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Manual de Apoio do Professor e Estudantes

Disciplina de Nutriçã o e Dietética


Olívio Leonardo

Curso Técnico de Enfermagem - 12ª Classe


Moçâmedes 2023
DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA – MANUAL DO ESTUDANTE

FICHA TÉCNICA

Elaboração:
 Olívio José Caiumba Leonardo, Licenciado em Ciências de Enfermagem pelo
Instituto Superior de Enfermagem (ISE) da UAN, Pós-Graduado em Gestão
Integrada da Cadeia de Abastecimento na Saúde pela ENSP, mestrando em Docência
do Ensino Superior pela , Professor do ITSN e Coordenador da Curso de
Enfermagem do ITSN.

Colaboração
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Apoio Metodológico:
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OBs: Não e aconselhável a reprodução deste material sem o consentimento


e autorização prévia

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DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA – MANUAL DO ESTUDANTE

Índice
Unidade 1: Introdução/ Apresentação da disciplina..............................................................4
1.1 Breve considerações sobre a história da nutrição.........................................................................4
1.2 Conceitos de nutrição/ alimentação/Alimento/ nutriente........................................................5
1. 3 Tipos de alimentos...........................................................................................................................5
1.4 Importância da alimentação............................................................................................................6
1.5. Hábitos alimentares. Tabus alimentares.......................................................................................7
1.6 Factores que influenciam nos hábitos alimentares.....................................................................10
Unidade 2: Pirâmide Alimentar...............................................................................................12
2.1 Conceito............................................................................................................................................12
2.2. Grupos alimentares e respectivas funções..................................................................................13
2.3 Frequência de refeições por dia.....................................................................................................14
Unidade 3: Dieta e dietoterapia...............................................................................................15
3.1. Coneito.............................................................................................................................................15
Unidade IV: Regras gerais de alimentação............................................................................18
4.1 Normas importância e controlo de alimentos.............................................................................19
4.1.1 Normas importancia e controlo de alimentos: conservação..............................................22
4.1.2 Normas importancia e controlo de alimentos: tipos de conservação: técnica de
congelamento.........................................................................................................................................24
4.2 Cuidado com alimentação/utensílios utilizados.......................................................................26
4.3 Importância da preparação da alimentação com recursos locais.............................................27
4.4 Hábitos alimentares existentes......................................................................................................27
Unidade V- Necessidades nutricionais do adulto/idoso....................................................29
5.1 Necessidade nutricional do Adulto e idoso activo.....................................................................30
5.1.1 Necessidade nutricional do Adulto e idoso inactivo..........................................................31
5.3 Condutas nutricionais....................................................................................................................32
5.3.1 Regulação dietética..................................................................................................................33
5.4 Educação para a saúde ao adulto, idoso e família......................................................................34
Unidade VI: Doenças nutricionais..........................................................................................37
6.1 Conceito............................................................................................................................................37
6.2 Tipos de doenças.............................................................................................................................37
6.2 Tratamento.......................................................................................................................................38
6.3 Cuidados de enfermagem para pacientes e suas famílias.........................................................40
6.4 Educação para a saúde...................................................................................................................42
Undade VII- Cultura de subsistência.....................................................................................45
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Conclusão.....................................................................................................................................47
Bibliografia Consultada:...........................................................................................................48

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Unidade 1: Introdução/ Apresentação da disciplina

Introdução
Bem-vindo(a) a este livro sobre alimentação e nutrição! Sabemos que a alimentação é um
tema essencial para a nossa saúde e bem-estar. No entanto, com tanta informação
disponível, muitas vezes pode ser difícil entender o que realmente importa. É por isso
que criamos este guia completo e prático para ajudá-lo(a) a entender os principais
conceitos e hábitos alimentares, de forma clara e objetiva.
Desde a importância dos nutrientes até os hábitos alimentares adequados, este livro
oferece uma visão abrangente e atualizada sobre o tema. Abordaremos também os
fatores que influenciam nossas escolhas alimentares e como podemos adotar práticas
saudáveis e equilibradas no nosso dia a dia.
Com base em evidências científicas, apresentamos dicas e orientações valiosas para
ajudá-lo(a) a fazer escolhas alimentares mais conscientes e saborosas, sem abrir mão do
prazer de comer bem. Esperamos que este livro seja uma fonte de inspiração para uma
alimentação mais saudável e prazerosa em sua vida. Boa leitura!

1.1 Breve considerações sobre a história da nutrição


A história da nutrição é bastante complexa e abrangente, e está intimamente ligada à
evolução da humanidade e à sua relação com os alimentos. Desde os tempos mais
remotos, o homem primitivo já se preocupava em obter alimentos para sua
sobrevivência, utilizando técnicas rudimentares de caça, pesca e coleta. Com o tempo, o
homem aprendeu a domesticar animais e a cultivar plantas, o que possibilitou o
surgimento da agricultura e o início da produção em larga escala de alimentos.
Ao longo dos séculos, as questões relacionadas à nutrição foram evoluindo e se
tornando mais complexas. Durante a Idade Média, por exemplo, a alimentação era
bastante limitada, e muitas vezes as pessoas sofriam de desnutrição e doenças
relacionadas à falta de vitaminas e nutrientes essenciais. Já no Renascimento, surgiu o
interesse pela alimentação saudável e equilibrada, e os médicos passaram a prescrever
dietas específicas para tratar doenças.
No século XVIII, a descoberta das vitaminas e a pesquisa científica em nutrição
começaram a se desenvolver, levando à criação de programas de fortificação de
alimentos para prevenir doenças como o raquitismo e a anemia. No século XX, com o
aumento da industrialização e da urbanização, a alimentação se tornou cada vez mais
industrializada e processada, levando a um aumento das doenças crônicas relacionadas
à má alimentação, como a obesidade e o diabetes.

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Atualmente, a nutrição é vista como uma área essencial para a promoção da saúde e
prevenção de doenças, e a pesquisa científica em nutrição continua avançando, trazendo
novas descobertas e insights sobre a importância de uma alimentação saudável e
equilibrada.

1.2 Conceitos de nutrição/ alimentação/Alimento/ nutriente


Nutrição é o estudo dos nutrientes presentes nos alimentos e de como eles são utilizados
pelo organismo humano para manter o funcionamento adequado do corpo, incluindo o
crescimento, desenvolvimento, reparação e manutenção dos tecidos. Também podemos
definir:
Nutrição como um conjunto de processos fisiológicos, bioquímicos e metabólicos que
envolvem a ingestão, digestão, absorção, transporte, utilização e eliminação de
nutrientes pelo corpo humano, visando manter as funções corporais adequadas,
promover a saúde e prevenir doenças.
Alimentação refere-se ao ato de ingerir alimentos para fornecer ao corpo os nutrientes
necessários para o seu bom funcionamento. É um comportamento humano que engloba
não só o ato de comer, mas também a escolha dos alimentos, os hábitos alimentares, as
preferências e aversões alimentares, bem como as questões culturais, sociais, econômicas
e ambientais que influenciam a alimentação.
Alimento é qualquer substância que pode ser consumida pelo ser humano e que fornece
nutrientes ao organismo. Pode ser de origem animal ou vegetal, incluindo carnes,
peixes, frutas, verduras, legumes, grãos, cereais, leite e derivados, entre outros. Além de
nutrientes, os alimentos também podem fornecer energia e outras substâncias
importantes para a saúde.
Nutriente é qualquer substância presente nos alimentos que é utilizada pelo corpo para
manter as funções vitais e promover o crescimento, desenvolvimento e manutenção da
saúde. Os nutrientes incluem carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e
água. Cada nutriente tem funções específicas no organismo e sua ingestão adequada é
essencial para a saúde e bem-estar.

1. 3 Tipos de alimentos
Existem vários tipos de alimentos que fornecem nutrientes essenciais para o nosso
corpo. Conhecer esses tipos de alimentos pode nos ajudar a planejar uma dieta
equilibrada e saudável. Aqui estão alguns exemplos:
1. Carboidratos: São os alimentos que fornecem energia ao corpo, como arroz, pão,
massas, cereais, batatas, milho, entre outros. É importante escolher opções integrais, pois
elas são mais ricas em fibras e nutrientes.
2. Proteínas: São os alimentos que fornecem aminoácidos para a construção e reparação
de tecidos, como carnes, peixes, aves, ovos, leite, queijos, feijões, lentilhas, entre outros.
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É importante escolher opções magras, como peixes e aves sem pele, para evitar o excesso
de gordura e colesterol.
3. Gorduras: São os alimentos que fornecem energia e ajudam na absorção de vitaminas
lipossolúveis, como óleos vegetais, manteiga, margarina, nozes, sementes, abacate, entre
outros. É importante escolher opções saudáveis, como óleos vegetais não hidrogenados,
nozes e sementes, que são ricos em ácidos graxos insaturados.
4. Frutas e vegetais: São os alimentos que fornecem vitaminas, minerais e fibras, como
maçãs, laranjas, bananas, uvas, tomates, cenouras, brócolis, espinafre, entre outros. É
importante escolher uma variedade de cores e tipos para garantir uma ingestão
adequada de nutrientes.
5. Laticínios: São os alimentos que fornecem cálcio e outros nutrientes, como leite,
queijo, iogurte, entre outros. É importante escolher opções com baixo teor de gordura e
sem adição de açúcar.
6. Bebidas: São os líquidos que fornecem hidratação, como água, chás, sucos naturais,
leite, entre outros. É importante evitar bebidas com alto teor de açúcar, como
refrigerantes e sucos industrializados.
É importante lembrar que cada pessoa tem necessidades nutricionais específicas, por
isso é importante buscar orientação de um profissional de saúde antes de fazer grandes
mudanças na alimentação. Além disso, é importante escolher opções frescas e
minimamente processadas sempre que possível, para obter o máximo de nutrientes e
benefícios para a saúde.

1.4 Importância da alimentação


A alimentação é fundamental para a saúde e bem-estar do corpo humano. Ela fornece os
nutrientes necessários para o funcionamento adequado do organismo, incluindo
proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e água. Cada nutriente possui
uma função específica no corpo, sendo responsável por funções como construção e
reparação dos tecidos, produção de energia, proteção do corpo contra doenças e
regulação do funcionamento de diversos órgãos.
Uma alimentação saudável e equilibrada ajuda a prevenir uma série de doenças, como
diabetes, hipertensão arterial, obesidade, doenças cardiovasculares e vários tipos de
câncer. Além disso, a alimentação adequada auxilia na manutenção do peso corporal
ideal, na melhora da disposição física e mental, na prevenção da fadiga e no aumento da
qualidade de vida.
A alimentação adequada deve ser composta por alimentos variados, incluindo frutas,
verduras, legumes, cereais integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Deve-se
evitar alimentos ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio em excesso, que podem
ser prejudiciais à saúde.

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É importante destacar que cada indivíduo possui necessidades nutricionais específicas,


que variam de acordo com o sexo, idade, peso, altura, nível de atividade física e
condições de saúde. Por isso, é fundamental buscar orientação de um profissional de
nutrição para uma dieta personalizada e adequada às suas necessidades individuais.
A alimentação é uma das necessidades básicas do ser humano e é essencial para manter
a saúde e o bem-estar. A importância da alimentação vai além de apenas saciar a fome,
pois os nutrientes presentes nos alimentos são responsáveis por diversas funções vitais
no organismo.
Uma alimentação adequada e equilibrada é fundamental para fornecer os nutrientes
necessários para o funcionamento do corpo, para manter a saúde e prevenir doenças. Os
nutrientes presentes nos alimentos são responsáveis por fornecer energia, proteção e
regulação ao organismo.
A energia fornecida pelos alimentos é essencial para manter as funções vitais do corpo,
como a respiração, batimento cardíaco, atividades físicas e mentais, entre outras. A
proteção é fornecida pelos nutrientes que possuem propriedades antioxidantes e anti-
inflamatórias, ajudando a prevenir o surgimento de doenças crônicas, como diabetes,
obesidade, câncer, doenças cardiovasculares, entre outras. E a regulação é fornecida
pelos nutrientes que atuam em processos como a regulação do metabolismo, a formação
e reparação de tecidos, o controle hormonal e a regulação do sistema imunológico.
Além disso, a alimentação também influencia diretamente na qualidade de vida das
pessoas, pois uma dieta inadequada pode levar ao surgimento de problemas de saúde,
diminuir a disposição e a produtividade, afetar o humor e a autoestima.
Por isso, é importante manter uma alimentação equilibrada, variada e colorida,
incluindo alimentos de todos os grupos alimentares em quantidades adequadas. É
preciso dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados, evitando
alimentos ultraprocessados e industrializados, que possuem alta quantidade de
açúcares, gorduras e sódio.
Além disso, é fundamental adotar hábitos alimentares saudáveis desde a infância, pois
uma alimentação adequada desde cedo pode prevenir o surgimento de doenças na vida
adulta. Também é importante lembrar que a alimentação deve ser individualizada,
levando em consideração as necessidades e preferências de cada pessoa. Por isso, é
sempre indicado buscar orientação de um nutricionista para uma alimentação adequada
e saudável.

1.5. Hábitos alimentares. Tabus alimentares


Os hábitos alimentares referem-se ao conjunto de comportamentos, atitudes e escolhas
alimentares que uma pessoa ou grupo tem ao longo de sua vida. Eles são influenciados
por diversos fatores, como cultura, educação, religião, condições socioeconômicas, entre
outros.

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Além disso, é importante evitar hábitos alimentares prejudiciais à saúde, como o


consumo excessivo de alimentos industrializados, fast-foods, bebidas alcoólicas e
refrigerantes. É fundamental adotar um estilo de vida saudável, com a prática regular de
atividades físicas, sono adequado e controle do estresse. A adoção de hábitos
alimentares saudáveis é um processo gradual e pode exigir mudanças na rotina, mas os
benefícios para a saúde são imensos.
Adquirir hábitos alimentares saudáveis é fundamental para manter uma boa saúde e
prevenir diversas doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão, doenças
cardiovasculares, entre outras. Para isso, é importante seguir algumas recomendações.
Alguns hábitos alimentares saudáveis incluem:
1. Consumir uma variedade de alimentos, incluindo frutas, verduras, legumes, grãos
integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura (é importante incluir
no cardápio alimentos de diferentes grupos alimentares)
2. Limitar o consumo de alimentos processados, açúcares adicionados, gorduras
saturadas e sódio (é importante evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em
açúcar, gorduras saturadas e sódio, que podem aumentar o risco de doenças crônicas).
3. Controlar o tamanho das porções (é preciso consumir quantidades adequadas de cada
grupo alimentar, sem exageros ou restrições excessivas).
4. Fazer refeições regulares e equilibradas ao longo do dia (é importante fazer refeições
regulares e nos horários certos, evitando ficar longos períodos em jejum ou comer em
excess).
5. Beber bastante água e evitar bebidas açucaradas;
6. Fazer escolhas alimentares conscientes e prestar atenção aos sinais de fome e
saciedade;
7. Cozinhar em casa e escolher opções mais saudáveis ao comer fora.
Por outro lado, alguns hábitos alimentares prejudiciais incluem:
1. Consumir alimentos com alto teor de açúcar, gordura saturada e sódio;
2. Fazer refeições irregulares ou pular refeições;
3. Comer em excesso ou fazer escolhas alimentares não saudáveis com frequência;
4. Comer rápido e não mastigar bem os alimentos (é fundamental mastigar bem os
alimentos, para facilitar a digestão e absorção dos nutrients).
5. Beber bebidas alcoólicas em excesso;
6. Depender de alimentos ultraprocessados ou fast food;
7. Não ler os rótulos dos alimentos e não prestar atenção aos ingredientes.

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É importante lembrar que mudar hábitos alimentares não acontece da noite para o dia e
pode ser um processo desafiador. No entanto, com pequenas mudanças graduais, é
possível adotar hábitos mais saudáveis e melhorar a saúde a longo prazo.
Tabus alimentares
Tabus alimentares são restrições culturais que impõem limitações na escolha e no
consumo de determinados alimentos. Essas restrições podem ser baseadas em motivos
religiosos, sociais, históricos ou mesmo pessoais.
Tambem podemos dizer que Hábitos alimentares são os comportamentos e escolhas
relacionados à alimentação que uma pessoa adota em sua vida diária. Esses hábitos
podem ser influenciados por diversos factores, como cultura, tradições familiares,
disponibilidade de alimentos, preferências pessoais e educação alimentar.
Os tabus alimentares variam amplamente de uma cultura para outra. Por exemplo, em
algumas culturas, é considerado tabu consumir carne de porco, enquanto em outras, é
um alimento muito valorizado. Na Índia, por exemplo, a vaca é considerada sagrada e
não pode ser consumida, enquanto em outras culturas, o consumo de carne bovina é
comum.
Além de motivos religiosos e culturais, os tabus alimentares podem ser baseados em
crenças pessoais sobre saúde e nutrição. Algumas pessoas escolhem evitar determinados
alimentos por acreditar que eles são prejudiciais à saúde, mesmo que não haja
evidências científicas para apoiar essa crença.
Os tabus alimentares podem ser um desafio para profissionais de saúde e nutricionistas,
que precisam ajudar seus pacientes a alcançar uma dieta saudável e equilibrada dentro
das restrições impostas por suas crenças culturais e pessoais. É importante respeitar e
entender a cultura alimentar de cada indivíduo, oferecendo orientações e sugestões
adequadas para uma alimentação saudável e equilibrada.
Por outro lado, os hábitos alimentares não saudáveis incluem o consumo excessivo de
alimentos calóricos, processados e ricos em açúcar, gorduras saturadas e sal, além de
pular refeições ou comer em excesso. Esses hábitos podem levar ao desenvolvimento de
doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e doenças
cardiovasculares.
Para mudar hábitos alimentares não saudáveis, é importante fazer mudanças graduais e
duradouras, e não tentar mudar tudo de uma só vez. É possível começar por escolhas
simples, como substituir refrigerantes por água ou sucos naturais, adicionar mais frutas
e legumes à alimentação e evitar frituras e alimentos processados. É importante também
ter apoio e incentivo da família e amigos para manter os novos hábitos alimentares a
longo prazo.

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1.6 Factores que influenciam nos hábitos alimentares


Os hábitos alimentares de uma pessoa são influenciados por diversos fatores, tais como:
1. Cultura e tradições: As culturas e tradições alimentares têm grande impacto na
alimentação das pessoas. Hábitos alimentares passados de geração em geração podem
ser influenciados por questões religiosas, econômicas e geográficas. Como por exemplo,
a preferência por determinados alimentos, modos de preparo e horários das refeições.
2. Socioeconômico: a renda e a classe social de uma pessoa também podem influenciar
seus hábitos alimentares, já que pessoas com maior poder aquisitivo têm mais acesso a
alimentos variados e saudáveis, enquanto pessoas com menor renda podem ter
dificuldade em adquirir alimentos de qualidade.
3. Psicológico: o estado emocional de uma pessoa pode influenciar seus hábitos
alimentares, levando ao consumo de alimentos por razões emocionais, como estresse,
ansiedade, tristeza ou alegria.
4. Educação alimentar: a falta de conhecimento sobre nutrição e hábitos alimentares
saudáveis pode levar ao consumo de alimentos inadequados ou em excesso.
5. Disponibilidade de alimentos: a facilidade de acesso e disponibilidade de alimentos
pode influenciar diretamente os hábitos alimentares das pessoas, seja pela proximidade
de locais de compra ou pela oferta de alimentos em casa.
6. Publicidade: a publicidade de alimentos pode influenciar na escolha dos alimentos
consumidos, levando muitas vezes ao consumo de alimentos pouco saudáveis.
7. Influência da mídia: A mídia exerce uma grande influência nos hábitos alimentares
das pessoas. A publicidade pode incentivar o consumo de alimentos não saudáveis,
enquanto programas de TV e sites especializados podem incentivar o consumo de
alimentos saudáveis.
8. Crenças pessoais: as crenças pessoais, como restrições religiosas ou éticas, podem
influenciar os hábitos alimentares de uma pessoa.
9. Influência social: a influência dos amigos, familiares e colegas de trabalho também
pode influenciar os hábitos alimentares de uma pessoa, seja pela oferta de alimentos ou
pelo comportamento alimentar em grupo.
10. Conveniência: a praticidade e rapidez na preparação dos alimentos pode influenciar
na escolha dos alimentos consumidos, muitas vezes levando ao consumo de alimentos
pouco saudáveis.
11. Fatores biológicos: as preferências alimentares podem ser influenciadas pela
genética, como por exemplo, a preferência por sabores doces ou salgados.
12. Conhecimento nutricional: O conhecimento nutricional pode influenciar a escolha
dos alimentos. Pessoas que possuem maior conhecimento nutricional tendem a escolher
alimentos mais saudáveis.
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13. Necessidades fisiológicas: As necessidades fisiológicas do corpo podem influenciar


a escolha dos alimentos. O corpo pode ter uma necessidade específica de nutrientes que
deve ser atendida pela alimentação.
É importante lembrar que os hábitos alimentares são formados ao longo da vida e
podem ser modificados a qualquer momento, através de educação alimentar e
acompanhamento nutricional adequado.

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Unidade 2: Pirâmide Alimentar


2.1 Conceito
A pirâmide alimentar é uma representação gráfica que tem como objetivo orientar as
pessoas a terem uma alimentação saudável e equilibrada, indicando a quantidade e a
frequência de consumo dos diversos grupos de alimentos. A pirâmide é dividida em
faixas horizontais, cada uma representando um grupo alimentar e sua importância na
dieta.
A base da pirâmide é formada pelos alimentos mais importantes e que devem ser
consumidos em maior quantidade, como os cereais, pães, arroz, massas e tubérculos.
Esses alimentos são ricos em carboidratos, que fornecem energia para o corpo.
Na segunda faixa, estão os vegetais e as frutas, que fornecem vitaminas, minerais e
fibras. A recomendação é consumir de 3 a 5 porções diárias.
A terceira faixa é composta pelos alimentos fontes de proteínas, como carnes, ovos,
leguminosas e oleaginosas. Esses alimentos são importantes para a formação e
manutenção dos tecidos corporais.
Na quarta faixa, estão os laticínios, como leite, queijos e iogurtes. Eles são fontes de
cálcio e outros minerais importantes para a saúde óssea.
Por fim, no topo da pirâmide, estão os alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal, como
os doces, refrigerantes, frituras e alimentos industrializados. Esses alimentos fornecem
poucos nutrientes importantes para o organismo devem ser consumidos com
moderação, pois em excesso podem contribuir para o ganho de peso e o
desenvolvimento de doenças crônicas crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão.
A pirâmide alimentar é uma importante ferramenta para a promoção da saúde e
prevenção de doenças relacionadas à alimentação. Ela ajuda a orientar as escolhas
alimentares de forma equilibrada e variada, garantindo uma alimentação saudável e
nutritiva.
É importante ressaltar que a pirâmide alimentar é apenas um guia e não deve ser
seguida de forma rígida. Cada indivíduo tem necessidades nutricionais específicas e o
ideal é buscar orientação de um profissional da área da saúde para adequar a
alimentação de acordo com suas necessidades e objectivos. Além disso, é importante
lembrar que a alimentação deve ser variada e equilibrada, com o consumo de alimentos
de diferentes grupos em quantidades adequadas para cada pessoa.

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2.2. Grupos alimentares e respectivas funções


Ter hábitos alimentares saudáveis é fundamental para manter uma boa qualidade de
vida e prevenir diversas doenças. Para isso, é importante conhecer os grupos
alimentares e suas funções na alimentação. Vamos entender melhor cada um deles:
1. Carboidratos: são encontrados em alimentos como pães, massas, arroz, batata,
mandioca, entre outros. Eles são a principal fonte de energia para o nosso organismo. Os
carboidratos são divididos em simples e complexos, e os complexos são mais indicados
por possuírem uma digestão mais lenta, o que mantém a saciedade por mais tempo.
2. Proteínas: são encontradas em alimentos como carnes, ovos, leite e derivados,
leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), entre outros. As proteínas são responsáveis
pela construção e reparação dos tecidos do corpo, como músculos, pele, cabelos, unhas,
além de serem importantes para a produção de hormônios e enzimas ajudando no
funcionamento do sistema imunológico.
3. Gorduras: podem ser encontradas em alimentos como óleos, manteiga, castanhas,
abacate, peixes, entre outros. As gorduras são importantes para o nosso organismo, pois
ajudam na absorção de vitaminas lipossolúveis(vitamina A, D, E e K), produção de
hormônios e na formação de células. Também ajudam a regular a temperatura do corpo
e a proteger os órgãos internos. No entanto, é importante consumi-las com moderação,
pois em excesso podem levar ao ganho de peso e aumento do risco de doenças
cardiovasculares.
4. Vitaminas e minerais: são encontrados em frutas, legumes, verduras, entre outros
alimentos. As vitaminas e minerais são importantes para diversas funções no
organismo, como a formação de ossos e dentes, transporte de oxigênio pelo sangue,
produção de hormônios, entre outras. Cada vitamina tem uma função específica, como a
vitamina A que é importante para a saúde dos olhos, a vitamina C que é essencial para o
sistema imunológico e a vitamina D que ajuda na absorção de cálcio pelo organismo.
5. Água: É importante para o transporte de nutrientes e para a eliminação de toxinas do
corpo, além de ajudar a manter a temperatura corporal e hidratar a pele. É recomendado
o consumo de cerca de 2 litros de água por dia, além de ser encontrada em alimentos
como frutas, verduras e sopas.
6. Fibra: são encontradas em alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais
integrais. As fibras são importantes para a regulação do intestino, prevenção de doenças
cardiovasculares e diabetes, além de ajudarem na sensação de saciedade.
É importante destacar que o equilíbrio entre esses grupos alimentares é fundamental
para manter uma alimentação saudável e balanceada. Além disso, é importante evitar o
consumo excessivo de alimentos industrializados, açúcares e alimentos ricos em gordura
saturada. A recomendação é sempre optar por alimentos naturais e preparações caseiras,
que podem ser mais saudáveis e saborosas.

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2.3 Frequência de refeições por dia


A frequência de refeições por dia é um aspecto importante para a saúde e nutrição do
nosso corpo poise ela é importante para manter uma alimentação saudável e
equilibrada. O número de refeições que cada pessoa deve fazer por dia pode variar de
acordo com suas necessidades e rotina, mas em geral, é recomendado fazer entre 3 a 6
refeições por dia.
A primeira refeição do dia é o café da manhã, que é considerado uma das refeições mais
importantes do dia, pois fornece a energia necessária para iniciar as actividades do dia e
ajuda a manter o metabolismo em funcionamento. Além disso, pessoas que fazem um
café da manhã balanceado tendem a ter melhores hábitos alimentares ao longo do dia.
O almoço e o jantar são as refeições principais do dia e devem ser balanceadas com
alimentos de todos os grupos alimentares, como carboidratos, proteínas, gorduras,
vitaminas e minerais. O jantar deve ser uma refeição mais leve, para facilitar a digestão e
não prejudicar o sono. É importante evitar o consumo excessivo de alimentos
gordurosos e frituras, dando preferência a alimentos grelhados, cozidos ou assados.
Além dessas refeições principais, é recomendado fazer lanches saudáveis entre elas,
para evitar a fome excessiva e manter o metabolismo ativo, mas devem ser escolhidos
com cuidado. Os lanches podem ser frutas, iogurtes, barras de cereais, castanhas, entre
outros alimentos saudáveis e nutritivos.
Por fim, é importante lembrar que a frequência e a quantidade de refeições de refeições
por dia não é o único fator importante na alimentação saudável e podem variar de
acordo com as necessidades individuais de cada pessoa, como o nível de atividade
física, idade, sexo e peso. A qualidade dos alimentos consumidos, a quantidade de
calorias e a variedade na dieta também são fundamentais para uma alimentação
equilibrada. É recomendado procurar um nutricionista para ajudar na elaboração de
uma dieta personalizada e saudável.

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Unidade 3: Dieta e dietoterapia


3.1. Coneito
Dieta e dietoterapia são duas áreas relacionadas à alimentação e à saúde.
A dieta é um termo usado para descrever a alimentação diária de uma pessoa, incluindo
a quantidade, tipo e frequência dos alimentos e bebidas que ela consome. Ela refere-se
aos hábitos alimentares de uma pessoa, ou seja, o que ela come e bebe regularmente.
Uma dieta saudável deve fornecer ao corpo os nutrientes necessários para funcionar
corretamente, manter um peso saudável e prevenir doenças. Ela deve ser equilibrada e
conter uma variedade de alimentos nutritivos, incluindo frutas, legumes, proteínas
magras e grãos integrais.
Já a dietoterapia é uma área da nutrição que utiliza a dieta como forma de tratamento
de diversas doenças e condições de saúde. Os nutricionistas que trabalham com
dietoterapia são treinados para identificar deficiências nutricionais, intolerâncias
alimentares e outras questões relacionadas à saúde que podem ser melhoradas por meio
da dieta. Por exemplo, uma pessoa com diabetes pode ser orientada a seguir uma dieta
com baixo teor de açúcar para controlar seus níveis de glicose no sangue, enquanto uma
pessoa com hipertensão arterial pode precisar seguir uma dieta com baixo teor de sódio.
A dietoterapia é usada para tratar muitas condições de saúde, como diabetes,
obesidade, doenças cardiovasculares, intolerâncias alimentares, alergias e outras. Os
nutricionistas podem criar planos alimentares personalizados adaptada às necessidades
individuais de cada paciente no intuito de atender às necessidades de cada paciente, que
podem incluir modificações na quantidade e no tipo de alimentos que uma pessoa come,
além de suplementos nutricionais e outros ajustes.
Uma dieta saudável deve incluir uma variedade de alimentos nutritivos, como frutas,
legumes, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis. Alimentos
processados, ricos em açúcar e gorduras saturadas devem ser consumidos com
moderação.
Em resumo, a dieta é um conceito amplo que se refere à alimentação diária de uma
pessoa, enquanto a dietoterapia é uma abordagem mais específica que usa a alimentação
como parte do tratamento de condições de saúde específicas. Ambos são importantes
para manter um estilo de vida saudável e prevenir doenças. É importante consultar um
profissional de saúde capacitado para orientação personalizada.
3.2 Tipos de dietas
Existem vários tipos de dietas utilizados em dietoterapia para atender a diferentes
necessidades nutricionais e de saúde. Alguns exemplos incluem:
1. Dieta hipocalórica: é uma dieta com baixo teor calórico, utilizada para perda de peso.

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2. Dieta hipercalórica: é uma dieta com alto teor calórico, utilizada para ganho de peso
ou para indivíduos com alto gasto energético.
3. Dieta hiperproteica: é uma dieta com alto teor de proteína, utilizada para aumento da
massa muscular e para atletas.
4. Dieta hipoglicídica: é uma dieta com baixo teor de carboidratos, utilizada para
controle de diabetes e para perda de peso.
5. Dieta hipolipídica: é uma dieta com baixo teor de gordura, utilizada para controle do
colesterol e para prevenção de doenças cardiovasculares.
6. Dieta sem glúten: é uma dieta sem a proteína do glúten, utilizada para indivíduos
com intolerância ao glúten ou doença celíaca.
7. Dieta sem lactose: exclui produtos lácteos que contenham lactose, um açúcar
encontrado no leite e outros produtos lácteos. É necessário para pessoas com
intolerância à lactose.
8. Dieta vegetariana: A dieta vegetariana é benéfica para a saúde, pois promove o
consumo de alimentos nutritivos, como frutas, legumes, grãos integrais e nozes, além de
reduzir a ingestão de gordura saturada e colesterol encontrados em produtos de origem
animal. No entanto, a ingestão adequada de nutrientes como ferro, cálcio e vitamina B12
pode ser um desafio para alguns vegetarianos.
9. Dieta vegana: A dieta vegana, exclui todos os produtos de origem animal da dieta,
incluindo carne, laticínios, ovos e mel. Quando bem planejada, pode fornecer todos os
nutrientes necessários para uma boa saúde, incluindo proteínas, ferro, cálcio e vitamina
B12, encontrados em fontes não animais, como legumes, grãos integrais, frutas, nozes e
sementes. No entanto, pode ser difícil obter quantidades suficientes de alguns nutrientes
e, portanto, é importante garantir uma dieta equilibrada e variada.
10. Dieta enteral: é uma dieta líquida administrada por sonda nasogástrica ou
gastrostomia, utilizada para indivíduos que não conseguem se alimentar pela boca.
É importante destacar que essas dietas devem ser prescritas por um profissional
nutricionista, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.
11. Dieta Mediterrânea: baseada nos hábitos alimentares de países como Grécia e Itália,
essa dieta é rica em alimentos que fornecem nutrientes importantes, como antioxidantes,
fibras e gorduras saudáveis, e tem sido associada a uma redução do risco de doenças
crônicas, como doenças cardíacas e câncer. O consumo de carne vermelha e açúcar
refinado é limitado, enquanto frutas, legumes, grãos integrais, nozes e sementes são
encorajados.
12. Dieta cetogênica: Essa dieta é rica em gordura e limita o consumo de carboidratos
para induzir o estado de cetose, em que o corpo usa a gordura como fonte de energia em
vez de carboidratos. É útil para perda de peso, para tratar doenças como epilepsia e
pode ajudar a melhorar a saúde metabólica em pessoas com diabetes. No entanto, pode
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ser difícil manter a dieta a longo prazo e pode causar efeitos colaterais, como fadiga e
constipação.
13. Dieta com baixo teor de carboidratos: Essa dieta é semelhante à dieta cetogênica,
mas permite um consumo moderado de carboidratos. É uma opção para pessoas que
buscam perda de peso ou controle glicêmico em pessoas com diabetes. A ingestão
adequada de nutrientes, como vitaminas e minerais, pode ser um desafio com essa dieta.
14. Dieta com baixo teor de gordura: Essa dieta limita a ingestão de gordura para
melhorar a saúde cardiovascular e reduzir o colesterol. Pode ser útil para pessoas com
doenças cardíacas ou colesterol alto. No entanto, é importante garantir que a ingestão de
nutrientes, como proteínas, não seja comprometida pela redução da ingestão de
gordura.
15. Dieta flexível ou "contagem de macros": Essa dieta é baseada na ingestão diária de
um determinado número de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras),
permitindo uma maior flexibilidade na escolha dos alimentos. Pode ser uma opção para
pessoas que desejam controlar a ingestão calórica e se adaptar às preferências
alimentares individuais.
16. Dieta de jejum intermitente: envolve ciclos de restrição calórica alternados com
períodos de alimentação normal. Pode ser útil para perda de peso e melhora da saúde
metabólica.
É importante lembrar que qualquer dieta deve ser individualizada e prescrita por um
profissional de saúde capacitado para atender às necessidades e objectivos específicos
de cada pessoa.

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Unidade IV: Regras gerais de alimentação


As regras gerais de alimentação podem ser divididas em várias categorias, incluindo
escolhas de alimentos, controle de porções, hidratação, planejamento de refeições,
hábitos alimentares e consulta a um profissional de saúde. Abaixo, detalhamos cada
uma dessas categorias:
1. Escolhas de alimentos: a primeira regra geral de alimentação é escolher alimentos
saudáveis e nutritivos. Isso inclui consumir uma variedade de alimentos, como frutas,
legumes, grãos integrais, proteínas magras, laticínios com baixo teor de gordura e
gorduras saudáveis. As frutas e legumes são ricos em vitaminas, minerais e fibras, e
podem ajudar a prevenir doenças crônicas, como doenças cardíacas e diabetes. Os grãos
integrais são uma ótima fonte de carboidratos complexos, fibras e nutrientes, e podem
ajudar a controlar o açúcar no sangue e manter a saciedade. As proteínas magras, como
peixe, frango, peru, ovos e leguminosas, são importantes para o crescimento e reparação
de tecidos, e podem ajudar a manter a massa muscular e a saciedade. Os laticínios com
baixo teor de gordura são ricos em cálcio e podem ajudar a manter ossos saudáveis. As
gorduras saudáveis, como azeite, abacate e nozes, podem ajudar a manter o coração
saudável e a absorção de nutrientes.
2. Controle de porções: o controle de porções é fundamental para manter uma ingestão
calórica adequada. É importante comer até se sentir satisfeito, não até se sentir cheio. O
uso de pratos menores e a conscientização do tamanho das porções podem ajudar a
controlar a quantidade de alimentos consumidos.
3. Hidratação: a hidratação é importante para manter a função celular adequada, ajudar
na digestão e regular a temperatura corporal. É recomendável consumir pelo menos 8
copos de água por dia. Bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados,
devem ser evitadas, pois podem contribuir para o ganho de peso e aumentar o risco de
doenças crônicas.
4. Planejamento de refeições: planejar as refeições pode ajudar a controlar a ingestão
calórica e manter uma alimentação saudável. Isso pode incluir o preparo de refeições em
casa e a escolha de alimentos nutritivos em restaurantes. É importante ter opções
saudáveis disponíveis em casa, para evitar recorrer a alimentos processados e ricos em
açúcar.
5. Hábitos alimentares: hábitos alimentares saudáveis incluem mastigar bem os
alimentos, saborear os alimentos e comer devagar para permitir que o cérebro registre
que está satisfeito. É importante evitar comer em frente à televisão ou ao celular, pois
isso pode levar a uma ingestão excessiva de alimentos.
6. Evitar alimentos processados e ricos em açúcar: Alimentos processados e ricos em
açúcar podem contribuir para o ganho de peso e aumentar o risco de doenças crônicas. É

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importante limitar o consumo desses alimentos e escolher opções mais saudáveis e


nutritivas
7. Consultar um profissional de saúde: Consultar um profissional de saúde, como um
nutricionista, pode ajudar a desenvolver um plano alimentar adequado às necessidades
individuais e objetivos de saúde.

4.1 Normas importância e controlo de alimentos


As normas de segurança alimentar são essenciais para garantir a qualidade e a
segurança dos alimentos consumidos pela população. Através dessas normas, é possível
controlar e monitorar todo o processo de produção, distribuição e armazenamento de
alimentos, desde a sua origem até a mesa do consumidor.
A importância das normas de segurança alimentar pode ser vista a partir da prevenção
de doenças e intoxicações alimentares, que podem levar a problemas de saúde graves, e
até mesmo à morte. Além disso, as normas também têm um papel fundamental na
garantia de padrões de qualidade para os alimentos, assegurando que eles não
contenham contaminantes químicos ou biológicos que possam prejudicar a saúde do
consumidor.
Para que essas normas sejam efetivas, é necessário que haja um controle rigoroso por
parte das autoridades competentes. Esses controles devem ser realizados desde a
produção até o consumo dos alimentos, passando pelo armazenamento, transporte e
distribuição.
O controle de alimentos é feito através de diversas técnicas, como análises laboratoriais,
inspeções sanitárias e fiscalizações de estabelecimentos que manipulam alimentos. É
importante que esses controles sejam realizados de forma contínua e regular, para que
sejam identificadas possíveis falhas no sistema e para que sejam tomadas medidas
corretivas em tempo hábil.
Além disso, é fundamental que os consumidores também tenham conhecimento sobre a
importância das normas de segurança alimentar e saibam como escolher e manipular
corretamente os alimentos em casa. Isso inclui, por exemplo, a conservação adequada
dos alimentos, o cuidado com a higiene durante o preparo dos alimentos e a verificação
do prazo de validade e da origem dos produtos.
Por fim, é importante destacar que as normas de segurança alimentar são dinâmicas e
estão em constante evolução, acompanhando as mudanças tecnológicas e os avanços
científicos. Portanto, é fundamental que empresas e profissionais envolvidos na
produção e manipulação de alimentos estejam sempre atualizados e em conformidade
com as normas vigentes, para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos
oferecidos ao consumidor.
As normas de segurança alimentar desempenham um papel fundamental na proteção
da saúde pública e na garantia da qualidade dos alimentos que consumimos. Elas são

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estabelecidas por órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA), e têm o objetivo de estabelecer diretrizes e padrões que devem ser seguidos
por todas as etapas da cadeia alimentar.
A importância dessas normas reside no fato de que elas contribuem para a prevenção de
doenças transmitidas por alimentos, como infecções bacterianas, intoxicações
alimentares e problemas relacionados à contaminação química dos alimentos. Ao
estabelecer critérios e procedimentos para a produção, manipulação, transporte e
armazenamento dos alimentos, as normas de segurança ajudam a reduzir os riscos de
contaminação e garantem que os alimentos cheguem aos consumidores em condições
adequadas para o consumo.
Um dos aspectos essenciais das normas de segurança alimentar é o controle de
qualidade. Isso envolve a realização de inspeções regulares em estabelecimentos
alimentícios, como restaurantes, indústrias e supermercados, para verificar se estão
cumprindo os requisitos sanitários estabelecidos. Além disso, são realizadas análises
laboratoriais para identificar possíveis contaminações ou adulterações nos alimentos.
A rastreabilidade dos alimentos também é um aspecto importante das normas de
segurança. Ela permite identificar a origem dos alimentos, facilitando ações de recall em
caso de problemas de segurança e facilitando a investigação de surtos de doenças
transmitidas por alimentos.
É fundamental que os consumidores também tenham conhecimento sobre as normas de
segurança alimentar e saibam como fazer escolhas seguras na hora de comprar e
consumir alimentos. Alguns cuidados importantes incluem verificar a validade dos
produtos, observar as condições de armazenamento nos estabelecimentos, higienizar
corretamente frutas, legumes e verduras antes do consumo, e manipular e cozinhar os
alimentos adequadamente para evitar a contaminação cruzada.
Além das normas de segurança alimentar estabelecidas pelos órgãos reguladores, é
importante que haja uma cultura de responsabilidade compartilhada entre produtores,
fornecedores, comerciantes e consumidores. Todos têm um papel a desempenhar na
garantia da segurança dos alimentos, desde a produção até o consumo final.
Em resumo, as normas de segurança alimentar são fundamentais para assegurar a
qualidade e a segurança dos alimentos que consumimos. Elas estabelecem diretrizes e
padrões que devem ser seguidos em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a
produção até o consumo final. Essas normas visam prevenir doenças transmitidas por
alimentos e garantir que os alimentos estejam em condições adequadas para o consumo.
O controle de qualidade e as inspeções regulares em estabelecimentos alimentícios são
parte integrante das normas de segurança alimentar. Essas medidas garantem que os
alimentos sejam produzidos e manipulados de acordo com os requisitos sanitários
estabelecidos. Além disso, a rastreabilidade dos alimentos permite identificar a origem
dos produtos, facilitando ações de recall e investigações em caso de problemas de
segurança.
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No entanto, a responsabilidade pela segurança alimentar não recai apenas sobre os


órgãos reguladores e os produtores. Os consumidores também têm um papel
importante a desempenhar. É fundamental que saibamos escolher alimentos de
qualidade, verificar a validade dos produtos, observar as condições de armazenamento
e higienizar corretamente frutas, legumes e verduras antes do consumo.
Ao adotarmos práticas de higiene adequadas, como lavar as mãos antes de manusear
alimentos e evitar a contaminação cruzada, podemos contribuir para a prevenção de
doenças transmitidas por alimentos. Além disso, é importante estarmos atentos a
possíveis sintomas de intoxicação alimentar e buscar atendimento médico quando
necessário.
A educação e a conscientização sobre as normas de segurança alimentar são essenciais
para garantir que todos tenhamos acesso a alimentos seguros e de qualidade. É
importante estarmos informados sobre os nossos direitos como consumidores e termos
conhecimento sobre as boas práticas de manipulação e armazenamento de alimentos.
Abaixo, listamos algumas das principais normas e regulamentações relacionadas ao
controle de alimentos:
1. Boas práticas de fabricação: as boas práticas de fabricação (BPF) são um conjunto de
medidas que visam garantir a segurança e qualidade dos alimentos. Essas medidas
incluem a higiene do ambiente de produção, dos equipamentos e das pessoas
envolvidas no processo, além do controle de matérias-primas e ingredientes utilizados.
As BPF também incluem medidas de controle de temperatura e umidade durante a
produção, armazenamento e transporte dos alimentos.
2. Higiene alimentar: é importante seguir as práticas de higiene alimentar para entos por
bactérias, vírus, parasitas e produtos químicos. Isso inclui lavar as mãos regularmente,
limpar e desinfetar superfícies de trabalho e utensílios de cozinha, manter os alimentos
em temperaturas seguras e evitar a contaminação cruzada entre alimentos crus e
cozidos.
3. Rotulagem de alimentos: os rótulos de alimentos devem fornecer informações precisas
e úteis sobre o conteúdo nutricional, ingredientes e alérgenos do produto. Isso permite
que os consumidores façam escolhas informadas e evitem ingredientes que possam
causar reações alérgicas ou intolerâncias alimentares.
4. Aditivos alimentares: os aditivos alimentares são substâncias adicionadas aos alimentos
para melhorar o sabor, textura, aparência ou conservação. Eles são regulamentados por
agências governamentais, que avaliam sua segurança antes de permitir seu uso em
alimentos. Os aditivos alimentares devem ser usados em quantidades seguras e estar
claramente identificados nos rótulos dos alimentos.
5. Controle de qualidade: os alimentos devem ser produzidos e armazenados de acordo
com padrões de qualidade e segurança estabelecidos. Isso inclui a realização de testes de
qualidade e segurança em alimentos e ingredientes, para garantir que não contenham
contaminantes perigosos ou substâncias químicas tóxicas.

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6. Inspeção de alimentos: os alimentos são inspecionados por agências governamentais


para garantir que cumpram as normas de qualidade e segurança. Os alimentos
importados também são inspecionados para garantir que atendam aos requisitos de
segurança alimentar. A inspeção de alimentos é fundamental para prevenir surtos de
doenças transmitidas por alimentos e proteger a saúde pública.
7. Regulamentação de alimentos geneticamente modificados (GMOs): os alimentos
geneticamente modificados são aqueles que foram alterados geneticamente para
melhorar suas características ou resistência a doenças ou pragas. A regulamentação de
alimentos GM é importante para garantir a segurança e a eficácia desses alimentos. Em
muitos países, os alimentos GM são rotulados para informar aos consumidores que
contêm ingredientes geneticamente modificados.
8. Legislação sanitária: a legislação sanitária é um conjunto de leis e regulamentações que
estabelecem as normas e diretrizes para garantir a segurança dos alimentos. Essas leis e
regulamentações definem os critérios de produção, armazenamento, transporte e
comercialização dos alimentos, e estabelecem as penalidades para os casos de
descumprimento das normas.
9. Controle de resíduos: o controle de resíduos é uma medida que visa garantir que os
alimentos não contenham substâncias tóxicas ou contaminantes acima dos limites
permitidos. Isso inclui o controle de pesticidas, aditivos alimentares, metais pesados e
outros contaminantes que podem ser prejudiciais à saúde humana. Os alimentos devem
passar por testes e análises laboratoriais para garantir que estejam dentro dos limites
permitidos.
Em resumo, as normas importantes e o controle de alimentos na conservação incluem a
temperatura de armazenamento, a embalagem adequada, o controle de umidade, a
rotatividade de estoque, a limpeza e higiene, e a inspeção e monitoramento. Todas essas
medidas são essenciais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos que
consumimos.

4.1.1 Normas importancia e controlo de alimentos: conservação


A conservação adequada dos alimentos é essencial para garantir a sua qualidade e
segurança. Existem várias normas e medidas de controle que devem ser seguidas para
garantir a conservação dos alimentos, incluindo:
Temperatura de armazenamento: a temperatura de armazenamento é uma das
principais medidas de conservação dos alimentos. Cada tipo de alimento tem uma
temperatura ideal de armazenamento que deve ser respeitada para evitar a proliferação
de bactérias e outros microorganismos. Alimentos perecíveis, como carnes, laticínios e
frutas frescas, devem ser armazenados em temperaturas abaixo de 5°C para evitar a
deterioração e contaminação.
Embalagem adequada: a embalagem adequada é outra medida importante para
conservar os alimentos. A escolha do tipo de embalagem deve levar em consideração o
tipo de alimento, o método de conservação e o tempo de armazenamento. As

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embalagens devem ser hermeticamente fechadas para evitar a entrada de ar, umidade e
contaminação.
Controle de umidade: o controle da umidade é importante para evitar a proliferação de
microorganismos e a deterioração dos alimentos. Alimentos secos, como cereais e grãos,
devem ser armazenados em locais secos e arejados, enquanto alimentos úmidos, como
verduras e frutas frescas, devem ser armazenados em locais com alta umidade relativa.
Rotatividade de estoque: a rotatividade de estoque é uma medida importante para
garantir a conservação dos alimentos. Os alimentos mais antigos devem ser consumidos
primeiro, para evitar a deterioração e o desperdício de alimentos. Além disso, os
alimentos devem ser armazenados em prateleiras e locais adequados para evitar a
contaminação cruzada.
Limpeza e higiene: a limpeza e higiene dos locais de armazenamento dos alimentos é
essencial para evitar a proliferação de bactérias e outros microorganismos. Os locais de
armazenamento devem ser limpos regularmente, com produtos adequados para cada
tipo de superfície. Além disso, as mãos dos manipuladores de alimentos devem ser
lavadas frequentemente para evitar a contaminação dos alimentos.
Inspeção e monitoramento: a inspeção e monitoramento dos alimentos é uma medida
importante para garantir a qualidade e segurança dos alimentos. Os alimentos devem
passar por testes e análises laboratoriais para verificar a presença de contaminação e
outros problemas de qualidade. Além disso, os locais de armazenamento dos alimentos
devem ser monitorados regularmente para detectar possíveis problemas de
temperatura, umidade e outras condições que possam afetar a conservação dos
alimentos.
Em resumo, as normas importantes e o controle de alimentos na conservação incluem a
temperatura de armazenamento, a embalagem adequada, o controle de umidade, a
rotatividade de estoque, a limpeza e higiene, e a inspeção e monitoramento. Todas essas
medidas são essenciais para garantir a qualidade e segurança dos alimentos que
consumimos.
Normas importancia e controlo de alimentos: tipos de conservação
Existem diversos tipos de conservação de alimentos que podem ser utilizados para
prolongar a sua vida útil e garantir a sua qualidade e segurança. A seguir, listamos
alguns dos principais métodos de conservação:
Conservação por refrigeração: a refrigeração é um método de conservação muito
comum, que consiste em armazenar os alimentos em temperaturas abaixo de 5°C. Esse
método é adequado para alimentos perecíveis, como carnes, laticínios, frutas e verduras
frescas. A refrigeração impede o crescimento de micro-organismos e retarda a
deterioração dos alimentos.
Conservação por congelamento: o congelamento é outro método de conservação que
consiste em armazenar os alimentos em temperaturas abaixo de -18°C. Esse método é
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adequado para uma grande variedade de alimentos, incluindo carnes, aves, peixes,
frutas, verduras, pães e massas. O congelamento impede o crescimento de micro-
organismos e preserva as características nutricionais e organolépticas dos alimentos.
Conservação por desidratação: a desidratação é um método de conservação que
consiste em retirar a água dos alimentos, reduzindo a sua atividade de água e
impedindo a proliferação de micro-organismos. Esse método é adequado para frutas,
verduras, carnes, peixes e outros alimentos. A desidratação pode ser realizada através
do sol, do ar quente, do forno ou do liofilizador.
Conservação por pasteurização: a pasteurização é um método de conservação que
consiste em aquecer o alimento a uma temperatura elevada por um curto período de
tempo, seguido de resfriamento rápido. Esse método é adequado para alimentos
líquidos, como leite, sucos e sopas. A pasteurização mata a maioria dos micro-
organismos presentes no alimento e aumenta a sua vida útil.
Conservação por esterilização: a esterilização é um método de conservação que consiste
em aquecer o alimento a uma temperatura muito alta por um longo período de tempo,
matando todos os micro-organismos presentes no alimento. Esse método é adequado
para alimentos enlatados e pré-cozidos. A esterilização garante a segurança do alimento
por um longo período de tempo.
Conservação por atmosfera modificada: a conservação por atmosfera modificada
consiste em alterar a composição do ar em torno do alimento, reduzindo a quantidade
de oxigênio e aumentando a quantidade de dióxido de carbono ou outros gases inertes.
Esse método é adequado para frutas, verduras, carnes, peixes e outros alimentos. A
atmosfera modificada impede o crescimento de micro-organismos e retarda a
deterioração dos alimentos.
Em resumo, existem diversos métodos de conservação de alimentos, cada um adequado
para um tipo específico de alimento. É importante seguir as normas e medidas de
controle adequadas para cada método de conservação a fim de garantir a qualidade e
segurança dos alimentos.

4.1.2 Normas importancia e controlo de alimentos: tipos de conservação: técnica


de congelamento
O congelamento é um método de conservação de alimentos que consiste em armazená-
los em temperaturas abaixo de -18°C, impedindo o crescimento de micro-organismos e
prolongando a vida útil dos alimentos. Existem diferentes técnicas de congelamento,
cada uma com suas vantagens e desvantagens. A seguir, descrevemos algumas das
principais técnicas de congelamento:
Congelamento rápido: essa técnica consiste em congelar rapidamente os alimentos,
geralmente em uma temperatura abaixo de -30°C, para evitar a formação de cristais de
gelo grandes que podem danificar a textura e sabor dos alimentos. É utilizado em
produtos como peixes, frutos do mar, carnes e frutas.
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Congelamento lento: essa técnica é mais suave e utiliza temperaturas mais altas que o
congelamento rápido. É adequado para alimentos que não precisam ser descongelados
rapidamente, como pães, massas e outros alimentos pré-cozidos.
Congelamento em túnel: é um método de congelamento rápido que utiliza um sistema
de ar forçado para congelar os alimentos de forma homogênea. É utilizado para
alimentos como carnes, frutas e verduras.
Congelamento criogênico: essa técnica utiliza nitrogênio líquido ou dióxido de carbono
para congelar os alimentos rapidamente em temperaturas muito baixas. É utilizado em
produtos como sorvetes e sobremesas.
Congelamento em placas: consiste em colocar o alimento em uma placa de metal fria
para congelar rapidamente em uma fina camada, facilitando o processo de
descongelamento. É adequado para alimentos como peixes, frutos do mar e carnes.
Independentemente do método de congelamento escolhido, é importante seguir as
normas e medidas de controle adequadas, como manter os alimentos em temperaturas
abaixo de -18°C, rotular corretamente os produtos e garantir que os alimentos sejam
descongelados corretamente antes do consumo. O congelamento é uma técnica eficaz de
conservação de alimentos, mas é importante lembrar que alguns alimentos podem
perder qualidade sensorial e nutricional após o descongelamento.

Normas importancia e controlo de alimentos: tipos de conservação: técnica de


descongelamento
O descongelamento é uma etapa crítica no processo de conservação de alimentos
congelados, pois se não for feito corretamente, pode levar a perda de qualidade,
deterioração e risco de contaminação microbiológica. Existem diferentes técnicas de
descongelamento, cada uma com suas vantagens e desvantagens. A seguir, descrevemos
algumas das principais técnicas de descongelamento:
Descongelamento na geladeira: é a técnica mais segura e recomendada, pois mantém a
temperatura dos alimentos abaixo de 5°C e permite que o descongelamento seja gradual.
É ideal para alimentos como carnes, peixes e aves. O tempo de descongelamento pode
variar de algumas horas a vários dias, dependendo do tamanho do alimento.
Descongelamento em água corrente: é uma técnica rápida e conveniente, mas deve ser
feita apenas com alimentos embalados em sacos plásticos hermeticamente fechados para
evitar a contaminação cruzada. O alimento deve ser colocado em uma vasilha com água
fria corrente e trocar a água a cada 30 minutos. Essa técnica é ideal para alimentos como
pães e massas.
Descongelamento no micro-ondas: é uma técnica rápida, mas deve ser feita com
cuidado para evitar o superaquecimento ou cozimento parcial do alimento. O alimento
deve ser colocado em um recipiente adequado para micro-ondas e descongelado em

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potência média. É importante remover o alimento do micro-ondas assim que estiver


descongelado para evitar que cozinhe parcialmente.
Descongelamento em temperatura ambiente: é uma técnica não recomendada, pois
aumenta o risco de contaminação bacteriana. O alimento descongelado em temperatura
ambiente deve ser cozido imediatamente.
Independentemente da técnica de descongelamento escolhida, é importante seguir as
normas e medidas de controle adequadas, como manter os alimentos seguros, evitar a
contaminação cruzada e cozinhar os alimentos completamente antes do consumo.

4.2 Cuidado com alimentação/utensílios utilizados


O cuidado com a alimentação e os utensílios utilizados na preparação dos alimentos é
fundamental para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos que consumimos.
Abaixo, listamos alguns cuidados que devemos ter:
1. Lave as mãos: antes de manipular qualquer alimento ou utensílio, lave as mãos
com água e sabão para evitar a contaminação cruzada.
2. Utilize utensílios limpos: todos os utensílios utilizados na preparação dos
alimentos, como panelas, facas e tábuas de corte, devem estar limpos e
higienizados adequadamente para evitar a contaminação bacteriana.
3. Evite a contaminação cruzada: mantenha os alimentos crus separados dos
alimentos cozidos e prontos para consumo, para evitar a contaminação cruzada.
Utilize utensílios diferentes para cada tipo de alimento e mantenha-os em
recipientes separados.
4. Armazene os alimentos corretamente: os alimentos devem ser armazenados em
recipientes adequados e em temperaturas seguras para evitar a proliferação de
bactérias. Verifique a validade dos alimentos e descarte os que estiverem
vencidos.
5. Cozinhe os alimentos completamente: é importante cozinhar os alimentos
completamente para eliminar possíveis bactérias e outros microrganismos que
possam estar presentes. Utilize termômetros para medir a temperatura interna
dos alimentos e certifique-se de que atingiram a temperatura segura.
6. Evite alimentos crus ou mal cozidos: alimentos crus ou mal cozidos, como
carnes, ovos e frutos do mar, podem estar contaminados com bactérias e outros
microrganismos prejudiciais à saúde. Certifique-se de cozinhar esses alimentos
completamente antes de consumi-los.
7. Mantenha a higiene pessoal: além de lavar as mãos, é importante manter a
higiene pessoal em dia, como tomar banho diariamente, lavar os cabelos
regularmente e manter as unhas limpas e curtas.

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4.3 Importância da preparação da alimentação com recursos locais


A preparação da alimentação com recursos locais é extremamente importante por
diversas razões, tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista da saúde e
da economia.
Em primeiro lugar, utilizar recursos locais na preparação dos alimentos ajuda a reduzir
a pegada ecológica da produção de alimentos, uma vez que a produção e o transporte
de alimentos de outras regiões podem ser responsáveis por altas emissões de gases de
efeito estufa. Além disso, utilizar recursos locais contribui para a preservação da
biodiversidade local, uma vez que valoriza os produtos regionais e incentiva a produção
sustentável.
Do ponto de vista da saúde, a utilização de recursos locais na preparação dos alimentos
contribui para a diversidade alimentar e para o consumo de alimentos frescos e
saudáveis, que podem ser mais facilmente encontrados na região. Além disso, ao optar
por alimentos produzidos localmente, é possível ter mais controle sobre a qualidade e a
segurança dos alimentos, uma vez que é possível conhecer a origem e as práticas de
produção utilizadas pelos produtores locais.
Por fim, a utilização de recursos locais na preparação dos alimentos também pode
contribuir para a economia local, uma vez que incentiva o comércio de produtos
regionais e a valorização dos produtores locais. Isso pode gerar empregos e renda para a
comunidade local, além de incentivar o desenvolvimento de uma cadeia produtiva mais
sustentável e equilibrada.
Portanto, é fundamental valorizar e utilizar os recursos locais na preparação dos
alimentos, contribuindo para a saúde, o meio ambiente e a economia local.

4.4 Hábitos alimentares existentes


Os hábitos alimentares existentes no mundo são muito variados e refletem as tradições
culturais e os costumes de cada região. Entender esses hábitos é importante para adotar
uma alimentação mais saudável e equilibrada.
A Dieta Mediterrânea, por exemplo, é uma alimentação rica em alimentos frescos, como
frutas, verduras, legumes, grãos integrais, azeite de oliva, peixes e frutos do mar. Essa
dieta é rica em nutrientes e antioxidantes, que ajudam a prevenir doenças crônicas,
como doenças cardíacas e câncer. Além disso, é uma dieta rica em gorduras saudáveis,
como o ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes, que ajuda a reduzir a inflamação no
organismo.
A dieta japonesa é outra alimentação que tem chamado a atenção pela sua saúde e
longevidade. Essa alimentação é baseada em alimentos como arroz, peixe, frutos do
mar, legumes, verduras e frutas. Os japoneses consomem muitos alimentos
fermentados, como missô, shoyu e natto, que são ricos em probióticos, importantes para
manter uma boa saúde intestinal e fortalecer o sistema imunológico.
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Já a dieta ocidental, com o consumo de alimentos processados, açúcar, carne vermelha,


laticínios e gorduras saturadas, está associada a diversas doenças crônicas, como
obesidade, doenças cardíacas, diabetes e câncer. Essa dieta pode ser prejudicial para a
saúde, principalmente quando é consumida em excesso.
O vegetarianismo é outra prática alimentar que tem ganhado muitos adeptos. Essa dieta
exclui o consumo de carne e derivados, como presunto, bacon e linguiça, mas pode
incluir ovos e laticínios, dependendo da variação escolhida. O veganismo é a opção mais
restritiva, pois exclui todos os alimentos de origem animal. O importante é lembrar que
uma alimentação vegetariana ou vegana precisa ser bem planejada para que sejam
supridas todas as necessidades nutricionais do organismo.
Por fim, o Ayurveda é um sistema de medicina tradicional indiana que inclui um
conjunto de práticas alimentares e de estilo de vida. A dieta ayurvédica é baseada nos
princípios dos cinco elementos (terra, água, fogo, ar e éter) e visa equilibrar as energias
do corpo. Essa dieta inclui alimentos frescos e orgânicos, ervas e especiarias, além de
recomendações específicas para cada tipo de constituição física.
Em resumo, é importante lembrar que a escolha da alimentação deve levar em conta
fatores individuais, como o estilo de vida, as necessidades nutricionais e as preferências
pessoais. É possível adotar hábitos alimentares mais saudáveis e equilibrados sem abrir
mão das tradições e costumes de cada região.

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Unidade V- Necessidades nutricionais do adulto/idoso


As necessidades nutricionais dos adultos e idosos são fundamentais para manter uma
boa saúde e qualidade de vida. Abaixo, descrevemos as principais necessidades
nutricionais desses grupos, assim como dicas de como obter esses nutrientes por meio
da alimentação.
1. Proteína: A proteína é essencial para a manutenção e reparação de tecidos do corpo.
Adultos e idosos precisam de cerca de 1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso
corporal. Alguns exemplos de alimentos ricos em proteína incluem carne, frango, peixe,
ovos, leite, queijo, iogurte, legumes e nozes.
2. Carboidratos: Carboidratos são a principal fonte de energia para o corpo. No entanto,
é importante escolher carboidratos saudáveis, como frutas, legumes, grãos integrais e
pães integrais. Evite carboidratos refinados, como açúcar e farinha branca.
3. Gorduras saudáveis: Gorduras saudáveis são importantes para o bom funcionamento
do cérebro e do coração. Alimentos ricos em gorduras saudáveis incluem peixes
gordurosos, como salmão e atum, nozes, sementes e azeite.
4. Vitaminas e minerais: Uma variedade de vitaminas e minerais são importantes para a
saúde e bem-estar geral. Certifique-se de obter uma variedade de frutas e legumes, que
são ricos em vitaminas e minerais. Suplementos vitamínicos podem ser recomendados
para pessoas com deficiências nutricionais.
5. Hidratação: A hidratação é crucial para a saúde, especialmente em idosos, que têm
um maior risco de desidratação. Recomenda-se a ingestão de pelo menos 2 litros de
água por dia, e evitar bebidas açucaradas e cafeína, que podem ter um efeito diurético.
6. Fibra: A fibra é importante para a saúde digestiva e para prevenir a constipação.
Alimentos ricos em fibras incluem frutas e legumes, grãos integrais, como aveia e
cevada, feijões e lentilhas.
7. Redução de sódio: A redução de sódio na dieta pode ajudar a controlar a pressão
arterial e reduzir o risco de doenças cardíacas. Limite a ingestão de alimentos
processados, que são frequentemente ricos em sódio, e use temperos naturais em vez de
sal de mesa.
8. Redução de açúcar: A redução de açúcar na dieta pode ajudar a controlar o peso,
prevenir a diabetes e reduzir o risco de doenças crônicas. Limite o consumo de
alimentos processados, que são frequentemente ricos em açúcar, e escolha opções
naturais, como frutas, em vez de alimentos açucarados.
Além disso, é importante lembrar que as necessidades nutricionais podem variar de
acordo com as condições de saúde individuais e a presença de doenças crônicas. Por
isso, é sempre importante consultar um profissional de saúde ou um nutricionista para
orientação personalizada.

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5.1 Necessidade nutricional do Adulto e idoso activo


As necessidades nutricionais do adulto e idoso ativo são fundamentais para manter uma
boa saúde e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas. Uma alimentação
balanceada e rica em nutrientes pode ajudar a manter o corpo saudável, ativo e com
energia para realizar as atividades do dia a dia.
A seguir, apresentamos algumas dicas de nutrientes essenciais para o adulto e idoso
ativo:
1. Proteínas: as proteínas são importantes para a construção e reparação dos tecidos
musculares, órgãos e pele. Alimentos ricos em proteínas incluem carnes, ovos, peixes,
frutos do mar, laticínios, leguminosas e nozes.
2. Carboidratos: os carboidratos são uma importante fonte de energia para o corpo. Os
carboidratos complexos, como os encontrados em grãos integrais, frutas e legumes,
fornecem energia de forma gradual e sustentada.
3. Gorduras: as gorduras são importantes para a absorção de vitaminas e para manter o
cérebro saudável. Alimentos ricos em gorduras saudáveis incluem peixes gordos, nozes,
sementes, abacate e azeite de oliva.
4. Vitaminas e minerais: as vitaminas e minerais são importantes para manter a saúde
do corpo em geral. Alimentos ricos em vitaminas e minerais incluem frutas, legumes,
verduras, carnes, leite e derivados.
5. Água: a hidratação é fundamental para manter o corpo saudável e em bom
funcionamento. É importante beber água regularmente e manter-se hidratado ao longo
do dia.
Além disso, é importante ter em mente que as necessidades nutricionais podem variar
de acordo com as necessidades individuais, como a idade, o sexo, o nível de atividade
física e as condições de saúde. Por isso, é importante consultar um nutricionista ou
profissional de saúde para obter um plano alimentar personalizado e adequado às suas
necessidades.
7. Suplementação: em alguns casos, suplementos nutricionais podem ser necessários
para atender às necessidades nutricionais específicas do adulto e idoso ativo. No
entanto, é importante consultar um profissional de saúde antes de tomar qualquer
suplemento.
Em resumo, uma alimentação equilibrada e variada que inclua alimentos ricos em
proteínas, carboidratos complexos, gorduras saudáveis, vitaminas, minerais e fibras,
juntamente com a hidratação adequada, pode ajudar o adulto e idoso ativo a manter a
saúde e energia necessárias para continuar a realizar atividades físicas e manter um
estilo de vida saudável. É importante lembrar que as necessidades nutricionais
individuais podem variar e que um profissional de saúde pode ajudar a desenvolver um
plano alimentar adequado às necessidades específicas de cada pessoa.

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5.1.1 Necessidade nutricional do Adulto e idoso inactivo


À medida que as pessoas envelhecem, muitas vezes tendem a tornar-se menos ativas
fisicamente. Essa diminuição da atividade pode levar a mudanças no metabolismo e nas
necessidades nutricionais. Nesta fase, é importante que os adultos e idosos inativos
mantenham uma dieta equilibrada e adequada às suas necessidades nutricionais para
garantir uma vida saudável e prevenir doenças.
As necessidades nutricionais para o adulto e idoso inativo variam em relação ao tipo de
atividade física praticada, estilo de vida, estado de saúde, entre outros fatores. De forma
geral, a alimentação deve ser equilibrada e variada, com um consumo adequado de
nutrientes para manter a saúde e prevenir doenças.
Algumas recomendações nutricionais específicas para o adulto e idoso inativo incluem:
1. Consumo adequado de proteínas: a ingestão de proteínas é essencial para a
manutenção da massa muscular, mesmo em indivíduos sedentários. Recomenda-se o
consumo de fontes de proteínas magras, como frango, peixe, ovos, legumes e grãos.
2. Carboidratos complexos: os carboidratos são uma importante fonte de energia para o
organismo. Opte por carboidratos complexos, como cereais integrais, pães e massas
integrais, que são mais ricos em fibras e nutrientes.
3. Frutas e legumes: esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes e
devem ser consumidos diariamente, para manter o corpo saudável e fortalecer o sistema
imunológico.
4. Hidratação: beber água e outros líquidos, como sucos e chás, é essencial para manter o
corpo hidratado e o bom funcionamento do organismo.
5. Controle do consumo de gorduras: o consumo excessivo de gorduras, principalmente
as saturadas e trans, pode aumentar o risco de doenças cardíacas e outros problemas de
saúde. Dê preferência a fontes de gorduras saudáveis, como azeite de oliva, abacate,
nozes e sementes.
6. Vitaminas e minerais: é importante garantir o consumo adequado de vitaminas e
minerais, como ferro, cálcio, vitamina D e vitamina B12. Esses nutrientes são essenciais
para a saúde óssea, muscular e cardiovascular.
7. Suplementação: Para aqueles que não conseguem obter todos os nutrientes
necessários através da alimentação, a suplementação pode ser uma opção. No entanto, é
importante falar com um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplemento.
8. Moderação no consumo de açúcar e álcool: o consumo excessivo de açúcar e álcool
pode levar a problemas de saúde, como obesidade, diabetes e doenças do fígado. É
importante consumir esses alimentos com moderação e equilíbrio.
9. Controle do sal: o consumo excessivo de sal pode levar a problemas de saúde, como
hipertensão arterial. Opte por temperos naturais, como ervas e especiarias, e evite
alimentos industrializados, que são ricos em sódio.
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10. Planejamento alimentar: o planejamento alimentar é essencial para garantir uma


dieta equilibrada e adequada às necessidades nutricionais do adulto e idoso inativo. É
importante consultar um nutricionista para orientação personalizada e adequação das
quantidades de nutrientes conforme as necessidades individuais.

5.3 Condutas nutricionais


As condutas nutricionais são as estratégias e recomendações relacionadas à alimentação
e nutrição para manter uma vida saudável e prevenir doenças. Essas condutas incluem
hábitos alimentares saudáveis, escolha de alimentos adequados, consumo de água e a
prática de atividades físicas regulares.
Algumas condutas nutricionais importantes são:
1. Consumir alimentos variados: uma dieta variada e equilibrada fornece todos os
nutrientes necessários ao organismo. Por isso, é importante incluir alimentos de
diferentes grupos, como frutas, legumes, verduras, cereais, proteínas e gorduras boas.
2. Consumir alimentos in natura: alimentos in natura são aqueles que não passaram por
nenhum processo de transformação, como frutas, verduras e legumes. Esses alimentos
são ricos em nutrientes e fibras e ajudam a prevenir diversas doenças.
3. Evitar alimentos processados e ultraprocessados: alimentos processados e
ultraprocessados contêm uma quantidade elevada de açúcar, gordura e sódio e poucos
nutrientes. Esses alimentos podem aumentar o risco de doenças crônicas, como
obesidade, hipertensão e diabetes.
4. Beber bastante água: a água é essencial para manter o corpo hidratado e realizar
funções metabólicas importantes. A recomendação é de pelo menos 2 litros de água por
dia.
5. Praticar atividades físicas regularmente: a atividade física é importante para manter
o corpo saudável e prevenir diversas doenças, como doenças cardiovasculares e
diabetes. A recomendação é de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada
por semana.
6. Controlar o consumo de sal: o consumo excessivo de sal pode aumentar o risco de
hipertensão arterial. A recomendação é de no máximo 5 gramas de sal por dia.
7. Consumir gorduras saudáveis: gorduras saudáveis, como as encontradas em peixes,
nozes, castanhas e azeite, são importantes para a saúde do coração e para o bom
funcionamento do organismo.
8. Controlar o consumo de açúcar: o consumo excessivo de açúcar pode aumentar o
risco de obesidade, diabetes e outras doenças. É importante limitar o consumo de açúcar
adicionado em alimentos e bebidas.

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As condutas nutricionais são medidas adotadas para promover uma alimentação


saudável e equilibrada, com o objetivo de manter a saúde e prevenir doenças. Algumas
das principais condutas nutricionais incluem:
1. Variedade alimentar:
2. Moderação: consumir alimentos em quantidades adequadas é fundamental para
manter o equilíbrio nutricional e evitar o excesso de peso. Além disso, é importante
evitar o consumo excessivo de alimentos industrializados, ricos em açúcar, sódio e
gorduras saturadas.
3. Fracionamento das refeições: comer de 3 em 3 horas ajuda a manter o metabolismo
ativo e a controlar a fome. É importante também evitar pular refeições, especialmente o
café da manhã, que é a principal refeição do dia.
4. Hidratação: beber água e outros líquidos ao longo do dia é essencial para manter o
organismo hidratado e o bom funcionamento do corpo. É recomendado consumir cerca
de 2 a 3 litros de água por dia.
5. Escolhas inteligentes: escolher alimentos saudáveis é fundamental para manter uma
alimentação equilibrada. Prefira alimentos integrais, frutas, legumes, verduras, carnes
magras, peixes, ovos, castanhas e sementes. Evite alimentos processados, açúcar
refinado, gorduras trans e alimentos com alto teor de sódio.
6. Planejamento alimentar: planejar as refeições da semana ajuda a garantir que a
alimentação seja saudável e equilibrada. É importante incluir alimentos de todos os
grupos e adequar a quantidade de acordo com as necessidades individuais.
7. Atenção à rotulagem: ler os rótulos dos alimentos é fundamental para fazer escolhas
inteligentes. Verifique a lista de ingredientes, a tabela nutricional e evite alimentos com
alto teor de gorduras saturadas, açúcar e sódio.
8. Acompanhamento nutricional: consultar um nutricionista é fundamental para
receber orientações personalizadas e adequadas às necessidades individuais. Além
disso, o nutricionista pode ajudar a identificar deficiências nutricionais e a desenvolver
um plano alimentar adequado.

5.3.1 Regulação dietética


A regulação dietética é uma conduta nutricional que consiste em ajustar a alimentação
de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa, levando em consideração
aspectos como idade, sexo, peso, altura, nível de atividade física, saúde e objetivos
específicos.
Para uma regulação dietética adequada, é importante seguir algumas recomendações,
como:

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1. Identificar suas necessidades nutricionais: Antes de iniciar qualquer dieta, é


importante consultar um nutricionista para avaliar suas necessidades nutricionais e
definir o plano alimentar mais adequado para você.
2. Manter uma alimentação equilibrada: A alimentação deve ser composta por uma
variedade de alimentos, incluindo proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis,
vitaminas e minerais. É importante evitar o consumo excessivo de alimentos
industrializados, açúcar e gorduras saturadas.
3. Controlar as porções: O tamanho das porções é fundamental para manter uma
alimentação equilibrada e controlar o peso. É importante respeitar as porções indicadas
pelo nutricionista e evitar exageros.
4. Planejar as refeições: Planejar as refeições com antecedência é uma ótima forma de
evitar escolhas alimentares inadequadas e garantir que a dieta seja balanceada e
nutritiva.
5. Consumir água em quantidade adequada: A hidratação é essencial para o bom
funcionamento do organismo. É recomendável consumir pelo menos 2 litros de água
por dia.
6. Fazer escolhas saudáveis fora de casa: É possível manter uma alimentação saudável
mesmo quando se come fora de casa. Opte por restaurantes que oferecem opções
saudáveis, evite fast-foods e faça escolhas inteligentes em eventos sociais.
7. Evitar dietas radicais: Dietas muito restritivas podem ser prejudiciais à saúde e
dificilmente são sustentáveis a longo prazo. O ideal é buscar uma alimentação
equilibrada e adaptada às suas necessidades individuais.
Em resumo, a regulação dietética é uma abordagem nutricional que busca adequar a
alimentação às necessidades individuais de cada pessoa, promovendo uma dieta
equilibrada e nutritiva, além de prevenir doenças relacionadas à alimentação. Para isso,
é fundamental seguir uma série de recomendações, como manter uma alimentação
equilibrada, controlar as porções, planejar as refeições, consumir água em quantidade
adequada, fazer escolhas saudáveis fora de casa e evitar dietas radicais.

5.4 Educação para a saúde ao adulto, idoso e família


Ao promover a educação para a saúde ao adulto, idoso e família, podemos ajudar a
melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e prevenir doenças relacionadas à nutrição.
A educação para a saúde é uma importante ferramenta para promover hábitos
alimentares saudáveis e prevenir doenças relacionadas à nutrição. Isso é especialmente
importante para adultos e idosos, que muitas vezes estão lidando com condições de
saúde crônicas e precisam de orientação para gerenciar sua dieta.
A seguir, algumas orientações para a educação em saúde ao adulto, idoso e família:

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1. Incentivar o consumo de alimentos saudáveis: é importante incentivar o consumo de


alimentos saudáveis, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e fontes de
gorduras saudáveis. A educação para a saúde deve incluir informações sobre os
benefícios desses alimentos e como eles podem ajudar a prevenir doenças
crônicas.Incentive uma dieta equilibrada: uma dieta equilibrada é importante para
fornecer todos os nutrientes necessários ao corpo. Incentive o consumo de alimentos
ricos em proteínas, carboidratos complexos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais.
2. Evite dietas restritivas: dietas extremas, como dietas restritivas, não são saudáveis e
podem levar a deficiências nutricionais. Incentive uma alimentação equilibrada e
variada, sem restrições desnecessárias.
3. Oriente sobre o consumo de líquidos: a desidratação é um problema comum entre os
idosos. Incentive o consumo adequado de líquidos, preferencialmente água ou sucos
naturais, e evite bebidas açucaradas ou alcoólicas.
4. Incentive a prática de atividade física: a atividade física é fundamental para a saúde
do corpo e da mente. Incentive a prática regular de exercícios, sempre respeitando as
limitações de cada indivíduo.
5. Evite o consumo de alimentos industrializados e processados: esses alimentos
geralmente são ricos em açúcares, gorduras saturadas e aditivos químicos. Incentive o
consumo de alimentos frescos e naturais.
6. Promova a alimentação em família: refeições em família são uma oportunidade para
compartilhar alimentos saudáveis e fortalecer os laços familiares. Incentive a
alimentação em grupo e evite o consumo de alimentos individualizados.
7. Esteja atento às necessidades nutricionais individuais: cada indivíduo tem
necessidades nutricionais específicas, especialmente aqueles que têm condições de
saúde crônicas. Esteja atento a essas necessidades e oriente de acordo.
8. Busque orientação profissional: sempre que possível, é importante buscar orientação
de um profissional da saúde, como um nutricionista ou médico, para orientação
nutricional adequada.
9. Envolvimento da família: a educação para a saúde não é apenas para o indivíduo,
mas também para a família. É importante educar a família sobre hábitos alimentares
saudáveis e promover a atividade física, para que todos possam trabalhar juntos para
manter um estilo de vida saudável.
10. Prevenir a desnutrição: a desnutrição é um problema comum em idosos, e é
importante educá-los sobre como evitar essa condição. A educação deve incluir
informações sobre a importância de uma dieta equilibrada, a necessidade de evitar
alimentos processados e industrializados, e como fazer escolhas alimentares saudáveis.
11. Incentivar o controle de peso: manter um peso saudável é importante para a saúde
em todas as fases da vida. A educação para a saúde deve incluir informações sobre
como controlar o peso através de uma alimentação saudável e da atividade física.
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12. Gerenciamento de doenças crônicas: muitos adultos e idosos têm doenças crônicas,
como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outras. A educação para a saúde deve
incluir informações sobre como gerenciar essas condições por meio da alimentação
saudável e da atividade física.
13. Compreender as necessidades nutricionais: é importante que os adultos e idosos
compreendam as suas necessidades nutricionais para manter uma dieta equilibrada e
saudável. É fundamental que sejam informados sobre os grupos de alimentos e a
quantidade recomendada para cada um deles, para garantir o aporte adequado de
nutrientes.
Em resumo, a educação para a saúde ao adulto, idoso e família é fundamental para
promover um estilo de vida saudável. Ao educar as pessoas sobre nutrição, atividade
física, prevenção de doenças e controle de peso, é possível ajudá-las a viver uma vida
mais saudável e feliz.

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Unidade VI: Doenças nutricionais


6.1 Conceito
As doenças nutricionais são condições que ocorrem quando o corpo não recebe
nutrientes essenciais em quantidades adequadas, ou quando há excesso de consumo de
nutrientes prejudiciais à saúde. Essas doenças podem ter diferentes causas, como má
alimentação, falta de acesso a alimentos adequados, transtornos alimentares, dentre
outras.
As doenças nutricionais são aquelas que ocorrem devido à falta ou excesso de nutrientes
na alimentação. Algumas das principais doenças nutricionais incluem:
1. Anemia: A anemia é causada por uma deficiência de ferro no organismo, o que pode
resultar em fadiga, fraqueza e falta de ar. A dieta pode ser uma das principais causas da
anemia, especialmente em vegetarianos e veganos que não consomem fontes suficientes
de ferro, como carne vermelha e frango.
2. Hipovitaminose D: A hipovitaminose D é uma deficiência de vitamina D, que é
essencial para a absorção de cálcio e para a saúde dos ossos. A falta de vitamina D pode
levar a osteoporose, fraqueza muscular e raquitismo em crianças.
3. Kwashiorkor: O kwashiorkor é uma forma de desnutrição proteico-calórica que
ocorre quando há uma deficiência de proteína na dieta. Os sintomas incluem edema,
pele e cabelos secos e finos, perda de massa muscular e fraqueza.
4. Obesidade: A obesidade é causada pelo excesso de ingestão de calorias e falta de
atividade física. Pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes,
hipertensão e doenças cardiovasculares.
5. Desnutrição: A desnutrição ocorre quando uma pessoa não consome nutrientes
suficientes na dieta. Isso pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo perda
de peso, fadiga, fraqueza e, em casos graves, morte.
6. Deficiência de vitamina A: A deficiência de vitamina A é comum em países em
desenvolvimento e pode levar a cegueira noturna, infecções respiratórias e diarreia.
7. Escorbuto: O escorbuto é causado por uma deficiência de vitamina C e pode resultar
em hemorragias, inchaço nas gengivas e perda de dentes.
Para prevenir doenças nutricionais, é importante seguir uma dieta equilibrada e variada,
rica em nutrientes essenciais. É também importante buscar aconselhamento médico e
nutricional, especialmente se houver preocupações com a saúde ou se estiver seguindo
uma dieta restritiva.

6.2 Tipos de doenças


A seguir, apresentamos alguns exemplos de doenças nutricionais:

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1. Anemia: é uma condição em que há uma diminuição na quantidade de glóbulos


vermelhos no sangue, o que pode ser causado pela falta de ferro na alimentação. O ferro
é importante para a produção de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos
vermelhos que transporta oxigênio para as células do corpo. Além da falta de ferro, a
anemia também pode ser causada pela falta de outras vitaminas e minerais essenciais
para a produção de glóbulos vermelhos.
2. Obesidade: é uma condição em que há excesso de gordura corporal, o que pode levar
a complicações de saúde, como diabetes, doenças cardíacas, entre outras. A obesidade
pode ser causada por diferentes fatores, como dieta inadequada, falta de atividade física,
fatores genéticos e ambientais.
3. Desnutrição: é uma condição em que há falta de nutrientes essenciais para o corpo,
como vitaminas, minerais e proteínas. Pode ocorrer em situações de fome extrema, falta
de acesso a alimentos adequados, transtornos alimentares, dentre outras causas. A
desnutrição pode ter graves consequências para a saúde, como atraso no
desenvolvimento físico e mental, aumento do risco de infecções, entre outras.
4. Diabetes: é uma condição em que há aumento dos níveis de açúcar no sangue, o que
pode causar danos a diversos órgãos do corpo. O diabetes pode ser causado por
diferentes fatores, como dieta inadequada, falta de atividade física, fatores genéticos e
ambientais.
5. Hipertensão arterial: é uma condição em que há aumento da pressão arterial, o que
pode causar danos a diversos órgãos do corpo, como coração, rins, cérebro, entre outros.
A hipertensão arterial pode ser causada por diferentes fatores, como dieta inadequada,
falta de atividade física, fatores genéticos e ambientais.
6. Deficiências vitamínicas: são condições em que há falta de vitaminas essenciais para
o corpo, como vitamina A, vitamina D, vitamina B12, entre outras. Essas deficiências
podem ocorrer em situações de dieta inadequada, falta de acesso a alimentos
adequados, doenças que afetam a absorção de nutrientes, entre outras causas.
Para prevenir e tratar as doenças nutricionais, é importante ter uma alimentação
equilibrada, variada e adequada às necessidades do corpo. É importante também
realizar exames de rotina e buscar orientação médica e nutricional quando necessário.

6.2 Tratamento
O tratamento para doenças nutricionais depende da causa subjacente e da gravidade da
condição. Aqui estão algumas orientações gerais para o tratamento de algumas das
doenças nutricionais mais comuns:
1. Anemia por deficiência de ferro: o tratamento inclui aumentar a ingestão de
alimentos ricos em ferro, como carne vermelha, aves, peixes, vegetais de folhas verdes
escuras, nozes e sementes, e frutas secas. Suplementos de ferro também podem ser
prescritos pelo médico.
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2. Beribéri: o tratamento envolve aumentar a ingestão de alimentos ricos em tiamina


(vitamina B1), como cereais fortificados, carne suína, feijão, lentilha e arroz integral.
Suplementos de tiamina também podem ser prescritos pelo médico.
3. Raquitismo: o tratamento envolve aumentar a ingestão de cálcio, fósforo e vitamina
D, por meio de alimentos como leite fortificado, salmão, ovos e cogumelos, ou
suplementos prescritos pelo médico.
4. Escorbuto: o tratamento envolve aumentar a ingestão de vitamina C, por meio de
alimentos como frutas cítricas, tomates, pimentões e brócolis. Suplementos de vitamina
C também podem ser prescritos pelo médico.
5. Desnutrição: o tratamento envolve aumentar a ingestão de alimentos nutritivos e
balanceados, incluindo proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e
minerais. Em casos graves, a nutrição parenteral (administração intravenosa de
nutrientes) pode ser necessária.
É importante consultar um médico e um nutricionista para um tratamento adequado e
personalizado para cada condição nutricional.
Vou apresentar de forma resumida algumas opções de tratamento para as doenças
nutricionais mencionadas anteriormente:
1. Obesidade: O tratamento da obesidade envolve uma combinação de mudanças
alimentares, aumento da atividade física e, em alguns casos, medicamentos e cirurgia
bariátrica. É importante seguir um plano de alimentação equilibrado e com controle de
calorias, aumentar o consumo de frutas, legumes, fibras e proteínas magras, reduzir o
consumo de alimentos processados e com alto teor de açúcar e gordura, além de limitar
o tamanho das porções e controlar a ingestão de álcool.
2. Diabetes: O tratamento do diabetes envolve a adoção de um plano alimentar
equilibrado e o controle da ingestão de carboidratos, além do uso de medicação, quando
necessário. É importante evitar açúcares simples, como doces, refrigerantes e sucos
açucarados, e optar por alimentos com baixo índice glicêmico, como frutas, vegetais e
grãos integrais. É necessário monitorar os níveis de açúcar no sangue regularmente e,
em alguns casos, realizar injeções de insulina.
3. Anemia: O tratamento da anemia envolve a identificação da causa subjacente, que
pode ser uma deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, e a adoção de uma dieta
rica em nutrientes necessários para a formação de glóbulos vermelhos. Isso inclui
aumentar o consumo de carnes vermelhas, frutas secas, vegetais folhosos e grãos
integrais. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de suplementos alimentares ou
medicamentos prescritos pelo médico.
4. Desnutrição: O tratamento da desnutrição envolve a identificação da causa subjacente
e a adoção de uma dieta equilibrada, rica em nutrientes. É importante aumentar a
ingestão de proteínas, vitaminas e minerais essenciais e evitar alimentos processados e

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com alto teor de gordura e açúcar. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de
suplementos alimentares ou a alimentação por sonda.
5. Hipertensão: O tratamento da hipertensão envolve a adoção de um plano alimentar
saudável e a redução do consumo de sódio. É importante optar por alimentos frescos e
minimamente processados, reduzir o consumo de sal e temperos salgados, evitar
alimentos processados e embutidos e optar por alimentos ricos em potássio, como
frutas, legumes e grãos integrais. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de
medicação prescrita pelo médico.
É importante lembrar que o tratamento das doenças nutricionais deve ser
individualizado e orientado por um profissional de saúde qualificado. O
acompanhamento regular com um nutricionista é fundamental para o sucesso do
tratamento.

6.3 Cuidados de enfermagem para pacientes e suas famílias


Aqui estão alguns cuidados de enfermagem para pacientes e suas famílias relacionados
às doenças nutricionais mais comuns:
1. Obesidade:
- Auxiliar o paciente a estabelecer metas realistas de perda de peso;
- Incentivar o paciente a seguir um plano alimentar adequado à sua condição de saúde e
estilo de vida saudavel (prática regular de exercícios físicos) de acordo com a
capacidade e limitações do paciente;
- Monitorar e registrar diariamente a ingestão alimentar, incluindo a quantidade e o tipo
de alimentos consumidos;
- Orientar sobre a importância da perda de peso gradual e saudável, sem restrições
alimentares extremas ou dietas da moda;
- Orientar sobre a importância de evitar alimentos ricos em gordura e açúcar;
- Fornecer apoio emocional e psicológico para ajudar o paciente a lidar com a doença;
- Envolver a família no processo de cuidado e orientar sobre como apoiar o paciente na
adoção de hábitos saudáveis;
- Avaliar a presença de comorbidades associadas, como diabetes, hipertensão,
dislipidemia, entre outras, e realizar intervenções de acordo com a necessidade;

2. Desnutrição:
- Avaliar o estado nutricional do paciente, incluindo medidas antropométricas, análises
laboratoriais e histórico alimentar;
- Estabelecer um plano nutricional individualizado, levando em consideração as
necessidades nutricionais do paciente e a capacidade de ingestão alimentar;
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- Monitorar diariamente a ingestão alimentar e a evolução do estado nutricional e


incentivar o paciente a comer;
- Orientar o paciente e a família sobre a importância da adesão ao plano nutricional e a
oferta de alimentos e nutrientes adequados;
- Estimular a ingestão de alimentos com maior densidade nutricional e oferecer
suplementos alimentares, se necessário;
- Identificar e tratar as comorbidades associadas que possam interferir na ingestão
alimentar e no estado nutricional do paciente;
- Envolver a família no processo de cuidado e orientar sobre como oferecer suporte
emocional e incentivar a ingestão de alimentos.
- Administrar suplementos nutricionais conforme necessário;
- Encaminhar o paciente para um nutricionista para elaboração de um plano alimentar
adequado;
- Fornecer apoio emocional e psicológico para ajudar o paciente a lidar com a doença.

3. Anemia:
- Avaliar regularmente o nível de hemoglobina do paciente;
- Administrar suplementos de ferro e ácido fólico conforme prescrição médica;
- Orientar sobre a importância de alimentos ricos em ferro na dieta;
- Incentivar a ingestão de alimentos ricos em vitamina C, que ajudam na absorção do
ferro;
- Monitorar a resposta do paciente ao tratamento e ajustar a terapia conforme necessário.
- Avaliar o estado nutricional do paciente, incluindo a presença de sintomas de anemia,
histórico alimentar e análises laboratoriais;
- Estabelecer um plano alimentar rico em alimentos fontes de ferro, como carnes
vermelhas, aves, peixes, leguminosas, frutas secas e vegetais.

4. Diabetes:
- Monitorar diariamente os níveis de glicemia e ajustar o plano alimentar e medicação de
acordo com os resultados;
- Estabelecer um plano alimentar individualizado, considerando as preferências e
necessidades nutricionais do paciente;
- Orientar sobre a importância da distribuição adequada de macronutrientes na dieta,
incluindo carboidratos, proteínas e gorduras;
- Estimular a ingestão de alimentos com menor índice glicêmico e maior teor de fibras,
como frutas, verduras e grãos integrais;

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- Monitorar a ingestão de açúcares e alimentos processados;


- Avaliar e tratar as comorbidades associadas, como obesidade, dislipidemia e
hipertensão;
- Incentivar a prática de actividade física regular e orientar sobre a importância do
controle de estresse e sono adequado;
- Envolver a família no processo de cuidado e orientar sobre como apoiar o paciente na
adesão ao plano alimentar e no controle da doença.
- Ensinar o paciente e sua família sobre a importância de uma dieta balanceada e
adequada;
- Monitorar os níveis de glicemia regularmente e ajustar a terapia conforme necessário;
- Incentivar a prática regular de exercícios físicos;
- Ensinar o paciente e sua família sobre os sintomas da hipoglicemia e hiperglicemia e
como tratá-los;
- Fornecer apoio emocional e psicológico para ajudar o paciente a lidar com a doença.

5. Hipertensão:
- Monitorar regularmente a pressão arterial do paciente;
- Incentivar a redução do consumo de sódio e alimentos ricos em gordura;
- Encorajar o consumo de alimentos ricos em potássio, como frutas e verduras;
- Incentivar a prática regular de exercícios físicos;
- Orientar sobre a importância de aderir à medicação prescrita pelo médico.
Estes são apenas alguns exemplos de cuidados de enfermagem para pacientes e suas
famílias em relação a doenças nutricionais. É importante lembrar que cada paciente é
único e pode ter necessidades específicas de cuidados. É fundamental trabalhar em
equipe com o médico, nutricionista e outros profissionais de saúde para oferecer o
melhor tratamento e cuidado possível.

6.4 Educação para a saúde


As doenças nutricionais podem ser prevenidas ou gerenciadas com educação para a
saúde. Abaixo estão algumas informações importantes que podem ser compartilhadas
com pacientes e suas famílias:
1. Anemia:
- Incluir alimentos ricos em ferro na dieta, como carnes, ovos, legumes, feijões, lentilhas,
nozes, sementes e vegetais folhosos verde-escuros.
- Consumir alimentos ricos em vitamina C (frutas cítricas, tomate, pimentão, brócolis,
entre outros) ajuda a melhorar a absorção do ferro.
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- Evitar o consumo excessivo de chá e café, pois eles podem interferir na absorção de
ferro pelo organismo.
- Caso a anemia seja causada por deficiência de vitamina B12, é necessário incluir
alimentos ricos nesta vitamina na dieta ou, em alguns casos, suplementação com B12.
2. Desnutrição:
- Incluir alimentos de todos os grupos alimentares na dieta, como proteínas,
carboidratos, gorduras, frutas e vegetais.
- Consumir alimentos ricos em proteínas, como carnes, peixes, ovos, leite e seus
derivados, legumes e feijões.
- Consumir alimentos ricos em gorduras saudáveis, como abacate, castanhas, azeite e
peixes de água fria (salmão, sardinha, atum).
- Evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, gorduras trans e saturadas.
- Em casos de desnutrição grave, pode ser necessário o uso de suplementos nutricionais
sob prescrição médica.
3. Diabetes:
- Controlar a ingestão de carboidratos, principalmente os de alto índice glicêmico, como
açúcar refinado, doces, refrigerantes e alimentos com farinha branca.
- Optar por carboidratos complexos, como frutas, vegetais, grãos integrais e legumes.
- Controlar o consumo de gorduras, principalmente as saturadas e trans.
- Incluir alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e
sementes.
- Evitar o consumo de álcool ou, se consumir, fazê-lo de forma moderada e sempre com
acompanhamento médico.
4. Obesidade:
- Controlar a ingestão de calorias, reduzindo o consumo de alimentos ricos em açúcar,
gorduras saturadas e trans.
- Optar por alimentos ricos em fibras, que ajudam a proporcionar saciedade, como
frutas, verduras, legumes, grãos integrais e sementes.
- Praticar atividade física regularmente.
- Controlar o consumo de álcool ou, se consumir, fazê-lo de forma moderada e sempre
com acompanhamento médico.
5. Doença renal:
- Controlar a ingestão de sódio, evitando alimentos industrializados, enlatados e
embutidos.

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- Controlar a ingestão de proteínas, que podem sobrecarregar os rins em casos de


insuficiência renal.
- Consumir alimentos ricos em potássio, como frutas e vegetais, para ajudar a controlar a
pressão arterial.
- Em casos mais avançados de doença renal, pode ser necessário controlar a
Aqui estão algumas possíveis listas de educação para a saúde com base nos conteúdos
apresentados acima:
Educação para a saúde relacionada à nutrição:
- Importância de uma alimentação saudável e equilibrada para a prevenção de doenças
nutricionais
- Hábitos alimentares saudáveis para adultos e idosos
- Necessidades nutricionais para adultos e idosos ativos e inativos
- Condutas nutricionais para manter uma dieta saudável
- Prevenção de doenças nutricionais através de uma dieta equilibrada
- Como escolher alimentos saudáveis e evitar alimentos prejudiciais
- Técnicas de preparação de alimentos saudáveis, incluindo o uso de recursos locais

Educação para a saúde relacionada a doenças nutricionais:


- Sinais e sintomas das doenças nutricionais, incluindo desnutrição, obesidade, diabetes
e anemia
- Prevenção de doenças nutricionais através de uma dieta equilibrada
- Tratamento de doenças nutricionais através de medicamentos e mudanças na dieta
- Cuidados de enfermagem para pacientes com doenças nutricionais, incluindo
monitoramento da ingestão de nutrientes, prevenção de infecções e promoção de
atividades físicas seguras
- Educação para a família sobre como apoiar pacientes com doenças nutricionais,
incluindo a importância de uma dieta equilibrada e como ajudar na administração de
medicamentos e monitoramento da saúde.

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Undade VII- Cultura de subsistência


A cultura de subsistência é uma forma de produção agrícola que visa principalmente
suprir as necessidades básicas de alimentação de uma comunidade. Nesse tipo de
cultura, os alimentos são produzidos em pequena escala e geralmente são consumidos
pela própria família ou comunidade.
As técnicas utilizadas na cultura de subsistência variam de acordo com a região e com os
recursos disponíveis. Algumas das práticas mais comuns incluem a agricultura de
subsistência, a pesca artesanal, a caça e a coleta de frutas e vegetais silvestres.
Embora a cultura de subsistência seja uma forma importante de garantir a segurança
alimentar de uma comunidade, ela também pode apresentar desafios, como a falta de
diversidade alimentar e a dependência de condições climáticas favoráveis. Além disso,
em muitos casos, a cultura de subsistência é ameaçada pela expansão da agricultura
comercial e da urbanização.
Para preservar e fortalecer a cultura de subsistência, é importante investir em técnicas
agrícolas sustentáveis e na valorização da produção local. Também é essencial garantir o
acesso a recursos como terra, água e sementes, além de promover a educação sobre
práticas agrícolas e nutricionais saudáveis.
A cultura de subsistência é um modelo de produção e consumo baseado na
autossuficiência e na utilização de recursos locais para a sobrevivência. É uma forma de
viver que tem sido praticada por muitas comunidades ao redor do mundo ao longo da
história, e que tem se tornado cada vez mais relevante em um mundo em que a
globalização e a produção em larga escala têm ameaçado a sustentabilidade do planeta.
A cultura de subsistência tem como principal característica a produção de alimentos e
outros recursos necessários para a sobrevivência de forma sustentável e em harmonia
com o meio ambiente. As comunidades que vivem dessa forma geralmente possuem um
conhecimento profundo sobre as plantas e animais locais, bem como sobre as condições
climáticas e geográficas da região.
Na cultura de subsistência, os alimentos são geralmente produzidos por meio de
técnicas agrícolas tradicionais, como a agricultura de subsistência, a pesca e a caça. Além
disso, muitas comunidades também utilizam técnicas de conservação de alimentos,
como a secagem, a salga e a fermentação, para garantir o acesso a alimentos durante
todo o ano.
A cultura de subsistência também valoriza a economia local e a troca de bens e serviços
entre as comunidades. Além disso, ela promove a diversidade cultural e a preservação
das tradições e dos costumes locais.
Para quem vive na cidade, é possível se inspirar na cultura de subsistência por meio de
práticas como a agricultura urbana, a produção de alimentos em pequena escala em

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casa, a compra de produtos locais e orgânicos e a valorização de técnicas de conservação


de alimentos.
Em resumo, a cultura de subsistência é uma forma de viver em harmonia com o meio
ambiente, valorizando a produção local e a diversidade cultural. Ela pode ser uma fonte
de inspiração para quem busca uma vida mais sustentável e consciente em relação aos
recursos naturais.

Cultura de subsistência: incentivo de cultivo de hortícolas


A cultura de subsistência é uma prática muito importante para as comunidades,
principalmente em regiões afastadas e de difícil acesso. Uma das formas de promover
essa cultura é incentivando o cultivo de hortícolas, que são plantas comestíveis, como
legumes, verduras e frutas, que podem ser cultivadas em pequenos espaços e com
poucos recursos.
O incentivo ao cultivo de hortícolas pode trazer diversos benefícios, como a produção de
alimentos frescos e saudáveis, a redução de custos com a compra de alimentos e a
geração de renda com a venda dos excedentes. Além disso, o cultivo de hortícolas pode
ser uma atividade terapêutica, que ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, e ainda pode
fortalecer os laços sociais e comunitários.
Para incentivar o cultivo de hortícolas, é importante fornecer orientação técnica sobre o
plantio, a irrigação, a adubação e o controle de pragas e doenças. Também é necessário
disponibilizar materiais e ferramentas para a produção, como sementes, mudas, adubos,
fertilizantes e equipamentos de jardinagem.
Além disso, é fundamental disseminar conhecimentos sobre a importância da
alimentação saudável, mostrando os benefícios de uma dieta rica em hortícolas, que são
fontes de vitaminas, minerais, fibras e outros nutrientes essenciais para a saúde. Essa
educação alimentar pode ser feita por meio de oficinas, palestras, cartilhas e outras
iniciativas que promovam a alimentação equilibrada e sustentável.
Por fim, é importante incentivar a troca de experiências entre os produtores de
hortícolas, criando redes de cooperação e apoio mútuo, e estimular a comercialização
dos produtos em feiras locais, cooperativas e mercados regionais. Dessa forma, é
possível fortalecer a cultura de subsistência e promover a segurança alimentar e
nutricional das comunidades.

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Conclusão
Ao longo deste livro, discutimos diversos tópicos relacionados à alimentação e nutrição,
desde a história da nutrição até a importância dos hábitos alimentares e dos grupos
alimentares. Esperamos ter fornecido informações valiosas e práticas para que você
possa aplicar em sua vida diária.
Aprendemos que a nutrição adequada é essencial para manter uma boa saúde física e
mental, e que uma alimentação equilibrada e variada é a chave para alcançar esse
objetivo. É importante entender os diferentes grupos alimentares e as funções que
desempenham em nosso corpo para garantir que estejamos consumindo os nutrientes
necessários para nossa saúde.
Além disso, discutimos a influência de fatores externos em nossos hábitos alimentares,
como cultura, hábitos sociais e econômicos, e como podemos trabalhar para desenvolver
hábitos alimentares saudáveis.
Em resumo, a alimentação é uma parte fundamental de nossas vidas, e a nutrição
adequada é fundamental para garantir uma boa saúde e qualidade de vida. Esperamos
que as informações fornecidas neste livro o ajudem a fazer escolhas alimentares
saudáveis e a desenvolver hábitos alimentares positivos para você e sua família.
Lembre-se, uma alimentação saudável é uma jornada contínua, mas com pequenos
passos podemos alcançar grandes mudanças na nossa saúde e bem-estar.

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Bibliografia Consultada:
- Cozzolino, S. M. F. (2016). Biodisponibilidade de nutrientes (5a ed.). Barueri, SP:
Manole.
- Escott-Stump, S. (2012). Nutrição Clínica (3a ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
- Mahan, L. K., & Raymond, J. L. (2017). Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia (14a
ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
- Ministério da Saúde (2014). Guia Alimentar para a População Brasileira. Brasília:
Ministério da Saúde.
- Philippi, S. T. (2014). Nutrição e Técnica Dietética (3a ed.). Barueri, SP: Manole.
- Waitzberg, D. L. (2015). Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica (5a ed.).
São Paulo: Atheneu.
Sites consultados:
- Ministério da Saúde - https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/alimentacao-e-
nutricao
- Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição - http://www.sban.org.br/
- Sociedade Brasileira de Nutrição - https://sbnutricao.org.br/
- Guia Alimentar para a População Brasileira -
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-
populacao-brasileira-Miolo-PDF-Internet.pdf
- Food and Agriculture Organization of the United Nations -
http://www.fao.org/nutrition/en/

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