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1. Seria difícil encontrar hoje um crítico literário respeitável que gostasse de ser apanhado
defendendo como uma ideia a velha antítese estilo e conteúdo. A esse respeito prevalece um
religioso consenso. Todos estão prontos a reconhecer que estilo e conteúdo são indissolúveis,
que o estilo fortemente individual de cada escritor importante é um elemento orgânico de sua
obra e jamais algo meramente “decorativo”.
2. Examine o anúncio.
No contexto do anúncio, a frase “A diferença tem que ser só uma letra” pressupõe a
a) necessidade de leis de proteção para todos que trabalham.
b) existência de desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
c) permanência de preconceito racial na contratação de mulheres para determinadas
profissões.
d) importância de campanhas dirigidas para a mulher trabalhadora.
e) discriminação de gênero que se manifesta na própria linguagem.
Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos XVII e XVIII não
trouxeram ao Brasil somente escravos e mercadorias. 2Dois inimigos silenciosos vieram junto: o
vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A consequência foi uma série de surtos de
febre amarela urbana no Brasil, com milhares de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela
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urbana foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito de pessoas infectadas, para zonas de
floresta na região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre amarela ressurgiu em áreas da
Mata Atlântica. Três teses tentam explicar o fenômeno.
Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, “uma pessoa
pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de
Montes Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O
vírus teria se espalhado porque os primatas da mata eram vulneráveis: como o vírus
desaparece da região na década de 1940, não desenvolveram anticorpos. Logo os macacos
passaram a ser mortos por seres humanos que temem contrair a doença. 3O massacre desses
bichos, porém, é um “tiro no pé”, o que faz crescer a chance de contaminação de pessoas.
Sem primatas para picar na copa das árvores, os mosquitos procuram sangue humano.
O Ministério da Saúde afirmou em nota que, desde 2016, os estados e municípios vêm sendo
orientados para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção. A orientação é que
pessoas em áreas de risco se vacinem.
NATHALIA PASSARINHO
Adaptado de bbc.com, 06/02/2018.
3. No sexto parágrafo, a interlocução com o leitor é explicitamente marcada pelo emprego de:
a) pergunta
b) estatística
c) depoimento
d) coloquialismo
4. A frase que contém uma explicação do conteúdo da frase anterior está sublinhada em:
a) Desde o início de 2017, foram confirmados 779 casos, 262 deles resultando em mortes.
Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença já registrado no país. (ref. 1)
b) Dois inimigos silenciosos vieram junto: o vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti.
A consequência foi uma série de surtos de febre amarela urbana no Brasil, com milhares de
mortos. (ref. 2)
c) O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no pé”, o que faz crescer a chance de
contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das árvores, os mosquitos
procuram sangue humano. (ref. 3)
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d) Tanto o homem quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela
por cerca de três dias. Depois disso, o organismo produz anticorpos. (ref. 4)
5. Para apresentação das teses que explicam o avanço da febre amarela, a autora do texto
recorre, principalmente, à seguinte estratégia:
a) referências a dilemas
b) alusão a subentendidos
c) construção de silogismo
d) argumentos de autoridade
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7. O conhecido preceito “os fins justificam os meios” pode ser aplicado ao trecho:
a) “E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as
ações que me levaram a obtê-las.” (6º parágrafo)
b) “Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje
não utilizo, porque não sei para que servem.” (4º parágrafo)
c) “Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça,
outros matam-se.” (1º parágrafo)
d) “Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve
angina e a mulher enforcou-se.” (2º parágrafo)
e) “Vieram-me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se
comigo, as taxas desceram.” (7º parágrafo)
9. “Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem.” (7º parágrafo)
Considerada no atual contexto histórico, essa fala do narrador pode ser vista como uma crítica
à ideia de
a) trabalho.
b) meritocracia.
c) burocracia.
d) preguiça.
e) pobreza.
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem
número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
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Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
11. a) De que modo o fato de morar “num barracão sem número” contribui para a
caracterização de João Gostoso?
b) Cite dois elementos da linguagem jornalística presentes no poema.
Algum tempo atrás, fiz um passeio por uma rica paisagem num dia de verão, em
companhia de um poeta jovem, mas já famoso. O poeta admirava a beleza do cenário que nos
rodeava, porém não se alegrava com ela. Era incomodado pelo pensamento de que toda
aquela beleza estava condenada à extinção, pois desapareceria no inverno, e assim também
toda a beleza humana e tudo de belo e nobre que os homens criaram ou poderiam criar. Tudo
o mais que, de outro modo, ele teria amado e admirado, lhe parecia despojado de valor pela
transitoriedade que era o destino de tudo.
Sabemos que tal preocupação com a fragilidade do que é belo e perfeito pode dar
origem a duas diferentes tendências na psique. Uma conduz ao doloroso cansaço do mundo
mostrado pelo jovem poeta; a outra, à rebelião contra o fato constatado. Não, não é possível
que todas essas maravilhas da natureza e da arte, do nosso mundo de sentimentos e do
mundo lá fora, venham realmente a se desfazer. Seria uma insensatez e uma blasfêmia
acreditar nisso. Essas coisas têm de poder subsistir de alguma forma, subtraídas às influências
destruidoras.
Ocorre que essa exigência de imortalidade é tão claramente um produto de nossos
desejos que não pode reivindicar valor de realidade. Também o que é doloroso pode ser
verdadeiro. Eu não pude me decidir a refutar a transitoriedade universal, nem obter uma
exceção para o belo e o perfeito. Mas contestei a visão do poeta pessimista, de que a
transitoriedade do belo implica sua desvalorização.
Pelo contrário, significa maior valorização! Valor de transitoriedade é valor de raridade
no tempo. A limitação da possibilidade da fruição aumenta a sua preciosidade. É
incompreensível, afirmei, que a ideia da transitoriedade do belo deva perturbar a alegria que
ele nos proporciona. Quanto à beleza da natureza, ela sempre volta depois que é destruída
pelo inverno, e esse retorno bem pode ser considerado eterno, em relação ao nosso tempo de
vida. Vemos desaparecer a beleza do rosto e do corpo humanos no curso de nossa vida, mas
essa brevidade lhes acrescenta mais um encanto. Se existir uma flor que floresça apenas uma
noite, ela não nos parecerá menos formosa por isso. Tampouco posso compreender por que a
beleza e a perfeição de uma obra de arte ou de uma realização intelectual deveriam ser
depreciadas por sua limitação no tempo. Talvez chegue o dia em que os quadros e estátuas
que hoje admiramos se reduzam a pó, ou que nos suceda uma raça de homens que não mais
entenda as obras de nossos poetas e pensadores, ou que sobrevenha uma era geológica em
que os seres vivos deixem de existir sobre a Terra; mas se o valor de tudo quanto é belo e
perfeito é determinado somente por seu significado para a nossa vida emocional, não precisa
sobreviver a ela, e portanto independe da duração absoluta.
12. a) Explique sucintamente a diferença entre a visão de Freud e a visão do jovem poeta
sobre a transitoriedade do belo.
b) Transcreva do segundo parágrafo uma oração em que a ocorrência de vírgula indica a
supressão de um verbo. Identifique o verbo suprimido nessa oração.
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“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das
ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor
doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados
maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à
impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um
novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita dos felizes tempos;
como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora,
e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam,
a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma
em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se
transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de
esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro
mais pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada
lado, beirando a estrada da vida.
Eu tinha onze anos.
Frequentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho
Novo, onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância
como melhor lhes parecia. Entrava às nove horas timidamente, ignorando as lições com a
maior regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos
bancos que o colégio comprara, de pinho e usados, lustrosos do contato da malandragem de
não sei quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta
recordação gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses de externato; com a
lembrança de alguns companheiros – um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante
de mono louro, arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância
calosa que tinha; outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco,
engomadinho e radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de
madrepérola. Mais ainda: a primeira vez que ouvi certa injúria crespa, um palavrão cercado de
terror no estabelecimento, que os partistas denunciavam às mestras por duas iniciais como em
monograma.
Lecionou-me depois um professor em domicílio.
Apesar deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira
provação, eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O internato!
Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o momento de se definir a
minha individualidade.
(O Ateneu, 1999.)
14. a) Que relação o narrador estabelece entre a vida familiar e a vida no internato? Justifique
sua resposta.
b) Por que razão o narrador chama de “eufemismo” os “felizes tempos”?
16. Sim, estou me associando à campanha nacional contra os verbos que acabam em "ilizar".
Se nada for feito, daqui a pouco eles serão mais numerosos do que os terminados
simplesmente em "ar". Todos os dias os maus tradutores de livros de marketing e
administração disponibilizam mais e mais termos infelizes, que imediatamente são
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A doença está tão disseminada que muitos verbos honestos, com currículo de ótimos serviços
prestados, estão a ponto decair em desgraça entre pessoas de ouvidos sensíveis. Depois que
você fica alérgico a disponibilizar, como você vai admitir, digamos, 2"viabilizar"? É triste
demorar tanto tempo para a gente se dar conta de que 3"desincompatibilizar" sempre foi um
palavrão.
“Ao passo que os aparatos tecnológicos se tornam mais presentes na nossa vida, mais se
aprende a viver em rede. Embora saibamos o quanto é importante firmar nossos valores
individuais, acabamos sendo arrastados, como gados ao matadouro, rumo à neutralização das
diferenças culturais dos povos.”
a) causa, comparação e temporalidade.
b) consequência, concessão e comparação.
c) proporcionalidade, concessão e comparação.
d) condição, conformidade e proporcionalidade.
II. Pensar sobre a vaga, buscar conhecer a empresa e o que ela busca já faz de você alguém
especial. Muitos que procuram o balcão de emprego não compreendem que os detalhes são
fundamentais para conseguir a recolocação. Agora, não pense que você vai conseguir na
primeira investida, a busca por um novo emprego requer paciência e persistência, tenha
você 20 anos ou 50. (Balcão de Emprego. Disponível em: <https://empregabrasil.com.br/>)
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d) Todavia; Então.
e) Doravante; Mas.
22. Marque a alternativa que apresenta classificação correta em relação ao tipo de sujeito.
a) O chefe trovejava de raiva. (Sujeito indeterminado)
b) Uma chuva de pétalas tomou conta do céu da cidade. (Oração sem sujeito)
c) Amamos a benignidade de nosso Mestre. (Sujeito indeterminado)
d) Não podia haver formas mais simplificadas de respostas. (Oração sem sujeito)
23. Marque a alternativa correta quanto à classificação sintática dos pronomes destacados.
a) Preciso de ti na execução do projeto. (objeto indireto)
b) O mau exemplo incomoda a mim. (objeto indireto)
c) Encontrei-o em decúbito, ao chão. (sujeito)
d) Contei-lhes toda a verdade. (objeto direto)
24. Marque a alternativa incorreta quanto à classificação das orações coordenadas sindéticas
destacadas.
a) Fabiano não só foi o melhor, mas também foi o mais votado. (aditiva)
b) Apresente seus argumentos ou ficará sem chance de defesa. (conclusiva)
c) Estude muito, pois a prova de conhecimentos específicos estará bem difícil. (explicativa)
d) Ela era a mais bem preparada candidata, mas a vaga de emprego foi destinada a sua amiga.
(adversativa)
A tristeza dos pescadores do Rio Doce refere-se ___ desgraça que ocorreu no local em
novembro de 2015. ___ empresa responsável foi aplicada ___ multa. No entanto, esta não foi
suficiente para devolver ___ natureza o equilíbrio ambiental aniquilado. Pouco ___ pouco
esses pescadores tentam encontrar alternativa sustentável.
a) à – À – a – à – a
b) à – A – a – à – a
c) a – À – a – à – a
d) à – A – à – a – à
É de crer que D. Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos
autores de seus dias: – Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã
naturalmente lhe responderiam: – Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos
na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e
sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada,
amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um
dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia.
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a) Pode-se afirmar que, neste excerto, além de resumir a existência de D. Plácida, o narrador
expressa uma certa concepção de trabalho? Justifique.
b) De que maneira o ritmo textual, que caracteriza a possível resposta dos sacristãos, colabora
para a caracterização de D. Plácida?
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio
aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é
cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria!
Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de
vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive
um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a
luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral
gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser
vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo
o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei
as "Odes Elementares", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa
perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma
cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não,
você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
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a) Na tira 1, como o garoto Calvin interpreta o choro da mãe? Reescreva a última fala de
Calvin, substituindo o verbo “antropomorfiza” por outro de sentido equivalente.
b) Na tira 2, a pergunta do tigre Haroldo poderia ser considerada uma resposta para a pergunta
de Calvin? Justifique.
29. As interrupções frequentes e o tom quase irônico dos congressistas deixavam claro que
estávamos assistindo ao mais bem produzido “puxão de orelha” da história da internet. A
imagem do jovem empresário acuado, sendo constrangido perante os “representantes do
povo”, é poderosa: algo está sendo feito.
O prazer quase sádico que se sente com a reprimenda é justificável: em sua saga para tornar o
mundo mais “aberto e conectado”, o Facebook já errou muito. Com os erros, costumam vir as
desculpas e, com elas, algumas mudanças. O que não muda é o modelo de negócios da
empresa que, graças à coleta massiva de dados de usuários, pode oferecer sofisticadas
ferramentas de direcionamento de anúncios, serviço esse que é responsável por grande parte
de sua invejável receita de US$ 40,6 bilhões, só em 2017.
O que parece não ter ficado claro é que Zuckerberg não construiu tudo isso sozinho. O
Facebook só existe – e continuará existindo – da forma como ele é porque o Congresso dos
EUA nunca implementou um modelo regulatório que protegesse satisfatoriamente a
privacidade dos usuários de internet. Sempre que surgiram propostas nesse sentido, elas
foram sumariamente rechaçadas.
Considerando-se o emprego das aspas no texto, discorra sobre a opinião do autor com relação
aos temas abaixo. Indique outros elementos, retirados do texto, que justifiquem sua resposta.
a) Facebook.
b) Congresso norte-americano.
Nós vivemos aqui que nem gado. Tem a cerca e nós não podemos sair dessa cerca. Tem que
viver só do que tem dentro da cerca. É, nós vivemos que nem boi no curral.
Paulo A. M. Isaac, Drama da educação escolar indígena Bóe-Bororo.
a) Nos trechos “Tem a cerca...” e “Tem que viver...”, o verbo “ter” assume sentidos diferentes?
Justifique.
b) Reescreva, em um único período, os trechos “Nós vivemos aqui que nem gado” e “nós não
podemos sair dessa cerca”, empregando discurso indireto. Comece o período conforme
indicado na página de respostas.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[D]
Resposta da questão 2:
[B]
O uso de parênteses para destacar o morfema “a” no cabeçalho do anúncio de uma campanha
pela igualdade das mulheres no mercado de trabalho, associado à marcação em negrito na
expressão “a diferença tem de ser só uma letra”, revela a importância de reverter a
disparidade salarial entre homens e mulheres que acontece na sociedade atual. Assim, é
correta a opção [B].
Resposta da questão 3:
[A]
Ao iniciar o parágrafo com a questão “Por que é importante determinar a “viagem” do vírus?” e,
em seguida, respondê-la, o autor cria uma interlocução com o leitor, como se a pergunta viesse
por parte deste e aquele a respondesse em seguida.
Resposta da questão 4:
[C]
Em [C], o período sublinhado revela o motivo pelo qual o massacre dos macacos é um “tiro no
pé”, ou seja, traz a explicação para essa afirmação: sem os primatas para picar nas copa das
árvores, os mosquitos procuram sangue humano, o que aumenta a chance de contaminação
das pessoas.
Resposta da questão 5:
[D]
Resposta da questão 6:
[A]
Apenas a frase transcrita em [A] apresenta verbo no modo imperativo afirmativo, terceira
pessoa do plural:”cruzem”. Nas demais, existe ocorrência de tempos verbais no presente do
indicativo (“entram”,”é”, ”existe”, “dá”), pretérito perfeito do mesmo modo (“pintou”, “proibi”,
“procedi”, “percorri”, “tive”, “contornei”) e infinitivo (“diminuir”, “aumentar”).
Resposta da questão 7:
[A]
Ao justificar os seus atos por considerá-los procedentes, o narrador demonstra que qualquer
iniciativa é válida para atingir o objetivo, conforme a frase transcrita em [A]: “E como sempre
tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas as ações que me
levaram a obtê-las.”.
Resposta da questão 8:
[A]
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É correta a opção [A], pois a expressão “rodam que é uma beleza” é típica da linguagem
coloquial, espontânea e informal.
Resposta da questão 9:
[B]
O conceito de que há pessoas que se empenham no trabalho e não obtêm sucesso na vida
contraria a ideia de meritocracia, sistema de promoção em que cada um recebe de acordo com
méritos pessoais, esforço e dedicação ou até inteligência. Assim, é correta a opção [B].
Vários trechos do excerto demonstram a personalidade egoísta e violenta do narrador que ora
se ausenta de responsabilidades com acidentes de trabalhadores, ora manda matar quem lhe é
conveniente sem nenhum tipo de escrúpulo ou peso de consciência. Todos os seus atos são
justificados para atingir o objetivo final: obter a fazenda São Bernardo, enriquecer e ser
respeitado no meio em que vive. Assim, é correta a opção [D].
b) Na oração “a outra, à rebelião contra o fato constatado”, a vírgula indica a elipse do termo
verbal “conduz”, expresso no segmento anterior: “Uma conduz ao doloroso cansaço do mundo
mostrado pelo jovem poeta”.
b) Na voz ativa, o trecho citado teria a seguinte configuração: o pensamento de que toda
aquela beleza estava condenada à extinção incomodava-o.
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b) Em discurso indireto, a frase teria a seguinte configuração: à porta do Ateneu, meu pai
disse-me que eu iria encontrar o mundo.
[A] Correto. O pronome “tais” pode, sem prejuízo de sentido, ser substituído por “aqueles”, o
que permite a classificação como demonstrativo.
[B] Incorreto. O pronome “cujo” é classificado como relativo; sua função é marcar a relação de
pertencimento entre “casaco” e “bolso”.
[C] Correto. Trata-se de uma construção interrogativa indireta.
[D] Correto. O pronome indefinido faz referência a um substantivo de forma imprecisa.
[A] Incorreto. A expressão “ao passo que” indica proporcionalidade; a conjunção “embora”
indica concessão; finalmente, “como” está empregado no sentido de comparação.
[B] Incorreto. Os sentidos expressos estão incorretos pois expressão “ao passo que” indica
proporcionalidade; a conjunção “embora” indica concessão; e “como” está empregado no
sentido de comparação.
[C] Correto. A expressão “ao passo que” indica proporcionalidade, mantendo o sentido original
se for substituída por “à medida que”; a conjunção “embora” indica concessão, e pode ser
substituída por “não obstante”; finalmente, “como” está empregado no sentido de
comparação, e pode ser substituído por “tais quais”.
[D] Incorreto. Os sentidos expressos estão incorretos pois expressão “ao passo que” indica
proporção; a conjunção “embora” indica concessão; e “como” está empregado no sentido de
comparação.
Em [I], o termo “agora” exerce função de advérbio com noção temporal, podendo ser
substituído por daqui por diante, a partir desse momento, doravante. Em [II], adquire sentido de
oposição ao que foi mencionado anteriormente, como acontece em orações iniciadas com as
conjunções adversativas mas, contudo, todavia. Assim, é correta a opção [E].
[A] Incorreto. O sujeito é indeterminado, uma vez que não há indicação de quem pratica a ação
de aniquilar fontes de resistência, além de o verbo estar conjugado na 3ª pessoa do plural.
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[B] Correto. O sujeito simples e paciente (“o conflito armado”) concorda com o verbo conjugado
na voz passiva analítica (“é movido”).
[C] Incorreto. Não há sujeito expresso em relação ao verbo fazer; trata-se de sujeito
determinado, porém desinencial ou oculto (3ª pessoa do singular).
[D] Incorreto. O verbo “chover” está empregado em sentido metafórico, portanto há sujeito
simples (“elogio”).
[A] Incorreto. O verbo “trovejar” é empregado metaforicamente, logo concorda com o sujeito
simples “O chefe”.
[B] Incorreto. O sujeito simples e determinado (“uma chuva de pétalas”) concorda com o verbo
(“tomar”).
[C] Incorreto. O sujeito do verbo “amar” é desinencial, uma vez que a concordância é feita na 1ª
pessoa do plural.
[D] Correto. A locução verbal “poder haver” tem como verbo principal “haver”, impessoal
quando sinônimo de “existir”.
[A] Correto. “Precisar” é verbo transitivo indireto, portanto seu complemento é um objeto
indireto.
[B] Incorreto. “Incomodar” é verbo transitivo direto, portanto “a mim” é um objeto direto
preposicionado.
[C] Incorreto. O pronome pessoal do caso oblíquo não desempenha função de sujeito, segundo
a norma culta.
[D] Incorreto. “Contar” é um verbo bitransitivo: “toda a verdade” é objeto direto, “lhes” é objeto
indireto, por significar “a eles”.
[A] Correto. A relação de sentido entre as duas orações é aditiva, uma vez que Fabiano
acumula dois méritos: ser o melhor e o mais votado.
[B] Incorreto. A relação de sentido entre as duas orações é alternativa, pois há necessidade de
escolha: apresentar ou ficar sem chance de defesa.
[C] Correto. A relação de sentido entre as orações é explicativa: o imperativo presente na
Oração Coordenada Assindética é explicado pela Oração Coordenada Sindética.
[D] Correto. A relação de sentido entre as orações é adversativa: há oposição entre ser a
candidata mais bem preparada, porém a vaga ser destinada a outra pessoa.
[A] Correto. Em “A tristeza dos pescadores do Rio Doce refere-se à desgraça que ocorreu no
local em novembro de 2015”, o verbo “referir-se” exige preposição “a”; há acento indicativo
de crase pois o termo que o complementa é um substantivo feminino.
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Em “À empresa responsável foi aplicada a multa”, a locução verbal “foi aplicada” exige
preposição “a”; há acento indicativo de crase em seu complemento, uma vez que se trata do
substantivo feminino “empresa”. Já em “a multa” não há ocorrência de crase pois é o sujeito
da oração.
Em “No entanto, esta não foi suficiente para devolver à natureza o equilíbrio ambiental
aniquilado”, o verbo “devolver” exige preposição “a”; há acento indicativo de crase pois o
termo que o complementa é um substantivo feminino.
Finalmente, em “Pouco a pouco esses pescadores tentam encontrar alternativa sustentável”
não há ocorrência de acento indicativo de crase, pois a expressão é formada por palavras
iguais.
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