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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO GWAZA-

MUTHINI

=ISGEGM=

Licenciatura em Ciências de Nutrição

4º Ano IIº Semestre

Nutrição Clinica

Relatório de Estágio Integrado

Estudante:

Benedita Cumbe

Supervisora:

Dra. Crimilde Ribeiro

Maputo, abril de 2021

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Lista de acrónimos e abreviaturas

IMC- Indice de Massa Corporal

DM- Diabetes Mellitus

MISAU- Ministério da Saúde

ATPU- Alimento Terapêutico Pronto para Uso

DAM- Desnutrição Aguda Moderada

DAG- Desnutrição Aguda Grave

HIV- Vírus de Imunodeficiencia Humana

SIDA- Síndrome de Imunodeficiência Humana

P/B- Perímetro Braquial

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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 5

2. Objetivos ............................................................................................................................. 6

2.1. Objetivo geral .............................................................................................................. 6

2.2. Objetivos específicos................................................................................................... 6

3. Metodologia ........................................................................................................................ 6

4. Local, Carga Horária .......................................................................................................... 7

5. Breve Historial .................................................................................................................... 7

6. Revisão da Literatura .......................................................................................................... 9

6.1. Programa de Reabilitacão nutricional ......................................................................... 9

6.2. Classificação do estado nutricional ............................................................................. 9

6.3. Indicadores nutricionais chaves para o diagnóstico da desnutrição aguda ............... 10

6.4. Componentes do Programa de Reabilitacão Nutricional .......................................... 10

6.5. Indicadores de desempenho do PRN......................................................................... 10

6.6. Tratamento da desnutrição no internamento (TDI) ................................................... 10

6.7. Tratamento da desnutrição no ambulatório (TDA) ................................................... 11

6.8. Métodos de avaliação do estado nutricional ............................................................. 11

6.9. Sobrepeso e Obesidade.............................................................................................. 11

6.10. Diabetes Mellitus ................................................................................................... 12

6.11. Hipertensão arterial................................................................................................ 12

6.12. SIDA ...................................................................................................................... 12

6.13. Nutrição e HIV ...................................................................................................... 12

6.14. Tuberculose ........................................................................................................... 12

7. Descrição das actividades desenvolvidas ......................................................................... 13

7.1. Diagnóstico nos pacientes internados nas enfermaria ............................................... 13

7.2. Educação e orientação nutricional e prescrição de dietas ......................................... 13

7.3. Tratamento da desnutrição no internamento ............................................................. 13

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7.4. Orientar e supervisionar a distribuição e administração de dietas e Avaliação a
adequação das dietas ............................................................................................................ 14

7.5. Alta hospitalar ........................................................................................................... 14

7.6. Consultas externas de nutrição para adultos e crianças............................................. 14

8. Sucessos ............................................................................................................................ 17

9. Obstáculos/ Limitações..................................................................................................... 17

10. Considerações finais ..................................................................................................... 18

11. Referências bibliográficas ............................................................................................. 19

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1. Introdução
Há muitos anos o tratamento de diversas patologias o seu tratamento era medicamentoso, mas
com o passar do tempo foi se descobrindo que a toma de medicamentos alterava o
funcionamento normal do metabolismo e isso acabava por criar algumas carências nutricionais.
Foi a partir daí que descobriu – se que o alimento também devia fazer parte do tratamento,
como forma de garantir a ação terapêutica dos medicamento.

A Nutrição Clínica é uma modalidade de tratamento de doenças e promoção de saúde, através


da alimentação (MISAU, 2012) e junto com outras modalidades de tratamento, pode reduzir a
gravidade dos sintomas, diminuir a necessidade de medicamentos, retardar a progressão da
doença e melhorar a qualidade de vida do doente. Segundo MISAU (2012), a finalidade básica
deste tratamento é oferecer ao organismo nutrientes adequados ao tipo de doença, condições
físicas, nutricionais e psicológicas do paciente, mantendo ou recuperando o seu estado
nutricional.

Uma dieta nutritiva deve ser planeada de acordo com as doenças e condições físicas do
indivíduo, atendendo as leis fundamentais de alimentação de Escudeiro (quantidade, qualidade,
harmonia e adequação). A dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente internado
e preservar seu estado nutricional

O presente relatório, descreve as atividades desenvolvidas durante o período de estágio nas


enfermarias e consultas externas no hospital geral da Machava.

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2. Objetivos
2.1. Objetivo geral
 Capacitar o estudante estagiário para prestar o atendimento clínico sob o ponto de vista
dietético individual e prover aconselhamento alimentar e nutricional a todo paciente
que necessitar.

2.2. Objetivos específicos


 Diagnosticar o paciente através da avaliação do estado nutricional a nível individual;
 Realizar anamnese alimentar no paciente;
 Prestar assistência nutricional individual, com base nos dados clínicos, bioquímicos,
antropométricos e alimentares;
 Prescrever a terapia nutricional, com base no diagnóstico e estado de saúde, adequando-
a à evolução do estado nutricional do indivíduo;
 Orientar o aconselhamento alimentar e nutricional individualizado e coletivo (sempre
que necessário).

3. Metodologia
Para a realização das actividades do estágio, recorreu-se a distribuição de estudantes 1 por cada
enfermaria, os mesmos usaram a seguinte metodologia: recolha de dados, a observação directa,
pesquisa bibliográfica que culminou na compilação da informação individual para elaboração
do presente relatório.

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4. Local, Carga Horária
O estágio iniciou no dia 17 de fevereiro do ano em curso, no Hospital Geral da Machava,
especificamente nas enfermarias (internamento) e consultas externas de nutrição (ambulatório)
sendo que as actividades foram realizadas cinco vezes por semana com carga horária de 8 horas
de tempo sendo das 7:00h as 15:00h.

5. Breve Historial

Hospital Geral da Machava foi criado em 1986 destinado ao tratamento de TB, é um Hospital
de nível secundário, tem capacidade de 260 camas.

Devido a reabilitação da Enfermaria IV e a transformação da pediatria num centro de


excelência pediátrica, encontra se com 230 camas operacionais.

O Hospital Geral da Machava é um Hospital de referência a nível Nacional no tratamento de


Tuberculose no internamento, localizado no bairro de Infulene, Av. Eduardo Mondlane nº
3888, possui um bloco central constituído por 6 pisos, onde funcionam os seguintes sectores,
respectivamente:

 Enfermarias de Tisiologia;
 Enfermaria de Pediatria;
 Laboratório de Referência da província;

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 Radiologia;
 Farmácia;
 Abordagem Familiar;
 Consulta dos Trabalhadores e seus Familiares;
 Consulta de Quimioterapia para Sarcoma de Kaposi;
 Consulta de Psicologia Clínica;
 Consulta de Fisioterapia;
 Consulta de Oftalmologia;
 Consulta de Psiquiatria;
 E Serviço de Transfusão de Sangue.

1º Bolco (6 pisos) 2º Bloco (2 pisos) Blocos anexos


Laboratório Núcleo de P. Obras
Radiologia Lavandaria
1º Piso
Administração Consulta Aprovisionamento

Direcção Externa Estatística
Tisiologia Sala de Reuniões
2º Enfermaria II Nutrição
3º Enfermaria III Morgue
4º Enfermaria IV Casa Mortuária
2º Pediatria Quimioterapia
Oftalmologia
5º Enfermaria V Fisioterapia

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HOSPITAL GERAL DA MACHAVA
ORGANOGRAMA
Director Geral

Colectivo da
Direcção

Direcção UGEA Direcção


Clínica Administrativa

Depósito de Recursos
Dep. Enfermagem laboratório Radiologia Secretaria Cozinha Planificação Contabilidade Património Aprovisionamento
Medicamentos Humanos

Farmácia Fisioterapia Oftalmologia Depósito de


Pediatria Jardinagem Lavandaria
Pública Transporte Géneros

Estatística
Enfermaria I Nutrição Arquivo Armazém 1

Guarita
Enfermaria II Armazém 2
Recepção

Enfermaria III Armazém 3

Enfermaria IV

Enfermaria V

Consultas
Externas

Morgue

6. Revisão da Literatura
6.1. Programa de Reabilitacão nutricional
Protocolo I:crianças maiores de 6 meses e adolescentes ate 15 anos de Idade.

Protocolo II:Adolescentes maiores de 15 anos, mulheres grávidas, lactantes no 6 meses após


o parto, adultos e Idosos (MISAU, 2013).
6.2. Classificação do estado nutricional
O Estado Nutricional Óptimo de um indivíduo é reflectido pela manutenção dos processos
vitais de sobrevivência, crescimento, desenvolvimento e actividade. Qualquer desvio do estado
nutricional óptimo resulta em distúrbios nutricionais referidos como malnutrição (MISAU,
2013).
Malnutrição: é o estado patológico resultante tanto da deficiente ingestão e/ou absorção de
nutrientes pelo organismo (desnutrição ou sub-nutrição), como da ingestão e/ou absorção de
nutrientes em excesso (sobrenutrição).
As diferentes formas de desnutrição que podem aparecer isoladas ou em combinação incluem:
Desnutrição aguda: manifesta-se através de baixo peso para altura e/ou edema bilateral;
Desnutrição crónica: manifesta-se através de baixa altura para idade;

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micronutrientes estão relacionadas com as deficiências de Ferro, Vitamina A, Iodo e das
vitaminas do Complexo B.
De acordo com a condição clínica, a desnutrição aguda pode ser classificada em ligeira,
moderada ou grave.
A desnutrição aguda grave manifesta-se através das seguintes condições clínicas:
 Marasmo (emagrecimento grave);
 Kwashiorkor (edema bilateral);
 Kwashiorkor-marasmático, ou emagrecimento grave com edema bilateral (MISAU,
2013).
6.3. Indicadores nutricionais chaves para o diagnóstico da desnutrição aguda
1. Perímetro braquial (PB)
2. Peso para estatura (P/E) 2 para crianças dos 6-59 meses
3. Índice da Massa corporal para idade (IMC/Idade) para crianças e adolescentes dos 5-15 anos
de idade, IMC para adultos dos 15-55 anos, mulheres grávidas, lactantes no 6 meses pós-parto
e idosos ≥ 60 anos.
4. Edema bilateral (edema em ambos os pés) (MISAU, 2013)
6.4. Componentes do Programa de Reabilitacão Nutricional
 Envolvimento Comunitário;
 Tratamento da Desnutrição em Internamento;
 Tratamento da Desnutrição em Ambulatório;
 Suplementação Alimentar;
 Educação Nutricional com Demonstrações Culinárias (MISAU, 2013).

6.5. Indicadores de desempenho do PRN


 Taxa de letalidade
 Taxa de abandono
 Taxa de cura (MISAU, 2013)

6.6. Tratamento da desnutrição no internamento (TDI)


O tratamento da desnutrição em internamento é destinado a todos os doentes com desnutrição
aguda grave que apesentam complicações médicas, onde a US deve garantir um diagnóstico
preciso e um tratamento rigoroso, para evitar recaídas e até mortes, onde o tratamento numa
fase inicial é feita através de leites terapêuticos (F100 e F75), de forma que as complicações
desapareçam e o doente consiga se recuperar da forma mais rápida, e apos a recuperação o

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paciente passa para a fase de reabilitação no internamento onde o paciente faz suplementos
terapêuticos (ATPU) o mesmo tratamento é destinado para crianças, adolescentes, adultos,
idosos, mulheres grávidas e lactantes (MISAU, 2013).

6.7. Tratamento da desnutrição no ambulatório (TDA)


O tratamento da desnutrição em ambulatório é dirigido a todos os doentes com DAG e DAM
sem complicações médicas, onde o critério de admissão é o mesmo em relação ao TDI, pois o
TDA oferece suas vantagens pois o doente permanece em seu ambiente familiar evitando assim
custos e infecções hospitalares. Onde o tratamento para doentes com DAG é feito actualmente
nas US com ATPU, e para os pacientes com DAM maiores de 5 anos é feito com CSB plus
onde o paciente faz visitas semanais, quinzenais e até mesmo mensais dependendo da situação
nutricional e distância entre a US e a moradia do paciente.

Nas crianças menores de 5 anos (6-59meses) o TDA é feito através do ATPU devido aos efeitos
e contraindicações do CSB plus (MISAU, 2013).

6.8. Métodos de avaliação do estado nutricional


A definição, escolha ou seleção dos métodos, técnicas e procedimentos de uma avaliação do
estado nutricional encontra se directamente relacionada com os objetivos da avaliação.

Métodos directos (estudos laboratoriais, exames clínicos e exames antropométricos) são


aplicados no período patogênico, e os resultados destes estudos constituem-se indicadores
directos porque exploram o problema em si, ou seja, as manifestações biológicas que
expressam o estado nutricional da população. (Vasconcelos, 2000).

Métodos indirectos (inquéritos de consumo alimentar, estudos demográficos e inquéritos


sócio econômicos e culturais) são aplicados no período pré-patogênico, e os resultados destes
estudos constituem-se indicadores indirectos porque poderão ser determinantes da situação de
nutrição e alimentação da população. (Vasconcelos, 2000).

6.9. Sobrepeso e Obesidade


O excesso de peso é um estado no qual o peso excede um padrão baseado de acordo com a
estatura (Lysen & Israel, 2013)

A obesidade é uma condição de gordura excessiva, seja generalizada ou localizada. O


sobrepeso e a obesidade geralmente são paralelos entre si, mas é possível estar acima do peso
de acordo com as normas, mas não ter excesso de gordura ou ser obeso (MahanLK etal2012).

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6.10. Diabetes Mellitus
A conceituação dapatologia do Diabete sMellitus (DM) é abrangente, de acordo com as
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2009), DM não pode ser considerada uma única
patologia, pois se trata de um grupo heterogéneo de distúrbios metabólicos, em que o ponto
comum é a presença de hiperglicemia. Sendo esta, resultante de defeitos na ação da insulina,
na secreção da insulina ou ainda, destes dois defeitos.
6.11. Hipertensão arterial
Hipertensão arterial (HA), de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão ,é uma
condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão
arterial (PA). É associada frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-
alvo e as alterações metabólicas, com elevado aumento do risco de eventos cardiovasculares.
Sabe-se que os determinantes comportamentais exercem alto impacto, tais como consumo
dietético excessivo de sódio e calorias.

6.12. SIDA
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é causada pelo vírus da imunodeficiência
humana (VIH). O VIH afeta a capacidade de o organismo combater infecções e doenças, o que
pode levar à morte (MahanLKetal2012).
6.13. Nutrição e HIV
A desnutrição e a infecção pelo HIV operam numa relação sinérgica. A principal causa da
desnutrição em adultos é a infecção pelo HIV e ocorre devido ao aumento das necessidades
nutricionais, à falta de apetite, a problemas de absorção intestinal e a outras complicações que
levam o doente a alimentar-se inadequadamente. (MISAU, 2013)

6.14. Tuberculose
A tuberculose é uma doença infeciosa que afeta principalmente os pulmões. Esta infecção
pulmonar causa sintomas como febre, tosse, expetoração, perda de peso, dor no peito, entre
outros, conforme veremos adiante com maior detalhe.
A tuberculose pulmonar é uma doença grave provocada por uma bactéria (bacilo de Koch) e
que pode ser fatal. Para além do sistema respiratório, a tuberculose também pode afetar outros
órgãos.

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7. Descrição das actividades desenvolvidas
As atividades de assistência nutricional aos doentes foram definidas, planificadas, organizadas
supervisionadas e avaliadas segundo o plano das atividades.

7.1. Diagnóstico nos pacientes internados nas enfermarias


Para todos os pacientes que conseguiam ficar em pé o diagnóstico do estado nutricional era
feito através das medidas antropométricas nomeadamente: peso, altura (a fim de se determinar
o IMC) e perímetro braquial para os pacientes que não conseguiam ficar em pé, e todos os
pacientes com edemas foi feita avaliação.

A avaliação do edema bilateral fazia-se por meio de uma pressão firme no dorso com o dedo
polegar de umas três vezes em que cada pressão durava três segundos. Tendo sido feita a
pressão no dorso, caso o local não voltasse ao normal por muitos segundos a presença de
edemas era confirmada mas se o local pressionado voltasse ao normal o edema não era
considerado de origem nutricional.

Em seguida era feita a história clínica do paciente, na história clinica eram observados os
seguintes aspectos (história nutricional pregressa e atual detalhada como dieta habitual, hábitos
costumes e preferências alimentares, antecedentes familiares, antecedentes de internamentos
anteriores, história medicamentosa).

Por fim, eram observados os exames complementares para auxiliar no diagnóstico, de modo a
determinar - se o diagnóstico nutricional, a conduta atraves do tratamento dietoterápico e
orientação nutricional com base na condição física do paciente.

7.2. Educação e orientação nutricional e prescrição de dietas


A educação nutricional e a prescrição das dietas eram feita de forma individualizada, tendo
como base de orientação o diagnóstico do paciente e sua situação??? nutricional. As dietas
prescritas para os pacientes foram: dietas hipossódicas, hiperproteicas e Hipoglucídicas.

7.3. Tratamento da desnutrição no internamento


Os pacientes diagnosticados com DAG e DAM com complicações médicas faziam tratamento
da desnutrição com leites terapêuticos (F75, F100) e suplementos alimentares com ATPU de
acordo com o protocolo, para oTratamento da Desnutrição no internamento seguindo todos os
critérios pré-estabelecidos.

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7.4. Orientar e supervisionar a distribuição e administração de dietas e Avaliação
a adequação das dietas
Após a prescrição dietética feita aos pacientes fazia-se o levantamento do número total dos que
iam se beneficiar dos suplementos nutricionais, depois fazia-se o levantane no armazém para
uma posteior destribuição nas enfermarias. Para os pacientes que recebiam dietas especias,
fazia – se uma participação passiva no momento da destribuicao das refeicoes como forma de
se aferir se os doentes receberam as dietas prescritas. Os doentes que tinham dificuldades para
se alimentar, eram dados comida na boca e os que alimentavam por sondas também eram
ajudados a colocar o alimento na boca

Para a avliaçao e adequacao das dietasfoi feita nas medicinas e singiu - se em manter um
contacto verbal com os pacientes e as diretrzes de orientação da conversa foram as seguintes:
Tipo de preparação, hora da destribuição das refeições, quantidade, qualidade, textura, sabor,
aroma, tempero (sal), temperatura. De uma forma geral, os pacientes referiram que as refeições
eram bem preparadas, com tudo, houve alguns pacientes que reclamaram por causa das
quantidades servidas, a irregularidade dos horários em que as refeições eram servidas.

7.5. Alta hospitalar


Após a melhoria e o desaparecimento das complicações médicas e a recuperacao plena do
apetite, os pacientes recebiam a alta médica que era passada pelo médico e alta nutricional que
era passada pelo estagiário e de seguida passadas as guias de transferências para o seguimento
do paciente para as consultas externas de nutrição. Antes de serem passadas as guias de
transferência, consultava – se a data de controlo aos médicos para que a mesma data fosse
escolhida para o paciente fazer a consulta externa, e por fim oferecia – se ao paciente uma
quantidade suficiente de ATPU para ser usado até a data da primeira consulta externa.

7.6. Consultas externas de nutrição para adultos e crianças


As consultas de nutrição na unidade sanitária são realizadas nas terças e quintas-feiras de cada
semana com excepção aos feriados. Atende-se paciente transferidos das enfermarias, pacientes
vindo de casa com intensão de mudar os hábitos alimentares.

Para os pacientes que faziam – se a consulta pele primeira vez primeira recolhiam-se dados
pessoais, história alimentar, dados clínicos e bioquímicos, dados antropométricos (altura, peso,
perímetro do branquial), gastrointestinais, quantidade de ingestão de água diária, prática de
actividade física, métodos de confecção dos alimentos, aversões e intolerâncias alimentares.

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Depois da recolha dos dados e avaliação passava-se ao aconselhamento nutricional e/ou plano
alimentar, conforme as necessidades individuais registos nos processos.

O plano alimentar era feito tendo em conta as necessidades energéticas totais do paciente, e da
sua actividade física. Explicava-se ao paciente os melhores métodos de confecção e quais os
que deveria evitar e frisava-se a importância da actividade física. Para os doentes desnutridos
dava-se os suplementos nutricionais, onde o ATPU era oferecido aos pacientes com DAG sem
complicaçeõs e novamente ATPU para os pacientes com DAM, eram oferecidos numa
quantidade suficienate para 7 dias DAG e um mês DAM, que é o tempo necessário para se
esperar por uma outra consulta.

Nas consultas subsequentes era feita a reavaliação antropométrica e da composição corporal.


Procurava-se perceber as possíveis diculdades que o doente podia estar a ter com a nova
maneira de alimentar-se e a frequência da pratica da actividde fisica, readaptava-se o plano
alimentar quando necessário.

Para as crianças que faziam-se a consulta pele primeira vez, recolhiam - se os dados pessoais,
dados clínicos e dados antropométricos (altura, peso, perímetro do branquial), métodos de
confecção dos alimentos, aversões e intolerâncias alimentares. Depois da recolha dos dados e
avaliação passava-se ao aconselhamento nutricional e/ou plano alimentar as mães e/ou
acompanhante, conforme as necessidades individuais.

Nas consultas subsequentes era feita a reavaliação antropométrica e da composição corporal.


Procurava-se perceber as possíveis diculdades que o a mãe podia estar a ter com a nova maneira
da criança alimentar-se e pedia-se a mãe para continuar a seguir as orientações que recebera no
hospital.

Antes de iniciarem as consultas dava-se sempre uma boa pega, importancia do aleitamento
materno exclusivo palestra sobre a alimentação complementar, onde na mesma palestra
explicava-se sobre a idade correcta para iniciar a alimentação complentar, a idade em que deve
ser introduzido cada tipo de alimento, formas de conservação dos alimentos que sobram e os
cuidados a se ter antes de consumi-los, o uso das papas enriquecidas na alimentação das
crianças em detrimrnto das papas industrializadas.

Como forma de se garantir que as mães estejam doptadas de conhecimentos para preparar as
papas enriquecidas, depois da palestra eram feitas demonstrações culinárias, onde nas mesmas
demonstracoes eram usados alimentos de fácil acesso na região e as papas enriquecidas foramas

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seguintes: papa de farinha de milho enriquecida com banana, papa de farinha de milho
enriquecida com amendoim torrado e pilado, papa de farinha de milho enriquecida com óleo e
açúcar, papa enriquecida com ovo cozido, papa de farinha de milho enriquecida com cenoura
e óleo.

Depois das mães/acompanhantes terem sido explicadas sobre como devem fazer as papas,
todas elas foram convidadas a provar as papas e dar as suas crianças também e no final de cada
sessão de demonstrações era visil a cara de satisfação com o novo aprendisado e
comprometeram a repettir as mesmas preparações nas suas casas.

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8. Sucessos
Durante o estágio pode-se realizar todas as actividades previstas com sucesso. A realização
deste estágio proporcionou uma oportunidade para melhor entender como lhe dar com doentes
desnutridos com doenças associadas, e outras patologias em regime de internamento assim
como no ambulatório, O conhecimento adquirido será útil na vida profissional.

Bom acompanhmento por parte do supervisor que muito importante no sucesso das actividades
previstas.

9. Obstáculos/ Limitações
 Falta de material como luvas, nos primeiros dias.

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10. Considerações finais
O estágio de nutrição clínica foi de extrema importância pela diversidade de patologias
observadas (especialmente a mal nutrição nas enfermarias) permitindo identificar as suas
manifestações clínicas, aperfeiçoar a elaboração de planos alimentares e terapêuticos. Por outro
lado, foi uma excelente oportunidade para colaborar de procedimentos práticos e participar
ativamente na tomada de decisões na área clínica.

De uma maneira geral, senti que os objetivos aos quais me tinha proposto foram tingidos,
embora tivesse sentido algumas dificuldades na prescrição da dieta devido a falta do
equipamento na cozinha.

Por último dizer que houve uma boa interação com todas equipe do hospital nas enfermarias
por onde passou-se durante o estágio, nomeadamente a enfermarias de Maternidade, Pediatria,
Medicina e nas Consultas Externas, foi notória também uma boa interação com os pacientes.

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11. Referências bibliográficas
1. MISAU. (2013). Manual de Tratamento e Reabilitacao Nutricional Volume II. Mapu
2. MISAU. (2010). PLANO DE ACCAO MULTISECTORIAL PARA A REDUCAO DA
DESNUTRICAO CRONICA EM MOCAMBIQUE 2011-2014(2020). MAPUTO.
3. MISAU. (2013). Politica nacional de alimentacao infantil. Maputo: MISAU.
4. Oh, S., Kalyani, R. R., & Dobs, A. (2016). Manejo Nutricional do Diabetes melito. In
A. C. Ross, B. Caballero, R. J. Cousins, K. L. Tucker, & T. R. Ziegler, Nutricao
Moderna de Shils na Saude e na Doenca (11 ed., pp. 813-814). Sao Paulo: Manole.
5. OMS. (2014). Envolvimento Comunitario modulo B5. Portugal: OMS.
6. Vasconcelos, F. d. (2000). Avaliacao Nutricional de Colectividades. Florianopolis:
UFSC.

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