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TABAGISMO E OUTRAS DROGAS

O tabagismo é a prática de queimar o tabaco, ou outras cuja droga ou princípio ativo é


a nicotina, e ingerir a fumaça que é produzida. A fumaça pode ser inalada, como se faz
com o cigarro, ou simplesmente liberada pela boca, como geralmente se faz com
cachimbos e charutos. Acredita-se que a prática tenha começado já em 5.000-3.000 aC
na Mesoamérica e na América do Sul. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma
que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia
generalizada, e como tal precisa ser combatido.
O tabagismo é a dependência física e/ou psicológica.
A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes;
que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. Na fase gasosa
é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído,
acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão. Essas substâncias tóxicas
atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos, contém mais de 60 cancerígenos, sendo as
principais citadas abaixo:

Nicotina - é a causadora do vício e cancerígena;


Benzopireno - substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;
Substâncias Radioativas - polônio 210 e carbono 14;
Agrotóxicos - DDT;
Solvente - benzeno;
Metais Pesados - chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-se no
fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade
ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão,
câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago);

Níquel e Arsênico - armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes


resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..

Porque fumar?
Existem vários fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A
maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade do cigarro nos meios de comunicação.
No caso dos jovens ainda é pior porque além das propagandas pelos meios de comunicação, pais,
professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência. Antes dos 19 anos de idade o
jovem está na fase de construção de sua personalidade. Pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes
fumantes iniciou a fumar justamente nesta faixa de idade, isto quer dizer que o principal fator que
favorece o tabagismo entre os jovens é, principalmente, a necessidade de auto-afirmação.
Moda nos dicionários nos leva a pensar em: música, roupas, gostos, jeito de se vestir, gírias, danças, etc.
O tabaco não está incluído em nenhum destes itens.
A algum tempo atrás a publicidade manipulava psicologicamente levando diferentes grupos
(adolescentes, mulheres, indivíduos de baixo poder aquisitivo, etc) que acreditavam que o tabagismo era
muito mais comum e socialmente aceito do que era na realidade e através das demandas sociais e das
fantasias dos comerciais que usavam mulheres bonitas, bem vestidas, homens fortes, bonitos, jovens
curtindo a natureza ou em festas muito bem acompanhados todos estes personagens fazendo uso do
cigarro. Hoje, este tipo de publicidade foi proibido no Brasil. A lei 10.167 restringe a propaganda de
cigarros e derivados do

Fumar durante a gravidez?


Nem pensar, FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ traz sérios riscos para a gestante como também
aumenta o risco de mortalidade fetal e infantil, estes riscos se devem, principalmente, aos efeitos do
monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.
Estes riscos são:
· Abortos espontâneos;
· Nascimentos prematuros;
· Bebês de baixo peso;
· Mortes fetais e de recém-nascidos;
· Gravidez tubária;
· Deslocamento prematuro da placenta;
· Placenta prévia e
· Episódios de sangramento.

Comparando-se a gestante que fuma com a que não fuma, a gestante fumante apresenta mais
complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor
comprimento.
A gestante que fuma, com um único cigarro fumado acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos
do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Imagine a extensão dos danos
causados ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante.
A gestante, o parto e a criança também estão expostos a estes riscos quando a gestante é obrigada a viver
em ambiente poluído pela fumaça do cigarro (fumante passiva), absorvendo substâncias tóxicas da
fumaça, que pelo sangue passa para o feto. Assim como a mãe que fuma durante a amamentação, a
nicotina passa pelo leite que é ingerido pela criança.

O que é ser um fumante passivo?


É o indivíduo que convive com fumantes e inalam a fumaça de derivados do tabaco em ambientes
fechados. Poluição Tabagística Ambiental (PTA), é a poluição decorrente da fumaça dos derivados do
tabaco em ambientes fechados e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável
pela poluição nestes ambientes. Pesquisas mostram que o tabagismo passivo é estimado como a 3ª maior
causa de morte evitável no mundo, só perdendo para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças
relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição
tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças, por terem uma freqüência respiratória mais
elevada, são mais atingidas, sofrendo conseqüências drásticas na sua saúde, incluindo doenças como a
bronquite, pneumonia, asma e infecções do ouvido médio.

Só os fumantes não acreditam que são:


· Nove mortes por hora.
· 80 mil por ano.
· 90% dos casos de câncer de pulmão.
· 80% dos enfisemas pulmonares.
· 25% dos infartos de miocárdio.
· 40% dos derrames cerebrais.
· 10 milhões de pessoas vão morrer nos próximos 30 anos, nas Américas.
· Quatro milhões morrem por ano.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 428 brasileiros morrem a cada dia por
conta de consequências do tabagismo.

Métodos para acabar com o vício


Hoje, já existem no mercado diversos métodos para acabar com o vício do cigarro, basta querer e ter força
de vontade.
Citaremos alguns destes métodos:

· Goma de mascar com nicotina – são pastilhas que liberam pequenas doses de nicotina diminuindo os
sintomas da abstinência.

· Skin Paches – são pequenos adesivos que colados à pele, liberam mais nicotina do que a goma de
mascar.

· Spray nasal – este spray libera menos nicotina que a goma e os patches, mas chega mais rápido ao
sistema circulatório.

· Inalante – o inalante tem a mesma forma do cigarro, o que leva o indivíduo a achar que está fumando,
pois imita o gesto mão-para-boca do fumante só que com 1/3 da nicotina do cigarro.

· Zyban – este é um método sem nicotina, trata-se de uma droga antidepressiva que auxilia nas crises de
abstinência.

Todos estes métodos devem ser receitado e terem acompanhamento médico.


Referências Bibliográficas:
 Aleixo Neto, A. Efeitos do fumo na gravidez. Ver. Saúde Pública, São Paulo, 24:420-4, 1990.
 Doll R, Peto R. 9ª Conferência Mundial sobre Tabaco e saúde. Paris, 1994.
 Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação Nacional de Controle de Tabagismo e
Prevenção Primária - CONTAPP. "Falando Sobre Tabagismo". Rio de Janeiro, 1996.
 Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativas
da Incidência e Mortalidade por Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002.
 World Health Organization. World no-Tobacco Day. Tobacco Alert, 1996.
 International Agency of Reaserch in Cancer (IARC). Environmental Carcinogens mathods of analysis and
exposure measurement. Passive Smoking. Vol 9, Scientific Publications n.31, Lyon, France 1987.
 Rosemberg, J. Tabagismo, sério problema de saúde pública 2 ed. Almed Editora e Livraria Ltda. 1987.
 U.S. Department of Health and Human Services. The health consequences of involuntary smoking. A
report of the Surgeon General. Washington DC; U.S. Government Printing Office, 1986.
 U.S. Departament Of Health and Human Services. The health consequences of smoking: cardiovascular
disease. Maryland, EUA. : CDC, 1984, n. 84-50204, p. 7-8, 109, 1984.
 Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. IV Levantamento sobre o Uso de Drogas
entre Estudantes de 1º e 2º graus em 10 Capitais Brasileira. UNIFESP,

MACONHA

A maconha (Cannabis sativa) é um a espécie de planta amplamente


utilizada em todo o mundo, tanto para uso medicinal como para uso
recreativo. Essa droga ilícita é considerada a droga mais utilizada em
todo planeta. Comparada com outras drogas, ela perde em consumo
apenas para o álcool e para o cigarro.

Em cada 100 brasileiros, cerca de 9 já haviam utilizado a


maconha pelo menos uma vez em sua vida. O percentual de
usuários é maior em homens que em mulheres, e na faixa de 18
a 24 anos de idade.
Estima-se que a Cannabis sativa apresente mais de 400 componentes,
sendo cerca de 60 deles componentes canabinóides.

Entre as aplicações terapêuticas que podem ser atribuídas aos


canabinóides, podemos destacar o controle de náuseas em pacientes
que estão em tratamento com quimioterapia, o uso como analgésico,
a utilização como estimulantes de apetite, o uso no tratamento do
glaucoma, a utilização de seu efeito broncodilatador, a utilização no
tratamento de epilepsia, entre outros.

Entretanto, como salientado, esses efeitos podem ser acompanhados


de efeitos colaterais, como alterações cognitivas, o que limita o seu
uso.

O tetra-hidrocanabinol, conhecido como THC, é


o principal componente psicoativo da maconha, sendo ele o
responsável por sintomas psicóticos naqueles indivíduos que
apresentam maior vulnerabilidade. Como sabemos, a forma mais
comum de administração da maconha é a inalação.

Ao ser inalado, o THC atinge o sistema circulatório e reconhece


receptores no cerebelo, córtex e hipocampo. Ao reconhecer esses
receptores, o THC provoca as manifestações agudas características
dessa droga, como redução da capacidade de memória, relaxamento
ou euforia e alteração da percepção de tempo e espaço.

Não podemos nos esquecer de citar ainda que o THC possui algumas
propriedades terapêuticas. Entre as utilidades que podem ser
atribuídas ao THC, destacam-se:

 Tratamento de dor, enjoo e vômitos decorrentes de


quimioterapia;

 Perda de apetite em pacientes com AIDS;

 Distúrbios do movimento;

 Glaucoma;

 Doenças cardiovasculares.
Efeitos colaterais da maconha
O uso da maconha pode desencadear alguns efeitos no organismo
humano. Vale destacar que os efeitos irão depender de vários fatores,
como da quantidade utilizada da droga, estado emocional do
usuário e se há uso combinado com outra droga. Entre os principais
efeitos a curto prazo podemos citar:

 Ansiedade;

 Aumento da probabilidade de ocorrência de sintomas


psicóticos;

 Diminuição da atenção e memória;

 Diminuição da capacidade motora;

 Euforia;

 Os sentidos tornam-se mais aguçados;

 Pânico;

 Paranoia;

 Sensação de relaxamento.

Não podemos nos esquecer que a maconha pode gerar danos graves
caso seja usada durante a gestação. Atualmente, a maconha é
considerada a droga ilícita mais usada por mulheres durante a
gestação. Estudos indicam que o uso de maconha durante a gravidez
pode estar relacionado com malformações, anencefalia e problemas
cognitivos na criança.

O tetra-hidrocanabinol, conhecido como THC, é


o principal componente psicoativo da maconha, sendo ele o
responsável por sintomas psicóticos naqueles indivíduos que
apresentam maior vulnerabilidade. Como sabemos, a forma mais
comum de administração da maconha é a inalação.

Ao ser inalado, o THC atinge o sistema circulatório e reconhece


receptores no cerebelo, córtex e hipocampo. Ao reconhecer esses
receptores, o THC provoca as manifestações agudas características
dessa droga, como redução da capacidade de memória, relaxamento
ou euforia e alteração da percepção de tempo e espaço.

Não podemos nos esquecer de citar ainda que o THC possui algumas
propriedades terapêuticas. Entre as utilidades que podem ser
atribuídas ao THC, destacam-se:

 Tratamento de dor, enjoo e vômitos decorrentes de


quimioterapia;
 Perda de apetite em pacientes com AIDS;
 Distúrbios do movimento;
 Glaucoma;
 Doenças cardiovasculares.
 Vale destacar ainda que o uso crônico dessa droga pode
causar danos cognitivos graves no usuário. Entre os principais
problemas identificados observa-se deficit de atenção e
memória de curto prazo. Seu uso constante pode ainda causar a
chamada “síndrome amotivacional”, que se caracteriza por um
estado de indiferença e passividade.
 Não podemos nos esquecer, ainda, que o uso crônico da
maconha pode afetar de maneira negativa o sistema
respiratório, sendo responsável até mesmo pelo
desenvolvimento de câncer. Nos homens podem ainda causar
uma séria diminuição do hormônio testosterona e em mulheres
pode até mesmo afetar a ovulação.

 Estudos indicam também que o uso da maconha pode ser


responsável pelo desenvolvimento de esquizofrenia. Weiser e
colaboradores, no trabalho “Uso de maconha na adolescência e
risco de esquizofrenia” enfocam que “o uso regular de maconha
apresenta um risco potencial para o desenvolvimento de
transtornos esquizofrênicos, particularmente em indivíduos
vulneráveis.”
 Sabe-se que quanto mais cedo um indivíduo inicia o uso de
maconha e maior for o tempo de uso, maior o impacto
negativo nesse indivíduo. Entretanto, o que não se sabe de
maneira precisa é se esses efeitos são interrompidos após um
grande período sem uso da maconha. Desse modo, mais
estudos devem ser realizados nessa área.

 → A maconha causa dependência?


 Alguns estudos afirmam que o usuário depois um longo período
de exposição aos canabinoides pode sentir dependência dos
efeitos dessa substância após a interrupção do uso. De acordo
com o trabalho “Aspectos Terapêuticos de Compostos de
Plantas Cannabis sativa”, os sintomas da dependência dos
efeitos psicotrópicos da planta são agitação, irritabilidade,
insônia, náusea e cãibras.

 → Haxixe
 O haxixe pode ser definido como a resina extraída
da Cannabis e posteriormente seca e prensada. O haxixe pode
ser fumado ou ingerido e é caracterizado por apresentar
uma maior quantidade de substâncias psicoativas quando
comparadas à mistura de folhas e grãos de maconha secos, que
são geralmente fumados.

 → Skunk
 O skunk é um tipo de maconha que é cultivado em condições
especiais e que se destaca por ser mais forte que a maconha
convencional. Ele caracteriza-se pelo alto teor de THC, o
principal componente psicoativo da maconha. O uso do skunk
pode ser perigoso, uma vez que estudos indicam que esse tipo
de maconha pode aumentar consideravelmente o risco de
desenvolver psicose (entre seus sintomas delírios, alucinações,
catatonia, desorganização do pensamento, abulia e agitações de
caráter. A pessoa que sofre de delírios, por exemplo, inventa histórias
que não condizem com a realidade, sem que tenha consciência disso.

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