Você está na página 1de 3

PROPOSTA DE REDAÇÃO

TEXTO 1: Brasil e a Turquia são os dois únicos países, dentre as 171 nações que aderiram às medidas
globais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que implementaram ações governamentais de sucesso
para a redução do consumo de tabaco. O resultado está no 7º Relatório da OMS sobre a Epidemia Mundial
do Tabaco, divulgado hoje (26), no Rio de Janeiro. O relatório tem foco nos progressos feitos pelos países
para ajudarem as pessoas a deixar de fumar. Na avaliação do órgão, o Brasil, na segunda posição, é exemplo
para o mundo no combate ao tabagismo. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que, sem
decisão política e parcerias no Senado e na Câmara Federal, as políticas de combate ao tabagismo acabam
chegando, mas levam mais tempo para serem aplicadas. Ele lembrou que o início do movimento contra o
consumo de tabaco começou no Rio de Janeiro e o Brasil agora “pode exportar um comportamento muito
mais de vanguarda, ligado ao amanhã, e que se trata de combater o tabagismo”. Segundo Mandetta, a ideia é
colocar nos planos de saúde o combate ao consumo de tabaco. “Nós queremos ser o primeiro país do mundo
livre do tabaco. Depende de nós”. O ministro espera que neste século 21, todas as nações caminhem nessa
mesma direção. [...] Segundo o Inca, quase 1,6 milhão de brasileiros fizeram o tratamento para parar de
fumar na rede pública de saúde, entre os anos de 2005 e 2016. Outro ponto que contribuiu para a redução do
consumo de tabaco no Brasil foi a criação de um serviço telefônico gratuito e nacional para a população tirar
dúvidas, o Disque Saúde 136. No Brasil, os impostos cobrados sobre os produtos de tabaco chegaram a
83%, em 2018, contra 57%, em 2008. O ato de fumar foi proibido em locais fechados, públicos e privados,
pela Lei 12.546/2011; as mensagens nas embalagens dos cigarros tornaram-se mais impactantes com o
passar dos anos; a publicidade do tabaco foi proibida nos meios de comunicação e o patrocínio de marcas de
cigarro foi vetada em eventos culturais e esportivos. No ano passado, o Brasil assumiu o compromisso de
ajudar a extinguir o comércio ilícito de produtos de tabaco, durante a 42ª Reunião de Ministros da Saúde do
Mercosul.
(Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-07/oms-brasil-e-exemplo-para-o-mundo-no-combate-ao-
tabagismo. Acessado em: 05/06/20).
TEXTO 2: Apesar de toda a informação e campanha sobre os malefícios do cigarro, hoje no Brasil cerca
de 11% da população é fumante. As doenças relacionadas ao fumo matam mais de 5 milhões de pessoas
no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o tabagismo é
responsável por cerca de 200 mil mortes por ano. Mesmo com dados significativos, os produtos derivados
do tabaco, que incluem, além do cigarro, arguile, cigarro eletrônico e com sabores, cachimbos e charutos,
ainda são bastante consumidos no País e no mundo. “É válido parar de fumar em qualquer fase da vida,
independentemente da idade e há quanto tempo fuma, pois os benefícios são imediatos, melhorando o
paladar, olfato, circulação sanguínea e capacidade pulmonar, além de voltar gradativamente a ter a mesma
probabilidade que não fumantes para infarto, por exemplo”, explica Andrea Reis, técnica do Programa
Nacional de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ou seja, a desculpa de que já
se fuma há muito tempo ou está velho demais para parar de fumar não é verdadeira, tendo benefícios em
qualquer fase da vida. Quanto antes parar, mais rapidamente o organismo responde, com a diminuição dos
sintomas do tabagismo e de desenvolver doenças relacionadas a ele. “Há uma rede de tratamento
pelo SUS totalmente gratuito, que trabalha com terapias comportamentais, encontros em grupo e, quando
necessário, é disponibilizado medicamento para quem tem dependência severa. Para participar do
programa, basta procurar uma unidade de saúde do SUS na localidade onde mora”, destaca Andrea. Mas,
sabendo-se dos malefícios e consequências do tabaco, o que leva muitas pessoas a iniciarem e não
conseguirem parar de fumar? A técnica do Inca destaca que a dependência à nicotina faz com que os
fumantes tenham medo dos efeitos iniciais de ficar sem a substância. “A principal dificuldade para quem
quer parar de fumar é o medo de ficar sem o cigarro, uma vez que o tabaco é uma substância psicoativa,
atuando no sistema nervoso central, e parar de usar pode causar desconforto físico e mental. A nicotina
leva de 7 a 19 segundos para chegar no cérebro, atuando de forma rápida no organismo, o que leva à
síndrome de abstinência. Ao entender esse processo fica mais fácil para a pessoa parar de fumar”, explica
a especialista. Praticar atividades físicas ajuda a manter os jovens afastados do cigarro e auxilia quem está
parando de fumar e, aos que já pararam, a não terem recaídas. Os jovens ainda são bastante atraídos pelo
fumo, por isso a prevenção é bastante importante nessa faixa etária. “O cigarro ainda carrega um estigma
muito forte de socialização e rebeldia para os jovens, com a falsa impressão de que arguiles, cigarros
eletrônicos e com sabores são menos danosos, e eles se tornam a porta de entrada para a dependência”,
alerta Ana Clara Toschi, pneumologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. O fumo passivo,
que se refere àqueles que não fumam mais convivem com fumantes, também aumenta os riscos de doença.
Sete não fumantes morrem por dia em consequência do fumo passivo e essas pessoas têm 30% maior risco
para câncer de pulmão e 24% para infarto. “Mesmo que a pessoa ache que porque está fumando em um
local isolado não está prejudicando os outros, as toxinas presentes na fumaça do cigarro chegam em todos
os ambientes da casa, por exemplo, prejudicando os demais moradores. Crianças que convivem com
fumantes têm maior incidência de problemas respiratórios decorrentes da fumaça”, destaca a
pneumologista. Além de todas essas consequências, fumar também tem um impacto econômico, sentido
diretamente nas finanças de quem fuma e suas famílias. Para se ter uma ideia, uma pessoa de 30 anos, que
começou a fumar aos 18 uma média de dez cigarros por dia, já gastou cerca de R$ 19 mil com o vício
nesse tempo. A percepção do brasileiro em relação aos malefícios do tabagismo aumentou nos últimos
anos, mas poucos se questionam a respeito do custo do cigarro em seus orçamentos.
(Disponível em: http://www.oswaldocruz.com/site/noticias-de-saude/noticias-de-saude/tabagismo-mata-mais-de-200-mil-
pessoas-por-ano-no-brasil. Acessado em: 05/06/20).

TEXTO 3:
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “A luta contra o tabagismo no Brasil” apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.

Você também pode gostar