Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/277715692
CITATIONS READS
0 6,219
2 authors, including:
Juliana Braga
Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
20 PUBLICATIONS 74 CITATIONS
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Juliana Braga on 05 June 2015.
¹Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Av. Antônio Carlos, nº
6627, Caixa Postal 567, Campus Pampulha, CEP 30.123-970, Belo Horizonte, Minas Gerais. E-mail: jufortes22@gmail.
com. *Autora para correspondência.
² Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Universidade Federal do Piauí - UFPI. Campos da Socopo s/n, Socopo,
CEP 64049-550, Teresina, PI, Brasil.
204 Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v.12, n.2, p. 204-213, 2013 ISSN 1676-9732
Braga e Silva
Entretanto, muitas são as limitações quanto à Entretanto, é importante ressaltar que Zahler et
disponibilidade dessas técnicas diagnósticas, já al. (2000) e Simões et al. (2011) identificaram,
que a maioria exige mão-de-obra e/ou equipamento em cão na Espanha e Portugal, respectivamente,
laboratorial especializado (DANTAS-TORRES outro pequeno piroplasma mais estreitamente
e FIGUEREDO, 2006). Esta situação tem relacionado à Babesia microti (denominado
estimulado médicos veterinários a recorrer a Theileria annae). Além destas, três espécies de
exames hematológicos e bioquímicos para dar Theileria (Theileria sp., T. equi, T. annulata)
suporte à suspeita clínica de DCTV, apesar das foram isoladas de cães na Europa e África
alterações detectadas por estes exames serem do Sul (CRIADO-FORNELIO et al., 2003;
frequentemente imprevisíveis (OTRANTO et MATJILA et al., 2008), embora a competência
al. 2009b). Este comportamento adotado pelos do cão como hospedeiro para estas espécies
clínicos veterinários pode levar a diagnóstico permaneça incerto.Das espécies que acometem
etiológico incorreto e prescrição de terapêutica os canídeos, B. canis é uma grande babesia (3-
ineficaz, especialmente em áreas onde as DCTV 5µm) possuindo, aproximadamente, o dobro do
são endêmicas (DE CAPRARIIS et al. 2011). tamanho da B. gibsoni e B. conradae (0,5-2,5µm)
Entre as DCTV, a babesiose canina destaca-se (TABOADA e MERCHANT, 1997; KJEMTRUP
por sua distribuição mundial (SÁ et al., 2006), et al., 2006). Os merozoítos de B. gibsoni são
acometendo espécies domésticas, silvestres e o pleomórficos, sendo encontrados com maior
homem (BOOZER e MACINTIRE, 2003; RIOS frequência na forma oval, podendo adquirir
et al. 2003). No Brasil, a doença é de grande formato de anel (TABOADA e MERCHANT,
importância veterinária (DANTAS-TORRES, 1997), enquanto os merozoítos de B. canis
2008a) por seu caráter endêmico em todo o país e podem ser encontrados em formato arredondado,
prevalência crescente em certas áreas (BASTOS piriforme, elíptico, em cruz ou irregular,
et al., 2004), o que está associado à alta incidência frequentemente ocorrendo em pares, mas oito ou
do carrapato vetor Rhipicephalus sanguineus mais podem estar presentes no mesmo eritrócito
(VIDOTTO e TRAPP, 2004). (LOBETTI, 1998; NEVES, 2000). Atualmente,
Esta revisão tem por objetivo relatar os B. canis apresenta classificação trinominal em
atuais aspectos etiológicos, epidemiológicos e subespécies B. canis vogeli, B. canis canis e
imunológicos que contribuem para diversidade de B. canis rossi, cuja diferenciação é baseada na
apresentações clínico-patológicas da babesiose especificidade do vetor, imunidade cruzada e
canina, como também os métodos disponíveis patogenicidade (UILENBERG, 2006). Dentre as
para diagnóstico da doença. subespécies de B. canis, B. canis rossi é a mais
patogênica e causa infecção normalmente fatal,
DESENVOLVIMENTO enquanto B. canis canis possui patogenicidade
variável, geralmente com infecção responsiva às
Os agentes etiológicos e suas particularidades drogas babesiais e B. canis vogeli, considerada
A babesiose canina é uma enfermidade de patogenicidade moderada, cursando com
causada por protozoários pertencentes ao infecção clinicamente inaparente e responsiva à
filo Apicomplexa, classe Sarcodina, ordem terapia antibabesial (UILENBERG et al., 1989;
Piroplasmida, família Babesiidae, gênero ZAHLER et al., 1998). B. gibsoni é considerada
Babesia. Atualmente, são conhecidas mais de altamente patogênica (SHAW et al. 2001).
100 espécies de Babesia (CHAUVIN et al.,
2009), mas somente B. canis, B. gibsoni e B. Vetores e distribuição geográfica da doença
conradae têm sido responsabilizadas por infectar A distribuição geográfica do parasita
cães, causando a babesiose canina (TABOADA e, consequentemente, da enfermidade estão
e MERCHANT, 1997; DANTAS-TORRES e relacionadas diretamente à distribuição dos
FIGUEREDO, 2006; KJEMTRUP et al., 2006). carrapatos vetores (SOLANO-GALLEGO
sexo dos animais, porém os animais mestiços (VERCAMMEN et al., 1997). Entretanto, os
apresentaram maior chance de adquirir a infecção cães podem entrar em estado de “premunição”
quando comparados aos cães de raça pura (MAIA (WLOSNIEWSKI et al., 1997) caracterizado pela
et al., 2007). Costa-Júnior et al. (2009), estudando manutenção do agente no organismo na ausência
cães no semiárido de Minas Gerais, observaram de sinais clínicos, com altos títulos de anticorpos
que a raça não constituiu um fator de risco anti-B. canis e aparente resistência a infecções
relacionado à soroprevalência de B. canis vogeli, subsequentes (MASUDA et al., 1983) por um
assim como sexo e volume globular abaixo de período de até um ano, o que pode ser resultado
30%. Além disso, esses autores verificaram que de imunidade protetora efetiva (MARTINOD et
a soroprevalência da infecção esteve diretamente al., 1985).
relacionada à idade dos animais e infestação por
carrapatos, logo quanto mais velho o animal, Patogenia e achados patológicos
maior a soroprevalência. No início da infecção, predomina a
hemólise intravascular (BOUNOUS et al., 1993),
Resposta imunológica à infecção enquanto nas células não-parasitadas a destruição
A imunidade protetora aos protozoários do é consequência do reconhecimento pelo sistema
gênero Babesia spp. é mediada pelas repostas imune, uma vez que esses eritrócitos encontram-
inata e adaptativa, além de produção balanceada se marcados por antígenos do parasita aderidos
de citocinas, uma vez que essas não estão às suas membranas. Foi relatada a presença de
envolvidas apenas no controle da infecção, mas anticorpos anti-membrana eritrocitária em cães
podem contribuir com o progresso da doença. infectados por B. gibsoni (ADACHI et al., 1995).
Enquanto a primeira envolve a participação de Estudos recentes revelaram aparente ausência
macrófagos e células natural killer, a última de anemia hemolítica imune na infecção por B.
produz interferon-γ (INF-γ) requerido para canis canis, diferentemente daquelas causadas
ativação de macrófagos, que irão exibir maior por B. gibsoni e, provavelmente, B. canis vogeli
expressão de receptores, atividade fagocitária e (CARLI et al., 2009).
produção de mediadores de ação tóxica, como o A lise das hemácias produz mediadores
óxido nítrico. Além disso, INF-γ está envolvido inflamatórios de ação sistêmica que, em processos
na produção de anticorpos IgG2 opsonizantes hemolíticos graves, causam vasodilatação
(AHMED, 2002). periférica e hipotensão (BRANDÃO e
Recentemente foi demonstrado que a HAGIWARA, 2002), o que facilita interação
formação de ligação de IgG e IgM à membrana entre eritrócitos infectados e o tecido endotelial
do eritrócito por mecanismos imunes parece (SCHETTERS et al., 1998), levando à agregação
estar presente na maioria das infecções por B. de eritrócitos (VALLI, 2007).
canis vogeli, entretanto não foram detectadas Na forma complicada da doença, há
imunoglobulinas contra a membrana de eritrócitos inflamação sistêmica e hipotensão associadas à
em cães infectados por B. canis canis (CARLI et diminuição não-hemolítica do volume globular,
al., 2009). seguida de distúrbios do sistema de coagulação
Não há imunidade cruzada entre as e síndrome da disfunção múltipla de órgãos na
subespécies de B. canis (UILENBERG, 2006) fase aguda, descritas por Schetters et al. (2009)
e a resposta imune humoral se inicia sete dias e Matijatko et al. (2010). Nessa fase, os cães
após a infecção (BRANDÃO et al., 2003) com os infectados desenvolvem severas complicações
títulos de anticorpos decrescendo gradualmente clínicas, as quais poderiam estar correlacionadas
até quatro a cinco meses (VERCAMMEN et al., às atividades biológicas de antígenos solúveis do
1997). parasita e via da calicreína-cinina (FINIZIO et
Na ausência do parasita, a duração da al., 2011).
resposta imune à B. canis é normalmente curta A morte é devido à falência do organismo
e choque sistêmico, não sendo apenas devido à 1997; LOBETTI, 1998). A manifestação clínica
destruição dos eritrócitos, mas também devido da forma complicada é variável e decorrente da
à obstrução dos capilares de vários órgãos por intensa crise hemolítica ocasionada pelo parasita
células parasitadas e parasitas livres (LEVINE, e da liberação sistêmica de fatores inflamatórios
1985), consequência dos tampões celulares (BRANDÃO e HAGIWARA, 2002). Neste
formados pela ativação do sistema de coagulação caso, há envolvimento adicional de órgãos
(SCHETTERS et al., 1998; HOMER et al., 2000). que resulta em anemia, coagulopatia, icterícia,
À necropsia, os animais infectados por B. insuficiência renal aguda, hepatopatia, síndrome
canis podem estar emaciados, pálidos e ictéricos. da angústia respiratória aguda, sinais nervosos,
A injúria vascular é evidenciada por hemorragias lesões miocárdicas, hemoconcentração e choque
e edema, que podem ser severas nos pulmões. O (LOBETTI, 1998; LOBETTI et al., 2002).
baço pode estar aumentado de tamanho e firme, A doença também pode ser descrita
com polpa vermelha hiperêmica e corpúsculos como hiperaguda, aguda, crônica ou subclínica
proeminentes, enquanto os rins apresentam (LOBETTI, 1998). A forma hiperaguda da
coloração marrom escura. O fígado pode estar doença é incomum e mais observada em
aumentado de volume e marrom-amarelado e, filhotes, estando geralmente associada à intensa
na vesícula biliar, observa-se bile espessada e parasitemia e histórico de alta infestação por
abundante (LEVINE, 1985). Histologicamente, carrapatos (LEISEWITZ et al., 2001), com
podem-se observar eritrócitos parasitados os animais acometidos manifestando resposta
obstruindo capilares do córtex cerebral, além inflamatória sistêmica severa, choque endotóxico
de microtrombos em vários tecidos do animal ou coagulação intravascular disseminada,
(VALLI, 2007). hemoglobinúria e icterícia (DASEY et al., 2001).
A forma aguda é observada principalmente
Sinais clínicos e apresentações da doença em infecções por B. gibsoni ou B. canis rossi
A severidade das manifestações clínicas (LEISEWITZ et al., 2001) e seus sinais clínicos
na doença está relacionada ao grau de incluem anemia, trombocitopenia, icterícia,
multiplicação do parasita nos eritrócitos, com esplenomegalia, hemoglobinúria e febre (PAGE,
subsequente lise celular (LEISEWITZ et al. 1998).
2001), e à patogenicidade das diferentes espécies Cães que se recuperam da forma aguda
de Babesia spp. e subespécies de B. canis da infecção, podem tornar-se portadores
(TABOADA e LOBETTI, 2006), o que respaldou crônicos, mantendo baixa parasitemia, sem
a classificação da doença em descomplicada ou detecção do agente ao esfregaço sanguíneo
complicada (JACOBSON, 2006). Além disso, (TODOROVIC, 1975). Entretanto, quando
outros fatores podem influenciar na apresentação desafiados por condições imunossupressoras
da doença, como imunidade do hospedeiro, idade ou outras infecções, esses animais podem
e doenças concorrentes (LOBETTI, 1998), como desencadear febre intermitente, anorexia, perda
demonstrado em infecções por B. canis vogeli, de peso, anemia, edema (NELSON e COUTO,
em que observou-se que a maioria dos animais 2001; FURLANELLO et al., 2005), fraqueza,
adultos ou idosos com manifestação clínica esplenomegalia e mais raramente hemoglobinúria,
apresentavam fatores predisponentes, como petéquias, icterícia (NELSON e COUTO, 2001)
esplenomegalia ou condições imunossupressoras e movimentos de pedalagem e coma (McGAVIN
(SOLANO-GALLEGO et al., 2008). e ZACHARY, 2009).
Os sinais clínicos típicos da doença No Brasil, a forma subclínica é
descomplicada são devido à anemia hemolítica provavelmente a apresentação predominante nos
e incluem membranas mucosas pálidas, febre, cães com babesiose (VIDOTTO e TRAPP, 2004)
taquipnéia, taquicardia, esplenomegalia, icterícia, e tem importância relevante na manutenção dessa
anorexia e depressão (TABOADA e MERCHANT, enfermidade, já que esses animais apresentam-se
normais ao exame físico e à pesquisa direta do podendo ser observadas azotemia e acidose
parasita em esfregaço sanguíneo (MAIA, 2005). metabólica geralmente causadas pela desidratação
e/ou choque (BRANDÃO e HAGIWARA,
Alterações hematológicas e bioquímicas 2002). Em um estudo a hipoalbuminemia foi
Anemia e trombocitopenia são as observada em 31% dos casos de babesiose
anormalidades hematológicas primárias na canina (FURLANELLO et al., 2005). A
babesiose canina (HAGIWARA e YAMAGA, hiperbilirrubinemia é um achado consistente
1987; ABDULLAHI et al., 1990). durante a fase aguda da infecção por Babesia
Os cães infectados por B. canis podem canis, mas não por B. gibsoni (BOUNOUS et
apresentar anemia que varia de normocítica al., 1993). As enzimas hepáticas podem estar
normocrômica (FURLANELLO et al., 2005) a aumentadas durante a doença complicada em
hipocrômica (GUIMARÃES et al., 2002), sendo consequência da hipóxia anêmica do órgão
a primeira comumente de baixa intensidade nos (TABOADA e MERCHANT, 1997). Na urinálise,
primeiros dias após a infecção, podendo tornar-se pode-se observar bilirrubinúria (FURLANELO
macrocítica e hipocrômica à medida que a moléstia et al., 2005) e hemoglobinúria, acompanhada ou
progride (TABOADA e MERCHANT, 1997). não de proteinúria, cilindrúria granular e presença
Além disso, estudos recentes revelaram que cães de células do epitélio renal, indicativa de lesão
infectados por B. canis canis apresentaram anemia renal aguda decorrente da hemoglobinúria
não-regenerativa, enquanto aqueles infectados ou hipoperfusão do órgão (BRANDÃO e
por B. canis vogeli revelaram anemia regenerativa HAGIWARA, 2002).
(CARLI et al., 2009). Pode-se observar ainda
policromasia, anisocitose (GUIMARÃES et Métodos de diagnóstico disponíveis
al., 2002), diminuição do volume globular Durante a fase aguda da doença, o
(DANTAS-TORRES e FIGUEREDO, 2006) e esfregaço sanguíneo realizado a partir de uma
reticulocitose, a qual é proporcional à gravidade gota de sangue periférico pode ser utilizado para
da anemia (GUIMARÃES et al., 2002). diagnóstico da infecção pelo agente (BÖSE et
A trombocitopenia na doença tem sido al., 1995; PASSOS et al., 2005), o qual baseia-se
descrita por diversos autores, embora sua causa no tamanho e aparência morfológica das formas
ainda não esteja completamente elucidada intraeritrocitárias visualizadas (COSTA-JÚNIOR
(BRANDÃO e HAGIWARA, 2002; DANTAS- et al., 2009). Embora seja caracterizado por
TORRES e FIGUEREDO, 2006). Acredita-se que rapidez, baixo custo e alta especificidade, este
os mecanismos mais prováveis são a destruição método apresenta baixa sensibilidade quando
mediada por anticorpos e o consumo acelerado em a parasitemia encontra-se reduzida (DANTAS-
decorrência de vasculite endotelial ou sequestro TORRES e FIGUEREDO, 2006).
esplênico (BRANDÃO e HAGIWARA, 2002). Diante dessas limitações, os métodos
As anormalidades leucocitárias são sorológicos têm sido usados para diagnóstico
variáveis, podendo a contagem de glóbulos de infecções com baixos níveis de parasitemia,
brancos estar aumentada ou diminuída crônicas ou subclínicas (BOOZER e
(HAGIWARA e HOLZCHUH, 1987; MACINTIRE, 2003). Dentre as técnicas
DELL´PORTO et al., 1993). Isso se confirma disponíveis estão a Fixação de Complemento,
pelos relatos de leucocitose com neutrofilia, Aglutinação em Capilar e Imunocromatografia,
monocitose, linfopenia (GUIMARÃES et al., além do Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e da
2002), linfocitose e eosinofilia (TABOADA e Reação de Imunofluorescência Indireta (ABOGE
MERCHANT, 1997) e leucopenia (SCHETTERS et al., 2007). A Reação de Imunofluorescência
et al., 2009) com neutropenia, monocitopenia e Indireta (RIFI) tem sido a mais amplamente
linfopenia (FURLANELLO et al., 2005). utilizada por sua alta sensibilidade, baixo
Os testes bioquímicos são inespecíficos, custo e fácil operacionalidade (BÖSE et al.,
Parasitology, Amsterdam, v.127, p. 81–85, 2005. Medicina Interna Veterinária. São Paulo: Manole,
RIBEIRO, M.F.B. et al. Frequency of anti- 1997. cap. 68, p.554-572.
Babesia canis antibodies in dogs, in Belo TODOROVIC, R.A. Serological diagnosis of
Horizonte, Minas Gerais. Arquivo Brasileiro babesiosis: A review. Tropical Animal Health
de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo and Production, Edimburgo, v.7, p.1-14, 1975.
Horizonte, v.42, p.511-517, 1990. TRAPP, S.M. et al. Babesia gibsoni genotype Asia
RIOS, L. et al. Estudo sorológico e parasitológico in dogs from Brazil. Veterinary Parasitology,
e relato do primeiro caso de babesiose humana na Amsterdam, v.141, p.177–180, 2006.
Colômbia. Revista da Sociedade Brasileira de UILENBERG, G. Babesia - A historical overview.
Medicina Tropical, Uberaba, v.36, p.493-498, Veterinary Parasitology, Amsterdam, v.138, p.
2003. 3–10, 2006.
SÁ, A.G. et al. Detection and Molecular UILENBERG, G. et al. Three groups of
Characterization of Babesia canis vogeli Babesia canis distinguished and a proposal for
From Naturally Infected Brazilian Dogs. The nomenclature. Veterinary Quarterly, Utrecht,
International Journal of Applied Research in v.11, p.33-40, 1989.
Veterinary Medicine, Apopka, v.4, p.163-168, VALLI, V.E.O. Hematopoietic system. In:
2006. MAXIE, M.G. Jubb, Kennedy, and Palmer’s
SCHETTERS, T.P.M. et al. Parasite localization pathology of domestic animals. Philadelphia:
and dissemination in the Babesia-infected host. Elsevier, 2007. v.3, cap. 2, p.107-324.
Annals of Tropical Medicine and Parasitology, VERCAMMEN, F. et al. Duration of protective
Londres, v.92, p.513–519, 1998. immunity in experimental canine babesiosis
SCHETTERS, T.P.M. et al. Systemic after homologous and heterologous challenge.
inflammatory responses in dogs experimentally Veterinary Parasitology, Amsterdam, v.68, p.
infected with Babesia canis; a haematological 51-55, 1997.
study. Veterinary Parasitology, Amsterdam, VIDOTTO, O.; TRAPP, S.M. Babesiose canina.
v.162, p.7-15, 2009. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária,
SIMÕES, P.B. et al. Babesiosis due to the canine São Paulo, v.13, p.58-62, 2004.
Babesia microti-like small piroplasm in dogs - WLOSNIEWSKI, A. et al. Etude du portage
first report from Portugal and possible vertical asymptomatique de Babesia canis en zone
transmission. Parasites & Vectors, Londres, v.4, d’enzootie. Comparative Immunology
p.1-6, 2011. Microbiology and Infectious Diseases, Oxford,
SHAW, S.E. et al. Tick-borne infectious diseases v.20, p.75–86, 1997.
of dogs. Trends in Parasitology, Cambridge, ZAHLER, M. et al. Characteristic genotypes
v.17, p.74-80, 2001. discriminate between Babesia canis isolates of
SOLANO-GALLEGO, L. et al. Babesia canis differing vector specificity and pathogenicity to
canis and Babesia canis vogeli clinicopathological dogs. Parasitology Research, Berlim, v.84, p.
findings and DNA detection by means of PCR- 544-548, 1998.
RFLP in blood from Italian dogs suspected of ZAHLER, M. et al. Detection of a new pathogenic
tick-borne disease. Veterinary Parasitology, Babesia microti-like species in dogs. Veterinary
Amsterdam, v.157, p.211–221, 2008. Parasitology, Amsterdam v.89, p.241-248, 2000.
TABOADA, J.; LOBETTI, R. Babesiosis. In.:
GREENE, C.E. Infectious diseases of the dog
and cat. Missouri: Saunders Elsevier, 2006. cap.
77, p.722-736.
TABOADA, J.; MERCHANT, S.R. Infecções
por protozoários e por outras causas. In:
ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Tratado de