais suscetíveis O. dentatum, e O.


quadrispinulatum são os mais comuns, mas existem outras espécies. Parasita o intestino
grosso. O suíno ingere as larvas infectantes na pastagem, ou se contaminam através de moscas
e roedores. Larva pode permanecer viável por até 1 ano no ambiente. Período pré patente : 3
semanas

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Ciclo de vida

L1 emerge dos ovos e desenvolve-se até L3 (1 sem.) L3 penetra na mucosa do ceco e


do cólon e muda para L4, onde fica 2 semanas formando nódulos, emergindo para a luz
intestinal após este período. A formação dos nódulos e a necrose dos mesmos pode levar a
infecções secundárias. Pode ocorrer enterite fibrinonecrótica. Diagnóstico- ovos podem ser
confundidos com Hyostrongylus, cultura das larvas

3.2. Hiostrongilose
É uma parasitose que se caracteriza por uma gastrite cataral, por vezes diftéricas com
ulcerações e secreções de um muco viscoso.

Hyostrongylus rubidus

Animais adultos Localiza-se no estômago. Ocorre principalmente em animais criados


em pastagem. Animais afetados podem não apresentar sintomas, quando a carga parasitária é
alta há gastrite, edema, hiperplasia da área glandular, úlcera gástrica. São sugadores de
sangue- coloração vermelha.

Período pré patente: 3 semanas

Ciclo de vida

Ovos se desenvolvem no solo até L3. L3 penetra nas glândula estomacais e


permanecempor 2 semanas, retornado a luz como L5. Larvas podem permanecer na mucosa
por vários meses formando nódulos. Diagnóstico: os ovos são confundidos com os do
Oesophagostomum spp. Cultura das larvas.

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Fonte: SIF Nº 140 (2018).

3.3. Estefanorose
É uma doença parasitaria causada por Stephanurus dentatus, este parasita causa danos
no fígado, rins e pulmões.

Agente Etiológico‫ ׃‬Stephanurus dentatus

Parasita animais adultos Parasita renal. Mais comum em animais criados em pastagem
e clima quente. Adultos são encontrados em cistos na gordura perirenal com aberturas
fistulares nos uretéres, rins e sítios erráticos como pâncreas, musculatura lombar, medula
espinal e pulmões.

Período pré patente: superior a 9 meses, ovos eliminados por até 3 anos.

Ciclo de vida

Ovos são eliminados em grande quantidade na primeira urina da manhã, eclodem em


1-2 dias em locais úmidos e sombrios. L3 torna-se infectante em 3-5 dias. L3penetra através
da pele ou é ingerida. Migração larvar. Infecção renal é comum em fêmeas com mais de 2
anos, mas lesões hepáticas podem ser encontradas em animais de abate.

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Stephanurus dentatus Fonte: SIF Nº 140 (2018).

O Stephanurus dentatus ocorre principalmente em regiões quentes e é responsável por


causar a doença conhecida como Estefanurose. Acomete em especial o fígado, rim e os
pulmões (AZEVEDO et al., 2009). Os animais mais susceptíveis são os suínos criados ao ar
livre e em instalações com condições higiênicas e sanitárias insalubres (URQUHART et al.,
1999).

O suíno pode-se infectar através da ingestão da larva em 3º estágio; do hospedeiro


intermediário ou se infectar pela via percutânea. Após a entrada no organismo, a larva faz a
muda e migra para o fígado, passando do intestino para a circulação e ao chegar no
parênquima hepático, os parasitas se movimentam por um período de três meses em média até
perfurarem a cápsula do fígado e passarem para a cavidade peritoneal. Por fim, migram em
direção à gordura perirrenal e quando adultas acometem os ureteres devido a formação de um
cisto,

Contudo, podem afetar os rins, os cálices renais e a pelve renal. Apresentando um


período prépatente de 6 a 19 meses (TAYLOR et al., 2017; URQUHART et al., 1999).
Devido à migração das larvas pelo fígado, pode haver ocasionalmente inflamação, abcessos e
insuficiência hepática em casos mais graves (AZEVEDO et al., 2009). O animal que estiver
infectado, geralmente apresenta incapacidade em ter um desenvolvimento adequado em
comparação com os outros animais considerados saudáveis presentes no mesmo rebanho

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3.4. Metastrongilose
É uma parasitose que causa pneumonia causado pelo Metastrongylus spp,
normalmente são encontrados nos bronquites.

Agente Etiológico‫ ׃‬Metastrongylus spp

Ciclo de vida

Metastrongylus elongatus (mais comum), M. pudendotectus e M. salmi. Ocorrem nos


brônquios e bronquíolos, principalmente nos lobos diafragmáticos. Período pré-patente: 4
semanas. Ovos larvados saem dos brônquios em acessos de tosse, são deglutidos e eliminados
nas fezes. Minhocas ingerem os ovos que eclodem liberando L1, muda para L2 e L3. A larva
infectante surge após 10 dias e é ingerida pelo suíno quando ele ingere a minhoca. As L3
penetram no intestino delgado e migram para os linfonodos mesentéricos, aonde elas mudam
para L4. As L4 vão para o coração direito e para o pulmão, e mudam para L5 (adultos).
Parasitas, muco e exudato causam oclusão de brônquios, induzindo a atelectasia e causando
tosse. Diagnóstico- é difícil detectar ovos nas fezes, pesquisar adultos no pulmão à
necrópsia.

3.5. Acantocefalídeo- achatado


Agente Etiologico‫ ׃‬Macracanthorhyncus hirudinaceus
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Ciclo de vida

Acantocefalídeo- achatado Adultos em intestino delgado (jejuno) podendo causar


peritonite. Hospedeiro intermediário- Besouro (coleópteros) Período pré patente: de 3 a 6
meses

Macracanthorhyncus hirudinaceus Fonte: SIF Nº 140 (2018).

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III. Conclusão
Os principais danos causados são aqueles que de forma direta ou indireta podem
influenciar na absorção dos nutrientes necessários para subsistência do animal. Dentre eles,
cita-se as lesões intestinais, perda de proteínas, alteração do peristaltismo, e obstrução em
casos de alta carga parasitária, bem como causar lesões em outros órgãos, de acordo com o
parasita envolvido.A presença de parasitas provoca efeitos deletérios nos suínos, acarretando
em um desenvolvimento retardado com falha na conversão alimentar consequente da redução
de peso diário, diminuição da imunidade frente a outras doenças, além do aumento da
morbidade e com a evolução da doença o animal pode sucumbir e vir a óbito (AGUIAR,
2009).

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IV. Bibliografia consultadas
COURA, José Rodrigues. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 1121 p. vol. 1.

FAUSTO, 2015; AGUIAR, 2009; FERREIRA et al., 2011, D’ALENCAR et al.,


2006; MOTA et al., 2003).

LIGNON, G.B.; FORMIGA D.N.; MARQUES S.M.T. et al. Prevalência e aspectos


do controle de nematódeos gastrintestinais em suínos. Concórdia-Santa Catarina.
EmbrapaCNPSA. Comunicado técnico n.17, p. 1-3, jan. 1981.

LIGNON, G. B.; SOBESTIANSKY, J.; MORES, N.; GUIDONI, A. L. Ação do


oxibendazole frente à migração de larvas de Ascaris suum em suínos. Comunicado Técnico,
EMBRAPA, CNPSA. n. 86, abr/85, p.1-3, 1985.

AZEVEDO, F. F.; LOPES, R. M. G.; NEVES, M. F. Stephanurus dentatus. Revista


científica eletrônica de medicina veterinária. Ano VII, n. 12, Janeiro, 2009.

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