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PARAR DE FUMAR PODE MELHORAR A ANSIEDADE E DEPRESSÃO

Parar de fumar resulta em melhoria da saúde mental, de acordo com um novo estudo realizado por
pesquisadores da Universidade de Birmingham e do Centro para Estudos do Tabaco e Álcool da
Universidade de Nottingham, no Reino Unido. Os resultados foram publicados em 13 de fevereiro de
2014 no BMJ.
Os benefícios físicos de parar de fumar são bem conhecidos, como reduzir a chance de câncer e
doenças cardiovasculares e respiratórias. Mas os benefícios potenciais para a saúde mental em um
estilo de vida livre de fumo não eram tão claros.
Como fumantes experimentam irritabilidade, ansiedade e depressão quando passam muito tempo sem
cigarro - e os sintomas cessam ao fumar - o estudo sugere que as pessoas podem interpretar mal os
sintomas de abstinência de nicotina, acreditando que fumar traz benefícios psicológicos.
Os pesquisadores analisaram os resultados de 26 estudos que avaliaram a saúde mental das pessoas
antes e pelo menos seis semanas após a cessação do tabagismo. Elas tinham uma idade média de 44
anos e fumavam cerca de 20 cigarros por dia, sendo que parte do grupo estava sendo tratado para
condições clínicas psiquiátricas.
Ao medir o estado de saúde mental, ansiedade, depressão, positividade, estresse e qualidade de vida
psicológica, os pesquisadores descobriram que parar de fumar foi associado com melhorias em todos
esses fatores.

Três explicações gerais foram sugeridas, observam os pesquisadores, para a associação entre
tabagismo e má saúde mental:
- Tabagismo e má saúde mental podem ter causas comuns;
- Pessoas com doenças psiquiátricas ou psicológicas podem usar o cigarro como um mecanismo de
enfrentamento para baixo humor e ansiedade;
- Fumar provoca problemas de saúde mental ou faz com que estes piorem.

Seja qual for a causa, os pesquisadores acreditam que a relação entre tabagismo e saúde mental exige
mais atenção. Eles afirmam que esses resultados ajudariam a superar as barreiras que os médicos têm
para intervir em pacientes fumantes com problemas de saúde mental.
Doze motivos para parar de fumar já!
Motivos não faltam para extinguir o fumo da sua rotina. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que, em 2030, oito milhões de pessoas morram por ano por conta desse péssimo hábito. A
epidemia do tabagismo matou 100 milhões de pessoas no século XX , já que há mais de 50 doenças
relacionadas a esse hábito, mas que poderiam ser evitadas.

Confira doze dos inúmeros malefícios de fumar:

01) Redução de olfato e paladar - O fumo traz sérias alterações na boca e no nariz. "Os agentes
químicos presentes no cigarro atuam como irritantes da mucosa bucal, o que resseca e aumenta a
camada de queratina", explica a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde. Ela explica que o
fumo promove alterações nas papilas gustativas, o que impede que o fumante sinta o real sabor dos
alimentos. Além disso, o cigarro é prejudicial para a mucosa olfativa, já que seu efeito térmico pode
levar a lesões que alteram o olfato.

02) Doenças gastrointestinais - A digestão já fica prejudicada por conta das alterações no paladar.
Para completar o desastre, a nicotina no sistema digestivo provoca a diminuição da contração do
estômago e provoca irritação. O uso contínuo do cigarro enfraquece o músculo que impede o refluxo,
o que aumenta o contato de ácido gástrico com a mucosa esofágica. O tabaco ainda facilita a infecção
por bactérias causadoras da úlcera gástrica.

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03) Rugas e pele envelhecida - Além dos dentes amarelados e do mau hálito, a pele tende a
envelhecer mais rápido nos fumantes. "Existem alguns estudos feitos com gêmeos, em que somente
um tinha o hábito de fumar, que comprovaram que aquele que fumava poderia aparentar até oito anos
a mais que o irmão", conta o cirurgião plástico Gerson Luiz Julio.
Isso acontece porque a pele diminui a produção de colágeno e perde brilho e elasticidade. De acordo
com Gerson, o aparecimento precoce de rugas também é provável, o que deixa a pele com um aspecto
pardo ou amarelado. "Outra característica que os fumantes normalmente expõem na face são as
populares manchas", completa o profissional.

04) Problemas de visão - Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, INCA, os fumantes
apresentam um risco duas vezes maior de catarata e de duas a três vezes maior de desenvolver a
degeneração macular relacionada à idade.
O oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares, conta que os efeitos
maléficos do tabagismo também estão associados à queda das pálpebras. "Isso pode provocar uma
diminuição do campo visual e o aparecimento da oftalmopatia de Graves, doença que apresenta como
sintomas retração palpebral, edema palpebral, lacrimejamento, fotofobia, sensação de corpo estranho,
entre outros", afirma o profissional.

05) Anulação dos efeitos benéficos de beber com moderação - A comprovação vem de um estudo
da Universidade de Cambridge (Inglaterra) com 22 mil participantes. De acordo com os cientistas,
beber com moderação (de três a 14 doses por semana) diminui as chances de um AVC, ou seja, uma
redução de 37% no risco de acidente vascular cerebral.
No entanto, os fumantes que consumiam uma quantidade similar de álcool não apresentavam tal
declínio em suas chances para o curso. Vale lembrar também que já era comprovado que pessoas que
fumam têm um risco 64% maior de ter um acidente vascular cerebral do que aquelas que nunca
fumaram.

06) Câncer de boca - De acordo com o diretor do Departamento de Estomatologia do Hospital do


Câncer, Fábio de Abreu Alves, 95% dos pacientes com câncer de boca fumam. O motivo é a
composição do cigarro: "Ele é produzido por cerca de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60
cancerígenas", diz o especialista. Esse emaranhado de elementos nocivos presentes no tabagismo
ainda é responsável por diversos outros tipos de câncer, principalmente nas vias aéreas, como laringe,
esôfago e pulmão.
O dentista Marcelo Kyrillos, da clínica odontológica Ateliê Oral, também explica que a nicotina
desestrutura a parte óssea da boca e danifica a estética vermelha natural da gengiva. O esmalte dos
dentes é atingido pelo alcatrão. Ela penetra no esmalte superficial e causa o escurecimento deles.

07) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - O tabagismo é a principal causa da DPOC (Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica), complicação definida pela presença de obstrução progressiva do fluxo
aéreo. "O perigo de desenvolver DPOC em um grupo de fumantes de dois maços de cigarros por dia é
aproximadamente 4,5 vezes maior que para os não-fumantes", conta a fisioterapeuta Adriana Marques
Battagin, especialista em fisioterapia cardiorrespiratória.
Ela explica que o impacto da DPOC sobre o indivíduo portador não se dá somente na limitação física
para a execução das atividades da vida diária, mas também nas relações afetivas, conjugais, sexuais,
no lazer e no exercício profissional. Em decorrência da limitação física, muitos doentes tornam-se
amplamente dependentes de seus familiares, despertando um sentimento de incapacidade e
contribuindo para a diminuição de sua auto-estima e a alteração de humor.

08) Alteração das funções dos genes - A exposição à fumaça de cigarro altera a formação das células
por conta do comprometimento da função de alguns genes, segundo um estudo realizado pela
Southwest Foundation for Biomedical Research, nos Estados Unidos.
Os cientistas analisaram 1.200 pessoas e identificaram 323 genes que sofrem alterações na hora de

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converter informações genéticas em funções celulares por causa da fumaça do cigarro. Essas
alterações têm grande influência negativa no sistema imunológico e um forte envolvimento no
processo de morte das células e desenvolvimento de câncer.

09) Doenças neurológicas - Cientistas do National Brain Research Center, da Índia, descobriram uma
ligação direta existente entre tabagismo e danos cerebrais. Um composto do cigarro, chamado NNK,
desencadeia uma resposta exagerada do cérebro a partir de células imunes no sistema nervoso central.
Os glóbulos brancos, que normalmente eliminam células danificadas, passam a atacar células
saudáveis, resultando em graves danos neurológicos. De acordo com os pesquisadores, a substância é
considerada pró-cancerígena, o que significa que pode causar câncer quando é modificada por
processos metabólicos do corpo, além de desencadear distúrbios como a esclerose múltipla.

10) Problemas no coração - A complicação cardiovascular decorrente do cigarro afeta até mesmo o
fumante passivo. Pesquisadores do Departamento de Cardiologia do Erasme Hospital e a Univesité
Libre de Bruxelles, na Bélgica, comprovaram que respirar as substâncias do cigarro afetam várias
funções do sistema vascular arterial - e mesmo quando já não há mais fumaça no ar.
O tabagismo - tanto ativo quanto passivo - provoca elasticidade do sistema vascular. O presidente da
Sociedade Brasileira de Hipertensão, Fernando Nobre, alerta: "Essa elasticidade traz danos para a
manutenção de uma pressão arterial saudável, além de poder evoluir para outros problemas, como o
AVC".

11) Infertilidade em mulheres e homens - O ginecologista Assumpto Iaconelli Júnior conta que, nas
mulheres, o tabagismo pode causar: antecipação da menopausa, aumento de irregularidades
menstruais, alterações hormonais, menor qualidade dos óvulos e embriões e dificuldade de
implantação do óvulo.
"Observamos na nossa clínica, que realiza tratamentos de fertilização in vitro, que mulheres que
fumam têm menor taxa de sucesso e precisam do dobro de tentativas, em média, em relação às não
tabagistas, para conseguir uma gestação", completa o especialista.
Já nos homens, o cigarro afeta a formação e diminui a mobilidade dos espermatozóides, piora o
potencial de fertilização e aumenta o estresse oxidativo (radicais livres).

12) Complicações na maternidade - Gravidez definitivamente não combina com cigarro. "Abortos
espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos,
complicações com a placenta e episódios de hemorragia ocorrem mais frequentemente quando a
mulher grávida fuma", afirma o ginecologista Aléssio Calil Mathias.
Segundo dados do INCA, um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos
minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho
cardiovascular.
Um estudo da Universidade de York, no Reino Unido, também aponta que mulheres que fumam na
gravidez têm maior risco de ter filhos hiperativos e com problemas de atenção na escola.
E não é só: o pneumologista Sergio Ricardo Santos, presidente da Comissão de Tabagismo da
Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), ainda dá o alerta de que bebês que convivem
diretamente com fumantes têm maiores chances de morrer sem nenhuma causa aparente, a chamada
Síndrome da Morte Súbita Infantil.  POR MINHA VIDA

NOVEMBRO AZUL – Juntos na luta contra o CÂNCER DE PRÓSTATA E DIABETES


Abraços, Psic. Valeska Menezes Rodrigues
Ass. Psicossocial – CGMP/ AC - Tel. (68) 3212-5260/ 9999-5656
PAZ E BEM!! Em: 10 Novembro 2014 – Nᵒ 31

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