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GIOVANNY ARAÚJO COSTA

ESTETOSCÓPIO: INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO E


CONTAMINAÇÃO PATOGÊNICA

Uberlândia
2022
GIOVANNY ARAÚJO COSTA

ESTETOSCÓPIO: INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO E


CONTAMINAÇÃO PATOGÊNICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Enfermagem.

Orientador: Vanessa Cezar

Uberlândia
2022
GIOVANNY ARAÚJO COSTA

ESTETOSCÓPIO: INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO E


CONTAMINAÇÃO PATOGÊNICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Cristina Ila

Prof(a). Cristiane Lopes

Uberlândia, dia 13 de Junho de 2022


AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, а Deus, que fez com que meus objetivos fossem alcançados,
durante todos esses de 5 anos de estudos na qual passei por muitas situações e
experiências ao logo da minha jornada acadêmica.

Gostaria de agradecer aos meus amigos/familiares, por todo o apoio e pela ajuda,
que muito contribuíram para a realização deste trabalho, seja pelo apoio ou
incentivo. Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram
apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao
longo do curso. Aos meus colegas de curso, com quem convivi intensamente
durante os últimos anos, pelo companheirismo e pela troca de experiências que me
permitiram crescer não só como pessoa, mas também como formando. E por último,
mas não menos importante, a instituição de ensino, essencial no meu processo de
formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que aprendi ao longo dos anos
do curso.
COSTA, Giovanny. Estetoscópio: Instrumento de diagnostico e contaminação
patogênica. 2022. 23. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, Uberlândia-MG, 2022.

RESUMO

Tendo em vista a importância do estetoscópio no manejo clínico do paciente,


sendo um aparelho de uso frequente, pesquisa-se sobre estetoscópio: Instrumento
de diagnostico e contaminação patogênica, a fim de compreender o potencial de
contaminação e disseminação de microrganismos pelo mesmo. Para tanto, é
necessário conhecer o potencial de contaminação do estetoscópio e os riscos,
apresentar os índices de contaminação e demonstrar os métodos de desinfecção
utilizados pelos profissionais da enfermagem. Realiza-se, então, uma revisão
bibliográfica, sendo que os dados foram coletados por meio de base de dados como
Scientific Slectronic Library Online (SciELO), no Literatura Latino-America e Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), tendo principalmente como período de busca
artigos de publicação de 2015 a 2021, não sendo critério. Diante disso, verifica-se
que se faz necessária a adoção e distinta estratégia apresentada, o que impõe a
constatação que a descontaminação antes e após o uso do estetoscópio reduz
significativamente as comunidades microbianas presentes no mesmo.

Palavras-chave: Estetoscópio. Contaminação. Enfermagem. Desinfecção.


COSTA, Giovanny. Stethoscope: Diagnostic instrument and pathogenic
microscope. 2022. 23. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, Uberlândia, 2022.

ABSTRACT

Bearing in mind the importance of the stethoscope in the clinical management of the
patient, being a device of frequent use, research on stethoscope: Instrument for
diagnosis and pathogenic contamination, in order to understand the potential for
contamination and dissemination of microorganisms by it. Therefore, it is necessary
to know the potential for contamination of the stethoscope and the risks, present the
contamination rates and demonstrate the disinfection methods used by nursing
professionals. A bibliographic review is then carried out, and the data were collected
through a database such as the Scientific Slectronic Library Online (SciELO), in the
Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS), with the main
period being search for articles published from 2015 to 2021, not being a criterion. In
view of this, it appears that the adoption and different strategy presented is
necessary, which imposes the observation that decontamination before and after the
use of the stethoscope significantly reduces the microbial communities present in it.

Keywords: Stethoscope. Contamination. Nurse. Disinfection.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Índice de Contaminação, em 81 unidades de saúde localizadas no


município de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil..............................................................18
Tabela 2 – Índice de Contaminação em estetoscópios utilizados em leitos de UTI de
hospital público na cidade de Juiz de Fora/MG........................................................19
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar


IH Infecção Hospitalar
IRAS Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 13
2. POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO E SEUS RISCOS.....................................15
3. ÍNDICES DE CONTAMINAÇÃO........................................................................18
4. MÉTODOS DE DESINFECÇÃO........................................................................20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................22
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................23
13

1. INTRODUÇÃO

Estetoscópio, é um instrumento utilizado por diversos profissionais da área da


saúde, para amplificar sons corporais. Muito utilizado em unidades de atendimento,
normalmente constituído de um ressonador em forma de disco que entra em contato
direto com o paciente e dois tubos conectados a olivas auriculares, sendo assim é
conhecido por ser um instrumento bastante contaminado.
Desta forma, em um dia comum de trabalho, vários pacientes são
auscultados, e que na maioria das vezes, não são desinfetados entre os usos, e por
ter seu uso compartilhado, pode ser um vetor importante de transferência de
patógenos bacterianos. Nesse sentido percebe-se que este estudo é relevante tendo
em vista que possibilita gerar reflexão aos profissionais de saúde quanto a
necessidade de desinfecção comumente desse instrumento de diagnóstico, e dê a
devida importância, priorizando sempre a prevenção. Nessa direção essa pesquisa
apresenta grande valor acadêmico para a comunidade cientifica e pesquisadores
sobre o tema em questão.
Desta forma com este estudo pretendeu-se responder o seguinte
questionamento: o estetoscópio pode ser considerado como um vetor de
contaminação viabilizando a ocorrência de infecções, elevando as taxas de
infecções associadas aos cuidados com a saúde?
No intuito de responder o questionamento mencionado anteriormente o
objetivo geral da pesquisa foi apontar e compreender o potencial de contaminação e

disseminação de microrganismos pelo estetoscópio, instrumento utilizado de forma


comum no meio hospitalar, por médicos e enfermeiros. Como objetivos específicos
buscou-se: conhecer o potencial de contaminação do estetoscópio e os riscos que
acarreta aos pacientes; apresentar os índices de contaminação dos estetoscópios e
demonstrar os métodos de desinfecção já utilizados pelos profissionais da
enfermagem.
Para o desenvolvimento do trabalho foi feita uma pesquisa de revisão
bibliográfica e os dados foram coletados por meio de base de dados como Scientific
Slectronic Library Online (SciELO) e no Literatura Latino-America e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), tendo principalmente como período de busca artigos
de publicação de 2015 a 2020, não sendo critério. Os critérios de inclusão da
pesquisa foram estudos anteriores que incluam a temática abordada, artigos
14

completos de acesso livre, nacionais ou internacionais, dentro da margem de


publicação estabelecida. Como critérios de exclusão estudos publicados no formato
reduzido, apenas como resumo, incompletos, e publicados fora do período
delimitado, além de estudos que para acesso é necessário aquisição. Foram
utilizadas as seguintes palavras chave: equipe de enfermagem, estetoscópio,
contaminação biológica, contaminação de equipamentos, profissionais da saúde.
15

2. POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO E SEUS RISCOS

Em 1816, o médico francês René Laennec desenvolveu uma ferramenta,


utilizando um longo tubo de madeira com uma extremidade em forma de trombeta
para canalizar o som do tórax do paciente ao ouvido, que posteriormente essa
ferramenta ficou popularmente conhecida por Estetoscópio. (TOMOS et al., 2016)
Inicialmente, um dos primeiros estudos, pelo menos desde a década de 1990,
já confirmam a possibilidade de instrumentos e equipamentos carrearem
microrganismos patogênicos que propiciam a ocorrência de infecções,
principalmente a partir dos estudos de Jones e Wrigth. (Dias et al., 2021)
De acordo com O'Flaherty (2015) sobre o tema em questão, a taxa média de
contaminação do estetoscópio em 28 estudos foi de 85% (variação: 47-100%). A
maioria das bactérias isoladas foi considerada não patogênica. Os organismos
isolados mais frequentemente foram os estafilococos coagulase-negativos. O nível
médio de contaminação estava em excesso do padrão de normalização francês para
limpeza (que equivale a < 20 unidades formadoras de colônias por membrana) em
todos os seis estudos nos quais os níveis de contaminação foram quantificados.
Organismos potencialmente patogênicos cultivados em estetoscópios incluem:
Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, enterococos resistentes à
vancomicina e Clostridium difficile.
Essas infecções viabilizadas no ambiente de saúde podem ser denominadas
como infecções hospitalares, nosocomiais ou Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde (IRAS).
Para Xavier e Ueno (2009) “O estetoscópio é um veículo ao qual não se
confere importância, apesar da sua comprovada contaminação e do seu papel na
transmissão de microrganismos. Coberturas de prata não protegem os diafragmas
dos estetoscópios da contaminação.
Outros autores também, como Dantas e Ferreira (2014) conceituam que
diferentes materiais podem estar contaminados por patógenos, dentre eles o
estetoscópio se destaca com grande importância, uma vez que seu uso é
generalizado e este pode atuar como fonte de disseminação de qualquer tipo de
microrganismo patogênico.
Segundo Yves Logntin (2014) “O estetoscópio é o dispositivo médico mais
comumente usado que tem uma superfície que está contato direto com os
16

pacientes. Diafragmas de estetoscópios são conhecidos por serem os mais


contaminados, mesmo mais que as pontas dos dedos, após um único exame físico.”
Os autores Yves, Dantas e Ferreira (2014) assemelham em seus conceitos
quando destacam sobre os estetoscópios serem os dispositivos mais contaminados
em uma unidade de atendimento de saúde, nota-se que desde esses conceitos
iniciais já são abordados alguns indicadores.
No que tange as pesquisas pautas no princípio de revisão bibliográfica, é
relevante atentar-se ao fato de que, segundo Oliveira (2009), muitos profissionais de
saúde mostram pouca preocupação com a importância da limpeza dos
estetoscópios, que estão relacionados, em alguns casos, com a contaminação
bacteriana, sendo necessário um maior fortalecimento dos programas de controle de
infecção, mantendo uma constante educação nos serviços hospitalares. Diante
desta estreita relação entre estetoscópios contaminados e possíveis infecções
cruzadas, este trabalho buscou analisar a literatura quanto a frequência da
contaminação dos estetoscópios utilizados por profissionais de saúde e sua
influência no ambiente diante das infecções hospitalares.
Em um período mais atual, temos conceitos mais contemporâneo, esses
citam quanto ao transporte dos dispositivos, como demonstra Rayssa et al. (2021)
“Evidências de contaminação dos estetoscópios, na maioria das vezes apontam que
os profissionais de saúde ao transportá-los os colocam no bolso dos jalecos ou em
suas golas, não sendo notabilizados cuidados assépticos frequentes com esse
instrumento. Sendo assim, a partir dessa premissa, o estetoscópio pode ser
considerado como um vetor de disseminação e infecção hospitalar, sendo a não
realização da assepsia do estetoscópio apontada como um problema para a
segurança do profissional e do paciente.”
Segundo a Portaria n. 2616/98 do Ministério da Saúde, infecção hospitalar
(IH) é aquela adquirida após admissão do paciente e que se manifeste durante a
internação ou após a alta, quando relacionada com a internação ou a procedimentos
hospitalares/ambulatoriais ou as manifestadas antes de 72 horas da internação,
porém associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados
durante este período.
Mundialmente as (IRAS) são consideradas como um problema de saúde
pública, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade, além de
17

gerarem impacto na economia hospitalar, sendo identificada com maior frequência


em países em desenvolvimento. (DIAS et al. 2021)
Diante de todas essas informações mencionadas acima, podemos observar
que representam um grave problema de saúde pública, que carecem de opções de
tratamento que podem ser prevenidos diante de algumas intervenções já existentes,
que será mencionado no terceiro capitulo.
18

3. ÍNDICES DE CONTAMINAÇÃO

Neste capitulo será abordado os principais Índices de Contaminação por


Estetoscópios. Daremos destaque para as contaminações hospitalar e intra-
hospitalar. Assim, visa apresentar os índices de contaminação sobre cada um.
Conforme CORADINI et al (2019) os serviços de saúde, particularmente o
ambiente hospitalar, apresentam um ambiente com potencial risco de contaminação,
por bactérias Gram-negativas, uma vez que esses microrganismos são encontrados
com alta frequência nesse ambiente. A transmissão dessas bactérias pode ser
adquirida através de três maneiras diferentes: pelo ar, por gotículas e principalmente
por contato no qual se inclui o estetoscópio.
Segundo um estudo realizado por Xavier e Ueno (2009) a avaliação da
contaminação, de estetoscópios utilizados em setores de hospital e emergência,
mostrou que 87% dos estetoscópios apresentaram diafragmas contaminados.O
microrganismo mais freqüentemente isolado foi Staphylococcus coagulase negativo.
Em outro estudo mais recente conduzido por Dutra et al (2013), na qual foram
avaliados 81 estetoscópios: 9 da UTI adulto, 8 da UTI pediátrica, 13 das unidades de
Pronto Atendimento adulto e pediátrico, 29 de unidades de Estratégia de Medicina
da Família e 22 de Unidades Básicas de Saúde, em 81 unidades de saúde
localizadas no município de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil. Os resultados indicaram
que 78 (96,2 %) estetoscópios estavam contaminados. A figura 1 apresenta esses
índices para melhor compressão.

Figura 1 – Índice de Contaminação, em 81 unidades de saúde localizadas no


município de Santa Cruz do Sul, RS, Brasil.

Fonte: Dutra et al (2013, 158)


19

Na Figura 1 temos um indice de contaminação na qual o resultado deste


estudo revelou que 96,2% dos estetoscópios pesquisados apresentaram diafragmas
contaminados, destacando Staphylococcus aureus como o micro-organismo mais
frequentemente encontrado.
Em um outro estudo realizado por Garcia et al (2019) foram coletadas 22
amostras de estetoscópios utilizados em duas unidades hospitalares públicas de
Minas Gerais, uma de Juiz de Fora e outra de São João Del Rei, sendo a coleta
realizada através de swabs estéreis..Sendo avaliado o total de 22 estetoscópios.
Dos 16 avaliados em Juiz de Fora, 11(68,75%) apresentaram crescimento
microbiano, sendo 7(54%) Staphylococcus sp coagulase negativa, 3(23%) Klebsiella
pneumoniae, 1(7,6%) Acinetobacter baumanni, 1(7,6%) de Enterococcus sp e
1(7,6%) de Staphylococcus aureus. A figura 2 apresenta esses índices para melhor
compressão.

Figura 2 - Índice de Contaminação em estetoscópios utilizados em leitos de


UTI de hospital público na cidade de Juiz de Fora/MG.

Fonte: Garcia et al (2019, 5)

Na figura 2 demostra o estudo realizado por Renner e Carvalho (2019)


encontrou apenas uma cepa de Enterococcus sp. No mesmo estudo, os autores
ressaltam o Enterococcus resistente à Vancomicina (VRE) como um patógeno
importante nas infecções hospitalares, que carregam o microrganismo na microbiota
intestinal por períodos prolongados.
20

4. MÉTODOS DE DESINFECÇÃO

Neste capitulo será abordado os principais Métodos de Desinfecção já


utilizados pelos profissionais da área da saúde, com ênfase na medicina e
enfermagem.
No que tange as pesquisas pautas no princípio de revisão bibliográfica, é
relevante atentar-se ao fato de que, segundo Oliveira (2009), muitos profissionais de
saúde mostram pouca preocupação com a importância da limpeza dos
estetoscópios, que estão relacionados, em alguns casos, com a contaminação
bacteriana, sendo necessário um maior fortalecimento dos programas de controle de
infecção, mantendo uma constante educação nos serviços hospitalares. A
contaminação das superfícies poderia ser reduzida com a higienização das mãos
antes e após contato com os pacientes e com essas. Todavia, a aderência a tal
prática pelos profissionais tem sido frequentemente apontada com índices inferiores
a 50%, nos estabelecimentos de saúde em geral.
A presença da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) permitiu
aos hospitais maior controle e prevenção de infecções nosocomiais. Atualmente,
diversos programas para treinamento e conscientização sobre padrões de
higienização surgem como forma de aumentar a adesão, porém as taxas de
aderência não ultrapassam 40%, o que reflete a falta de conhecimento dos
estudantes sobre a temática. No futuro, esse desconhecimento se somará ao tempo
reduzido para o adequado atendimento e à carência de materiais no local de
trabalho, e irá repercutir no aumento das taxas de infecção nosocomial (SANTANA-
CAIRES et al., 2016, p. 412) conforme referido por Marcella Santana-Caires et al no
paragrafo acima, referente a sua publicação “Avaliação das Práticas de Higienização
por Estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Brasil) durante
Atendimento Clínico”. Alguns fatores que levam à não adesão à técnica asséptica
pelos estudantes são a abordagem teórica sobre higienização e biossegurança em
período diferente do da prática, falta de fiscalização, carência de insumos e
materiais, e má conduta de alguns profissionais de saúde.
Conforme referido por Zúniga, Mañalich e Cortés (2016), em sua publicação
“Contaminación bacteriana en estetoscopios de la unidad de cuidados intensivos
(Contaminação de bacteriana em estetoscópios unidade de terapia intensiva)”
21

desinfecção de estetoscópios com álcool isopropílico reduz drasticamente o número


de colônias bacterianas no diafragma dos estetoscópios, entre 94 e 100%.
Segundo LEE et al (2021) em sua publicação “A quasi-experimental study on
stethoscopes contamination with multidrug-resistant bacteria: Its role as a vehicle of
transmission.(Um estudo quase experimental sobre a contaminação de
estetoscópios com bactérias multirresistentes: seu papel como veículo de
transmissão.)” os hábitos de desinfecção do estetoscópio melhoraram (55,1% vs
31,0%; p <0,001) e as cargas bacterianas gerais de contaminação foram reduzidas
(unidades formadoras de colônias médias, 15 vs 10; p = 0,019) após a
intervenção. No entanto, a taxa de contaminação por patógenos nosocômios e
bactérias MDR não diminuiu significativamente.
Em um estudo feito por Dutra et al (2013), para sua publicação “Prevalência
de contaminação bacteriana em estetoscópios” a relação ao tipo de antisséptico
utilizado, 92 % dos médicos e 77% da enfermagem responderam utilizar álcool
70%; outros produtos como água e sabão ou água pura foram apontados por 23%
da enfermagem. Outro dado relevante foi a resposta à questão de, alguma vez, os
profissionais terem recebido alguma orientação sobre higienização de estetoscópios
pelos seus gestores: 18(28,1%) da enfermagem e 11(64,7%) dos médicos
responderam que não.
A recomendação da desinfecção dos estetoscópios pelo Ministério da Saúde
do Brasil é o uso de álcool etílico a 70%, que segundo a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, apresenta maior atividade germicida, menor custo e toxicidade
do que o isopropílico. Utilizando álcool etílico a 70%, tem se demonstrado uma
redução na contagem de bactérias em torno de 94% após a higienização do
diafragma e olivas de estetoscópios. (ANVISA, 2017).
22

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo trouxe a tona o tema estetoscópio: instrumento de


diagnostico e contaminação patogênica. Torna-se importante o tema escolhido por
revisar o estudo referente ao tema, já que todos os outros encontrados em varias
plataformas bibliográficas são anosos, podendo gerar varias consequências
negativas com a falta de reflexão sobre o assunto abordado.
Nessa perspectiva a presente pesquisa buscou respostas para o seguinte
problema: O estetoscópio pode ser considerado como um vetor de contaminação
viabilizando a ocorrência de infecções? teve como objetivo compreender o potencial
de contaminação e disseminação de microrganismos pelo estetoscópio. Para tanto,
três capítulos descreveram um pouco sobre o potencial de contaminação e seus
riscos, índices de contaminação e os principais métodos de desinfecção.
Sobre o potencial de contaminação e seus riscos, torna-se importante
salientar que desde a década de 1990, já confirmam a possibilidade de instrumentos
e equipamentos carrearem microrganismos patogênicos que propiciam a ocorrência
de infecções. Essas infecções viabilizadas no ambiente de saúde podem ser
denominadas como infecções hospitalares, nosocomiais ou Infecções Relacionadas
à Assistência à Saúde (IRAS).
Em relação aos índices de contaminação, observa-se que foi abordado as
contaminações hospitalares e intra-hospitalares. Assim, visa apresentar os índices
de contaminação de alguns estudos já realizados sobre cada um, na qual diferencia
os tipos de bactérias e infecções de cada ambiente.
A respeito dos método de desinfecção, a discussão propõe que devido a
muitos profissionais de saúde mostrar pouca preocupação com a importância da
limpeza dos estetoscópios, programas para treinamento e conscientização sobre
padrões de higienização surgem como forma de aumentar a conscientização pelos
profissionais da área da saúde.
Mediante ao estudo deste trabalho, foi possível ver a grande escassez de
estudos sobre este assunto, reforçando a importância dos profissionais de
usufruírem cada vez mais dessas informações. Além de enfatizar a necessidade de
ampliação de pesquisas sobre o tema em questão.
23

6. REFERÊNCIAS

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and contamination rates. American Journal of Infection Control, v. 48,
n. 11, p. 1365-1369, nov. 2020.

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