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Artigo - Efeitos do tabagismo no organismo humano

Publicação: 31/05/2021 às 15h45min

O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base
de tabaco. O hábito de fumar é considerado como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e
comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool, cocaína e heroína. Em função disso,
este estudo teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre os efeitos induzidos pelos compostos presentes
no tabaco ao corpo humano. Foram utilizados sites oficiais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Instituto
Nacional do Câncer (INCA), Ministério da Saúde (MS), entre outros, e seis artigos publicados para compilação dos
dados.

Como resultados, encontramos que a fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas
diferentes constituída por duas fases fundamentais, a fase particulada e a gasosa. Nessas duas fases, temos diversas
substâncias como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias
cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos (DDT) e
substâncias radioativas (polônio 210 e carbono 14).

O tabaco pode ser utilizado em diversas formas: inalado, aspirado e mascado e todas trazem malefícios à saúde,
caracterizando o cigarro como uma das maiores causas evitáveis de adoecimentos e mortes precoces em todo o mundo.
São mais de 50 doenças relacionadas ao consumo de cigarro e as estatísticas revelam que os fumantes, comparados aos
não fumantes, apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, 5 vezes maior de sofrer infarto, 5
vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.

Os produtos do tabaco que não produzem fumaça também estão associados ou são fator de risco para o desenvolvimento
de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para muitas patologias buco-dentais. Um importante dado
encontrado foi que fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a gestante e também aumenta o risco de mortalidade
fetal e infantil, principalmente devido aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina.

Dentro do problema do fumo passivo, metade das crianças no mundo convivem com fumantes em casa e muitas podem
desenvolver pneumonia, bronquite, agravamento de asma, e uma maior probabilidade de ter doença cardiovascular na
idade adulta. Atualmente, diversos métodos são indicados para acabar com o hábito tabagista e os benefícios são
diversos: após 20 min, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; após 2h, a nicotina circulante no sangue não é
mais detectada; após 8 h, o nível de oxigênio normaliza e, após 12h a 24h após o último cigarro, os pulmões apresentam
uma melhora no funcionamento. A longo prazo, se percebe também diversos benefícios: após 2 dias, melhora do olfato e
do paladar; após 1 ano, o risco de morte por infarto já foi reduzido pela metade; em torno de 5 a 10 anos sem fumar, o
risco de infarto será igual ao de pessoas que nunca fumaram.

Podemos concluir com este estudo que o tabaco induz sérias alterações no nosso organismo e que as campanhas para
eliminar esse hábito devem ser realizadas o ano todo para conscientizar a população e, principalmente, os jovens, sobre
os malefícios causados pelo tabaco.

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