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Sumário

Capítulo 1: Emburana: a casca dessa árvore protege


sua memória..................................................... pág. 3

Cápitulo 2: O café pode te salvar do


Parkinson?........................................................ pág. 7

Capítulo 3: Cúrcuma, o tempero que destrói as


placas que apagam sua memória................... pág. 14

Capítulo 4: Ginkgo Biloba, popular e terrível contra o


Alzheimer........................................................ pág. 19
Sobre o autor

Daniel Forjaz é Biólogo e tem se especializado em Fitoterapia Clínica.

Trabalha com Plantas Medicinais há mais de 12 anos


e tem cuidado de sua saúde e da saúde de sua família apenas
utilizando o incrível poder das plantas.

Já estudou mais de 200 mil artigos científicos e testou e


catalogou 200 plantas medicinais.

Em sua estrada, já formou mais de mil alunos e atua para democratizar


os conhecimentos das plantas terapêuticas, efetivas
e com potencial de transformar sua saúde.
E m b u r a n a : A c a s c a d e s s a á r v o r e p r o te g e s u a m e m ó r ia

Olá, caro amigo

Quando falamos de Alzheimer, fica claro o fracasso retumbante da indús-


tria farmacêutica em promover a cura ou tratamento eficaz para o cérebro.

As últimas tentativas de se criar novas drogas para este fim foram pífias.

Os medicamentos mais recentes para tratar essa condição cerebral


foram lançados há mais de 15 anos. Conseguiram, no máximo, retardar o
avanço da doença, mas não a reverter.

Aliado ao avanço a passos de formiga da indústria, está o medo duplo


em relação à doença:

ora causado pelo risco de ter Alzheimer e não poder fazer nada…
ora por ter de cuidar de uma pessoa nessas condições.

Aposto que em algum momento você já se imaginou em uma dessas


posições e se sentiu impotente, certo?

No entanto, existe uma árvore, muito conhecida no nordeste e pouco


utilizada no Brasil todo, que traz um fio
de esperança para esse cenário.

Isso porque, ela tem um efeito muito


interessante no tratamento de do-
enças degenerativas, em especial o
Alzheimer.

Falo da emburana (Amburana cea-


rensis), ou melhor, da casca do tronco
dela.

Algumas pessoas podem tentar te


vender as sementes, mas é na casca
do tronco que estão suas incríveis pro-
priedades medicinais.

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Como a emburana age no cérebro?

Para termos funções cognitivas, como concentração, memória e raciocí-


nio perfeitos, nosso cérebro depende dos neurotransmissores.

Neurotransmissores que fazem nossos neurônios se comunicarem.


Quem liga tico com o teco, sabe?

Um dos neurotransmissores mais importantes para a memória e para a


aprendizagem é a acetilcolina.

Pessoas com Alzheimer sofrem com a doença justamente por conta dos
baixos níveis de acetilcolina no cérebro.

E quem destrói a acetilcolina é uma enzima “malditinha” chamada


acetilcolinesterase.

Esse processo é natural e acontece o tempo todo no cérebro de todo


ser humano, mas quando, estamos enfrentando um quadro de demência
ou de uma doença neurodegenerativa como Alzheimer, precisamos evitar
que isso aconteça para dar vida mais longa à acetilcolina.

O chá da casca da emburana vai frear a ação dessas enzimas destrui-


doras. Está aí seu grande mérito.

Um estudo da Universidade Federal do Ceará comprovou que a casca


da árvore inibiu 100% da enzima destruidora.

A emburana ainda tem outra função: a de proteger nosso cérebro contra


o estresse oxidativo.

Quando a nossa célula, no caso a do sistema nervoso, consome muito


oxigênio, ela produz radicais livres.

Radicais livres são como sujeiras tóxicas que, em excesso, encurtam a


vida das células.

E, quanto mais radicais livres, mais oxidado (e estressado) está o seu


cérebro, entende?

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O adversário pode estar na sua alimentação

Agora que você aprendeu sobre a emburana, é necessário que você


saiba que o principal adversário do seu cérebro pode estar no que você
leva à boca.

Está no macarrão instantâneo, naquele salgadinho que você não conse-


gue comer só um, no tempero pronto.

Todos esses “alimentos” possuem um realçador de sabor chamado glu-


tamato monossódico.

Para causar essa explosão de sabor, ele estressa os neurônios, que vão
produzir mais radicais livres e consequentemente diminuem a vida útil das
células.

Entendeu como o círculo vicioso funciona?

Por isso eu sempre enfatizo que aliada à introdução das


plantas medicinais no dia a dia deve estar a mudança nos
hábitos.

Ervas como alecrim, erva baleeira, pimenta, sal rosa trazem um sabor
incrível à comida e também benefícios à saúde.

E o que dizer então da cúrcuma (Curcuma longa), usada há centenas de


anos na culinária da Índia?

Nela existe uma substância chamada curcumina, que apresenta inúme-


ras propriedades terapêuticas. Abaixo, você aprenderá mais sobre ela.

Atuando como poderoso antioxidante e anti-inflamatório, a curcumina é


associada ao combate do Parkinson e Alzheimer.

De acordo com as informações do Annals of Indian Academy of Neurology


e University of California, a curcumina tem um poder antioxidante e anti-
-inflamatório tão potente que é até capaz de agir contra a oxidação e a
inflamação das células nervosas.

Viu como é possível ter sabor e saúde no mesmo prato?

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Ficha técnica:

Nome científico:
Amburana cearensis

Finalidade: tratamento de
doenças degenerativas,
como o Alzheimer

Modo de usar e cuidados:


Uma colher de sobremesa
da casca da árvore para
cada xícara de água.

O chá deve ser feito por decocção, ou seja, a planta deve


permanecer na água em fervura por dois minutos.

Depois disso, abafe, espere esfriar, coe e beba.


Não ultrapassar o limite diário de três xícaras desse chá.

Referências Científicas:

1) TREVISAN, Maria Teresa Salles et al . Seleção de plantas com atividade


anticolinasterase para tratamento da doença de Alzheimer. Quím. Nova, São
Paulo , v. 26, n. 3, p. 301-304, May 2003 .

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O c a f é p o d e t e s a lv a r d o P a r k in s o n ?

O Alzheimer e o Parkinson são respectivamente as doenças neurodege-


nerativas mais prevalentes no mundo.

E os números relacionados a cada uma delas não são nada animadores.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades


(CDC), o Alzheimer é a quinta maior causa de morte entre os americanos
com mais de 65 anos.

E o Parkinson não fica atrás.

Dados do IBGE estimam que 200 mil pessoas sofram dessa doença no
Brasil.

Com o envelhecimento constante da população, o número total de pa-


cientes pode duplicar até 2030.

A grande questão é que, até agora, a medicina tradicional não tem nos
dado muitas esperanças para superar essas doenças.

Os resultados de criação de novos medicamentos foram pífios.

Os mais recentes foram lançados há mais de 15 anos. Além dos efei-


tos colaterais, as drogas químicas conseguiram, no máximo, retardar o
avanço da doença, nunca revertê-la.

Neste deserto de boas notícias, eu fico ainda muito impressionado que


as boas notícias trazidas pela botânica e alimentos não ganhem o desta-
que que merecem.

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Eu que pesquiso o poder das plantas medicinais há 13 anos sei - e já
comprovei - os efeitos que elas têm.

No cérebro, por exemplo, é chocante o que as plantas podem promover.

Só que você não escuta nada sobre isso. Então, é natural que, por exem-
plo, continue achando que as doenças tidas como degenerativas são sem
solução.

Outro ponto que também precisamos considerar para justificar esse si-
lêncio sobre as plantas é que os profissionais de saúde estão muito ocupa-
dos, se empenhando ao máximo para te oferecer aquilo que aprenderam
nas instituições de ensino.

E, infelizmente, por razões econômicas, essas instituições que ensinam


profissionais de saúde são patrocinadas por grandes laboratórios.

Os mesmos que financiam os congressos médicos e as publicidades


dos grandes jornais científicos.

As plantas não têm muito espaço porque não são fabricadas em


laboratório.

Quem faria essa publicidade?

Sem dúvida, a sociedade sai perdendo.

Mas é também por isso que eu trabalho dia após dia.

Para te mostrar esses caminhos.

Por exemplo, você ficará entusiasmado em saber que na segunda bebida


mais consumida no mundo todo há uma poderosa substância que pode
frear o Parkinson.

Isso mesmo. O café (Coffea arabica)

Ele saiu da Etiópia para conquistar os 5 continentes e é o companheiro


das manhãs e das tardes de 80% dos brasileiros.

Sua ação é medicinal, sim.

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Veja o porquê.

A doença de Parkinson é causada por uma diminuição intensa da produ-


ção de dopamina.

Dopamina é um neurotransmissor, que serve para ligar uma célula


à outra. Além de nos dar entusiasmo, força e disposição, a dopamina
também é responsável por controlar os movimentos voluntários do corpo.

Quando ela está ausente de forma crônica, como na pessoa que tem
Parkinson, acontecem os espasmos involuntários e rigidez dos músculos.

Pois bem.

O café - quando consumido da forma correta - tem o poder de te inundar


de dopamina.

Um estudo realizado pela Escola Paulista de Medicina mos-


trou que as doses de café terapêutico trouxeram resultados
em 45 dias.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram ratos catatôni-


cos, ou seja, que estavam em estado imóvel.

E olha só o poder da planta medicinal.

A cafeína natural utilizada foi capaz de bloquear o efeito até mesmo do


medicamento que havia deixado os animais em estado “vegetativo”.

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Mais um indício da força da planta medicinal quando comparada ao
químico.

Outra estudo realizado por universidades dos Estados Unidos, Áustria e


Alemanha também confirmou o aumento da dopamina após consumo de
cafeína.

O café tem outros benefícios para o cérebro. Diversos estudos compro-


vam uma melhoria na performance cognitiva e psicomotora do consumidor
como:

• Energia;
• Capacidade de concentração;
• Desempenho em tarefas simples;
• Vigilância auditiva;
• Diminuição da sonolência e do cansaço.

Além disso, o café é diurético. Se você não ultrapassar a dose de cinco


xícaras diárias, ele ainda pode te auxiliar no controle da hipertensão

Sempre é bom lembrar que a dopamina é a substância do cérebro res-


ponsável pelo prazer.

Então, se ela estiver em dia, você também pode ter mais satisfação sob
os lençóis.

Não arruíne o poder terapêutico do seu café

Mas veja, não é qualquer café, nem qualquer acompanhamento e nem


qualquer preparo que vão fazer bem ao seu cérebro.

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Agora que você já conheceu os poderes da bebida, vou te apresentar
qual café escolher e a melhor maneira de prepará-lo.

Em outra pesquisa realizada por um órgão da Secretaria de Estado da


Saúde do Estado de São Paulo mostrou que 80% dos brasileiros con-
somem açúcar e na maioria das vezes o fazem para adoçar o...CAFÉ.

O café com açúcar, no entanto, prejudica sua saúde corporal e cerebral


porque ao invés de eliminar o radicais livres, a espécie de sujeira que
ficam entre as células, o açúcar contribui para causar mais oxidação.

Além disso, nossas papilas gustativas são muito sensíveis a estímulos.


Uma vez que você adoça o café, seu paladar se acostuma com o doce e
vai exigir cada vez mais açúcar. Nunca vai ser o suficiente.

Mas é possível, sim, cortar o açúcar do cafezinho com essas dicas a


seguir:

1) Escolha um café de qualidade

Cafés de baixa qualidade são ultratorrados para que as imperfeições


sejam “maquiadas”. Cafés de qualidade, certificados, trazem muitos sabo-
res que não podem ser sentidos quando o adoçamos.

2) Escolha um café que te agrade

Os cafés produzidos no Brasil e no mundo não são todos iguais. Por


exemplo, o café produzido em Minas Gerais tem notas de chocolate, en-
quanto o produzido na região Mogiana, em São Paulo, é mais forte e inten-
so. Prove cafés de diferentes regiões do Brasil e do mundo e escolha um
que combine mais com você.

3) Faça isso por uma semana

Mesmo escolhendo um bom café, tirar o açúcar pode ser uma tarefa
desafiadora, mas persista por pelo menos uma semana. Depois do quinto
dia, as papilas gustativas vão se recalibrar e a adição do açúcar será real-
mente dispensável para você

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4) Substitua o açúcar por canela

Se mesmo depois de tudo isso, você ainda achar que o café precisa
de “graça”, coloque uma pitada de canela na sua xícara de café. Além de
termogênica, o que vai acelerar seu metabolismo, a especiaria dará um
sabor especial à bebida. Se você é hipertenso ou está gestante, a canela
deve ser usada com moderação pois ela pode trazer efeitos indesejados.

5) Prepare o coador e a água quente

O melhor preparo do café é por percolação, que nada mais é do que


colocar a água para esquentar no fogão e, pouco antes de ferver, jogá-la
sobre o pó de café que está no coador de pano ou de papel.

Nunca cozinhe o pó de café na água

Sei que isso ainda é costume em muitas casas brasileiras, mas colocar
o pó na água, deixar ferver e depois coar deixa o café tóxico.

Café coado na hora é muito mais saudável e mais gostoso.

Café deve ser evitado em casos de:

• Ansiedade aguda
• Sensibilidade à cafeína
• Alguns estágios da menopausa

Se algum desses for o seu caso, converse com seu médico sobre quan-
tidade e uso do café.

Cuidado com as cápsulas de café

Aquelas máquinas que tiram seu café em cápsulas viraram objeto-dese-


jo para muitas pessoas.

Muito sonham em ter uma dessas em casa, mas cuidado.

Elas são feitas de alumínio e plástico, que sob pressão e calor podem
liberar substâncias altamente tóxicas, e o primeiro órgão que vai sentir
será o seu cérebro;

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Um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease descobriu que
são necessárias quantidades muito pequenas de alumínio para produzir
neurotoxicidade (ingestão alimentar através de recipientes de alimentos).

Pequenas quantidades de alumínio se acumulam ao longo da vida e o


alumínio parece se acumular mais nos tecidos do cérebro.

Ficha técnica:

Nome científico: Coffea arabica

Uso: melhor funcionamento do cérebro

Recomendação de dose:

• Cápsulas
• Para pessoas com Parkinson - 300 mg
de extrato seco de café verde 2x ao dia
• Para prevenção - 150 mg de extrato seco
de café verde 2x ao dia
• Chá (percolação)
• 50 ml de três a cinco vezes por dia

Referências Científicas:

Kohn, Daniele Oliveira. Atividades dopaminérgica, anticolinesterásica e neuro-


protetora do café (Coffea arabica L.)): comparação entre extratos com diferentes
conteúdos de cafeína.

J.Walker. B.Rohm. R.Lang. M.W.Pariza.T.Hofmann.V.Somoza.Identification of


coffee components that stimulate dopamine release from pheochromocytoma
cells (PC-12). Food and Chemical Toxicology. Volume 50, Issue 2, February
2012, Pages 390-398

Tomljenovic L. Aluminum and Alzheimer’s disease: after a century of controver-


sy, is there a plausible link?. J Alzheimers Dis. 2011;23(4):567-98. doi: 10.3233/
JAD-2010-101494.

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C ú r c u m a , o t e m p e r o q u e d e s t r ó i a s p la c a s q u e
a p a g a m s u a m e m ó r ia

Eu te convido a fazer um exercício comigo.

Coloque no Google a seguinte frase: o que causa o Alzheimer?

Você vai se deparar com dezenas de artigos que dizem apenas que é
uma doença genética e que, portanto, não há muito o que fazer.

A sensação que dá é que a única alternativa é sentar e esperar a doença


chegar.

Isso traz um sentimento o de impotência frente à doença, eliminando


possibilidades de prevenção e até reversão dessa condição que atinge 1
em cada dez cidadãos acima dos 65 anos.

No entanto, cientistas já sabem que as causas vão muito além da gené-


tica e está muito ligada a hábitos como:

• Tabagismo;
• Álcool;
• Sedentarismo;
• Alimentação com excesso de açúcar e industrializados;
• E abuso do medicamentos (muito deles fazem parte do seu dia a
dia).

E veja o que mostrou essa pesquisa realizada na Tailândia.

Os pesquisadores mostraram que células cerebrais foram danificadas


com o uso da dexametasona. Isso mesmo, medicamento muito utilizado
no mundo todo para problemas respiratórios.

Nunca abandone tratamentos ou tome medicamentos por conta própria,


mas nessa mais de uma década de pesquisa sobre as plantas, eu também
acabo me deparando com essas consequências desastrosas de muitos
medicamentos.

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Isoladamente ou em conjunto esses hábitos causam um desequilíbrio
no seu cérebro, quando o “lixo” gerado é muito maior que a equipe de
limpeza.

O lixo nesse caso são os radicais livres, que se formam como conse-
quência de reações químicas adversas. Esse lixo é removido constante-
mente pelos antioxidantes.

Se o lixo for muito maior que a equipe de limpeza, ele começa a se acu-
mular a agredir o cérebro.

No caso do Alzheimer, começa a haver no cérebro um acúmulo de uma


proteína chamada beta-amilóide.

Ela é capaz de formar placas que começam a destruir as células do hipo-


campo, que é justamente a área do cérebro responsável pelas memórias
recentes.

Se as placas não forem removidas, elas começam a se espalhar por


todo o cérebro.

Passam a afetar a capacidade de aprendizado e de compreensão, em


seguida a linguagem, chegando ao ponto em que a pessoa não consegue
mais cuidar de si mesma.

Quem tem um ente querido passando por isso sabe a dor que é ver a
doença evoluir, e os remédios fazerem pouco efeito.

Mas há um ingrediente que


está na sua cozinha que pode
explicar o fato de a Índia ter
uma das menores taxas de
Alzheimer do mundo:

O açafrão (Curmuma longa).

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O país asiático é também um dos maiores consumidores do curry – um
tempero feito principalmente com a cúrcuma.

Os arquivos de neuropsiquiatria da Revista de Saúde Pública indicam


que a prevalência média de demência, em pessoas acima dos 65 anos de
idade, foi 7% na América do Sul.

Já na Índia, a taxa média foi em torno de 1% – a menor média mundial.

De acordo com os ensaios científicos, a curcumina age justamente


nesse ponto, bloqueando a formação de placas da proteína beta-amiloide
e, caso ela já tenha se formado, consegue quebrá-la, realizando a “faxina”.

Um estudo realizado na Índia ainda testou a curcumina em cérebros de


ratos danificados pela ação do álcool.

A administração de curcumina nesses animais restaurou os níveis de


glutationa, o antioxidante responsável pela limpeza, para quase normal.

Receita: Faça em casa o azeite de açafrão

A maioria das pessoas tem um potinho de açafrão na cozinha, mas na


minha opinião, essa é uma especiaria subutilizada.

Ela deveria ser usada em todas as refeições e não apenas quando


preparamos aquele frango com curry ou quando queremos colorir nossa
refeição.

Além de ser excelente para o cérebro, ele é um coringa nos tratamentos


da saúde porque tem ações:

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• Analgésica;
• Antitérmica;
• Antibiótica;
• Imuno-estimulante;
• Protetora do rim;
• Protetora do estômago.

Para aumentar o uso dele no dia a dia, você pode fazer esse azeite
medicinal de açafrão.

Escolha um azeite de qualidade e coloque todo seu conteúdo em banho-


maria.

O fogo deve ser baixo e não deve passar dos 40ºC para não oxidar o
azeite.

Adicione uma boa quantidade de açafrão ralado. Uma quantidade


grande, mas que se misture completamente ao azeite.

Deixar no banho-maria por uma hora. Espera esfriar e coe.

O azeite vai ficar bem amarelo, alaranjado e você poderá usá-lo em


vários preparos.

Para suplementar o açafrão

Para ter uma ação do açafrão ainda mais eficaz, é possível fazer a
suplementação.

Opte sempre pelas cápsulas de farmácias de manipulação que vão ofe-


recer extrato seco padronizado de açafrão.

Geralmente, cápsulas que já vêm prontas trazem apenas o pó de aça-


frão em cápsulas e não é a mesma coisa.

Em cápsulas com extrato seco padronizado, a concentração de curcumi-


na, princípio ativo da cúrcuma, é muito maior.

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O consumo de cúrcuma combinado com a piperina potencializa os efei-
tos protetores do ingrediente.

Para quem não está familiarizado, a piperina é a popular pimenta! Melhor


ainda, a pimenta preta, por conter maior quantidade da substância.

Tal constatação está endossada pelo estudo da St. John’s Medical


College, que afirma que a piperina aumenta a absorção da cúrcuma e
aumenta sua ação em até 2000%.

Para suplementar: 300 mg açafrão e 5 mg de piperina em cada


cápsula.

Ficha técnica:

Nome científico: Curcuma longa

Indicação: Problemas
neurodegenerativos, como Alzheimer

Dose sugerida: 300 mg açafrão e


5 mg de piperina em cada cápsula.

Obs: Não use piperina se tiver


problemas gástricos pois ela pode irritar a mucosa do estômago.

Referências Científicas:

Veluthakal, Rajakrishnan & Viswanathan, Punitha & Rajasekharan, Kallikat


& Menon, Venugopal. (1999). Neuroprotective role of curcumin from Curcuma
longa on ethanol-induced brain damage. Phytotherapy research : PTR. 13.
571-4. 10.1002/(SICI)1099-1573(199911)13:73.3.CO;2-Z.

Issuriya A, Kumarnsit E, Wattanapiromsakul C, Vongvatcharanon U. Histological


studies of neuroprotective effects of Curcuma longa Linn. on neuronal loss indu-
ced by dexamethasone treatment in the rat hippocampus. Acta Histochem. 2014
Oct;116(8):1443-53. doi: 10.1016/j.acthis.2014.09.009. Epub 2014 Oct 16.

Shoba G, Joy D, Joseph T, Majeed M, Rajendran R, Srinivas PS. Influence of


piperine on the pharmacokinetics of curcumin in animals and human volunteers.

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G in k g o B ilo b a , p o p u la r e t e r r ív e l c o n t r a o A lz h e im e r

O que você sabe sobre o Alzheimer?

Quando fiz essa pergunta a algumas pessoas do meu convívio, as res-


postas foram semelhantes.

Para a maioria, essa doença funciona como um trem desgovernado que


leva tudo por onde passa.

Leva as memórias, leva a saúde, leva a personalidade.

Eu entendo que você também pense assim, já que o rastro de destruição


deixado por ela é imenso.

Primeiro causado pelo aumento vertiginoso do número de casos.

Entre 2012 e 2015, a doença registrou crescimento de 75% nos casos


de internação nos hospitais brasileiros.

Atualmente, estima-se haver cerca de 35,5 milhões de pessoas com


esse tipo de demência no mundo.

Esse número vai, praticamente, dobrar a cada 20 anos, chegando a


65,7 milhões em 2030 e a 115,4 milhões em 2050, segundo dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outro fator que causa medo legítimo é que a doença não leva apenas a
memória da pessoa.

Um estudo conduzido pela USP (Universidade de São Paulo) reuniu


pessoas com Alzheimer e pessoas com o cérebro intacto.

No teste, os dois grupos tiveram que adivinhar diversos sabores


diferentes.

O resultado comprovou o que os cientistas já suspeitavam: o Alzheimer


compromete também o paladar.

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No fim do teste, 26% dos sujeitos com o quadro moderado de Alzheimer
não sentiram o gosto direito, ante 3% dos que possuíam o cérebro intacto.

O terceiro fator assustador é que a maioria dos medicamentos tem


falhado.

Segundo um levantamento da Clínica Cleveland, nos Estados Unidos,


99% das drogas testadas entre 2002 e 2012 contra esse tipo de demência
não trouxeram qualquer resultado positivo.

Meu papel aqui não é o de apenas de mostrar os dados e te deixar sem


esperança, mas te apresentar caminhos possíveis na natureza para todas
as doenças, inclusive as neurodegenerativas como o Alzheimer.

A planta sobre a qual quero falar hoje tem mais de 250 milhões de anos
e foi chamada de “fóssil vivo” por Charles Darwin.

Falo do Ginkgo Biloba.

Utilizada há muitos séculos pela medicina tradicional chinesa, as folhas


dessa árvore, que pode chegar a 40 metros de altura, são muito indicadas
para vários problemas de saúde, incluindo doenças neurodegenerativas.

Também conhecido por seus benefícios ao coração, o Ginkgo Biloba


age principalmente na circulação.

No cérebro, ele tem a mesma função: aumenta a irrigação, disponibi-


lidade de oxigênio e, consequentemente, abastece as células cerebrais
saudáveis.

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Um estudo realizado na Itália por 24 semanas mostrou que o ginkgo
biloba teve um efeito semelhante ao donepezil, medicamento usado no
tratamento do Alzheimer.

O donepezil, no entanto, traz efeitos colaterais como insônia, fadiga, dor


de cabeça e enjoo.

Outro estudo, realizado no México, mostrou que, no cérebro, a planta


estabilizou as enzimas produtoras de dopamina e reduziu a formação de
radicais livres.

Os radicais livres são aquelas “sujeiras” que atrapalham o funcionamen-


to das nossas células.

Antes usar, leia isso

Eu já perdi as contas de quantas vezes já ouvi pessoas indicando ginkgo


biloba para outras.

Ela é realmente muito popular e fantástica, como você viu acima, mas é
preciso ter cuidado.

Ginkgo Biloba pode interagir com varias classes de medicamentos, como


antidepressivos, anticonvulsivos, antihipertensivos, anticoagulantes.

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Ou seja, a planta pode tanto potencializar a ação dos medicamentos,
como pode reduzir a ação deles.

Minha sugestão é que você converse com seu médico, que poderá dizer
se a planta pode ser boa para você, e leia a bula. Muitas bulas informam
quando o medicamento interage com gincosídeos (princípio ativo do ginkgo
biloba).

Para extrato seco padronizado, uma quantidade segura é de até 60 mg


duas vezes por dia.

Para o chá, use uma colher de sobremesa de planta picada para cada
xícara de água. Faça o chá por infusão e beba de duas a três xícaras por
dia. Não exceda a quantidade sugerida.

Ficha técnica:

Nome científico: Ginkgo Biloba

Indicado para: Alzheimer

Dose sugerida:

Para extrato seco padronizado: até 60 mg, duas vezes ao dia


(converse com seu médico e não exceda a dose recomendada)

Para o chá: 1 colher de sobremesa de planta picada para cada xícara


de água. De duas a três xícaras de chá por dia.

Cuidados: Ginkgo Biloba pode interagir com varias classes


de medicamentos, como antidepressivos, anticonvulsivos,
antihipertensivos, anticoagulantes. Ou seja, pode potencializar ou
diminuir a ação de certos medicamentos.

Referências Científicas:

https://www5.usp.br/103286/doenca-de-alzheimer-reduz-sensibilidade-gustativa/
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1468-1331.2006.01409.x

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