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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – I.C.S.

ALINE TATIANE DA SILVA VIEIRA N643498

TABAGISMO E CÂNCER

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP

2020
1

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – I.C.S.

ALINE TATIANE DA SILVA VIEIRA N643498

TABAGISMO E CÂNCER

Projeto elaborado para compor a nota


da disciplina de Práticas Educativas em
Saúde.
Orientadora: Prof. Gláucia Karen de
Souza e Prof. Rita de Cássia
Fernandes Borges.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP


2020
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RESUMO

O tabagismo foi descoberto na América, sendo assim consumido em diversas formas, sendo
assim acreditava que o tabaco seja uma planta originada dos Bolivianos, onde já era utilizados
por tribos indígenas e por causa desses indígenas que o tabaco veio até o Brasil. O Tabaco é
uma planta cujas as folhas são utilizadas no preparo de diferentes produtos que tem como
princípio ativo a nicotina, que causa a dependência, podemos citar alguns exemplos como:
cigarro, charuto, cachimbo entre outros. O uso excessivo do tabagismo pode causar prejuízos
à saúde como o câncer.

Palavras chave: Câncer, tabagismo, consumo, planta, cigarro, prejuízos.


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ABSTRACT

Tobacco was discovered in America, so it was consumed in several forms, so it was believed
that tobacco is a plant originated from the Bolivians, where it was already used by indigenous
tribes and because of these indigenous people, that tobacco came to Brazil. Tobacco is a plant
whose leaves are used in the preparation of different products that have nicotine as an active
ingredient, which causes addiction. We can mention some examples such as: cigarette, cigar,
pipe, among others. Excessive use of smoking can cause health problems such as cancer.

Keywords: Cancer, smoking, consumption, plant, cigarette, damage.


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SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5

2.0 OBJETIVOS.................................................................................................................. 7

2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 7

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................... 7

3.0 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................... 8

3.1 Tabagismo .................................................................................................................... 8

3.2 História do tabaco ......................................................................................................... 8

3.3 Qual a população mais fumante do Brasil ................................................................ 10

3.4 Tabagismo e câncer................................................................................................... 10

3.5 Tabagismo passivo a câncer ..................................................................................... 12

3.6 Câncer ......................................................................................................................... 13

3.7 Quais os tipos de câncer a serem desenvolvidos no tabagismo ............................ 14

3.8 Dependência química ................................................................................................ 14

3.9 Práticas educativas de saúde .................................................................................... 16

4.0 MÉTODO .................................................................................................................... 19

4.1 Recursos ..................................................................................................................... 19

4.2 Público – alvo .............................................................................................................. 19

4.3 Plano de ação ............................................................................................................. 19

4.4 Prática educativo ........................................................................................................ 19

5.0 CRONOGRAMA ........................................................................................................ 20

6.0 RESULTADOS ........................................................................................................... 21

7.0 CONCLUSÃO............................................................................................................. 26

8.0 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 27

9.0 ANEXO........................................................................................................................ 30

10.0 APÊNDICE ............................................................................................................... 32


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1.0 INTRODUÇÃO

O Tabaco vem da Planta chamada Nicotina tabacum, que se originou das


Américas, e já era utilizado pelos indígenas locais, foi levada à Europa pelos
exploradores portugueses e espanhóis no século XV como algo novo, e que poderia
despertar o interesse por um novo hábito, pois segundo os exploradores, era algo
relaxante. Daí a moda pegou e o hábito de fumar tornou-se muito comum em vários
lugares do mundo e está presente na rotina de mais de um terço da população, ou
seja, mais de um bilhão de pessoas faz uso do tabaco (GOMES; GONÇALVES, 2015).
Além do uso “recreativo”, o tabaco foi usado na área medicinal, onde era usado
pelos médicos no tratamento do alívio às dores de cabeça e febre, além de ser usado
como um antisséptico indicado para feridas e picadas de animais. Mas hoje o tabaco
exerce um papel diferente e importante na economia, em muito devido ao vício da
população que o consome, através do cigarro. (MONTEVERDE; MAGANÃ, 2006).
A nicotina está presente nos derivados do tabaco, que ao ser inalado produz
alterações no Sistema Nervoso Central (SNC), isso modifica o estado emocional e
comportamental do indivíduo, o que induz o abuso e a dependência. Todo indivíduo
que fumou mais de 100 cigarros, ou 5 maços de cigarros, em toda a sua vida e fuma
atualmente já está propício a essa dependência. (CASTELLANI, 2013) (BRASIL,
2016).
Segundo a portaria 761/16 (MS, 2016) é considerado dependente de nicotina o
indivíduo que apresenta 3 ou mais sintomas nos últimos 12 meses como forte desejo
ou compulsão, dificuldade para controlar o uso da substância, abstinência fisiológica
da droga, necessidade de doses crescentes da substância para alcançar efeitos
originalmente produzidos por doses mais baixas, abandono progressivo de outros
prazeres e interesses, aumento da quantidade de tempo necessário para seu uso e
/ou se recuperar dos seus efeitos, persistência no uso da substância mesmo sabendo
as consequências nocivas à saúde.
Entre os problemas de saúde relatados por pessoas que fumam é o câncer.
Apesar de ser uma doença de causas múltiplas, como os fatores ambientais, culturais,
socioeconômicos, estilos de vida ou costumes (ALMEIDA M, et.al. 2002, pág. 743-
756); Conforme (FILHO et al., 2010) o tabagismo é isoladamente a principal causa
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dessa neoplasia no mundo. No geral, o câncer que mais afeta os tabagistas tanto do
sexo feminino quanto do masculino é o de pulmão.
No entanto, o câncer de mama foi o mais relatado entre as mulheres, enquanto
nos homens foi o de próstata, já que os homens normalmente são os grupos que
menos frequenta os postos de saúde. (VERÁS R, 2011, pág. 427-437).
De acordo com (PINTO, M et al., 2017) citado por (INCA, 2018) ‘’ O tabagismo
no ano de 2015, foi responsável por 156.216 mortes equivale a 428 mortes ao dia.
Este valor representa 12,6% do total das mortes que ocorrem no Brasil anualmente.
Um total de 16% das mortes relacionadas com doenças cardiovasculares e 13% por
AVC também podem ser atribuíveis ao tabagismo. Estes percentuais são bem mais
elevados para as doenças respiratórias, como DPOC (74%) e superiores para o
câncer de pulmão (78%). Também, 13% das pneumonias e 33,6% das mortes por
outros cânceres são atribuíveis ao tabagismo”.
Para tratar do alto número de casos de câncer, seria fazer investimentos no
setor saúde para realização de cuidados primários e especiais, exames para câncer
de mama em mulheres, e de próstata para os homens, mesmo não tendo nenhum
sintoma ou sinal, possibilitando diagnóstico e tratamento precoce, propiciando maior
sobrevida dos pacientes que tiveram esse diagnóstico (BARROS, et.al. 2003- 2008
pág. 3755- 3756).
Contudo, a melhor forma de tratar e reduzir a incidência do número de fumantes
no Brasil seria aplicar políticas de prática educativa, visando informar, educar e
motivar a adoção de um hábito de vida mais saudável para a população (COSTA, H
et.al. 2003 pág. 8).
Dessa forma o trabalho visa informar a origem do tabaco, mostrando os fatores que
induzem a dependência do uso excessivo e seus sintomas, apresentando as principais
doenças que serão adquiridas e por fim propor estratégias educativas voltadas à proteção da
população.
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2.0 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um projeto em saúde abordando o tema Tabagismo e Câncer.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Informar a origem do tabaco, o propósito inicial e como se tornou comum o


consumo em vários lugares do mundo;
• Mostrar os principais fatores que induzem o indivíduo ao abuso e a dependência
e listar os principais sintomas em pessoas dependentes;
• Apresentar as principais doenças adquiridas em decorrência do uso do tabaco,
bem como os impactos causados à saúde;
• Propor estratégias e políticas de práticas educativas voltadas à proteção e a
adoção de um hábito de vida mais saudável para a população;
• Apresentar a população consumista do tabaco os malefícios causados pelo uso
e os tipos de câncer que serão adquiridos, e aplicar políticas de práticas educativas visando
informar, educar e motivar o hábito de vida saudável.
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3.0 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Tabagismo

3.2 História do tabaco

Fumar se tornou um hábito muito comum em diversas regiões pelo mundo,


exercendo diferentes funções como na economia, cultura e hábitos. O Tabaco já é era
consumido pelos povos indígenas da América, os maias usavam a planta como fins
religiosos e para medicinais tais como asma, febre, feridas causadas por alguns
animais. (GOMES; GONÇALVES, 2015)

O Tabaco foi descoberto em 1492, quando Cristóvão Colombo chegou nas


terras dos índios. O início foi na Europa onde foi feito pelas crônicas de Frei Bartolomé
de las Casas, em 1497 Américo Vespucio o designou como mastigação pelos povos
indígenas na Venezuela. Em 1510, os homens de Colombo trouxeram as primeiras
sementes para a Espanha e os índios do Canadá fumaram em 1545. (MONTEVERDE;
MAGANÃ; 2006)

No fim do século XVI, o uso do tabaco já havia se espalhado por vários lugares
do mundo, principalmente do fato dos marinheiros levaram a semente para vários
lugares do mundo. O tabaco ganhou aceitação quando o embaixador, Jean Nicot, o
recomendo na forma de pó inalado, a rainha da França Catherine de Medici, tratava
suas fortes dores de cabeça com o tabaco e com isso se tornou um hábito e costume
espalhou-se entre os nobres da Europa tornando seu uso como uma regra de etiqueta
na França. Em 1558 André Trevet teve como propagação da planta e mencionou o
nome local de petún no Brasil. (MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006)

O uso do Tabaco continuou a se espalhar, mais no entanto várias políticas


foram adotadas para penalizar e restringir o consumo, como a excomunhão para os
fumantes de acordo com os papas Vibrano, Vibano VII, fisicamente as mais
assustadoras foram as da prisão a enforcamento e decapitação realizados na
Dinamarca, Rússia, China e Turquia. (MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006)
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Em 1606, segundo Felipe III (MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006) “decretou que


o tabaco só pudesse ser cultivado em Cuba, Santo Domingo, Porto Rico e Venezuela
e ordenou a pena de morte para quem vendesse sementes ao estrangeiros “Em 1614,
Felipe III decretou a Sevilha como a capital do mundo do tabaco, onde a primeira
grande fábrica de tabaco fosse estabelecida e todo o produto coletado nos domínios
do império fosse transferido para a própria Servilha para o seu controle.

Em 1611, a Espanha foi o primeiro lugar onde as importações do tabaco foram


tributadas, em 1623 os espanhóis decidiram que o tesouro público deveria assumir a
comercialização da produção do tabaco, dando origem no estabelecimento de um
monopólios mais antigo, os aluguéis eram para financiar obras públicas e sociais,
como a Biblioteca Nacional de Madri e a publicação do primeiro Dicionário da Língua
da Real Academia Espanhola em 1723. (MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006).

Enquanto os papas Vibrano demonizam e excomungaram fumante, o papa


Alexander Vil, com uma grande visão financeira, estabeleceu o primeiro imposto do
mundo sobre o tabaco em 1660. Em 1779 Bento XII, estabeleceu a primeira fábrica
de tabaco papal, encomendando a produção de cigarros pelas freiras de vários
conventos em Roma. (MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006).
Em 1753, Carlos Linmeo batizou a planta como nicotina tabacum. Durante a
Segunda Guerra Mundial, as mulheres contribuíram na guerra e anti-guerra e
‘conquistaram’ o direito de fumar em público junto com os homens, afirmando sua
independência, igualdade, emancipação e patriotismo. O primeiro cigarro de filtro
apareceu em 1949. (MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006).
Entre 1960 e 2004, a produção mundial de tabaco quase dobrou, é cultivada
milhões de hectares. Nos países subdesenvolvidos, o aumento da demanda e
políticas públicas triplicam a produção se a tendência é continuar em 2010 mais de
85% do tabaco global será cultivado nos países em desenvolvimento.
(MONTEVERDE; MAGANÃ; 2006).
Ao passar dos anos, a produção de tabaco aumento e número de pessoas
também tanto homens, quanto mulheres, idosos e adolescentes já até mesmo se
tornou um hábito em nosso cotidiano. (GOMES; GONÇALVES, 2015).
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3.3 Qual a população mais fumante do Brasil

Hoje em dia o tabaco já virou um hábito do cotidiano, ou seja um vício. O cigarro


provoca diferentes efeitos nos fumantes, temos dois tipos, o fumante ativo que fuma
com frequência geralmente ele fuma por diversos fatores como: aliviar a ansiedade,
irritação, tirar a saciedade de alguma coisa causando calma e leveza para a pessoa,
fumante passivo é aquela pessoa que não fuma mas convive com pessoas que
fumam. Ambos podem causar diversas doenças, câncer de pulmão e até levando a
óbito.

Em 2008, foi realizado uma pesquisa em Macaé, no estado do Rio de Janeiro,


em diversas áreas como: área urbana, área rural e ambas. Avaliando entre homens e
mulheres de diversas idades, entre fumantes, ex-fumantes e não fumantes. (Dados
emitidos pelo IBGE no ano 2008)

Será representado na Figura a seguir:

Figura 1: Dados de Fumantes, ex-fumantes, não Fumantes

Fonte: IBGE, 2008

3.4 Tabagismo e câncer

De acordo com a última revisão conduzida pela Agência Internacional de Pesquisas


em Câncer (International Agency for Research on Câncer – iarc), parte E do volume cem das
monografias da iarc (não publicada), sobem a vinte os tumores malignos associados com o
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tabagismo, incluindo o câncer de ovário e o de cólon (LIANG OS et al., 2009). Nesta última
revisão da iarc foram consideradas evidências apenas limitadas da relação do tabagismo com
o câncer de mama (SECRETAN B et al., 2009).
As suspeitas dos efeitos do tabagismo passivo sobre a saúde humana tiveram as
primeiras citações em 1930, tendo-se firmado nos dias atuais pelas evidências verificadas e
revisadas nas monografias da iarc (IARC, 2004). Na urina de fumantes passivos foram
encontradas concentrações variáveis de mutagênicos, derivados do benzopireno,
nitrosaminas e outros componentes cancerígenos presentes na corrente secundária, e
consequentemente submetendo esses indivíduos ao risco de contraírem câncer de pulmão
(BOS RP et al., 1983).
O tabagismo constitui fator de risco para o desenvolvimento dos seguintes tipos de
câncer: leucemia mieloide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado;
câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas
vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago;
câncer de cólon e reto; câncer de traqueia, brônquios e pulmão. (INCA, 2020).
O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa a maior parte de todos os
cânceres de pulmão e é um fator de risco significativo para acidentes cerebrovasculares e
ataques cardíacos mortais. Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão
associados ou constituem fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça,
pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para muitas patologias buco-dentais. (INCA, 2020).
Além do câncer de pulmão, foi detectada a associação do tabagismo passivo,
considerando-se longos períodos de exposição no domicílio e/ou nos ambientes de trabalho,
com tumores de faringe e laringe entre indivíduos não fumantes, (LEE Y-C et al., 2008) embora
tais evidências tenham sido consideradas apenas como limitadas na última revisão da iarc.
(SECRETAN B et al., 2009).
Verificaram maior incidência de câncer de pulmão em indivíduos que foram expostos
ao tabaco ambiental na infância devido ao tabagismo materno. (CORREA P et al., 1983) No
Reino Unido, entre crianças convivendo com pais fumantes foi detectado risco alto, mas sem
significância estatística, de hepatoblastoma (PANG D et al., 2003). Também foi registrado um
aumento de leucemias entre crianças com pais fumantes, especialmente leucemia linfocítica
aguda (LEE KM et al., 2009). Na Monografia cem da iarc estas evidências foram assumidas
como limitadas (SECRETAN B et al., 2009).
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3.5 Tabagismo passivo a câncer

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão. A exposição à poluição do ar,


infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar
obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar
de câncer de pulmão favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer. Idade avançada:
a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos. (INCA, 2020)
O risco de ocorrência do câncer de pulmão e de morte pela doença aumenta quanto
maior a intensidade da exposição ao tabagismo. A mortalidade por câncer de pulmão entre
fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto
entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior. (INCA, 2020)
Um dos fatores passivos para adquirir câncer, são os ambientais, culturais,
socioeconômicos, estilos de vida e costumes, hábitos de fumar, alimentares genética e o
envelhecimento, sendo fatores importantes para contrair o câncer, em base que uma boa
alimentação pode ser um dos fatores para evitar. (ALMEIDA MF et al., 2002)
Fatores que aumentam grande chance de a pessoa contrair o câncer no futuro, é o
tabagismo, afetando o pulmão, estudos relatam que o câncer de mama foi o mais citado entre
as mulheres e pessoas com mais de sessenta anos, grupo de idosas mulheres com número
grande de pessoas. (VERAS R, et al., 2011)
Baseados em pesquisas, foram encontrados o perfil epidemiológico do câncer no
Brasil, o maior número foi de câncer de próstata e de mama, e a maior parte teve confirmação
da patologia após sessenta anos de idade, o que relata ser esperado para maiores dos
tumores malignos serem descobertos. (VERAS R, et al., 2011)
Algo que tem suma importância no cotidiano é uma boa alimentação é importante
também para não adquirir um câncer no futuro, sendo relatado que condições e tipo de
trabalho, álcool, poluição tem uma influência negativa, ingerir alimentos industrializados, e em
base de uma dieta balanceada, com verduras, legumes, frutas e adequada a cada ser
humano, pode prevenir um câncer e outras patologias, estudos comprovam que de três a
quatro milhões de casos novos por ano. (GLANZ, et al., 1997).
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3.6 Câncer

“Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o
crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos” (INCA, 2019).

As células do nosso corpo se multiplicam rapidamente durante nossa vida toda, o


câncer acontece quando por algum motivo, o material genético de uma célula é modificado e
começa a se multiplicar rapidamente e desordenadamente.

“Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo.
Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados
carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou
cartilagem, são chamados sarcomas” (INCA, 2019).

Essas células modificadas se espalham por tecidos e até órgãos, quando essas células
começam a se espalhar por outras regiões do corpo, chamamos de metástase. “O câncer
surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que
passa a receber instruções erradas para as suas atividades.” (INCA, 2019)

“O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e,


em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa
prolifere-se e dê origem a um tumor visível.” (INCA, 2019).

Figura 1: O que é câncer?

Fonte: INCA, 2019


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Os fatores de risco para o câncer dependem muito do tipo de câncer e de onde pode
estar localizado. “O tabagismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco para diversos
cânceres” (INCA, 2019).
“Vários fatores de risco podem estar envolvidos na origem de uma mesma doença.
Estudos mostram, por exemplo, a associação entre álcool, tabaco, e o câncer da cavidade
oral” (INCA, 2019).
“Nas doenças crônicas, como o câncer, as primeiras manifestações podem surgir após
muitos anos de uma exposição única (radiações ionizantes, por exemplo) ou contínua (no caso
da radiação solar ou tabagismo) aos fatores de risco” (INCA, 2019).

3.7 Quais os tipos de câncer a serem desenvolvidos no tabagismo

O tabagismo é, isoladamente, a principal causa de câncer no mundo” (FILHO et


al.,2010), porém o câncer que mais afeta tabagistas tanto do sexo feminino quanto do
masculino é o câncer de pulmão. Segundo o INCA, o câncer de pulmão está associado ao
tabaco em cerca de 85% dos casos, sendo o cigarro o maior fator de risco para o câncer de
pulmão. (INCA, 2019).
“O tabagismo é responsável por cerca de 90% de câncer de pulmão em homens e 70%
de câncer de pulmão em mulheres”. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002).
“Estima-se que, no Brasil, todo o ano, 200 mil pessoas morram devido ao tabagismo,
sendo o câncer de pulmão o que mais mata homens no Brasil, e a segunda causa de morte
por câncer entre as mulheres”. (CAVALCANTE, 2005).
“Sobem a 20 os tumores malignos associados ao tabagismo, incluindo o câncer de
ovário e o de cólon” (WUNSCH-FILHO, 2010, p. 181).
Conforme NUNES et al., o tabagismo é responsável por 90% dos casos do câncer de
pulmão em homens e 70% em mulheres, afirma também que o uso de tabaco é a principal
causa nos casos de câncer de orofaringe, bexiga, pâncreas, laringe, esôfago, cólon e colo do
útero. (NUNES et al., 2011).

3.8 Dependência química

A dependência de nicotina é classificada como um transtorno mental e


comportamental de contagio social (CID10 – F17) (OMS), que podem desencadear
15

alguns transtornos como ansiedade, défice de atenção, transtorno bipolar entre outros
e a probabilidade de desenvolver comparado a indivíduos que são fumantes
esporádicos, ex-fumante e os que nunca fumaram é entre 2,7 a 8,1 vezes maior (APA,
2014).

No mundo ela é responsável por pelo menos 8 milhões de mortes por ano
(OMS), segundo dados do INCA, no brasil mata cerca de 428 de pessoas por ano.
Sendo que nos homens a expectativa é inferior aos não fumantes de 6,12 AVAP (anos
de vida ajustados pela qualidade) e em ex-fumantes apenas 2,66 AVAQ. Nas
mulheres 2,71 AVAP e ex-fumantes 2,45 AVAQ. (PINTO et al., 2017).

A nicotina atua principalmente no SNC como a cocaína, álcool e entre outras


drogas, liberando vários neurotransmissores: Dopamina responsável pela euforia;
Noradrenalina responsável pelo aumento da frequência cardíaca, náuseas, vômitos e
melhora da atenção; Serotonina responsável pela ansiedade; Acetilcolina responsável
pela melhora da memória. (CASTELLANI, 2013)

Após absorvida pelos pulmões, ela é levada ao coração e depois distribuída


rapidamente por todo o corpo, assim com boa parte da nicotina presente no sangue
ela checa ao cérebro de 7 a 19 segundos após ingerida, promovendo um pequeno e
rápido aumento do estado de alerta, melhorando a atenção, a concentração e a
memória. A sensação de relaxamento é atribuída à inibição de sintomas
desagradáveis da síndrome de abstinência. Depois de 30 minutos, a nicotina deixa o
cérebro e se concentra no fígado, rins, glândulas salivares e estômago (CASTELLANI,
2013).

O uso frequente de tabaco leva ao desenvolvimento de tolerância e


dependência, pois com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa
a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que
tinha no início, a partir desse momento o fumante precisa consumir cada vez mais
cigarros.

Recomenda-se a utilização da CID-10 para avaliação diagnóstica do uso do


tabaco. Somente se três ou mais dos seguintes requisitos estão presentes durante o
último ano:

a) Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a


substância;
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b) Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a


substância em termos de início, término e níveis de consumo;
c) Um estado de abstinência fisiológica quando o uso da
substância cessou ou foi reduzido, como evidenciado por: síndrome
de abstinência para substância ou o uso da mesma substância (ou de
uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar
sintomas de abstinência;
d) Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes
da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos
originalmente produzidos por doses mais baixas;
e) Abandono progressivo de prazeres e interesses alternativos
em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de
tempo necessária para se recuperar de seus efeitos;
f) Persistência no uso da substância, a despeito de evidência
clara de consequências manifestamente nocivas. Deve-se procurar
determinar se o usuário estava realmente consciente da natureza e
extensão do dano. (CASTELLANI, 2013).
Para avalias o nível de dependência utilizamos o Teste de Fagerström (Anexo
I). São perguntas que poder ser aplicadas por qualquer pessoa, conseguindo assim
avaliar o nível de dependência do indivíduo. Se faz um levantamento que são: depois
de acordar o usuário fuma seu primeiro cigarro após quanto tempo, se é difícil ficar
sem fumar, em qual momento é mais prazeroso fumar, quantidade e frequência e se
doente há algum impedimento de fumar.

3.9 Práticas educativas de saúde

De acordo com informações disponibilizadas pelo INCA, no Brasil os movimentos e


práticas de controle ao tabagismo começaram a surgir na década de 1970 liderados por
profissionais de saúde e sociedades médicas. A nível federal a institucionalização começou
em 1985, com o Grupo Assessor para o Controle do Tabagismo no Brasil e posteriormente
em 1986, com a criação do Programa Nacional de Combate ao Fumo. Esse controle vem
sendo feito pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), incluindo
um conjunto de ações nacionais que compõem o Programa Nacional de Controle do
Tabagismo (PNCT). (INCA-2020).
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O Programa Nacional de Controle do tabagismo foi criado com o objetivo principal de


reduzir o número de enfermidades e mortes por doenças relacionadas ao tabaco, através da
redução da prevalência de tabagismo reduzindo sua iniciação, protegendo os ambientes
contra a fumaça do tabaco, promovendo também a cessação do tabagismo. Assim, várias
ações são criadas no intuito de educar a população, como a comemoração do dia mundial do
sem tabaco que todo ano ganha um novo tema. (Eduardo Franco- INCA/SAS/MS- 2018).

Algumas medidas são tomadas para a desenvolver na sociedade um senso crítico


sobre todos os malefícios que o fumo traz, sendo de extrema importância a participação de
grande parte das pessoas nessas medidas educativas que o governo propõe. Desde 1996, o
Brasil conta com uma lei federal número 9.294 que restringe o uso e também a propaganda
dos produtos derivados de tabaco em locais coletivos, públicos ou privados, com exceção de
áreas isoladas e ventiladas. (BRASIL, 2012).

O Aprimoramento das legislações pró Saúde Pública criaram impactos que estão
previstos na Lei nº 12.546/2011. Assim a Lei de Ambiente Livre (Decreto nº8.262/14) –
determina ambientes coletivos 100% livres de fumaça, a Política de preços e Impostos
(Decreto nº 8.656/16) determina o aumento do preço mínimo de cigarros de R$5,00, a Lei das
Advertências Sanitárias (RDC nº. 194/17) determina que 30% da parte frontal da embalagem
venham com advertências. O impacto dessas leis se dá na Redução de 35% no número de
fumantes no Brasil nos últimos 10 anos. (Eduardo Franco- INCA/SAS/MS- 2018).

O dia 29 de Agosto de 1986 ficou marcado sendo criado pela Lei Federal nº. 7.488
conhecida como o Dia Nacional de Combate ao Fumo reforçando as ações nacionais,
sensibilizando e mobilizando a população brasileira quanto aos danos sociais, políticos,
econômicos e ambientais causados pelo tabaco (INCA-2020).

Tratando então o tabagismo como problema de saúde coletiva, sendo seu principal
norteador a adoção de medidas para promover a participação de pessoas e de comunidades
na elaboração, implementação e avaliação de programas de controle do tabaco que sejam
social e culturalmente apropriados às suas necessidades e perspectivas, dentro de cada
realidade. Essa ação busca então direcionar o comportamento da população brasileira. (INCA-
2020).

Há ainda o tema do Dia Mundial Sem Tabaco 2019 que é: "Saúde do Tabaco e
Pulmão". Sendo comemorado Em 31 de maio de cada ano, assim a Organização Pan-
18

Americana da Saúde se junta à comunidade mundial para comemorar o Dia Mundial Sem
Tabaco. Esta campanha anual é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre
os efeitos nocivos e letais do uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo, além de
desencorajar o uso do tabaco de qualquer forma. A campanha também é um apelo à ação,
pois defende políticas eficazes para reduzir o uso de tabaco e envolve as partes interessadas
de vários setores nas atividades de controle do tabaco. (OPS-2019).

Para a redução e prevenção do consumo do tabaco no âmbito mundial a OMS


preconiza então seis ações centrais:

• O monitorar do consumo de tabaco juntamente com políticas de prevenção.

• Garantia de um ambiente livre de tabaco para as pessoas que não fumam.

• Ajuda e auxílio para as pessoas que desejam parar de fumar.

• Aviso sobre os perigos do tabaco (incluindo as advertências nas carteiras de cigarro).

• Proibições de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco.

• Elevação dos impostos sobre o cigarro (um aumento de 10% nos preços dos cigarros
poderia reduzir o seu consumo de 4% – nos países de renda alta – a 8% – nos países de
média e baixa renda). (MINISTÉRIO DA SAÚDE- 2015).

Para facilitar o trabalho das abordagens na ajuda ao usuário de tabaco, e entendendo


o que acontece com o usuário de tabaco bem como suas tentativas de parar de fumar é
fundamental a real dimensão do problema. Portanto, para as pessoas que desejam parar de
fumar todos os estados do Brasil disponibilizaram um formulário, neste formulário o site indica
que o usuário escolha uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro, este dia não precisa
ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar outra coisa
que goste de fazer para se distrair e relaxar. Após essas indicações cada estado tem detalhado
maiores informações (Anexo II).
19

4.0 MÉTODO

4.1 Recursos

Os Recursos utilizados foram um questionário com 25 fumantes, deste o mês abril a


maio/2020 e posteriormente utilizaremos o Banner para conscientizar a população.

4.2 Público – alvo

A pesquisa teve como público alvo um grupo de fumantes, de ambos sexos.

4.3 Plano de ação

A pesquisa será feita através de um questionário rápido contendo 10 questões


(Apêndice I), com a finalidade de buscar resultados objetivos.
Esses resultados são desenvolvidos em 4 etapas:
Etapa 1: Avaliar com qual frequência as pessoas fumam.
Etapa 2: Qual o período do dia.
Etapa 3: Quantos cigarros por dia.
Etapa 4: E se sabem os males do Tabaco para saúde.

4.4 Prática educativo

Após o resultado final dessa pesquisa, será utilizado um plano de ação que será um
Banner educativo com o objetivo de conscientizar a população.
20

5.0 CRONOGRAMA

ELABORAÇÃO DO PROJETO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ESBOÇO X

COLETA DE DADOS X X

INTRODUÇÃO X

OBJETIVO GERAL X

OBJETIVO ESPECÍFICO X

REVISÃO LITERÁRIA X

METODOLOGIA X

CRONOGRAMA X

RESUMO X

ABSTRAT X

RESULTADOS X

CONCLUSÃO X

APRESENTAÇÃO DO PROJETO X
21

6.0 RESULTADOS

Foram analisados 25 questionários de um grupo de fumantes no mês de


Abril/2020. Destes 72% são mulheres e 28% são homens (Gráfico 1), com idades entre 18 a
54 anos. A maior parte de fumantes tem acima de 35 anos (Gráfico 2).

Gráfico 1

Gráfico 2
22

Foi possível observar que mais de 76% começou a fumar na adolescência,


antes dos 20 anos, muitos citaram que começaram a fumar para se inserir no meio social ou
por influência de amizades (Gráfico 3).

Gráfico 3

Cerca de 18% fumam a menos de 5 anos e mais da metade (60%) fumam de


5 a 20 anos, e 16% a mais de 20 anos (Gráfico 4). E todos estão cientes do maleficio a saúde
(Gráfico 5).

Gráfico 4
23

Gráfico 5

Dentre eles 37,5% recebe 3 pontos segundo o teste de Fagerström (teste de


dependência), pois fumam seu primeiro cigarro após acordar em menos de 5 minutos, 33,3%
até 30 minutos, 16,7% até 60 minutos e 12,5% após 61 minutos (Gráfico 6).

Gráfico 6

Sendo esse cigarro da manhã o mais satisfatório com 40% dentre os participantes,
seguido de 28% em momentos de estresse, 24% após as refeições e com menos 8% com o
consumo de bebida alcoólica e o noturno (Gráfico 7).
24

Gráfico 7

Observamos que destes fumantes 64% consomem menos de 10 cigarros ao dia e 36%
de 11 as 20 cigarros (Gráfico 8).

Gráfico 8

Desse grupo de 25 pessoas 72% já tentou parar de fumar e 28% não tentaram (Gráfico
9). Oque mais chama atenção é que 8% dos que responderam ao questionário não desejam
parar de fumar e 24% não refletiram sobre a questão, mas mais da metade (68%) deseja parar
com o vício (Gráfico 10).
25

Gráfico 9

Gráfico 10
26

7.0 CONCLUSÃO

Em 1942 foi descoberto o tabaco, e desde então virou um habito muito comum, que
exerce diversas funções como na economia, cultura e hábitos, na época usavam como fins
medicinais e religiosos. Entre 1960 e 2004, a produção de tabaco quase dobrou e é cultivada
em milhões de hectares. Atualmente, virou um habito do cotidiano, ou seja, um vício, existe
dois tipos de fumantes, sendo o ativo que fuma com frequência por fatores como aliviar
ansiedade ou irritação e o passivo é o que não fuma, porem convive com fumantes, ambos
causam diversas patologias, dentre elas, o câncer de pulmão.
Em 2008, foi realizada uma pesquisa em Macaé, pelo IBGE, tendo em vista o maior
número de fumantes do sexo feminino, na área urbana e rural, e menor número na área rural
de fumantes do sexo masculino e feminino. (IBGE, 2008) Foi registrada citações sobre o
tabagismo passivo, revisadas pelas monografias de IARC, realizado um estudo que foi
encontrada concentrações variáveis de mutagênicos, componentes cancerígenos,
submetendo indivíduos ao risco de contrair câncer de pulmão.
O risco de ocorrência do câncer de pulmão e de morte pela doença aumentam quanto
maior a intensidade de exposição ao tabagismo como em indivíduos que foram expostos ao
tabaco na infância, sendo maior incidência de casos de câncer de pulmão pessoas que foram
mais afetados tem idade entre cinquenta a setenta anos, relatado também que mulheres tem
maior incidência para câncer de mama, e homem câncer de próstata.
O tabagismo é considerado fator de risco para o desenvolvimento de vários tipos de
câncer, sendo considerado o ambiente, cultura e condições socioeconômicas, estilos de vida,
costumes, hábitos de fumar, má alimentação, genética, envelhecimento, condições de
trabalho, álcool e poluição.
Uma boa alimentação e exercícios físicos podem prevenir alguns tipos de câncer O
câncer é um conjunto de doenças que pode ser causado por diversos fatores de risco entre
eles, o tabagismo, neste trabalho contextualizou-se diversos tipos de câncer que podem ser
causados pelo tabagismo e ficou definido que o que mais afeta tabagistas é o câncer de
pulmão. O tabagismo é isoladamente a principal causa de câncer no mundo e podemos
concluir que grande parte dos tabagistas sabem disso e dos males que o tabagismo pode
trazer, porém também podemos concluir que a maioria dos tabagistas desejam parar de fumar.
O tabagismo se torna um hábito para as pessoas e na maioria das vezes deixar esse
hábito se torna quase impossível mesmo que as pessoas saibam os riscos que estão correndo.
De acordo com os dados da OMS a dependência química desencadeia vários transtornos
27

mentais e comportamentais, sendo responsáveis então por milhares de morte por ano. A
atuação da nicotina no SNC do indivíduo causa assim uma sensação de relaxamento o que
faz com que ele crie essa dependência em diversas situações do seu dia. Logo, visando os
problemas que o uso da nicotina causa há testes que indicam o nível da dependência de cada
indivíduo.
As práticas educativas de saúde no Brasil de acordo com o INCA surgiram desde a
década de 70 liderados pelos profissionais de saúde. Hoje em dia esse controle vem sendo
feito não só pelo INCA mas por diversos programas criados com o viés de minimizar e
conscientizar a população. Sendo importante ressaltar que medidas de prevenção como
reduzir a iniciação do uso é de extrema importância Leis foram criadas para ajudar a diminuir
o número de fumantes em diversos ambientes como a Lei de Ambiente Livre e também leis
que aumentam o valor dos maços de cigarro, essas leis estão sendo de grande avanço já que
essas medidas reduziram 35 por cento nos últimos 10 anos de acordo com dados do INCA.
O dia 29 de agosto de 1986 marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, e
campanhas anuais com temas relacionados ao combate do fumo estão sendo importantes
pois mobilizam a população Brasileira quanto aos danos ambientais, políticos e econômicos
causados pelo uso desenfreado do cigarro. Ações da OMS também são utilizadas nessa
prevenção, assim como um formulário online com informações de todos os estados do Brasil
sobre locais e telefones que ajudam os usuários na procura por desfazer-se do vício.

8.0 REFERÊNCIAS
28

Almeida MF, Barata RB, Monteiro CV, Silva ZP. Prevalência de doenças
crônicas auto referidas e utilização de serviços de saúde, PNAD/1998, Brasil. Ciênc.
Saúde Coletiva 2002; 7(4): 743-56

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de transtornos mentais: DSM-5. 5a ed. Washington: Artmed; 2014.

Barros MBA, Francisco PMSB, Zanchetta LM, Chester LGC. Tendências das
desigualdades sociais e demográficas na prevalência de doenças crônicas no Brasil,
PNAD: 2003‑ 2008. Ciência Saúde Coletiva 2011; 16(9): 3755‑56.

BOS RP, et al, Excretion of mutagens in human urine after passive smoking. Cancer
Lett 1983; 19: 85-90.

BRASIL, M.S., Portaria n°761 de julho de 2016, Brasília-DF, 2016, Anexo 3.

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Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10 - 1997). Disponível
em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060203 Acesso em: 01
abr. 2020.
CASTELLANI, V, Dependência Química: Tabaco, UFMA, São Luiz - MA, 2013,
pag. 9 a 11.

CASTELLANI, V, Dependência Química: Tabaco, UNA-SUS, São Luís-MA,


2013, pág. 9 à pág. 12.

CAVALCANTE, T. O controle do tabagismo no Brasil: avanços e desafios. Ver. Psiq.


Clin, v.32, n.5, p.283-300, 2005.
CORREA P, et al. Passive smoking and lung cancer. Lancet 1983; 2: 595-7.

COSTA, Humberto; SOLLA, Jorge; HADDAD, Jamil Programa Nacional de


Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer, Ministério da Saúde,
2003.

GOMES, Ivanildo; GONÇALVES, Ana Carolina Uma breve história sobre o


tabaco, informativo de saúde, 3ed. 2015.

IARC. Tobacco smoke and involuntary smoking. IARC Monogr Eval Carcinog Risk
Hum 2004; 83: 1-1438.
29

INCA. Instituto Nacional de Câncer. Ministério da Saúde. O que é câncer?


Disponível em: FILHO, Victor Wünsch; MIRRA, Antonio Pedro; LÓPEZ, Rossana V.
Mendoza; ANTUNES, Leopoldo F v.13, no 2, Junho 2010.

INCA. Instituto Nacional de Câncer. Ministério da Saúde. Tabagismo Disponível em


LEE KM, et al. Paternal smoking, genetic polymorphisms in CYP1A1 and childhood
leukemia risk. Leuk Res 2009; 33: 250-8.
LEE Y-C, et al. Involuntary smoking and the risk of head and neck cancer: pooled
analysis of the INHANCE Consortium. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev 2008; 17: 1974-81.
LIAG PS, et al. Cigarette smoking and colorectal cancer incidence and mortality:
systematic review and meta-analysis. Int J Cancer 2009; 124: 2406-15.

MONTEVERDE, Horácio R.; MAGANÃ, Alessandro R.; Breves Comentários


sobre a história do Tabaco e do Tabagismo. Revista Instituto Nacional Enfermagem
Respiratória. México, v.l. 19 e n. 4,2006.

NUNES et.al. Tabagismo, comorbidades e danos à saúde. In: NUNES, S. O. V.,


CASTRO, M. R. P., orgs. Tabagismo: Abordagem, prevenção e tratamento [online]. Londrina:
EDUEL, p. 17-38, 2011.
PANG D, et al Parental smoking and childhood cancer: results from the United Kingdom
Childhood Cancer Study. Br J Cancer 2003; 88: 373-81.
Pesquisa Especial de Tabagismo PETab, RJ, 2011pag 46.
PINTO M et al., 2017. Citação de citação segundo as regras ABNT: INCA, Instituto Nacional
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PINTO, M; BARDACH, A; PALACIOS, A; BIZ, A; ALCATRAZ, A; RODRIGUEZ,
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tabaco no Brasil e potencial impacto do aumento de preços por meio de
impostos. Documento técnico IECS N° 21. Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria,
Buenos Aires, Argentina. Maio de 2017. Disponível em: www.iecs.org.ar/tabaco.
Acesso em: 04 mai. 2020.
SECRETAN B, et al. A review of human carcinogens - Part E: tobacco, areca nut,
alcohol, coal smoke, and salted fish. Lancet Oncol 2009; 10: 1033-4.
TRATAMENTO DO TABAGISMO, in: INCA: Instituto Nacional de Câncer,
disponível em: http://inca.gov.br/programa

Veras R, Lima Costa MF. Epidemiologia do Envelhecimento. In: Almeida Filho


N, Barreto ML. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2011. p.
427-37.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). The World Health Report, Reducing


Risks, Promoting Healthy Life. GENEVA, 2002.
30

9.0 ANEXO

ANEXO I

ANEXO II

Quer parar de fumar? Saiba onde é oferecido tratamento no seu estado. Entre em
contato com a coordenação de tabagismo do seu estado.

Exemplo da cidade de São Paulo (SP):


31

Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod)

Endereço: Rua Prates, 165, Bom Retiro / CEP: 01121-000 / São Paulo - SP

Coordenadora: Sandra Silva Marques

Telefones: (11) 3329-4465 / (11) 3329-4469 / Fax: (11) 3329-4468

E-mail: tabagismo-cratod@saude.sp.gov.br

Horário de atendimento: 8h às 13h / 14h às 17h.(INCA-2020).


32

10.0 APÊNDICE

Questionário aplicado a 25 fumantes.

Sexo:
( ) Homem
( ) Mulher

Idade:

Quando começou a fumar?


( ) Até 20 anos.
( ) Entre 20 e 30 anos.
( ) Após 30 anos

Há quanto tempo fuma?


( ) Menos de 2 anos.
( ) 2 a 5 anos.
( ) 5 a 10 anos.
( ) 10 a 20 anos.
( ) Acima de 20 anos.

Quanto tempo após acordar você fuma seu primeiro cigarro?


( ) Dentro de 5 minutos.
( ) Entre 6 a 30 minutos.
( ) Entre 31 a 60 minutos.
( ) Após 61 minutos.

Qual cigarro do dia traz mais satisfação?


( ) O primeiro da manhã.
( ) Após a refeições.
( ) Em momentos de estresse.
33

Quantos cigarros você fuma por dia?


( ) Menos de 10.
( ) De 11 a 20.
( ) De 21 a 30.
( ) Mais de 31.

Já tentou parar de fumar?


( ) Não
( ) Sim

Sabe dos males do tabaco para a saúde?


( ) Sim
( ) Não

Deseja parar de fumar?


( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez.

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