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PROPOSTA DE REDAÇÃO

TEXTO 1: O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China
e Índia. O país também é um dos menos recicla este tipo de lixo: apenas 1,2% é reciclado, ou seja, 145.043
toneladas. Os dados são do estudo feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, sigla em inglês). O
relatório “Solucionar a Poluição Plástica – Transparência e Responsabilização" será apresentado na
Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-4), que será realizada em Nairóbi, no
Quênia, de 11 a 15 de março. O Brasil é um dos países que menos recicla no mundo ficando atrás de Yêmen
e Síria e bem abaixo da média mundial que é de 9%. Dentre os maiores produtos de lixo plástico, é o que
menos recicla. "O fato de o Brasil está no 4º lugar como gerador de lixo plástico do mundo e reciclar
somente 1% é resultado da falta de políticas públicas adequadas que incentivem a reciclagem em larga
escala"- Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho do WWF-Brasil. "Mas
também da adoção de um trabalho conjunto com indústrias para desenvolver novas tecnologias, como
plásticos de uso único ou plásticos recicláveis, ou substituir o microplástico de vários produtos. Além da
própria sociedade enquanto consumidora porque podemos mudar o cenário de acordo com nossas atitudes
do dia a dia", explica Lobo. Segundo a ONG, a poluição pelo plástico afeta a qualidade do ar, do solo e
sistemas de fornecimento de água, já que o material absorve diversas toxinas e pode levar até 100 anos para
se decompor na natureza. Dentre as possíveis soluções estão a destinação correta, a reciclagem e a
diminuição da produção de lixo plástico. O brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo plástico por semana,
uma das maiores médias do mundo. Soluções como o banimento de canudinhos e descartáveis são boas
iniciativas, mas o trabalho precisa ir além da proibição. Para Lobo, é importante reconhecer e valorizar esses
projetos de lei, mas é preciso um trabalho com os estabelecimentos comerciais para que eles não continuem
ofertando produtos plásticos e com o consumidor para que faça o descarte corretamente.
(Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/04/brasil-e-o-4o-maior-produtor-de-lixo-plastico-do-mundo-e-
recicla-apenas-1.ghtml. Acessado em: 18/01/20).

TEXTO 2: São necessárias novas medidas na gestão dos resíduos no país que gerem ao mesmo tempo renda
para catadores, economia para os cofres públicos e redução das emissões de gás carbônico. Se podemos
apontar uma área da política ambiental na qual o Brasil mais desperdiça oportunidades todos os anos, uma
das principais é, sem dúvida, a reciclagem de resíduos sólidos urbanos. É bem verdade que, na última
década, a gestão dos resíduos no Brasil deu passos importantes. A aprovação da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010) – que, entre outras medidas, estabeleceu metas para o
fechamento dos lixões – e a assinatura de Acordos Setoriais de Logística Reversa, com a consequente
ampliação dos investimentos governamentais e privado em reciclagem, estimularam esse cenário. Porém, há
ainda no país uma enorme quantidade de resíduos que poderiam ser reciclados e não são. De acordo com os
números sistematizados pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais) em seu Panorama de Resíduos Sólidos do Brasil, o país gerou em 2017 mais de 78,4 milhões de
toneladas de resíduos (1,035 kg/hab/dia), sendo que 40,9% desses resíduos acabaram em lixões ou aterros
inadequados. Além disso, de acordo com o relatório técnico da primeira fase do acordo setorial de logística
reversa, 68,1% das embalagens (papel, plástico, alumínio) que poderiam ter sido recuperadas em 2017 não
foram. Esse desperdício traz, ao menos, três consequências graves. Primeiro, deposita-se em aterros
sanitários já exauridos ou lixões uma quantidade de resíduos que poderia ser reciclada, prejudicando o meio
ambiente. Em segundo lugar, a ausência de reciclagem afeta diretamente o orçamento das prefeituras ou
consórcios, na medida em que aumenta o custo de transporte dos resíduos para aterros e lixões. Segundo
estimativas do setor de limpeza urbana, a crise fiscal dos municípios pode gerar inadimplência de até R$ 5,2
bilhões no ano de 2019, fazendo com que prefeituras e consórcios já enfrentem, atualmente, dificuldades
para pagar pelos serviços regulares de coleta. Terceiro, perdem-se oportunidades de geração de renda por
meio da reciclagem, especialmente para catadores e catadoras pobres, que têm na coleta de material sua
principal fonte de renda. Portanto, é preciso empreender um novo conjunto de medidas para que a
reciclagem efetivamente decole no país.
(Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2019/O-que-est%C3%A1-faltando-para-a-reciclagem-decolar-no-Brasil.
Acessado em: 18/01/20).

TEXTO 3: Infelizmente, no nosso País a reciclagem não está fundamentada na conscientização e preservação
ambiental, mas associada à pobreza originada pela falta de emprego que reflete em problemas sociais
diversos. Contudo, a prática da reciclagem tem ganhado força e destaque no território nacional, pois agrega
benefícios sociais, econômicos e ambientais. Especialmente quando deslumbramos grandes empresas,
ONG’S, meios de comunicação e a própria população envolvendo-se e promovendo campanhas de coleta
seletiva e o reaproveitamento do lixo. Segundo a Veja.com (2009) observou-se um grande avanço na
implantação da coleta seletiva no Brasil, bem como, no processamento dos materiais recicláveis. Passando
de 81 municípios em 1994 para 405 em 2008, o que representou 7% das cidades brasileiras. Conforme o
Brasil Escola (2010) as cidades brasileiras que estão em destaque pelo número expressivo de material
reciclado são Curitiba – PR, Itabira - MG, Londrina - PR, Santo André - SP e Santos – SP. O sucesso da
reciclagem em Curitiba está pautado na separação adequada do lixo seco do orgânico, o que torna o custo do
processo mais barato e lucrativo para a venda, pois o lixo fica mais limpo. Já em Belo Horizonte o número
oficial de material reciclado é de 7% do volume total de lixo produzido na cidade (Martins, 2009). No
entanto, na cidade do Rio de Janeiro a porcentagem de material reciclado é ainda menor, pois não chega a
1% quando comparado com o volume de lixo produzido que se aproxima de 264 mil toneladas Ruback
(2010). Dentre os materiais reciclados 94% das embalagens de alumínio são recicladas, sendo o Brasil
campeão à frente do Japão e da Argentina que reciclam 90% deste material. Já as embalagens de garrafas
PET, reciclamos 51% contra o primeiro lugar dos japoneses com 62%. Quanto à reciclagem de embalagens
de vidro nosso País supera os americanos. Assim sendo, se houvesse maior incentivo financeiro e
tecnológico para empresas brasileiras de reciclagem, proporcionalmente haveria maior geração de empregos,
redução de lixo e maior oferta de produtos com utilização de tecnologia "limpa". Corroborando com o
relatório do IPEA (2010) que revela que se todo o resíduo sólido encaminhado aos lixões e aterros sanitários
fosse reciclado, o país economizaria aproximadamente R$ 8 bilhões por ano, o que reforça a lucratividade
desta atividade e além de outras vantagens relacionadas já descritas. Enfim, a prática da reciclagem reflete o
interesse da atual geração em garantir para as futuras gerações melhor qualidade de vida, meio ambiente
preservado, economia inclusiva, a fim de que possam atender as suas necessidades.
(Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/a-reciclagem-no-brasil/21619. Acessado em:
18/01/20).

TEXTO 4:

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Como educar a sociedade brasileira para a prática da reciclagem?”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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