PROVA e RESOLUÇÃO 6º SIMULADO SAS ENEM 2023 - 1ºDIA

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO

PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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Este simulado é protegido por direitos autorais do SAS Plataforma de Educação e seu uso é
exclusivo às instituições de ensino parceiras e aos alunos da plataforma, não podendo ser
reproduzido, copiado ou compartilhado sem autorização expressa, por escrito, sob pena de
caracterização de ato ilícito pela violação de direitos autorais.
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Período de aplicação: 07/10/2023 a 09/10/2023

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
Viver não é esperar a chuva passar.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja divergência,
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas da
seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no seu CARTÃO-RESPOSTA.
3. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as
instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique
ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
4. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
5. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
6. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
7. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
8. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
10. Você não poderá se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo
estabelecido e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.
2023
Exame Nacional do Ensino Médio
ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023
1o DIAAMARELO
1o DIAAMARELO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS As a result of their war on work, Gen Zers have been
ENEM2023ENEM2023ENEM2023ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023ENEM2023ENEM2023 ENEM2023
Questões de 01 a 45 dubbed entitled or anti-capitalist. Yet they're not; Gen Zers
want it all – and are willing to work hard for the right employer.
Questões de 01 a 05 (opção: inglês) FRANCIS, Ali. Gen Z: The workers who want it all. BBC, 14 jun. 2022.
Disponível em: https://www.bbc.com. Acesso em: 18 jun. 2023. (adaptado)
Questão 01
Considerando o contexto atual das transformações no
mundo do trabalho, ao tratar da geração Z, o autor destaca
Bill Watterson
What's up ”So far”? Well, you
today? Nothing never know. a análise do(a)
so far. Something
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could happen A relevância da luta empreendida pela classe
today. trabalhadora.
B anseio das novas gerações por melhorias no status
social.
C diversidade geracional quanto à produtividade no
trabalho.
D flexibilização do local de trabalho como aspecto
prioritário dos jovens.
E conjunto de motivações que mobilizam novos
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And if anything does
does,
I need a suit
by golly, I'm going
to be ready for it! like that.
trabalhadores.
Questão 03
Dr. Claire Bayntun, as an educator of global health

leadership, where do you think the major problems
are in global health and how can current and future
generations work to change this?
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The inequities in decision‑making, influence, and financial
flows are the crux of many issues in the arena of global
O uso da exclamação “by golly” na fala da personagem health. The covid‑19 pandemic has disrupted social norms
demonstra and global structures. Nationalism was increasing in many
A entusiasmo ao desviar o foco da conversa. countries before the pandemic and increased in some
B desdém ao ignorar o questionamento feito. political arenas with the pandemic. However, the science,
medical and academic communities have demonstrated
C ênfase ao expressar uma possibilidade.
the power and importance of collaborative action.
D ironia na explicação de suas intenções. Populations have realized that their future health security
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E surpresa com a desconfiança da mãe. and economies are interdependent on all others around
the world. As a result, I am hopeful that the pandemic has
Questão 02 disrupted the pendulum swing towards nationalism, and
Gen Z: The workers who want it all the need for global solidarity is gaining traction. Current
and future generations will be involved in developing
For decades, the cultural mandate in many Western and strengthening the global governance structures and
countries has been hustle hard for your employer, and mechanisms to address the past issues of inequity. If they
you'll be rewarded. If the striving is for a job you love, the progress with the insights gained from the past, they will
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pay will be satisfaction. If the job involves climbing the want to ensure greater consideration for sustainability in 1o DIAAMARELO
rungs of a corporate ladder, the pay will be, well, big bucks. their activities, and with concern for wider planetary health.
Though different in motivation, both paths share the same Disponível em: https://www.news‑medical.net. Acesso em: 11 maio 2023. (adaptado)
narrative. As a result, work has become an obsession. Ao discutir sobre o futuro da saúde global, a educadora,
But increasingly, Generation Z workers – those em sua resposta, tem o objetivo principal de
born between 1997 and 2012 – are insisting we write A destacar a relevância do nacionalismo para pesquisas
a new script for work. Having observed older workers médicas.
experience burnout, time poverty and economic B investigar a relação entre a desigualdade e os
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insecurity at the grindstone, they're demanding more problemas sanitários.

from workplaces: bigger pay cheques, more time off, C revisitar os desequilíbrios sociais e políticos surgidos
the flexibility to work remotely and greater social and na pandemia.
environmental responsibility. Many of these values were D refletir sobre o efeito de ações coletivas realizadas em
millennial preferences, but for Gen Zers, they've become âmbito global.
expectations – and they're willing to walk away from E instigar maiores realizações da comunidade
employers if their needs aren't met.
internacional na economia.
2 LC – 1o dia | 6o Simulado SAS ENEM Copyright © 2023 de SAS Plataforma de Educação – Todos os direitos reservados.
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Questão 04 Questão 05
[…] Black and British
Ria walks toward the Volvo that just rear‑ended them. ‘Black and British’ should not be a thing,
Its driver, KIM LEE, an agitated Korean woman, screams It should be you, me, him, her, them and they,
at the motorcycle cop in Korean. Burning flares squeeze
But people look to your colour and country for your
traffic down to one lane, a cop herds the cars into line.
[story,
MOTORCYCLE COP
And assume they realise your inner glory.
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Calm down, ma'am!
It is why some people call me the other black girl's
KIM LEE [name,
I am calm! I shake my head and correct them nicely but they do
[not learn that way…a shame…
MOTORCYCLE COP
I need to see your registration and insurance. Shame on them, or shame on me?
They do not understand, yet I use the same strategy?
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KIM LEE Perhaps it is on me to change the way,
Why? Not my fault! Her fault! She do this! I treat those that do not treat me the same?
RIA (approaching) […]

I do this? I am learning we are all the same when we are ill,
Yet they do not treat us with the same pill?
MOTORCYCLE COP
Doctors say it is because they have not seen enough
Ma'am, wait in your vehicle.
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[representation,
In their reading of literature beyond one's imagination,
KIM LEE
Stop in middle of street! Mexicans! No know how to The health of a black life is still incomprehensible?
drive! She blake too fast! The physical and mental implications of this are
[immeasurable…
RIA FRANCIS, Dayna. Black and British. Disponível em: https://www.blackhistorymonth.org.uk.
Acesso em: 11 maio 2023.
I “blake” too fast?? Oh, sorry, you no see my “blake
No poema, ao evocar vivências cotidianas de uma mulher
lights”?
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negra na sociedade britânica, o eu lírico evidencia o(a)
MOTORCYLE COP A ausência de reconhecimento histórico acerca da
miscigenação.
Ma'am—
B silenciamento da alteridade cultural em favor da
HAGGS, Paul; MORESCO, Bobby. Crash: screenplay. United States, Germany. 2004.
equidade política.
C estigmatização da representatividade de grupos
Retirado do roteiro do filme Crash, que é ambientado em
minoritários na mídia.
Los Angeles, nos Estados Unidos, o trecho narra a troca
D apagamento de individualidades nas identidades
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de ofensas entre mulheres imigrantes durante um acidente 1o DIAAMARELO

étnicas da sociedade.
de trânsito. Com essa narração, o roteiro evidencia uma
E desvalorização da cultura e da ancestralidade nas
questão social da contemporaneidade ao explorar o(a)
relações contemporâneas.
A intimidação discriminatória imposta por figuras de
autoridade social.
B uso de uma linguagem informal para destacar as
relações de poder.
C polarização cultural como vetor para a reatividade das
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personagens.
D expressão de estigmas sociais internalizados por
grupos minoritários.
E exibição do orgulho enquanto defesa diante de
desequilíbrios sociais.
Copyright © 2023 de SAS Plataforma de Educação – Todos os direitos reservados. LC – 1o dia | 6o Simulado SAS ENEM 3
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Questões de 01 a 05 (opção: espanhol) No cartum, o efeito de humor reside na centralidade da
crítica à
Questão 01
A repreensão de hábitos comuns a profissionais da
La era del “todo vale” en redes imprensa.
sociales se acaba B sobreposição de discursos em ambientes corporativos.
En los últimos días han ocurrido novedades impactantes C restrição do livre exercício da exposição de ideias.
para el futuro de las redes. Ninguna decisión por sí misma D relação autoritária presente no contexto laboral.
es brutalmente rompedora. Pero su goteo incesante indica E homogeneização dos discursos midiáticos.
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el camino que han tomado las redes: el discurso de odio no
está permitido y la línea roja cada vez estará más clara. La Questão 03
guerra por dónde está el límite marcará el futuro de la web.
La palabra con que Jorge Volpi (México, 1968) titula
Por ejemplo, Reddit ha eliminado más de 2 000 su nuevo libro, Enrabiados, significa “encolerizar”. En el
comunidades de su plataforma por su promoción del conjunto de los seis relatos que lo componen desfilan
discurso de odio. El motivo ha sido la actualización de personajes afectados por tal sentimiento o por otros
sus políticas: “La regla 1 explícitamente establece que las cercanos como la ira, la furia o, sin llegar tan lejos, la
comunidades y usuarios que promocionan un odio basado desilusión o el fracaso.
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en la identidad o vulnerabilidad serán suprimidas”. Reddit
es una red social que se estructura en torno a miles de Volpi aborda este motivo temático con máxima libertad
comunidades de interés a las que los usuarios se unen – anecdótica. Nada tienen que ver entre sí las historias
desde temas políticos a peculiaridades como bricolaje, narradas. […] La forma de los relatos es tan variada como
cocina o tipos de arquitectura –, y que tienen sus propios los contenidos. Hay un caso, quizás el texto más valioso
moderadores voluntarios. del libro, de monólogo mental enfebrecido que enracima
oraciones durante 33 páginas sin un solo punto. En otra
Medidas como esta son importantes por muchos ocasión, la historia se acomoda a los distintos movimientos
motivos, pero hay uno más que evidente: Internet ya no de una composición musical. Para diseccionar la literatura,
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es el espacio libre y abierto donde todos conectamos se acude a una narración metaliteraria. Y no faltan la
con todos sin que nadie intervenga. Eso se puede seguir andadura convencional o el rupturismo expresionista.
haciendo, claro: nadie impide en la mayoría de países abrir
una web y contar las salvajadas que quieras si no son En última instancia, Jorge Volpi lleva a cabo un retrato
delito. El problema será darse a conocer, divulgar, dar a moral de una parcela concreta de lo humano. Su mirada no
conocer ese contenido. es complaciente pero tampoco de radical dureza porque
Disponível em: https://elpais.com. Acesso em: 28 jun. 2023. (adaptado)
en este conjunto de relatos, digno pero un tanto menor,
conviven el juicio severo con la ironía, el humor y la broma.
No texto, a expressão “todo vale” é usada para se referir à
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VILLANUEVA, Santos Sanz. “Enrabiados”: Jorge Volpi ajusta cuentas con una sociedad
A ausência de mecanismos que regulem as ações. desquiciada. El Español, 8 maio 2023. Disponível em: https://www.elespanol.com.
Acesso em: 12 maio 2023.
B reatividade das argumentações nas mídias digitais.
Esse trecho de resenha, ao abordar uma obra de Jorge
C expressividade defensiva adotada pelos indivíduos. Volpi, tem como finalidade
D descriminalização da exposição excessiva de opiniões.
A utilizar uma linguagem com estética expressionista
E aplicação indiscriminada de interferências nas interações. para promover o livro.
Questão 02 B descrever a convencionalidade da abordagem literária
adotada pelo texto.
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C divulgar o uso casual de soluções metaliterárias
Miguel Gila
empreendidas pelo autor.

D revelar um retrato social da obra ao apontar o seu
aspecto moral predominante.
E analisar a relação entre o significado narrativo e a
composição estrutural da obra.
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[…] La historia de la ciencia muestra que no es exacto que
¿Cómo logramos que, cuando haya un beso los progresos en cada disciplina sean continuos y en línea
Solo sea uno de esos que no te hacen daño? recta. Se dirá que, al menos, el concepto de desarrollo
Que, de un abrazo, todo el mundo salga ileso sí se justifica cuando hablamos de la técnica y de sus
Que no esté mal quedarnos solas entre extraños consecuencias sociales. Pues bien, precisamente en este
sentido el concepto me parece equívoco y peligroso. Los
¿Cómo hacemos que cualquier mirada principios en que se funda la técnica son universales, pero
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Siempre esté librada de interpretaciones? no lo es su aplicación. Nosotros tenemos un ejemplo a la
Qué ni una más deba permanecer callada vista: la irreflexiva adopción de la técnica norteamericana
Qué ni una más sufra por dobles intenciones en México ha producido un sinnúmero de desdichas y
monstruosidades éticas y estéticas. Con el pretexto de
Ni una más acabar con nuestro subdesarrollo, en las últimas décadas
Ni una más hemos sido testigos de una progresiva degradación de
nuestro estilo de vida y de nuestra cultura. El sufrimiento
Ya no quiero pretender que es normal sentirse así ha sido grande y las pérdidas más ciertas que las
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Ya no volveré a ignorar el silencio tras de mí ganancias. No hay ninguna nostalgia oscurantista en lo
Si callarnos, no va a cambiar las cosas que digo – en realidad los únicos oscurantistas son los que
Sabes que esa es la realidad cultivan la superstición del progreso cueste lo que cueste.
Sé que no podemos escapar y que estamos condenados
[…] al “desarrollo”: hagamos menos inhumana esa condena.
“Ni una más”, de Aitana. PAZ, Octavio. Los hijos del limo. Barcelona: Seix Barral, 1990. p. 43‑44.
Na canção, o eu lírico expressa uma crítica ao(à) Nesse trecho, Octavio Paz, escritor mexicano vencedor do
A naturalização da insegurança social vivida por Prêmio Nobel de Literatura de 1990, reflete principalmente
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mulheres. sobre a
B isolamento feminino dentro de uma sociedade desigual. A deterioração do desenvolvimento em países
C prevalência das discriminações de gênero no cotidiano. latino‑americanos.
D silenciamento de vítimas de violência no meio urbano. B imposição de uma cultura sobre a outra em função do
E impacto psicológico do assédio a mulheres jovens. progresso.
C resistência mexicana frente ao desenvolvimento
norte‑americano.
D necessidade de enfrentar o progresso ao valorizar a
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própria cultura.
E disseminação da cultura norte‑americana em países
subdesenvolvidos.
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS propicia à criança classificar, ordenar, estruturar e resolver
Questões de 06 a 45 pequenos conflitos entre elas. Além disso, sabe‑se que,
enquanto brinca, a criança está criando e desenvolvendo
Questão 06
inclusive o pensamento crítico em relação a si e ao que a
Projeto de Lei 65/2023 rodeia. No entanto, nota-se que, atualmente, as crianças
Dispõe sobre a modernização dos equipamentos passaram a adotar novos hábitos, até mesmo para brincar.
sonoros (sirenes e alarmes) utilizados nas escolas Tais mudanças ocorreram em virtude das transformações
públicas municipais do município de Gravataí. ocorridas na sociedade, e também em função da evolução
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e abrangência maciça das mídias, principalmente a
O PREFEITO MUNICIPAL DE GRAVATAÍ.
televisão e a internet. […]
FAÇO SABER, em cumprimento ao artigo 58, inciso ARAUJO, Carmela de; RESZKA, Maria de Fátima. O brincar, as mídias e as tecnologias
IV, da Lei Orgânica Municipal, que a Câmara Municipal digitais na Educação Infantil. Universo Acadêmico, v. 9, n.1, jan/dez. 2016.
aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Ao descrever a importância do ato de brincar, as autoras
Art. 1o As sirenes e alarmes utilizados para sinalizar refletem sobre a transformação dos hábitos diante da
o início de turnos, períodos e intervalos, bem como seus integração com a tecnologia e indicam que o(a)
términos, nos estabelecimentos da rede pública Municipal A importância das brincadeiras infantis é diminuída frente
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do Município de Gravataí deverão, de forma gradual à diversidade de conteúdos digitais.
e contínua, ser substituídos por sinaleiros musicais, de
B engajamento das crianças com a resolutividade de
acordo com a necessidade de reposição dos equipamentos.
conflitos é afetado pelas soluções tecnológicas.
Art. 2o Os novos estabelecimentos de ensino criados a C contato com as mídias digitais durante a infância se dá
partir da vigência desta Lei deverão contemplar, em seus
de forma mais intuitiva que na idade adulta.
projetos, a instalação dos sinaleiros musicais.
D manutenção de brincadeiras tradicionais na infância
Art. 3o Os sinaleiros musicais previstos nesta lei visam, viabiliza um amadurecimento sociomotor saudável.
precipuamente, a proteção das crianças com Transtorno
E presença de dispositivos eletrônicos na rotina das
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do Espectro Autista (TEA).
crianças compromete a obtenção de novas habilidades.
Art. 4 o Esta Lei entra em vigor na data da sua
promulgação. Questão 08
RIO GRANDE DO SUL. Câmara Municipal de Gravataí. Projeto de Lei no 65/2023, de 20 de
abril de 2023. [Dispõe sobre a modernização dos equipamentos sonoros (sirenes e
alarmes) utilizados nas escolas públicas municipais do município de Gravataí].
Disponível em: https://www.cmgravatai.rs.gov.br. Acesso em: 2 maio 2023.
A função da linguagem predominante nesse texto é

caracterizada por
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A incentivar o leitor a proteger crianças com Transtorno
do Espectro Autista.
B expressar o êxito do prefeito de Gravataí em relação a
suas próprias ações.
C descrever as etapas que levam à substituição das
sirenes e alarmes nas escolas.
D transmitir informações relacionadas à troca do sistema
de aviso sonoro das escolas.
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E estabelecer uma comunicação clara entre o prefeito e
a Câmara Municipal de Gravataí.
Questão 07
[…] Quando uma criança vê um brinquedo, de imediato

é tocada pela sua proposta. Afinal, o brinquedo exerce IRIS, Erika. Ghost in the Machine: Jimi Hendrix. 2008. Fita cassete sobre tela.
múltiplas funções: estimula a inteligência, faz com que a Disponível em: https://www.behance.net/. Acesso em: 25 jun. 2023.
criança solte sua imaginação, se concentre, encare desafios Nessa obra da artista plástica norte‑americana Erika Iris, a
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e sinta‑se motivada. Daí a importância da escolha dos fita cassete utilizada torna‑se objeto de arte por meio do(a)
brinquedos e da organização do tempo e espaço dedicado
A menção à popularidade artística de uma figura pública.
ao lúdico pelos adultos, sejam eles pais ou professores.
B expressão que envolve o improviso na composição.
Nesse contexto, o que não deve ser esquecido é que,
embora a tecnologia esteja presente na sociedade atual, C abstração das formas empregadas utilitariamente.
o uso dos brinquedos e brincadeiras tradicionais pelas D apelo conscientizador à temática da reciclagem.
crianças não deve ser abandonado, pois o ato de brincar E transfiguração da funcionalidade do item.
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O mal‑estar persiste TEXTO I
A tecnologia que envolve os serviços por aplicativo
Em Bacurau, Kleber Mendonça Filho volta ao tema
acelerou a aceitação pelo consumidor e criou rapidamente
da luta pela terra com tempero tarantinesco e um
uma nova modalidade de trabalho. Para os profissionais
melancólico senso de atualidade
envolvidos – seja com transporte de passageiros ou como
Premiado e aplaudido de pé no Festival de Cannes, entregadores de encomendas –, essa se tornou uma forma
onde venceu o Prêmio do Júri, foi aguardado com acessível de garantir o salário no fim do mês. […]
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ansiedade por aqui. E quase ninguém entendeu. [...]
Motorista por aplicativo desde 2016, Manoel Scooby,
O tema de Bacurau é o mesmo dos outros dois filmes 45 anos, deixou o emprego de pedreiro por ver a
de Mendonça. A luta pela terra, rural ou urbana. E pelas oportunidade de fazer o próprio horário e faturamento
riquezas da terra. Interesses do capital tentando se como prestador de serviço digital. “A gente tem a liberdade
sobrepor a vidinhas modestas. A vila de Bacurau – que de ser o nosso patrão”, destaca o morador de Ceilândia.
“não está no mapa” – representa o abandono do interior Ele comenta que trabalha mais de 18 horas por dia.
do Brasil e uma espécie de amostragem alegórica de tipos “Quando o sono aperta, eu durmo no carro. A virada do
que gostaríamos de ver em todos os lugares: o professor ano mesmo, que é uma data boa, é comum rodar de 24 a
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dedicado, a médica que trabalha a sério em condições 30 horas, mas, normalmente rodo de 18 a 20 horas quase
precárias, o padre compreensivo. Do outro lado, há os todo dia”, ressalta.
“malvados”. Muito atuais, por sinal, em se tratando (ainda!) ELEUTÉRIO, Júlia. Profissionais de serviços por aplicativo relatam vantagens e dificuldades.
da disputa pela terra. Há uma gangue mortífera que quer Correio Braziliense, 4 jan. 2023. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br.
Acesso em: 22 fev. 2023.
se apossar das minas de Bacurau; pessoas começam a
TEXTO II
desaparecer...
Para a pesquisadora Ana Claudia, a lua de mel
A solução final é catártica, pois fica “do lado do bem” que aparentava existir entre as plataformas digitais e
na perspectiva do espectador. Justifica os aplausos. Mas os trabalhadores chegou ao fim. Segundo ela, não há
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talvez a catarse dificulte a percepção de que o desfecho reajuste das tarifas de entregas há 3 anos, apesar da
do filme é também revelador do desencanto, do beco inflação – o que significa que para comprar a mesma
sem saída em que o Brasil se encontra. Para derrotarem coisa o profissional é obrigado a trabalhar mais horas.
os maus, representantes de interesses estrangeiros, “Na pesquisa que fizemos, apontamos que grande parte
os moradores de Bacurau apelam para a gangue dos dos trabalhadores labora mais de 11 horas. Como ter
traficantes chefiados pelo cangaceiro Lunga. O filme flexibilidade de horário se a pessoa trabalha de 9 a 11
termina em matança tarantinesca, que resulta na vitória horas por dia? Quando perguntamos sobre a quantidade
do bem (os habitantes de Bacurau) contra o mal (os de dias na semana que essas pessoas trabalham, 77%
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estrangeiros). Ou talvez não. Talvez a força de Bacurau laboram entre 6 e 7 dias.” […]
não resida no conforto imaginário que nos restitui ao final,
“Em geral, os juristas se dividem entre aqueles que
assim que descem os créditos. Depois disso, o mal‑estar
acreditam que é um modelo inovador e aqueles que
persiste.
Disponível em: https://www.quatrocincoum.com.br. Acesso em: 12 jun. 2023. (adaptado)
entendem que é apenas uma nova forma de precarização e
que, portanto, todos os trabalhos deveriam ser celetizados.
Todo gênero apresenta elementos constitutivos que Ainda existe um meio de campo de pessoas que acreditam
condicionam seu uso em sociedade. O texto sobre Bacurau que deva haver uma regulamentação mais clara sobre o
identifica‑se com o gênero resenha crítica, principalmente, tema, já que não temos nenhuma lei específica.”
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pela utilização da sequência textual AZENHA, Manuela. Entregadoras de aplicativo trabalham na absoluta 1o DIAAMARELO
precarização e acompanhadas do medo. Revista Marie Claire, 1 jul. 2020.
A expositiva, por explicar a temática abordada na trama. Disponível em: https://revistamarieclaire.globo.com. Acesso em: 22 fev. 2023.
B injuntiva, por tentar convencer o leitor a assistir ao filme. Os textos I e II abordam aspectos do trabalho executado
C narrativa, por elencar alguns pontos do enredo de por meio de plataformas digitais. Entretanto, eles revelam
forma resumida. divergência de perspectiva quanto à ideia de que é possível
D descritiva, por promover um relato de momentos A assegurar uma renda familiar adequada por meio do
importantes da história. serviço.
E argumentativa, por ponderar características que B regularizar as horas de trabalho executadas nas
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fizeram o longa se destacar. plataformas.

C expandir as oportunidades de trabalho devido à
flexibilidade.
D obter autonomia e flexibilidade na carga horária
profissional.
E garantir a ascensão profissional de trabalhadores
informais.
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Questão 11 TEXTO II
[...] como explicar ocorrências do tipo causá‑los,
agradecê‑la, o permite em lugar de causar‑lhes,
agradecer‑lhe, lhe permite? Aqui entra em jogo um
fenômeno de natureza social chamado hipercorreção, que
é quando a pessoa, por insegurança linguística, acaba
fazendo uso de uma forma que nem é a espontânea,
habitual, nem aquela prevista pela tradição normativa.
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Um bom exemplo é o verbo haver. Na grande maioria das
vezes, usamos ter com sentido “existencial” (“Tinha uma
pedra no meio do caminho”, escreveu Carlos Drummond
de Andrade há cem anos!), mas esse uso sofre o
patrulhamento de quem se acredita mais realista do que
o rei. Tendo ouvido dizer que usar ter nesses casos é um
“erro”, e sem ter pleno domínio das regras normatizadas
de uso de haver, a pessoa acaba dizendo/escrevendo SANTANA, Robinho. Mural Retomada. Disponível em: https://elastica.abril.com.br.
coisas como “houveram problemas de conexão na laive de Acesso em: 12 maio 2023.
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ontem”, que não é nem o uso normal (“teve problemas de O texto I faz parte de uma entrevista ao artista visual
conexão”) nem o previsto pela tradição normativa (“houve Robinho Santana; e o texto II é o mural Retomada,
problemas de conexão”). Outra forma comum também produzido por ele na Fábrica de Cultura de Diadema. Com
é “tiveram problemas de conexão”, em que se faz uma base nos textos, a obra do autor focaliza uma perspectiva
concordância hipercorreta, na tentativa de conciliar o uso da arte como crítica à
habitual do ter com o entendimento pouco claro das regras A criminalidade presente entre jovens periféricos.
normatizadas de concordância. B precarização da educação entre os mais pobres.
BAGNO, Marcos. Posso lhe falar sobre o “lhe”? Blog da Parábola Editorial, 15 out. 2021.
Disponível em: https://www.parabolablog.com.br. Acesso em: 21 jun. 2023. C representação discriminatória de pessoas negras.
D ausência de investimentos em cultura na periferia.
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Segundo o texto, o processo de hipercorreção é percebido
em situações de uso em que ocorre um(a) E atual violência existente em ambientes escolarizados.
A pressão direcionada aos falantes em momentos de Questão 13
exposição.
O beach tennis é uma modalidade esportiva cuja
B desconhecimento sobre as formas espontâneas de uso
origem exata é desconhecida, entretanto, acredita‑se que
da língua. sua prática esportiva foi derivada do tênis, em quadras
C tentativa de imitar a variante legitimada por escritores de beach volley, iniciada aproximadamente na década de
consagrados. 1970, nas areias da costa Romagnola, na Itália. Como a
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D recusa ao uso corrente da língua devido à incerteza modalidade ainda não possuía uma regulamentação, as
quanto à norma. suas regras e maneiras de jogar sofriam alterações em
E patrulhamento explícito por parte de grupos cada contexto em que era praticada (IFBT, 2020).
conhecedores das regras normativas. Foram instituídas, em 1996, as bases para a prática
do beach tennis definindo‑se o tamanho das quadras para
Questão 12 16 m × 8 m, a pontuação, a regra do killer point e a rede
divisória com 1,70 m de altura. Com isso, o jogo tornou‑se
TEXTO I interessante e atrativo para as pessoas, impulsionando
Robinho Santana: Eu vim de Diadema e lá é um lugar o aumento do número de praticantes e de torneios, bem
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em que a cultura sempre foi muito escassa, já que a como o desenvolvimento dos materiais e acessórios, como
cidade é voltada para as fábricas. Assim, poder ir para raquetes e bolas.
lá como artista e fazer um mural desse tamanho é muito TAKAYAMA, Fabiola Santini; VANZUÍTA, Alexandre. Reflexões sobre o beach tennis no Brasil:
um estado de conhecimento. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es.
significativo. Ainda mais por ele estar na Fábrica de Cultura, Acesso em: 28 jun. 2023. (adaptado)
um lugar de formação de jovens artistas. O objetivo da De acordo com o texto, a regulamentação do beach tennis
obra é passar a mensagem de que a educação é uma
arma para a revolução. Com ela, eu ressignifiquei essa A reduziu a possibilidade de adequação da prática a
imagem que foi propagada há muito tempo do negro em contextos diversos.
B promoveu a comercialização de acessórios voltados
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uma posição sempre inferior ou criminosa para dizer que é

estudando que nós podemos alcançar lugares diferentes. para a prática.
Um jovem que estuda é um perigo para o sistema porque C preservou os critérios que regem a prática esportiva
ele pode chegar onde ele quiser – e isso tem tudo a ver do tênis.
com a minha história de conseguir conquistar posições D evidenciou a flexibilidade característica dessa
mesmo quando elas não me eram mostradas. modalidade.
LOURENÇO, Beatriz. Robinho Santana é um artista político. Elástica, 23 nov. 2021. E desencadeou a propagação dessa modalidade
Disponível em: https://elastica.abril.com.br. Acesso em: 12 maio 2023. (adaptado) esportiva.
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Google pagou mais de meio milhão de reais em Ao longo do século XX, a difusão de hábitos esportivos
anúncios no Facebook contra PL das Fake News e a conformação de uma cultura de massa levaram à
expansão do consumo de artefatos, equipamentos e
O Google foi o maior anunciante político nas redes do serviços relacionados à prática esportiva, assim como
Facebook e Instagram no início do mês de maio no Brasil. transformaram os principais eventos esportivos em
Segundo a Agência Pública apurou, o Google gastou mais espetáculos altamente veiculados pela mass media.
de R$ 470 mil em anúncios contra o PL 2 630, o chamado Em consequência, o esporte‑espetáculo tornou‑se nas
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PL das Fake News, no Facebook e Instagram entre 30 de últimas décadas um dos “veículos de comunicação” mais
abril e 6 de maio. Ao todo, desde abril, o Google pagou utilizados pelo mundo empresarial para difundir produtos
mais de R$ 670 mil em anúncios, todos eles de postagens e consolidar marcas mundiais.
contrárias ao PL. Um forte impulso ao marketing esportivo foi dado nos
As campanhas funcionam da seguinte forma: o Google anos 1970, quando grandes empresas multinacionais
paga para a Meta – a empresa que é dona das redes começaram a adotar estratégias globais de marketing
e encontraram na promoção de eventos esportivos
Facebook e Instagram – para que postagens sejam
internacionais uma forma de alcançar um número enorme
impulsionadas como propaganda e tenham maior alcance. de mercados consumidores. [...] A partir daí, a utilização
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Para se ter uma ideia da dimensão dessa campanha, do esporte como veículo de propaganda e merchandising
em apenas um anúncio entre os dias 1 e 3 de maio, o por grandes empresas só tem feito aumentar. Por sua
Google pagou de R$ 200 mil a R$ 250 mil – o PL das Fake vez, alguns fabricantes de artigos e materiais esportivos,
News iria ser votado no dia 2 de maio. Com isso, um vídeo através de suas políticas de marketing, passaram a
de 15 segundos que afirma que “o PL 2 630 pode aumentar interferir nas formas de gestão do esporte. [...] Atualmente,
o esporte é considerado uma das “atividades econômicas”
a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”
que mais crescem nos mercados globalizados, o que tem
apareceu mais de 1 milhão de vezes para usuários do estimulado a entrada de grandes corporações empresariais
Facebook e Instagram no Brasil. e tem requerido métodos modernos de administração.
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A peça de publicidade ainda afirma que “precisamos PRONI, M. W. Marketing e organização esportiva: elementos para uma história recente do
esporte‑espetáculo. Disponível em: https://scholar.google.com.br. Acesso em: 13 jun. 2023.
melhorar o texto deste projeto de lei” e convoca o usuário:
“fale com seu representante nas redes sociais ainda A reflexão trazida pelo texto, que aborda a relação entre
esporte e consumo, está fundamentada na
hoje”. A postagem inclui um link do blog do Google no
Brasil. Nele, um texto diz que “o PL das Fake News pode A existência de torneios internacionais.
aumentar a desinformação no Brasil” e que “o PL 2 630 B criação de espetáculos da cultura de massa.
pode piorar a sua internet”. C divulgação de novas formas de gerir o esporte.
D alteração da finalidade de uma prática corporal.
Antes dessa ação contra o projeto de lei, a última
E equiparação entre o esporte e a cultura de massa.
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campanha do Google registrada no Facebook e
Instagram tinha sido em novembro de 2022, sobre o mês Questão 16
da consciência negra. Nela, o Google pagou menos de
R$ 100. O anúncio atingiu cerca de 35 mil telas. O indizível
Disponível em: https://apublica.org. Acesso em: 10 maio 2023.
dentro de mim
No processo de progressão textual dessa reportagem, o oculto
a tese central sobre o valor investido pelo Google é amor
enfatizada de modo comparativo em:
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não te dou senão 1o DIAAMARELO

A “O Google foi o maior anunciante político nas redes
do Facebook e Instagram no início do mês de maio o que vou tecendo
de perda em perda
no Brasil”.
B “Com isso, um vídeo de 15 segundos […] apareceu o que dou já se destrói
mais de 1 milhão de vezes para usuários do Facebook o que dou perverte
e Instagram no Brasil”. o que dou
OLIVEIRA, Vera Lúcia de. O indizível. In: OLIVEIRA, Vera Lúcia de.
C “A peça de publicidade ainda afirma que ‘precisamos A chuva nos ruídos. São Paulo: Escrituras Editora, 2004. p. 85.
melhorar o texto deste projeto de lei’ e convoca o Na construção do poema, o eu lírico retrata uma concepção
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usuário […]”. de amor que é paradoxal na medida em que

D “[…] um texto diz que ‘o PL das Fake News pode A expressa rejeição a um sentimento incorruptível mas
aumentar a desinformação no Brasil’ e que ‘o PL 2 630 falho.
pode piorar a sua internet’”. B opõe a introspecção à necessidade de reciprocidade.
E “a última campanha do Google registrada no C contrapõe o desejo amoroso à construção realista.
Facebook e Instagram tinha sido em novembro de D evoca a assimetria entre o ato de sentir e o de calar.
2022 […]. Nela, o Google pagou menos de R$ 100”. E contrasta o sentimento encoberto ao que é oferecido.
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Questão 17 escandalinho Prudente‑Ronald. Senão ele muito me havia
de contrariar, tenho a certeza. E agora já sabe: quinze
minutos que seja de descanso, estou na frente da Manuela
COMO IDENTIFICAR N TÍCIAS FALSAS batendo tipo sem parar. Manuela é o nome da máquina,
por causa de você. Inventei agorinha mesmo isso. Não
refleti nem nada: ficou Manuela. Assim a homenagem saiu
bem do coração.
MORAES, Marcos Antonio de (org.). Correspondência de Mário de Andrade e Manuel
CONSIDERE A FONTE LEIA MAIS Bandeira. 2. ed. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros: Universidade de São Paulo, 2001.
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Clique fora da história para investigar Títulos chamam a atenção para obter p. 200‑201. (adaptado)
o site, sua missão e contato. cliques. Qual é a história completa?
Considerando o objetivo da carta escrita por Mário de
Andrade, a linguagem utilizada pelo autor busca
A estabelecer uma comunicação amena.
VERIFIQUE O AUTOR FONTES DE APOIO? B introduzir um assunto de pouca relevância.
Faça uma breve pesquisa sobre o autor. Clique nos links. Verifique se a
Ele é confiável? Ele existe mesmo? informação oferece apoio à história. C reverenciar o amigo por meio de uma surpresa.
D destacar a falta de técnica com a nova máquina.
E apresentar ao destinatário as características da
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tecnologia.
VERIFIQUE A DATA ISSO É UMA PIADA?
Repostar notícias antigas não Caso seja muito estranho, Questão 19
significa que sejam relevantes pode ser uma sátira. Pesquise
atualmente. sobre o site e o autor.
Só quem Amor não venceu o amor conhece.
Só quem nas trevas vive e se alimenta
Da esperança de luz que é a luz suprema.
É PRECONCEITO? CONSULTE ESPECIALISTAS
Só quem aspira a um bem e o não alcança,
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Avalie se seus valores Pergunte a um bibliotecário ou
próprios e crenças podem consulte um site de verificação
afetar seu julgamento. gratuito. Sabe o valor do objeto desejado
Cujo prestígio e preço não se altera
FIOCRUZ PARANÁ. Disponível em: https://www.icc.fiocruz.br. Acesso em: 13 abr. 2023.
E resiste ao destino das terrestres
O cartaz propõe soluções para um problema social Coisas que, em se as tocando, se desfazem.
recorrente ao
A recomendar a procura de matérias publicadas e Força é sofrer prisão para ser livre,
veiculadas anteriormente. E, por Ventura ter, da Desventura
B informar aos cidadãos as origens das notícias falsas Os passos ter seguido sem descanso.
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compartilhadas nas redes.
C apresentar ações que ajudam a identificar discursos Força é achar na renúncia a posse plena –
falsos nos meios de comunicação. Nos caminhos da Noite a luz da Aurora
E no seio da Morte a própria Vida.
D expor regulamentações das normas de consumo de SCHMIDT, Augusto Frederico. Poesias completas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956.
informações em ambientes virtuais.
Na composição do poema, as construções antitéticas
E descrever uma sequência de etapas que permitem reforçam a carga simbólica associada a um(a)
atestar a veracidade de um discurso.
A inconformismo oriundo da consciência sobre a finitude
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Questão 18 da vida.
B postura insegura diante do futuro desconhecido que
Manuel do coração, se anuncia.
Comunico que comprei uma máquina. Se você
C visão de mundo marcada pelas ideias de resignação
estivesse aqui era um abraço pela certa, tanto que
e sacrifício.
estou contente. Já se sabe: pelo processo amável das
D sensação de inadequação em relação ao mundo e ao
prestações. Engraçado, por enquanto me sinto todo
ser amado.
atrapalhado de escrever diretamente nela. A ideia foge
E sentimento de frustração decorrente de uma vida sem
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com o barulhinho, me assusto, perdi o contato com a

ideia. Isso: perdi o contato com ela. Não apalpo ela. Mas realizações.
isso passa logo, tenho a certeza e agora é que você vai
receber cartas bonitas de mim. Afinal: Deus é mesmo
muito bom pra mim. Porque essa história de “compro não
compro: compro” me deu uma comoção e um interesse pra
estes dias todos. Por isso não pude pensar muito nesse
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Questão 20 TEXTO II
Um eslavosamba de João Gilberto: o
Os Homens da Terra
mostra‑esconde da canção
Em toda parte, nos campos
Junta‑se à nossa outra voz Artista baiano tinha uma poética de apropriação
Escutai, Senhor dos campos radical, que o aproxima da antropofagia modernista de
Nós já não somos mais sós. Oswald de Andrade
Queremos bonança e paz No meio de “Pra que discutir com Madame”, samba
Para cuidar da lavoura de Haroldo Barbosa e Janet de Almeida, de 1956, João
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Ceifar o capim que dá Gilberto cantarola uma curta melodia que serve de ponte
Colher o milho que doura, e modulação para a segunda parte da canção. Embora
Queremos que a terra possa Janet a cante na gravação original, o modo como João
Ser tão nossa quanto vossa interpreta parece mais um caco, um improviso, que se
[...] soma à narrativa da madame que não gosta de samba.
Queremos plantar no outono Poderia ser um mero ornamento melódico do intérprete,
Para ter na primavera mesmo que indicado pelo compositor, um recurso muito
Amor em vez de abandono comum utilizado na música popular. Mas não é. Em
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Fartura em vez de miséria. […] João nada é gratuito. Essa singela melodia é um trecho
da abertura do “Concerto para piano e orquestra No 1
MORAES, Vinicius de. Os Homens da Terra. In: Poemas para a liberdade: Violão de rua.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962. p. 84.
(Op. 23)”, de Tchaikovsky. E por essa razão está
carregada, é claro, de sentidos, sobretudo quando
No poema, descortinam‑se aspectos relacionados à aplicada ao contexto particular desse samba. Mas o jeito
realidade de um grupo social específico. Nesse contexto, como João encaixou a melodia é tão natural e fluido que
o ponto de vista do eu lírico revela uma crítica social que parece que ela sempre esteve ali. Como se a melodia
defende o(a) do compositor russo não devesse ser reconhecida,
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A manifestação pacífica como forma de requerer anseios pois revelaria a operação irônica da citação: um tema
coletivos. clássico num samba que justamente trata das elites que
B reivindicação de camponeses por condições sociais “não gostam” do popular. Isso seria programático demais
diferentes. para ele. Nada mais distante da poética de João. Ora,
C luta dos trabalhadores pelo direito de se manterem nas em João inscreve‑se uma poética de apropriação tão
áreas rurais. radical que, nesse caso, a melodia eslava passa a ser
D labor humano como um produtor de riquezas parte constitutiva da interpretação e, por contiguidade,
importantes para o país. da composição.
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MACHADO, Cacá. Um eslavosamba de João Gilberto: o mostra‑esconde da canção. Nexo, 19
E equidade como mantenedora da harmonia social entre jul. 2019. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br. Acesso em: 7 maio 2023. (adaptado)
classes operárias.
Considerando a letra da canção, a incorporação de um
Questão 21 trecho da obra de Tchaikovsky ao samba assume papel
de destaque, pois demonstra a inter‑relação de diferentes
TEXTO I gêneros musicais com o intuito de destacar o(a)
Pra que discutir com Madame A recusa a referenciais estéticos orientadores da cultura
[…] elitizada.
Vamos acabar com o samba
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B possibilidade de o samba se mesclar a gêneros 1o DIAAMARELO

Madame não gosta que ninguém sambe consagrados.
Vive dizendo que samba é vexame C lamento pelo desprestígio de elementos da cultura
Pra que discutir com madame? brasileira.
D necessidade de popularizar o acesso à música clássica.
No carnaval que vem também concorro E ironia crítica do eu lírico em relação ao elitismo cultural.
Meu bloco de morro vai cantar ópera
E na Avenida, entre mil apertos
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Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno, meu Deus, que horror
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor
Disponível em: https://www.letras.mus.br. Acesso em: 27 jun. 2023.
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Questão 22 O fragmento faz referência aos telegramas, uma importante
inovação tecnológica do passado que começava a
Google Tradutor ganha mais recursos chegar ao Brasil no século XIX. Ao descrever o conteúdo
de IA e novo design
transmitido por essa tecnologia, o narrador evidencia a
O Google anunciou novos recursos no Tradutor,
ferramenta com cerca de 1 bilhão de usuários A ampliação do monopólio de poder sobre a comunicação.
Como alguns idiomas usam a mesma palavra com B disseminação de reportagens falsas por meio dos
diferentes significados, o Google Tradutor vai fornecer jornais.
a interpretação de acordo com o contexto. Isso inclui C imprecisão dos dados causada pelas limitações
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expressões idiomáticas, mas, por enquanto, apenas em tecnológicas.
inglês, francês, alemão, japonês e espanhol. O aplicativo
D proliferação de notícias sensacionalistas veiculadas na
também vai permitir realizar pesquisas usando a câmera do
dispositivo com a integração ao Google Lens. A plataforma mídia.
promete traduzir textos dentro de imagens complexas de E sobrecarga de informações oriunda da rapidez da
maneira mais natural, através do uso de aprendizado transmissão.
de máquina. Por fim, o Google Tradutor promete mais
acessibilidade com o redesign do aplicativo para iOS, Questão 24
algo já liberado no Android. O novo app fornece uma Desde o primeiro dia em que nos encontramos na
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tela maior para digitação, entrada de voz, tradução com
Penitenciária, entramos no regime da provação ou de
a câmera do Lens e pontos de entrada mais acessíveis
para traduzir conversas. As novidades, afirma o Google, provas, segundo a dialética oficial do presídio. “Prova”
são para “fornecer conhecimento útil e contextual ao usar quer simplesmente dizer: incomunicabilidade absoluta. […]
o Tradutor em dispositivos móveis e na web”. Certo dia fui retirado da cela por alguns momentos.
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br. Acesso em: 20 jun. 2023. (adaptado) Pequeno hiato no meu regime de provas. Iam começar
O texto aponta que um recurso de tradução foi para mim os vários exames. Durante dias seguidos
recentemente modificado. Essa alteração deixa explícito fui encaminhado para aqui, ali e acolá, junto aos
que essa tecnologia companheiros novos na Casa como eu. […] Foi momento
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A analisa demandas relacionadas à acessibilidade. de grande significação para mim, aquele em que me
B oferece experiências diferentes para cada pessoa. defrontei pela primeira vez com os sentenciados já antigos
C leva em conta a quantidade de usuários do serviço. da penitenciária. Pareceram‑me figuras irreais, tipos de
D atende a uma pequena parcela dos idiomas existentes. feições tão estranhas que nada tinham a ver com os
E considera a diversidade de situações da comunicação. seus retratos geralmente descritos nos folhetins policiais.
Questão 23 Os bustos normalmente arcados para a frente, o olhar
amortecido, um vinco sulcando as faces descoradas;
[…] Reparando bem, vi que o homem não era abatidos, sem vontade, sem entusiasmo, sem vida. A
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precisamente um trapo carnavalesco. Trazia na mão farda e a numeração gritante, exagerada, espetacular,
um papel, que me mostrava de longe, — a princípio, ampliavam essas figuras, já por si recortadas num fundo
calado, — depois dizendo que era para mim. Que seria? sombrio. […]
Alguma carta, — talvez, um telegrama. Que me dirá
esse telegrama? Agora mesmo, houve em Blumenau a Novamente a cela. Outra vez eu, as paredes brancas e
prisão do Sr. Lousada. Telegrafaram a 16 esta notícia, nuas e o pátio sem vida. Outra vez os dias, as semanas, o
acrescentando que “o povo dá demonstração sensível tempo escorregando vagarosamente, dias longos como se
de indignação”. Para quem conhece a técnica dos fossem inacabáveis oceanos que se pretendesse esvaziar
telegramas, o povo estava jogando o bilhar. Tanto é assim gota a gota… Santo Deus! Quando terminaria tudo? Era
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que o próprio telegrama, para suprir a dubiedade e o vago preferível desaparecer para sempre que continuar naquela
daquelas palavras, concluiu com estas: “esperam‑se agonia lenta, interminável…
acontecimentos gravíssimos”. Sabe‑se que o superlativo NASCIMENTO, Abdias. Submundo: cadernos de um penitenciário.
paga o mesmo que o positivo; naturalmente o telegrama Rio de Janeiro: Zahar, 2023.
não custou mais caro. Como parte da progressão temática do texto, revelada na
Vejam, entretanto, como me enganei. Realmente, sequência dos fatos relatados, a relação lógico‑semântica
houve acontecimentos gravíssimos; a 17 telegrafaram que entre os parágrafos caracteriza‑se pela
vinte homens armados feriram gravemente o comissário A utilização contínua do tempo próprio do momento da
da polícia: esperavam‑se outras cenas de sangue. Vinte
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enunciação.
homens não são o algarismo ordinário de um povo; mas
eram graves os sucessos. Outro telegrama, porém, não B digressão motivada pelo salto temporal entre os
fala de tal ataque; diz apenas que uma comissão do povo eventos.
foi exigir providências do juiz de direito, que este pedia a C recorrência de marcadores temporais com função
coadjuvação do povo para manter a ordem, e ficou solto coesiva.
Lousada. […] D retomada de termos com a finalidade de explicá‑los.
ASSIS, Machado de. 19 de fevereiro (1893). In: Obra Completa de Machado de Assis.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. 3. E mudança proposital entre os focos narrativos.
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Questão 25 A disponibilização das opções de idioma mencionadas no
texto é relevante para o patrimônio linguístico e identitário
do país, na medida em que
A conscientiza grupos tecnológicos a desenvolverem
teclados com caracteres especiais.
B amplia as discussões e pesquisas sobre a extinção de
línguas em uma comunidade.
C promove a interseção entre as línguas originárias e a
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portuguesa em ambiente digital.
D incentiva outras empresas a incluírem idiomas
indígenas no sistema operacional.
E fomenta o uso das línguas indígenas e a consequente
preservação delas.
Questão 27
Disponível em: https://www2.camara.leg.br. Acesso em: 14 abr. 2023.
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No cartaz, a imagem das mãos levantando um cartão de Aldrovando nada sabia do mundo atual. Desprezava
advertência, utilizado pela arbitragem durante os jogos de a natureza, negava o presente. Passarinho, conhecia um
futebol, é uma representação não verbal do(a) só: o rouxinol de Bernardim Ribeiro. E se acaso o sabiá
A intuito de combater e remover o racismo no esporte. de Gonçalves Dias vinha bicar “pomos de Hespérides” na
B união dos atletas na luta contra o racismo no esporte. laranjeira do seu quintal, Aldrovando esfogueteava‑o com
C ausência de políticas públicas de combate ao racismo. apóstrofes:
D potencial nocivo do racismo para a sociedade em geral. — Salta fora, regionalismo de má sonância!
A língua lusa era‑lhe um tabu sagrado que atingira a
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E necessidade de uma maior diversidade racial em
campo. perfeição com frei Luís de Sousa, e daí para cá, salvo
lucilações esporádicas, vinha chafurdando no ingranzéu
Questão 26
barbaresco.
Uma multinacional chinesa de tecnologia anunciou — A ingresia de hoje — declamava ele — está para a
que começou a vender os primeiros notebooks com Língua como o cadáver em putrefação está para o corpo
duas opções de idiomas indígenas falados no Brasil, o vivo.
kaingang e o nheengatu. A iniciativa faz parte do projeto
E suspirava, condoído dos nossos destinos:
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de Revitalização de Línguas Indígenas Ameaçadas de
Extinção, lançado por uma empresa de mobilidade, — Povo sem língua!… Não me sorri o futuro de Vera
que, em 2021, incluiu os dois idiomas em modelos de Cruz…
smartphones com Android 11. A empresa disse que espera E não lhe objetassem que a língua é organismo vivo e
em breve disponibilizar outros idiomas, como o cherokee, que a temos a evoluir na boca do povo.
falado por nativos da América do Norte. Além da iniciativa, — Língua? Chama você língua à garabulha bordalenga
existem alguns teclados virtuais que podem ser baixados que estampa periódicos?
contendo caracteres de idiomas indígenas. LOBATO, Monteiro. O colocador de pronomes. In: Contos completos.
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Uma língua indígena pode desaparecer a cada duas São Paulo: Biblioteca Azul, 2014.
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semanas, o que resultaria na extinção de aproximadamente Do ponto de vista linguístico, a postura adotada por
3 mil idiomas até o final do século, de acordo com a Aldrovando quanto à norma-padrão demonstra que a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a personagem
Ciência e a Cultura (Unesco). Para evitar que isso continue A entende que há uma língua verdadeira que deve ser
acontecendo, as línguas indígenas têm que ampliar os
observada de forma irrenunciável.
seus espaços e o uso delas de forma escrita, afirma o
doutor em linguística e professor da Universidade Estadual B considera que variantes informais devem se restringir
de Campinas (Unicamp), Wilmar D'Angelis, que auxiliou o a seus contextos próprios de uso.
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projeto. […] Sem teclados oficiais nos idiomas indígenas, C renuncia aos regionalismos para tentar conservar
os jovens, principalmente, têm que improvisar na hora de intacta a língua literária de seu tempo.
conversar pelos aplicativos de mensagens: ou aderem ao D compreende os autores brasileiros consagrados como
português, ou enviam áudios, ou tentam substituir os seus aqueles que bem usaram a língua.
caracteres. E assume a existência de usos variados da língua e elege
SOUZA, Vivian. Lenovo lança computadores que permitem o uso de línguas indígenas
brasileiras. G1, 18 jan. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com. uma variante de maior prestígio.
Acesso em: 15 maio 2023. (adaptado)
2023
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Questão 28 como um sopro amornado. E o futuro, ou a ideia de um
futuro promissor, dissolvia‑se no mormaço amazônico.
O Brasil é um país recorrente em diversas produções Estávamos longe da era industrial e mais longe ainda
hollywoodianas. Embora poucos filmes estadunidenses do nosso passado grandioso. Zana, que na juventude
sejam completamente ambientados em nossa terra, vez aproveitara os resquícios desse passado, agora se irritava
ou outra alguma produção filma cenas aqui. com a geladeira a querosene, com o fogareiro, com o jipe
Velozes e Furiosos 10 é um dos filmes mais recentes mais velho de Manaus, que circulava aos sacolejos e
a fazer isso, com algumas cenas ambientadas no Rio de fumegava.
Janeiro. Porém, como já era de se esperar, o longa comete HATOUM, Milton. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras. 2000.
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os mesmos erros ao retratar o Brasil desde quando Para aplicar expressividade à representação ficcional da
filmou Operação Rio, em 2011. Mais de uma década se cidade de Manaus, a narrativa é construída a partir de um
passou, mas a mentalidade ultrapassada de parte dos olhar que
norte‑americanos parece ter continuado presa no tempo.
A analisa o ritmo acelerado da evolução tecnológica no
Não é surpresa para ninguém que os Estados Unidos país.
retratam todo o resto do mundo apenas como uma B focaliza a natureza como provedora de sustento na
ponta periférica ao seu redor. Afinal de contas, tudo escassez.
de importante deve acontecer apenas na terra do Tio
C revela a distância social e geográfica quanto ao restante
Sam. Esse tipo de visão pejorativa em Hollywood é algo
do país.
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comum ainda em 2023 para muitas produções. É normal
acompanhar produções como O Resgate, da Netflix, que D relaciona metaforicamente a região à estrutura familiar
abusa de um filtro amarelo para dar uma conotação de apresentada.
subdesenvolvimento e inferioridade à Índia. O México é E critica a falta de abertura política da cidade e do país
outro país que passa por isso, sempre tendo seus homens como um todo.
representados com a típica camisa branca, corpo tatuado, Questão 30
correntes e ligação com algum cartel de drogas; além do
mesmo filtro. Meu caro amigo
Para a Europa e até mesmo os vizinhos canadenses,
Meu caro amigo, me perdoe, por favor
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por outro lado, raramente uma visão tão deturpada de um
povo é apresentada. Claro, a maioria dos grandes cineastas Se eu não lhe faço uma visita
são ou norte‑americanos ou britânicos, com algum francês Mas como agora apareceu um portador
pedindo passagem. Embora o cinema esteja recheado de Mando notícias nessa fita
ótimos filmes que retratam as mazelas sociais de países
“desenvolvidos”, a representação das pessoas como um Aqui na terra, tão jogando futebol
povo e seu estilo de vida dificilmente muda. Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br. Acesso em: 19 maio 2023. (adaptado) Uns dias chove, noutros dias bate sol [...]
No texto, a principal estratégia argumentativa utilizada
para criticar a forma como o Brasil é representado no filme Muita careta pra engolir a transação
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em questão se baseia na E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
A ironia em relação ao sentimento de superioridade E a gente vai se amando que também sem um carinho
técnica dos norte‑americanos. Ninguém segura esse rojão
B análise da imagem estereotipada atribuída a países
tidos como secundários. Meu caro amigo, eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
C descrição de filmes que estereotiparam outros países Se me permitem, vou tentar lhe remeter
em suas tramas. Notícias frescas nesse disco [...]
D alegação da recorrente presença de cenários brasileiros
em longas.
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A Marieta manda um beijo para os seus 1o DIAAMARELO

E exposição das cenas que foram ambientadas no Rio Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
de Janeiro. O Francis aproveita pra também mandar lembranças
Questão 29 A todo o pessoal, adeus
MEU CARO amigo. Intérprete: Chico Buarque. Compositores: Chico Buarque e Francis Hime.
In: MEUS CAROS amigos. 1976. 1 disco vinil, lado B, faixa 5 (4 min). (adaptado)
Eu saboreava o pudim que o Caçula só ciscava. A importação de elementos de outro gênero textual confere
Minha mãe também escondia um punhado de tâmaras e à letra da canção um(a)
amêndoas atrás dos bichos de madeira. Eu comia antes A estrutura versificada para enfatizar as problemáticas
de dormir, ela não tocava em nada, deixava tudo para mim, sociais.
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queria me ver saudável, fortudo como um cavalo. B atenuação da linguagem emotiva típica da estrutura
Halim nunca quis ter mais que o necessário para epistolar.
comer, e comer bem. Não se azucrinava com as goteiras C reforço ao aspecto da confidência entre enunciador e
nem com os morcegos que, aninhados no forro, sob interlocutor.
as telhas quebradas, faziam voos rasantes nas muitas D seleção vocabular que descreve os diferentes tipos de
noites sem luz. Noites de blecaute no norte, enquanto a controle midiático.
nova capital do país estava sendo inaugurada. A euforia, E caráter coletivo das reivindicações em determinado
que vinha de um Brasil tão distante, chegava a Manaus contexto sociopolítico.
2023
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TEXTO I Dizia‑se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu
tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos
Jeane Terra
de que usam vesti‑la os noveleiros.
Aurélia era órfã; e tinha em sua companhia uma velha
parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a
acompanhava na sociedade.
Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda,
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para condescender com os escrúpulos da sociedade
brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda
certa emancipação feminina.
Guardando com a viúva as deferências devidas à idade,
a moça não declinava um instante do firme propósito de
governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse.
ALENCAR, José de. Senhora.
Disponível em: http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/senhora.pdf.
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Acesso em: 14 abr. 2023.
No texto, o narrador tece comentários a respeito da

participação feminina no Brasil do século XIX. O ponto
TEXTO II de vista apresentado critica uma visão de sociedade na
“[…] quis me voltar para o Sertão, e conhecer as cidades qual a mulher
inundadas para a construção da barragem Sobradinho e A relaciona sua liberdade à figura de uma mulher mais
da usina Luiz Gonzaga, em 1970, quando aquela região do velha.
Sertão virou “mar”. Pelo menos 100 mil pessoas tiveram B condiciona seu bem‑estar ao papel de liderança do
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que deixar sua terra natal e se deslocaram para as novas ambiente familiar.
demarcações urbanas, levando apenas seus pertences e, C precisa acompanhar os avanços socioeconômicos para
em alguns casos, partes das construções de suas casas. garantir seu espaço.
Fiquei atravessada pela ideia de ruptura. A perda é D alcança maiores liberdades por meio do questionamento
muito violenta. Cheguei a chorar muitas vezes ouvindo das normas sociais.
os relatos. Algumas pessoas enlouqueceram, outras E enfrenta necessidade de validação independentemente
não acreditaram e foram retiradas abruptamente. […] da autonomia que possua.
Transformar essa perda, essa dor, visualmente, foi um Questão 33
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grande desafio para mim.
Carlos Ruas
[…] Nesse primeiro trabalho, coloco a imagem da Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Rosário, do século 19, e o
marco maior da fé da população de Remanso. Utilizo uma
imagem antiga, do registro feito no exato momento em
que a água invadia a cidade e inundava tudo. A escultura
contém água do rio São Francisco.”
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Disponível em: https://dasartes.com.br. Acesso em: 24 jun. 2023.
De autoria da artista brasileira Jeane Terra, a obra ilustrada

pela imagem e mencionada no texto, ao retratar a perda
vivenciada pela população de uma cidade baiana, chama
atenção para o(a)
A possibilidade de aplicação da arte como meio de
reparação de sofrimentos.
B valor da estrutura espacial na construção cultural e Nessa tirinha, as linguagens verbal e não verbal têm a
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identitária de um povo. finalidade principal de

C importância da arte fotográfica para conservação das A abordar a postura de rejeição a fatos comprovados.
memórias individuais. B reconhecer argumentos empiricamente embasados.
D risco de autodestruição gerado pela interferência C evidenciar a importância do respeito às divergências.
humana na biodiversidade. D provocar reflexões sobre a interpretação matemática.
E resistência de um povo que transformou escombros em E enaltecer a capacidade humana de rever pontos de
objetos artísticos. vista.
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Questão 34 Hoje, muita gente simplesmente rejeita a grande mídia
e se informa exclusivamente por redes sociais e veículos
Ellen Valias – jogadora de basquete, ativista gorda e que não têm compromisso com a pluralidade. Com isso,
fundadora da página “Atleta de Peso” – é atleta desde a proliferam bolhas incomunicáveis que vivem realidades
infância e relembra a violência da exclusão que vivia. “Em paralelas, impermeáveis ao contraditório.
toda aula de educação física, eu ouvia: ‘Coloca a gorda KORMANN, Alessandra. Bolhas na internet criam realidades paralelas e impermeáveis. Folha
no gol para ter menos espaço’. Ou então: ‘Ah, é futebol? de S.Paulo, 16 out. 2021. Disponível em: https://f5.folha.uol.com.br. Acesso em: 14 abr. 2023.
Então você é a bola’. Ninguém escolhe a criança gorda. Sobre a existência das chamadas “bolhas” nas redes
Então, ela cresce e se torna um adulto que acredita não sociais, o texto destaca como impacto a
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gostar de atividade física. Por isso, a gente precisa dizer
para as crianças gordas que o corpo delas é capaz e que A busca individual por validação e pertencimento a um
o esporte é um direito”, afirma Ellen. […] grupo.
Vanessa, praticante de ioga, reitera que a pessoa gorda B proliferação de perfis que viabilizam a polarização de
carrega um estigma de ser preguiçosa, de não ser capaz de opiniões.
fazer as coisas. “E essa visão começa dentro da faculdade C ampliação do distanciamento comunicativo em espaços
de Educação Física, que considera o corpo gordo doente digitais.
apenas por ele existir. Isso não é verdade. Enquanto D falta de consenso sobre a qualidade dos meios de
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a gente se basear no IMC (índice de massa corporal), comunicação.
um índice criado em 1832, para definir o que é ou não E ausência de pluralidade em meios de comunicação da
saudável, a gente não vai acabar com o preconceito e a grande mídia.
exclusão de pessoas gordas, principalmente do ambiente
esportivo”. […] Questão 36
Ellen e Vanessa dedicam, atualmente, seus dias ao
Concebido e editado pela filósofa francesa Barbara
esporte e à militância. Elas querem mostrar a todas as
Cassin, o Dicionário dos intraduzíveis, publicado na França
pessoas que, independentemente de como são seus
em 2004, logo se tornou uma empreitada internacional.
corpos, elas podem jogar basquete, praticar ioga e viver
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[…]
como bem quiserem. A militância vem em forma de crítica,
manifesto e conscientização: corpos gordos tudo podem e Os verbetes do Dicionário não são lexicográficos: eles
de tudo são capazes. discutem e questionam a possibilidade de traduzir termos
Disponível em: https://www.uol.com.br. Acesso em: 10 maio 2023. (adaptado) centrais para diferentes tradições filosóficas, bem como
estruturas sintáticas de uma língua para outras. […]
A reflexão trazida pelo texto critica principalmente a
[…] no verbete sobre as línguas brasileiras, Bruna
A prática da exclusão de jovens em aulas de educação
Franchetto declara, de saída, que não se trata de falar da
física. língua portuguesa (ela mesma uma importação europeia),
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B falta de estímulos para crianças se desenvolverem mas sim das línguas ameríndias. Gesto ousado, que tem
fisicamente. a vantagem de declarar, desde o início, o viés da rica
C ausência de métodos confiáveis para verificar a saúde e erudita investigação levada a cabo por uma linguista
do corpo. de reputação consolidada. Pretende, com isso, mostrar
D visão de que há um corpo ideal para a prática de como certa reflexão filosófica é elaborada nas categorias
atividade física. mesmas que constituem algumas línguas ameríndias.
E ideia de que corpos gordos estão aptos a atividades Ao mesmo tempo que nos enreda pelas sinuosas vias
específicas. de línguas que são pouco conhecidas pelo grande público
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brasileiro, Franchetto chama a atenção para certa filosofia 1o DIAAMARELO

Questão 35 que nunca se definiu como tal, porque suas palavras
não vieram da Grécia nem de Roma, mas sim de outra
Você só segue pessoas que admira? Os seus amigos
história: a dos habitantes do continente americano, antes
concordam com você na maioria dos assuntos? Só vê nas
das invasões europeias e independentemente, até certo
suas redes mensagens que reforçam o que você pensa?
Se respondeu positivamente à maioria das perguntas, sim, ponto, delas.
PIMENTA, Pedro Paulo. Minha pátria, minha língua. Quatro cinco um, 1 mar. 2019.
você está numa bolha. Disponível em: https://www.quatrocincoum.com.br. Acesso em: 25 jun. 2023.
E você não está sozinho. É muito mais confortável Ao destacar a abordagem da linguista acerca das línguas
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estar cercado por pessoas com quem a gente tem indígenas e brasileiras, o texto evidencia a
afinidade. Buscar isso é uma tendência humana que os A influência semântica do português.
algoritmos só reforçam. A questão é que antigamente todo
B pluralidade linguística e cultural do país.
mundo acabava entrando em contato com outros pontos
de vista por causa dos meios de comunicação, a arena C validação de novos idiomas oficiais no país.
pública onde, bem ou mal, havia debate e se estabeleciam D integração semântica e cultural dos ameríndios.
consensos na sociedade. E predominância filosófica e cultural da antiguidade.
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Em nova campanha, Teto chama a atenção para a Tecnologia pode revolucionar a previsão do
realidade das favelas mais precárias do país tempo
O Teto trabalha pela defesa dos direitos de pessoas que Uma empresa de meteorologia lançou recentemente
vivem em favelas precárias, diminuindo sua vulnerabilidade o satélite Tomorrow R‑1 através do Falcon 9, da Space
por meio do engajamento comunitário e mobilização de X. Trata‑se do primeiro satélite de radar meteorológico
jovens voluntários. A ONG utiliza a campanha: “Conheça construído de forma comercial.
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outra realidade bem perto de você”, que busca evidenciar O que você precisa saber
a realidade de pobreza e privação de direitos vivida por
• O Tomorrow‑R1 se diferencia de outros satélites
essas pessoas.
por usar um software próprio da empresa,
A campanha convida a sociedade a conhecer favelas enquanto a maioria dos satélites pertence a
do Brasil que possuem o mesmo nome de bairros, cidades agências governamentais;
e até países turisticamente famosos. Embora os nomes
sejam os mesmos, a realidade vivida pelos moradores de • Outro diferencial do satélite é que ele fornecerá
São Francisco (SP), Beverly Hills (SP) e Malvinas (SP) é dados muito mais amplos sobre clima;
• Nos próximos anos, a empresa pretende lançar
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totalmente oposta à vivida nesses pontos turísticos.
“Por que ninguém ouve falar na São Francisco e na mais duas dúzias desse mesmo tipo de satélite;
Beverly Hills da zona leste de São Paulo? Por que essas • Conforme relata a CNBC, o satélite, além de
e outras 100 comunidades onde trabalhamos nesses prever o tempo, é capaz de ajudar as empresas a
últimos 10 anos parecem não existir? Elas são invisíveis se planejarem para um clima severo.
ou nós não queremos enxergá‑las? Estamos falando de De acordo com Shimon Elkabetz, CEO e cofundador
milhares de pessoas vivendo em moradias precárias, sem da empresa, a variedade de informações coletadas pelo
saneamento, sem água potável, sem acesso a serviços satélite formam um conjunto de “clima das coisas”. O
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básicos. Pessoas que lutam diariamente por seus direitos, executivo afirma que o novo satélite significará uma
sobrevivendo com uma renda de R$ 154,00 por mês. revolução para a previsão do tempo: “Vamos criar uma
Nossa campanha é mais do que um convite para conhecer revolução significativa quando se trata de previsão do
essas comunidades, é uma passagem voluntária para o tempo e modelagem climática, e seremos capazes de
lado da transformação social”, afirma a Diretora Executiva ajudar o Centro Nacional de Furacões a ter uma melhor
da organização, Carolina Mattar. previsão de furacões. Poderemos ajudar as seguradoras
EM NOVA campanha, Teto chama a atenção para a realidade das favelas mais precárias
do país. Jusbrasil. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/. Acesso em: 19 jun. 2023.
a trabalhar com agricultores na Índia e no Brasil, além de
(adaptado) ajudar as companhias aéreas a voar do JFK para Londres
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Nessa matéria, a apresentação de um dado econômico é em uma rota muito mais segura e gastando menos
uma estratégia argumentativa que visa sensibilizar o leitor combustível”.
porque Ele também revelou que a empresa pretende lançar
A descreve a precariedade de uma região, realçando a mais de duas dúzias de seus próprios satélites nos
falta de oportunidades. próximos dois anos. Com isso, será possível criar uma
B compara as realidades dos locais citados, criando “constelação” de sistemas de monitoramento climático que
prioridades de ação diferentes. terão a capacidade de coletar amostras de todos os pontos
C evidencia a finalidade da organização, indicando meios da Terra.
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de combate à escassez monetária. SCHENDES, William. Tecnologia pode revolucionar a previsão do tempo. Olhar Digital,
16 maio 2023. Disponível em: https://olhardigital.com.br. Acesso em: 16 maio 2023. (adaptado)
D destaca as dificuldades financeiras, exemplificando
O principal aspecto inovador da nova tecnologia
uma das realidades vivenciadas.
mencionada no texto é o(a)
E indica necessidades secundárias, mostrando a
A construção de um satélite de alcance amplo e de
importância da geração de renda.
caráter comercial.
B auxílio meteorológico personalizado para empresas
afetadas pelo clima.
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C aumento da autonomia de grupos comerciais nas

previsões climáticas.
D lançamento de satélite em série para obtenção de
informações meteorológicas.
E maneira revolucionária de compartilhar dados
climáticos que impactam a agricultura.
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Questão 39
minsaude Hoje é o Dia Internacional de Sensibilização

Contato pele a pele precoce do Método Canguru.
e prolongado com os pais:
o que estamos fazendo
para a sua garantia? O Método Canguru acolhe e traz atenção humanizada
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ao recém‑nascido de baixo peso e é muito utilizado
Modelo de atenção adotado no Brasil
no #SUS.
para o cuidado neonatal
Contato pele a pele precoce e pelo maior
tempo possível;
A prática consiste na promoção do contato pele a
Acolhimento ao RN, seus pais e família; pele do bebê prematuro com sua mãe e seu pai. Com
Cuidados individualizados com enfoque ele, é possível diminuir em até 10 dias o período de
na posturação e controle da dor;
Apoio à amamentação; internação hospitalar dos prematuros, principalmente
Cuidados com o ambiente; por reduzir taxas de infecções e favorecer a produção
Cuidados com os profissionais.
de leite materno.
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MINISTÉRIO da Saúde. Disponível em: https://www.instagram.com. Acesso em: 15 maio 2023. (adaptado)
Pela análise do conteúdo, constata‑se que esse post tem como função social
A impedir práticas inadequadas em relação ao bebê.
B alertar sobre os riscos de infecções para os recém‑nascidos.
C instruir a população sobre as mudanças no tratamento neonatal.
D conscientizar a população sobre a importância da amamentação.
E divulgar informações relacionadas a um procedimento hospitalar.
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Questão 40
Ouço falar de escritores atemorizados, assombrados com sua própria morte. Escritores que não temem o lento
definhar do corpo, não temem o desfalecer da mente num sono fatal, nem se prestam a antecipar esse vazio, essa
escuridão. O que temem é um fim menor, é a morte de sua função. Sofrem com a ameaça cada vez mais concreta de que
máquinas passem a realizar seu trabalho, ponham‑se a escrever romances, poemas, crônicas, ensaios filosóficos. […]
De minha parte, se me permitem, prefiro permanecer desassombrado – a morte literal ainda me parece um terror
mais palpável. Não que eu seja um cético, não duvido da capacidade robótica de nos abismar, confio que em pouco
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tempo computadores comporão obras consideráveis, e em muito tempo podem chegar a portentos literários, verdadeiros
tours de force. Mas desconfio é dos humanos. Desconfio que não queiramos ler livros escritos sem suor e intenção,
redigidos por seres insensíveis aos atritos da arte e suas desrazões, por seres indiferentes à história humana, seu
prazer, sua dor. Precisão, princípio, rigor, lógica, razão. Tudo isso que nos acostumamos a prezar em Literatura e Arte
é quase certo que o cérebro eletrônico saberá dominar.
Acontece que há muito não desejamos livros perfeitos – e grande parte da história da Literatura pode ser contada
como uma busca obstinada da imperfeição, uma recusa a toda apreciação firme que brevemente se estabeleça. […]
Um escritor sabe que não lhe basta seguir diretrizes prévias, cumprir o que dele se espera. Um escritor se deixa reger,
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na maioria das vezes, por aquilo que mais detesta, por sua incerteza, sua intuição, seu sentimento, por tudo o que a 1o DIAAMARELO
máquina jamais poderá absorver – tudo o que ela pode no máximo simular, inutilmente. Tenho essa suspeita: a futura
perfeição da máquina é que será sua maior fraqueza. […]
P.S.: Esta crônica foi escrita por um programa eletrônico de produção textual. Não, mentira, não foi. Até pedi ao Chat
GPT que escrevesse uma crônica com a mesma proposta, mas preferi publicar a minha.
FUKS, Julián. A nova morte do autor, substituído agora pelo cérebro eletrônico. ECOA UOL, 13 maio 2023. Disponível em: https://www.uol.com.br. Acesso em: 25 jun. 2023. (adaptado)
No texto, os procedimentos argumentativos utilizados pelo autor, incluindo a inserção de um pós‑escrito, concorrem
para o objetivo de
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A questionar a possibilidade de as máquinas assumirem tarefas humanas.

B comprovar que as máquinas são falhas em criar bons textos literários.
C caracterizar a escrita enquanto uma prática que propõe previsibilidade.
D reconhecer a legitimidade do assombro literário sentido pelos autores.
E fortalecer a ideia de que os leitores não buscam exatidão nas obras.
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Questão 41
diz que altamiro carrilho
é capaz de ser seu filho
dela com um europeu
diz que é baudelaire dobrado

que aleijou um soldado
só com um pio que ela deu.
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CÉSAR, Chico. Zabé da Loca. Francisco, forró e frevo. Chita Discos/ EMI, 2008. 1 CD.
Na canção, ao fazer uma homenagem a uma artista popular

nordestina, o compositor ancora‑se linguisticamente no(a)
A uso de uma variante regional.
SANZIO, Rafael. La donna velata. LICHTENSTEIN, Roy. Marilyn Monroe.
Disponível em: https://en.wikipedia.org. Disponível em: https://www.mutualart.com/. B predomínio de neologismos locais.
Acesso em: 13 jun. 2023. Acesso em: 13 jun. 2023.
C simulação enfática da norma culta.
As obras, pertencentes ao Renascimento (século XVI) e ao
D comparação a ícones da música erudita.
movimento Pop Art (século XX), respectivamente, abordam
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estéticas do corpo feminino em diferentes períodos. E referência à força das mulheres nordestinas.
Com base nessa perspectiva, a representação do corpo Questão 43
feminino nos séculos retratados está fundamentada no(a)
A ideal de comportamento e de estética daqueles Há um senso comum, por assim dizer, elaborado pelas
períodos. gerações anteriores à geração Z (pela geração silenciosa,
B entendimento de que as mulheres possuem corpos pelos boomers e mesmo pelos millennials) de que há um
distintos. antagonismo entre “real” e “virtual”, como se o virtual não
C sobreposição das vontades individuais no tratamento pudesse integrar de forma orgânica a vida cotidiana. […]
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do corpo. Esse embate que leva a minimizar o papel do TikTok,
D desenvolvimento de novas técnicas artísticas de cada reduzindo‑o a dancinhas e tendências, é muito mais cultural
movimento. do que de ordem prática. De fato, qualquer indivíduo
E aperfeiçoamento de perspectivas sociais ligadas à que esteja vivendo hoje num grande centro urbano terá,
noção de beleza. independentemente da geração à qual pertença, boa parte
de suas experiências mediadas pelo digital. Mesmo que
Questão 42 haja resistência à tecnologia, basicamente todas as relações
dona zabé da loca produtivas e de consumo dependem do digital atualmente.
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é uma véia bem lôca Recusar as mídias digitais nestas décadas iniciais do século
que toca pife muderno XXI seria tão inócuo quanto recusar o uso doméstico da
na caverna do sertão energia elétrica nos anos iniciais do século XX. […] Em suma,
resistir à pervasividade do digital é obsoleto e sem sentido.
dizem que é mesmo que tá vendo jimi hendrix E o TikTok só pode ser entendido a partir do digital como
que aparece assim como se fosse a estrela fênix sendo algo pervasivo, isto é, como algo que se infiltra, que
perpassa diferentes aspectos e esferas do cotidiano. Desse
diz que na universidade modo, não há, como se pensava no final do século XX,
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endoidou a mocidade qualquer antagonismo entre real e virtual, mas uma relação
com o pife de zabé de continuidade e complementaridade. O que acontece no
virtual é parte da rotina, sem rupturas, e a vida se estende
que até nos estados unidos para o virtual em múltiplas práticas.
tão limpando os ouvidos DANTAS, Carolina. O TikTok e o futuro da criação de conteúdos na web. Continente, 1 ago. 2022.
pra ouvir o som da mulher Disponível em: https://revistacontinente.com.br. Acesso em: 10 abr. 2023.
Nesse artigo que aborda uma rede social, a estratégia

diz que é altos empenos argumentativa da autora busca, principalmente,
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que tem perfume e veneno A investigar os efeitos da virtualização de experiências reais.

no piado que pia a loca
B ilustrar os impactos provocados pela evolução tecnológica.
que as abelhas dão cria C singularizar as diferenças geracionais no uso da tecnologia.
de um mel que antes não havia D analisar o aspecto da aproximação entre o virtual e o real.
mas só dá se zabé toca E avaliar as formas de mediação de experiências reais no
[…] digital.
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Questão 44 O Museu da Vida, instituição vinculada à Fiocruz,
é um dos museus desse consórcio. O museu tem
Este Caravaggio está muito vivo um histórico de relacionamento com seu território,
Uma companhia de teatro italiana recria obras do predominantemente caracterizado por grandes complexos
artista por meio dos “tableaux vivants” de favelas e comunidades socialmente vulnerabilizadas.
O tableau vivant é uma técnica artística em que um Das instituições mapeadas, é a que tem o público que
grupo de atores ou modelos recria quadros. No século mais se aproxima da distribuição demográfica da própria
XIX, eram exibidos em teatros e, com o passar do cidade. Em um estudo recente, mapeou sua área de
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tempo, chegaram também aos campos da fotografia, do influência, com o qual estabelece relações no espaço,
cinema, da televisão e até da videoarte. Agora também os tempo e memória, além do diálogo com grupos sociais.
encontramos no YouTube e nas redes sociais. A pesquisa foi realizada nas regiões de onde vem a ampla
maioria do público de visitação espontânea do museu,
Um vídeo que inclui parte da encenação da companhia
onde habitam cerca de 56% da população da cidade.
italiana Ludovica Carambelli Teatro reproduzindo obras de
A região engloba bairros com os seis menores IDHs e inclui
Caravaggio, La Conversione di un Cavallo (a conversão de
os cinco dos maiores complexos de favelas da cidade.
um cavalo, em tradução livre), viralizou tanto no Facebook
A pesquisa revelou que, para o público avaliado, a visita
quanto no Twitter. “Usamos uma linguagem universal, sem
ao museu proporcionou ganho significativo em uma série
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palavras, e a proposta espalha paz e harmonia, por isso
de dimensões da relação com a ciência: percepção de
faz sentido ter se conectado com tantos usuários”, disse
compreensão e conhecimento; interesse e curiosidade, e
Dora De Maio, diretora da companhia de teatro.
LLANOS MARTÍNEZ, Héctor. Este Caravaggio está muito vivo. El País, 31 out. 2018.
participação em atividades e eventos relacionados à ciência
Disponível em: https://brasil.elpais.com/ . Acesso em: 21 jun. 2023. e tecnologia. Esse ganho se mantém nessa população,
A reportagem indica que a prática artística mencionada é que é predominantemente vulnerável socialmente, e tem
caracterizada principalmente pela continuidade também independentemente da escolaridade
e da faixa de renda. A pesquisa mostrou ainda que essa
A recuperação de temas clássicos da produção artística.
população é mais capaz de discernir informações falsas
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B afirmação da arte como processo terapêutico.
sobre ciência. Esses ganhos aumentam quanto maior
C transposição midiática do objeto artístico. o número de visitas ao museu. Por outro lado, quase
D exaltação de manifestações não verbais. metade da população nunca tinha ouvido falar do museu,
E modernização de obras consagradas. ou seja, uma boa parte das pessoas que vivem próximas
da instituição não sabe da sua existência.
Questão 45
MENEZES, Débora Teixeira; BEVILAQUA, Diego Vaz; SILVA, Douglas Falcão. O desafio da
inclusão social nos museus de ciências. Ciência Hoje, jan./fev. 2013.
No Rio de Janeiro, um consórcio de museus, o Disponível em: https://cienciahoje.org.br. Acesso em: 6 maio 2023. (adaptado)
Observatório de Centros e Museus de Ciência e Tecnologia, Pelas características do texto lido, considera‑se que ele
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vem realizando, desde 2005, pesquisas para estabelecer se enquadra principalmente no gênero
o perfil do público que visita esses estabelecimentos. O A notícia, pois evidencia um fato cotidiano de interesse
resultado, que corrobora outras pesquisas, mostra que, geral.
apesar dos esforços dessas instituições, o público que as
B reportagem opinativa, pois foca a exposição de uma
frequenta ainda é predominantemente branco, com renda
tese específica.
acima da média e com formação de ensino superior.
C relatório de pesquisa, pois apresenta dados sobre
Perfil da população × público dos museus perfis demográficos.
na cidade do Rio de Janeiro
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D ensaio acadêmico, pois expõe uma temática por meio 1o DIAAMARELO

Perfil dos frequentadores de museus na cidade do Rio de Janeiro; de uma linguagem técnica.
Fonte: Mano et al. (2017).
E artigo de divulgação científica, pois informa resultados
56%
Brancos Ensino Superior
51% ou +
Renda 10 SM de pesquisa para o público em geral.
67% incompleto ou +
Perfil da população da cidade do Rio de Janeiro

Fonte: IBGE (2010).
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4% 14%
47% Brancos Ensino Superior Renda 10 SM

incompleto ou + ou +
CRÉDITO: MUSEUS DE CIÊNCIAS E SEUS VISITANTES – ESTUDO LONGITUDINAL 2005 –

2009 – 2013. RIO DE JANEIRO: COC, FIOCRUZ, 2017 E IBGE. CENSO DEMOGRÁFICO
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INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
4.2 fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
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4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I TEXTO III
Por que é importante preservar o
Patrimônio Cultural Brasileiro?
Preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro não é
apenas acumular conhecimento sobre o passado. É,
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fundamentalmente, planejar o futuro. O que se preserva
hoje é aquilo o que nossos filhos e netos conhecerão
amanhã. Os monumentos, as cidades históricas, as
paisagens, as festas e as tradições são importantes
heranças, porque compõem a identidade cultural e
histórica, base sobre a qual se constrói uma Nação.
IPHAN. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 19 abr. 2023.
TEXTO II
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Sabemos que a História é uma construção social,
os públicos.
por isso a consciência da história e a memória são parte do evita o desp
erdício de recurs
cuida
dessa construção, pois permite fixar informações ao longo Patrimônio bem
Disponível em: https://macae.rj.gov.br. Acesso em: 19 abr. 2023.
do tempo e dá identidade ao ser humano. Nesse aspecto,
a memória permite um envolvimento que estimula o TEXTO IV
sentimento e alimenta a necessidade de o ser humano A luta contra o tráfico ilícito de bens culturais é um
saber sobre si, sobre seu passado, sobre seu presente, desafio permanente, principalmente porque os bens
sobre suas conquistas. Por isso a memória pode ser móveis são alvo de furtos, roubos e da ação de quadrilhas
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definida como um combustível da história humana. [...] internacionais que atuam no Brasil. Muitos objetos com
O termo patrimônio histórico cultural diz respeito a valor histórico, obras de arte, manuscritos, livros antigos ou
tudo aquilo que é produzido, material ou imaterialmente, raros podem ter valor excepcional para a cultura brasileira.
pelo ser humano e que definimos como cultura de uma Neste campo, o Iphan utiliza o Banco de Dados de Bens
sociedade. De acordo com sua importância, em geral, Culturais Procurados, para divulgar os bens procurados,
deve ser preservado por representar uma riqueza cultural e recebe a colaboração da Polícia Federal (PF), da
para a comunidade e para a humanidade. O patrimônio International Criminal Police Organization (Interpol) e da
é a herança de um povo, que garante a preservação Receita Federal. Quando um bem cultural móvel tombado
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é furtado ou roubado ele passa a integrar a Lista de Bens 1o DIAAMARELO

de sua memória e da cultura, conferindo‑lhe identidade
e alteridade. São bens potencialmente incorporáveis à Culturais Procurados, para que seja possível identificar
memória local, regional e nacional, compondo parte da e recuperar esse patrimônio e devolvê‑lo ao seu local
herança cultural legada pelas gerações passadas às de origem. Os colecionadores e compradores de objetos
gerações futuras. Por isso a valorização do patrimônio antigos devem consultar, regularmente, o Banco de Dados
histórico cultural é a valorização da identidade que molda para evitar o envolvimento em crime de receptação do
as pessoas. Patrimônio Cultural Brasileiro, roubado, furtado ou obtido
RODRIGUES, Robson Antônio; COÊLHO, Jane Pessoa. O patrimônio histórico‑cultural e sua por tráfico internacional de obras de artes.
importância para a sociedade. Disponível em: https://www.femcultura.ac.gov.br.
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Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 19 abr. 2023.

Acesso em: 19 abr. 2023.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A
importância da preservação do patrimônio cultural para a sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÃO 48
ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023 ENEM2023
Questões de 46 a 90
A Islândia é um dos únicos lugares do mundo onde um
QUESTÃO 46 limite de placa divergente é exposto na superfície da Terra
e é uma das regiões vulcânicas mais ativas do planeta.
Além de conceberem a economia digital, as Novas O hotspot logo abaixo do país é a causa da alta atividade
Tecnologias da Comunicação e Informação – por vulcânica, e alguns cientistas acreditam que também pode
exemplo, a inteligência artificial, a robótica e a gestão ter contribuído para o rompimento do supercontinente
algorítmica – também ressignificaram hábitos e Pangeia e a subsequente formação do Oceano Atlântico
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comportamentos humanos, instituindo novos espaços, Norte. Rochas ígneas que surgiram deste hotspot foram
novas demandas, novas necessidades e regras de encontradas em ambos os lados da Dorsal Meso-Atlântica,
sociabilidade, bem como inovaram na educação, na que se originou há aproximadamente 57 milhões de anos.
comunicação, nas relações sociais e, sobretudo, nos Disponível em: https://igeologico.com.br. Acesso em: 28 jun. 2023. (adaptado)
processos produtivos e no trabalho, extinguindo (ou quase)
Qual processo geológico é gerado por essa atividade
algumas formas de labor e inaugurando outras.
vulcânica?
ALMEIDA, Hugo. Prefácio. A digitalização do mundo do trabalho: os desafios no âmbito
jurídico, ético e da saúde do trabalhador em tempos de Covid-19. VII Seminário Brasileiro  Rifteamento da crosta terrestre.
sobre o pensamento de Jacques Ellul. (adaptado)
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 Subducção de limites oceânicos.
No contexto contemporâneo, a utilização cotidiana das
 Convergência de placas tectônicas.
ferramentas citadas tem como consequência a
 Consolidação dos escudos cristalinos.
 dispensabilidade da criatividade humana.
 Metamorfismo de dobramentos modernos.
 universalização dos saberes técnicos.
 automação de tarefas padronizáveis. QUESTÃO 49
 flexibilidade das metas trabalhistas.
TEXTO I
 retração da economia informal.
Esse crescimento no número de alunos de EaD no
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QUESTÃO 47 ensino superior tem forte poder de transformação social,
pois envolve pessoas que, de maneira geral, trabalham e
O período de 1965 a 1973 tornou cada vez mais sustentam suas famílias e que dificilmente poderiam cursar
evidente a incapacidade do fordismo de conter as o ensino superior presencial. Além disso, por alcançar
contradições inerentes ao capitalismo, devido à rigidez dos com maior facilidade diferentes lugares do país, oferece a
investimentos e dos mercados. No espaço social criado oportunidade de qualificação para uma população que vive
por todas essas oscilações e incertezas, uma série de em cidades menores, o que por si só é muito importante,
novas experiências nos domínios da organização industrial pois favorece um desenvolvimento mais homogêneo do país.
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e da vida social e política começaram a tomar forma e a BIELSCHOWSKY, C. E. Qualidade na educação superior a distância no Brasil: onde estamos,
confrontar diretamente a rigidez do fordismo. para onde vamos? EAD em Foco, v. 8, n. 1, 2018.
CORREIA, S. O modo de produção capitalista: o exemplo do trabalho feminino. Formação TEXTO II

(On-line), v. 2, n. 14, 2007. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br.
Acesso em: 5 jun. 2023. (adaptado) As discussões sobre a EaD no ensino superior, para
O modelo de produção referido no texto contradiz os além das especificidades e singularidades intrínsecas a
princípios liberais do sistema econômico capitalista ao ela, vêm acompanhadas, quase sempre, do que seriam
 padronizar os espaços produtivos. possibilidades e restrições de seu uso. É frequente
 fortalecer as mobilizações sindicais. questionar, por exemplo, que especialidades ou campos
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da formação poderiam se prestar, mais ou menos, à sua 1o DIAAMARELO

 negociar os produtos a baixos preços.
organização. Vemos surgir assim “feudos”, em que se
 desconsiderar a lei da oferta e procura. convenciona trabalhar, ou não, com a EaD, isso como
 possibilitar a concentração de riquezas. forma/modo de se conservar a qualidade na formação.
ALONSO, K. M. A expansão do ensino superior no Brasil e a EaD: dinâmicas e lugares.
Educação & Sociedade, v. 31, p. 1319-1335, 2010. (adaptado)
Os pontos de vista expressos nos textos divergem quanto

à difusão da Educação a Distância ao caracterizarem essa
modalidade de ensino, respectivamente, pelos seguintes
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aspectos:
 Integração digital e precariedade técnica.
 Flexibilidade pedagógica e despreparo docente.
 Financiamento público e pragmatismo corporativo.
 Aprendizagem coletiva e personalização curricular.
 Democratização instrucional e abrangência limitada.
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QUESTÃO 50 A respeito da personalidade histórica mencionada,
as narrativas expostas no texto tomam como base,
Uma balsa desliza pelas águas de um rio na Amazônia respectivamente, as perspectivas de:
carregando, para dentro da floresta, uma escavadeira
hidráulica que pesa pelo menos 15 toneladas. Em outra  Traição e vitimização.
situação, uma frota de pás carregadeiras abre caminho  Civilidade e barbaridade.
em meio à mata densa enquanto, no céu, um helicóptero  Sacralidade e aculturação.
parece escoltar o deslocamento ilegal das máquinas.  Apagamento e repugnância.
Comuns em canteiros de obras da construção civil, onde
 Culpabilização e reconhecimento.
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facilitam o trabalho pesado de revirar a terra com seu
braço mecânico articulado, escavadeiras hidráulicas e pás QUESTÃO 53
carregadeiras se tornaram aliadas de primeira hora dos
que avançam sobre a Amazônia. A imprensa trouxe consigo não apenas um novo grupo
Disponível em: https://reporterbrasil.org.br. Acesso em: 8 jun. 2023. (adaptado)
social de editores, mas também aliou ocupações tais
O uso do maquinário de construção na região mencionada como a de revisor e bibliotecário. A eles se juntaram, nos
tende a intensificar diretamente o seguinte problema
séculos XVII e XVIII, na execução da tarefa de administrar
ambiental local:
materiais impressos, indexadores, catalogadores
 Infiltração das águas pluviais. profissionais ou semiprofissionais e compiladores de
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 Assoreamento de cursos fluviais. enciclopédias. Ainda era possível para um indivíduo
 Ocorrência de queimadas naturais. compilar uma enciclopédia, todavia, a nova tendência era
 Biopirataria de espécies endêmicas. trabalhar em equipe.
 Concentração de defensivos agrícolas. BURKE, P. Problemas causados por Gutenberg: a explosão da informação nos primórdios da
Europa Moderna. Estudos Avançados, São Paulo, v. 16, n. 44, abr. 2002. (adaptado)
QUESTÃO 51 Ao se referir aos impactos da invenção da imprensa
Grande parte da energia eólica utilizada no futuro será, durante a Era Moderna, o texto destaca que essa inovação
na verdade, colhida em nossos quintais. O problema é tecnológica promoveu uma
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que, nessas áreas, as regulamentações em matéria de  eliminação dos ofícios braçais.
emissões de ruído são frequentemente muito restritivas.  modificação nos registros orais.
Considerando isso, um projeto de pesquisa europeu visa
introduzir melhorias técnicas nas turbinas eólicas, que  popularização da cultura letrada.
terão que ser muito mais silenciosas no futuro do que são  reestruturação no campo laboral.
atualmente. Uma das maneiras de lidar com problemas de  retificação dos acordos ortográficos.
ruído hoje é parar a turbina eólica em certas direções do
vento ou operá-la em modo de baixo ruído. “Alguns dos QUESTÃO 54
últimos desenvolvimentos nesse campo são as serrilhas,
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que atuam como dispositivos de controle de fluxo com foco Desde a sua formação, a ONU apresenta a problemática
na redução da emissão de ruído das pás”, explica um dos de promover a justiça e a igualdade apenas nos países com
integrantes do projeto. menor poder econômico e bélico no parâmetro mundial.
Disponível em: https://cordis.europa.eu. Acesso em: 7 jun. 2023. (tradução livre) Analistas apontam que uma das maiores problemáticas
A evolução técnica apresentada no texto pretende otimizar é o fato de os Estados Unidos figurarem como membro
a produção de energia eólica principalmente em áreas de permanente do Conselho de Segurança da ONU, órgão
 clima tropical. máximo da instituição. Com essa posição, o país tem um
 vegetação arbórea. poder muito grande de decisão na instituição, tendo esta
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 povoamento denso. que obedecer às determinações desse país e de outros 1o DIAAMARELO

 ecossistema litorâneo. detentores de tal poder.
ALMEIDA, A. et al. O poder de veto na ONU e a horizontalidade das nações.
 vulnerabilidade social. Jornal Eletrônico Faculdades Integradas Vianna Júnior, v. 12, n. 1, p. 203-222, 2020.
Disponível em: https://www.jornaleletronicofivj.com.br. Acesso em: 26 jun. 2023. (adaptado)
QUESTÃO 52
O texto critica o fato de a atuação da Organização das
Os mexicanos pós-independência geralmente Nações Unidas ter como uma de suas bases o seguinte
desprezaram e acusaram a Malinche, que se tornou aspecto:
a encarnação da traição dos valores autóctones, da  Articulação com governos de caráter totalitário.
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submissão servil à cultura e ao poder europeus. É

 Indiferença às demandas dos espaços periféricos.
verdade que a conquista do México teria sido impossível
sem ela (ou outra pessoa que desempenhasse o mesmo  Neutralidade diante das tensões políticas mundiais.
papel). Quanto a mim, vejo-a sob outra luz: ela é, para  Burocracia dos processos de mediação diplomática.
começar, o primeiro exemplo, e por isso mesmo o símbolo,  Associação a interesses de potências hegemônicas.
da mestiçagem das culturas; anuncia assim o Estado
mexicano moderno.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América. A questão do outro.
São Paulo: Martins Fontes, 1983. p. 120. (adaptado)
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QUESTÃO 55 No texto, indica-se que o município de Campinas passou
por uma dinâmica de aumento populacional decorrente da
O controle dos indivíduos, essa espécie de controle
penal punitivo dos indivíduos ao nível de suas virtualidades,  ineficiência da rede viária.
não pode ser efetuado pela própria justiça, mas por uma  reorganização do meio técnico.
série de outros poderes laterais, à margem da justiça, como  contenção do esvaziamento rural.
a polícia e toda uma rede de instituições de vigilância,  redução da especulação imobiliária.
as instituições psicológicas, psiquiátricas, criminológicas,  homogeneização da atividade produtiva.
médicas, pedagógicas para a correção. Toda essa rede de
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um poder que não é judiciário deve desempenhar uma das QUESTÃO 58
funções que a justiça se atribui neste momento: função
não mais de punir as infrações dos indivíduos, mas de Em 2014, a prefeitura de São Paulo publicou um
corrigir suas virtualidades. decreto que determinava a notificação de proprietários
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Ed. Nau, 2003. (adaptado) de imóveis que se encontravam em situação irregular.
A função fundamental da rede de poderes apresentada, O decreto estabelecia que estes proprietários teriam o prazo
conforme indicado no texto, está direcionada ao ato de de um ano para adequar suas propriedades de acordo com
 delimitar a autoridade governamental. os critérios previstos no Plano Diretor da cidade. Aqueles
que não regularizaram seus imóveis dentro desse prazo
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 penalizar os sujeitos criminosos.
foram sancionados com uma alíquota progressiva de
 fiscalizar as atividades jurídicas.
IPTU. Em cinco anos após o início da sanção, os imóveis
 disciplinar a conduta social.
que ainda estivessem irregulares seriam desapropriados,
 padronizar os direitos civis. mediante indenização aos proprietários. De acordo com o
QUESTÃO 56 especialista Renato Cymbalista, a aplicação da alíquota
progressiva de IPTU em São Paulo surtiu efeito, pois
Liberal, o telefone permitia que os participantes ainda muitos proprietários notificados passaram a alugar seus
desempenhassem o papel do sujeito. Democrático, o imóveis, antes ociosos, por preços abaixo do mercado.
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rádio transforma-os a todos igualmente em ouvintes, Disponível em: https://www.politize.com.br. Acesso em: 29 jun. 2023. (adaptado)
para entregá-los autoritariamente aos programas,
A efetivação da sanção mencionada no texto reflete a
iguais uns aos outros, das diferentes estações. Não se
tentativa política de assegurar o(a):
desenvolveu nenhum dispositivo de réplica e as emissões
privadas são submetidas ao controle. Elas limitam-se ao  Cumprimento da função social da propriedade urbana.
domínio apócrifo dos “amadores”, que ainda por cima são  Aumento da lucratividade das locações imobiliárias.
organizados de cima para baixo. No quadro da rádio oficial,  Reformulação da distribuição das terras produtivas.
porém, todo traço de espontaneidade no público é dirigido  Inalienabilidade do direito das posses individuais.
e absorvido, numa seleção profissional, por caçadores de
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 Financiamento de programas habitacionais.
talentos, competições diante do microfone e toda espécie
de programas patrocinados. QUESTÃO 59
ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos
filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985.
A proibição mundial do clorofluorcarboneto (CFC)
No texto, o aspecto democrático do rádio é criticado por – presente na estrutura de geladeiras, aparelhos de
apresentar a seguinte característica: ar-condicionado, sprays, aerossóis e solventes – por meio
 Autodeterminação política das redes de publicidade. do Protocolo de Montreal, assinado em 1987, evitou uma
 Padronização mercadológica do entretenimento. catástrofe climática grave, segundo um estudo publicado
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 Valorização descomunal da cultura popular. na revista científica Nature. Segundo a pesquisa, se os
 Subjetivização das produções artísticas. CFCs e outros produtos químicos não tivessem sido
 Degradação da racionalidade técnica. controlados pelo Protocolo de Montreal, eles aumentariam
as temperaturas globais em 2,5 °C até o final do século XXI.
QUESTÃO 57 Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 7 jul. 2023. (adaptado)
A partir da década de 1970, as regiões de Campinas, O principal argumento que levou à proibição da utilização
São José dos Campos e Baixada Santista foram da substância citada no texto foi o fato de ela
particularmente beneficiadas por um processo de  alterar as propriedades dos solos cultivados.
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desconcentração industrial da metrópole de São Paulo, que  aumentar a destruição da camada de ozônio.
impulsionou significativamente a economia e a dinâmica  acentuar a corrosão de monumentos urbanos.
urbana dessas áreas. Nesse contexto, a população
 impedir a convecção natural do ar atmosférico.
de Campinas experimentou um forte incremento como
decorrência dos fluxos migratórios, em um cenário de  diminuir a radiação solar na superfície terrestre.
consolidação da urbanização brasileira.
Disponível em: https://ihggcampinas.org. Acesso em: 27 jun. 2023.
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QUESTÃO 60 A reivindicação política apresentada no texto, ocorrida
em São Paulo, foi uma reação à
Do valor do açúcar no porto de embarque apenas
 eleição do presidente mineiro.
uma parte ínfima (não superior a 5%) correspondia a
pagamentos por serviços prestados fora do engenho no  centralização do poder federal.
transporte e armazenamento. Os engenhos mantinham  criação da legislação trabalhista.
um certo número de assalariados: homens de vários ofícios  legalização de grupos comunistas.
e supervisores do trabalho dos escravizados. Mesmo  bipolarização dos partidos políticos.
admitindo que para cada dez escravizados houvesse um
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QUESTÃO 63
empregado assalariado – 1 500 no conjunto da indústria
açucareira – e imputando um salário monetário de 15 libras Uma vez que a filosofia aristotélica rejeitava a existência
anuais cada um, chega-se à soma de 22 500 libras, que é de uma extensão material infinita, sua cosmologia
menos de 2% da renda gerada no setor açucareiro. caracterizava-se por um Universo finito. Nesse Universo
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: finito era possível identificar um centro estático, onde
Companhia das Letras, 2007. (adaptado)
Aristóteles posicionou a Terra. A concepção aristotélica do
No texto, a sociedade apresentada se caracteriza pela Cosmos era profundamente impregnada da noção de ordem.
associação entre a divisão de tarefas e a Seu Universo formava um todo, onde cada constituinte
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 otimização da logística. possuía seu lugar próprio, estabelecido conforme sua
 integração de mercados. natureza: o elemento terra, mais pesado, posicionava-se no
 alienação do consumo. centro desse Universo, enquanto os elementos mais leves,
 concentração de riquezas. água, ar e fogo, iam formando “camadas” concêntricas em
torno.
 modernização de funções.
PORTO, C. M.; PORTO, M. B. D. S. M. A evolução do pensamento cosmológico e o nascimento
da ciência moderna. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 4, p. 4601.1-4601.9, 2008.
QUESTÃO 61 (adaptado)
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No texto, a relação entre o pensamento filosófico e o
Suassuna diz que sua obra se baseia nos romances
estudo astronômico possibilitou a
e histórias populares do Nordeste. Por nosso lado,
encontramos em “A Compadecida” um parentesco com  negação das cosmogonias monoteístas.
gêneros mais antigos, que, todavia, devem ter sido de  classificação dos componentes naturais.
algum modo a origem remota daqueles que a inspiraram.  validação de postulados geométricos.
Enquadramo-la, inicialmente, na tradição das peças da  elaboração de sistemas geocêntricos.
Alta Idade Média, geralmente designadas como Milagres  comprovação das teorias platônicas.
de Nossa Senhora (do séc. XIV), em que, numa história
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mais ou menos – e às vezes muito – profana, o herói em QUESTÃO 64
dificuldades apela para Nossa Senhora, que comparece e Segundo o determinismo tecnológico, à medida que a
o salva tanto no plano espiritual como temporal. tecnologia se desenvolve e muda, as instituições no resto
OSCAR, H. Introdução, In: SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. 11. ed. Rio de Janeiro:
Livraria AGIR Editora, 1975. (adaptado) da sociedade mudam, como fazem a arte e a religião da
sociedade. Por exemplo, o computador mudou a natureza
Ao abordar a historicidade do livro de Suassuna, o texto
dos empregos e do trabalho. O telefone levou ao declínio
destaca a seguinte característica da obra:
da escrita de cartas, mas a internet mudou a natureza da
 Contestação de dogmas e estruturas eclesiásticas. comunicação interpessoal novamente, deixando registros
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 Integração entre as simbologias religiosa e regional. escritos, ao contrário do telefone.
 Subversão do fator tradicional pelo elemento popular. DUSEK, V. Filosofia da Tecnologia. São Paulo: Loyola, 2009.
 Representação de desigualdades sociais e econômicas. O texto indica que as modificações tecnológicas

 Associação entre a psicologia individual e a coletiva. provocadas pela internet têm gerado o seguinte efeito
sobre a vida social:
QUESTÃO 62
 Aproximação de sujeitos territorialmente distantes.
A elite de São Paulo defendia a constitucionalização do  Desumanização das interações sociais cotidianas.
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país, a partir dos princípios da democracia liberal. Como  Flexibilização da possibilidade de diálogo laboral.
medida transitória, exigia a nomeação de um interventor  Popularização do acesso a documentos digitais.
civil e paulista. Em fevereiro de 1932, o governo provisório  Recuperação de mecanismos de comunicação.
dispôs-se a atender às pressões contra o prolongamento
da ditadura, que vinham não só de São Paulo, como do Rio
Grande do Sul e de Minas, promulgando o Código Eleitoral.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006. (adaptado)
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QUESTÃO 65 QUESTÃO 67
Quando as chuvas se intensificam e fazem elevar o Tomemos o exemplo de As Canções Que Você Fez
nível de água dos rios Negro e Tiquié, peixes, anfíbios e Pra Mim, CD lançado em 1994, que reúne sucessos de
mosquitos entram em processo de reprodução no noroeste Roberto Carlos regravados por Maria Bethânia. O projeto
da Amazônia brasileira. De acordo com a tradição da foi desenvolvido a partir de uma ideia do diretor artístico da
etnia Tukano, bandos de pássaros caem nos rios virando PolyGram, que sugeriu à cantora gravar as canções a “seu
peixes e as rãs descem das nuvens. As trovoadas se modo”. Com a proposta aceita por Bethânia, a gravadora
metamorfoseiam nas “jararacas da casa do céu” que se encarregou de realizar quase tudo fora do Brasil. Os
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se multiplicam na região. É a inauguração de um novo arranjos de cordas foram feitos na Inglaterra e os arranjos
ciclo anual, quando os velhos conhecedores realizam de metais, em Los Angeles. Uma parte da mixagem final
benzimentos para proteger a comunidade, sobretudo aconteceu nos EUA e outra no Brasil.
FENERICK, J. A. A globalização e a indústria fonográfica na década de 1990. ArtCultura:
contra as incuráveis picadas de jararaca, para a chegada Revista de História, Cultura e Arte, v. 10, n. 16, p. 123-139, 2008. (adaptado)
dos verões. No primeiro benzimento, homens e mulheres Qual tendência contemporânea possibilitou a produção da
se preparam para irem à floresta, à procura da terra onde obra artística apresentada?
realizarão a abertura de suas roças.  Negação de simbolismos locais.
Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com. Acesso em: 27 jun. 2023. (adaptado)
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 Subversão de gêneros musicais.
No texto, o planejamento para a realização da prática  Abreviação de produtos culturais.
agrícola pela comunidade é caracterizado por uma  Recuperação de técnicas instrumentais.
associação entre
 Mundialização de operações industriais.
 determinismo e inovação.
 objetividade e cientificismo. QUESTÃO 68
 terceirização e lucratividade. Quando algumas pessoas refazem a mensagem
 sazonalidade e espiritualidade. “vidas negras importam” para “toda vida importa”, elas
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 conservadorismo e individualismo. não entendem o problema, ainda que sua mensagem
não seja falsa. É verdade que todas as vidas importam,
QUESTÃO 66 mas é igualmente verdade que nem todas as vidas são
construídas para importar. E é justamente por isso que
Entre 1870 e 1972, a Europa e a América do Norte
é mais importante nomear as vidas que não importam e
responderam por aproximadamente dois terços do que estão lutando para importar do modo que merecem.
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. BUTLER, Judith (2018) apud RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?
Entretanto, no período de 2002 a 2012, esse valor foi São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
reduzido para 36%, enquanto a participação dos países Defende-se, no texto, o fundamento de um movimento
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do leste e sudeste asiático chegou a 44%. Esses números social cujo propósito é:
evidenciam o deslocamento do centro de gravidade da  Reivindicar a reestruturação da legislação brasileira.
produção mundial e prenunciam alterações na dinâmica de  Denunciar a injustiça racial vivenciada por um grupo.
poder, na distribuição da renda e na lógica de conformação  Estimular a cooperação mútua inter-racial.
das redes globais de valor.  Defender a manutenção da isonomia política.
COELHO, D.; MASIERO, G.; CASEIRO, L. A ascensão da China e seus reflexos no Brasil:
fundamentos e evidências para uma estratégia de desenvolvimento. Revista Brasileira de  Transmitir o patrimônio cultural afro-brasileiro.
Inovação, Campinas, v. 14, p. 85-108, 2015. (adaptado)
A mudança no cenário econômico internacional QUESTÃO 69

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apresentada no texto reflete um contexto histórico de A Escola Histórica Alemã pregava que “o direito de
 interrupção da exploração laboral. um povo é produto orgânico de sua história e não criação
 flexibilização dos limites territoriais. arbitrária do legislador; é uma adaptação de suas tradições
 atenuação da competitividade financeira. às necessidades da sociedade”. Assim, a referida escola
procurou a atualização do Direito Romano.
 apaziguamento de conflitos geopolíticos. SALERNO, M.; ZEMUNER, A. F. A importância do Direito Romano na formação do jurista
 delineamento da configuração multipolar. brasileiro. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 27, n. 2, 2006. (adaptado)
A revisão proposta pela teoria alemã consiste em uma

crítica ao princípio do direito romano clássico que
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estabelecia a
 concentração de autoridade nos magistrados.
 desburocratização dos processos judiciais.
 primazia da subjetividade dos advogados.
 difusão dos princípios constitucionais.
 obrigatoriedade da educação formal.
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QUESTÃO 70 Os diferentes pontos de vista apresentados nos textos, no
que se refere à participação feminina na construção da
A invasão de Portugal feita pelos franceses no ano história, evidenciam a
de 1807, que obrigou o príncipe regente a passar para
o Brasil, proporcionou uma ocasião favorável a Silva  imparcialidade na produção de conhecimento.
Lisboa [...], [que] aproveitou-se da amizade que tinha  desproporção na valorização de memórias.
com D. Fernando José de Portugal [...] para lhe indicar a  priorização de personalidades aristocratas.
necessidade de abrir os portos a todas as nações amigas  confidencialidade de fatos do passado.
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da coroa de Portugal; e, apesar da forte oposição que  padronização de pesquisas históricas.
então se fez, tal foi a força dos seus argumentos que
aquele fidalgo cedeu a suas persuasões, e fez com que QUESTÃO 72
o príncipe regente publicasse a carta régia de 24 de
Na década de 1970, Mário Juruna começou a levar a
janeiro de 1808, que liberalizou aquele máximo benefício
luta dos povos indígenas pela recuperação de suas terras à
à nação. Tão salutar medida, que ainda hoje nos salva
capital do país [...]. Em sua relação com a lógica midiática,
no meio das crises políticas que atormentam o império,
o ativista usava um gravador de fita cassete, bem como
longe de ser apreciada no seu justo valor, mereceu, pelo
uma astuta noção do poder da imprensa brasileira, para
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contrário, a maior desaprovação da parte dos negociantes
promover a causa indígena. Juruna seria o protagonista
portugueses; pois que, acostumados a ter unicamente
da luta pelos direitos indígenas ao confrontar promessas
comunicação com as praças de Lisboa e Porto, não
e a não realização delas.
podiam sofrer ideia alguma de concorrência.
MOURA, O. I., GRIJÓ, W. P. Visibilidade, imagem pública e mídia: Mário Juruna e a questão
LISBOA, Bento da Silva. José da Silva Lisboa, Visconde de Cayru. Revista do Instituto
indígena. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.
Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 1, n. 3, p. 238-246, 1839. (adaptado)
XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Curitiba/PR – maio 2016.
No texto, o autor se refere à oposição a um documento que A estratégia de luta adotada pelo ativista teve por efeito,
alterava as relações coloniais ao determinar a no contexto apresentado, a
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 transferência da corte lusitana.  legalização de manifestações populares.
 proibição do tráfico transatlântico.  demarcação dos territórios autóctones.
 flexibilização do comércio marítimo.  efetivação dos acordos parlamentares.
 emancipação do território brasileiro.  reformulação da legislação nacional.
 aceitação de exigências napoleônicas.
 exposição de incoerências políticas.
QUESTÃO 71
QUESTÃO 73
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TEXTO I
Para os que agem pela vontade [os homens], a regra
E se a história tratou de apagar e subordinar as próxima é a razão humana. E a regra suprema, a lei para
mulheres da elite, o que dizer das personagens femininas o fim segundo a ordenação da razão e da lei eterna,
pertencentes ao povo? Aí o borramento foi ainda mais será reta. Quando, porém, se desvia dessa retidão, se
radical. Maria Quitéria de Jesus, por exemplo, destacou-se diz que há pecado. Dessas premissas evidentemente se
nas guerras de Independência do Brasil, lutando como conclui que todo ato voluntário é mau, porque se afasta
combatente na Bahia. Aliás, fingiu ser homem para poder da ordenação da razão e da lei eterna, e que todo ato bom
entrar no Exército, uma vez que a instituição só admitia concorda com a razão e a lei eterna. Daí se segue que o
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integrantes do sexo masculino.
ato humano, pelo fato de ser bom ou mau, tem a razão de
SCHWARCZ, Lilia M. O sequestro da Independência. Revista USP,
São Paulo, n. 133. abr./jun., 2022. retidão ou de pecado.
TOMÁS DE AQUINO. Das consequências dos atos humanos em razão da bondade e da
TEXTO II malícia (ST, Ia IIae, q. 21). In: TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. São Paulo: Loyola, 2003.
v. III, p. 290-298. (adaptado)
Para muitos brasileiros, a ideia de pátria não tinha
materialidade, mesmo após a independência. A guerra A teoria apresentada no texto defende uma dimensão da
veio alterar a situação. São abundantes as indicações ética que se estabelece na
do surgimento de uma nova identidade. Caso marcante incompatibilidade entre erudição e religiosidade.
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
foi o de Jovita Feitosa, mulher que se vestiu de homem  segregação entre saberes filosóficos e científicos.
para ir à guerra a fim de vingar as mulheres brasileiras
 complementaridade entre devoção e racionalidade.
injuriadas pelos paraguaios. Foi exaltada como a Joana
 indistinção entre ações benevolentes e impiedosas.
d'Arc nacional.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. 3. ed.
 hierarquização entre valores bíblicos e eclesiásticos.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. (adaptado)
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Covid-19 no Amazonas
A paisagem rural, onde os matos ocupavam espaços
tão importantes, apresentava de um modo menos sensível
Casos até 07/05/2020
Coari Parintins a marca humana. Os animais ferozes vagueavam por
5 897
todos os lugares desertos e por vezes até nos próprios
campos cultivados. Além de ser um desporto, a caça era
500 um meio de defesa indispensável e fornecia à alimentação
200 Manaus um contributo quase igualmente necessário. A apanha
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Tefé
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dos frutos selvagens e a recolha do mel continuavam a
praticar-se como nos primeiros tempos da humanidade.
Itacoatiara No que diz respeito aos utensílios, a madeira tinha um
Maués
lugar preponderante. As noites, mal iluminadas, eram
Tabatinga Humaitá
mais escuras, o frio, mesmo nas salas dos castelos, mais
Manicoré
rigoroso.
Manacapuru
BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 1987. (adaptado)
No texto, descreve-se um modo de utilização do espaço

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Disponível em: https://www.atlasodsamazonas.ufam.edu.br.
Acesso em: 27 jun. 2023. (adaptado) rural pautado na
Com base na anamorfose, entende-se que o número de  predominância da intervenção antrópica.
casos de pessoas acometidas pela covid-19 no Amazonas  manutenção de ecossistemas naturais.
esteve diretamente associado ao(à)  influência de elementos indomáveis.
 variabilidade térmica da região.  negociação de recursos primários.
 extensão territorial dos municípios.  evolução de ferramentas técnicas.
 baixo nível de progresso do estado.
QUESTÃO 77
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 densidade demográfica das cidades.
 taxa de natalidade dos centros urbanos. De maneira geral, os manguezais atenuam a força
das ondas com o seu intrincado sistema de raízes,
QUESTÃO 75
proporcionando a estabilização da linha de costa e
No Mato Grosso do Sul, localiza-se a Gruta do Lago evitando os processos erosivos (retrogradação). A malha
Azul. Com visibilidade mundial, constitui um dos atrativos formada pelas raízes dos mangues auxilia na compactação
turísticos mais visitados da região. Ela apresenta formações do sedimento junto à margem, impedindo a erosão e
rochosas de rara beleza, e, em razão dessa característica, ajudando a reter o aporte de sedimento fino oriundo do
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é indispensável um planejamento contínuo à atividade de continente, funções estas que impedem o assoreamento
contemplação, haja vista a fragilidade do ecossistema. dos rios e canais margeados por esse ecossistema.
Pela sua importância, a Gruta do Lago Azul foi tombada SOUZA, C. A. et al. Biodiversidade e conservação dos manguezais: importância bioecológica
e econômica. In: PINHEIRO, M.; TALAMONI, A. (org.). Educação ambiental sobre manguezais.
em 1978 pelo IPHAN. Por meio de um decreto, o governo São Vicente: Campus do Litoral Paulista – Instituto de Biociências, 2018.
do Mato Grosso do Sul elevou essa área para Unidade de O texto revela a importância dos manguezais na manutenção
Conservação na categoria Monumento Natural, que tem da linha da costa ao evidenciar a influência do(a)
como propósito a conservação de sítios naturais raros,
 relevo plano, que favorece a ocorrência de água
singulares ou de grande beleza cênica.
salobra.
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SILVA-MELO, M. R.; GUEDES, N. M. R.; MELO, G. A. P. Índice de Sustentabilidade do 1o DIAAMARELO

Monumento Natural da Gruta do Lago Azul, Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil.  clima tropical, que apresenta temperaturas médias
Revista Sociedade e Natureza, Uberlândia, v. 33, 2020. (adaptado)
elevadas.
As determinações patrimoniais citadas no texto  estrutura geológica, que tem predomínio de rochas
demonstram uma perspectiva ambiental que tem como extrusivas.
cerne a integração entre:
 vegetação pneumatófora, que localiza suas raízes na
 Exploração e empregabilidade. superfície.
 Admiração e distanciamento.  solo lamacento, que é composto de matéria orgânica
 Preservação e rentabilidade.
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decomposta.
 Sacralização e regionalismo.
 Divulgação e cientificismo.
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Transcorrido um mês desde que Salvador se encontrava Resta agora ver como deve se comportar um príncipe
sob a ação nefasta da “espanhola”, a Diretoria Geral de em relação a seus súditos ou seus amigos. Ponderando
Saúde Pública resolveu implementar medidas de prevenção bem, o príncipe encontrará algo com aparências de virtude
e combate à moléstia: foram ordenadas as lavagens das [virtù], cuja adoção lhe trará a ruína, e algo com aparência
ruas e das praças; a desinfecção dos mercados públicos, de defeito, que o conduzirá a uma situação de segurança e
dos ascensores e das estações. Para acolher os indigentes de bem-estar. Daí ser necessário a um príncipe, se quiser
atacados pela moléstia, foi instalada uma enfermaria manter-se, aprender a poder não ser bom e a valer-se ou
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especial no Hospital de Isolamento de Mont-Serrat. não disto segundo a necessidade.
SOUZA, C. M. C. A gripe espanhola em Salvador, 1918: cidade de becos e cortiços.
História, Ciências, Saúde, v. 12, n. 1, p. 71-99, 2005. (adaptado) MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 73. (adaptado)
No texto, indica-se que as ações estatais de combate No texto, o autor apresenta seu ponto de vista sobre o
à gripe espanhola em Salvador estavam baseadas poder político, defendendo que o comportamento dos
principalmente na governantes deve aliar
 privatização das unidades ambulatoriais.  contexto e arbítrio.
 modernização da infraestrutura urbana.  rigidez e obediência.
 manutenção dos serviços essenciais.  ideologia e ascetismo.
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 severidade do distanciamento social.  honestidade e diálogo.
 melhoria das condições sanitárias.  idealismo e centralização.
TEXTO I TEXTO I
Ângelo Agostini
Os que se dedicaram às ciências foram ou empíricos
ou dogmáticos. Os empíricos, à maneira das formigas,
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acumulam e usam as provisões; os racionalistas, à
maneira das aranhas, de si mesmos extraem o que lhes
serve a teia. A abelha representa a posição intermediária:
recolhe a matéria-prima das flores do jardim e do campo
e com seus próprios recursos a transforma e digere. Muito
se deve esperar da aliança estreita e sólida entre essas
duas faculdades, a experimental e a racional.
BACON, Francis. Novum Organum. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (adaptado)
TEXTO II O carro do Estado conduzido pelos conservadores

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As ciências exatas são uma forma monológica de saber: TEXTO II
o intelecto contempla uma coisa e emite um enunciado A imagem do velho monarca de longas barbas
sobre ela. Aí só há um sujeito. A ele só se contrapõe a brancas – consagrada pela representação oficial – tem
coisa muda. Qualquer objeto do saber (incluindo o homem) na caricatura um grande modelo de difusão. Estamos
pode ser percebido e estudado como coisa. Mas o sujeito nos anos 1880, e D. Pedro II, que ainda não completara
como tal não pode ser percebido e estudado como coisa sessenta anos, revela cansaço. Em questão estavam
porque, como sujeito e permanecendo sujeito, não pode a sua personalidade e capacidade de dissimulação;
tornar-se mudo; consequentemente, o conhecimento que suas viagens, sua mania de erudição, mas sobretudo
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se tem dele só pode ser dialógico. a sonolência e a formalidade vazia das Falas do Trono,
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
nas quais o imperador era considerado um porta-voz dos
Os textos apresentam perspectivas consonantes a respeito interesses do chefe de gabinete. E assim D. Pedro dorme
do saber científico na medida em que defendem a justamente nas atividades de que tanto se vangloria de
 preponderância de estruturas cognitivas inatas. participar, ou é apresentado como um joguete nas mãos
 compreensão do mundo pela contemplação. dos políticos que o cercam.
SCHWARCZ, Lilia M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
 dispensabilidade da percepção intersubjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. (adaptado)
 integração de dados sensoriais pelo intelecto.
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Os textos esboçam uma perspectiva histórica a respeito

 imprecisão dos conceitos técnicos formulados. do imperador brasileiro a qual destaca a
 alienação da autoridade política.
 austeridade da gerência imperial.
 eficiência da gestão administrativa.
 legitimidade da monarquia nacional.
 ambiguidade da ideologia partidária.
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QUESTÃO 82 Nesse contexto de instabilidade política, o desenvolvimento
do mercado citado no texto impulsionou principalmente
A detalhada lei eleitoral brasileira de 1932 criou o(a)
a justiça eleitoral e se tornou responsável por todo o
trabalho relacionado às eleições. A criação do Código  decadência das hierarquias feudais.
representava, portanto, a necessidade de moralizar o  ressurgimento do comércio citadino.
processo eleitoral, combatendo as fraudes e o caos que  reconhecimento da soberania imperial.
lhes eram inerentes durante o período da República Velha.
 ascensão da intelectualidade burguesa.
Para assegurar o individualismo do voto, instituiu-se o uso
 popularização dos espaços acadêmicos.
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de envelope uniforme oficial, sem nenhum tipo de marcas
identificadoras, bem como o “gabinete indevassável”, o QUESTÃO 85
qual criava um espaço isolado para o eleitor, no momento
de preencher sua cédula. Quando olhei a terra ardendo
SOUSA, G. Financiamento de campanha eleitoral e compra de votos no Brasil. Goiás, 2020.
Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br. Acesso em: 1 maio 2023. (adaptado) Qual fogueira de São João
O texto, ao abordar uma mudança no processo de sufrágio Eu perguntei a Deus do céu, ai
nacional, destaca um aspecto que visava garantir o(a): Por que tamanha judiação?
 Equilíbrio de participação entre partidos.
Que braseiro, que fornalha
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 Digitalização das cédulas eleitorais.
 Obrigatoriedade da cidadania direta. Nem um pé de plantação
 Indicação de juízos particulares. Por falta d'água perdi meu gado
 Instrução do público votante. Morreu de sede meu alazão. […]
ASA BRANCA. Intérprete: Luiz Gonzaga. Compositores: Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Rio de Janeiro: RCA Victor, 1947.
QUESTÃO 83
No trecho da canção, as tristezas e desventuras expressas
A mobilidade pendular coloca-se como um fenômeno pelo enunciador são causadas por qual aspecto natural do
característico das grandes aglomerações no atual Sertão Nordestino?
momento da urbanização brasileira, quando se observa
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um aumento da complexidade socioespacial, em particular,  Solo pedregoso.
no que diz respeito às localizações da população e  Relevo planáltico.
atividades econômicas, sociais etc. Na verdade, pode-se  Perenidade fluvial.
pensar que boa parte desse fenômeno estaria associada  Vegetação rasteira.
à valorização diferencial do espaço urbano que, no
 Pluviosidade baixa.
Brasil, tem tido ao longo das últimas décadas sua lógica
e regulação fortemente orientadas pela iniciativa privada QUESTÃO 86
sem a necessária intervenção estatal, fato que acaba por
prejudicar fortemente a população de mais baixa renda. O desenvolvimento do que se tornou o karatê (caminho
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CUNHA, J. M. P. et al. A mobilidade pendular na Macrometrópole Paulista: diferenciação e
complementaridade socioespacial. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 15, n. 30, p. 433-459,
das mãos vazias) tem origem reconhecida no arquipélago
2013. de Ryukyu. Por volta do século XIII ou XIV, o sistema
Uma ação estatal capaz de amparar a população de baixa econômico local desfavorecia os camponeses, fator que
renda ao facilitar o processo de deslocamento analisado estimulava tal grupo a se exercitar e a contrapor o governo
no texto é a e a casta militar. Aliado a isso, havia também a proibição
 expansão de ciclovias em bairros periféricos. do porte de armas à população comum, o que levou ao
 fiscalização dos fluxos de tráfego rodoviário. surgimento de um sistema de defesa que se desenvolveu
 ampliação das redes de transporte público. com técnicas limitadas de agarramentos, empurrões e
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 restauração das malhas viárias municipais. batidas de ombro, punho e pés. Adiante, a técnica foi
 diminuição do preço dos combustíveis. apropriada por parte das próprias castas guerreiras,
sofrendo influências vindas das práticas marciais chinesas.
QUESTÃO 84
SUARES, Rafael Lucas Gomes. A produção acadêmica brasileira sobre as artes marciais,
lutas e esportes de combate: análise nos periódicos da Educação Física. Monografia –
Entre as décadas de 1640 e 1660, o mercado livreiro Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás. 2016.
se desenvolvera com poucos constrangimentos. Os Ao abordar uma luta marcial oriental, o texto associa o seu
conflitos entre Carlos I e o Parlamento, o esfacelamento
da monarquia e as constantes alternâncias de governo surgimento a um(a)
 tentativa de sobreposição cultural.
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proporcionaram um ambiente conveniente para o

crescimento vertiginoso do número de publicações. A  mecanismo de resistência sazonal.
atuação dos instrumentos de censura durante a Revolução  prática de desenvolvimento estético.
Inglesa tendeu a suprimir e a punir casos específicos,
mas não conseguiu firmar uma estrutura que cerceasse  exercício de entretenimento coletivo.
efetivamente a emissão e a disseminação de obras que  estratégia de enfrentamento político.
confrontassem as autoridades no poder.
LIMA, V. C. Edição & Censura: a materialidade dos panfletos de Sir Roger L'Estrange no início
dos anos 1660. In: Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 28, p. 1-50, 2020. (adaptado)
2023
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Diversos segmentos sociais jamais teriam acesso à Chegou o momento de sarar as feridas. Chegou o
internet sem a atuação dos telecentros comunitários. A momento de transpor os abismos que nos dividem. Chegou
base do problema, portanto, está na brecha social e não o momento de construir. Conseguimos finalmente a nossa
na brecha tecnológica. Dessa forma, a principal questão emancipação política. Comprometemo-nos a libertar todo
que os telecentros comunitários buscam solucionar não o nosso povo do continuado cativeiro da pobreza, das
é simplesmente o acesso às tecnologias da informação e privações, do sofrimento, da discriminação de gênero e de
comunicação, mas o estímulo à alfabetização, o acesso a quaisquer outras. Assumimos o compromisso de construir
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serviços eletrônicos governamentais (e-gov) e à produção uma sociedade na qual todos os sul-africanos possam
cultural e a geração de emprego e renda. Além disso, o caminhar de cabeça erguida, sem receios no coração,
telecentro deve fazer parte da comunidade na qual se certos do seu inalienável direito à dignidade humana: uma
insere, ajudando-a a resolver seus problemas específicos,
nação arco-íris, em paz consigo própria e com o mundo.
por meio de estratégias de desenvolvimento sustentável.
NELSON Mandela: o sonho de uma África do Sul livre. Disponível em: https://blogs.oglobo.
PEREIRA, P. M. S. Impactos socioculturais de telecentros comunitários: o caso do telecentro globo.com. Acesso em: 5 jun. 2023. (adaptado)
Chico Mendes. Em Questão, v. 10, n. 2, p. 375-388, 2004. (adaptado)
O trecho do discurso proferido por um líder político em
No texto, a estratégia adotada para mitigar os impactos do
1994 celebra a emergência de um sistema de governo
problema estrutural apontado tem como base a
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que rompia com o(a)
 imposição do letramento digital.
 histórico de fraudes eleitorais.
 automação do processo educacional.
 distribuição de aparelhos eletrônicos.  influência da ideologia capitalista.
 viabilização de capacitações básicas.  definição de mandatos temporários.
 aferição de avanços computacionais.  regime de legislação segregacionista.
 organização de grupos revolucionários.
QUESTÃO 88
QUESTÃO 90
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O grande quilombo dos Palmares, na verdade uma
federação de vários agrupamentos, chegou a contar com
uma população de alguns milhares de almas. Como se
repetiu em muitos outros quilombos, essa população não
era constituída apenas de escravizados fugidos e seus
descendentes. Para ali também convergiram outros tipos
de trânsfugas, como soldados desertores, os perseguidos
pela justiça secular e eclesiástica, ou simples aventureiros,
vendedores, além de indígenas pressionados pelo
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avanço europeu. Mas predominavam os africanos e seus
descendentes. Ali, africanos de diferentes grupos étnicos
administraram suas diferenças e forjaram novos laços de
solidariedade, recriaram culturas.
REIS, J. J. Quilombos e revoltas escravas no Brasil. Revista USP, Disponível em: https://scmresearch.org. Acesso em: 5 jun. 2023. (adaptado)
São Paulo, dez./fev., 1995-96. (adaptado)
A estratégia operacional representada na imagem tem
O texto apresenta uma estratégia utilizada durante os como principal característica o(a)
séculos XVI e XVII por grupos brasileiros principalmente
 encarecimento da atividade manufatureira.
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para 1o DIAAMARELO
 fomento do desenvolvimento tecnológico.
 concretizar a subsistência independente.
 desconcentração de cadeias produtivas.
 disseminar as tradições ancestrais.
 consolidação das barreiras espaciais.
 enfraquecer o regime monárquico.
 simplificação dos fluxos comerciais.
 enfrentar as opressões coloniais.
 reivindicar o igualitarismo social.
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2023 *MS23VV33606E1*
Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.
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1o dia | 6o Simulado SAS ENEM

RESOLUÇÃO – 6o SIMULADO SAS ENEM 2023 | 1o DIA
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 01 a 05 (opção: inglês)

01. Resposta correta: C C 2 H 5
a) (F) Pelo contexto do diálogo, o uso da expressão “by golly” não demonstra entusiasmo da personagem em desviar o foco da
conversa, mas indica ênfase quando a personagem se diz preparada para qualquer situação que possa acontecer durante
o dia.
b)(F) A resposta da personagem não demonstra uma postura de desdém, apesar de ela representar uma reação inesperada no
contexto da tira. Assim, o uso da expressão “by golly” não demonstra que a personagem ignora o questionamento feito.
c) (V) A expressão “by golly”, similar a “gee” ou “gosh”, vem da corruptela de “by God” e, no contexto, demonstra a ênfase
da personagem ao expressar que estará pronta diante da possibilidade do acontecimento de alguma situação inesperada
naquele dia.
d)(F) A expressão “by golly” não demonstra ironia. Seu uso reforça a expressividade presente na resposta da personagem, o que
constrói a quebra de expectativa da tirinha.
e) (F) Embora possa ser usada para expressar surpresa, no contexto da tira, “by golly” enfatiza a postura da personagem quando
esta expressa que estaria preparada para qualquer evento que ocorresse ao longo do dia.
02. Resposta correta: E C 2 H 6

a) (F) Embora o autor do texto aborde a relação social das novas gerações com o trabalho, ele não menciona especificamente a
luta empreendida pela classe trabalhadora, de modo que seu foco não é analisar a relevância desse movimento.
b)(F) O autor indica que a geração Z possui anseios trabalhistas diferentes das gerações anteriores e que está muito disposta a
buscar essas realizações. Porém, não há, no texto, insumos que garantam uma associação entre essas realizações e a me-
lhoria de status social. Há, na verdade, uma menção à busca da geração Z pelo equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal,
por exemplo.
c) (F) O autor compara visões de diferentes gerações de trabalhadores acerca da relação entre o trabalho e o que deve ser feito
para mantê-lo, mas sem associar essas diferenças apenas ao aspecto da produtividade. Isso é perceptível porque parte das
motivações analisadas no artigo incluem também o recorte financeiro, a flexibilidade quanto ao trabalho remoto e a maior
responsabilidade social e ambiental que os ambientes de trabalho deveriam promover.
d)(F) Apesar de a flexibilização ser um dos aspectos que motivam os jovens dentro de um emprego na contemporaneidade,
ela não foi citada como prioritária no texto, o qual sinaliza também o salário, o equilíbrio com a vida pessoal e o senso de
responsabilidade social e ambiental como elementos de motivação para esses profissionais.
e) (V) No texto, o autor analisa as motivações que mobilizam a geração Z no caminho profissional, indicando que esses novos
trabalhadores buscam equilíbrio, flexibilidade e propósito e, por isso, não se sujeitam a condições que não julguem como
compatíveis aos seus anseios pessoais e profissionais.
03. Resposta correta: D C 2 H 7

a) (F) Na entrevista, a resposta à pergunta cita o nacionalismo apenas para contextualizar o momento histórico global relacionado
ao cenário da pandemia de covid-19. Essa menção não indica que o tema teve relevância para as pesquisas médicas, já
que, em sua resposta, a especialista aponta que algumas ações científicas que romperam com o nacionalismo ajudaram a
solidariedade global a ganhar força, com consequências positivas para a humanidade.
b)(F) A resposta aborda o futuro da saúde global, mas não com a finalidade de investigar a ligação entre a desigualdade e os
problemas sanitários. Na verdade, a entrevistada menciona que múltiplas desigualdades sociopolíticas (como os desequi-
líbrios de poder, a influência e a disparidade econômica entre países) estão relacionadas a problemas gerados na área da
saúde, sem deixar a entender que ela busca realizar uma investigação da relação entre essas desigualdades e os problemas
sanitários.
c) (F) Ao discutir o futuro da saúde global, a entrevistada cita as rupturas sociopolíticas em relação a situações que ocorriam
antes da pandemia. Nesse contexto, não é seu objetivo principal na resposta revisitar esses desequilíbrios; a menção a eles
é feita apenas para indicar que as ações coletivas podem ter modificado a percepção da sociedade acerca das posturas
nacionalistas, incentivando uma reflexão sobre as vantagens de se trabalhar globalmente em prol da segurança sanitária.
d)(V) Na entrevista, a educadora aborda o futuro da saúde global, citando as comunidades médicas, científicas e acadêmicas
e a necessidade que elas tiveram de se unir para solucionar questões de segurança sanitária durante a pandemia. Desse
modo, a resposta da entrevistada demonstra o objetivo de refletir sobre os efeitos das ações coletivas na área da saúde que
engloba a segurança sanitária global, influenciando as próximas gerações a pensarem coletivamente a respeito da resolução
de problemas que atingem o mundo, conforme se lê em: “Populations have realized that their future health security and
economies are interdependent on all others around the world”.
e) (F) A resposta da pesquisadora indica que a comunidade internacional deve agir em nível global a partir de políticas públicas
de saúde e economia que devem ser pensadas de modo coletivo em diferentes comunidades, sem se restringir ao aspecto
econômico.
1 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS / CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


a) (F) A cena retrata uma troca de ofensas e acusações que configuram exemplos de discriminação social. Porém, essas mani-
festações não se relacionam diretamente à figura de autoridade representada pelo policial. Além disso, no trecho, ele não
provoca intimidação nas personagens em cena.
b)(F) Apesar de as personagens utilizarem uma linguagem informal no diálogo, essa representação não tem o objetivo de destacar
as relações de poder, mas sim de retratar uma comunicação popular, inserida em um contexto de discussão que revela os
preconceitos sociais internalizados pelas personagens em cena.
c) (F) A situação retratada mobiliza, de fato, a reatividade e a postura defensiva das personagens. Porém, o conflito social re-
presentado na cena não aborda a polarização cultural, já que não estão expostos extremos culturais opostos entre si. Pelo
contrário: há uma exposição das divergências internas em grupos minoritários oriundas da estigmatização social vivida e
internalizada por eles.
d)(V) No texto, a interação entre as personagens demonstra uma questão social da contemporaneidade ao explorar a manifesta-
ção de preconceitos e estigmas étnico-raciais internalizados, inclusive, por pessoas pertencentes a grupos minoritários. Esse
aspecto pode ser observado na troca de acusações entre as mulheres em cena, o que é exemplificado pela presunção da
personagem Kim Lee de que a personagem Ria seria mexicana e pela generalização de que mexicanos não sabem dirigir
seguida pela ridicularização que Ria faz do inglês de Kim, que fala “blake” em vez de “brake” (frear/freio).
e) (F) Embora a cena apresente duas personagens em uma postura defensiva diante de uma situação de conflito, não é possível
concluir, pelo diálogo, que esse comportamento configura orgulho pelo pertencimento a um grupo étnico, nem que seja
usado como forma de responder aos desequilíbrios sociais.

a) (F) Embora os primeiros versos do poema expressem um desconforto com o modo como as pessoas brancas presumem saber
a história de pessoas negras considerando apenas a cor e o país de origem delas (“But people look to your colour and
country for your story”), essa falta de reconhecimento histórico é atrelada ao apagamento da individualidade étnica, e não
à miscigenação.
b)(F) O eu lírico aborda o silenciamento da alteridade cultural, mas não a descreve como uma moeda de troca em favor da equi-
dade política, e sim como um símbolo de mais uma desigualdade, uma vez que, para o eu lírico, não haveria uma equidade
real enquanto as pessoas ainda recebessem tratamentos diferentes, conforme se lê em: “Perhaps it is on me to change the
way, / I treat those that do not treat me the same?”.
c) (F) No poema, há referências a estigmatizações, e o eu lírico faz comentários sobre a falta de representatividade de negros na
ficção, que é citada como o fator que explicaria a falta de entendimento da sociedade sobre as individualidades étnicas
de um determinado grupo. Contudo, essas percepções não são aprofundadas durante os versos e não aparecem como
elementos correlatos; elas apenas sinalizam que, para o eu lírico, a sociedade não se interessa em compreender a indivi-
dualidade da identidade de grupos minoritários.
d)(V) Nos versos, o eu lírico trata sobre o processo de apagamento da individualidade e das múltiplas identidades étnicas de pes-
soas negras, indicando que, para a sociedade, todos possuem a mesma história, origem e experiência. Essa percepção fica
evidente quando o eu lírico relata que costuma ser chamado pelo nome de outras garotas negras (“call me the other black
girl's name”) e que as pessoas não entendem que existem diferentes vivências na comunidade negra britânica, conforme
se lê no verso: “‘Black and British’ should not be a thing / It should be you, me, him, her, them and they”, expressando seu
desejo pelo respeito à individualidade das pessoas.
e) (F) O eu lírico, de fato, indica que há uma desvalorização cultural acerca das pessoas negras na sociedade. Porém, essa perspec-
tiva é associada à falta de reconhecimento das particularidades identitárias dessas pessoas, e não a aspectos culturais gerais
na contemporaneidade. Além disso, o aspecto da ancestralidade é mencionado apenas como parte do que a sociedade
ignora ao olhar para esses indivíduos, sem ser um aspecto aprofundado no poema.
Questões de 01 a 05 (opção: espanhol)

01. Resposta correta: A C 2 H 5

a) (V) A expressão “todo vale” é usada para se referir a situações comuns nas redes sociais e que estão relacionadas à ausência de
mecanismos reguladores das interações digitais. No texto, essa expressão caracteriza o espaço on-line como, muitas vezes,
isento da aplicação e do cumprimento de regras, o que dá abertura para os mencionados discursos de ódio. Essa expressão
também contribui para a mensagem central do texto: a necessidade e o surgimento de iniciativas que regulamentem o uso
dos ambientes digitais.
b)(F) Apesar de a expressão “todo vale” indicar uma situação em que pode haver ausência de regras, esse aspecto não
caracteriza necessariamente a reatividade das argumentações.
c) (F) Embora o texto aborde o discurso de ódio, que configura uma postura inadequada nas redes, a expressão “todo vale” não
se refere a uma expressividade necessariamente defensiva, mas sim a uma situação em que não há regras importantes para
a convivência em sociedade.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS / CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS 2

d)(F) A exposição excessiva de opiniões não é o ponto sobre o qual o texto problematiza, mas as opiniões que podem configurar
discurso de ódio. Além disso, a expressão “todo vale” não se refere diretamente a essa questão, mas à situação de ausência
de regras ou de mecanismos reguladores na qual muitas redes sociais se encontram.
e) (F) O texto, ao final, defende que é necessário haver interferências nas interações digitais com o fim de combate ao discurso
de ódio. Porém, a expressão “todo vale”, usada no título, se refere à situação em que as pessoas usam a internet como um
ambiente em que não existem algumas regras sociais importantes, como o respeito e a tolerância. Assim, essa expressão
não se refere à aplicação indiscriminada de interferências nas interações.

a) (F) O cartum não expõe o ato de escrever artigos sobre a liberdade de imprensa como um hábito comum aos profissionais
desse meio. Assim, não se pode afirmar que a crítica central está direcionada a esse aspecto, mas sim ao monitoramento
da criatividade na exposição de ideias por parte de algumas pessoas, que passam a ter a sua liberdade de expressão su-
pervisionada por interesses tidos como superiores.
b)(F) O cartum não tece uma crítica à sobreposição de discursos em ambientes corporativos, mas sim sugere que há um
controle sobre a produção criativa de profissionais da imprensa.
c) (V) Ao considerar o texto verbal, é possível perceber que o funcionário pretende expor suas ideias para falar sobre a liberdade
de imprensa, mas o uso da expressão “yo te dicto”, na fala do chefe, sugere que o funcionário não irá escrever sob total
liberdade, já que o chefe se posiciona no lugar de ditar o que ele irá redigir. Assim, o cartum direciona sua crítica à restrição,
por parte de figuras dotadas de autoridade dentro de um meio, do livre exercício da exposição de ideias.
d)(F) Apesar de refletir uma relação autoritária em um contexto de trabalho, a crítica central presente no cartum não remete a
esse cenário global, mas sim ao cerceamento da liberdade de expressão na imprensa.
e) (F) Embora a homogeneização dos discursos seja uma possível consequência da falta de autonomia criativa da im-
prensa, a crítica central do cartum não se direciona a essa possibilidade, voltando-se ao cerceamento da liberdade criativa
na exposição de ideias.

a) (F) No texto, a menção ao “rupturismo expresionista” é apresentada como uma característica da obra, e não da resenha. Assim,
o texto não utiliza uma linguagem com estética expressionista para promover o livro, já que a menção ao expressionismo
está em um contexto de considerações relacionadas a aspectos gerais da obra.
b)(F) O texto descreve as escolhas narrativas e formais empreendidas por Jorge Volpi em seu novo livro; porém, não há
descrições do que é exatamente a convencionalidade presente na obra. Além disso, o texto destaca que, mesmo que o
autor utilize caminhos convencionais em sua narrativa, outros traços da obra incluem a ruptura e a inovação.
c) (F) O trecho cita a metaliterariedade como um aspecto presente na obra; porém, a finalidade da resenha não se resu-
me à divulgação do uso desse elemento. Além disso, não há informações suficientes no texto que indiquem que o uso de
soluções metaliterárias é casual.
d)(F) O trecho não tem a finalidade de discutir aspectos sociais da obra, pois concentra as observações nos aspectos
narrativo e estrutural que o autor relacionou ao construir o texto.
e) (V) Ao tecer uma análise crítica sobre o novo livro de Jorge Volpi, o trecho da resenha tem como finalidade analisar o modo
como o autor relaciona a narrativa com a composição estrutural da obra, indicando como a variada abordagem simbólica
das tramas se relaciona com as inovações estruturais promovidas entre os capítulos, conforme se lê em: “Para diseccionar
la literatura, se acude a una narración metaliteraria.”.

a) (V) Na canção, o eu lírico apresenta questionamentos e reflexões que revelam o fato de a insegurança social sentida por mu-
lheres no dia a dia ser constante. Para endossar esse ponto, especialmente no verso “Ya no quiero pretender que es normal
sentirse así”, expressa-se uma crítica à naturalidade com que a sociedade encara essa insegurança social vivida por mulheres.
b)(F) Apesar de alguns versos da canção indicarem um possível isolamento das vítimas diante dos receios expostos, esse aspecto
decorre do sentimento de temor diante de situações de assédio, sem abordar diretamente desigualdades presentes na
sociedade.
c) (F) Por meio da canção, faz-se uma crítica específica à insegurança e ao medo que mulheres sentem de serem assediadas, e
não às discriminações de gênero de forma geral.
d)(F) A letra expressa críticas ao silenciamento feminino que a naturalização da violência de gênero ocasionou na sociedade.
Entretanto, os versos não restringem esse silenciamento ao meio urbano e não abrangem vítimas de violência em geral,
mas especificamente mulheres.
e) (F) Nos versos, o eu lírico expõe questionamentos que podem refletir os impactos psicológicos que o medo do assédio pode
gerar em mulheres, como a insegurança em relacionamentos e o medo de interagir com estranhos. Contudo, a canção não
restringe esse impacto a mulheres jovens.

05. Resposta correta: B C 2 H 8

a) (F) No trecho, Octavio Paz reflete sobre a transformação cultural e ética oriunda da imposição de uma cultura sobre a outra
em nome do progresso. O autor não menciona uma possível deterioração direta do desenvolvimento e cita como exemplo
apenas o México, e não os demais países latino-americanos.
b)(V) No texto, Octavio Paz reflete sobre a transformação cultural que as sociedades vivem em decorrência da imposição do
progresso e do desenvolvimento implementados sob o pretexto da evolução a qualquer custo. Como contextualização,
o autor cita as “monstruosidades éticas y estéticas” pelas quais o México passou com a implementação de estratégias
norte-americanas de desenvolvimento, o que ocasionou “una progresiva degradación de nuestro estilo de vida y de nuestra
cultura”.
c) (F) O texto busca provocar no leitor a reflexão de que, se não é possível escapar do “desarrollo”, é possível pelo menos
torná-lo mais humano. Porém, o autor não aborda diretamente uma possível resistência mexicana frente ao desenvolvimento
norte-americano, apenas faz menção a ela como algo almejado diante das reflexões propostas.
d)(F) No texto, o autor deixa nítida a sua perspectiva de que, apesar de o progresso não poder ser barrado, é preciso buscar
estratégias de conservação para minimizar esses impactos, conforme se lê em: “Sé que no podemos escapar y que estamos
condenados al ‘desarrollo’: hagamos menos inhumana esa condena.”. Porém, no texto, não há nenhum indício de que a
valorização cultural é a solução para o enfrentamento do desenvolvimento.
e) (F) O texto não reflete, de maneira geral, sobre a disseminação da cultura norte-americana em países considerados subdesen-
volvidos. A consideração proposta por Octavio Paz centraliza as reflexões na deterioração cultural decorrente da mentalidade
de que o progresso deve acontecer a qualquer custo. Para isso, o autor cita os danos causados pela adoção das tecnologias
norte-americanas apenas no México.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS


a) (F) Embora o texto cite que o objetivo dos sinaleiros musicais é proteger crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA),
essa menção não visa mobilizar ou incentivar o leitor, pois consta apenas como uma informação a mais sobre o projeto e
seus objetivos.
b)(F) Apesar de o texto citar o emissor e utilizar expressões em primeira pessoa, essas construções não denotam a função pre-
dominante do texto nem indicam que o objetivo do seu uso é expor o êxito desse emissor ao promulgar a lei referenciada.
c) (F) Embora predominantemente informativo, o texto não se aprofunda em detalhar mais informações ou definir as etapas do
processo de substituição das sirenes; há apenas a indicação de que esse será um processo gradual e contínuo, de modo
que a descrição não é o objetivo do texto.
d)(V) No projeto de lei apresentado, a função da linguagem predominante é a referencial, caracterizada por focar o assunto ou o
conteúdo do ato comunicativo, dispondo sobre as informações acerca do projeto, do objetivo e das condições necessárias
para que a lei seja aplicada.
e) (F) O objetivo do texto não é estabelecer um meio de comunicação entre o prefeito e a Câmara, mas sim transmitir informações
sobre a modernização dos equipamentos sonoros utilizados em escolas, para oficializar o projeto diante dos cidadãos.

a) (F) As autoras não indicam que há uma diminuição da importância do brincar, tampouco comparam a diversidade de conteúdos
digitais com as brincadeiras infantis. O que elas apresentam é um apanhado de como as brincadeiras tradicionais são im-
portantes para o desenvolvimento das crianças e como a presença da tecnologia não deveria significar o abandono dessas
práticas.
b)(F) Apesar de as autoras apontarem que as brincadeiras tradicionais desenvolvem a capacidade das crianças de resolverem
pequenos conflitos, elas não indicam que a integração com a tecnologia pode prejudicar essa formação e não citam as
soluções tecnológicas.
c) (F) Embora seja verdade que cada vez mais cedo as crianças têm contato com tecnologias digitais e que esse uso pode ser
mais intuitivo do que para adultos, esse aspecto não reflete uma preocupação das autoras e não é mencionado como parte
da descrição proposta no texto.
d)(V) No texto, as autoras apontam algumas vantagens das brincadeiras tradicionais, que são colocadas como importantes para o
desenvolvimento de hábitos saudáveis em crianças. Além disso, elas reconhecem que a tecnologia aparece com frequência
na organização social atual, mas que o ato de brincar (em referência a brinquedos e brincadeiras tradicionais) é capaz de
possibilitar o desenvolvimento de habilidades relevantes, como classificar, ordenar etc.
e) (F) As autoras não indicam que a presença de dispositivos eletrônicos compromete a obtenção de novas habilidades na infância,
apenas comentam que o uso de tais habilidades não deve anular a prática das brincadeiras tradicionais.


a) (F) Na obra de Erika Iris, observa-se a representação de uma figura pública, Jimi Hendrix. Porém, a transformação do objeto
fita cassete em arte não é realizada por meio da menção à popularidade artística do músico.
b)(F) Na obra em questão, há certa espontaneidade sugerida, por exemplo, nas fitas enroladas na parte de baixo da imagem
representada. No entanto, não se pode afirmar que haja improviso nem que seja por meio disso que a fita cassete se torna
um objeto de arte.
c) (F) Apesar de as formas terem uma função, uma utilidade, na obra apresentada, não se pode afirmar que são formas abstratas,
já que compõem uma arte figurativa. Além disso, não é por meio da abstração de formas que a fita cassete torna-se objeto
de arte.
d)(F) A artista Erika Iris utiliza materiais recicláveis em suas obras de arte. Contudo, na obra em destaque, a transfiguração da
fita cassete como um objeto de arte não ocorre por meio de um apelo à conscientização sobre o tema da reciclagem,
necessariamente.
e) (V) A imagem do guitarrista norte-americano Jimi Hendrix é feita com fita cassete, objeto que era usado no passado para ouvir
e gravar música. Portanto, usa-se um elemento específico em uma nova funcionalidade: compor uma obra de arte. Desse
modo, um item (a fita cassete) que possuía, originalmente, outras usabilidades tem seu uso transfigurado.

a) (F) Sob certos aspectos, há, de fato, sequência expositiva no texto lido, uma vez que ele realiza uma breve apresentação da
trama do filme. No entanto, essa exposição é uma característica secundária, visto que ela serve de base para a sequência
principal do texto: a argumentação. Já a temática abordada na trama é citada para situar o leitor sobre o contexto do
longa-metragem, e não para debater aspectos relacionados a essa temática em si.
b)(F) A sequência injuntiva é caracterizada por instruir alguém sobre como fazer algo. Por isso, ela é mais evidente em gêneros
como manuais e receitas, e não em textos jornalísticos. Além disso, a resenha crítica pode ou não ter o intuito de convencer
o leitor a consumir determinado produto, portanto esse é um objetivo secundário, e não principal, do gênero. No caso da
resenha lida do filme Bacurau, há elementos relevantes da obra, mas em momento algum há a informação de que se deve
ou não assistir ao longa.
c) (F) O texto lido está estruturado com base na apresentação e na análise de algumas características do longa. O enredo,
mostrado resumidamente, é um dos pontos analisados, mas não há uma sequência narrativa, uma vez que não existe uma
sequenciação de ações, como ocorre em um conto ou em um romance.
d)(F) Existem alguns momentos descritivos no texto lido, como se vê em “o professor dedicado, a médica que trabalha a sério
em condições precárias, o padre compreensivo”, mas eles são usados para reforçar a argumentação do reconhecimento
do filme devido a características que o destacaram. Dessa forma, a sequência essencial é a argumentação.
e) (V) Na resenha apresentada, pode-se perceber uma opinião favorável ao filme Bacurau. Para isso, o texto argumenta com base
em características que fizeram o longa se destacar, tais como: a conexão entre a trama e algumas realidades brasileiras;
o fato de a solução final estar “do lado do bem” e justificar os aplausos; e a informação subentendida de que a reflexão
trazida pelo filme continua após os créditos (“Depois disso, o mal-estar persiste”). Outra forma de argumentar a favor do
filme é a informação inicial de que ele foi premiado e aplaudido no Festival de Cannes, na França.

a) (F) Embora o texto I cite o acesso à remuneração como um aspecto que atraiu trabalhadores aos aplicativos, não se comenta
que a renda familiar assegurada é de fato adequada. Já no texto II, explicita-se apenas o quanto há problemáticas em torno
dessa forma de geração de renda.
b)(F) Embora o texto II cite a regulamentação e indique que as horas trabalhadas são sujeitas à precarização do serviço, ele
concentra esse debate na regulamentação do serviço prestado como um todo, e não apenas na regularização das horas
trabalhadas. Além disso, essa temática sobre a regulação não é abordada pelo texto I, de modo que não estabelece uma
divergência entre eles.
c) (F) O texto I cita que a tecnologia possibilitou que os serviços por aplicativo ficassem populares e constituíssem um novo
mercado de trabalho, mas essa discussão não é aprofundada pelo texto e ele não relaciona isso com a flexibilidade. Já o
texto II, embora indique que a “lua de mel” entre prestadores de serviço e plataforma tenha acabado, não cita diretamente
aspectos referentes às expansões de oportunidades que esse serviço oferece.
d)(V) Ao abordarem os aspectos referentes ao trabalho executado por meio das plataformas digitais, ambos os textos citam
a flexibilização da carga horária, mas divergem quanto à perspectiva de autonomia apresentada sobre ela. No texto I, a
possibilidade de fazer o próprio horário, mesmo que em jornadas longas, é apresentada enquanto uma vantagem que sim-
boliza a autonomia do trabalhador. Já no texto II, essa possibilidade de flexibilização é questionada, e as longas jornadas
de trabalho são vistas como negativas e contrárias à proposta de autonomia no trabalho, conforme se lê no trecho: “Como
ter flexibilidade de horário se a pessoa trabalha de 9 a 11 horas por dia?”.
e) (F) O texto I cita a modalidade do serviço como um mercado oportuno, mas não discute a garantia de ascensão profissional
dos trabalhadores. Já o texto II não menciona essa temática, de modo que esse fator não constitui uma divergência de
perspectiva entre eles.


a) (F) O fenômeno da hipercorreção não ocorre especificamente devido à pressão sofrida por falantes em momentos de exposição.
Embora a pressão social possa influenciar o comportamento linguístico das pessoas, a hipercorreção é mais relacionada ao
desejo de se adequar às regras normativas.
b)(F) A hipercorreção não é resultado do desconhecimento sobre as formas espontâneas de uso da língua. Quando esse processo
ocorre, os falantes geralmente conhecem as formas espontâneas e que fogem ao padrão, mas, por insegurança linguística,
acabam utilizando uma forma que não é nem a espontânea nem a prevista pela tradição normativa.
c) (F) A hipercorreção não envolve uma tentativa de imitar a variante legitimada por escritores consagrados, mas ocorre quando
o falante busca adequar a comunicação a regras normativas, mesmo que erroneamente. Entretanto, essas regras podem
não ser respaldadas por escritores consagrados. Portanto, a hipercorreção surge como uma tentativa exagerada de seguir
as normas prescritivas, independentemente da prática de escritores consagrados.
d)(V) De acordo com o texto, o fenômeno da hipercorreção consiste na tentativa de utilizar a língua da forma mais correta possível.
Entretanto, nesse contexto, alguns falantes não têm domínio das regras normativas e se recusam a usar a língua de forma
mais espontânea, entendendo esta como inadequada. Assim, fazem um uso da língua que nem é o corrente, habitual, nem
é o previsto pela gramática normativa. Desse modo, a recusa ao uso de uma variante não normatizada em determinadas
situações comunicativas pode levar à hipercorreção.
e) (F) No texto, menciona-se ironicamente o “patrulhamento de quem se acredita mais realista do que o rei”. Entretanto, o texto
explica que a hipercorreção é um fenômeno motivado por pessoas que possuem incertezas quanto às regras gramaticais,
o que pode ser fruto de uma conjuntura de “patrulhamentos” linguísticos, mas que pode ocorrer também quando não há
repressão explícita nesse sentido.

a) (F) O mural apresenta uma relação entre jovens negros (mas não necessariamente periféricos) e a criminalidade atribuída a
eles. Entretanto, a perspectiva de arte apresentada não é crítica especificamente a criminalidades presentes nesse grupo,
mas sim ao fato de que, por muitos anos, somente essa visão de marginalização foi propagada a respeito desses jovens.
b)(F) O mural pode gerar a reflexão sobre a precarização da educação, já que ambos os textos apresentam essa temática em
sua composição. Entretanto, a perspectiva artística focalizada pela obra direciona uma crítica à reprodução discriminatória
de jovens negros, motivo pelo qual elementos dessa representação são ressignificados por meio da junção com elementos
relacionados à educação.
c) (V) A obra de Robinho Santana alude a um racismo estrutural que tende a destacar imagens de pessoas negras de modo
discriminatório, em posições inferiores e/ou associadas à criminalidade. Nesse contexto, o mural Retomada demonstra um
jovem negro encapuzado portando um capelo e um diploma. O capuz sugere a posição de marginalidade atribuída a ele;
enquanto o capelo e o diploma sugerem essa ressignificação proposta pelo artista, indicando a ascensão desse jovem por
meio da educação e a crítica à perspectiva que apresenta a pessoa negra como inferior ou criminosa.
d)(F) A problemática suscitada no texto I pode supor uma ausência de investimentos em cultura nas comunidades periféricas,
como se lê em “Eu vim de Diadema e lá é um lugar em que a cultura sempre foi muito escassa”. Entretanto, a crítica susci-
tada não enfoca esse aspecto, mas sim a ressignificação das recorrentes representações discriminatórias de jovens negros
da periferia.
e) (F) O artista afirma que pretende representar a educação como uma arma para a revolução contra a discriminação sofrida por
jovens negros. Entretanto, na obra não há referências explícitas à violência em ambientes escolares, sendo o enfoque a
ressignificação da figura do jovem negro, que passa a ser representado como alguém que tem a educação como sua arma.

a) (F) O texto indica que, antes de possuir uma regulamentação, o beach tennis tinha regras que variavam de acordo com cada
situação. Porém, o texto não expressa que o estabelecimento de regras comprometeu essa possibilidade de adequação,
a qual pode seguir ocorrendo em contextos não profissionais da modalidade.
b)(F) O texto expressa que a definição de regras para a prática do beach tennis impulsionou o desenvolvimento de materiais
e acessórios voltados para essa prática, porém não aponta que essa regulamentação promoveu a comercialização desses
produtos.
c) (F) Embora o texto aponte que há uma crença de que o beach tennis originou-se do tênis, não há informações indicando que
uma dessas modalidades segue os critérios da outra, até porque, para serem consideradas distintas, elas devem ter regras
diferentes.
d)(F) A regulamentação aconteceu justamente no sentido contrário ao de flexibilizar, uma vez que foram instituídas diretrizes a
serem seguidas na prática do esporte. Portanto, embora a modalidade possa ter aspectos flexíveis, estes não são eviden-
ciados pela definição de regras. Além disso, esse tópico não é explorado pelo texto.
e) (V) De acordo com o texto, a instituição de regras para a prática do beach tennis contribuiu para que o jogo se tornasse inte-
ressante e atrativo, ampliando-se assim a quantidade de praticantes e de torneios dessa modalidade. Portanto, conclui-se
que a regulamentação desencadeou a propagação do esporte para mais pessoas.


a) (F) O trecho em questão se relaciona com a ideia central de que o Google investiu bastante dinheiro na campanha contra o
PL das Fake News. Entretanto, essa ideia não é enfatizada principalmente nesse excerto, pois ele não especifica os gastos,
apenas aponta o destaque da empresa como anunciante político nas redes.
b)(F) O excerto não é comparativo e não reforça a ideia central relacionada à quantia investida pelo Google em uma campanha
específica, mas sim indica uma consequência do alto investimento.
c) (F) O trecho aponta um elemento que constitui a campanha patrocinada pelo Google, e não apresenta comparação que reforce
diretamente a ideia central quanto aos gastos da empresa em anúncios contra o PL das Fake News.
d)(F) O excerto apresenta uma opinião sobre os possíveis impactos do PL das Fake News e que está presente em uma das
campanhas do Google. Embora a percepção mencionada enfatize a posição contrária do Google ao projeto de lei, ela
não é comparativa e não reforça o aspecto central da reportagem, que é destacar os gastos da empresa nessa campanha
específica.
e) (V) A tese central sobre o valor investido pelo Google abordada na reportagem, evidente desde a manchete, é de que foi
alta a quantia que o Google gastou em propagandas contra o PL 2 630, revelando a importância que a empresa confere
ao assunto. Um trecho que reforça essa ideia é “a última campanha do Google registrada no Facebook e Instagram tinha
sido em novembro de 2022 […]. Nela, o Google pagou menos de R$ 100.”. Ao comparar a quantia investida na campanha
contra o PL com essa última quantia, reforça-se o quão alto foi o valor investido contra o projeto de lei.

a) (F) Pelo texto, pode-se compreender que houve mudança no marketing nos anos 1970, quando o esporte passou a ser utilizado
para alcançar mercados consumidores por meio de eventos internacionais. Todavia, o que exemplifica a atual relação entre
esporte e consumo é a promoção desses eventos por diversas empresas com foco no alcance de novos mercados, e não a
mera existência do torneio.
b)(F) De acordo com o texto, o esporte-espetáculo foi consequência tanto da difusão de hábitos esportivos quanto da confor-
mação de uma cultura de massa. Dessa forma, a mudança da visão sobre o esporte é resultante dos dois eventos.
c) (F) O texto aponta a interferência do marketing de grandes empresas na gestão do esporte, que, por sua vez, tem requerido
métodos modernos de administração. No entanto, a reflexão não está nas novas formas de gestão esportiva, e sim no
impacto da visão mercadológica sobre os eventos.
d)(V) De acordo com o texto, a visão atual do esporte como “um dos ‘veículos de comunicação’ mais utilizados pelo mundo
empresarial” destaca a relação contemporânea entre esporte e consumo. Dessa forma, há alteração na finalidade da prática
corporal, uma vez que o esporte-espetáculo está fortemente vinculado a atividades econômicas, afastando-se de objetivos
originais, como saúde, socialização e competitividade esportiva.
e) (F) Quando o texto aponta que a difusão de hábitos esportivos transformou “os principais eventos esportivos em espetáculos
altamente veiculados pela mass media”, é possível inferir que o esporte virou um objeto de consumo por causa dos efeitos
da cultura de massa, não havendo, no texto, uma relação de equiparação entre esses dois elementos, que não são neces-
sariamente separados um do outro.

a) (F) No poema, não há referências sobre a incorruptibilidade do amor, visto que se menciona, na verdade, as perdas do senti-
mento que se oferece. Além disso, o eu lírico não demonstra rejeição a esse sentimento, mas sim apresenta uma reflexão
sobre a complexidade e a ambiguidade desse sentimento, reconhecendo as dificuldades de doar e compartilhar o amor
da forma como ele é quando oculto.
b)(F) O eu lírico do poema não opõe a introspecção à necessidade de reciprocidade. Na primeira estrofe, apresenta-se o aspecto
introspectivo, “indizível”, do amor, para, em seguida, apresentar questões como a perda e a destruição que envolvem ofere-
cer sentimento. Entretanto, não há elementos explícitos que indiquem que essas questões sejam oriundas da necessidade
de reciprocidade.
c) (F) No poema, não se estabelece uma contraposição entre o desejo amoroso e a construção realista. Em vez disso, o eu lírico
enfoca a perda e a autodestruição naturais (e reais) que ocorrem quando o eu lírico busca oferecer seus sentimentos.
d)(F) Os versos do poema não evocam uma assimetria entre sentir e calar. Na primeira estrofe, o sentimento do amor se mostra
como oculto no eu lírico, associado às ações dele de sentir e calar. Ao longo dos versos seguintes, a busca pela expressão
dos sentimentos revela-se como um processo em que há perdas, destruição e perversão. Esses aspectos revelam uma
assimetria, na verdade, entre o amor que é oculto e aquele que é revelado, e não entre calar e sentir.
e) (V) O poema trata inicialmente de um amor não revelado, o qual é oculto e internalizado no eu lírico (“dentro de mim / o oculto /
amor”). Esse sentimento encoberto contrapõe-se paradoxalmente ao que é oferecido, o qual se mostra tanto dado quanto
perdido. Isso é evidenciado na segunda estrofe: “não te dou senão / o que vou tecendo / de perda em perda”. Observa-se,
portanto, uma justaposição de contrários: o amor guardado não pode ser revelado, já que, no processo de revelação, há uma
perversão do que é dado (“o que dou perverte / o que dou”). Esse aspecto também é evidenciado no título: “O indizível”.


a) (F) O cartaz sugere um conjunto de soluções para o problema social das notícias falsas. Em uma delas, há a informação de se
verificar a data da publicação. Isso quer dizer que é necessário checar o momento em que determinada notícia foi divulgada,
e não que as matérias antigas devem ser procuradas.
b)(F) Algumas das ações propostas pelo cartaz em análise são considerar a fonte da notícia, como o site em que ela foi divulgada,
e verificar o autor da informação. No entanto, o cartaz não apresenta as origens das notícias falsas, visto que não aponta
sites nem autores específicos.
c) (V) O cartaz apresenta diversas ações relacionadas ao consumo de informações nos meios de comunicação, em especial na
internet. A fim de propor uma solução para o problema das notícias falsas, os tópicos apresentam formas de verificar a
veracidade dos discursos, possibilitando a identificação de informações falsas.
d)(F) O cartaz aponta ações para atestar a veracidade das notícias, em especial aquelas divulgadas em ambientes virtuais. Essas
ações são propostas, e não normas, uma vez que o cartaz não pretende estabelecer regras para o consumo de informações.
e) (F) Os diversos conselhos apresentados são colocados de forma independente entre si, ou seja, sem estabelecer uma sequên-
cia de etapas. Assim, não é necessário seguir primeiramente o que é colocado no início para então fazer as demais ações.
Também não é necessário realizar todas as ações, pois, ao se identificar a falsidade do discurso, este já está inválido.

a) (V) Na leitura da carta, as expressões afetivas “Manuel do coração”, “era um abraço pela certa” e “Manuela” (nome da má-
quina em homenagem ao amigo) indicam que Mário de Andrade e Manuel Bandeira são amigos íntimos. Dessa forma, a
linguagem carinhosa utilizada pelo autor busca estabelecer uma comunicação amena, afável, agradável com o destinatário.
b)(F) A linguagem amena, comum em algumas situações do cotidiano, pode, de fato, ser utilizada em conversas sobre assuntos
de pouca relevância. No entanto, no trecho lido, o autor comenta que está muito feliz com a aquisição da máquina, de-
monstrando ser este um assunto relevante para ele.
c) (F) Ao final do trecho, o autor deu à máquina o nome de Manuela em homenagem ao amigo, mas, segundo o texto, fez isso
sem refletir. Como ele não planejou dar esse nome, que surgiu durante o momento da escrita da carta, a linguagem utilizada
tinha outros objetivos, e não o de surpreender o destinatário, especificamente.
d)(F) Embora o autor comente ainda se sentir atrapalhado com a nova máquina, a linguagem utilizada serve para reforçar a inti-
midade entre ele e o destinatário, e não para destacar a sua falta de técnica no uso do equipamento.
e) (F) A carta é escrita de modo a espelhar a relação entre os amigos Mário de Andrade e Manuel Bandeira, sem evidenciar ca-
racterísticas da máquina ou da tecnologia, e sim a intimidade entre os dois.

a) (F) No poema, o eu lírico não se mostra inconformado com a perspectiva de que a vida irá ter um fim, em vez disso, essa pers-
pectiva é observada como uma libertação que permite que a verdadeira vida seja alcançada.
b)(F) O eu lírico não considera o futuro como desconhecido, mas sim como predeterminado, sobre o qual ele tem a convicção
de que é algo bom, pois o futuro, no texto, se refere à morte, que é tida pelo eu lírico como a vida eterna ou verdadeira.
c) (V) No poema, observa-se o predomínio de uma visão de mundo marcada pelas ideias de resignação e renúncia diante dos
prazeres terrenos, justificadas pela crença de que o sacrifício será recompensado na vida após a morte. A carga simbólica
que envolve essa visão é reforçada pelo uso de construções antitéticas, como identifica-se nos dois últimos versos, em que
há os pares de ideias contrárias “Noite” e “Aurora” e “Vida” e “Morte”. Estes são utilizados para reforçar o pensamento,
desenvolvido em todo o poema, de que resistir às coisas terrenas possibilita que se encontre na morte a libertação.
d)(F) O amor é referido na primeira estrofe como algo que não deve ser concretizado, pois, pela visão do eu lírico, renunciar ao
amor e não ceder aos prazeres terrenos faz parte do sacrifício necessário para alcançar a graça da vida eterna. Portanto,
não há um sentimento de inadequação, e sim de disposição para a renúncia.
e) (F) Não se pode inferir do texto que o eu lírico tenha tido uma vida sem realizações, pois, apesar de a ideia de renúncia per-
passar todo o poema, ela é retratada como uma expectativa do eu lírico de obter uma vida verdadeira após a morte.

a) (F) Nos primeiros dois versos do excerto, o eu lírico faz menção à voz comunitária que se une à dele para se dirigir ao “Senhor
dos campos”. Entretanto, não há referências a manifestações especificamente, mas sim a uma coletividade que conclama
junta seus direitos e sua necessidade por melhorias.
b)(V) O poema apresenta uma crítica social que dialoga com o contexto histórico de lutas das ligas camponesas. “Os Homens da
Terra” revela, portanto, um engajamento coletivo que reivindica que os camponeses tenham melhores condições de vida
no lugar onde produzem lucros. No texto, o eu lírico se volta ao “Senhor dos campos” para pedir e suscitar a necessidade
de paz e de posse conjunta da terra, para que possam também ceifar e colher. Desse modo, eles reivindicam condições
sociais melhores, diferentes das que têm sido vivenciadas de modo sofrido por esse grupo.
c) (F) A luta de trabalhadores camponeses explícita no texto não está ligada ao direito de permanência nas áreas rurais, pois isso
não está sendo ameaçado. O que eles pedem é a possibilidade de também poderem aproveitar dos frutos abundantes da
terra, não sendo mais subjugados à miséria enquanto os donos de terra detêm tanto.

d)(F) As questões mencionadas no poema sugerem que, de fato, a força de trabalho dos camponeses, entre os quais o eu lírico
se identifica, é relevante para a produção econômica do país. Entretanto, não é isso que a crítica social explícita no poema
defende, mas sim alguns direitos e melhorias para esse grupo de trabalhadores.
e) (F) No poema, conclama-se, de fato, equidade quanto ao usufruto da terra na qual os camponeses trabalham. Entretanto, quan-
do se menciona “Queremos bonança e paz”, refere-se à possibilidade de cuidar da terra e de ceifar livremente, de modo
que o enfoque secundário do texto se refere a algum tipo de harmonia social entre classes distintas, e não de operários.

a) (F) Não há informações nos textos que confirmem uma rejeição a referenciais estéticos culturais da elite. A letra da canção e a
inter-relação musical (mencionada no texto II) reforçam um viés irônico por parte do eu lírico, que subverte a música erudita
ao torná-la parte da composição do samba.
b)(F) O que se destaca por intermédio da inter-relação musical retratada não é a possibilidade de o samba se fundir a gêneros
consagrados. Essa mescla é feita, na verdade, para dar uma base ao tom crítico e irônico, que visa criticar a marginalização
do samba por parte de grupos sociais elitizados.
c) (F) Na letra da canção, ironiza-se o desprestígio do samba por parte de um grupo social elitizado. Entretanto, não há elementos
que expressem lamento por parte do eu lírico. O que ele faz é prestigiar a cultura brasileira ao afirmar que o samba tem
valor e ao, ironicamente, introduzir um trecho de uma ópera clássica na canção.
d)(F) Considerando o conteúdo da letra do samba, conclui-se que a inserção de um trecho de uma obra de Tchaikovsky não
objetiva popularizar o acesso a esse tipo musical. Pretende-se, na verdade, ironizar uma atitude da elite brasileira da época
quanto aos estilos musicais inter-relacionados na canção, subvertendo um gênero supervalorizado ao integrá-lo a um samba,
gênero marginalizado.
e) (V) No texto I, ao ironizar o desprezo de Madame pelo samba, o eu lírico critica uma lógica de hierarquização e valoração da
cultura clássica em detrimento da cultura popular, como se aquela fosse melhor do que esta. Ao mesclar o erudito europeu
com o popular brasileiro, João Gilberto enfatiza a crítica a essa visão, reforçando o valor da arte popular nacional.

a) (F) Uma das mudanças do Tradutor, mencionada no texto, é a promessa de mais acessibilidade. No entanto, o texto menciona
apenas a inovação, sem deixar explícitos processos de análise de demandas relacionadas à acessibilidade.
b)(F) De acordo com o texto, as mudanças na ferramenta ocorrem no aplicativo, ou seja, qualquer usuário terá acesso a elas.
Porém, não foi mencionada a oferta de experiências diferentes para cada pessoa.
c) (F) No texto lido, a informação de que a ferramenta possui mais de um bilhão de usuários é uma forma de afirmar a popula-
ridade da tecnologia, sem necessariamente relacionar esse dado às recentes mudanças implementadas na ferramenta de
tradução.
d)(F) A pequena parcela de idiomas mencionada no texto está relacionada somente à tradução de expressões idiomáticas. As
demais funções da ferramenta de tradução servem para todos os idiomas presentes na plataforma.
e) (V) Ao afirmar que a ferramenta fornecerá traduções considerando o contexto, o texto expõe que a tecnologia de informação
atual considera a diversidade de situações que envolvem a comunicação, como a tradução de expressões idiomáticas de
alguns idiomas, a veiculação de informações por imagem e a fluidez de informação entre pessoas que necessitam de me-
canismos de acessibilidade.

a) (F) Embora o monopólio sobre as informações fosse uma crítica que Machado de Assis fazia constantemente aos telegramas,
o fragmento em questão não apresenta observações acerca desse domínio empresarial sobre a comunicação.
b)(F) Embora o texto fale sobre informações dúbias e desencontradas, não há uma relação direta com a ideia de reportagens
falsas, uma vez que a principal crítica do narrador é direcionada ao uso de recursos comunicativos que prezem o sensacio-
nalismo midiático na transmissão de notícias, conforme se lê em: “Sabe-se que o superlativo paga o mesmo que o positivo;
naturalmente o telegrama não custou mais caro.”. Desse modo, o foco da crítica é o uso de hipérboles e superlativos no
repasse de notícias, e não a falta de veracidade dos fatos narrados.
c) (F) Apesar de falar sobre a imprecisão de informações, o narrador descreve o conteúdo dos telegramas recebidos para eviden-
ciar o sensacionalismo das mensagens, sem indicar que esse comportamento aconteceu por limitações tecnológicas.
d)(V) No trecho, o narrador descreve as diferenças de tom e o exagero na transmissão de informações promovidas por telegramas
diversos que recebeu em um mesmo dia, evidenciando a proliferação de sensacionalismos que essa tecnologia midiática
podia causar. Esse aspecto pode ser observado nos comentários irônicos que o narrador faz ao referir-se às informações dos
telegramas, como em: “Telegrafaram a 16 esta notícia, acrescentando que ‘o povo dá demonstração sensível de indignação’.
Para quem conhece a técnica dos telegramas, o povo estava jogando o bilhar.”.
e) (F) O trecho demonstra que o narrador recebe vários telegramas em um mesmo dia, mas não indica que esse recebimento
simbolizou uma sobrecarga de informações para ele ou que essa transmissão acontecia rapidamente.


a) (F) No texto, o narrador utiliza predominantemente o tempo verbal passado para se referir aos eventos relatados. A maior
parte da enunciação, portanto, ocorreu em momento posterior aos eventos. Assim, não há utilização contínua de um tempo
próprio do momento da enunciação, que seria o presente.
b)(F) Embora entre o primeiro e o segundo parágrafo haja um aparente salto de tempo, não é exatamente o que acontece, já
que o “desde” expressa a ideia de permanência. Entre o segundo e o terceiro parágrafo, por exemplo, há uma relação de
sequência temporal na referência à saída da cela e ao retorno a ela. Além disso, não há digressão associada à relação entre
os parágrafos.
c) (V) A relação lógico-semântica entre os três parágrafos do trecho é caracterizada pela presença, no início de cada um deles,
de marcadores temporais, os quais situam os fatos no tempo e demonstram a progressão entre estes. Assim, no primeiro
parágrafo, o autor utiliza a expressão “Desde o primeiro dia” para introduzir os eventos ocorridos a partir de sua entrada
na penitenciária; já no segundo parágrafo, o marcador “Certo dia” estabelece um recorte para tratar da especificidade de
um dos dias que o narrador viveu na penitenciária; no terceiro parágrafo, o uso de “Novamente” e “Outra vez” recupera a
ideia de isolamento enunciada no começo do trecho.
d)(F) Apenas no primeiro parágrafo há a retomada de um termo com o objetivo de explicá-lo: a palavra provas, presente no
primeiro período, é retomada no segundo, no singular, com essa finalidade. Essa ocorrência, portanto, se dá entre períodos,
e não entre parágrafos.
e) (F) O foco narrativo do relato está em primeira pessoa, o que permanece no decorrer do texto, uma vez que o narrador é
também uma personagem dos episódios relatados. Desse modo, não há mais de um foco e não é apresentada mudança
nesse sentido.

a) (V) O gesto de levantar o cartão de penalidade em um jogo indica que o árbitro está advertindo ou expulsando um jogador, de
maneira que este pode não retornar para a partida. Ao construir uma imagem com esses elementos (as mãos levantando o
cartão em que está escrito “fim de jogo” e “racismo”), o cartaz representa o intuito de que as pessoas se unam no combate
ao racismo, de modo que este seja expulso “de campo”, em uma metáfora a todo o ambiente do esporte.
b)(F) A representação de duas mãos de cores diferentes sugere união, mas não se pode afirmar que essa união é necessariamente
dos atletas em combate ao racismo.
c) (F) Os recursos visuais da imagem não representam a ausência ou a efetividade das políticas públicas de combate ao racismo,
eles apenas ilustram que, sendo um crime, o racismo deve ser expulso do esporte e da sociedade.
d)(F) O desejo de expulsar o racismo se dá, entre outros motivos, pelo potencial nocivo dele, mas as mãos levantando o cartão
não retrataram visualmente esses riscos especificamente.
e) (F) Apesar de o cartaz reforçar uma diversidade étnica ao colocar duas mãos com características distintas no centro, essa sim-
bologia refere-se à união de toda a sociedade para expulsar o racismo, e não a uma maior necessidade de diversidade em
campo.

a) (F) A disponibilização de idiomas mencionada não é relevante para o patrimônio linguístico por conscientizar grupos tecnológi-
cos sobre o desenvolvimento específico de teclados com caracteres especiais. No texto, não se encontra, ao mencionar essa
nova tecnologia, um enfoque de conscientização, mas sim se aponta a falta de ferramentas como essa no mercado, revelando
os desafios da população indígena para se comunicar em sua língua nativa por escrito por meio de ferramentas digitais.
b)(F) O texto apresenta, sim, pesquisas sobre a extinção de línguas indígenas. Todavia, o impacto da disponibilização desses
idiomas para o patrimônio linguístico e identitário não reside principalmente no fato de que isso amplia discussões, mas
sim no fato de que propicia o uso dessas línguas em ambientes digitais.
c) (F) A disponibilização das opções de idioma mencionadas no texto não visa promover uma interseção entre línguas. O objetivo
é possibilitar que os falantes de línguas indígenas possam participar de conversas virtuais, de um modo que não sejam
obrigados a aderir ao português ou a substituir os caracteres de que precisam. Isso colabora para a preservação de línguas
importantes para o patrimônio linguístico brasileiro.
d)(F) Segundo a reportagem, a empresa espera, ela própria, disponibilizar outros idiomas, como o cherokee. Não há informações
sobre o incentivo a outras empresas para a inclusão de línguas ameríndias. A importância dessa iniciativa, defendida ao
longo de todo o texto, é a de evitar a extinção de línguas indígenas, preservando-a, inclusive, na forma escrita, sendo essa
a sua importância para o patrimônio linguístico.
e) (V) A disponibilização do kaingang e do nheengatu entre as opções de idioma do notebook amplia os espaços de uso dessas
línguas, o que contribui para a sua preservação, visto que o fato de haver pouco espaço para essas línguas nos ambientes
digitais dificulta o uso desses idiomas pelas pessoas indígenas, agravando o risco de extinção da língua. Portanto, dispo-
nibilizar as opções de idioma dessas línguas é relevante para o patrimônio linguístico e identitário do Brasil pelo fato de
incentivar seu uso e fomentar sua preservação nos diversos ambientes.


a) (V) No texto, a personagem entende que só existe uma variante possível da língua, invalidando a evolução desta, as intervenções
sofridas por ela e a expressão dos diferentes tipos de registro, pois considera que a língua verdadeira é aquela utilizada
pelos autores consagrados da Literatura (sendo estes os portugueses, não os brasileiros). Essa perspectiva pode ser lida
em: “A língua lusa era-lhe um tabu sagrado que atingira a perfeição com frei Luís de Sousa, e daí para cá, salvo lucilações
esporádicas, vinha chafurdando no ingranzéu barbaresco.”.
b)(F) No trecho, a personagem não considera que variantes informais devem se restringir a seus contextos. Na verdade, segundo
sua visão, elas sequer deveriam existir, pois são classificadas como “ingranzéu barbaresco”.
c) (F) A intenção da personagem não é conservar a língua de seu tempo, mas a de um tempo anterior, pois sua inspiração está
em autores portugueses do passado, e sua referência é a “língua lusa”.
d)(F) Para a personagem, nem mesmo os autores brasileiros, como Gonçalves Dias, são dignos de veneração pelo seu uso da
língua, uma vez que ela só considera a versão lusa como a adequada. Quanto a autores como Dias e demais escritores da
época, a personagem classifica seus usos como “regionalismo de má sonância!” e “garabulha bordalenga”.
e) (F) A personagem atribui prestígio a uma variante, mas não assume a existência de outras, pois, para ela, só a língua lusa deveria
existir; as outras não poderiam sequer ser consideradas como opções. Esse posicionamento da personagem pode ser visto
em trechos como: “A ingresia de hoje — declamava ele — está para a Língua como o cadáver em putrefação está para o
corpo vivo.” e “Língua? Chama você língua à garabulha bordalenga que estampa periódicos?”.

a) (F) Embora o trecho inicial do texto contenha uma ironia relacionada ao sentimento de superioridade de norte-americanos em
relação a outros países, não há enfoque no aspecto técnico dos países tidos como “desenvolvidos”. Desse modo, o foco
dos argumentos é refletir acerca da visão estereotipada e restritiva que os longas mencionados apresentam sobre países
entendidos como secundários na conjuntura global.
b)(V) Ao comentar que há uma visão alterada a respeito de outros países, como o México e a Índia, o texto apresenta uma crítica
à representação estereotipada desses lugares e do Brasil em produções de Hollywood. A estratégia argumentativa, então,
é evidenciar que a visão dos Estados Unidos a respeito desses países é estigmatizada e, em certos casos, alheia à realidade.
c) (F) No texto, há a menção a outros filmes que utilizaram imagens estereotipadas de países como o México e a Índia; entretanto,
a menção configura apenas uma citação breve, sem existir uma descrição sobre esses longas.
d)(F) O texto é iniciado com a alegação da recorrente presença do Brasil em produções cinematográficas. Todavia, essa é uma
informação para destacar que, de certa forma, o cenário brasileiro é relativamente comum em filmes e que, mesmo assim,
ainda é representado de forma estereotipada.
e) (F) No trecho, afirma-se que algumas cenas do filme Velozes e Furiosos 10 são ambientadas no Brasil, mais precisamente no Rio
de Janeiro. No entanto, essa informação, por si só, não expressa o principal argumento que embasa a crítica à representação
brasileira em produções hollywoodianas.

a) (F) Apesar de haver, no trecho, uma menção a um “futuro promissor”, que pode estar ligado à ideia de evolução tecnológica,
não há uma análise do ritmo dessa evolução no país como um todo.
b)(F) No trecho, há indícios de que alguns elementos da natureza (“tâmaras e amêndoas”) eram fonte de nutrição para a família.
Entretanto, não é esse contexto que contribui para a representação ficcional da cidade de Manaus na narrativa.
c) (V) No trecho, a representação ficcional da cidade de Manaus é construída a partir de elementos tais como: um blecaute; o
esvaimento da euforia vinda de outras regiões; e a distância em relação à “era industrial”. Com esses elementos, o texto
sugere que Manaus se encontrava distante do restante do país, não apenas em aspectos geográficos, mas também socioe-
conômicos.
d)(F) No trecho, apresenta-se uma família em que a mãe opta por não comer para que os filhos comam e fiquem fortes. Esse
evento é uma exemplificação das dificuldades enfrentadas pelas pessoas na trama, e não elemento ficcional de construção
da representação da cidade de Manaus.
e) (F) Uma vez que há inauguração de uma nova capital nacional, enquanto Manaus enfrenta um blecaute, a crítica implícita é
direcionada à negligência do governo federal para com o norte do país, e não a uma eventual falta de abertura política.

a) (F) Geralmente, as letras de canções são versificadas, o que contribui com a musicalidade que deve ser conferida aos versos.
Assim, o texto não é escrito em versos para enfatizar as problemáticas sociais. Portanto, não é esse o aspecto favorecido
na canção pela importação de elementos de outro gênero textual (a carta).
b)(F) A letra da canção utiliza elementos da estrutura de carta pessoal, ou seja, epistolar, para transmitir uma mensagem específica
a um destinatário. Contudo, essa mescla não visa atenuar a linguagem emotiva, visto que esta é, na verdade, reforçada no
texto; isso acontece por meio do uso de expressões que transmitem os sentimentos e as emoções do enunciador.
c) (V) A letra da canção, ao importar elementos formais do gênero carta pessoal, apresenta uma linguagem que remete ao aspecto
da confidência entre enunciador e destinatário. Essa voz enunciativa empregada reforça a intimidade desses dois atores do
processo sobre as vivências mencionadas. Nesse contexto, o uso de expressões como “Meu caro amigo” e “me perdoe,
por favor” cria uma atmosfera de cumplicidade e confiança entre ambos, reforçando o aspecto da confidência no texto.

d)(F) O texto apresentado é uma canção que importa elementos típicos do gênero carta para comunicar conteúdos relativos a
determinado momento histórico. Entretanto, não se pode afirmar, pelo trecho, que a seleção vocabular propiciada por essa
importação de elementos visa descrever os diferentes tipos de controle midiático.
e) (F) A canção “Meu caro amigo” foi escrita pelo compositor em um contexto de exílio com o objetivo de enviar notícias sobre
um cenário sociopolítico. Entretanto, não há insumos no texto que evidenciem um caráter coletivo de reivindicações, ne-
cessariamente, apesar de haver um enfoque no olhar crítico do remetente sobre as notícias mencionadas.

a) (F) A obra não ressalta a possibilidade de a arte reparar os sofrimentos vividos pelo povo após a construção das barragens.
Em vez disso, segundo a perspectiva da artista, a arte constitui um registro visual desse sofrimento, preservando a memória
local e o próprio sentimento de ruptura experienciado por essa população.
b)(V) A obra é constituída da imagem de uma igreja sendo submersa após a construção de uma barragem em uma cidade do
interior da Bahia. Segundo o texto, a construção representava “o marco maior da fé da população de Remanso”. Anali-
sando a obra e as informações do texto, observa-se que a sensibilidade da artista destaca a dissolução do espaço físico
como elemento relacionado à dissolução também da identidade e da cultura de um povo, o qual tinha ali suas referências
e estimava o local a ponto de sofrer emocionalmente ao perdê-lo.
c) (F) Ao trazer a imagem de um acontecimento histórico, a obra pode ser associada à importância da arte fotográfica para a
preservação de memórias do âmbito coletivo, não tendo uma perspectiva voltada para a esfera individual.
d)(F) A informação de que a interferência na natureza e na biodiversidade pode gerar riscos para a espécie humana é de conhe-
cimento comum, sendo resultante de constatações científicas. Entretanto, não é isso o que a artista destaca ao representar
a inundação da cidade baiana. O que ela pretende mostrar é a perda de referências culturais e identitárias à qual toda uma
população foi submetida.
e) (F) Embora represente a destruição de um local, a obra não foi produzida pelos antigos habitantes do lugar, e não há indícios
de que ela foi feita com os escombros da cidade.

a) (F) No trecho lido, Aurélia se apresenta socialmente acompanhada por D. Firmina. Esse acompanhamento, no entanto, é para
evitar os “comentos malévolos” sobre sua vida, e não para relacionar a liberdade à figura da mulher mais velha. Ainda no
texto, há a menção de que Aurélia respeita D. Firmina por ser mais velha, mas que “não declinava um instante do firme
propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse”.
b)(F) No texto, verifica-se que Aurélia impõe suas vontades dentro de casa. Todavia, essa informação é uma forma de evidenciar a
liberdade da personagem em contraposição à figura da mãe de encomenda, sem relacionar ao eventual bem-estar causado
pela liderança do ambiente familiar.
c) (F) No texto, percebe-se que, por mais independente que fosse, a personagem ainda estava sujeita aos julgamentos da
sociedade. Para evitar os comentários malévolos, ela tinha em companhia D. Firmina Mascarenhas. Em outras palavras, a
liberdade de Aurélia não estava diretamente ligada a um avanço socioeconômico de fato, uma vez que a sociedade ainda
via a mulher como incapaz de ser emancipada.
d)(F) Aurélia aparecia em público acompanhada por D. Firmina Mascarenhas para “condescender com os escrúpulos da socie-
dade brasileira”, ou seja, evitar ser julgada. Essa ação, então, era uma forma de reduzir os comentários malévolos, e não de
efetivamente questionar as normas sociais.
e) (V) Embora fosse uma mulher que governava a própria casa, evidenciando sua autonomia e sua independência, Aurélia apare-
cia publicamente acompanhada para enfrentar as necessidades de validação social. Dessa forma, ela evitava comentários
maldosos, pois a sociedade brasileira, no contexto da obra, não aceitava que uma mulher solteira tivesse autonomia, sendo
essa visão, então, criticada no trecho.

a) (V) Na tirinha, o uso das linguagens verbal e não verbal têm a finalidade de abordar a postura de rejeição a fatos comprovados.
Essa rejeição é percebida no fato de a pessoa tipo 2 continuar acreditando que o resultado do cálculo é seis, ainda que a
pessoa tipo 1, por meio da concretização do cálculo, comprove outro resultado. Para isso, há o emprego de uma situação
cômica, característica desse gênero textual.
b)(F) Ainda que o cálculo apresentado seja um argumento embasado, ele serve apenas de exemplo ilustrativo do objeto principal
da tirinha: a postura de rejeição a fatos. A rejeição é comprovada pelo fato de a pessoa tipo 2 continuar acreditando que o
resultado do cálculo é seis, apesar de este apresentar outro resultado.
c) (F) Embora haja divergências na tirinha – uma das personagens muda de opinião após encontrar a resposta do cálculo mate-
mático –, o humor decorre do fato de a pessoa tipo 2 conscientemente negar um fato comprovado. Com isso, a tirinha não
aborda explicitamente o respeito às divergências, e sim a rejeição de fatos.
d)(F) Embora haja um cálculo matemático na tirinha, ele foi utilizado para exemplificar uma situação de comprovação de um fato,
e não para provocar reflexões sobre a interpretação matemática. No caso, o cálculo é o meio metafórico para a exposição
da crítica central da tirinha.
e) (F) No exemplo, a mudança de ponto de vista da pessoa tipo 1 é usada como mote para exemplificar a importância de se
reconhecer argumentos empiricamente embasados. Assim, considerando as linguagens verbal e não verbal da tirinha, não
foi enaltecida, como finalidade principal da tirinha, a capacidade humana de rever pontos de vista.


a) (F) Embora o trecho critique a exclusão de pessoas, citando o exemplo de crianças que não são escolhidas na aula de Educação
Física, ela não é a crítica central do texto, que não critica, de forma generalista, a exclusão de jovens das aulas.
b)(F) A principal crítica do texto se direciona à noção equivocada de que somente o corpo ideal pode praticar exercício físico. Para
embasar essa visão – e não para fundamentar a crítica –, o trecho cita as consequências da segregação, como as crianças
gordas serem excluídas. Dessa forma, esse comportamento é uma consequência secundária do pensamento gordofóbico,
não havendo menção à falta de estímulo para o desenvolvimento físico dessas crianças.
c) (F) No texto, embora seja mencionado o índice de massa corporal, a principal crítica é relativa à idealização de um corpo para
a prática esportiva; e não são mencionados métodos confiáveis para verificar a saúde corporal.
d)(V) De acordo com o texto, a gordofobia nos esportes ocorre devido à visão equivocada de que corpos gordos são inadequados
à prática de atividades físicas. Essa visão é manifestada na infância de crianças gordas e, com base no trecho, originada em
meios como o acadêmico. Por isso, a reflexão trazida critica a visão de que há um corpo ideal para a prática de atividades
físicas e busca reforçar o fato de que pessoas gordas podem praticar o exercício físico que quiserem.
e) (F) As mulheres entrevistadas afirmam que os corpos gordos “tudo podem e de tudo são capazes”. Dessa forma, a crítica
presente no texto é relativa à visão idealizada de que há um tipo de corpo específico para a prática esportiva, e não à ideia
de que corpos gordos estão aptos a atividades específicas.

a) (F) Ainda que o texto fale do sentimento de pertencimento que as pessoas procuram ao se fecharem em bolhas, esse aspecto
não é destacado como um impacto, mas sim como algo que explica o motivo para a formação das bolhas.
b)(F) Embora seja possível inferir que as bolhas digitais viabilizam a polarização, esse aspecto não é o foco do texto, que aborda
mais especificamente a falta de diálogo que é ocasionada por esses isolamentos digitais.
c) (V) De acordo com o texto, os algoritmos reforçam a busca dos indivíduos por afinidades temáticas e acabam criando espaços
virtuais em que opiniões divergentes são rejeitadas. Com isso, o texto indica que o principal impacto da existência das bolhas
digitais é a ampliação do distanciamento comunicativo entre os grupos de indivíduos que ocupam os diferentes espaços
digitais, visto que cada usuário fica isolado em uma realidade paralela, incomunicável em relação a outras perspectivas que
podem contradizer um ponto de vista previamente formulado.
d)(F) O texto menciona o questionamento acerca da qualidade dos meios de comunicação ao indicar que, hoje, há algumas
pessoas que se encontram em estado de descrença com a mídia tradicional. Essa menção, contudo, indica apenas que
esse fenômeno é um sintoma e também é parte do que viabiliza a formação de bolhas digitais, que invalidam opiniões e
informações divergentes.
e) (F) O texto cita a ausência de pluralidade não para caracterizar a grande mídia, mas sim para comparar a rejeição a ela com a
adesão dos usuários às informações transmitidas pelas redes sociais e pelos veículos digitais que, segundo o trecho, “não
têm compromisso com a pluralidade” das informações repassadas.

a) (F) Embora o texto cite que a língua portuguesa foi importada, ao abordar as línguas ameríndias, a autora não evidencia a in-
fluência semântica do português nesses dialetos. De modo que estas são citadas a partir da sua independência, sem serem
relacionadas ao português.
b)(V) Ao destacar que, em vez do português, a linguista optou por abordar as línguas indígenas no verbete sobre línguas brasilei-
ras, o texto torna evidente que o país é composto de diferentes culturas e que abriga, portanto, uma diversidade linguística
a qual revela histórias e perspectivas filosóficas que vão além das tradições ocidentais hegemônicas.
c) (F) A opção da linguista por inserir no verbete as línguas indígenas não lhes faz ter validade de idiomas oficiais do país, uma vez
que não cabe ao verbete esse papel e que seu objetivo é explorar, sem intenção de regulamentar, as variantes linguísticas
do país.
d)(F) As línguas indígenas foram escolhidas como uma forma de mostrar ao grande público a sua existência e, consequentemente,
evidenciar a violência sofrida pelos ameríndios com as invasões ao seu território e a tentativa de apagamento de sua cultura.
Portanto, ao destacar as línguas indígenas, o texto não evidencia a integração semântica e cultural dos ameríndios, mas
expõe a diversidade de línguas originárias como forma de posicionar-se sobre o apagamento dessas culturas.
e) (F) A decisão da linguista de abordar as línguas indígenas no verbete não evidencia a antiguidade greco-romana, pois o foco
passa a ser as perspectivas filosóficas presentes em línguas e culturas até então pouco conhecidas do público, conforme se
lê em: “[…] chama a atenção para certa filosofia que nunca se definiu como tal, porque suas palavras não vieram da Grécia
nem de Roma, mas sim de outra história: a dos habitantes do continente americano […]”.

a) (F) O texto aponta a ação da ONG Teto, focando favelas brasileiras. Entretanto, a apresentação do dado econômico é uma
estratégia argumentativa para exemplificar a baixa renda de muitos moradores desses locais, e não para descrever a preca-
riedade da região. Além do mais, apesar de isso ficar subentendido a partir de outros elementos do texto, esse dado não
realça diretamente a falta de oportunidades.
b)(F) A citação do dado econômico indica que muitas pessoas sobrevivem apenas com esse valor. Nessa menção, não há distinção
entre os moradores de cada local citado. Dessa forma, o texto não tece uma comparação nem cria prioridades de ações
diferentes, mas sim exemplifica realidades semelhantes em diversas regiões periféricas.

c) (F) O texto sugere que o combate à escassez financeira pode fazer parte do conjunto de objetivos da organização mencionada,
já que ela busca uma “transformação social”. Porém, o dado econômico apresentado (a renda mensal de R$ 154,00) não
indica diretamente os meios de combate a essa escassez.
d)(V) Para sensibilizar o leitor, uma das estratégias argumentativas é destacar as dificuldades financeiras de muitos habitantes das
regiões mencionadas, exemplificando uma realidade vivenciada: a renda mensal de R$ 154,00.
e) (F) Embora exista a citação de uma renda mensal baixa, o que sugere a importância da geração de renda, a apresentação do
dado econômico sensibiliza o leitor por se tratar de uma necessidade primária dos habitantes dos locais, e não secundária.

a) (V) O texto menciona que o Tomorrow R-1 é o primeiro satélite de radar meteorológico construído de forma comercial. Dife-
rentemente dos satélites meteorológicos existentes até então, que são de propriedade de e operados por agências gover-
namentais, o Tomorrow R-1 é um satélite desenvolvido e lançado por uma empresa privada. Essa abordagem comercial é
inovadora e expande o campo da observação e previsão do tempo para além do realizado por instituições governamentais,
permitindo que empresas privadas também tenham possibilidade de geração de informações climatológicas pertinentes.
Além disso, menciona-se no texto o amplo alcance dessa nova tecnologia, destacando a variedade de informações meteo-
rológicas geradas.
b)(F) O satélite Tomorrow R-1 oferece uma grande variedade de informações meteorológicas e é capaz de auxiliar as empresas
no planejamento em relação ao clima severo. Entretanto, não se menciona um atendimento personalizado, mas sim a pos-
sibilidade de ajudar áreas diversas com as tecnologias desenvolvidas.
c) (F) No texto, menciona-se que o novo satélite fornecerá ajuda às empresas nas previsões climáticas. Entretanto, não há, em
nenhum momento do texto, menção específica à autonomia desses grupos comerciais nessas previsões. Portanto, esse não
é o aspecto inovador mencionado.
d)(F) Embora seja mencionado no texto que a empresa pretende lançar mais duas dúzias de satélites do mesmo tipo nos próxi-
mos anos, esse não é o aspecto inovador mencionado. O lançamento de satélites em série para obtenção de informações
meteorológicas já é uma prática existente.
e) (F) Menciona-se, no texto, que o novo satélite poderá ajudar as seguradoras a trabalhar com agricultores na Índia e no Brasil.
Entretanto, a inovação não consiste no modo como os dados climáticos serão compartilhados, mas sim tem a ver com o
alcance e com o fato de serem advindos de um satélite próprio de empresa, algo não existente até então, segundo os
aspectos listados como diferenciais.

a) (F) No post, há informações sobre os pontos positivos do Método Canguru. Dessa forma, a função social do texto é divulgar
esse método, e não impedir práticas inadequadas em relação ao bebê, já que não se menciona esse tipo de prática.
b)(F) No post, apresentam-se alguns benefícios do Método Canguru. Um deles é a redução das taxas de infecção, mas não houve
um alerta sobre os riscos de infecções para o recém-nascido.
c) (F) A função principal desse texto é a divulgação do Método Canguru por meio da apresentação de pontos positivos do pro-
cedimento. Embora sejam fornecidas diversas informações, não há comparação com algum modelo de atenção adotado
anteriormente no Brasil, de forma que não há informações sobre uma eventual mudança no tratamento neonatal.
d)(F) Embora o post mencione a amamentação, a função do texto é divulgar o Método Canguru. Para isso, além da amamenta-
ção, há a citação de outros pontos positivos do método, como o contato pele a pele, o acolhimento ao recém-nascido e
os cuidados individualizados.
e) (V) A função social do post do Ministério da Saúde é divulgar informações sobre o Método Canguru. Para isso, o texto aborda
pontos positivos desse procedimento hospitalar, como a possibilidade de diminuir em até 10 dias o período de internação
de bebês prematuros.

a) (F) O autor não questiona a possibilidade de as máquinas assumirem tarefas humanas; em vez disso, admite que essa já é uma
realidade e indica que elas podem fazer determinadas tarefas com perfeição. O questionamento feito – e que é reforçado
pelo pós-escrito – é acerca do quão legítima ou desejável será a escrita de uma máquina diante do desejo de consumo do
público.
b)(F) No texto, ao contrário do que se afirma na alternativa, o autor considera que as máquinas podem criar livros perfeitos, mas
que elas falham em reproduzir sentimentos e imperfeições – mais desejáveis aos leitores.
c) (F) Ao mencionar a escrita, os procedimentos argumentativos utilizados pelo autor indicam que essa prática é baseada muito
mais nas incertezas do que nos aspectos previsíveis, conforme se lê em: “grande parte da história da Literatura pode ser
contada como uma busca obstinada da imperfeição, uma recusa a toda apreciação firme que brevemente se estabeleça”.
Segundo o texto, é essa imprevisibilidade e espontaneidade que diferencia a escrita humana da reprodução de diretrizes
prévias da máquina.
d)(F) O autor menciona o assombro sentido pelos escritores, os quais temem perder sua função para as máquinas, mas a ar-
gumentação construída no texto e a reiteração de autonomia exposta no pós-escrito contrapõem-se a esse assombro, já
que o autor afirma que prefere permanecer desassombrado por acreditar que as pessoas continuarão dando preferência a
autores humanos.

e) (V) Os argumentos utilizados no decorrer do texto e a inserção do pós-escrito demonstram a intenção do autor de defender a
ideia de que os leitores não buscam perfeição ou exatidão na Literatura, e sim histórias que prezem pela imperfeição e pela
sensibilidade, características típicas do ser humano. Estas podem refletir as incertezas e as “desrazões” das obras, sendo
escritas com intuição e sentimento, o que a máquina não consegue fazer. Assim, os argumentos e o uso do pós-escrito de-
monstram a visão e a escolha do autor de fortalecer a imprecisão humana enquanto elemento mais desejável pelo público
do que a sistematização perfeita, precisa e previsível da máquina.

a) (V) As duas telas, ligadas ao Renascimento e ao movimento Pop Art, respectivamente, apresentam visões consideradas ideais
em relação a seus respectivos períodos históricos. Por isso, a representação do corpo feminino em cada recorte temporal
está fundamentada em visões idealizadas de comportamento e de estética daqueles períodos, de forma a refletir a definição
do que é belo em cada época.
b)(F) O corpo feminino nos quadros está associado a visões idealizadas que buscam atender aos valores de determinadas so-
ciedades. Dessa forma, essa representação está fundamentada em padrões de beleza, e não no entendimento de que as
mulheres possuem corpos distintos.
c) (F) A noção de beleza é compartilhada socialmente, e muda a depender do período histórico. Por isso, a representação do
corpo feminino nas obras analisadas se fundamenta em padrões sociais, e não em vontades individuais em relação ao tra-
tamento do corpo.
d)(F) As obras foram produzidas com base em técnicas que, de fato, estão ligadas aos movimentos artísticos aos quais pertencem.
Todavia, as visões idealizadas de beleza feminina referentes a cada período são independentes dessas técnicas, uma vez
que o foco é o que se cultua, e não necessariamente o modo de ilustrar determinada visão ideal. Dessa forma, a represen-
tação do corpo feminino em cada tela está fundamentada em um padrão estético e comportamental que não se restringe
à técnica artística.
e) (F) A análise das telas sugere que houve mudança na idealização da beleza entre os períodos retratados. No entanto, a repre-
sentação do corpo feminino está fundamentada nas perspectivas socioculturais de cada época, e não necessariamente em
um eventual “aperfeiçoamento” das perspectivas sociais ligadas à noção de beleza.

a) (V) A canção homenageia uma artista da tradição popular nordestina, chamada Zabé da Loca. Ao discorrer sobre os feitos da
instrumentista, o compositor utiliza uma variante linguística associada à fala das pessoas do Sertão nordestino, ancorando-se,
portanto, em uma variante regional. O termo “zabé” é a forma como se pronuncia o nome Isabel nesse contexto, e termos
como “véia”, “lôca”, “muderno” e “pife” representam as pronúncias regionais de velha, louca, moderno e pífaro, respec-
tivamente.
b)(F) Não há predomínio de neologismos na canção, e sim o uso de uma variante linguística compartilhada pelas comunidades
rurais do Sertão nordestino.
c) (F) O uso da norma culta não é identificado no texto, já que a intenção do compositor é de se aproximar de uma variante
popular relacionada à realidade na qual se situa a artista homenageada.
d)(F) Para reiterar o talento da artista, a canção faz referência a nomes como Jimi Hendrix, Altamiro Carrilho e Charles Baudelaire,
que são, respectivamente, um guitarrista associado ao rock, um flautista voltado para o choro e um escritor. Estes são repre-
sentantes da arte popular que inovaram com seus trabalhos, não sendo considerados, portanto, ícones da música erudita.
e) (F) O texto foca o talento de uma instrumentista do Sertão, sem intenção de expandir essa homenagem individual para refe-
renciar a força de todas as mulheres do Nordeste.

a) (F) Embora o texto indique que, independentemente da geração, o período contemporâneo vive a era da digitalização das
experiências, a estratégia argumentativa da autora não se propõe a investigar os efeitos que essa virtualização pode
promover.
b)(F) O texto apresenta um comentário geral acerca das percepções que diferentes gerações possuem da tecnologia, citando
algumas invenções tecnológicas notáveis, como a energia elétrica. Contudo, esse contexto é apresentado não para ilustrar
o impacto provocado pela evolução tecnológica, mas para introduzir a perspectiva de que o digital e o real já não são peças
separadas como se pensava anteriormente.
c) (F) Apesar de indicar que há diferenças entre as percepções sobre a distância entre o real e o virtual de uma geração para outra,
o foco da argumentação não é apresentar essas diferenças como algo único, singular.
d)(V) Ao abordar o TikTok, a elaboração argumentativa da autora busca analisar o avanço da aproximação entre real e virtual pro-
movida pelas redes, indicando que essa rede social consegue gerar uma integração entre o conteúdo on-line e o cotidiano
dos indivíduos, conforme se lê em: “O que acontece no virtual é parte da rotina, sem rupturas, e a vida se estende para o
virtual em múltiplas práticas.”.
e) (F) Apesar de citar que boa parte das experiências reais são mediadas dentro do espaço digital, a estratégia argumentativa
do texto não busca avaliar as formas como essa mediação ocorre. A menção a essa mediação integra apenas o contexto
da argumentação e contribui para a reflexão central da autora de que o real e o virtual não devem ser entendidos como
distantes.


a) (F) A reportagem enfatiza uma prática artística que é caracterizada principalmente por transpor o objeto artístico a um novo
ambiente. Nesse processo, pode haver resgate de temas clássicos, porém a reportagem não indica que essa seria a principal
característica da prática mencionada.
b)(F) O texto aborda uma prática artística que é caracterizada pela mudança de mídia de uma obra. Essa prática, nas palavras da
diretora, propõe “paz e harmonia”, mas esse não é um aspecto principal indicado no texto nem há citação direta sobre a
arte como processo terapêutico.
c) (V) A reportagem é sobre o tableau vivant, manifestação em que atores ou modelos representam uma obra visual, como as
telas de Caravaggio. Esse texto aponta que, atualmente, a técnica também chegou à fotografia, ao cinema, à televisão etc.,
enfatizando uma prática artística que é marcada pela transposição midiática do objeto artístico, no caso, a transposição da
pintura para o teatro.
d)(F) A reportagem fala de uma manifestação artística não verbal, uma vez que as pessoas interpretam as cenas das telas somente
com o corpo. Porém, a reportagem só apresenta a performance não verbal, sem afirmar que a exaltação dessa performance
é a característica principal da prática artística.
e) (F) A prática artística é caracterizada pela mudança de mídia, ou seja, de exibição, como a transposição de uma tela pintada
para o teatro. Nesse processo, o texto não menciona a modernização da obra como uma característica importante dessa
prática.

a) (F) O gênero notícia caracteriza-se por ser objetivo na exposição de algum acontecimento ou assunto de interesse público.
Além disso, os textos desse gênero costumam ter marcação temporal específica. O texto apresentado não tem um caráter
objetivo nem apresenta algo associado a uma temporalidade específica, mas sim expõe uma temática e uma pesquisa
científica, apresentando seus resultados e análises ao público em geral, não especializado.
b)(F) O gênero reportagem é um texto jornalístico que explora de forma mais aprofundada algum acontecimento. Embora o
texto apresente algumas características do gênero reportagem, seu enfoque não se limita a expor uma temática de modo
aprofundado, mas seu foco é transmitir, para o público em geral, um conhecimento adquirido por meio de uma pesquisa
científica desenvolvida por pessoas especializadas. Além disso, o texto não foca a exposição de uma tese específica, mas
apresenta dados sobre a temática para expor uma problemática encontrada.
c) (F) O relatório de pesquisa é um gênero focado em expor os resultados de uma pesquisa desenvolvida durante alguma atividade
ou projeto para um público específico, geralmente o público acadêmico. Embora o texto em questão apresente dados de
pesquisas, estes servem para compartilhar com o público em geral um conteúdo de caráter científico (quanto às ciências
sociais, nesse caso) com o fim de tornar esses conhecimentos compreensíveis para esse público.
d)(F) Um dos aspectos que evidencia que o texto em questão não é um ensaio acadêmico é a linguagem. Nesse tipo de texto,
tem-se, geralmente, uma linguagem típica do meio acadêmico, e ele está voltado para um público restrito relacionado à
área. Já no artigo “O desafio da inclusão social nos museus de ciências”, o texto parte de um público especializado para o
público em geral.
e) (V) O texto, publicado em uma revista de divulgação científica, apresenta dados e informações extraídos de pesquisas produzi-
das e analisadas por pessoas especializadas (em ciências humanas e sociais, nesse caso). Essas informações são transmitidas,
no texto, de uma maneira compreensível por qualquer leitor não especialista. Dessa forma, o texto visa apresentar conceitos
científicos das ciências sociais de forma acessível e informativa, caracterizando-se como um artigo de divulgação científica.

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


a) (F) Embora, no texto, afirme-se que algumas formas de labor foram extintas ou quase, a utilização das Novas Tecnologias da
Comunicação e Informação (NTCI) não faz com que o trabalho criativo humano seja dispensável. Essas tecnologias, atual-
mente, apenas reproduzem e reestruturam os dados registrados pelos seres humanos, não tendo a capacidade de criar do
zero o conhecimento.
b)(F) Embora o uso de tecnologias tenha sido crescentemente disseminado em escala mundial na contemporaneidade, ele não
tem promovido a universalização dos saberes técnicos. O acesso a esses saberes e a compreensão deles são, na verdade,
pautas de discussão global, visto que, ainda hoje, os conhecimentos mais especializados se encontram centralizados em
uma pequena parcela da população.
c) (V) Conforme indicado no texto, as NTCI ressignificaram os hábitos e comportamentos humanos, extinguindo algumas formas
de trabalho e inaugurando outras. Essa indicação sugere que as novas tecnologias passaram a possibilitar a automação de
tarefas padronizáveis, ou seja, aquelas que seguem uma lógica predeterminada e que não necessitam de criações e inova-
ções ao longo de seu processo. Assim, alguns trabalhos que antes dependiam da ação humana acontecem atualmente de
forma automatizada, como os de enviar mensagens, acender luzes, apertar parafusos etc.
d)(F) O aumento da produtividade possibilitado pela automação das tarefas e pela nova disponibilidade da mão de obra hu-
mana fez com que as metas também fossem aumentadas. Assim, em muitos setores, em vez de garantirem a flexibilidade
das metas trabalhistas, as tecnologias fizeram com que esses objetivos se tornassem cada vez mais rígidos, planejados e
inegociáveis.
e) (F) Como indica o texto, algumas formas de labor humano passaram a ser menos necessárias do que outras devido à difusão
da tecnologia. Com isso, muitas pessoas que perderam seus empregos formais buscam novos meios para estabelecer uma
renda, fazendo com que a economia informal seja ampliada, e não retraída.

a) (F) A padronização dos espaços produtivos não contradiz nenhum princípio do capitalismo. Esse sistema econômico estabelece
a instituição de trabalhos assalariados sob o controle dos sistemas produtivos a fim de gerar o maior lucro possível, não
propondo críticas à padronização dos postos de trabalho.
b)(F) O capitalismo se fundamenta no pensamento liberal, que, em tese, prevê a garantia de direitos individuais fundamentais,
tais como o direito à propriedade, à expressão e à liberdade. Assim, ainda que muitas mobilizações sindicais defendam
pautas contrárias a aspectos inerentes ao capitalismo, é incorreto afirmar que elas são o meio pelo qual o fordismo contradiz
o sistema capitalista.
c) (F) A negociação de produtos a baixos preços é uma das bases do modelo fordista, que tinha como princípio o aumento da
produção e da lucratividade no menor tempo possível. Essa característica não contradiz o sistema capitalista, visto que ele
também está amparado na busca pelo aumento dos lucros e na redução dos custos.
d)(V) Um dos princípios basilares do sistema capitalista está relacionado à autorregulação do mercado e à lei da oferta e procura.
O modelo fordista, com sua dinâmica das linhas de montagem, impulsionou a criação de grandes estoques de produtos,
o que contradiz um princípio do mercado capitalista, visto que causa crises de superprodução quando a demanda não
acompanha a oferta.
e) (F) O acúmulo e a concentração de riquezas são princípios basilares tanto do capitalismo quanto do fordismo, visto que ambos
têm como base um aumento do lucro na cadeia produtiva.

a) (V) A atividade vulcânica na Islândia está associada à presença de um hotspot vulcânico logo abaixo do país, que é uma área
de intensa atividade geológica, provocada pelo fluxo de material magmático vindo do manto terrestre. Esse material mag-
mático é responsável pelo rompimento da crosta terrestre e pela formação de uma falha geológica conhecida como rifte
ou fenda. O rifteamento ocorre quando a crosta se afasta e se divide, expondo os limites entre placas divergentes.
b)(F) A subducção de limites oceânicos acontece quando uma placa oceânica afunda sob outra placa (geralmente continental)
por causa da diferença de densidade entre elas. Esse processo ocorre em zonas de convergência de placas tectônicas, o
que não é o caso da Islândia, que está localizada em cima de placas divergentes.
c) (F) A convergência de placas tectônicas ocorre quando duas placas tectônicas colidem. Esse processo geralmente resulta em
dobramentos e em atividades sísmicas intensas. Embora a Islândia esteja suscetível à ocorrência de abalos sísmicos, eles
são provocados por movimentações divergentes da Dorsal Meso-Atlântica, e não por movimentos convergentes.
d)(F) Escudos cristalinos são áreas geologicamente estáveis, ou seja, não são afetadas por grandes episódios tectônicos há mi-
lhões de anos. Geralmente, esses escudos são compostos por rochas cristalinas do Pré-Cambriano. Portanto, esse processo
não está relacionado à atividade vulcânica na Islândia, que contribui para o desgaste dos escudos cristalinos locais.
e) (F) É incorreto afirmar que a atividade vulcânica que ocorre na Islândia promove o metamorfismo em dobramentos modernos,
pois essas formações geológicas ocorrem em áreas de colisão entre placas tectônicas e o país está situado em uma região
marcada pela movimentação divergente dessas placas, que consiste no afastamento delas.


a) (F) Apesar de indicar que a EaD, por meio dos recursos tecnológicos, promove uma maior acessibilidade ao ensino superior, o
primeiro texto não caracteriza essa modalidade de ensino necessariamente pela integração digital, mas por sua atuação na
difusão do saber. Em relação ao ponto de vista apresentado no segundo texto, não é possível afirmar que ele caracteriza a
EaD pela precariedade técnica, pois, ainda que levante questionamentos sobre a efetividade dessa modalidade de ensino,
reconhece a sua potencialidade em determinadas áreas de formação.
b)(F) Embora o primeiro texto indique que a EaD possibilita uma flexibilidade aos estudantes, ele não menciona esse aspecto
no campo pedagógico, visto que não há referências à forma com que o processo educacional é conduzido. Além disso, o
segundo texto não menciona o despreparo docente nessa modalidade de ensino. Ainda que ele ressalte a limitação do
alcance da EaD, não atribui essa restrição a uma falta de capacidade dos professores.
c) (F) O ponto de vista expresso no primeiro texto cita o potencial de transformação social da EaD, porém, não aponta que essa
modalidade de ensino é caracterizada pelo financiamento público, já que não faz menção a nenhuma ação estatal espe-
cífica nesse sentido. Quanto ao ponto de vista exposto no segundo texto, não é possível afirmar que ele associa a EaD ao
pragmatismo do meio corporativo, visto que o questionamento apresentado se refere apenas ao nível de aplicabilidade
dessa modalidade de ensino em determinados contextos formativos.
d)(F) Em nenhum dos textos há indicações específicas sobre aspectos metodológicos adotados na EaD. Desse modo, o ponto
de vista expresso no primeiro texto não indica um favorecimento à aprendizagem coletiva nessa modalidade de ensino,
mas a atuação dela na difusão do saber. Já o segundo texto questiona a aplicabilidade da EaD em determinadas áreas de
formação, sem apontar uma possibilidade de personalização do currículo.
e) (V) No primeiro texto, apresenta-se uma perspectiva que considera a EaD como uma modalidade de ensino que democratiza
o acesso educacional ao ofertar cursos de forma mais adaptável a contextos em que os indivíduos têm maior dificuldade
para acessar o ensino presencial. Já o segundo texto problematiza essa modalidade de ensino ao indicar que ela tem uma
abrangência limitada, visto que sua aplicabilidade ocorre em determinadas áreas de formação, mas em outras não.

a) (F) A infiltração das águas pluviais não é um problema ambiental, mas um processo natural do ciclo da água. Neste, os recursos
hídricos passam por poros e brechas para atingir o interior do solo. A utilização dos maquinários citados pode comprometer
esse ciclo, uma vez que afeta as propriedades naturais do solo, contribuindo para a intensificação do escoamento superficial
da água.
b)(V) O uso das escavadeiras hidráulicas e de pás carregadeiras na Amazônia pode intensificar o quadro de assoreamento dos
cursos fluviais. Esse processo pode acontecer de maneira natural por causa da ação erosiva dos agentes ambientais. Entre-
tanto, na região mencionada, esse processo já foi intensificado pelo avanço do desmatamento. Portanto, a utilização desses
maquinários para a remoção e movimentação do solo intensifica o transporte de sedimentos para os rios, aumentando o
acúmulo de material e, consequentemente, seu assoreamento.
c) (F) A ocorrência de queimadas naturais acontece principalmente em áreas de clima quente e seco, nas quais a combustão da
vegetação acontece, em determinados períodos, de maneira espontânea. Esse não é o caso da Amazônia, que apresenta
clima úmido, o que dificulta a ocorrência natural de queimadas. Assim, é incorreto afirmar que os maquinários mencionados
intensificam queimadas naturais nessa região.
d)(F) A biopirataria corresponde a um processo que envolve a exploração, a manipulação e a transferência de espécies com
finalidade comercial. Embora esse seja um problema antigo na Amazônia, a utilização de maquinários não intensifica di-
retamente essa prática, uma vez que, ao provocar o desmatamento da floresta e a modificação dos ecossistemas naturais,
representa uma forte ameaça à sobrevivência das espécies locais.
e) (F) Embora a concentração de defensivos agrícolas seja um problema crescente na Amazônia, ela não é causada diretamente
pela utilização dos maquinários citados no texto, visto que tais mecanismos acabam gerando a dispersão dessas substâncias
químicas. Ao movimentar e escavar o solo de um determinado local e levar para outro, as escavadeiras e pás carregadeiras
tendem a disseminar os produtos químicos presentes na terra para mais locais.

a) (F) A depender de fatores como proximidade do oceano e altitude, locais de clima tropical já são mais propícios à instalação
de usinas eólicas. Nesse sentido, o projeto apresentado no texto não visa à otimização da produção de energia eólica
especificamente em lugares com esse clima, mas onde há impeditivos burocráticos para a instalação dessas usinas.
b)(F) As áreas de predomínio de vegetação arbórea tendem a ser mais desafiadoras para a implantação de usinas eólicas, visto
que a circulação dos ventos pode ser comprometida a depender da densidade do extrato vegetal. Entretanto, a evolução
técnica apresentada no texto, que visa silenciar os ruídos da usina, não é eficiente no que se refere à instalação de parques
eólicos em meio a florestas densas.
c) (V) Com a introdução das serrilhas nas pás das turbinas eólicas, há uma redução significativa da emissão de ruídos, o que torna
a implementação de usinas eólicas em locais densamente povoados mais aceita e seu uso otimizado, visto que minimiza as
potenciais perturbações sonoras para as comunidades que residem no entorno das áreas de produção energética.
d)(F) Geralmente, as áreas de ecossistema litorâneo já são favoráveis à instalação de usinas eólicas, visto que elementos como
a maritimidade fortalecem a ação dos ventos nesses locais. Nesse sentido, o silenciamento dos ruídos feitos pelas turbinas
não representaria um modo de otimizar essa forma de produção de energia especificamente nos ecossistemas litorâneos,
sendo apenas um benefício a mais nesses lugares.

e) (F) A redução dos ruídos gerados pelas usinas eólicas não representa uma medida de otimização desse tipo de produção
energética em espaços marcados pela vulnerabilidade social, já que não é apenas ou especificamente nesses lugares onde
as políticas de controle da produção de ruídos são rígidas.

a) (F) No texto, apresentam-se duas percepções a respeito de Malinche: a primeira a identifica como uma traidora, desleal em
relação ao seu próprio povo. Entretanto, a segunda perspectiva, defendida pelo autor, não vê Malinche como uma vítima
da situação, mas como um símbolo do futuro mexicano, marcado pela mestiçagem de culturas.
b)(F) As narrativas apresentadas no texto não encaram Malinche sob a ótica da civilidade e barbaridade, mas evidenciam a
participação da nativa no processo de colonização dos astecas. Enquanto a primeira perspectiva culpa Malinche por sua
submissão ao poder e à cultura dos europeus, a segunda argumenta o pioneirismo da indígena na mescla de culturas entre
americanos e espanhóis.
c) (F) No início do texto, apresenta-se uma perspectiva que identifica Malinche como uma serva da cultura e do poder
europeus. Nesse sentido, ela aparece como alvo de uma aculturação. Já no final do trecho, na perspectiva do autor, ela
aparece como símbolo da mestiçagem, indicando, portanto, um possível sincretismo cultural. Nesse sentido, nenhuma das
narrativas vê Malinche como uma personagem histórica sacralizada.
d)(F) Nas duas narrativas, Malinche é uma personalidade histórica que deve ser lembrada. Enquanto a primeira atribui a ela a
culpa pela dominação dos povos astecas, a segunda reconhece a participação da nativa na mistura de culturas e na forma-
ção da sociedade mexicana moderna, diversa e sincrética. Além disso, apenas a primeira perspectiva demonstra uma certa
repugnância à personagem já que a segunda a reconhece como símbolo da mestiçagem das culturas.
e) (V) Conforme apresentado no texto, a primeira perspectiva memorial acerca de Malinche, aquela compartilhada pelos me-
xicanos pós-independência, é a que a culpabiliza pela colonização europeia dos povos autóctones locais. Já a segunda,
defendida pelo autor, expressa um reconhecimento à atuação de Malinche com um olhar que rompe com o tradicionalismo
histórico, uma vez que a considera o primeiro símbolo da mistura de culturas, indicando o prenúncio do Estado mexicano
moderno.

a) (F) Ainda que a invenção da imprensa tenha comprometido determinados ofícios braçais, como o dos copistas, que transcre-
viam manualmente os textos, algumas atividades que exigiam o trabalho braçal foram mantidas e outras surgiram, como a
de encadernadores e distribuidores de livros. Portanto, a alternativa não pode ser apontada como correta.
b)(F) Apesar de a imprensa ter contribuído para que os documentos escritos tivessem maior proeminência na sociedade,
isso não implica diretamente em uma modificação nos registros orais. Além disso, o texto não destaca esse aspecto, visto
que se detém ao impacto do avanço da imprensa no meio profissional.
c) (F) Embora a imprensa tenha ampliado o acesso da população à cultura letrada, esse aspecto não é destacado no texto, que
indica a relação entre a imprensa e a incorporação de novas ocupações. Ademais, ainda que a imprensa tenha facilitado o
letramento da população, no período indicado no texto, esse acesso ainda não era tão popularizado, visto que era, muitas
vezes, restrito às elites.
d)(V) No texto, indicam-se alguns impactos que o avanço da imprensa gerou na área trabalhista. Por meio das informações apre-
sentadas, percebe-se que a prática de algumas profissões foi ressignificada e que o modo de trabalhar foi alterado, visto
que houve uma valorização do trabalho em equipe. Desse modo, é correto afirmar que o texto associa o desenvolvimento
da imprensa a uma reestruturação no campo laboral.
e) (F) O texto não associa o desenvolvimento da imprensa na Europa Moderna à retificação de acordos ortográficos. Ainda que
haja referências ao destaque que os profissionais responsáveis pela qualidade textual das produções receberam, não há
indícios de que, naquele momento, os acordos ortográficos foram corrigidos para atender às demandas geradas pela nova
tecnologia.

a) (F) O texto sugere uma articulação entre a atuação da ONU e os interesses dos Estados Unidos, contudo esse país não é
marcado pela presença de um regime totalitário. Em governos com essa característica, o Estado busca exercer um controle
absoluto sobre a população, suprimindo liberdades individuais.
b)(F) No texto, indica-se que países com menor poderio econômico e bélico no parâmetro mundial são alvo de uma
interferência mais efetiva da ONU, o que torna incorreto afirmar que a organização é indiferente às demandas dos espaços
periféricos. Na verdade, infere-se, pela crítica expressa no texto, que esses países menos influentes no cenário internacional
recebem maior interferência da ONU por não terem poder político para contradizer determinados interesses apoiados pela
organização.
c) (F) Embora a ONU seja uma organização que afirma prezar pela neutralidade a fim de intervir em cenários de tensão política,
tal aspecto não é criticado no texto. Em vez disso, o texto critica a atuação da ONU por considerar que a organização está
associada ao interesse de países que detêm maior hegemonia global, o que seria uma contradição à ideia de neutralidade
da instituição.

d)(F) Apesar de a ONU receber críticas direcionadas ao caráter burocrático de alguns processos, o texto não expressa um ques-
tionamento à maneira como a organização conduz ações de mediação diplomática. O que fica evidente no texto é uma
crítica à associação da ONU com o interesse de potências hegemônicas, como os Estados Unidos.
e) (V) Conforme argumentado no texto, o fato de os Estados Unidos assumirem uma posição de destaque na administração da
ONU faz com que esse país tenha grande poder de influência sobre as ações da organização. Assim, a atuação da ONU
fica, de certo modo, limitada aos interesses de potências hegemônicas.

a) (F) As instituições sociais referenciadas no texto não cumprem a função de delimitar o poder do Estado e a autoridade dos
governantes; na verdade, estendem as virtudes da justiça para a sociedade, executando um tipo de controle disciplinador
dos indivíduos.
b)(F) A rede de poder composta das instituições sociais de vigilância mencionadas por Foucault não visa, segundo informações
do texto, penalizar os sujeitos criminosos, mas controlar e corrigir suas ações, atuando como mecanismo de extensão da
justiça.
c) (F) Conforme a análise feita no texto, o propósito das instituições sociais não é fiscalizar as atividades jurídicas, mas atuar em
conjunto com elas para consolidar o funcionamento de uma sociedade disciplinada segundo as regras da justiça.
d)(V) Na visão apresentada no texto, as instituições sociais constituem uma rede de poder que visa vigiar e disciplinar a conduta
social dos indivíduos. Segundo Foucault, essas instituições são extensões da justiça do Estado e auxiliam na vigilância não
para punir os indivíduos, mas para corrigir as ações individuais e, a partir disso, o padrão de conduta da sociedade.
e) (F) Para Foucault, as instituições sociais constituem uma rede de poder externa e complementar à justiça. Enquanto as institui-
ções têm a função de vigiar e disciplinar os comportamentos individuais durante a convivência social, a justiça é que deve
garantir a igualdade de direitos entre os cidadãos. Desse modo, é incorreto afirmar que a função das instituições para o
autor do texto está direcionada à padronização dos direitos civis.

a) (F) Com base na perspectiva apresentada no texto, entende-se que, em vez de garantir a autodeterminação política das redes
de publicidade e entretenimento, o rádio estabelece o controle das emissões privadas e dos programas disponibilizados
em sua rede. Nesse sentido, a publicidade não é autônoma, mas integra um sistema massificado de entretenimento.
b)(V) No texto, Adorno e Horkheimer criticam o aspecto democrático do rádio por acreditarem que ele é, na verdade, falso.
Para esses filósofos, os programas transmitidos nas rádios são todos iguais, sendo transmitidos de maneira autoritária e
hierárquica com base na lógica de padronização do entretenimento gerada pela sociedade mercadológica.
c) (F) Segundo a percepção filosófica expressa no texto, a cultura transmitida nas rádios é determinada “de cima para baixo”,
ou seja, de maneira hierárquica. Infere-se, portanto, que não há uma valorização descomunal da cultura popular, já que o
conteúdo reproduzido, na visão dos autores, é elaborado e disseminado pela indústria cultural, normalmente alienante e
padronizada.
d)(F) De acordo com a percepção dos autores apresentada no texto, há uma grande similaridade entre as produções artísticas
transmitidas pelo rádio, e, além disso, elas são autoritariamente reproduzidas em diversas estações. Assim, em vez de acolher
e expor subjetividades artísticas, essa rede tecnológica de comunicação as padroniza e aliena.
e) (F) A perspectiva defendida pelos autores estabelece, na verdade, que há o aprofundamento, não a degradação, da raciona-
lidade técnica nas produções transmitidas no rádio. É justamente essa racionalidade que faz com que haja uma seleção
profissional e uma hierarquização dos assuntos reproduzidos no rádio.

a) (F) A rede viária urbana pretende garantir a locomoção de pessoas a seus destinos dentro da área de uma cidade ou até loca-
lidades externas metropolitanas. O investimento nessas vias de integração entre a metrópole e suas áreas vizinhas foi um
dos fatores que impulsionou a migração de pessoas para Campinas. Portanto, a dinâmica populacional apresentada não
foi decorrente da ineficiência da rede viária, mas de sua melhoria.
b)(V) O texto indica que o processo de urbanização e o aumento populacional vivenciado em Campinas foram produtos do
reordenamento do meio técnico. A partir da década de 1970, houve a interiorização da industrialização paulista, que fez
com que indústrias de bens duráveis fossem estabelecidas no município, impulsionando a economia e a dinâmica urbana
dessa área e das adjacências.
c) (F) O texto afirma que o incremento populacional de Campinas resultou, principalmente, do aumento do fluxo migratório pro-
vocado pela interiorização da industrialização paulista. Assim, infere-se que não houve a contenção do esvaziamento rural,
mas o aumento dos deslocamentos populacionais para a cidade, visto que mais pessoas passaram a buscar oportunidades
de trabalho.
d)(F) A metropolização envolve a concentração de atividades econômicas, serviços, população e infraestrutura em áreas urbanas
de grande porte, o que provoca valorização das áreas e a demanda por moradia, aspectos relacionados à especulação
imobiliária. Nesse sentido, é mais provável que tenha havido um aumento da especulação imobiliária local do que a redução
dela. Além disso, a diminuição da especulação imobiliária geralmente não ocasiona processos de crescimento populacional.

e) (F) A interiorização da industrialização paulista não provocou a homogeneização da atividade produtiva em Campinas, mas
aumentou sua dinamicidade, atraindo mais pessoas para o município. O local, que antes possuía uma indústria eminente-
mente agroprocessadora, passou a receber indústrias mais complexas, de bens de consumo duráveis.

a) (V) A função social da propriedade, prevista pela Constituição Federal, consiste na utilização da propriedade, urbana ou rural,
em consonância com os objetivos sociais de uma determinada cidade, atendendo não apenas aos interesses de seu pro-
prietário, mas também ao interesse da sociedade. No caso apresentado, os imóveis privados da cidade de São Paulo que
se encontravam em situação irregular, ou seja, que não eram utilizados, seriam desapropriados pelo governo e direcionados
ao atendimento das necessidades da sociedade, o que faria com que a função social da propriedade fosse cumprida.
b)(F) Segundo as informações expostas no texto, os proprietários que foram notificados pelo governo paulista passaram a alugar
seus imóveis por preços abaixo do mercado. Portanto, entende-se que o objetivo do governo não era aumentar a lucrati-
vidade das locações imobiliárias, mas fazer com que as propriedades improdutivas fossem utilizadas pela população.
c) (F) As terras produtivas são aquelas que têm um grau de aproveitamento e utilização igual ou superior a 80%. Conforme indi-
cado no texto, a sanção feita pelo governo paulista é direcionada às propriedades que não atendem aos critérios previstos
no Plano Diretor da cidade, ou seja, aquelas que não cumprem sua função social de beneficiar a população, haja vista que
não estavam sendo utilizadas. Nesse sentido, a sanção visava à reformulação da distribuição das terras improdutivas.
d)(F) Embora todos os cidadãos brasileiros tenham o direito à propriedade, a Constituição Federal prevê que a terra deve cumprir
uma função social, o que significa trazer benefícios para a população. Nesse sentido, os estados brasileiros criaram meca-
nismos para garantir o cumprimento dessa função, buscando colocar o bem coletivo acima do bem individual. Portanto,
como indica o texto, caso os proprietários insistam em manter suas posses improdutivas, o governo pode desapropriar (ou
seja, alienar) esse imóvel e direcioná-lo a outros objetivos.
e) (F) A desapropriação de imóveis em situação de irregularidade visa promover o cumprimento da função social da propriedade
prevista na Constituição: atender aos interesses da coletividade. Não é exatamente o financiamento de programas habi-
tacionais que essa medida objetiva. No Brasil, existem outros mecanismos adotados pelo governo para esse fim, como o
Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) e o Programa Minha Casa, Minha vida, que visam diretamente
promover o acesso à moradia digna para a população de baixa renda.

a) (F) A proibição do uso das substâncias citadas no texto não ocorreu sob a justificativa delas alterarem as propriedades dos
solos cultivados. A partir de estudos científicos, compreendeu que a ameaça ambiental representada pelos gases CFCs
está no fato deles contribuírem para a degradação da camada de ozônio, o que gera impactos diretos sobre as condições
climáticas no planeta.
b)(V) O aumento da concentração de gases CFCs na atmosfera contribui para a destruição da camada de ozônio, barreira natural
que atua como um filtro, protegendo a superfície terrestre de uma grande parcela dos raios ultravioleta lançados pelo Sol.
Diante disso, a proibição da produção e do consumo desse gás tem o objetivo de controlar o avanço de mudanças climáticas
prejudiciais à conservação da vida no planeta.
c) (F) O banimento dos gases CFCs não foi motivado pela corrosão de monumentos urbanos, pois o principal fator responsável
por esse problema é a chuva ácida, provocada pela concentração de ácidos sulfúrico e nítrico em vapores-d'água. Ao pre-
cipitar, essa água ácida reage com materiais feitos de metal ou calcário e intensifica sua corrosão natural.
d)(F) O processo ambiental que impede a convecção natural do ar atmosférico é a inversão térmica. Nesse fenômeno, o ar frio
(mais denso) é impedido de circular para uma camada mais quente (menos densa), provocando alterações na temperatura
do ambiente e impedindo a movimentação natural do ar. Sendo assim, a proibição das substâncias citadas no texto não foi
motivada por esse fator.
e) (F) Considerando que a concentração de CFCs na atmosfera contribui para a redução da camada de ozônio, é incorreto afirmar
que o uso dessas substâncias promove a diminuição da radiação solar, pois, com a diminuição da camada, os raios solares
passam a incidir sobre a superfície terrestre com maior intensidade.

a) (F) No trecho, o transporte e o armazenamento de produtos da economia açucareira são citados como recursos que precisavam
ser pagos pelos comerciantes do açúcar. Não há, no entanto, indicações de que os processos de logística foram otimizados
por estarem associados a uma divisão de tarefas.
b)(F) Embora o texto cite o embarque do açúcar, provavelmente para a exportação, não há indícios de que a divisão de tarefas
no país estava associada à integração de mercados entre nações. Na verdade, no período do ciclo do açúcar, o comércio
brasileiro era restrito às negociações com a metrópole, Portugal, sendo impedido de desenvolver um comércio integrado
com outras nações.
c) (F) Com base no texto, infere-se que a riqueza gerada pela economia brasileira, mesmo produzida por vários trabalhadores,
era mantida concentrada sob a posse dos grandes proprietários e donos de engenho, uma parcela bem pequena da po-
pulação durante o Período Colonial. Esse contexto poderia influenciar o consumo das pessoas, mas, como base no texto,
não é possível inferir que havia uma relação entre a divisão de tarefas e a alienação do consumo.

d)(V) Com base nos dados apresentados, infere-se que algo em torno de 90% da renda gerada pela economia brasileira se
concentrava nas mãos da classe de proprietários de engenhos e de plantações de cana. Entende-se, então, que, embora
as tarefas fossem divididas entre muitos trabalhadores, livres e escravizados, as riquezas produzidas por essa sociedade
estavam concentradas sob a posse de um grupo bem pequeno de pessoas.
e) (F) A divisão de tarefas citada no texto não indica necessariamente uma modernização das funções. Durante o Período Colonial,
grande parte das atividades para a produção do açúcar era feita de maneira manual ou com o auxílio de animais, não sendo
muito moderna, mas se utilizando de mecanismos rudimentares para agilizar a produção.

a) (F) Embora “A Compadecida” exponha uma crítica social que, dentre outros aspectos, envolve dogmas e estruturas eclesiás-
ticas, essa dimensão não é evidenciada no texto. As referências a elementos religiosos no texto não indicam a contestação
de posturas assumidas pela Igreja.
b)(V) Conforme apresentado no texto, a obra de Suassuna mescla elementos da cultura brasileira regional, do Nordeste, a as-
pectos da tradição religiosa medieval. Entende-se, portanto, que, em “A Compadecida”, o autor expõe a integração entre
símbolos da religiosidade cristã e do regionalismo nordestino.
c) (F) O texto indica o contrário do que é afirmado na alternativa: a obra de Suassuna se conecta aos elementos populares ao
mesmo tempo que remete ao fator tradicional pela sua proximidade com peças teatrais da Idade Média. Assim, não há
subversão de um elemento causada por outro.
d)(F) Em sua obra, Suassuna representa de maneira sutil as desigualdades sociais e econômicas vivenciadas entre indivíduos
pobres do Sertão nordestino e pessoas com certo valor aquisitivo, como os integrantes da Igreja. Contudo, esse aspecto
não é mencionado no excerto.
e) (F) O texto apresenta panoramas gerais sobre as inspirações para a obra de Suassuna, que podem ter a ver com aspectos da
psicologia coletiva de cada época: a religiosidade medieval e o elemento popular nordestino. Porém, o texto não dá indícios
que configurem um destaque à possível associação dessa psicologia com a psicologia individual na obra de Suassuna.

a) (F) O presidente eleito no ano de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu, não era mineiro, mas paulista. A eleição desse candi-
dato, Júlio Prestes, marcou o fim da política de revezamento de partidos, conhecida como Café com Leite. Vargas era um
candidato da oposição e assumiu o poder por meio de uma revolução que depôs o então presidente Washington Luís e
impediu a posse de Júlio Prestes.
b)(V) Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930 afirmando que iria governar provisoriamente até que o país se estabilizasse e no-
vas eleições pudessem ser convocadas. No entanto, contrariando seu discurso, o político impôs uma centralização política
ao extinguir os partidos, fechar o Congresso, nomear interventores para os estados e adiar as eleições. Esse conjunto de
fatores, que marcavam a centralização do poder no Executivo, provocou a revolta paulista abordada no texto.
c) (F) A legislação trabalhista foi promulgada durante o governo de Getúlio Vargas, porém só foi consolidada entre o fim da década
de 1930 e o início da década de 1940. Essa ação política objetivava angariar o apoio da população e não foi o estopim para
a revolta paulista mencionada no texto.
d)(F) Embora as elites paulistas também fossem contrárias à atuação de grupos comunistas, no contexto apresentado não houve
a legalização desses grupos. Na verdade, após assumir o governo em 1930, Getúlio Vargas extinguiu todos os partidos
nacionais a fim de evitar que houvesse qualquer oposição organizada ao seu regime.
e) (F) Uma das primeiras medidas tomadas por Getúlio Vargas durante o chamado governo provisório foi a anulação da Consti-
tuição de 1891. Entre os efeitos dessa decisão tem-se a proibição da organização partidária. Sendo assim, a bipolarização
dos partidos políticos não foi uma marca da fase da Era Vargas referida no texto, mas do governo constitucional, quando
se fortaleceram a Ação Integralista Brasileira (AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).

a) (F) Ainda que as ideias aristotélicas sobre o universo apresentem divergências em relação a diversas teorias monoteístas, al-
guns aspectos defendidos por esse filósofo – como a noção de que a Terra seria o centro do universo – foram incorporados
às crenças de determinadas religiões monoteístas. É o caso da cosmogonia da Igreja Católica no Período Medieval, que
defendia o geocentrismo.
b)(F) Embora a teoria aristotélica defenda que os elementos naturais mais leves do que a Terra giram em torno de um centro
geométrico predeterminado, o filósofo não utiliza seus estudos para fazer uma classificação de tais componentes. Estes já
haviam sido classificados e estudados pelos filósofos pré-socráticos, entre os séculos VII e V a. C.
c) (F) Os postulados ou axiomas geométricos são proposições aceitas incontestavelmente que servem de base para o estabeleci-
mento de outros fundamentos da Matemática e da Geometria. Apesar de Aristóteles ter elaborado uma teoria astronômica
que presumia a existência de camadas concêntricas (de mesmo centro) em torno da Terra, sua teoria não possibilitou a
validação de postulados, mas criou pressupostos. Estes seriam desfeitos, séculos depois, por Copérnico.
d)(V) Conforme as informações apresentadas no texto, entende-se que, aliando o pensamento filosófico e a observação e estudo
dos astros, Aristóteles elaborou um sistema geocêntrico para compreender o funcionamento do universo. Para o filósofo, o
planeta Terra, o elemento mais pesado, estaria imóvel e alocado no centro do universo, enquanto os demais corpos celestes
circulariam ao seu redor.

e) (F) Em seus estudos, Aristóteles criticava o idealismo platônico. Enquanto Platão defendia que a verdade estaria no mundo
das ideias, Aristóteles defendia que a observação e o estudo da realidade é que levariam ao verdadeiro conhecimento.
A partir dessa crença, a teoria aristotélica sobre o universo foi elaborada, considerando elementos da natureza e suposições
matemáticas.

a) (F) Uma característica normalmente ressaltada da internet é o fato de ela possibilitar o diálogo e a interação entre sujeitos em
territórios distantes. Entretanto, esse aspecto da web não é abordado no texto.
b)(F) Embora exista uma perspectiva crítica a respeito do uso da internet que argumente que ela potencializa a desumanização
ou o distanciamento das interações sociais vivenciadas no cotidiano, esse aspecto não é abordado ou citado no texto, que
se limita a indicar como a internet reincorporou a escrita à comunicação entre os indivíduos.
c) (F) Apesar de citar o impacto do desenvolvimento tecnológico na sociedade e no mercado de trabalho e tratar da influência da
internet sobre a interação entre os indivíduos, o texto não aponta como o progresso da tecnologia promoveu a flexibilização
das possibilidades de diálogo no âmbito laboral. Em vez disso, o texto se limita a destacar, de forma geral, como a internet
promoveu a retomada da escrita como forma de comunicação interpessoal.
d)(F) A internet é um sistema global que integra redes e computadores e que comporta repositórios com muitos documentos
digitalizados. Embora o acesso a documentos seja, de fato, facilitado por meio da internet e dos meios digitais, essa carac-
terística não é abordada no excerto.
e) (V) De acordo com a teoria do determinismo tecnológico, as mudanças promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias
influenciam as relações sociais. Nesse sentido, essa teoria indica que um efeito da internet para a sociedade tem sido a
recuperação de mecanismos de comunicação utilizados anteriormente, no caso, os sinais escritos. O uso desses símbolos
havia entrado em declínio por causa da utilização do telefone, mas foi retomado por meio dos registros feitos na internet.

a) (F) Pelo texto, depreende-se que a comunidade Tukano mantém as suas tradições referentes à abertura das roças e à produção
agrícola, alinhando a percepção das dinâmicas da natureza e as crenças do povo. Ainda que o texto indique a influência de
fatores naturais sobre a cultura, as informações não permitem afirmar que se trata de um determinismo. Além disso, não
são apresentados aspectos ligados à inovação, mas ao tradicionalismo.
b)(F) O texto indica que as bases para o planejamento agrícola Tukano envolvem as tradições coletivas e a compreensão da
dinâmica da natureza. Essa percepção se faz de uma maneira subjetiva e contemplativa ao longo de gerações; logo, não
há indícios, no texto, de que a comunidade associa o cientificismo e a objetividade para realizar sua colheita.
c) (F) Com base no texto, entende-se que os homens e as mulheres da etnia Tukano são os responsáveis pela execução da ativi-
dade agrícola; portanto, não terceirizam esse trabalho. Além disso, entende-se que essa prática faz parte da tradição local,
que é a base para a subsistência da comunidade. Nesse sentido, não há indícios de que a comunidade busca o lucro ao
planejar sua colheita.
d)(V) O texto evidencia que a prática agrícola da etnia Tukano é profundamente enraizada na espiritualidade e na compreensão
da sazonalidade dos ciclos naturais e das estações. A chegada das chuvas, a elevação do nível dos rios e a inauguração de
um novo ciclo anual são interpretadas como eventos sagrados, que são celebrados com benzimentos e rituais para proteger
a comunidade e para guiar sua prática agrícola.
e) (F) Apesar de a prática agrícola tratada no texto ser baseada em conhecimentos tradicionais transmitidos ao longo de gera-
ções, não é possível classificá-la como conservadora. Além disso, não há indicação de individualismo nesse contexto, já
que a atividade agrícola é pensada pela comunidade como um todo por meio da percepção e interpretação das condições
naturais e da realização de rituais coletivos.

a) (F) No texto, apresenta-se um contexto de ascensão econômica de países asiáticos, que têm, em alguns casos, sua produção
baseada na utilização de mão de obra barata e na precarização das condições de trabalho. Nesse sentido, não é possível
afirmar, com base no excerto, que há uma interrupção da exploração laboral.
b)(F) Enfatiza-se, no texto, o crescimento dos países asiáticos em relação à prestação de serviços e à produção de bens indus-
triais e tecnológicos. Entretanto, ainda que essas atividades estejam relacionadas a uma mudança na territorialização dos
processos produtivos, elas não indicam uma flexibilização de limites territoriais dos Estados.
c) (F) Ao promover a integração econômica por meio da intensificação dos fluxos comerciais, o processo de globalização tem
promovido, de forma colateral, o acirramento da competitividade e da concorrência entre países e empresas, que visam
aumentar seus lucros financeiros.
d)(F) Ainda que promovam o desenvolvimento socioeconômico de países emergentes, as modificações na distribuição geográfica
das atividades produtivas e das cadeias globais não refletem um contexto de apaziguamento de tensões geopolíticas, mas
o acirramento de disputas comerciais.
e) (V) O deslocamento do centro da produção mundial, descrito no texto, resulta da ascensão econômica de países periféricos
à condição de potências emergentes em decorrência do processo de industrialização tardio e da mundialização da produ-
ção. Dessa forma, a transição do século XX para o século XXI é marcada pelo delineamento da configuração multipolar na
economia global.


a) (F) Apesar de o texto indicar que parte significativa da produção do CD As Canções Que Você Fez Pra Mim ocorreu fora do
Brasil, não se pode afirmar que ocorreu uma negação de simbolismos locais, uma vez que o fato de o processo produtivo
do CD ter sido realizado em outro país não invalida a incorporação de simbolismos locais no conteúdo da obra.
b)(F) Embora a obra artística mencionada contenha músicas regravadas e tenha sido produzida a partir de processos que ocor-
reram em países diferentes, isso não evidencia uma subversão de gêneros musicais, haja vista que o texto não aponta uma
ruptura com aspectos característicos da musicalidade cantada por Roberto Carlos.
c) (F) Ainda que o CD As Canções Que Você Fez Pra Mim seja composto pela releitura de músicas, isso não indica uma abrevia-
ção de produções culturais, mas a continuidade delas, já que, por meio das regravações, elas poderão ampliar seu alcance
espacial e temporal.
d)(F) No texto, não há indicações de que a produção do CD mencionado foi possibilitada pela recuperação de técnicas instrumen-
tais. Pelas informações apresentadas, percebe-se que a produção da obra foi possível por causa dos processos realizados
dentro e fora do território brasileiro.
e) (V) O texto apresenta o caso de uma obra musical que foi produzida a várias mãos, em países diferentes. Desse modo, evidencia
a mundialização de operações no contexto da indústria fonográfica. Em razão desse processo, a produção artística deixou
de estar limitada a um território e ultrapassou as fronteiras da nação.

a) (F) No trecho, não há indícios de que o preconceito e a marginalização sofridos por um grupo específico, a população negra,
é decorrente da estruturação de leis. Com base no texto, entende-se, na verdade, que essa relação desequilibrada entre
os indivíduos é reflexo de uma estrutura político-social que reproduz preconceitos e segregações.
b)(V) O texto apresentado é um fragmento de uma entrevista realizada com a filósofa estadunidense Judith Butler. No trecho,
ressalta-se o propósito essencial do movimento “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”, em tradução livre): denun-
ciar as injustiças vivenciadas pelo povo negro. Embora concorde que todas as vidas importam, a filósofa defende o lema do
movimento ao destacar que sujeitos específicos não têm sua importância reconhecida socialmente e, por isso, merecem
destaque na mobilização.
c) (F) Em seu discurso, a filósofa Judith Butler expressa uma crítica à frase “toda vida importa”. Esta máxima, sim, visa incentivar a
cooperação e o sentimento de igualdade entre pessoas negras e brancas. Entretanto, para a filósofa, a frase é problemática,
pois silencia o verdadeiro problema, o fato de que apenas um grupo racial está sujeito a violências e injustiças cotidianas
relacionadas à cor da pele.
d)(F) Entende-se, a partir do excerto, que, ao explicar a essência do movimento “Vidas Negras Importam”, a filósofa Judith Butler
não afirma que o propósito dele é defender a aplicação da isonomia política entre os cidadãos, mas denunciar o fato de que,
na prática, essa igualdade não existe. Por isso, a filósofa critica a máxima generalista “toda vida importa”, pois considera
que esse discurso pode amenizar a denúncia expressa pelo lema “Vidas Negras Importam”.
e) (F) Além de ser uma mobilização internacional, o movimento “Vidas Negras Importam” (“Black Lives Matter”) não está centrado na
transmissão do patrimônio cultural da população negra. Com base no texto, infere-se que o objetivo central desse movimento
é a evidenciação das desigualdades sociais entre pessoas brancas e negras, e não a difusão de aspectos culturais.

a) (V) Durante a Antiguidade Clássica, os legisladores romanos centralizavam o saber jurídico, sendo responsáveis por aplicar
seus conhecimentos nas relações políticas. Esse modo de fazer foi criticado pela Escola Histórica Alemã, que entendia que
o direito não deveria ser aplicado de maneira arbitrária por um legislador, mas registrado e elaborado de acordo com as
necessidades da sociedade.
b)(F) A desburocratização dos processos judiciais não aparece como alvo da crítica feita pela Escola Histórica Alemã. Na verdade,
essa corrente historiográfica compreendia como o excesso de procedimentos burocráticos poderia impactar a aplicação do
direito em determinadas necessidades contemporâneas.
c) (F) No direito romano, os advogados representavam os cidadãos de Roma em questões legais perante os tribunais. É incor-
reto afirmar que a crítica apresentada se refere a um princípio que estabelecia a primazia da subjetividade dos advogados,
embora pudessem conquistar grande influência política, eles ainda estavam submetidos às ordens dos juristas e pretores,
os magistrados romanos.
d)(F) Embora o direito romano clássico previsse a difusão de legislações constitucionais por meio de editos, a crítica referida
no texto não está direcionada a esse aspecto. Em vez disso, como pode ser observado no texto, a Escola Histórica Alemã
criticava o fato de o direito estar alheio às necessidades da sociedade e submisso aos interesses dos legisladores.
e) (F) Na Antiguidade Clássica romana, não havia um sistema de educação formal como existe na contemporaneidade. Os sujeitos
dedicados ao estudo do Direito eram aqueles que liam, analisavam e praticavam os conhecimentos e informações deixados
pelos magistrados anteriores.

a) (F) A Carta Régia de 1808 foi publicada após a transferência da corte real lusitana brasileira para o Brasil, não determinando esse
deslocamento. Este foi um efeito das tensões políticas e econômicas vivenciadas no continente europeu entre Inglaterra e França.
b)(F) O tráfico transatlântico não foi proibido pelo decreto referido no texto. Na verdade, esse documento pode ter incentivado
o tráfico de mercadorias e de escravizados, visto que possibilitou a chegada de embarcações estrangeiras aos portos
brasileiros.

c) (V) No texto, o autor expressa as críticas feitas ao documento que determinou a abertura dos portos brasileiros ao comércio
com nações aliadas dos portugueses. Indica-se que a flexibilização do comércio marítimo entre o Brasil e outras nações
poderia ser prejudicial para os ganhos dos negociantes portugueses. O autor, entretanto, discorda dessa perspectiva, vendo
a medida como algo positivo para a metrópole e para a colônia.
d)(F) O texto se refere à Carta Régia publicada em 1808, que abria os portos brasileiros ao comércio com nações aliadas dos
portugueses. Esse documento não determinava a emancipação do território colonial, embora tenha possibilitado maior
liberdade comercial para os habitantes locais.
e) (F) A assinatura do documento citado no texto aconteceu como consequência à recusa lusitana de aceitar as imposições fran-
cesas que determinavam a proibição do comércio entre as nações europeias e a Inglaterra. Assim, a Carta Régia de 1808
não determinava a aceitação das exigências de Napoleão Bonaparte.

a) (F) Os casos apresentados nos textos não demonstram uma imparcialidade da produção de conhecimento, mas a desproporção
na valorização de memórias sobre fatos históricos. Isso é perceptível, pois, embora as duas personalidades históricas citadas
tenham realizado uma façanha muito parecida – a de se disfarçarem de homem para atuar no exército –, o tratamento que a
História deu a elas foi diferente. Enquanto, no primeiro texto, Maria Quitéria é descrita como uma personagem borrada da
história, no segundo texto, fica evidente que os registros encontrados sobre Jovita Feitosa foram mais positivos, marcando-a
como a “Joana d'Arc nacional”.
b)(V) Com base nos textos, identifica-se que, historicamente, memórias são desproporcionalmente selecionadas para serem
valorizadas e relembradas. De acordo com as informações apresentadas, a participação e atuação de Maria Quitéria e de
Jovita Feitosa foram muito parecidas, visto que ambas esconderam sua identidade feminina para entrar nos Exércitos e,
posteriormente, foram descobertas durante os conflitos. Ainda assim, comparando-se os textos, infere-se que uma delas
sofreu um apagamento histórico enquanto a outra foi exaltada como heroína nacional.
c) (F) Não é possível indicar que a produção de memórias sobre as duas personalidades históricas citadas no texto reflete uma
priorização de personalidades aristocratas. Isso porque tanto Maria Quitéria quanto Jovita Feitosa eram advindas de classes
populares, sendo reconhecidas ou apagadas da história não por fatores relacionados à classe social, mas sim ao gênero e
à sua atuação no Exército brasileiro.
d)(F) Embora o texto I mencione um apagamento do histórico de atuação das mulheres, é incorreto afirmar que os pontos de
vista apresentados evidenciam a confidencialidade dos fatos do passado. A reflexão gerada pelos textos tem como ponto
central a forma com que as memórias sobre personalidades históricas são tratadas (se são ocultadas ou exaltadas), não
indicando que determinados fatos do passado são sigilosos ou proibidos de serem discutidos publicamente.
e) (F) A comparação entre os textos não indica uma padronização de pesquisas históricas, já que os casos apresentados evidenciam
que não há uma equidade no tratamento histórico de mulheres que atuaram em conflitos no território brasileiro. Ademais, as
pesquisas históricas, embora sigam metodologias de investigação, não são padronizadas, visto que refletem a perspectiva,
as fontes e o contexto de seu elaborador.

a) (F) A atuação de Mário Juruna em prol da garantia de direitos aos povos indígenas no Brasil não promoveu a legalização de
manifestações populares. No período indicado no texto, o país estava sob o regime militar, marcado pela repressão a de-
terminados protestos. A liberação de manifestações ocorreu com a redemocratização e o estabelecimento da constituição
de 1988, não sendo, portanto, uma contribuição específica da atuação de Mário Juruna.
b)(F) A demarcação das terras indígenas não foi alcançada durante a década de 1970, analisada no texto, mas posteriormente,
visto que foi um resultado de legislações específicas asseguradas pela Constituição Federal de 1988.
c) (F) Na verdade, mesmo que o líder indígena registrasse as promessas feitas por parlamentares e outros políticos brasileiros,
isso não foi suficiente para que esses acordos fossem cumpridos. Foi justamente a denúncia desse falso compromisso que
fez com que Juruna ganhasse reconhecimento nas mídias nacional e internacional.
d)(F) Durante a década de 1970, o governo vigente apresentou uma série de propostas para ganhar controle sobre os territórios
indígenas e privar esses povos de suas proteções legais garantidas pela legislação brasileira. Entretanto, essas propostas
foram denunciadas e barradas por líderes políticos como Juruna, que lutavam a favor da causa indígena. Ainda assim, a
reformulação da legislação nacional não aconteceu nesse momento, apenas quase duas décadas depois, em 1988.
e) (V) O texto descreve a atuação de um dos primeiros representantes políticos dos povos indígenas a ganhar espaço no Con-
gresso, Mário Juruna. A estratégia de luta desse líder político envolvia a gravação das promessas feitas por parlamentares
e políticos e a exposição da não realização desses compromissos. O registro e a exposição dessas incoerências políticas
fizeram com que Juruna ganhasse voz na mídia e angariasse apoiadores em outros grupos marginalizados da sociedade,
como os trabalhadores.

a) (F) No texto, o racionalismo e a crença religiosa aparecem como elementos conectados e complementares. Desse modo, é
incorreto afirmar que, para o autor, a fim de que se construa uma ação ética, é necessário dissociar a erudição, que pode
estar associada à racionalidade, da religiosidade. Diferentemente disso, no contexto em que a filosofia tomista surgiu – Idade
Média –, era comum que os líderes religiosos tivessem acesso a uma educação formal extensa, o que indica uma valorização
da erudição no contexto religioso.

b)(F) Por meio do texto, infere-se que, para a realização de ações éticas e retas, os saberes filosóficos e científicos não podem
ser segregados, mas aproximados. O autor estabelece um alinhamento entre o pensamento lógico e racional (científico) e
a fé cristã (base da filosofia medieval) como o meio para a ação considerada por ele como ética e boa.
c) (V) Com base no texto, entende-se que, para a filosofia tomista, é por meio da razão que o indivíduo compreende a existência
e a importância da lei eterna (Lei de Deus) e orienta os seus comportamentos na realização de atos voluntários bons, éticos
ou retos, afastando-se de atitudes que, para o autor, são pecaminosas. Nesse sentido, pode-se afirmar que, na visão de
Tomás de Aquino, a ação se constrói na complementaridade entre a fé e o pensamento racional.
d)(F) De acordo com as informações do texto, os atos benevolentes e impiedosos não são indistintos, e sim bem diferenciados.
Para o autor, um ato de bondade é aquele que se aproxima tanto da razão quanto da fé, enquanto um ato de maldade ou
impiedoso se distancia desses princípios éticos.
e) (F) Tendo em vista que o texto não se propõe a diferenciar os valores extraídos da Bíblia e aqueles que foram definidos pela
Igreja (eclesiásticos), é incorreto afirmar que ele estabelece uma hierarquia entre tais aspectos. Em vez disso, o texto trata
da relação entre fé e razão, indicando que a complementaridade entre esses elementos fundamenta ações éticas e boas.

a) (F) O clima predominante no estado é o equatorial úmido, que é marcado por temperaturas elevadas o ano todo e baixa va-
riabilidade térmica. Na anamorfose, não é possível identificar dados referentes à variação de temperatura; portanto, não se
pode fazer uma associação entre esse aspecto e a disseminação da doença.
b)(F) Por meio da imagem, é possível identificar a posição de destaque de Manaus, que, mesmo sendo pequena quando com-
parada a outras cidades do estado, teve mais casos de pessoas infectadas pela covid-19 do que os municípios vizinhos.
Na figura, é possível ver o formato normal das cidades no pequeno mapa auxiliar abaixo do principal, o que indica que a
extensão territorial dos municípios não esteve diretamente relacionada à transmissão da doença.
c) (F) Os dados representados na anamorfose refletem a densidade demográfica das cidades e os seus índices de desenvolvimento
municipal. Nesse sentido, percebe-se que o município com maior índice de desenvolvimento do estado, Manaus, é também
o com maior número de pessoas acometidas pela covid-19; portanto, o contágio pode estar diretamente relacionado não
ao baixo nível, mas sim ao maior nível de progresso das cidades.
d)(V) Com base na anamorfose, é possível identificar que as áreas de maior densidade populacional do estado do Amazonas –
Manaus, Manacapuru e Parintins – são também as com os maiores números de casos de pessoas acometidas pela covid-19
no período analisado. Essa associação pode ser explicada pelo fato de que áreas com maior aglomeração oferecem um
ecossistema mais propício ao contágio de doenças transmissíveis pelo ar.
e) (F) A anamorfose representa os municípios do Amazonas de acordo com sua população oficial em 2019. Com base nessa
representação, não é possível fazer uma associação entre as taxas de natalidade nos centros urbanos do estado e a trans-
missibilidade da covid-19 nesse período.

a) (F) Com base no texto, infere-se que as determinações patrimoniais que envolvem o tombamento da Gruta do Lago Azul
visam impedir uma exploração massiva desse ambiente. Para isso, estabelecem as bases para um planejamento contínuo
em relação ao turismo no local. Embora essa ação esteja, em certa medida, ligada à empregabilidade de especialistas que
atuam na preservação e no estudo do local, a integração entre esse aspecto e a exploração do local não representa o cerne
da perspectiva ambiental apresentada no texto.
b)(F) No texto, afirma-se que a visita à Gruta do Lago Azul envolve a ação contemplativa, o que está conectado à admiração.
Entretanto, ao contrário do distanciamento indicado na alternativa, o tombamento da gruta visa à sua preservação, aliando
formas seguras e sustentáveis de turismo ecológico no local. Desse modo, em vez de promover um distanciamento, busca
maneiras de aproximar visitantes sem prejudicar o ambiente.
c) (V) O tombamento e, em seguida, a elevação da Gruta do Lago Azul à Unidade de Conservação revela o intento governamen-
tal de preservar a área. Em contrapartida, as ações de planejamento contínuo para a atividade de contemplação visam à
manutenção do potencial turístico do local, o que indica um interesse na rentabilidade proveniente do turismo ecológico.
d)(F) Com base no texto, infere-se que o tombamento da Gruta do Lago Azul não envolve a sua sacralização, mas o estudo
cuidadoso do lugar a fim de garantir a sustentabilidade do ecossistema e do turismo local. Além disso, de acordo com o
texto, a formação rochosa detém visibilidade mundial, não tendo seu destaque limitado à região onde está localizada.
e) (F) O reconhecimento patrimonial da Gruta do Lago Azul faz com que mais pessoas a conheçam, visto que ela passa a integrar
uma lista de monumentos nacionais, o que indica uma divulgação do local. Entretanto, o tombamento da área e sua ele-
vação à unidade de conservação não representam uma dimensão cientificista, pois, apesar de envolverem metodologias
científicas, não indicam uma supervalorização da ciência.

a) (F) De acordo com o texto, embora esse ambiente rural já apresentasse interferências antrópicas, como a realização de culti-
vos e os extrativismos animal e vegetal, tais intervenções ainda eram pouco sensíveis. Por meio das descrições do texto,
entende-se que a ação humana nesse espaço era ainda muito inicial, não sendo predominante.
b)(F) Embora o texto evidencie que o ambiente natural tinha uma forte influência sobre a vida da sociedade feudal, ele não indica
que os ecossistemas naturais estão sendo mantidos plenamente preservados. No texto, o autor cita não apenas as práticas
do cultivo e da caça mas também a existência de grandes estruturas arquitetônicas, os castelos, em meio à paisagem rural,
o que indica o início da interferência humana sobre a paisagem.

c) (V) Com base nas descrições feitas no texto, entende-se que, por trás da vida social construída nesse ambiente rural, a socie-
dade vivia ainda sob a influência de elementos indomáveis, ou seja, elementos da natureza que não podiam ser atenuados,
subjugados ou devidamente controlados. Para exemplificar essa percepção, o autor cita os animais ferozes que cruzavam
as plantações, a escuridão que dominava as noites e o frio rigoroso. Diante disso, a utilização do espaço rural ocorria em
meio a uma convivência com tais aspectos.
d)(F) No texto, o autor cita a utilização de utensílios feitos de madeira e a coleta de itens de origem vegetal, indicando que alguns
recursos primários eram transformados em objetos ou alimentos. Entretanto, no texto, não há referências à negociação de
tais recursos, o que faz com que a alternativa seja incorreta.
e) (F) Com base nas descrições apresentadas no texto, essa paisagem rural não era pautada pela evolução de ferramentas técnicas,
visto que esses utensílios são apenas citados de maneira pontual e apresentados como objetos ainda rudimentares, feitos
de madeira, principalmente. Conforme o texto, para a sociedade feudal, o modo de utilização do espaço era comumente
determinado pelas condições oferecidas pelo meio.

a) (F) O relevo de feição plana típico dos manguezais favorece a entrada de água salgada, impulsionando a erosão hídrica nesse
ecossistema. O que funciona como uma barreira natural aos processos erosivos nos mangues é a vegetação adaptada que
se desenvolve nessas áreas.
b)(F) Os mangues se localizam, sobretudo, em regiões litorâneas de clima tropical ou subtropical, com estações úmidas e com
elevadas temperaturas, que são fundamentais para o seu desenvolvimento. No entanto, o texto não cita esse aspecto
climático, o qual também não expressa um papel fundamental no impedimento do assoreamento dos canais que rodeiam
esse ecossistema.
c) (F) No texto, indica-se o papel da vegetação na contenção dos processos erosivos em áreas de manguezal. Embora haja refe-
rências à compactação de sedimentos, a estrutura geológica das áreas que contêm manguezais não é evidenciada. Além
disso, os ambientes de manguezal não costumam ser associados ao predomínio de rochas extrusivas.
d)(V) As plantas pneumatóforas, características das áreas de manguezal, têm suas raízes adaptadas a terrenos pobres em oxigênio
e ricos em salinidade. Essas raízes realizam trocas gasosas com o meio ao ficarem localizadas na superfície, o que contribui
para a compactação dos sedimentos junto à margem e para dificultar a ação da erosão na área.
e) (F) Devido à presença de umidade e aos avanços das marés, que podem depositar matéria orgânica no local, os mangues têm
solo lamacento. Entretanto, o texto não relaciona a estabilização da linha de costa ao tipo de solo dos manguezais.

a) (F) As ações estatais apresentadas no texto não indicam que o governo promoveu uma privatização das unidades ambulatoriais
em Salvador a fim de combater a disseminação da gripe espanhola. Em vez disso, é pontuado que um hospital destinou
uma ala específica para acolher pessoas necessitadas contaminadas pela doença.
b)(F) Embora o texto indique que as medidas adotadas pelo governo para combater o avanço da gripe espanhola em Salvador
envolveram intervenções no espaço urbano, não há indícios de mudanças no que se refere à infraestrutura da cidade, já
que as ações estiveram concentradas na higienização dos ambientes.
c) (F) Com o avanço da gripe espanhola em Salvador, algumas unidades de trabalho da capital baiana estavam totalmente paradas
por causa da forte epidemia que assolava os trabalhadores. Além disso, o texto não indica que a ação estatal para comba-
ter a doença esteve baseada na manutenção de serviços essenciais de maneira geral, mas no investimento em melhorias
sanitárias na cidade.
d)(F) Ainda que o texto cite a existência de um hospital de isolamento que possuía uma enfermaria destinada ao atendimento
de pessoas afetadas pela gripe espanhola, as ações estatais apresentadas não demonstram a implementação de um dis-
tanciamento social severo na capital baiana.
e) (V) Ao citar a ação da “espanhola”, o texto faz referência à gripe espanhola, uma enfermidade que chegou ao Brasil no final
da década de 1910 em decorrência do aumento do fluxo intercontinental de pessoas. No texto, são apresentadas ações
estatais que visavam conter a propagação da doença por meio da melhoria das condições sanitárias da cidade, envolvendo
a higienização de espaços públicos e a criação de enfermarias específicas para o atendimento de infectados.

a) (F) Os textos não sustentam que o saber científico se constitui a partir da preponderância de estruturas cognitivas inatas. Na
verdade, ambos os excertos destacam a perspectiva de que o conhecimento é construído, tendo suas bases na intersubje-
tividade entre sujeito cientista e objeto estudado.
b)(F) As duas análises apresentadas expõem uma percepção crítica à compreensão do mundo pelo viés contemplativo. Isso
porque ele não é estruturado por meio do diálogo entre objeto e sujeito, empirismo e racionalismo. Seria, na metáfora
apresentada no texto I, como as formigas, que apenas acumulam e utilizam esse montante, sem elaborar uma ação sobre
isso.
c) (F) A percepção intersubjetiva é aquela que envolve a consciência de um indivíduo e a sua relação com o objeto de estudo.
É incorreto afirmar que os autores sustentam que tal percepção é dispensável, pois ambos argumentam que o conhecimento
humano tem sua base justamente nessa intersubjetividade, que possibilita ao cientista e filósofo colher as percepções sobre
o mundo sensível, o objeto, e utilizar seus recursos, seu intelecto, para transformar e compreender o mundo.

d)(V) Ambos os textos foram escritos por filósofos que mantinham profunda conexão com o estudo das ciências. Assim, eles ana-
lisam a origem do conhecimento por meio do diálogo entre aquilo que é empírico e aquilo que é produzido pelo intelecto,
racional. Nesse sentido, ambos sustentam, em suas teses, que a elaboração do conhecimento perpassa pela apreensão de
dados sensoriais humanos e pela ação e racionalização do sujeito, que analisa e elabora entendimentos sobre a realidade.
e) (F) Ao analisarem os meios utilizados para se elaborar um conhecimento científico, os textos não argumentam que esse co-
nhecimento formula conceitos imprecisos. Na verdade, ambos os textos sustentam que o sujeito que se dedica à ciência
se utiliza de mecanismos dialógicos para compor seus estudos e compreender e transformar o mundo que o cerca.

a) (V) De acordo com a sua percepção sobre as relações políticas e a manutenção do poder, Maquiavel argumenta que o compor-
tamento do governante deve aliar o arbítrio monárquico ao contexto de sua decisão. Conforme o filósofo, ações virtuosas
podem trazer ruína, enquanto ações aparentemente defeituosas podem causar bem-estar; ou seja, para se manter no poder,
o príncipe deve agir conforme a necessidade do momento.
b)(F) No texto, Maquiavel defende que a ação dos governantes deve ser orientada segundo a necessidade, o que requer desses
indivíduos flexibilidade. Além disso, o texto evidencia que, para Maquiavel, a ação dos governantes não poderia ser limitada
por uma obediência a regras, já que, na visão do filósofo, tal aspecto atrapalharia o exercício e a manutenção do poder.
c) (F) Não há, no texto, referências a uma conciliação entre ideologia e ascetismo por parte dos governantes. Em vez disso,
Maquiavel aponta que o governante deve aprender a valer-se ou não da bondade e do consentimento conforme a neces-
sidade a fim de conservar o poder político. Tal aspecto contraria uma postura asceta, que envolve a renúncia a interesses
materiais ou terrenos.
d)(F) Na perspectiva apresentada no texto, Maquiavel afirma que nem sempre as ações virtuosas têm boas consequências, sendo
necessário ao príncipe agir, certas vezes, por meios impiedosos e cruéis. Nesse sentido, é incorreto afirmar que o filósofo
defende que o comportamento de um monarca deve aliar a honestidade ao diálogo, posto que, para ele, esses elementos
nem sempre serão eficientes para a manutenção de seu poder.
e) (F) Para Maquiavel, o príncipe deve centralizar o poder em sua posse. Entretanto, sua postura não deve ser marcada por um
idealismo, posto que a realidade das coisas pode ser distinta daquilo que se imagina. E, para manter seu poder, o monarca
deve saber tomar decisões de acordo com a situação em que está inserido.

a) (V) Na charge, apresentada no texto I, D. Pedro II é representado lendo um livro dentro de uma carruagem, alheio à situação que
está acontecendo fora do veículo. A legenda evidencia que a gravura representa o Estado imperial guiado por conservado-
res, um dos partidos de maior relevância política no período e que estava à frente de muitas das decisões governamentais.
Já o texto II revela que a credibilidade e capacidade do monarca vinham sendo questionadas por diversos fatores. Nesse
sentido, ambos os textos evidenciam que o imperador brasileiro parecia alienado da sua autoridade, sendo carregado pelos
políticos que o cercavam.
b)(F) Uma postura de austeridade na gerência imperial presumiria um posicionamento de controle rígido e disciplinado por
parte do imperador. Tanto no texto I quanto no II, a postura do monarca é marcada por ser alienada e questionável, visto
que seriam os outros políticos os responsáveis por guiar o Estado, enquanto o rei viveria de formalidades vazias, segundo
os pontos de vista apresentados.
c) (F) O texto I representa a falta de gerência do governante diante da situação ao seu redor. Já o texto II revela que a persona-
lidade e a capacidade do imperador passaram a ser questionadas ao longo da década de 1880, visto que, aparentemente,
eram os políticos que o cercavam quem guiava o país. Nesse sentido, é incorreto afirmar que os textos destacam a eficiência
administrativa do governante.
d)(F) Tanto o texto I quanto o texto II revelam que a capacidade gerencial do imperador estava sendo questionada, visto que
ele demonstrava estar alheio à situação de seu país. Nesse sentido, a perspectiva histórica referida nos textos não destaca
a legitimidade da monarquia, mas a questiona.
e) (F) No texto I, o partido conservador aparece guiando o carro onde o monarca está e, no texto II, a autora indica que os políticos
que cercavam o imperador comandavam o país. Essas percepções sugerem uma perspectiva única e consolidada do papel
político desempenhado pelos partidos brasileiros, não sendo destacada nenhuma ambiguidade ideológica relacionada
a eles.

a) (F) No período apresentado, os partidos disputavam participação política por meio das eleições. Embora tivessem seu direito
à atuação garantido pelo Código Eleitoral, a participação equilibrada não era imposta pelo documento, além de não ser
uma medida direcionada à moralização e confiabilidade do processo eleitoral.
b)(F) O texto faz referência à necessidade, durante a Primeira República, de moralizar o processo eleitoral nacional e de torná-lo
mais seguro e confiável. Assim, a iniciativa tomada pela justiça brasileira foi a de tornar o voto secreto e, portanto, inalienável.
Essa medida, entretanto, não pretendia tornar digitais as cédulas eleitorais, mas garantir a seguridade dos votos impressos.
No Brasil, a urna eletrônica só foi utilizada na década de 1990, muitos anos depois da implementação do Código Eleitoral
de 1932.
c) (F) Embora o Código Eleitoral de 1932 tenha implementado o voto secreto e obrigatório para todos aqueles que tinham direito
a participar do processo eleitoral (os analfabetos eram proibidos de votar, por exemplo), no texto, não há referências a essa
mudança legislativa nem à sua relação com a tentativa de moralizar a prática das eleições.

d)(V) A mudança no processo eleitoral mencionada no texto visava combater o cenário caótico de fraudes característico da Re-
pública Oligárquica. Assim, a implementação do voto secreto, individual e inalienável tinha o objetivo de garantir que os
cidadãos pudessem indicar, nas urnas, seus juízos e percepções particulares, sem a interferência dos coronéis, por exemplo.
e) (F) O Código Eleitoral de 1932 proibia o voto de analfabetos, sendo possível supor que, para ter seu direito ao voto garantido,
era preciso ter certo grau de instrução educacional. Entretanto, esse aspecto não é destacado no texto como um recurso
para assegurar a moralização do processo eleitoral brasileiro.

a) (F) Embora a expansão das ciclovias em bairros periféricos seja importante para melhorar o tráfego de ciclistas nesses espaços,
não é efetiva para amparar a população de baixa renda que realiza movimentos pendulares. Tendo em vista que, na maioria
das vezes, o trajeto percorrido por esses indivíduos é de grande amplitude, são necessários meios de transporte que via-
bilizem o deslocamento entre longas distâncias em um tempo reduzido. Além disso, o aumento das ciclovias somente nas
periferias não abrange todo o percurso da maior parte dos migrantes pendulares.
b)(F) A fiscalização do fluxo de veículos nas rodovias brasileiras é importante para garantir a fluidez do trânsito e o respeito às leis
de trânsito. Entretanto, essa medida não facilita ou otimiza a migração pendular, analisada no texto, visto que não implica
diretamente em uma melhoria das condições de transporte da população, especialmente a que detém menor rendimento.
c) (V) A ampliação das redes de transporte público contribuiria para facilitar e agilizar os deslocamentos pendulares, beneficiando
principalmente a população que detém menor rendimento. Tal ampliação consiste tanto no aumento do número de veícu-
los disponíveis quanto na expansão das localidades atendidas e a modernização do serviço e dos transportes. Com isso, o
deslocamento de pessoas entre municípios seria facilitado, e a dinâmica da segregação socioespacial poderia ser atenuada.
d)(F) O processo de restauração das malhas viárias municipais consiste em melhorias estruturais no conjunto de vias de um
município. Embora essa ação seja importante para otimizar o tráfego de veículos, não representa uma medida capaz de
amparar a população de baixa renda na realização de movimentos pendulares, já que não implica diretamente em uma
maior acessibilidade dos indivíduos aos meios de transporte necessários para os deslocamentos.
e) (F) Ainda que a redução do preço de combustíveis contribua para facilitar o transporte da população, uma vez que diminui os
custos com deslocamento, essa medida não representa uma ação estatal efetiva para amparar a população de baixa renda
na realização de movimentos pendulares, visto que uma parcela significativa das pessoas não detém veículos próprios.
Desse modo, uma ação eficiente para mitigar o problema deve priorizar melhorias para o transporte coletivo.

a) (F) A decadência das hierarquias feudais vinha acontecendo, na Inglaterra, desde o século XII, quando o poder passou a ser
centralizado em um único monarca. Assim, ao longo do século XVII, analisado no texto, a hierarquia em voga na Inglaterra
concedia ao rei a maior parte da autoridade política, até o momento em que ocorreram as Revoluções Inglesas. Portanto, é
incorreto apontar que o desenvolvimento do mercado editorial, nesse contexto, contribuiu para a decadência das hierarquias
feudais.
b)(F) O ressurgimento do comércio entre as cidades aconteceu em um período anterior ao analisado no texto, por volta do século
XIV. Nesse período, os burgueses estabeleceram negociações comerciais entre os burgos, pequenas aldeias medievais,
desenvolvendo o comércio interno, por meio da criação de feiras livres.
c) (F) No período analisado no texto, o desenvolvimento do mercado livreiro não impulsionou o reconhecimento da soberania
imperial, uma vez que diversas obras questionavam a autoridade monárquica.
d)(V) Conforme apresentado no texto, durante as Revoluções Inglesas (1640-60), ocorreu um crescimento da produção comuni-
cativa textual. Nesse contexto de desenvolvimento da produção editorial, fortaleceram-se os movimentos de contestação
à monarquia inglesa, o que possibilitou a ascensão de uma nova rede de poderes, formada sobretudo pela burguesia,
responsável por fortalecer, naquele país, a monarquia parlamentarista.
e) (F) Historicamente, o acesso a ambientes acadêmicos foi limitado aos indivíduos de classes mais abastadas, que poderiam pagar
por um ensino formal. No período analisado no texto, durante o século XVII, o sistema educacional inglês era direcionado,
principalmente, para as classes mais ricas, a nobreza e a burguesia. Assim, o desenvolvimento do mercado editorial não
conseguiu, nesse momento, popularizar os espaços acadêmicos.

a) (F) O solo pedregoso é típico de algumas regiões sertanejas, onde o clima é mais quente e seco. O desenvolvimento de plan-
tações nesse tipo de solo é dificultoso, pois tem baixa absorção e é pouco produtivo. Essa problemática, entretanto, não é
citada na canção como o motivo da tristeza do sertanejo.
b)(F) As características de relevo planáltico da Caatinga não são mencionadas na canção como problemáticas para o sertanejo.
Além disso, o Sertão nordestino é composto de relevos variados, como serras, chapadas, planaltos e depressões, cada um
com propriedades ambientais distintas.
c) (F) Os cursos fluviais perenes possuem vazão constante, ou seja, não secam. Esse tipo de rio é menos frequente no Sertão
nordestino, onde os longos períodos de estiagem acabam por secar os fluxos de água.
d)(F) As características da flora da Caatinga, como a vegetação rasteira, são adaptadas às condições naturais de solo e clima,
oferecendo possibilidades de aproveitamento das características naturais do ambiente. Esse elemento, no entanto, não é
identificado na canção como fator de tristeza para o enunciador.

e) (V) O Sertão nordestino é caracterizado, principalmente, pelo domínio morfoclimático da Caatinga. Este se caracteriza pelo
clima semiárido, que possui baixa pluviosidade e chuvas concentradas nos primeiros meses do ano. Essa característica é
uma causa para a tristeza e desventura do enunciador, que, devido ao período de estiagem, perde suas plantações e seus
animais.

a) (F) De acordo com o texto, o karatê surgiu, inicialmente, como um mecanismo de enfrentamento político, ou seja, como uma
forma de os camponeses enfrentarem a autoridade dos militares. Tendo em foco o aspecto político e social, o texto não
indica que essa arte marcial surgiu como um mecanismo de sobreposição ou conflito cultural.
b)(F) Embora o karatê tenha surgido como um mecanismo de resistência, o texto não associa essa resistência a algum aspecto
periódico que caracterize a sazonalidade indicada na alternativa.
c) (F) Atualmente, as artes marciais são praticadas por muitas pessoas para o desenvolvimento estético, para fortalecer o corpo
ou para atender a padrões de beleza. Entretanto, o texto não associa essa busca pela mudança na aparência ao surgimento
do karatê.
d)(F) Embora as lutas de karatê sejam assistidas na atualidade como entretenimento coletivo, o texto indica que, em seu surgi-
mento, o objetivo dessa prática era outro: contrapor os mandos e privilégios do governo e das castas militares.
e) (V) Com base no texto, entende-se que o karatê surgiu como estratégia de enfrentamento político camponês diante da autori-
dade e dos privilégios restritos às castas do governo e dos militares. Essa luta teve origem em um contexto de proibição do
porte de armas, o que levou os camponeses a desenvolver estratégias diferentes para se protegerem e resistir às investidas
das castas dominantes.

a) (F) O letramento digital tem como objetivo ensinar um conjunto de competências e habilidades que possibilita aos estudantes
a compreensão daquilo que leem em aparelhos digitais. Embora os telecentros comunitários possam aplicar esse tipo de
ensino, conforme apresentado no texto, o principal objetivo do projeto é o incentivo e a criação de oportunidades para
que a comunidade tenha acesso a formações e direitos básicos. Nesse sentido, o projeto dos telecentros não tem como
ponto essencial a imposição do letramento digital à comunidade.
b)(F) Embora o texto indique que dentre as funções dos telecentros estão o estímulo à alfabetização e a ampliação do acesso à
cultura, essa estratégia de inclusão social não prevê a incorporação de sistemas automatizados na condução do processo
de ensino e aprendizagem. Em vez disso, os telecentros buscam facilitar o acesso da população aos recursos digitais a fim
de preencher lacunas sociais e possibilitar o desenvolvimento de capacitação básica.
c) (F) Os telecentros são espaços com recursos técnicos e tecnológicos voltados a proporcionar a indivíduos e comunidades o
acesso público às tecnologias da informação e da comunicação para incentivar o desenvolvimento pessoal, comunitário e
social. Portanto, o princípio fundamental desse projeto não é a distribuição de recursos eletrônicos, mas a sua disponibili-
zação em um espaço aberto e gratuito para pessoas que geralmente não têm esse acesso.
d)(V) De acordo com o texto, os telecentros atuam fazendo parte das comunidades, traçando estratégias de desenvolvimento por
meio do estímulo à alfabetização, do acesso a serviços eletrônicos governamentais, da produção cultural e da geração de
renda. Assim, entende-se que a base desse projeto está na viabilização da capacitação básica das comunidades, de forma
que elas sejam mais integradas socialmente e possam se desenvolver.
e) (F) Conforme apresentado no texto, entende-se que o problema principal que os telecentros buscam solucionar é o dese-
quilíbrio social existente, não o digital. Assim, embora os telecentros comunitários contribuam para que alguns avanços
computacionais sejam difundidos, a base do projeto diz respeito diretamente a incentivar a inclusão social de comunidades.
A aferição de avanços computacionais não seria, portanto, uma base para essa estratégia.

a) (F) Os moradores do quilombo realizavam o cultivo e a coleta de recursos para ajudar na subsistência do grupo. Entretanto,
essa subsistência não era independente, sendo necessário manter contato com pequenos colonos e aldeias próximas a fim
de realizar trocas de mercadorias e garantir a sobrevivência dos quilombolas.
b)(F) Nos quilombos, os indígenas e africanos fugidos podiam retomar algumas de suas práticas ancestrais e adaptá-las à nova
vida no Brasil. E, embora esses costumes existam até hoje, em parte pelo compartilhamento de vivências nos quilombos,
os grupos quilombolas não se estabeleceram nessas federações para disseminar suas tradições. No período em análise,
as culturas africanas e indígenas sofriam forte repressão do governo, além de não serem compartilhadas entre todos os
membros do grupo.
c) (F) O texto trata especificamente do quilombo dos Palmares, que existiu entre os séculos XVI e XVII e representou o maior
quilombo já existente na América Latina. Essa federação foi constituída como mecanismo de resistência às opressões do
sistema colonial, vigente no Brasil até o século XIX, quando foi oficializada a independência. Tendo em vista que o quilombo
de Palmares foi considerado derrotado no ano de 1694, ele não coexistiu com o regime monárquico brasileiro, o que faz
com que a alternativa seja incorreta.
d)(V) Como se afirma no texto, os quilombos eram formados por um grupo bem diverso de pessoas, pois nele havia escravizados
e indígenas fugidos, soldados desertores, vendedores, foragidos etc. Nesse sentido, entende-se que essas comunidades
se organizavam como uma estratégia de resistência e enfrentamento às opressões coloniais. Compostos, principalmente,
de ex-escravizados, os quilombos desafiavam a estrutura política e social de dominação estabelecida pelos colonos.

e) (F) Durante os séculos XVI e XVII, o Brasil ainda era uma colônia de Portugal. Embora os colonizadores detivessem notórios
privilégios sociais e políticos naquele período, os quilombos não foram organizados como estratégia de reivindicação de
um igualitarismo social. Naquele momento, a formação dos quilombos visava ao estabelecimento de comunidades em que
os indivíduos poderiam estar alheios ao controle autoritário dos colonizadores.

a) (F) O trecho do discurso proferido por Nelson Mandela em 1994 ressalta o rompimento com os aspectos históricos que forta-
leciam as divisões e os conflitos étnico-raciais na África do Sul. Nesse sentido, não se refere a uma ruptura com um passado
marcado por eleições fraudulentas, mas o fim de um sistema político que privava a população negra da participação nos
processos eleitorais.
b)(F) O fim do apartheid na África do Sul não representou uma ruptura com a influência da ideologia capitalista, uma vez que
não visava à diminuição da intervenção estatal na economia, mas à equidade entre os grupos étnicos existentes no país.
Após a ascensão do sistema político referido no texto, a África do Sul ganhou maior notoriedade no mercado global, o que
favoreceu a atração de investimento estrangeiros.
c) (F) O governo implementado por Nelson Mandela não visava romper com a definição de mandatos temporários. Enquanto
estava no poder, o governante manteve o sistema eleitoral, reforçando o direito à participação política das pessoas negras
do país. No texto, o caráter inclusivo de seu governo é evidenciado.
d)(V) O discurso proferido por Nelson Mandela em 1994 exalta explicitamente o rompimento com o regime de segregação racial
que havia sido implementado na África do Sul. Durante décadas, esse país esteve sob o apartheid, que impunha uma polí-
tica de discriminação sistemática contra a maioria negra do país. O discurso de Mandela marcou um momento histórico de
transição, no qual a nação se comprometia a superar esse regime opressivo e a construir um governo democrático baseado
na igualdade racial.
e) (F) Durante o apartheid, o governo sul-africano adotou uma postura repressiva e autoritária, utilizando força militar para reprimir
a oposição revolucionária da qual Nelson Mandela fazia parte. Nesse sentido, o discurso de Mandela não rompia com a
organização de movimentos rebeldes, mas representava a vitória política de um grupo da oposição que defendia mudanças
profundas na estruturação do governo.

a) (F) A atividade manufatureira envolve um conjunto de esforços humanos e tecnológicos planejados para a criação e disponibili-
zação de produtos e serviços para o mercado. A estratégia operacional representada na imagem consiste no aproveitamento
das maiores vantagens comerciais de cada localidade, barateando a produção e aumentando a lucratividade da negociação.
Nesse sentido, é incorreto afirmar que essa estratégia é caracterizada pelo encarecimento da atividade manufatureira.
b)(F) Embora a transnacionalização da produção possibilite a desconcentração das cadeias produtivas, ela não tem como principal
característica o fomento ao desenvolvimento tecnológico em todos os países envolvidos, haja vista a necessidade de se
manter a divisão das tarefas entre os mercados. Nesse sentido, embora todos os envolvidos tenham acesso à tecnologia,
o desenvolvimento tecnológico fica mais concentrado nos países que sediam as grandes corporações empresariais.
c) (V) A transnacionalização da produção, representada no esquema, é uma prática operacional marcada pela distribuição das
diferentes etapas da cadeia produtiva em países ao redor do mundo, adotada pelas corporações empresariais globais
contemporâneas. Isso ocorre como estratégia para aproveitar os recursos e as vantagens comparativas de cada localidade,
como mão de obra barata, incentivos fiscais, infraestrutura adequada, entre outros. Há, portanto, uma desconcentração das
cadeias produtivas dessas corporações.
d)(F) A transnacionalização da produção, esquematizada na imagem, faz com que as grandes corporações ultrapassem as barreiras
impostas pelos limites territoriais e distribuam a sua produção em vários países. Portanto, a principal característica desse
sistema produtivo não é a consolidação de barreiras espaciais, mas a superação delas por meio da atividade mercadológica.
e) (F) Embora a transnacionalização da produção envolva, em certa medida, a busca pela simplificação de alguns processos co-
merciais, esse aspecto não é evidenciado na representação, que indica a distribuição geográfica das etapas produtivas.

PROVA e RESOLUÇÃO 6º SIMULADO SAS ENEM 2023 - 1ºDIA

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EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO

em2023 enem2023 enem2023 enem2023 ene

1oDIA 1oDIA 1oDIA 1oDIA 1oDIA

Período de aplicação: 07/10/2023 a 09/10/2023

Viver não é esperar a chuva passar.

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

Dr. Claire Bayntun, as an educator of global health

insecurity at the grindstone, they're demanding more problemas sanitários.

RIA (approaching) […]

de ofensas entre mulheres imigrantes durante um acidente 1o DIAAMARELO

empreendidas pelo autor.

A função da linguagem predominante nesse texto é

[…] Quando uma criança vê um brinquedo, de imediato

fizeram o longa se destacar. plataformas.

uma posição sempre inferior ou criminosa para dizer que é

não te dou senão 1o DIAAMARELO

usuário […]”. de amor que é paradoxal na medida em que

com o barulhinho, me assusto, perdi o contato com a

B possibilidade de o samba se mesclar a gêneros 1o DIAAMARELO

Vocês vão ver gente cantando concerto

A Marieta manda um beijo para os seus 1o DIAAMARELO

No texto, o narrador tece comentários a respeito da

De autoria da artista brasileira Jeane Terra, a obra ilustrada

identitária de um povo. finalidade principal de

brasileiro, Franchetto chama a atenção para certa filosofia 1o DIAAMARELO

C aumento da autonomia de grupos comerciais nas

minsaude Hoje é o Dia Internacional de Sensibilização

A questionar a possibilidade de as máquinas assumirem tarefas humanas.

diz que é baudelaire dobrado

Na canção, ao fazer uma homenagem a uma artista popular

Nesse artigo que aborda uma rede social, a estratégia

que tem perfume e veneno A investigar os efeitos da virtualização de experiências reais.

D ensaio acadêmico, pois expõe uma temática por meio 1o DIAAMARELO

Perfil da população da cidade do Rio de Janeiro

47% Brancos Ensino Superior Renda 10 SM

CRÉDITO: MUSEUS DE CIÊNCIAS E SEUS VISITANTES – ESTUDO LONGITUDINAL 2005 –

é furtado ou roubado ele passa a integrar a Lista de Bens 1o DIAAMARELO

Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 19 abr. 2023.

CORREIA, S. O modo de produção capitalista: o exemplo do trabalho feminino. Formação TEXTO II

da formação poderiam se prestar, mais ou menos, à sua 1o DIAAMARELO

Os pontos de vista expressos nos textos divergem quanto

 povoamento denso. que obedecer às determinações desse país e de outros 1o DIAAMARELO

submissão servil à cultura e ao poder europeus. É

 Representação de desigualdades sociais e econômicas. O texto indica que as modificações tecnológicas

A mudança no cenário econômico internacional QUESTÃO 69

A revisão proposta pela teoria alemã consiste em uma

No texto, descreve-se um modo de utilização do espaço

SILVA-MELO, M. R.; GUEDES, N. M. R.; MELO, G. A. P. Índice de Sustentabilidade do 1o DIAAMARELO

TEXTO II O carro do Estado conduzido pelos conservadores

Os textos esboçam uma perspectiva histórica a respeito

proporcionaram um ambiente conveniente para o

Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.

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1o dia | 6o Simulado SAS ENEM

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

02. Resposta correta: E C 2 H 6

03. Resposta correta: D C 2 H 7

1 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS / CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

04. Resposta correta: D C 2 H 6

05. Resposta correta: D C 2 H 8

Questões de 01 a 05 (opção: espanhol)

01. Resposta correta: A C 2 H 5

02. Resposta correta: E C 2 H 6

03. Resposta correta: D C 2 H 7

04. Resposta correta: D C 2 H 6

05. Resposta correta: D C 2 H 8

01. Resposta correta: A C 2 H 5

02. Resposta correta: C C 2 H 6

03. Resposta correta: E C 2 H 7

04. Resposta correta: A C 2 H 6

05. Resposta correta: B C 2 H 8

07. Resposta correta: D C 3 H 10

08. Resposta correta: E C 4 H 12

09. Resposta correta: E C 1 H 1

10. Resposta correta: D C 7 H 22

11. Resposta correta: D C 8 H 26

12. Resposta correta: C C 4 H 13

13. Resposta correta: E C 3 H 11

14. Resposta correta: E C 6 H 18

15. Resposta correta: D C 3 H 9

16. Resposta correta: E C 5 H 16

17. Resposta correta: C C 1 H 2

18. Resposta correta: A C 7 H 23

19. Resposta correta: C C 5 H 16

20. Resposta correta: B C 5 H 17

21. Resposta correta: E C 4 H 14

22. Resposta correta: E C 9 H 28

23. Resposta correta: D C 9 H 29

24. Resposta correta: C C 6 H 18

25. Resposta correta: A C 7 H 21

26. Resposta correta: E C 6 H 20

27. Resposta correta: A C 8 H 27

28. Resposta correta: B C 7 H 24

29. Resposta correta: C C 5 H 15

30. Resposta correta: C C 1 H 4

31. Resposta correta: B C 4 H 13

32. Resposta correta: E C 5 H 17

33. Resposta correta: A C 7 H 21

34. Resposta correta: D C 3 H 9

35. Resposta correta: C C 9 H 28

36. Resposta correta: B C 6 H 20

37. Resposta correta: D C 7 H 24

38. Resposta correta: A C 9 H 30

39. Resposta correta: E C 1 H 3

40. Resposta correta: E C 7 H 23

41. Resposta correta: A C 3 H 10

42. Resposta correta: A C 8 H 25

43. Resposta correta: D C 7 H 24

44. Resposta correta: C C 4 H 14

45. Resposta correta: E C 1 H 1

47. Resposta correta: D C 4 H 18

48. Resposta correta: A C 6 H 29

49. Resposta correta: E C 3 H 14

50. Resposta correta: B C 6 H 28

51. Resposta correta: C C 6 H 30

52. Resposta correta: E C 1 H 2

53. Resposta correta: D C 4 H 16

54. Resposta correta: E C 2 H 9