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Faculdade de Ciências de Saúde

Licenciatura em Nutrição; 4o Ano; Semestre I

Cadeira de Saúde da Comunidade VII

Tema:

Plano de Intervenção para a prevenção das doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA),
na comunidade de Murrupula, distrito de Nampula- Moçambique, 2023-2028

Orientadora:
Dra.: Cecília Boaventura

Nampula
2023
Discente:

Felo André Edrissa

Tema:

Plano de Intervenção para a prevenção das doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA),
na comunidade de Murrupula, distrito de Nampula- Moçambique, 2023-2028

Plano de Intervenção a ser apresentado a orientadora


Dra.: Cecília Boaventura, docente da cadeira de saúde
de comunidade VII, curso de Nutrição,4º ano,
Faculdade de ciências de saúde, como requisito parcial
de obtenção de nota na cadeira.

Nampula
2023
Índice
1. Referencial teórico ...................................................................................................................... 7

1.1. Definição .............................................................................................................................. 7

1.2. Formas de ocorrência ........................................................................................................... 7

1.3. Principais causas .................................................................................................................. 7

1.4. Modo de transmissão e Contaminação ................................................................................. 7

1.5. Sinais e sintomas .................................................................................................................. 8

1.6. Factores de risco ................................................................................................................... 8

1.7. Diagnóstico e tratamento ...................................................................................................... 8

1.8. Factores protectores.............................................................................................................. 9

1.9. Medidas preventivas ............................................................................................................. 9

1.10. Epidemiologia .................................................................................................................. 10

1.10.1. Epidemiologia das DTHA no Mundo ........................................................................ 10

1.10.2. Epidemiologia das DTHA em Moçambique ............................................................. 10

1.10.3. Epidemiologia das DTHA em Nampula .................................................................... 11

2. Plano de intervenção ................................................................................................................. 11

2.1. Problema: ........................................................................................................................... 11

2.2. Justificação ......................................................................................................................... 11

2.3. Objectivos........................................................................................................................... 12

2.3.1. Objectivo geral ............................................................................................................ 12

2.3.2. Objectivos gerais ......................................................................................................... 12

2.4. Metas .................................................................................................................................. 12

2.5. Indicadores ......................................................................................................................... 13

2.6. Estratégia ............................................................................................................................ 14


2.6.1. Estratégia 1: fornecer informação e distribuição de produtos de limpeza e desinfecção
dos alimentos certezas, lixivia e sabão .................................................................................. 14

2.6.2. Estratégia 2: Abertura de furos de água potável .......................................................... 14

2.7. Descrição das Actividades e sua calendarização................................................................ 14

2.8. Recursos ............................................................................................................................. 15

2.9. Cronograma das actividades............................................................................................... 15

2.10. Custos – Orçamento ......................................................................................................... 16

2.11. Grupo alvo ........................................................................................................................ 16

2.12. Principais parceiros envolvidos no plano: ........................................................................ 16

2.13. Resultados esperados........................................................................................................ 17

2.14. Material usado: ................................................................................................................. 17

3. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 18

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Abreviaturas

(OMS): Organização Mundial de Saúde

(FCS): Universidade Lúrio- Faculdade de Ciência de Saúde

(DPS): Direção Provincial de Saúde

(SPS): Aos Serviços Provinciais de Saúde

(DPC): Direcção de Planificação e Cooperação

(MISAU): Ministério da Saúde

(DNS): Direcção Nacional de Saúde


(DTHA): Doenças de transmissão hídrica e alimentar
Resumo
Contextualização: As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são responsáveis pelo
adoecimento de milhões de pessoas anualmente em todo o mundo, causando grande impacto à
saúde pública global à medida que sobrecarregam os sistemas de saúde, comprometem o
desenvolvimento socioeconômico e prejudicam a economia, o turismo e o comércio. (1)
As Nações Unidas estabeleceram o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos em 2018 para
aumentar a conscientização sobre a segurança dos alimentos. A disponibilidade de alimentos
seguros é essencial para a saúde e o bem-estar das pessoas. Somente quando os alimentos são
seguros podemos aproveitar ao máximo seu valor nutricional e os benefícios mentais e sociais de
compartilhar uma refeição segura. A alimentação segura é um dos elementos fundamentais que
garantem uma saúde adequada. Todos avaliam os riscos relacionados à segurança dos alimentos
como parte de suas escolhas diárias. Essas escolhas são feitas por cada indivíduo e também de
forma coletiva por famílias, comunidades, empresas e governos. A produção segura de alimentos
melhora as oportunidades econômicas, permitindo acesso ao mercado e aumento na produtividade.
No entanto, alimentos não seguros ou contaminados causam rejeições comerciais, danos
econômicos e, perda e desperdício de alimentos. Portanto, a aplicação de boas práticas ao longo
da cadeia de alimentos podem melhorar a sustentabilidade, minimizando os danos ambientais, e
ajudam a manter um maior número de produtos agrícolas. (2) Objectivo: consciencializar a
comunidade de Murrupula sobre a manipulação segura, ingestão segura e adequada de alimentos,
bem como o tratamento adequado da água, contribuindo para uma vida saudável e duradoura e
para a redução das DTHA. Resultados Esperados: Espera-se que até no final de 2028 a
comunidade de Murrupula possua conhecimento suficiente, sobre as boas práticas de higiene
durante a manipulação, preparação e produção dos alimentos, saiba tratar e conservar bem a água
em panelas de barro e saiba usar adequadamente a certeza, usando as diferentes técnicas de
tratamento de água como filtração com uso de capulana limpa e bem higienizada, fervura e
exposição da água ao sol.

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1. Referencial teórico
1.1. Definição
A Organização Mundial da Saúde (OMS/ WHO), define as doenças de transmissão hídrica e
alimentar (DTHA) como doenças de natureza infecciosa ou tóxica que são causadas pelo consumo
de alimentos ou água contaminada. (3)
1.2. Formas de ocorrência
As DTHA ocorrem de três formas nomeadamente:
➢ Intoxicação – Que ocorre quando a toxina é produzida por agentes patogénicos;
➢ Infecção – Que ocorre pela ingestão de alimentos contendo patógenos; e
➢ Toxicoinfecções -Que ocorre através da produção de toxinas durante o crescimento de
patógenos no intestino humano. (3)
1.3. Principais causas
As principais causas das doenças de transmissão Hídrica e alimentar são:
➢ Refrigeração inadequada;
➢ Manipuladores portadores de micróbio;
➢ Alimentos preparados com mais de um dia de antecedência;
➢ Instalações deficientes;
➢ Má higiene dos manipuladores;
➢ Equipamento mal lavado;
➢ Matérias-primas contaminadas;
➢ Deficiência no cozimento ou reaquecimento;
➢ Contaminação por roedores;
➢ Equipamento de construção inadequada:
➢ Manutenção inadequada de equipamentos. (4)
1.4. Modo de transmissão e Contaminação
Existem três tipos de contaminação: a microbiológica, a física e a química: A contaminação
microbiana para as (DTHA) ocorre pela negligência dos manipuladores de alimentos, sendo um
fator que prejudica as boas práticas de higiene na manipulação. Também pode acontecer pela falha
de preparo do alimento, más condições do espaço de trabalho, irregularidades, falhas de limpezas
de equipamentos, locais de armazenamento, higiene pessoal e higiene do ambiente.

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A contaminação por agentes físicos e químicos ocorre durante a realização de procedimentos de
boas práticas de higiene, aplicados aos serviços de alimentação que tem atividades de preparação,
manipulação, armazenamento, fracionamento, distribuição, transporte, exposição e entrega de
alimentos preparados para ao consumo, como padarias, lanchonetes, restaurantes, cozinhas
institucionais ou industriais, pastelarias, bufês, confeitarias entre outros serviços de alimentação.
Portanto as DTHA são transmitidas por meio de ingestão de alimentos contaminados por bactérias,
fungos, vírus, parasitas, de pessoa para pessoa, pela a ingestão de substâncias toxicas. (5) A maior
parte dos alimentos que são contaminados não apresentam irregularidades em suas características
como, sabor, textura e odor, por isso impossibilita identificar se há presença de microrganismos
patogênicos presentes em determinados alimentos, causando riscos na saúde do consumidor. (6)
1.5. Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas das DTHA apresentam- se de acordo com o agente infeccioso, podendo incluir
vômitos, náuseas, dores abdominais, febre e diarreia. Além desses sintomas, também podem surgir
alterações extra-intestinais, em diversos órgãos e sistemas do organismo humano, como nos rins,
fígado, meninges, terminações nervosas, sistema nervoso central (SNC). Dependendo do tipo de
patógeno ou toxina envolvida na contaminação, a quantidade e o estado nutricional e físico do
paciente acometido o quadro clínico pode ser demorado ou mais grave, apresentando diarreia
sanguinolenta, desidratação grave, insuficiência respiratória e insuficiência renal aguda. (6)
1.6. Factores de risco
Os factores que contribuem para o surgimento de diversas doenças transmitidas por alimentos são:
A umidade, temperatura, precipitação, acondicionamento dos alimentos. Assim como práticas
inadequadas de manipulação em diferentes etapas da preparação dos alimentos, desde o
recebimento da matéria prima, até o período e temperatura em que o alimento fica exposto para
ser consumido. (6)
1.7. Diagnóstico e tratamento
Para a determinação do diagnostico das DTHA faz-se exames laboratoriais, e durante a
investigação clínico-epidemiológica de um paciente com DTHA por meio da História clínica é
importante valorizar dados sobre:
➢ hábitos alimentares;
➢ Consumo de alimentos suspeitos ou refeições incrimináveis;
➢ Tempo de doença clínica.

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Com o propósito de facilitar o diagnóstico etiológico provável nas DTHA, é comum estudar
agrupando-as a partir da observação de sinais e sintomas (síndromes clínicas) que surgem mais
precocemente ou são predominantes, e pelo período de incubação, como mostra, para consulta
rápida, a seguir. (7)
O tratamento das DTHA constitui-se em minimizar os sintomas, especialmente na reidratação, na
administração de antitérmicos e analgésicos. Em ocorrências mais graves podem ser administrados
antibióticos, no entanto esse medicamento pode agravar o quadro clínico do paciente. (6)
O tratamento das DTHA em indivíduos adultos em que os sintomas são febres por mais de três
dias, fezes sanguinolentas, pode ser realizado com administração de quinolona (norfloxacin ou
ciprofloxacin) ou sulfametoxazol/trimetoprima e crianças com DTHA em que os sintomas são
vômitos e diarreia, é necessário avaliar o estado de hidratação da criança e os “sinais de perigo”
que podem existir, como dificuldade de beber água, mamar no peito, letargia, vômitos ou
convulsões. (6)
1.8. Factores protectores
Considerando que a transmissão destas patologias decorre especialmente por meio de ciclo entre
os homens e os animais, pelas fezes, pela água e alimentos contaminados geralmente de origem
animal. Têm-se como factores protectores a refrigeração adequada, manipuladores não portadores
de micróbio, alimentos não preparados com mais de um dia de antecedência, boa higiene dos
manipuladores, utensílios bem lavados higienizados e desinfectados, uso de água potável limpa e
bem tratada , uso Instalações adequadas, uso de matérias-primas não contaminadas, cozimento ou
reaquecimento adequado, uso de alimentos não contaminação por roedores, e manutenção
inadequada de equipamentos. (4; 8)
1.9. Medidas preventivas
A prevenção das DTHA consiste em:
➢ Evitar a contaminação cruzada dos alimentos,
➢ Evitar a refrigeração inadequada;
➢ Evitar a manipulação dos alimentos por manipuladores portadores de micróbio;
➢ Evitar a ingestão de alimentos preparados com mais de um dia de antecedente;
➢ Evitar a uso de instalações deficientes;
➢ Evitar a má higiene dos manipuladores;
➢ Evitar equipamento mal lavados;

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➢ Evitar matérias-primas contaminadas;
➢ Evitar condições deficientes durante o cozimento ou reaquecimento dos alimentos;
➢ Evitar a contaminação dos alimentos por agentes roedores;
➢ Evitar o uso de equipamentos de construção inadequados;
➢ Evitar a manutenção inadequada de equipamentos.
Na indústria alimentar são utilizados procedimentos físicos e químicos como (pressão de água,
irradiação, detergentes alcalinos, compostos à base de cloro) na limpeza e desinfeção das
superfícies, aplicando-se sistemas de controlo de qualidade e programas de HACCP como forma
de prevenir a contaminação dos alimentos. (9)
1.10. Epidemiologia
1.10.1. Epidemiologia das DTHA no Mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada ano, o consumo de alimentos
contaminados causa 600 milhões de casos de DTHA e 420.000 mortes, em todo o mundo, sendo
as crianças menores de cinco anos as mais afectadas, perfazendo cerca de 125.000 mortes. (10)
Por outro lado, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), estima que 48 milhões de
casos de DTA ocorram a cada ano, nos Estados Unidos, resultando em aproximadamente 128.000
hospitalizações e 3.000 mortes. (10) No Brasil, a Secretaria de Vigilância em Saúde, registrou, em
2018, 598 surtos de DTA, causando doenças em 9320 pessoas e 12 óbitos. Dentre os patógenos
alimentares que afetam milhões de pessoas mundialmente, pode-se destacar Salmonella,
Campylobacter e Escherichia coli Entero-hemorrágicas. (10)
1.10.2. Epidemiologia das DTHA em Moçambique
Em Moçambique, mais de 500 mil pessoas tiveram doenças causadas pelo consumo de alimentos
inseguros em 2018. Segundo a ONU, estes casos correspondem apenas a 5,5% dos casos de
diarreia detectados e notificados. (10) Dados do Ministério da Saúde de Moçambique demonstram
que, desde Janeiro até a primeira semana do maio de 2020, o país notificou 492.152 casos e 198
mortes, devido a ocorrência de doenças diarreicas. (10) no ano de 2019, foram registrados mais
700 casos de cólera e 109 óbitos em províncias do país.
Preparo de alimentos, muitas vezes, com água contaminada, infraestruturas precárias nos locais de
preparação, assim como condições inadequadas de conservação dos alimentos, são considerados
factores importantes que contribuem para o aumento de casos de DTHA, nos países de baixa renda,
como é o caso de Moçambique. (10)

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1.10.3. Epidemiologia das DTHA em Nampula
A incidência dos casos das DTHA especificamente a disenteria no ano de 2020 na Província de
Nampula foi de 2083 e 2387 casos, manteve o número de casos em 2021, tendo evoluído 15% de
2020 a 2021, nestes dois anos não se registou nenhum óbito, a taxa de letalidade foi de 0.00% para
os anos de disenteria no ano 2020 e 2021. (11) A prevalência de febre tifoide no ano de 2015 era
de 93 números de casos positivos confirmados, 58% de casos diagnosticados eram indivíduos de
sexo masculino. Um estudo feito em 2015 em 4 escolas da Cidade de Nampula, compreendendo
381 alunos do ensino primário, registou uma prevalência de 71.3% da cárie dentária, máximo de
3.7 (prevalência merda). (12)
2. Plano de intervenção
2.1. Problema:
Plano de Intervenção para a prevenção das doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA),
na comunidade de Murrupula, distrito de Nampula- Moçambique, 2023-2028.
2.2. Justificação
Anualmente, uma em cada dez pessoas no mundo adoece após consumir alimentos contaminados.
Isso afecta todos os países. Mais de 200 doenças são causadas pela ingestão de alimentos
contaminados com bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas, como metais pesados. Os
micróbios resistentes aos antimicrobianos podem ser transmitidos por meio da cadeia dos
alimentos, através do contato direto entre animais e humanos ou através do meio ambiente. Estima-
se que, anualmente, cerca de 700.000 pessoas morrem em todo o mundo por causa de infecções
resistentes a antimicrobianos. As doenças parasitárias transmitidas por alimentos podem causar
problemas de saúde, tanto agudos como crônicos. O número estimado de casos, relacionado com
as 11 principais doenças parasitárias, é de 48,4 milhões por ano, dos quais 48% são de origem
alimentar. Crianças com menos de 5 anos de idade correm um risco maior de desnutrição e
mortalidade devido à ingestão de alimentos inseguros e representam 40% da carga relacionada às
doenças transmitidas por alimentos. Os alimentos contaminados causaram uma de cada seis mortes
por diarreia, que é considerada uma das principais causas de morte nesta faixa etária.
Por esta mesma razão sabe-se que Moçambique é um país em via de desenvolvido, e a maior parte
da população residente em Moçambique é de baixa renda, devido a pobreza o acesso a educação é
muito reduzido, sendo um factor muito importante para elevadas taxas de analfabetismo no país.
Portanto acredita-se que a população residente em Moçambique na Província de Nampula, distrito

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de Murrupula não possui conhecimento suficiente e adequado, sobre os factores que propiciam o
surgimento das doenças de transmissão hídrica e alimentar, bem como o tratamento adequado da
água, provavelmente não saiba conservar de forma adequada a água e alimentos que consome. Por
isso o interesse para a implementação deste plano naquela comunidade de Murrupula.
2.3. Objectivos
2.3.1. Objectivo geral:
Consciencializar a comunidade de Murrupula sobre a manipulação segura, ingestão segura e
adequada de alimentos, bem como o tratamento adequado da água, contribuindo para uma vida
saudável e duradoura e para e redução das DTHA.
2.3.2. Objectivos gerais:
➢ Aumentar a consciencialização sobre as DTHA por meio da educação para saúde;
➢ Indicar os meios usados para a prevenção das DTHA;
➢ Melhorar as práticas de manipulação de alimentos;
➢ Melhorar as condições de conservação da água e alimentos;
➢ Ensinar as diferentes técnicas de tratamento da água.
➢ Fazer demonstração sobre as boas práticas de higienização dos alimentos
2.4. Metas
Meta 1 para objectivo específico 1:
➢ Aumentar a consciencialização sobre as DTHA por meio da educação para saúde, pelo
menos até 80% na população residente na comunidade de Murrupula, contribuindo para
uma vida saudável a 100% e redução das mortes por DTHA a 100%.
Meta 1 para objectivo específico 2:
➢ Indicar os meios usados para a prevenção das DTHA, com vista a estimular a mudança de
comportamento em 80% e dos hábitos alimentares em 80%.
Meta 3 para objectivo específico 3:
➢ Melhorar as práticas de manipulação dos alimentos, para reduzir a contaminação cruzada
dos alimentos a 100%, reduzindo incidência das DTHA e dos surtos por ingestão de
alimentos contaminados a 100%.
Meta 4 para objectivo específico 4:
➢ Melhorar as condições de conservação da água e alimentos, para proporcionar o consumo
adequado da água a 100%, e conservação adequada e saudável dos alimentos a 100%.

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Meta 5 para objectivo específico 5:
➢ Ensinar as diferentes técnicas de tratamento de água, para reduzir a contaminação da
mesma durante o tratamento a 100%.
Meta 6 para objectivo específico 6:
➢ Fazer demonstração sobre as boas práticas de higienização dos alimentos, para reduzir a
contaminação dos alimentos por agentes microbiológicos, físicos e químicos a 100%
2.5. Indicadores
Indicador 1:
➢ Aumentar a consciencialização sobre as DTHA por meio da educação para saúde.
Acredita-se que por falta de conhecimento e alto índice de analfabetismo a comunidade de
Murrupula não possui conhecimento suficiente para a prevenção das DTHA e como tais doenças
surgem. Sendo um indicador relevante para o surgimento das DTHA, portanto pretende-se
informar a população a respeito.
Indicador 2:
➢ Indicar os meios usados para a prevenção das DTHA.
Acredita-se que por falta de conhecimento e alto índice de analfabetismo, a comunidade de
Murrupula não possui conhecimento sobre os meios adequados para a prevenção das DTHA.
Portanto pretende informar a população a respeito.
Indicador 3:
➢ Melhorar as práticas de manipulação de alimentos.
Acredita-se que por falta de conhecimento e alto índice de analfabetismo a comunidade de
Murrupula não saiba manipular de forma adequada os alimentos seja para o consumo caseiro tanto
para a comercialização. Portando pretende-se informar a população a respeito.
Indicador 4:
➢ Melhorar as condições de conservação da água e alimentos.
Acredita-se que por falta de conhecimento e alto índice de analfabetismo a comunidade de
Murrupula não possui conhecimento suficiente sobre as condições adequadas de conservação da
água e alimentos. Portanto pretende-se informar a população a respeito.

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Indicador 5:
➢ Ensinar as diferentes técnicas de tratamento da água.
Acredita-se que por falta de conhecimento e alto índice de analfabetismo a comunidade de
Murrupula não possui conhecimento suficiente sobre as diferentes técnicas de tratamento da água
como o tratamento da água com o uso da capulana (Filtração), fervura, exposição ao sol e uso
adequado da certeza. Portanto pretende-se informar a respeito.
Indicador 6:
➢ Fazer demonstração sobre as boas práticas de higienização dos alimentos.
Acredita-se que por falta de conhecimento e alto índice de analfabetismo a comunidade de
Murrupula não possui conhecimento sobre as boas práticas de higienização dos alimentos, devido
a falta de informação, com isso pode se verificar aumento das infecções por bactérias, parasitas e
fungos em todas as faixas etárias, principalmente em crianças menores de cinco (5) anos. Portanto
pretende-se informar a população a respeito.
2.6. Estratégia
2.6.1. Estratégia 1: fornecer informação e distribuição de produtos de limpeza e desinfecção
dos alimentos certezas, lixivia e sabão
Primeiramente far-se-á a comunicação antecipadamente as autoridades locais, e toda comunidade
sobre o este programa, depois, posteriormente far-se-á a reunir com comunidade e todas
autoridades locais, para a consciencialização sobre as DTHA, através de uma palestra, depois
realizar-se-á a distribuição de produtos para lavagem e desinfecção dos alimentos como a certeza,
lixivia, e sabão para higiene pessoal da comunidade, durante três (3) anos que corresponde a 36
meses. Depois realizar demonstrações sobre a lavagem e desinfecção dos alimentos usado certeza
e lixivia, e o respectivo enxaguamento com água corrente e a lavagem correcta das mãos usando
sabão de três em três meses, durante três (3) anos.
2.6.2. Estratégia 2: Abertura de furos de água potável
Pretende-se abrir três (3) furos de água potável, para uso gratuito na comunidade de Murrupula,
como uma forma de eliminar a crise e garantir o consumo de água potável em todas as estações do
ano. Contribuindo desta forma para desenvolvimento sustentável.
2.7. Descrição das Actividades e sua calendarização
O processo das actividades para este plano terá o seu início o dia 01 de novembro de 2023 e terá a
duração de cinco (5) anos.

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Numa primeira, fase far-se-á educação para saúde e consciencialização sobre as DTHA e seus
factores de risco de três em três (3) meses.
Numa segunda, fase far-se-á abertura de três (3) furos de água potável, o primeiro (1º) em Janheiro
de 2024, o segundo (2º) em Janheiro de 2025 e o terceiro (3º) em Janheiro de 2026.
Numa terceira, far-se-á a distribuição de produtos para a lavagem e desinfecção dos alimentos de
como certeza e lixivia e a distribuição de sabão para a higiene pessoal da comunidade de
Murrupula. No ano de 2027 a 2028 far-se-á a vigilância comunitária e acompanhamento das
famílias e por fim o térmico do programa.
2.8. Recursos
Para a implementação e execução deste plano será necessário uso de recursos humanos como
(Profissionais de nutrição, médicos e enfermeiros), matérias como (Certeza, lixivia, sabão, viaturas
e máquinas de abertura de furos e cartazes) e financeiros (valor em dinheiro).
2.9. Cronograma das actividades

Data/mês Actividade Estratégia Responsável


Novembro 2023 Inicio das actividades Comunicação antecipada das Felo A. André
autoridades locais sobre do plano
Dezembro 2023 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Janheiro 2024 Abertura do 1º furo de Felo A. André
água potável
Abril 2024 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Julho 2024 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Outubro 2024 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Janheiro 2025 Abertura do 2º furo de Felo A. André
água potável
Abril 2025 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Julho 2025 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Outubro 2025 Educação para saúde Consciencialização
Janheiro 2026 Abertura do 3º furo de Felo A. André
água potável
Abril 2025 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André

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Julho 2025 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Outubro 2025 Educação para saúde Consciencialização Felo A. André
Janeiro a Vigilância comunitária Reforço do uso da certeza, e Autoridades
Dezembro 2017 manipulação adequada dos Locais e
alimentos e uso correcto da Felo A. André
certeza e lixivia.
2028 Fim do programa

2.10. Custos – Orçamento

Nome Unidades Preço Unitário Preço Total


Certeza 80 mil frasquinhos 25,00Mts 2000,000,00Mts
Lixivia 80 mil frasquinhos 150,00Mts 12000,000,00Mts
Sabão 2000 caixas 35,00Mts 70,000,00Mts
Água 2 furos de 50 metros 300.000Mts 600,000Mts
Cartazes 23000 25,00Mts 23025,000,00Mts
Total 300235.00MTS 37,695,000,00Mts

2.11. Grupo alvo


O grupo alvo destinado para este plano é toda população residente na comunidade de Murrupula,
distrito de Nampula, que esteja interessada em participar do programa e motivada a mudar o seu
etilo de vida.
2.12. Principais parceiros envolvidos no plano:
➢ Organização Mundial de Saúde (OMS)
➢ Universidade Lúrio- Faculdade de Ciência de Saúde (FCS)
➢ Direção Provincial de Saúde (DPS)
➢ Aos Serviços Provinciais de Saúde (SPS)
➢ Direcção de Planificação e Cooperação (DPC)
➢ Ministério da Saúde (MISAU)
➢ Às Direcções Nacionais de Saúde (DNS) e respectivos Programas

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2.13. Resultados esperados
Espera-se que até no final de 2028 na comunidade de Murrupula. Possa se observar mudança no
comportamento alimentar, melhoria dos hábitos alimentares, e possua conhecimento suficiente e
sólido baseados em factos científicos deixados pelos profissionais de saúde como de Nutricionista,
Médico e Enfermeiros, sobre a lavagem correcta das mãos, as boas práticas de higiene durante a
manipulação, preparação e produção dos alimentos, sobre o saneamento do meio. Espera-se
também que a mesma comunidade saiba tratar e conservar de forma correcta a água em recipientes
locais como panelas de barro e saiba usar as diferentes técnicas de tratamento de água como
filtração com uso de capulana limpa e bem higienizada, fervura e exposição da água ao sol, e usar
adequadamente a certeza
2.14. Material usado:
➢ Certeza;
➢ Lixivia;
➢ Sabão;
➢ Água;
➢ Cartazes;
➢ Máquinas para abertura de Furo de água.

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3. Referências bibliográficas
1. Paulo RCM, Rodrigo VRT. Panorama epidemiológico dos surtos de doenças transmitidas
por alimentos entre2000 e 2021 no brasil. Revista multidisciplinar em saúde. vols. V. 3, n. 3,
2022.
2. Organizacao das Nacções Unidas para alimentacao e agricultura, Organizacao Mundial de
Saúde. Guia para o dia mundial da seguranca dos alimentos. 2022.
3. Gyselly de CB de M. Doenças de transmissão hídrica e alimentar transmitidas por
alimentos de origem animal: revisão. Belém-pa. 2022.
4. Ivany R de M. Manual das doenças transmitidas por alimentos e água. 2018.
5. Josenne GF, Patrícia LA. Segurança dos alimentos e ferramentas da qualidade. Jandaia-
go : Vol. V.19 ; n.39. 2022.
6. Mernanda de OM. Doenças transmitidas por alimentos: uma revisão bibliográfica:
fortaleza-ce. Edição 226. Vol. V.10, 2022.
7. Ministerio da Saúde. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doencas por
alimentos: brasília, 2010.
8. Ana Cde SS, danielle de SP, daysa PMR, elessandra A da SSV, cleidiane dos SO. Infecção
alimentar por salmonella. vols. V.8,, n.1, 2022.
9. Liliana SM. Estudo de um revestimento antimicrobiano para uso doméstico. 2022.
10.Glória AM. Avaliação das condições higiênico-sanitárias econtaminação microbiológica
de alimentos,manipuladorespreparação de alimentos emmercados e nas ruas de maputo,
moçambique. Porto alegre. 2020.
11. Nutrição. “plano de acção para o combate a disenteria bacteriana e desnutrição cronica na
comunidade de mucopoa . Nampula . 2023.
12. Dentaria. Plano de acção para a prevenção da cárie dentária nas famílias abrangidas pelo
programa 1 estudante 1 família na comunidade de mucopoua. 2023.

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