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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2
OBJECTIVOS .................................................................................................................. 3
Objetivo Geral .......................................................................................................... 3
Objetivos Específicos ............................................................................................... 3
TABAGISMO .................................................................................................................. 4
Cigarro .......................................................................................................................... 5
O TABACO E SEUS DERIVADOS ............................................................................... 5
CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO ..................................................................... 6
Porque fumar? .............................................................................................................. 6
O USO DE TABACO DURANTE A GRAVIDEZ ......................................................... 7
FUMANTE PASSIVO ................................................................................................. 8
Só os fumantes não acreditam que são: ........................................................................ 8
SINAIS ............................................................................................................................. 8
Sintomas de crise de abstinência .................................................................................. 9
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES E DOENÇAS CAUSADAS PELO TABAGISMO ..... 9
TRATAMENTO ............................................................................................................. 10
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 14

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa com o tema O TABAGISMO analisa o


consumo como sendo uma substância prejudicial ao organismo. O tabagismo tem relação
com vários tipos de câncer e é responsável por cerca de 90% das mortes por câncer de
pulmão.
O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela
dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. De acordo com a Revisão
da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
[CID-11], ele integra o grupo de "transtornos mentais, comportamentais ou do neuro-
desenvolvimento" em razão do uso da substância psicoativa (WHO, 2022). Ele também
é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo
o mundo (Drope et al, 2018).

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OBJECTIVOS

Objetivo Geral

• Descrever o tabagismo e as doenças causados por ele.

Objetivos Específicos

• Relatar o tabagismo como doença;


• Reescrever as características dos fumantes e seu estado de saúde;
• Analisar os factores de risco para os tabagistas;
• Relatar as causas e consequências do tabagismo para as gestantes.

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TABAGISMO

O tabagismo é o acto de se consumir cigarros ou outros produtos que


contenham tabaco, cuja droga ou princípio ativo é a nicotina. A Organização Mundial da
Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma
epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatido.

A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões


de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto,
enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. A
OMS afirma ainda que cerca de 80% dos mais de um bilhão de fumantes do mundo vivem
em países de baixa e média renda onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao
tabaco é maior (WHO, 2020).

Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo


também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose,
infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em
mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

O tabagismo é uma toxicomania caracterizada pela dependência física e


psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, os cigarros contêm cerca de 4720
substâncias tóxicas, sendo uma delas, a nicotina, responsável pela dependência.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o tabagismo


é o responsável por cerca de 30% das mortes por cancro(câncer no Brasil), 90% das
mortes por cancro do pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes
por doença pulmonar obstrutiva crónica e 25% das mortes por derrame cerebral. Ainda
de acordo com a OPAS, não existem níveis seguros de consumo do tabaco.

As doenças ocasionadas pelo consumo de tabaco matam 4,9 milhões de


pessoas por ano, o que significa cerca de 10 mil mortes por dia, com uma projeção
estimada de óbitos em torno de 10 milhões até o ano 2030 - das quais 7 milhões ocorrerão
nos países em desenvolvimento e metade dos afetados em idade ativa dos 35-70 anos.

Vale a pena sublinhar que o tabagismo, hoje, mata mais que a soma das
mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídios e acidentes de trânsito. As doenças
causadas pelo tabaco são responsáveis por perdas econômicas de aproximadamente US$
200 bilhões de dólares, no mundo.

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Cigarro

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias


tóxicas diferentes; que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase
gasosa. Na fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia,
cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e
alcatrão. Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos,
contém mais de 60 cancerígenos, sendo as principais citadas abaixo:

 Nicotina - é a causadora do vício e cancerígena;


 Benzopireno - substância que facilita a combustão existente no papel que envolve
o fumo;
 Substâncias Radioativas - polônio 210 e carbono 14;
 Agrotóxicos - DDT;
 Solvente - benzeno;
 Metais Pesados - chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg,
concentrando se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que
leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia,
enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e
estômago);
 Níquel e Arsênico - armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e
dentes resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..;

O TABACO E SEUS DERIVADOS

O tabaco é uma planta (Nicotiana tabacum) cujas folhas são utilizadas na


confecção de diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, que causa
dependência (Brasil, 2016). Há diversos produtos derivados de tabaco: cigarro, charuto,
cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi, tabaco para narguilé, rapé, fumo-de-rolo,
dispositivos eletrônicos para fumar e outros. No Brasil, a Resolução da Diretoria
Colegiada n.º 46 de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proíbe
a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos
para fumar (ANVISA, 2009).

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O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com sua forma de
apresentação:

 Inalado (cigarro, charuto, cigarro de palha);


 Aspirado (rapé);
 Mascado (fumo-de-rolo), porém sob todas as formas ele é maléfico
à saúde.

CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO

A relação entre o tabagismo e saúde é conhecida de forma geral pela maioria


das pessoas. Sabe-se que "faz mal" mas o vício é de tal forma elevado que leva as pessoas
a permanecer a sua atividade nociva com consequências variadas. O tabagismo é
responsável por:

 25 a 30% da totalidade dos cancros — principalmente cancro do aparelho respiratório


superior;
 75-80% dos casos de DPOC(doença pulmonar crónica obstrutiva) e bronquite
crónica;
 80-90% dos casos de cancro do pulmão;
 20% da mortalidade por doença coronária.

Porque fumar?

Existem vários fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou


outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela
publicidade do cigarro nos meios de comunicação.

No caso dos jovens ainda é pior porque além das propagandas pelos meios de
comunicação, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.
Antes dos 19 anos de idade o jovem está na fase de construção de sua personalidade.
Pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes fumantes iniciou a fumar justamente
nesta faixa de idade, isto quer dizer que o principal fator que favorece o tabagismo entre
os jovens é, principalmente, a necessidade de autoafirmação.

Moda nos dicionários nos leva a pensar em: música, roupas, gostos, jeito de
se vestir, gírias, danças, etc. O tabaco não está incluído em nenhum destes itens.
A algum tempo atrás a publicidade manipulava psicologicamente levando diferentes
grupos (adolescentes, mulheres, indivíduos de baixo poder aquisitivo, etc) que
acreditavam que o tabagismo era muito mais comum e socialmente aceito do que era na
realidade e através das demandas sociais e das fantasias dos comerciais que usavam
mulheres bonitas, bem vestidas, homens fortes, bonitos, jovens curtindo a natureza ou em
festas muito bem acompanhados todos estes personagens fazendo uso do cigarro. Hoje,
este tipo de publicidade foi proibido no Brasil. A lei 10.167 restringe a propaganda de
cigarros e derivados do

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O USO DE TABACO DURANTE A GRAVIDEZ

Fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a gestante como também
aumenta o risco de mortalidade fetal e infantil, estes riscos se devem, principalmente, aos
efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo
organismo materno. Estes riscos são:

 Abortos espontâneos;
 Nascimentos prematuros;
 Bebês de baixo peso;
 Mortes fetais e de recém-nascidos;
 Gravidez tubária;
 Deslocamento prematuro da placenta;
 Placenta prévia e Episódios de sangramento.

Comparando-se a gestante que fuma com a que não fuma, a gestante fumante
apresenta mais complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de
menor peso e menor comprimento.

A gestante que fuma, com um único cigarro fumado acelerar em poucos


minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu
aparelho cardiovascular. Imagine a extensão dos danos causados ao feto, com o uso
regular de cigarros pela gestante.

A gestante, o parto e a criança também estão expostos a estes riscos quando


a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro (fumante
passiva), absorvendo substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue passa para o feto.
Assim como a mãe que fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite que é
ingerido pela criança.

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FUMANTE PASSIVO

É o indivíduo que convive com fumantes e inalam a fumaça de derivados do


tabaco em ambientes fechados. Poluição Tabagística Ambiental (PTA), é a poluição
decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados e, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável pela poluição nestes
ambientes. Pesquisas mostram que o tabagismo passivo é estimado como a 3ª maior causa
de morte evitável no mundo, só perdendo para o tabagismo ativo e o consumo excessivo
de álcool.

Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de


desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não
fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As
crianças, por terem uma frequência respiratória mais elevada, são mais atingidas,
sofrendo consequências drásticas na sua saúde, incluindo doenças como a bronquite,
pneumonia, asma e infecções do ouvido médio.

Crianças e bebês são particularmente mais suscetíveis ao tabagismo passivo


e com risco aumentado de desenvolver doenças respiratórias, doença do ouvido médio e
a síndrome da morte súbita infantil. Mulheres grávidas expostas ao tabagismo passivo
correm maior risco de natimorto, malformações congênitas e feto com baixo peso ao
nascer. Não há nível seguro de exposição ao tabagismo passivo e a única maneira de
proteger adequadamente fumantes e não fumantes é eliminar completamente o tabagismo
em ambientes fechados.

Só os fumantes não acreditam que são:

 Nove mortes por hora.


 80 mil por ano.
 90% dos casos de câncer de pulmão.
 80% dos enfisemas pulmonares.
 25% dos infartos de miocárdio.
 40% dos derrames cerebrais.
 10 milhões de pessoas vão morrer nos próximos 30 anos, nas Américas.
 Quatro milhões morrem por ano.

SINAIS

Segundo o Manual Estatístico e Diagnóstico (DSM-IV) da Associação de


Psiquiatria Americana (APA), os critérios para diagnósticos de dependência química se
aplicam também ao tabagismo. Por isso, o quadro é confirmado quando há:

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 O uso contínuo da nicotina, apesar da consciência de ter um problema
físico ou psicológico causado ou exacerbado por ela;
 Esforços para manter o uso diário da substância;
 Tolerância, definida por uma necessidade de quantidades
progressivamente maiores dos produtos para adquirir o efeito desejado;
 Esforços malsucedidos para reduzir ou controlar o consumo da substância;
 Sintomas de crise de abstinência.

Sintomas de crise de abstinência

Ao parar de fumar, é natural que o corpo reaja à falta da nicotina a partir das
crises de abstinência - o que leva à manifestação de diversos sintomas, incluindo:

 Dor de cabeça;
 Tontura;
 Irritabilidade;
 Agressividade;
 Alteração do sono;
 Dificuldade de concentração;
 Tosse;
 Indisposição gástrica;
 Fissura.

Nem sempre os fumantes em tratamento serão afetados por esses sintomas


e, quando forem, a situação tende a se normalizar entre uma e duas semanas (alguns
casos podem chegar a quatro).

POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES E DOENÇAS CAUSADAS PELO


TABAGISMO

Diariamente, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 443 pessoas


morrem por quadros clínicos relacionados ao tabagismo, que contribui para o
desenvolvimento de diversas doenças. As estatísticas revelam que os tabagistas
comparados aos não fumantes apresentam um risco:

 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão;


 5 vezes maior de sofrer de infarto;
 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar, que podem
resultar em doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
 2 vezes maior de sofrer AVC (derrame cerebral).

Entre as outras doenças que o tabagismo favorece, estão:


 Leucemia mieloide aguda;
 Câncer de bexiga;

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 Câncer de pâncreas;
 Câncer de fígado;
 Câncer do colo do útero;
 Câncer de esôfago;
 Câncer de rim e ureter;
 Câncer de laringe (cordas vocais);
 Câncer na cavidade oral (boca);
 Câncer de faringe (pescoço);
 Câncer de estômago;
 Câncer de cólon e reto;
 Câncer de traqueia e, brônquios e pulmão;
 Tuberculose;
 Infecções respiratórias;
 Úlcera gastrointestinal;
 Impotência sexual;
 Infertilidade em mulheres e homens;
 Osteoporose;
 Catarata.

De acordo com os especialistas, o simples acto de parar de fumar oferece uma série de
benefícios que podem ser sentido a curto, médio e longo prazo, como:

 após 20 minutos, sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;


 após 2 horas, não há mais nicotina no seu sangue;
 após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
 após 2 dias, seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta
a comida melhor;
 após 3 semanas, a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhor;
 após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou, e
o risco de desenvolver câncer de pulmão cai pela metade;
 após 20 anos, o risco de desenvolver câncer de pulmão será quase igual ao de
quem nunca fumou.

As mulheres grávidas que fumam, além de correr o risco de abortar, têm uma maior
chance de ter bebês de baixo peso, menor tamanho e com anomalias congênitas. As
pesquisas ainda apontam que os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os
de não fumantes. É justamente por essa razão que, durante o pré-natal, os médicos
sempre pedem para os pais pararem de fumar.

TRATAMENTO

Para parar de fumar, é necessário seguir um tratamento


multidisciplinar que vai além do uso de adesivos, chicletes ou medicamentos anti
nicotina, promovendo mudanças nas crenças e a quebra de vínculos comportamentais
com o cigarro. E isso pode acontecer de duas formas:

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 Imediata: quando a pessoa marca uma data para deixar de fumar e, a partir
dela, não consome mais nenhum derivado do tabaco. O ideal é não ter cigarros
por perto nesse momento para reduzir as chances de ceder à vontade;
 Gradual: em que é reduzido progressivamente o número de cigarros fumados
por dia. Por exemplo: uma pessoa que fuma 30 cigarros por dia, no primeiro
dia fuma os 30 cigarros usuais e depois diminui cinco unidades por cada dia
até chegar a zero. Os especialistas recomendam que o processo não dure mais
de duas semanas, senão ele pode se tornar uma forma de adiar a interrupção
do tabagismo.

Ter uma orientação médica pode facilitar. Na consulta, serão feitas


perguntas sobre quando você começou a fumar, quantos cigarros consome por dia,
quantas vezes já tentou parar e quais métodos foram usados na época. É a partir dessas
informações que o profissional definirá o tratamento mais adequado, avaliando,
inclusive, a necessidade de tomar remédios e fazer exames para investigar a existência
de doenças relacionadas ao tabaco.

Segundo o pneumologista João Marcos Salge, é normal passar por esse


processo várias vezes até interromper definitivamente a dependência. Isso porque as
pessoas têm formas distintas de lidar com o tabaco, mas, a cada tentativa, elas têm a
chance de entender melhor as suas dificuldades e como contorná-las. Nas mulheres, por
exemplo, o uso de cigarro muitas vezes está associado a uma mudança de humor e essa
tendência pode criar dificuldades diferenciadas diante da abstinência.

Felizmente, algumas práticas costumam ajudar nesse processo, como:

 Fazer exercícios de relaxamento: esse é um ótimo recurso para afastar o


nervosismo de um jeito saudável. Assim, quando for necessário, respire fundo
pelo nariz, contando até seis e depois deixe o ar sair lentamente pela boca até
esvaziar totalmente os pulmões. Estique também os músculos até sentir a tensão
ir embora;
 Buscar outras fontes de prazer: procure incluir ou retomar atividades que sejam
prazerosas da sua rotina (artesanato, dança, leitura, jardinagem, yoga etc.);
 Se distrair: quando surgir a vontade de fumar, você ainda pode buscar distrações,
como chupar gelo, escovar os dentes, beber água gelada, comer uma fruta,
conversar com um amigo ou manter as mãos ocupadas rabiscando algo.

Depois de tudo, quando você conseguir parar, o importante é se proteger,


afinal, uma simples tragada é capaz de levar a uma recaída. Portanto, é fundamental
evitar qualquer contato com cigarro.

Hoje, já existem no mercado diversos métodos para acabar com o vício do


cigarro, basta querer e ter força de vontade, os especialistas recomendam que para acabar
ou vencer o tabagismo deve o fumante seguir alguns destes métodos:

 Goma de mascar com nicotina – são pastilhas que liberam pequenas doses de
nicotina diminuindo os sintomas da abstinência.

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 Skin Paches – são pequenos adesivos que colados à pele, liberam mais nicotina
do que a goma de mascar.
 Spray nasal – este spray libera menos nicotina que a goma e os patches, mas
chega mais rápido ao sistema circulatório.
 Inalante – o inalante tem a mesma forma do cigarro, o que leva o indivíduo a
achar que está fumando, pois imita o gesto mão-para-boca do fumante só que com
1/3 da nicotina do cigarro.
 Zyban – este é um método sem nicotina, trata-se de uma droga antidepressiva que
auxilia nas crises de abstinência.

Obs. Todos estes métodos devem ser receitado e terem acompanhamento médico.

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CONCLUSÃO

Durante a pesquisa e estudo realizado, percebemos que o hábito de fumar é


reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e
comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool,
cocaína e heroína.

A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de


tabaco. A dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas,
como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além
de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzo pireno,
cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

A fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde homogeneamente no


ambiente, contém em média três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de
carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante
inala. A exposição involuntária à fumaça do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas
(rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até infarto agudo do
miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar
e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos (MEIRELLES, 2009).

O tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos


seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas;
câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter;
câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe
(pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traqueia, brônquios e
pulmão (WHO, 2022).

A gestante que fuma, com um único cigarro fumado acelerar em poucos


minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu
aparelho cardiovascular. Imagine a extensão dos danos causados ao feto, com o uso
regular de cigarros pela gestante.

Portanto, em nenhuma circunstância se deve recomendar o uso de tabaco ou


seus derivados a gestantes.

Crianças e bebês são particularmente mais suscetíveis ao tabagismo passivo


e com risco aumentado de desenvolver doenças respiratórias, doença do ouvido médio e
a síndrome da morte súbita infantil.

Cabe ressaltar que a disseminação da nicotina se dá para todos os tecidos do


corpo, tais como pulmão, cérebro e outros. Ela também é encontrada na saliva, no suco
gástrico, leite materno, músculo esquelético e no líquido amniótico (MARTINS, 2022).

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REFERÊNCIAS

1. ↑ Dia mundial sem tabaco 2006


2. ↑ «Parar De Fumar | Informação e Tratamento para
Tabagismo». www.medilico.com. Consultado em 1 de junho de 2017
3. ↑ «Tabagismo - Fundação Portuguesa Cardiologia». Fundação Portuguesa
Cardiologia (em inglês)
4. ↑ Tabagismo - Instituto Nacional de Câncer (Brasil)
5. ↑ Ir para:a b Brasil tem mais de 24 milhões de fumantes habituais, aponta PNAD - O
Estado de S.Paulo, 31 de março de 2010 (visitado em 31-3-2010)
6. ↑ Tabagismo causa 95% dos tumores de boca - O Estado de S.Paulo, 2 de março
de 2010 (visitado em 2-3-2010).
2. U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences of
involuntary smoking. A report of the Surgeon General. Washington DC; U.S.
Government Printing Office, 1986.
3. U.S. Departament Of Health and Human Services. The health consequences of
smoking: cardiovascular disease. Maryland, EUA. : CDC, 1984, n. 84-50204, p.
7-8, 109, 1984.

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