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Brenda Andre Papo Seco

Judite Henriques Arrasse

Mauricio Doglas Camudyunji

Niquinha Aube

Pelé Marcelino Enginheiro

Saoninha Ana Pascoal

Yazalde Inácio Baptista

Doenças das principais culturas em Moçambique ( Sintomas, etiologia e controlo)

(Licenciatura em Agropecuária)

Universidade Rovuma

Extensão do Niassa

2023
Brenda Andre Papo Seco

Judite Henriques Arrasse

Mauricio Doglas Camudyunji

Niquinha Aube

Pelé Marcelino Enginheiro

Saoninha Ana Pascoal

Yazalde Inácio Baptista

Doenças das principais culturas em Moçambique ( Sintomas, etiologia e controlo)

(Licenciatura em Agropecuária)

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de


Fitopatologia e Fitofarmacologia, a ser entregue no
Departamento de Ciências Alimentares e Agrárias,
sob orientação do Eng˚ Matias Saide Baysse

Universidade Rovuma

Extensão do Niassa

2023
Índice
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 4
1.1.1.Objectivos gerais .............................................................................................. 4
1.1.1.1.Objectivos específicos ................................................................................... 4
1.1.2.1.2.Metodologias .............................................................................................. 4
2.Alface............................................................................................................................. 5
2.1.DOENÇAS DA PARTE AÉREA ........................................................................... 5
3.Míldio (Bremia lactueae Regei) .................................................................................... 6
3.1.Medidas de controle ................................................................................................ 7
3.1.2.Septoriose (Sepl/JIia lacrucac Pass.) ................................................................ 7
3.1.2.Medidas de controle ......................................................................................... 8
4. Mancha-de-cercóspora ICercospora longlssima Cugini ex Traverso non Cooke &
Ellis) ................................................................................................................................. 8
4.1.Medidas de controle ................................................................................................ 9
5.Doenças da cultura de alho e Cebola ........................................................................... 10
5.1. Etiologia .............................................................................................................. 10
5.1.2.Sintomas ......................................................................................................... 10
5.1.2.3. Míldio – Peronospora destructor (Berk) Casp. ex Berk ............................. 11
5.1.2. Etiologia ............................................................................................................ 11
5.2.3. Sintomas ........................................................................................................ 11
6.O controlo da doença ................................................................................................... 12
6.1.Mancha-púrpura – Alternaria porri (Ellis) Cif. .................................................... 12
6.1.2. Etiologia ........................................................................................................ 12
6.1.3.Sintomas ......................................................................................................... 12
7.O controlo da doença .................................................................................................. 13
7.1.Antracnose-foliar – Colletotrichum gloeosporioides f. sp. cepae (Penz.) Penz. &
Sacc. ............................................................................................................................ 13
8. DOENÇAS DE BATATA-RENO ............................................................................. 14
8.1. MILDIO ............................................................................................................... 15
9.MANCHA CONCÊNTRICA (ALTERNARIA SOLANI) ......................................... 16
9.1. MURCHA BACTERIANA ................................................................................. 16
9.1.2. Podridão Seca (Fusarium Spp) ......................................................................... 17
9.2.3. Doenças da cultura de Mandioca .................................................................. 18
10.Mosaico africano da mandioca (CMD) ..................................................................... 19
11. Mancha castanha....................................................................................................... 25
11.1. DOENÇAS DO TOMATEIRO ......................................................................... 28
11.1.2. VIRA-CABEÇA-Tospovirus ...................................................................... 28
12.Mosaico comum-tomatomosaicvirus ToMV ............................................................. 29
13. RISCA OU MOSAICO Y- Potato virus Y ............................................................... 31
14. Conclusão ................................................................................................................. 33
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 34
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1.INTRODUÇÃO
As doenças de plantas são conhecidas há muito tempo, praticamente desde o início da
agricultura. Considera-se que, como ciência, seu início foi apenas no século XIX, em
1861 quando De Bary demonstrou que a causa da doença requeima da batata era um
fungo, Phytophthora infestantes.

A história da Fitopatologia, normalmente é apresentada em fases que acompanham o


Desenvolvimento da agricultura e do homem. Didaticamente, o histórico é separado em
períodos de acordo com o enfoque principal para a causa e efeito, ou seja, o patógeno,
as condições ambientes, a epidemiologia. Sendo assim nos iremos aboradar algumas
doeças que ataca nas seguintes culturas : Alface, alho e cebola, batata-reno, mandoca e
tomateiro.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivos gerais
Compreender os diferentes tipos de doenças e métodos de controle de doenças nas
plantas.

1.1.1.1.Objectivos específicos
 Destingir diferentes tipos de doenças e métodos de controlo de doenças nas
culturas: alface;alho e cebola, mandioca tomateiro e batata-rena.
 Colectar as informações obtidas de método de controlo de doenças nas plantas.

1.1.2.1.2.Metodologias
O trabalho beneficia-se do método bibliográfico que cingiu-se na consulta de obras de
vários autores; tem uma estrutura de um trabalho científico onde a sua mancha gráfica
fazem parte os seguintes elementos: capa e folha de rosto: onde aparece a identificação
dos estudantes, o tema, o nome da cadeira e do docente, a finalidade do trabalho e o ano
em que este está sendo produzido. Introdução: o tema. No desenvolvimento, contem de
forma detalhada o que fez se menção na introdução como tema do trabalho. Na
conclusão: consta a percepção dos estudantes devendo responder os objectivos
apresentados na introdução e a bibliografia: parte onde aparece a descrição ou a
listagem dos autores que os estudantes usaram para a concretização do trabalho.
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2.Alface
A alface (Lactuca sativa L.) é uma das hortaliças mais presentes na mesa dos brasileiros,
sendo cultivada em todo o território nacional.

A cultura da alface está sujeita ao ataque de várias doenças e pragas, fazendo com que o
produtor normalmente necessite lançar mão do controle qurmico que, embora garanta
uma boa aparência do produto, pode acumular-se como resíduos nas folhas e
comprometer a saúde do consumidor. Cerca de 75 doenças transmissíveis, ou seja,
causadas por fatores bióticos como bactérias, fungos, nematóides e vírus, já foram
relatadas em alface no mundo. A maioria, no entanto, é de origem virótica, em grande
parte ainda não presente em Moçambique. (JESUS, et al., 2010; VIEIRA et al., 2006).

Além dessas doenças, a cultura pode apresentar distúrbios fisiológicos não-


transmissíveis, geralmente associados à nutrição da planta. Plantas mal nutridas, por sua
vez, tornam-se mais vulneráveis ao ataque de patógenos. As folhas de alface são
consumidas cruas e podem conter microrganismos patogênicos ao homem, caso tenham
sido irrigadas, pulverizadas ou lavadas após a colheita em água contaminada.

2.1.DOENÇAS DA PARTE AÉREA


Por afetarem diretamente o órgão comercializável, as doenças da parte aérea da alface
não é tolerável e devem ser cuidadosamente controladas. Muitas vezes os propágulos
dos patógenos responsáveis por essas doenças são provenientes da lavouras vizinhas.
onde o controle fitossanitário eventualmente não é feito de forma adequada. Em outros
casos, ocorre que a doença aparece já na sementeira. com mudas sendo contaminadas
através de sementes infectadas ou infestadas com patogenos, de propágulos de
patogenos vindos de lavouras próximas estabelecidas, ou da transmIssão por insetos-
vetores. como nas doenças de origem virotica.

Deste modo, todo cuidado tomado nesta etapa da produção é valioso e compensador. já
que o uso de mudas sadias é o passo inicial para o sucesso da lavoura. Com vistas ao
controle preventivo de doenças da parte aérea, alguns desses cuidados são: o uso de
sementes de boa qualidade, produzidas por firmas idône· as; o emprego de telas à prova
de pulgões e tripes; a limpeza do local e eliminação de plantas daninhas; restrição de
entrada de circulação de visitantes. Além da vistoria constante das mudas.
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3.Míldio (Bremia lactueae Regei)


É uma das principais doenças da alface, tanto em campo como em cultivos protegidos.
Chega a ser limitante em localidades onde a temperatura é baixa e as folhas ficam
constantemente molhadas por irrigação, chuva Ou pelo orvalho. Em regiões mais secas,
como no Brasil Central, a intensidade da doenca varia consideravelmente em
decorrência da época de prantio e do manejo da cultura, em função do método e da
freqüência da irrigação utilizados. As manchas provocadas pelo mlldio são verde··claras
ou amareladas, de diferentes tamanhos e geralmente delimitadas pelas nervuras (Figura
1'. São mais facilmente identificadas na parte mferior da folha, onde, sob alta umidade.
percebe-se a esporulaçao pulverulenta do fungo. Sob ataque severo, pode-se observar
uma descoloração dos tecidos internos do caule, devido â invasão sistêmica do fungo. A
doença se inicia em decorrência de uma ou mars das seguintes fontes de inóculo:
semente infectada, solo infestado com estruturas de sobrevivência denominadas
oosporos, restos de plantas não suficientemente decompostos do cultivo anterior ou
esrru[Uras do fungo carreadas pelo vento, oriundas de plantas doentes de cultivos
vizinhos. (Agrios, 2005)

Image1 ilustra a doença de mildo (Bedendo, 1995).


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3.1.Medidas de controle
 Utilizar sementes de boa Qualidade, adquiridas de firmas idôneas;
 Realizar rotação de culturas por, pelo menos, dois anos;
 Irrigar preferencialmente por gotejamento. que mantém as folhas secas;
 Evitar O excesso de água e irrigar em horário Que permita a seca das folhas
antes de anoitecer. se a Irriga· ção for por aspersão;
 Plantar com espaçamento que permita boa aeração entre as plantas;
 Em cultivos protegidos, como em hidroponia, manter o ambiente bem ventilado;
 Pulverizar preventivamente com fungicidas; registrados.
 Eliminar os restos culturais (enterrar, queimar ou retirar da areal, principalmente
as folhas atacadas pela doença e que são retiradas durante atoalete;
 Plantar variedades adaptadas, mais resistentes às doenças e menos sujeitas a
estresses ambientais.

3.1.2.Septoriose (Sepl/JIia lacrucac Pass.)


E uma doença importante. principalmente em plan tios de verão, já que é favorecida por
temperatufa e umidade elevadas. A doença normalmente se Inicia atra· vés de semente
inrectada ou de solo infestado. Os primeiros sintomas são observados normalmente nas
folhas baixeir3s. onde as lesôes produzem grande quantidade de esporos que terminam
por infectar as tolhas mais novas (Figura 2), As lesões são inir.ialmente marrom-clarcts.
de bor das pouco definidas. Que podem coalescer formar lesões maiores. destruindo a
"saia" da planta. No cenlro das lesões. podem ser vistos pequenos pontos negros. Que
são eslruturas do fungo em forma de garrafa denominadas picnidios. onde se formam
milhares de esporos alongados que se espalham para outras plantas pelo vento e por
respingos d'água. Os picnídios também funcionam como eslruturas da sobrevivência do
fungo no solo na ausência da planta hospedeira. A longas distâncias, este fungo se
dissemina alravés de sementes infectadas.
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Image 2 ilustra a doença de Septoriose

3.1.2.Medidas de controle
Plantar samentes ou mudas de boa qualidade, adquiridas de firmas idôneas; Plantar
somente em terrenos bem drenados. principalmente quando o plantio é feito no perfodo
chuvoso; Planlar em espaçamento que permita boa aeração entre as plantas.
principalmente no verão; Pulverizar preventivamente com fungicidas, Irrigar somente o
necessário, evitando encharcamento do solo; Adubar corretamente, evitando
principalmente o excesso de nitrogênio; Plantar variedades adaptadas. menos sujeitas a
estresses ambientais; Fazer rotação por pelo menos um ano com culturas de familia
botânica diferente da família da alface IAsteraceae) ; Eliminar os restos culturais
lenterrar. queimar ou retirar da área!. principalmente as folhas baixeiras atacadas pela
doença e Que são retiradas durante a toa lete. (Bedendo, 1995).

4. Mancha-de-cercóspora ICercospora longlssima Cugini ex Traverso non Cooke


& Ellis)
É a doença, que. luntamente com a seploriose e o tmldio são comuns em campo e em
cultivos protegidos. Ocorre em ampla variacào de temperaturas. sendo mais destrutiva
com temperatura em torno de 25°C e a umIdade relativa alta lacima de 90%). Vento e
respingos de égua disseminam entre plantas do mesmo campo e de cultivos vizinhos, os
esporos do patógeno que são produzidos livremente sobre es manchas. Estruturas do
patógeno sobrevivem de um cultivo para outro em restos culturais nào totalmente
decompostos.
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Image3 ilustra a doença da Mancha-de-cercóspora (Agrios, 2005)

4.1.Medidas de controle
Usar canteiros mais aftos quando o cultivo for em períodos chuvosos para evitar
encharcamel1to na base das plantas:

 Evitar iI,igações em excesso;


 Evitar o uso excessivo de fertilizantes que levam a um grande desenvolvlll1ento
das plontas. afetando a cuculaçflO de ar e criando um microclima tavorável à
doençR: Usar cobertura mortR ou Gorn plástico para eVllar o contato das folhas
com o solo. principalmente em perioeJo Cl1UVOSO ou em áreas onde a doença
ocorre I requp.l1lermmte;
 Plantar com maior espaçamento para nermitir melhor ventilação das plantas,
 Eliminar os restos culturais lenterrar.queimar ou retirAr na fsrp.aL
principalmente as plantas doenles e as folhas alacadas QLle são retiradas durante
a toalete,
 Caso a doença ocorra nos estádios iniciais de desen volvimento da planta. pode
se aplicar fungicidas na superficle do solo, ao redor das plântulas.
 Fazer rotação de culturas por pelo menos um ano com grarnineas, visando
reduzir a população do patógeno no solo.
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5.Doenças da cultura de alho e Cebola

Queima-acinzentada – Botrytis squamosa Walker

A queima-acinzentada é conhecida também como queima-daspontas, queima-das-folhas


e sapeco. A queima-acinzentada é a doença de maior freqüência na cultura da cebola,
onde se adota o transplante com o período de produção das mudas ocorrendo em época
fria e úmida, no outono/inverno.

No Sul de moçambique , estas são as condições que prevalecem durante a época do


desenvolvimento das mudas no canteiro (Boff, 1996b). No período pós-transplantio, a
intensidade da doença é baixa, ocorrendo sintomas de pequenas manchas foliares
isoladas que dificilmente evoluem para queima de folhas.

5.1. Etiologia

O sintoma de queima das folhas ou queima das pontas das folhas de cebola tem sido
atribuído aos fungos Botrytis squamosa e B. cinerea (Hancock & Lorbeer, 1963) e a
agentes abióticos, como deficiência hídrica, desequilíbrio nutricional e fitotoxidez por
ozônio. A doença, considerada em SC como queima-acinzentada (Boff, 1994a), é
causada pelo fungo Botrytis squamosa Walker, cuja fase teleomórfica é Botryotinia
squamosa Vien.-Bourgin (sin. Sclerotinia squamosa (Vien.-Bourgin) Dennis). (Morgan,
1971).

5.1.2.Sintomas

A queima-acinzentada apresenta-se inicialmente em pequenas manchas isoladas sobre a


lâmina foliar, com dimensões de 1 por 3mm, halos prateados não esporulantes,
permanecendo verde o resto do tecido. Os halos prateados distinguem os sintomas
iniciais de B. squamosa das lesões causadas por fitotoxidez de agrotóxicos e danos
mecânicos, porém estes halos desaparecem com o tempo. As manchas pequenas podem
aumentar de tamanho, permanecendo isoladas, porém, quando em alta densidade,
causam a seca da folha ou, em condições favoráveis, a doença evolui, rapidamente, em
forma de queima descendente da folha. Sutton et al. (1984).
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5.1.2.3. Míldio – Peronospora destructor (Berk) Casp. ex Berk


O míldio da cebola foi documentado pela primeira vez em 1841, na Inglaterra
(Yarwood,1943). Atualmente, encontra-se amplamente disseminado, com maior
importância em regiões de clima temperado, onde são freqüentes os períodos de
temperaturas amenas, alta umidade relativa e baixa luminosidade (International....,
1990).

A image 4 ilustra a doeça do mildio

5.1.2. Etiologia
O míldio da cebola é causado pelo parasita obrigatório Peronospora destructor (Berk.)
Casp. ex Berk. (sin. Peronospora schleideni Unger; P. schleideniana W.G.Smith). O
gênero Peronospora pertence à família Peronosporaceae, ordem Peronosporales, classe
Oomicetos e subdivisão Mastigomicotina. O micélio é não septado, com 4 a 13µm de
diâmetro.

Os esporangióforos são de tonalidade violácea, não septados, emergindo dos estômatos,


com comprimento de 122 a 150µm e 7 a 18µm de diâmetro, na base, com duas a seis
ramificações monopodiais, tendo esterigma em terminação aguda, onde se originam três
a 63 esporângios por esporangióforo, presos de início por um pequeno pedicelo.

5.2.3. Sintomas
Peronospora destructor é um patógeno biotrófico e por isso se desenvolve somente no
tecido vivo, esporulando na parte aérea verde da cebola. A infecção nas folhas e haste
floral mostra, de início, sintomas com mancha grande, ovalada, de tonalidade verde-
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clara no sentido longitudinal das folhas (Figura 9), com mofo violeta-acinzentado a
escuro facilmente observado nas primeiras horas da manhã.

6.O controlo da doença


Genótipos de cebola diferem na sua suscetibilidade a P. destructor; porém, nenhuma
variedade comercial tem sido obtida como imune ou altamente resistente. Variedades
com bulbos de cor roxa ou de tonalidade roxa são citadas como os mais resistentes a
esta doença (Matta & Garibaldi, 1981). A cerosidade da folha e a lignificação das
células são fatores estruturais de resistência de Allium spp.

6.1.Mancha-púrpura – Alternaria porri (Ellis) Cif.


A mancha-púrpura é uma doença amplamente disseminada e tem causado severas
perdas em regiões tropicais e subtropicais de clima quente e úmido, cujos índices
podem chegar a 50% da produção. Nas regiões temperadas, com época de cultivo
predominantemente de primavera-verão, maior incidência tem sido verificada no final
do ciclo da cultura (Boff, 1996b).

6.1.2. Etiologia
A mancha-púrpura é causada pelo fungo Alternaria porri (Ellis) Cif. (sin.
Macrosporium porri Ellis), que pertence à família Dematiaceae, ordem Moniliales,
classe Hyphomycetes e subdivisão Deuteromycotina. A classificação taxonômica de A.
porri, segundo a ontogenia de conídio e conidióforo (sensu Minter et al., 1982), é do
grupo “Dictyoconidial Porosporae”, da classe Hyphomycetes, tendo conídios formados
enteroblasticamente, expulsos através de um poro, deixando proeminente cicatriz no
conidióforo ao serem liberados

6.1.3.Sintomas
O fungo A. porri ataca folhas, haste floral, inflorescência e bulbos. É um patógeno
típico de tecido maduro ou senescente e de folhas já infectadas por outros patógenos,
mas manifesta-se intensamente também em plantas adubadas com excesso de
nitrogênio. Nas folhas, os primeiros sintomas são de pequenas manchas esbranquiçadas
a amareladas e ovaladas (Figura 16), com centro levemente marrom, podendo
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expandirse em condições de alta temperatura e umidade e tornarem-se vermelhovinho


(Figura 17). As manchas podem apresentar halo clorótico e tornare.

7.O controlo da doença


A rotação de culturas deve incorporar-se ao manejo fitossanitário, pois reduz a fonte
primária de inóculo. O uso de adubações equilibradas com aumento de adubos
orgânicos tem propiciado plantas mais tolerantes ao ataque de A. porri (Rotem, 1994;
Boff et al., 1996a).

7.1.Antracnose-foliar – Colletotrichum gloeosporioides f. sp. cepae (Penz.) Penz. &


Sacc.
Antracnose-foliar, mal-das-sete-voltas, charuto, cachorro-quente e rola são alguns
termos usados para designar a doença causada por C. gloeosporioides na cultura da
cebola.

Image5 ilustra a doença do A antracnose-foliar

Etiologia

A antracnose-foliar da cebola é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides


(Penz.) Penz. & Sacc (sensu Arx,1957) f. sp. cepae (ex Bajungu,1979) (sin.
Vermicularia gloeosporioides Penz.). O fungo C. gloeosporioides pertence à família
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Melanconiaceae, ordem Melanconiales, classe Coelomycetes, subdivisão


Deuteromycotina. Bajungu (1979).

Sintomas

Os sintomas induzidos por C. gloeosporioides na cebola manifestamse de forma


variada e complexa, conforme o estádio de desenvolvimento da planta. Iniciam com
pequenas lesões brancas deprimidas sobre a lâmina foliar, axila ou bainha, que vão
aumentando de tamanho, apresentando-se ovaladas, com aparência rosada evoluindo.

O controlo da deonça

O controle da antracnose-foliar depende em maior grau das medidas de exclusão do


patógeno, através do uso de sementes sadias e da evitação do movimento, entre
lavouras, de plantas doentes ou de solo infestado. Na compra da semente, sempre que
possível, deve-se exigir o atestado fitossanitário, o qual deve acompanhar a nota de
venda.

8. DOENÇAS DE BATATA-RENO
A batata reno (Solanum tuberosum L) é uma cultura importante para a alimentação e
serve como fonte de receitas para população moçambicana. Esta cultura é produzida em
nove províncias de Moçambique, com os distritos de Angónia e Tsangano, na província
de Tete, a contribuírem com cerca de 90% da produção nacional. A província do Niassa,
particularmente o planalto de Lichinga é segunda produtora, seguida da província de
Zambézia. Na província de Manica a produção é feita no distrito de Chimoio,
Sussedenga, Barué e Mossurize. Na província de Maputo, a produção é feita nos
distritos de Moamba, Namacha. Outras províncias que produzem batata incluem
Nampula (distrito de Malema), Inhambane, Gaza e Sofala (distrito de Gorongoza).

A nível Mundial, a batata é atacada por uma grande variedade de doenças causadas por
vírus e organismos similares, bactérias e fungos, que afectam desde as folhas, sistema
radicular até os tubérculos, provocando perdas na produção na ordem de 30%. Em
Moçambique, as principais doenças da batata-reno, são o míldio (Phytophthora
infestans), murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum), a mancha concêntrica
(Alternaria solani) e podridão seca de tubérculos (Fusarium spp) e viroses.
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8.1. MILDIO
Agente causal - Phytophthora infestans (Mont.) de Bary, chama-se Late Blight em
Inglês.É uma das principais doenças da cultura de batata. A doença é muito importante
quando está frio (< 22 graus) com uma humidade muito alta.

A imagen 6 ilustra a doença de mildio da batata-rena

Controlo

(1) Usar a semente sã; (2) Tratar com fungicidas de contacto (Mancozeb – Dithane M-
45, sistémicos (Methalaxyl - Ridomil) 3 g/l de água; (4) Usar as variedades tolerantes
(5) Remover todas plantas espontâneas das machambas.Escolher a melhor data de
sementreira;Remover os caules 2 semanas antes de colher e CONTROLO
INTEGRADO.

Controlo quimico

1⁰ Tratamento: Mancozeb (Dithane) à germinação das plantas (80 %)

2⁰ Tratamento: Methalaxyl (Ridomil) 2 semanas depois;

3⁰ Tratamento: Mancozeb (Dithane) 3semanas depois;


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4⁰ e 5⁰ tratamentos: Mancozeb (Dithane) 2 Semanas depois cada vez (SÓ QUANDO


FOR NECESSÁRIO) depedendo das condiçóes de climatericas (baixas temperaturas e
alta humidades relativas).

9.MANCHA CONCÊNTRICA (ALTERNARIA SOLANI)


É uma doenca causada fungo Alternaria solani que ataca a família das solanáceas de
forma global. É favorecida por temperaturas altas, acima de 24 ºC, e alta humidade
relativa do ar (> 90%), normalmente, se estabelece na cultura após o período de maior
vigor vegetativo e se espalha por meio de esporos carregados pelo vento. Este fungo
provoca o aparecimento de manchas castanho-escuras que apresentam zonas
concêntricas bem marcadas.

Controlo

 Usar semente sã;


 Tratar com fungicidas (Acetato de Amónio ou clorotalonil);
 Usar variedades resistentes;

 Remover todas plantas espontâneas das machambas, controle integrado.

9.1. MURCHA BACTERIANA


As plantas infectadas murcham mesmo quando o solo tiver água suficiente. A doença é
disseminada por tubérculos de sementes infectados ou por solo infectado.

Sintomas

O sintoma mais tipico dessa doença é o murchamento dos foliolos que, no inicio do
desenvolvimento da doença,ainda recuperam a turgecencia nas horas mais fracas do dia
.os sintomas podem aparecer em qualquer estagio de desenvolvimento da cultura,
inicialmente nas folhas auperior da planta, sendo comum ocorrer em apenas uma das
hastes . Plantas atacadas morrem rapidamente. Em condiçoes desfavoraveis a doença,
plantas infectadas podem ter desenvolvimento retardado, com ausencia dos sintomas
tipicos, que é conhecida como infecçao.

Etiologia-pseudomonas solanacearum é uma bacteria gram-negativa,baciliforme, não


formadora de esporo ou capsula e aerobia. Existe uma grande variabilidade fisiologica e
patogenica na estirpes da bacteria,o que tem levado a dois sistema de classificçao : raças
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e biovares. A raça 1 afeta solanaceas em geral e a raça 3 é considerada especifica da


baceria. A subdivisao em biovares,I,III e IV, e a raça 3 a biovar II. Isolados da raça 1,
desenvolve-se prefetamente em temperaturas mais elevadas (35-37˚C) .

Esse tipo de bacteria é nativo de muitos solos virgens de Moçambique e pode ser
introduzida atraves da batata-semente. Sobrevive na rizosfera de hospedeiros silvestres
ou cultivados, pois é patogenica a mais de 200 especies de plantas distribuidas em mais
de 33 familias. A doença desenvolve-se em quase todos tipos de solo, normalmente em
reboleiras, especialmente nos mal drenados.

Controlo

 Usar semente sadias


 Semeiar numa machamba livre de doenças;
 Remover plantas murchadas;
 Ter cuidado de todos utensílios usados na machamba;
 Fazer um plano de rotação de culturas (rotacao curta/ rotação longa).

9.1.2. Podridão Seca (Fusarium Spp)


Folhas mais baixas das plantas infectadas ficam amarelas e desaparecem. O tecido das
folhas entre as veias torna-se amarelo e castanhas. O brilho e amarelecimento da
folhagem progride até as hastes das plantas afetadas. Os tubérculos podem apresentar
uma necrose castanha afundada no estolão ou nos olhos, e áreas circulares
acadstanhadas. O clima quente aumenta queda de folhas.

Sintomas

A podridao seca afeta principalmente tuberculos tanto durante a estocagem como no


plantio e encotra-se disseminda mundialmente. Tuberculos infectados caracteriza-se por
apresentar podridao seca e deprimida, de tamnaho variavel.As lesoes, em condiçoes de
alta umidade, podem revelar flocos cotonosos de cor branca a rosada, constituido por
micelio d frutificaçao do fungo. Com a progressao da doença, as parteafectadas vao se
ressecando ate a completar a muimificaçao do fungo.

Etiologia
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A podridao seca e causada por um fungo


Solani(Mart.)App.&Wr.(sin.Fsolanifsp.eumartii(Carp.)snyd.&Hans.). em algumas
regioes uma especie é denominante sobre a outra . o patogeno encontra excelente
condiçoes de desenvolvimento em temperatura de 15 a 25˚C e umidade relativa de 50 a
75%. Presença de ferimentos,plantio de solo contaminados e armazenamento
inadequado favorecem o desenvolvimento d doença.

Controlo

Evitar plantar tubérculos de sementes com doenças. Evite cultivar batatas em solos
infestados com o patógeno da doença. Pratique a rotação das culturas. Remova e destrua
as plantas infectadas.

Viroses (Andean Potato Mottle Virus; Potato Spindle Tuber Viroid)

As plantas infectadas mostram vários sintomas, dependendo do tipo de vírus que infecta
a planta. Estes podem incluir rolamento de folhas, plantas anãs, deformação das folhas,
folhas erectas, mosaicos, rugosidade e amarelamento

Controlo

Use semente isenta de doenças. Pulverizar insecticidas adequados contra os afideos

9.2.3. Doenças da cultura de Mandioca


De acordo com IIAM (2010), a mandioca de nome científico (Manihot esculenta crantz)
é originária da América do sul. Introduzida em África pelos portugueses por volta do
século XVI E XVII procedente da região de Amazónia no Brasil. A mandioca é uma das
culturas alimentares mais importante na região da África. Esta cultura denominada por
mandioca em países de expressão portuguesa e kassave em países de expressão inglesa
e de yuca no norte de América do sul e América central.

As doenças da mandioca

As principais doenças da mandioca são: bacteriose, superalongamento, podridão


radicular, superbrotamento e viroses. Seus ataques podem representar até a perda total
da produção. Para o controle destas doenças é feito o emprego de cultivares resistentes,
seleção criteriosa de manivas e rotação de cultura com eliminação de restos culturais

Doenças
19

A mandioca é uma cultura que é atacada por várias doenças na zona tropical, em
Moçambique as que causam enormes prejuízos são: mosaico africano da mandioca
(CMD), queima bacteriana mandioca (CBB), mancha castanha, listrado castanho ou
podridão radicular da mandioca (CBSD) e podridão mole (Cuambe et al., 2010; Segeren
et al., 1994).

10.Mosaico africano da mandioca (CMD)


O CMD é principal doença viral da mandioca que ocorre em todo país e a mais
importante em toda África (IITA, 1990; Segeren et al., 1996; Cuambe et al., 2010;).
Segundo Bock et al. (1978), para além da África, a doença tem sido observado na Ásia
concretamente na Índia. Foi relatada pela primeira vez em África oriental em 1894,
embora tenha sido postulado em 1906 que organismo causal era vírus, e somente 1983
que se confirmou definitivamente a etiologia da doença. A doença pode ocorrer em
qualquer época do ano, desde que a planta tenha folhas jovens.

Estudo feito por Langa (2003) no campo de Nhacoongo e Umbelúzi mostrou que o
índice médio ataque do mosaico africano não diferiu em todos genótipos avaliados para
os dois campos de ensaio. Tendo se classificado de dano ligeiro, embora que houve um
genótipo que apresentoudano médio. Razão (2005) no campo de Umbelúzi identificou
que das 8 famílias avaliadas 46% das plantas apresentaram sem sintoma de ataque. Dos
que apresentaram sintoma de ataque, 17% tiveram dano ligeiro e 28% dano sério.
Chicuele (2005) no campo de Umbelúzi identificou que não houve diferença entre os 17
clones avaliados para nível de incidência. Dos quais 12 apresentaram sem sintoma de
ataque da doença e 5 apresentaram incidência baixa. Dos que apresentaram incidência
da doença, um único clone é que apresentou dano médio e os restantes 4 apresentaram
dano ligeiro.

Estudo feito por Chitiche (2008) no campo da Estação Agrária de Umbelúzi sobre
avaliação e selecção de plântulas mandioca para ambientes de alta pressão de mosaico e
baixa altitude usando 36 famílias de sementes de mandioca de origem diversa mostrou
que 10 famílias tiveram nível de incidência elevado (40 a 80%) e as restantes
apresentam sem sintoma de ataque e baixo nível de incidência.
20

A avaliação feita pela Solemanegy (2013) identificou que houve diferença entre os
genótipos no nível de incidência de mosaico africano. Os genótipos R.macia, Clone3,
Mz04045, Creminha, Umbeluzi6 e Clone4 não apresentaram nenhuma incidência, e os
restantes genótipos apresentaram incidência baixa a alto. Dos genótipos que
apresentaram incidência da doença como Manguiza 2 (local), Mz04045, Mistura1
(creminha), Chinhembwe e Clone1 tiveram dano zero. Os genótipos Umbeluzi 2 e
Mz0430920 tiveram dano ligeiro embora não terem diferido dos genótipos que tiveram
dano zero.

Etiologia

Vários isolados de mosaico mandioca que infectam em diferentes partes da África e da


Índia foram inicialmente considerados como estirpes do mesmo vírus. No entanto, a
partir de evidências de testes sorológicos baseados em anti-soros policlonais usando
estirpe do oeste do Quénia, estirpe de costa do Quénia, estirpe da Índia e sequência de
nucleotídeos, actualmente são conhecidos três considerados vírus distintos da doença de
mosaico da mandioca. Sendo a estirpe ACMV causador de mosaico Africano da
mandioca, a estirpe EACMV do mosaico da mandioca no leste da Africa e ICMV do
mosaico da mandioca na Índia e no Sri Lanka (Harrison e Robinson, 1988). Segundo
Hong et al. (1993), nenhum destes três geminiviruses foram relatadosna América
Central ou do Sul, pois a doença do mosaico da mandioca que ocorre naquele continente
é causada por um vírus diferente, que é do género Potexvirus.

De acordo com Ogbe et al. (1997), o vírus do mosaico africano da mandioca (ACMV) é
um dos três vírus similares da família Geminiviridae, género de begomovírus que
podem causar a doença do mosaico de mandioca (CMD). A estirpe do tipo ACMV foi
isolada de plantas infectadas pelo mosaico da mandioca no oeste do Quénia, e conclui-
se que actualmente, é o vírus que geralmente causa a doença do Mosaico Africano da
Mandioca no mesmo país, na África central, ocidental e Moçambique.

Segundo Bock e Harrison (1985), o vírus do mosaico Africano da mandioca (ACMV)


mede cerca de 30 x 20 nm e proteína de revestimento tem um peso molecular de 30
kDa, contem uma molécula de ADN de cadeia simples circular (Mr x 0,92 ca 10 sup), e
o genoma consiste em duas moléculas circulares de tamanhos semelhantes. No tecido da
folha, as partículas virais se acumulam principalmente nos núcleos e no parênquima do
floema das células do córtex e da epiderme.
21

Sintomatologia

Os sintomas do CMD, ocorrem com padrão característico de mosaico da folha que


afectam áreas distintas e são determinados em um estágio inicial de desenvolvimento da
folha. Clorose foliar pode ser amarelo claro ou quase branco, com apenas um toque de
verde, ou apenas perceptivelmente mais pálida do que o normal. As áreas cloróticas são
geralmente bem demarcadas e variam em tamanho relativamente a de toda folha para
pequenas manchas ou nódoas. As folhas pequenas podem mostrar um padrão de
mosaico uniforme ou o mosaico pode estar localizado em algumas áreas, que
frequentemente ficam na base das folhas. Os efeitos secundários associados com a
severidade dos sintomas são a distorção, redução no tamanho das pequenas folhas e
atrofiamento em geral da planta (Gibson e Otim-Nape, 1997).

Os sintomas variam de folha em folha, planta para planta, mesmo da mesma variedade
e estirpe do vírus no mesmo local. Variação de sintomas pode ser devido a diferenças
nas estirpes de vírus, a sensibilidade do genótipo, idade da planta, e de factores
ambientais, tais como a fertilidade do solo, a disponibilidade de humidade do solo,
radiação, particularmente da temperatura. Algumas folhas situadas entre as afectadas
podem parecer normais e dar a aparência de recuperação, este comportamento é
influenciado pela temperatura e resistência da planta hospedeira. No entanto, os
sintomas podem reaparecer nas plantas recuperadas quando as condições ambientais
favorecem novamente expressão dos sintomas (Gibson e Otim-Nape, 1997)..

Métodos de Controlo

As duas principais abordagens de controlo da doença de mosaico africano da mandioca


são através de saneamento básico e do uso de variedades resistentes a vírus (Thresh et
al., 1998).

Segundo Jameson (1964), saneamento consiste no uso de material de propagação livre


de vírus, remoção e queima ou enterramento de toda planta infectada no campo ou
numa determina região ou país. O uso de variedades resistentes ou tolerantes diminui as
perdas causas pela doença.

A resistência a CMD é um dos atributos muito procurado quando se desenvolvimento


novos genótipos de mandioca, e só alguns genótipos melhoradas até agora e divulgados
pelos programas IITA são altamente resistentes a doença. Outros são variadamente
22

descritos como resistente, moderadamente resistente ou moderadamente sensíveis. A


resistência é manifesta-se de maneiras diferentes (Thresh et al., 1998).

Queima bacteriana da mandioca (CBB)

A queima bacteriana conhecida também por murcha bacteriana ou bacteriose foi


descrita pela primeira vez em 1912 em Brasil por Bondar, actualmente ocorre em todas
áreas de cultivo da mandioca no mundo. Em África é segunda doença mais importante
depois de mosaico africano. A queima bacteriana foi detectada pela primeira vez em
Madagáscar em 1946 (IITA, 1990). De acordo com Dedal et al. (1980), para além da
cultura de mandioca (Manihot esculenta), está doença ocorre também na espécie
selvagem Manihot aipi, Manihot glaziovii e Manihot palmata. As espécies de
Amaranthus, Panicum fasciculatum, Sida, Sorghum halepens e várias outras
pertencentes a família Euphorbiaceae foram identificadas como possíveis hospedeiros
alternativos na Venezuela. Todavia, os estudos de hipersensibilidade por inoculação em
repanda na Nigéria e Colômbia, concluíram que agente patogénico não sobrevive
naturalmente em hospedeiros alternativos a volta de plantas de mandioca.

Segundo ITTA (1990), as perdas de rendimento causado por esta doença variam de 20 a
100%, dependendo do genótipo, da intensidade de ataque, e das condições ambientais.
De acordo com Ezelio (1977), na Nigéria 1973, um ano após o primeiro relato dessa
doença na cultura da mandioca, as perdas de produção estimadas foram de 75%, e

segundo Otim-Nape (1980), as perdas de produção em cada campanha depois de dois


anos da doença ser registada em algumas regiões da Uganda foram de 90 a 100%. Na
asserção de Maraite e Meyer (1975), no Zaire entre 1971 e 1973 nas províncias Kasai e
Bandundu essa epidemia levou a uma fome severa, devido à importância de raízes de
mandioca e folhas como alimentos básicos naquelas regiões. Em experimentos
conduzidos por Otim-Nape (1980) com estacas da mandioca infectadas ao agente
patogénico da doença, mostraram uma redução de produção de tubérculos frescos na
ordem 26,6 a 40,1 ton/ ha. Segundo Cuambe et al. (2010), em Moçambique,
dependendo do genótipo, as perdas de rendimento estimam-se em cerca de 30 a 100%.

Estudo feito pelo Chicuele (2005) no campo da Estação Agrária de Umbelúzi


identificou que não houve diferença de incidência bem como do índice médio de ataque
dos dezassetes clones avaliados. Apesar de não houver diferença, quinze genótipos
23

apresentaram o nível de incidência que varia de baixo a alto, e índice médio de ataque
que varia de dano zero a médio.

A Solemanegy (2013) identificou que todos genótipos não apresentaram diferença entre
si para nível de incidência. Houve diferença no índice médio de ataque entre os
genótipos, mas todos encontrara-se com dano ligeiro.

Etiologia

A queima bacteriana é uma doença causada por uma bactéria da espécie é Xanthomonas
campestris pv. Manihotis que actualmente é muito conhecida por Xanthomonas
axonopodis pv. Manihotis. Essa bactéria é de Gram-negativa com forma de bacilos,
tamanho de 1.3 x 0.4 µm, e monótrica com flagelo localizado na posição polar. Em
colónias individuais de isolado riscado em placas de nutriente agar purificado tornam-se
visíveis após 24 horas de incubação a temperatura de 28 ° C. Após 48 horas, as colónias
medem cerca de 1 mm de diâmetro, com uma coloração cinza-esbranquiçado a creme,
levantadas, convexa, lisa, brilhante, bordas inteiras e consistência viscosa. As colónias
em meio de tetrazólio são de 8 mm de diâmetro após 6 dias e são redondos, lisos com
centros vermelhos brilhantes e uma borda estreita, assemelhando-se a colónia de
Pseudomonas solanacearum (Maraite et al., 1982). De acordo com Maraite e Meyer
(1975), a Xanthomonas campestris pv. Manihotis tem crescimento mais rápido em agar
de dextrose de batata e ágar de triptona de soja do que em nutriente agar.

Sintomas

A intensidade dos sintomas causados pela queima bacteriana depende da localização,


tempo desde que a doença aparece e susceptibilidade do genótipo. Os sintomas
apresentam-se por inicialmente o aparecimento de manchas pequena angulares e
aquosas nas folhas que coalescem formando das lesões castanhos a castanho-escuro e
queimadura. De seguida há murcha parcial ou total das hastes, exsudação do látex e
necrose vascular. Um ataque severo resulta em rápido desfolhamento da planta,
deixando as nuas. Como a doença é sistémica manifesta-se uma descoloração castanha
do sistema vascular dos caules, e raízes (caso sejam genótipos muito susceptíveis)
(Maraite et al., 1982). Segundo Lozano (1986), caso a doença ocorrer na fase de
floração e frutificação, os frutos ficam infectados e as sementes ficam deformadas, com
ondulações em.toda.testa, necrose.nos.cotilédones.e.endosperma.
24

Métodos de Controlo

Segundo Lozano (1986), as perdas podem ser bastante reduzido por uma combinação de
medidas tomadas na perspectiva de IPM:

a) Controlo preventivo

Em áreas onde a queima bacteriana da mandioca ainda não ocorre, deve se ter muito
cuidado na introdução de germoplasma. O material propagação vegetativo deve ser
introduzida como cultura de meristema multiplicado no invitro e certificado se esta livre
de doença. Sementes botânicas devem ser originadas de áreas desfavoráveis para o
desenvolvimento da doença, e serem tratados termicamente.

b) Controlo cultural e métodos sanitários

Em áreas onde a doença já é generalizada, a incidência da doença podem ser reduzidas


pela utilização de material de plantio limpo. As estacas devem ser tomadas só a partir de
plantações que foram encontrados livre da doença por inspecções no final da estação
chuvosa. Em casos de ocorrência esporádica da doença, muito cuidado deve ser tomado
na colecta de estaca, somente deve-se colectar plantas saudáveis e da porção mais
lignificada do caule, até 1 m da base, combinada com a inspecção visual para a ausência
de escurecimento vascular. As ferramentas devem ser regularmente desinfectadas
usando um bactericida.

A consorciação de mandioca com milho ou melão tem sido relatado na redução


significativamente da doença. Em solos deficientes em potássio, aumentar o teor de
potássio nas folhas por fertilização tende a reduzir a severidade da doença. Imersão de
sementes botânicas infectadas em água quente a 60° C em 20 min, seguido de secagem
em camadas superficiais a 30° C durante a noite ou a 50° C por 4 h, reduz o número de
bactérias até o nível mínimo detectável sem reduzir o poder germinativo.

c) A resistência da planta hospedeira

Segundo Maraite et al. (1982), ocorrem diferenças claras na resistência da planta


hospedeira, especialmente no que diz respeito a conter infecção e murcha; uso de
genótipos resistentes é uma estratégia principal para o controlo dessa doença. A
resistência a queima bacteriana de mandioca parece ser devido a vários genes,
principalmente com efeitos aditivos, mas também em certa medida com efeitos não
25

aditivos. Contudo, a resistência da planta hospedeira é sustentada pela fertilização


adequada. Observa-se uma variação em agressividade, mas sem especialização
patogénica bem definida entre Xanthoma campetri pv. manihotis isolado de vários
países e também entre aqueles de um único país.

d) Controlo biológico

Aplicação foliar de Pseudomonas fluorescens e P. putida mostrou significativamente


positivo na redução da infecção na folha por X. campestris pv. Manihotis.

11. Mancha castanha


A mancha castanha é conhecida como uma das mais importantes doença foliar da
mandioca, e é amplamente distribuída em todos os países que cultivam a mandioca com
excepção na Austral onde pode vir a surgir em áreas como Northern Territory e
Queensland. Caso contrário, a distribuição da doença é quase inteiramente confinado
entre 25 ° N e 25 ° S. Ocorre principalmente em regiões de estepe, savana, floresta
aberta ou áreas degradadas pela actividade humana, e raro na floresta tropical onde as
infecções tendem a ser quase nulo. Não há evidências da doença ocorrer em espécies
selvagens, mas ataca a M. glaziovii e M. palmata (Santos et al., 2004; Fialho e Viera
2011).

Os prejuízos causados pela doença ainda não estão suficientemente quantificados, mas
há relatos que as perdas de rendimento podem atingir cerca de 20% em países da África,
particularmente em condições de alta humidade e monocultura intensiva (IITA, 1990).
Segundo Maduewesi (1975), uma vez que o fungo causa desfolhação, isso pode ser
grave e resultar em uma perda considerável de rendimento. Em folhas severamente
afectadas, a doença pode destruir cerca de 22% da área foliar.

Estudos feitos sobre a mancha castanha na cultura da mandioca em Moçambique são


raros. Na avaliação feita por Solemanegy (2013), o nível de incidência para todos
genótipos foi elevado. O índice médio de ataque variou de dano zero a dano ligeiro. O
genótipo Umbeluzi 2 apresentou dano zero, mas não diferiu dos genótipos Clone1,
Manguiza 2 (local), Mz04045, Clone4, Mistura1, Chinhembwe, Umbeluzi 6 e
Mz040248 que apresentaram dano ligeiro, e esses não deferiram dos restantes genótipos
que deferiram do genótipo Umbeluzi 2.
26

Etiologia

A mancha castanha é causada por um fungo da espécie Cercosporidium henningsii,


pertencente a classe Ascomycetes, reproduz por conídios, com número de septos
variável entre 3 e 8, pálidos e cilíndricos com largura média de 5,4 µm e comprimento
de 40 a 59 µm. Os conidióforos ficam situados no centro das lesões primária da página
inferior das folhas que emergem através de estomas para produzir a suspensão de
conídios. A esporulação é abundante em condições

Avaliação de Pragas e Doenças na Adaptabilidade e Estabilidade de Genótipos de


Mandiocas na Zona sul e centro do país favoráveis, que é predominante durante a
estação chuvosa. O teleomorfo é produzida nas folhas mais velhas, mas existem poucos
dados específicos sobre a ocorrência do estado sexual e concluise que não desempenha
papel significativo na transmissão do fungo (Santos et al., 2004).

Sintomas

Os sintomas causados por Cercosporidium henningsii manifestam-se exclusivamente


nas folhas e se caracterizam pelo aparecimento de manchas em ambos os lados. As
lesões começam como pequenas manchas verde-amarelada circulares, que aumentam e
se tornam angular castanhos delimitadas pelas nervuras principais. Na página superior
as manchas são uniformemente castanhas, redondas ou poligonais delimitadas pelas
nervuras com diâmetro de 1-8 mm. Na página inferior, são notados normalmente a
coloração cinzento-escura no centro das lesões devido à presença de conídios e
conidióforos do fungo. A medida que a doença progride, as folhas atacadas ficam
amarelas, secam e caem (Teri et al., 1978; Fialho e Viera 2011).

Métodos de controlo

Segundo IITA (1990), a mancha castanha é uma doença que não requer medidas de
controlo porque ela se instala depois que a planta atingi a maturidade e tuberização, isto
é, essencialmente uma doença de plantas mais velhas e as perdas de rendimento são
pequenas. Portanto, segundo Teri et al., (1978), o controlo dessa doença pode se
efectuar usando três métodos a destacar: controlo cultural e métodos sanitários, a
resistência da planta hospedeira e controlo químico.
27

a) Controlo cultural e métodos sanitários

O único método de controlo cultural é queimar folhas de mandioca caídas durante a


estação seca para eliminar a fonte de inoculo primário. Após as plantas ser cortadas, os
restos devem ser

Avaliação de Pragas e Doenças na Adaptabilidade e Estabilidade de Genótipos de


Mandiocas na Zona sul e centro do país

removidos e queimados. No entanto, a melhor forma controlo é assegurar um período de


rotação de culturas de três a cinco anos.

b) A resistência da planta hospedeira

Tem havido diversas sugestões para fontes de resistência a Cercosporidium henningsii


na mandioca, por exemplo, a presença de cianeto de hidrogénio foi considerado como
indicativo da resistência, pois, o pigmento de antocianina da parte do botão de folhas
tem um efeito inibidor sobre a germinação de conídios do fungo, o que faz com que as
folhas novas de cor violetas azulado ou acastanhadas são mais resistentes do que os
genótipos com folhas verdes ou amareloesverdeado. Segundo estudos conduzidos pela
CIAT (1975), afirma que dos 2000 genótipos, 58% foram identificados como
resistentes, e 27% tolerante a doença.

c) Controlo químico

Segundo Narasimhan e Arjunan (1977), a utilização de uma gama de fungicidas como


mancozeb, oxicloreto de cobre, mistura Bordeaux ou benomil + cupraneb aumentou os
rendimentos dos genótipos susceptíveis de 10 a15% e nos híbridos até 23% em
experimentos realizados apenas com uma pulverização semanal. Um trabalho
semelhante que foi realizado na Índia verificou-se que a aplicação de seis jactos de
benomil ou tiofanato-metilo em intervalos de um mês era eficaz contra o fungo e no
aumento de rendimento de raízes. Não obstante, Fialho & Viera (2011), afirmam que
dum modo geral, o controlo químico é anti-económico.

Resistência das plantas a pragas e doenças

A resistência de plantas a pragas é a soma relativa de qualidades hereditárias possuídas


pela planta a qual influencia o resultado do grau de dano que a praga causa, o que
28

representa a capacidade que possuem certas plantas de alcançarem maior produção e


boa qualidade, do que outras variedades, em geral nas mesmas condições (Painter,
1968).

11.1. DOENÇAS DO TOMATEIRO


DOENÇA DO TOMATEIRO (Lycopersicon esculentum Mill.)

A cultura do tomateiro esta sujeita a varias doenças que, dependendo do nivel de


resistencia genetica do cultivar usado, podem limitar sua produçao. A importancai de
uma ou mais doenças em uma dada regiao depende varios factores, tais como:
Temperatura, umidade, epoca de ano,variedade e/ou hibridos cultivados, condiçoes de
cultivo (campo aberto) e manejo da cultura, varias destas doenças so podem ser
contoladas eficientemente quando se adota um programa de manejo integrado
adequado envolvendo o uso de cultivares resistentes e a adoçao de medidas de exclusao,
erradicaçao e proteçao.

11.1.2. VIRA-CABEÇA-Tospovirus
Virus de genero tospovirus vem sendo considerados agentes causadores de uma das
doenças mais importante da cultura, acarretando enormes prejuizos economicos. A
gama de hopedeiros destes virus e extremamente ampla, incluindo importantes plantas
ornamentais, frutifeiras e hortaliças.

Sintomas- Os sintomas mais caracteristicos são uma clorose acentuada nas folhas
jovens, de cor bronzeada, seguida de uma paralisaçao no desenvolvimento da planta no
estagio mais avançado, as folhas apresentam-se destorcidas com areas necroticas no
limbo e peciolo, em que tendem a formar aneis concentricos.

Lesoes identicas pode ocorer naraque da inflorecencia e no caule.em pouco tempo, todo
o ponteiro pode necrosar e ,com frequecia, curvar se para um dos lados, sintomas que
empresta o nome adoença (Prancha 64.la).

Quando plantas joven são infectadas, os sintomas podem ser severos, podendo leva-la
amorte.

Frutos jovens formado apois a infeccao podem densevolver manchas anelais necroticas
ou mosqueiados.
29

Etiologia

O agente causado do vira cabeça foi inicialmente identificado como (tomato spotted wilt
virus), tida como única especie representante do genero tospovirus da familia
bunwviridae.

Com tudo, com base em comparaçoes sorologicas, da sequencia de nucleotideos dos


RNAS que codificam a nucleoproteina (N) e da reaçao de diferentes hospedeiros, foram
propostas tres novas especies para o genero, que são ( tomato chlorotic spotvirus),
(Groundnut ringspotvirus) e (Impatiens necrotic spotvirus), das quais apena a ultima
não detectada em moçambique.

Os tospovirus são caraterizados por particulas izometricas, de diametro em torno de


70 a 90 nm, com tentendo RNA.

Controlo

Varias práticas culturais quando entregrada pode minimizar as perdas devido a doença,
embora o seu controlo seja dificil.

Recomenda-sem na fase de pre-plantio, rotaçao com especie não suscetiveis com milho
e couve-flor, escolha do local apropriado evitando o plantio adijacente alavoura
suscetiveis ao patogeno, eliminaçao de hospedioeros alternativos do vectore.
Recomenda se na fase de densevoilvimento da cultura , plantio de tomateiro fora da
epoca quente e humida do ano, onde a insidencia do vector e maior, plantio, quando
possivel, em area de maior altitude, o uso de mudas livres de virus, aplicaçao regular de
inseticida granulados e sistematicos complementares( os inseticidas não controlas e
previne epedemias).

Reduçao das actividades de conduçao da lavoura, evitando movimentos de tripes de


fonts infectadas.

12.Mosaico comum-tomatomosaicvirus ToMV


Ocorrem principalmente no final do ciclo da cultura.
30

É um virus bastante infeccioso, sendo facilmente trasmitido por contacto ou por


operaçoes culturais tais como, transplantio, desbrota e entre outras.

Apesar de ser cosmopolita, devfacil transmiçao e distribuiçao generalisada, O ToMV


não e o virus mais importante do tomateiro.

Aproduçao so e reduzida se a infecçao ocorrer no inicio da cultura.

Sintomas

Os sintomas varias em funçao das estirpes do irus das condiçoes ambientais, podendo
ocorer em qualquer idade da planta.

As folhas mostram os sintomas de mosaicos enrugamentos e ligeira curvatura, para


cima do bordo folhar.

Plantas infectadas têm portes reduzidos e vazos descoloridos. Nos frutos , aparece
manchas amareladas e, no mesocarpo manchas necroticas. Dependendo das variante,
pode ocorer maturaçao regular (isoorizaçao do fruto e sintomas mais evidente de
mosaico.

Etiologia

O ToMV pertece ao genero Tobamovirus, que apresenta como especie tipica o viru do
mosico do fungo (TMV). Apresentam particulas na forma de bastonetes rigidos,
medindo 300nm de comprimento por 18 nm de diametro.

Aparticula intacta do virus possue uma extraodinaria estabilidade com ponto de


intivaçao termica ao redor de 90˚C.

Embora o TMV tambem possa infetar o tomateiro, parece o ToMV e mais


frequentimente encontrado em lavoura de tomate.

São comuns relatos de infecçoes simultanea de TMV e ToMV, pois esses diferem muito
poucos quanto as reaçoes em hospedeiro e em teste de sorologia e proteçao crusada.
(prancha64.2). Varias estirpes de ToMV ocorrem em culturas suscetives de tomateiro.
Esta variabildade e de importancia para os programa de melhoramento visando a
resistencia ao ToMV.

A sintomatologia em plantas diferenciadora permite a distiçao das estirpes.


31

Estirpés pertecentes ao grupo de mosico de tomateiro so trasmitida por sementes,


estando presente na musilagem externa, testa, e, algumas vezes b, no endoesperma da
semente não sendo, no entanto, detectada no embriao. Não se conhece nenhum vector
especifico o mais importante meio de transmissao são as ferramentas ou meios
utilizados durante as operacaoes culturais e as proprias maos do operador.

O ToMV tambem pode sobreviver em restos de folhas e raizes por um periodo variavel
de tempo, dependendo das condicoes do solo. Em solos secos, pode permanecer
infectivo por um periodo de 2 anos, mas em solos umidos perde a infectividade em
poucos meses. Em restos de raizes o virus pode persistir por um longo periodo de
tempo. Pode viver em solos cultivados por 22 meses, a uma profundidade de 120 cm, e
por mais de 2 anos, quando deixado em solos cobertos com plastico preto ou com uma
camada de composto claro.

Controle

Devido a grande estabilidade da particula viral, sua alta infectividade e facil


disseminacao, as mediads de controle devem ser concentradas em praticas que visem
evitar introducao do patogeno na area do plantio, uma vez que é dificil o controle apos o
seu estabelecimento na lavoura. Entre outras , e recomendada a utilizacao de sementes
provenientes de plantas sadias. Tambem recomenda- se os tratamentos de sementes
com solucao 1% de fosfato trizodio (Na3PO4), por 15 minutos ou com ar quente (2 a 4

13. RISCA OU MOSAICO Y- Potato virus Y


É uma virose comum na cultura do tomateiroem epocas frias e secas do ano. O virus é
cosmopolita e causa danos consideraveis em lavouras de solanaceas, embora tenha uma
gama restrita de hospedeiros. Estimativas feitas mundialmete dependendo da idade o
virus pode causar 20 a 70% na producao.

Sintomas

Aparecem com maior frequencia em plantas com 30 a 60 dias, plantas doentes


apresentam foliolos terminais e laterais arqueados para baixo, com mosaico internerval
formado por areas verdes amareladas (Prancha 64.3)

Plantas afectadas apresentam reducao no crescimentoe ciclo mais curto. Opegamento do


fruto tambem é seriamente prejudicado, dependendo do estagio de desenvolvimento em
32

que a planta se encontra quando infectada. Nos frutos nenhum sintoma é conhecido .
Quando o mosaico Y e o mosaico comum (ToMV) Ocorrem concomitatemente, o
quadro sintotomatologico torna-se mais severo do que os produzidos por cada virose
isoladamente.

Etiologia- o a gente causador da risca ou mosaico Y do tomateiro e o viro PVY,


pertencente ao genero potyvirus, familia potyvirudae.apresenta particulas filamentosas
flexuosas, com 15nm de diametro e 730nm de comprimento. Uma das caracteristicas do
PVY é apresentar diversas estirpes. Estudos realizados no estado de são paulo
mostraram que a estirpe Y é a predominante, ocorrendo em pimentao e pimenta, mas
não em batateira. A estirpe Yᶠ, por sua vez, é comum em pimentao e pimenta, mas não
ocorre em batateira não ocorre no tomateiro.mas tambem tem outros estirpes variante
como Yᶜ que provocam sintoms mais severos no tomteiro.
33

14. Conclusão
No fim deste trabalho o grupo concluimos que O controle alternativo de doenças de
plantas inclui o controlo biológico, a indução de resistência em plantas e o uso de
produtos naturais com actividade antimicrobiana e/ou indutora de resistência (Schwan-
Estrada et al., 2003).

De acordo com Bettiol (2005), apesar da disponibilidade de várias técnicas alternativas,


sua utilização ainda restringe-se, em grande parte, aos produtos biológicos. Por tanto, o
grupo também concluiu que sintomatologia não é parâmetro suficiente para identificar e
diferenciar as doeças das seguintes espécies de vírus, fungo e bactéria, porque
encontram-se variações nos sintomas dependendo da época de infecção da planta
(idade), do hospedeiro (cultivar), de factores ambientais e da ocorrência de infecção
viral múltipla.
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15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. Abbasi PA, Cuppels da, Lazarovits G (2003) Effect of foliar applications of
neem oil and fish emulsion on bacterial spot and yield of tomatoes and peppers.
2. Canadian Journal Plant Pathology, Ottawa, v.25, pp.41-48. 2. Amadioha AC
(2000) Controlling rice blast in vitro and in vivo with extracts of Azadirachta
indica. Crop Protection 19:287-290.
3. Araujo Junior JM, Marques EJ, Oiveira JV (2009) Potencial de isolados de
Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana e do óleo de nim no controle do
pulgão Lipaphis erysimi (Kalt.) (Hemiptera: Aphididae). Neotropical
Entomology (38) 4: 520525.

4. S. Shanmugasundaram (ed.) 1988. Mungbean: Proceedings of the Second


International Symposium. AVRDC Taipei, Taiwain;
5. Silva, J. B. C.; Lopes, C. A. Magalhães, J.S. Cultura da batata-doce – Sistemas
de Produção. Embrapa Hortaliças. Em http://www.cnph.embrapa.br/ (acessado
em 10/08/2009) http://www.cnph.embrapa.br/sistprod/batatadoce/index.htm;
6. Singh, S. R. and K. O. Rachie. (ed.). 1985. Cowpea Research, Production and
Utilization. John Wiley & Sons, New York;

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