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MUTHINI
=ISGEGM=
Nutrição Clinica
Estudante:
Benedita Cumbe
Supervisora:
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Lista de acrónimos e abreviaturas
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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 5
2. Objetivos ............................................................................................................................. 6
3. Metodologia ........................................................................................................................ 6
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7.4. Orientar e supervisionar a distribuição e administração de dietas e Avaliação a
adequação das dietas ............................................................................................................ 14
8. Sucessos ............................................................................................................................ 17
9. Obstáculos/ Limitações..................................................................................................... 17
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1. Introdução
Há muitos anos o tratamento de diversas patologias o seu tratamento era medicamentoso, mas
com o passar do tempo foi se descobrindo que a toma de medicamentos alterava o
funcionamento normal do metabolismo e isso acabava por criar algumas carências nutricionais.
Foi a partir daí que descobriu – se que o alimento também devia fazer parte do tratamento,
como forma de garantir a ação terapêutica dos medicamento.
Uma dieta nutritiva deve ser planeada de acordo com as doenças e condições físicas do
indivíduo, atendendo as leis fundamentais de alimentação de Escudeiro (quantidade, qualidade,
harmonia e adequação). A dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente internado
e preservar seu estado nutricional
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2. Objetivos
2.1. Objetivo geral
Capacitar o estudante estagiário para prestar o atendimento clínico sob o ponto de vista
dietético individual e prover aconselhamento alimentar e nutricional a todo paciente
que necessitar.
3. Metodologia
Para a realização das actividades do estágio, recorreu-se a distribuição de estudantes 1 por cada
enfermaria, os mesmos usaram a seguinte metodologia: recolha de dados, a observação directa,
pesquisa bibliográfica que culminou na compilação da informação individual para elaboração
do presente relatório.
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4. Local, Carga Horária
O estágio iniciou no dia 17 de fevereiro do ano em curso, no Hospital Geral da Machava,
especificamente nas enfermarias (internamento) e consultas externas de nutrição (ambulatório)
sendo que as actividades foram realizadas cinco vezes por semana com carga horária de 8 horas
de tempo sendo das 7:00h as 15:00h.
5. Breve Historial
Hospital Geral da Machava foi criado em 1986 destinado ao tratamento de TB, é um Hospital
de nível secundário, tem capacidade de 260 camas.
Enfermarias de Tisiologia;
Enfermaria de Pediatria;
Laboratório de Referência da província;
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Radiologia;
Farmácia;
Abordagem Familiar;
Consulta dos Trabalhadores e seus Familiares;
Consulta de Quimioterapia para Sarcoma de Kaposi;
Consulta de Psicologia Clínica;
Consulta de Fisioterapia;
Consulta de Oftalmologia;
Consulta de Psiquiatria;
E Serviço de Transfusão de Sangue.
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HOSPITAL GERAL DA MACHAVA
ORGANOGRAMA
Director Geral
Colectivo da
Direcção
Depósito de Recursos
Dep. Enfermagem laboratório Radiologia Secretaria Cozinha Planificação Contabilidade Património Aprovisionamento
Medicamentos Humanos
Estatística
Enfermaria I Nutrição Arquivo Armazém 1
Guarita
Enfermaria II Armazém 2
Recepção
Enfermaria IV
Enfermaria V
Consultas
Externas
Morgue
6. Revisão da Literatura
6.1. Programa de Reabilitacão nutricional
Protocolo I:crianças maiores de 6 meses e adolescentes ate 15 anos de Idade.
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micronutrientes estão relacionadas com as deficiências de Ferro, Vitamina A, Iodo e das
vitaminas do Complexo B.
De acordo com a condição clínica, a desnutrição aguda pode ser classificada em ligeira,
moderada ou grave.
A desnutrição aguda grave manifesta-se através das seguintes condições clínicas:
Marasmo (emagrecimento grave);
Kwashiorkor (edema bilateral);
Kwashiorkor-marasmático, ou emagrecimento grave com edema bilateral (MISAU,
2013).
6.3. Indicadores nutricionais chaves para o diagnóstico da desnutrição aguda
1. Perímetro braquial (PB)
2. Peso para estatura (P/E) 2 para crianças dos 6-59 meses
3. Índice da Massa corporal para idade (IMC/Idade) para crianças e adolescentes dos 5-15 anos
de idade, IMC para adultos dos 15-55 anos, mulheres grávidas, lactantes no 6 meses pós-parto
e idosos ≥ 60 anos.
4. Edema bilateral (edema em ambos os pés) (MISAU, 2013)
6.4. Componentes do Programa de Reabilitacão Nutricional
Envolvimento Comunitário;
Tratamento da Desnutrição em Internamento;
Tratamento da Desnutrição em Ambulatório;
Suplementação Alimentar;
Educação Nutricional com Demonstrações Culinárias (MISAU, 2013).
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paciente passa para a fase de reabilitação no internamento onde o paciente faz suplementos
terapêuticos (ATPU) o mesmo tratamento é destinado para crianças, adolescentes, adultos,
idosos, mulheres grávidas e lactantes (MISAU, 2013).
Nas crianças menores de 5 anos (6-59meses) o TDA é feito através do ATPU devido aos efeitos
e contraindicações do CSB plus (MISAU, 2013).
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6.10. Diabetes Mellitus
A conceituação dapatologia do Diabete sMellitus (DM) é abrangente, de acordo com as
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2009), DM não pode ser considerada uma única
patologia, pois se trata de um grupo heterogéneo de distúrbios metabólicos, em que o ponto
comum é a presença de hiperglicemia. Sendo esta, resultante de defeitos na ação da insulina,
na secreção da insulina ou ainda, destes dois defeitos.
6.11. Hipertensão arterial
Hipertensão arterial (HA), de acordo com a VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão ,é uma
condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão
arterial (PA). É associada frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-
alvo e as alterações metabólicas, com elevado aumento do risco de eventos cardiovasculares.
Sabe-se que os determinantes comportamentais exercem alto impacto, tais como consumo
dietético excessivo de sódio e calorias.
6.12. SIDA
A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) é causada pelo vírus da imunodeficiência
humana (VIH). O VIH afeta a capacidade de o organismo combater infecções e doenças, o que
pode levar à morte (MahanLKetal2012).
6.13. Nutrição e HIV
A desnutrição e a infecção pelo HIV operam numa relação sinérgica. A principal causa da
desnutrição em adultos é a infecção pelo HIV e ocorre devido ao aumento das necessidades
nutricionais, à falta de apetite, a problemas de absorção intestinal e a outras complicações que
levam o doente a alimentar-se inadequadamente. (MISAU, 2013)
6.14. Tuberculose
A tuberculose é uma doença infeciosa que afeta principalmente os pulmões. Esta infecção
pulmonar causa sintomas como febre, tosse, expetoração, perda de peso, dor no peito, entre
outros, conforme veremos adiante com maior detalhe.
A tuberculose pulmonar é uma doença grave provocada por uma bactéria (bacilo de Koch) e
que pode ser fatal. Para além do sistema respiratório, a tuberculose também pode afetar outros
órgãos.
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7. Descrição das actividades desenvolvidas
As atividades de assistência nutricional aos doentes foram definidas, planificadas, organizadas
supervisionadas e avaliadas segundo o plano das atividades.
A avaliação do edema bilateral fazia-se por meio de uma pressão firme no dorso com o dedo
polegar de umas três vezes em que cada pressão durava três segundos. Tendo sido feita a
pressão no dorso, caso o local não voltasse ao normal por muitos segundos a presença de
edemas era confirmada mas se o local pressionado voltasse ao normal o edema não era
considerado de origem nutricional.
Em seguida era feita a história clínica do paciente, na história clinica eram observados os
seguintes aspectos (história nutricional pregressa e atual detalhada como dieta habitual, hábitos
costumes e preferências alimentares, antecedentes familiares, antecedentes de internamentos
anteriores, história medicamentosa).
Por fim, eram observados os exames complementares para auxiliar no diagnóstico, de modo a
determinar - se o diagnóstico nutricional, a conduta atraves do tratamento dietoterápico e
orientação nutricional com base na condição física do paciente.
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7.4. Orientar e supervisionar a distribuição e administração de dietas e Avaliação
a adequação das dietas
Após a prescrição dietética feita aos pacientes fazia-se o levantamento do número total dos que
iam se beneficiar dos suplementos nutricionais, depois fazia-se o levantane no armazém para
uma posteior destribuição nas enfermarias. Para os pacientes que recebiam dietas especias,
fazia – se uma participação passiva no momento da destribuicao das refeicoes como forma de
se aferir se os doentes receberam as dietas prescritas. Os doentes que tinham dificuldades para
se alimentar, eram dados comida na boca e os que alimentavam por sondas também eram
ajudados a colocar o alimento na boca
Para a avliaçao e adequacao das dietasfoi feita nas medicinas e singiu - se em manter um
contacto verbal com os pacientes e as diretrzes de orientação da conversa foram as seguintes:
Tipo de preparação, hora da destribuição das refeições, quantidade, qualidade, textura, sabor,
aroma, tempero (sal), temperatura. De uma forma geral, os pacientes referiram que as refeições
eram bem preparadas, com tudo, houve alguns pacientes que reclamaram por causa das
quantidades servidas, a irregularidade dos horários em que as refeições eram servidas.
Para os pacientes que faziam – se a consulta pele primeira vez primeira recolhiam-se dados
pessoais, história alimentar, dados clínicos e bioquímicos, dados antropométricos (altura, peso,
perímetro do branquial), gastrointestinais, quantidade de ingestão de água diária, prática de
actividade física, métodos de confecção dos alimentos, aversões e intolerâncias alimentares.
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Depois da recolha dos dados e avaliação passava-se ao aconselhamento nutricional e/ou plano
alimentar, conforme as necessidades individuais registos nos processos.
O plano alimentar era feito tendo em conta as necessidades energéticas totais do paciente, e da
sua actividade física. Explicava-se ao paciente os melhores métodos de confecção e quais os
que deveria evitar e frisava-se a importância da actividade física. Para os doentes desnutridos
dava-se os suplementos nutricionais, onde o ATPU era oferecido aos pacientes com DAG sem
complicaçeõs e novamente ATPU para os pacientes com DAM, eram oferecidos numa
quantidade suficienate para 7 dias DAG e um mês DAM, que é o tempo necessário para se
esperar por uma outra consulta.
Para as crianças que faziam-se a consulta pele primeira vez, recolhiam - se os dados pessoais,
dados clínicos e dados antropométricos (altura, peso, perímetro do branquial), métodos de
confecção dos alimentos, aversões e intolerâncias alimentares. Depois da recolha dos dados e
avaliação passava-se ao aconselhamento nutricional e/ou plano alimentar as mães e/ou
acompanhante, conforme as necessidades individuais.
Antes de iniciarem as consultas dava-se sempre uma boa pega, importancia do aleitamento
materno exclusivo palestra sobre a alimentação complementar, onde na mesma palestra
explicava-se sobre a idade correcta para iniciar a alimentação complentar, a idade em que deve
ser introduzido cada tipo de alimento, formas de conservação dos alimentos que sobram e os
cuidados a se ter antes de consumi-los, o uso das papas enriquecidas na alimentação das
crianças em detrimrnto das papas industrializadas.
Como forma de se garantir que as mães estejam doptadas de conhecimentos para preparar as
papas enriquecidas, depois da palestra eram feitas demonstrações culinárias, onde nas mesmas
demonstracoes eram usados alimentos de fácil acesso na região e as papas enriquecidas foramas
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seguintes: papa de farinha de milho enriquecida com banana, papa de farinha de milho
enriquecida com amendoim torrado e pilado, papa de farinha de milho enriquecida com óleo e
açúcar, papa enriquecida com ovo cozido, papa de farinha de milho enriquecida com cenoura
e óleo.
Depois das mães/acompanhantes terem sido explicadas sobre como devem fazer as papas,
todas elas foram convidadas a provar as papas e dar as suas crianças também e no final de cada
sessão de demonstrações era visil a cara de satisfação com o novo aprendisado e
comprometeram a repettir as mesmas preparações nas suas casas.
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8. Sucessos
Durante o estágio pode-se realizar todas as actividades previstas com sucesso. A realização
deste estágio proporcionou uma oportunidade para melhor entender como lhe dar com doentes
desnutridos com doenças associadas, e outras patologias em regime de internamento assim
como no ambulatório, O conhecimento adquirido será útil na vida profissional.
Bom acompanhmento por parte do supervisor que muito importante no sucesso das actividades
previstas.
9. Obstáculos/ Limitações
Falta de material como luvas, nos primeiros dias.
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10. Considerações finais
O estágio de nutrição clínica foi de extrema importância pela diversidade de patologias
observadas (especialmente a mal nutrição nas enfermarias) permitindo identificar as suas
manifestações clínicas, aperfeiçoar a elaboração de planos alimentares e terapêuticos. Por outro
lado, foi uma excelente oportunidade para colaborar de procedimentos práticos e participar
ativamente na tomada de decisões na área clínica.
De uma maneira geral, senti que os objetivos aos quais me tinha proposto foram tingidos,
embora tivesse sentido algumas dificuldades na prescrição da dieta devido a falta do
equipamento na cozinha.
Por último dizer que houve uma boa interação com todas equipe do hospital nas enfermarias
por onde passou-se durante o estágio, nomeadamente a enfermarias de Maternidade, Pediatria,
Medicina e nas Consultas Externas, foi notória também uma boa interação com os pacientes.
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11. Referências bibliográficas
1. MISAU. (2013). Manual de Tratamento e Reabilitacao Nutricional Volume II. Mapu
2. MISAU. (2010). PLANO DE ACCAO MULTISECTORIAL PARA A REDUCAO DA
DESNUTRICAO CRONICA EM MOCAMBIQUE 2011-2014(2020). MAPUTO.
3. MISAU. (2013). Politica nacional de alimentacao infantil. Maputo: MISAU.
4. Oh, S., Kalyani, R. R., & Dobs, A. (2016). Manejo Nutricional do Diabetes melito. In
A. C. Ross, B. Caballero, R. J. Cousins, K. L. Tucker, & T. R. Ziegler, Nutricao
Moderna de Shils na Saude e na Doenca (11 ed., pp. 813-814). Sao Paulo: Manole.
5. OMS. (2014). Envolvimento Comunitario modulo B5. Portugal: OMS.
6. Vasconcelos, F. d. (2000). Avaliacao Nutricional de Colectividades. Florianopolis:
UFSC.
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