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ERVAS &

PLANTAS
M E DIC I NA I S

São Paulo - SP
Ervas e Plantas - Medicinais
--São Paulo, SP, Discovery Publicações, 2012 --
ERVAS &
PLANTAS
M E DIC I NA I S

Rua Padre Agostinho Poncet, 135 - Mandaqui


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ÍNDICE
A história dos
orgânicos ......................................................10

De olho no
sal .................................................................16

Obesidade infantil e
sobrepeso ......................................................20
15 dicas para evitar a obesidade infantil ou o sobrepeso .. 27

Cuidados e prevenção
Gripes ............................................................28

A fitoterapia no combate às
doenças respiratórias ....................................34
Bronquite ........................................................................... 35
Asma .................................................................................. 36
Tratamento fitoterápico ..................................................... 39

A lenda do
Chimarrão ......................................................40
Propriedades terapêuticas ................................................ 49

7 alimentos
indispensáveis ...............................................50
Plantas fitoterápicas
regulamentadas .............................................56
Falta de apetite, perturbações digestivas, febre, inflamação,
cólicas ................................................................................ 60
Má digestão e cólicas intestinais ....................................... 60
Artrose, artrite, reumatismo e cólicas menstruais ........... 60
Retenção de líquidos e redução do colesterol ................... 61
Distúrbios digestivos, artrite e dermatites........................ 61
Traumas, contusões, torções, edemas e hematomas ....... 61
Icterícia .............................................................................. 62
Inflamações e feridas, contusões e queimaduras ............. 62
Feridas; adstringente, hemostático, cicatrizante e
antisséptico........................................................................ 63
Falta de apetite, perturbações digestivas com cólicas leves,
gases, sensação de plenitude gástrica .............................. 63
Tensão; calmante suave .................................................... 63
Distúrbios digestivos ......................................................... 64
Cólicas intestinais; sedativo leve ....................................... 64
Edemas (inchaços) por retenção de líquidos e processos
inflamatórios ..................................................................... 65
Gripes e resfriados ............................................................ 66
Diarreia; tópico: inflamações na pele e na mucosa;
hemorróidas ...................................................................... 66
Tosse; expectorante e bronco dilatador ............................ 66
Quadros leves de agitação, ansiedade, insônia, cólicas
abdominais, distúrbios estomacais, gases; digestivo e
expectorante ...................................................................... 67
Inflamações da boca e garganta; antisséptico .................. 67
Bronquite; expectorante; tópico: contusões, processos
inflamatórios da boca e garganta ...................................... 67
Cólicas intestinais; tópico: contusões; anti-inflamatório .. 68
Distúrbios da digestão, dispepsia, azia e gastrite ............. 68
Cólicas abdominais; sedativo leve ..................................... 68
Cólicas, gases e problemas hepáticos............................... 69
Bronquite; expectorante, estimulante do apetite;
perturbações digestivas, espasmos gastro intestinais,
cálculos biliares, colecistite. ............................................. 69
Gripes e resfriados, bronquites alérgica e infecciosa;
expectorante ...................................................................... 69
Dermatites, sarna e coceira .............................................. 70
Ansiedade, insônia leve ..................................................... 70
Estimulante ....................................................................... 71
Distúrbios da digestão (colagogo e colerético).................. 71
Cálculos renais .................................................................. 71
Perturbações digestivas, cólicas gastrointestinais;
expectorante ...................................................................... 72
Inflamações da boca e faringe ........................................... 72
Distúrbios da digestão ....................................................... 72
Diarreias; tópico: pele e mucosas lesadas; antisséptico .. 73
Inflamações e infecções da mucosa da boca e faringe; anti-

6 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


inflamatório e antisséptico ................................................ 73
Constipação intestinal eventual ........................................ 73
Doenças circulatórias; cicatrizante, antisséptico e
estimulante ........................................................................ 74
Inflamações da boca e garganta, gengivites e aftas .......... 74
Inflamação vaginal; hemostático, adstringente e
cicatrizante ........................................................................ 74
Feridas como cicatrizante, anti-inflamatório e antisséptico;
tópico: na pele e mucosas (boca e aparelho genital)......... 75
Perturbações digestivas, estimulante do apetite, diurético
e dispepsias ....................................................................... 76
Dores articulares (artrite e artrose) e musculares agudas;
anti-inflamatório ............................................................... 76
Enjoo, náusea e vômito da gravidez, de movimento e pós-
operatório. Dispepsias em geral ....................................... 76

Receitas
populares ......................................................77

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 7


Apresentação
PARA CURAR E PREVENIR DOENÇAS
Neste livro você irá encontrar tudo sobre
ervas e plantas, especialmente os seus
benefícios medicinais. Elaboramos algumas
das receitas mais populares para a prevenção
e o combate a doenças como asma, artrite,
anemia, b ronquite, entre outras.
bronquite,

8 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


E
RVAS & PLANTAS – QUE CURAM E PREVINE DOENÇAS FOI ELA-
BORADO PARA VOCÊ QUE NÃO CONHECE O PODER DAS PLANTAS
MEDICINAIS E, TAMBÉM, PARA QUEM JÁ ESTÁ FAMILIARIZADO E
QUER UM APROFUNDAMENTO MAIOR NO ASSUNTO.

O conteúdo apresenta nove capítulos, abordando


temas importantes relacionados à saúde e o
bem-estar através dos benefícios das ervas e das
plantas.
Detalhamos a história dos alimentos orgânicos,
com um perfil de Sir Albert Howard,
considerado o pai da agricultura orgânica.
Fique sabendo a quantidade de sal que
contém em vários tipos de alimentos que
consumimos.
Outra parte imprescindível é o capítulo
sobre obesidade infantil e sobrepeso, com
informações para a educação alimentar de
seus filhos.
Tempo frio ou muito seco, logo vem a gripe.
Saiba todos os cuidados e como preveni-la
através dos principais alimentos aliados no
combate, como alho, cebola, limão, etc.
Já ouvi falar em fitoterapia? Aqui você vai
saber do que se trata e suas aplicações na
cura das doenças respiratórias.
O livro ainda traz a verdadeira história
sobre a lenda do chimarrão, os sete
elementos indispensáveis para ter
uma alimentação saudável, 51 plantas
fitoterápicas regulamentadas e as
receitas populares para combater febre,
azia, feridas, faringite, cólicas, etc.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 9


História dos
ORGÂNICOS
Já na década de 30, cientistas alertavam que
o modelo convencional da produção agrícola,
ou seja, a utilização de produtos químicos,
mecanização das lavouras, entre outras práticas,
não garantiria o futuro das terras férteis.

10 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


O
s produtos químicos a partir da Segunda Guerra Mundial se torna-
ram mais conhecidos e consequentemente os agrotóxicos passa-
ram a ser utilizados na agricultura convencional. Somente a partir
da década de 60 percebe-se que a agricultura convencional cau-
sava grandes danos ambientais, apresentando sérios problemas
energéticos e econômicos, despertando com isso o interesse da
opinião pública.

A partir desde momento, a agricultura orgânica tomou for-


mas. Tem sido cada vez mais comum o surgimento de pro-
dutores orgânicos, engenheiros agrônomos e associações
que defendem a prática e o consumo de produtos orgânicos,
o que possibilita estes produtos estarem presentes na mesa
dos consumidores.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 11


Pesquisador e diretor do
Instituto de Pesquisas de
Plantas, em Indore na Índia,
o inglês Sir. Albert Howard
através de seus estudos sobre
compostagem e adubação
orgânica, se tornou o principal
ponto de partida para as
pesquisas sobre agricultura
orgânica.

Saiba quem é, e porque


SIR. ALBERT HOWARD
é considerado o pai da agricultura orgânica
Ao publicar as obras: Manufacture of hu- apresentavam doenças, diferentemen-
mus by Indore process – Manufatura do te dos animais da estação experimental,
húmus pelo processo Indore, em 1935; e onde eram utilizados diversos métodos
An agriculture testament – Um testamen- de controle sanitário. Com base nessa ob-
to agrícola, em 1940, duas das mais im- servação Howard decidiu montar, em uma
portantes e relevantes referências biblio- área de 30 hectares, um experimento sob
JUi½FDVGHPRGHORRUJkQLFRSDVVRXDVHU a orientação dos camponeses nativos e,
considerado por Robert Rodale, o “pai da em 1919, passou a declarar que já sabia
agricultura orgânica”. como cultivar as lavouras sem utilizar
Foi exatamente em 1905 que Howard produtos químicos. O sistema utilizado
começou a trabalhar na estação experi- era de reconhecimento, onde ele observa-
mental de Pusa, na Índia, onde passou a va que o fator essencial para eliminação
observar que os camponeses hindus não das doenças em plantas e animais era a
utilizavam em suas lavouras fertilizantes fertilidade do solo e para atingir o objetivo
químicos, mas sim empregavam outras desejado, ele criou o chamado processo
técnicas para reciclar os materiais orgâ- “Indore” de compostagem, desenvolvido
nicos. Howard também havia percebido entre 1924 a 1931, na qual os resíduos da
que os animais utilizados na tração não fazenda eram transformados em húmus,

12 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


10
onde, ao ser aplicado ao solo em época
conveniente, restaurava a fertilidade do
local por um processo biológico natural. RAZÕES PARA
Howard além de ressaltar em suas obras CONSUMIR
PRODUTOS

ORGÂNICOS
sobre a importância da utilização da ma-
téria orgânica nos processo produtivos,
também alertará que o solo não deve ser
considerado apenas um conjunto de subs-
tâncias (tendência proveniente da química 1. Evita problemas de saúde causados pela
analítica), mas sim, que nele ocorre uma ingestão de substâncias químicas tóxicas.
série de processos vivos e dinâmicos es- 2. Alimentos orgânicos são mais nutriti-
senciais à saúde das plantas. Vale ressal- vos. Solos ricos e balanceados com adu-
tar que a recepção do trabalho de Albert bos naturais produzem alimentos com
Howard junto a seus colegas ingleses foi maior valor nutritivo.
desastrosa, pois acreditavam que suas 3. Alimentos orgânicos são mais sabo-
propostas eram totalmente contrárias rosos. Sabor e aroma são mais inten-
à visão “quimista” que predominava no sos — em sua produção não há agrotó-
meio agrônomo da época. Em contra-par- xicos ou produtos químicos que possam
tida, a obra de Howard foi mais aceita por alterá-los.
um grupo muito pequeno de dissidentes 4. Protege futuras gerações de conta-
do padrão predominante, dentre os quais minação química. A intensa utilização de
se destacou o norte-americano Jerome produtos químicos na produção de ali-
Irving Rodale, que passou a popularizar mentos afeta o ar, o solo, a água, os ani-
suas ideias nos Estados Unidos. Motivado mais e as pessoas.
pela convicção de que os alimentos pro- 5. Evita a erosão do solo. Através das
duzidos organicamente seriam mais be- técnicas orgânicas tais como rotação de
Qp½FRV j VD~GH KXPDQD -, 5RGDOH HP culturas, plantio consorciado, composta-
1940, passa a praticar os ensinamentos gem3, etc., o solo se mantém fértil e per-
de Howard em uma fazenda que adquiriu manece produtivo ano após ano.
no estado da Pensilvânia, EUA. 6. Protege a qualidade da água. Os agro-
tóxicos utilizados nas plantações atraves-
A PROCURA POR UMA sam o solo, alcançam os lençóis d’água e
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA poluem rios e lagos.
É cada vez maior o número de pessoas 7. Restaura a biodiversidade, protegendo
que buscam uma alimentação mais sau- a vida animal e vegetal. A agricultura or-
dável na tentativa de resgatar o tempo gânica respeita o equilíbrio da natureza,
em que ainda era possível ter à mesa ali- criando ecossistemas saudáveis. A vida
mentos frescos, de boa qualidade e livre silvestre, parte essencial do estabeleci-
de agrotóxicos. Atualmente a maioria dos mento agrícola é preservada e áreas na-
alimentos aos quais temos acesso rece- turais são conservadas.
bem muitos produtos tóxicos e passam
por uma série de processos de transfor- de fora das fazendas, bem como; de cultivo
PDomR DWp FKHJDU DR FRQVXPLGRU ½QDO mecânico, rochas e minerais e aspectos de
distanciando ainda mais o agricultor do controle biológico de pragas para manter a
consumidor e trazendo à mesa da popu- produtividade e a estrutura do solo, forne-
lação produtos menos saudáveis. A busca cer nutrientes para as plantas e controlar
por melhores hábitos de vida faz com que insetos, ervas invasoras e outras pragas. O
um número maior de consumidores pro- sistema orgânico de plantio adota técnicas
cure por produtos orgânicos. HVSHFt½FDV PHGLDQWH j XWLOL]DomR GR XVR
A agricultura orgânica é um sistema de de recursos naturais e socio econômicos
produção que evita ou exclui amplamente o disponíveis e ao respeito à integridade cul-
uso de fertilizantes, agrotóxicos, regulado- tural das comunidades rurais. Não é per-
res de crescimento e aditivos para a produ- mitida a utilização de materiais sintéticos,
ção vegetal e alimentação animal, elabora- RUJDQLVPRV JHQHWLFDPHQWH PRGL½FDGRV
GRVGHIRUPDDUWL½FLDO4XDQGRpSRVVtYHO e radiações ionizantes2 nos processos de
os sistemas agrícolas orgânicos dependem produção de orgânicos.
de rotação de culturas1, estercos animais, O produto orgânico deve ser um produ-
de adubos verdes e de resíduos orgânicos to limpo, saudável, que provenha de um
sistema de cultivo que observa as leis da
natureza e cujo manejo agrícola está ba-
seado no respeito ao meio ambiente e na
preservação dos recursos naturais.

COMO RECONHECER UM
PRODUTO ORGÂNICO?
Para um produto ser conside-
rado orgânico, ele precisa ter
XP FHUWL½FDGR $ FHUWL½FDomR
envolve diversos procedimen-
tos de inspeção dos processos
de produção, exigindo uma sé-
rie de cuidados, que vai desde
a desintoxicação do solo até o
envolvimento com projetos so-
ciais e de preservação do meio
DPELHQWH 2V SURGXWRV FHUWL½
cados exibem, em seu rótulo,
um selo que garante sua pro-
cedência e qualidade.
O QUE É CERTIFICAÇÃO?
&HUWL½FDomR WHUPR XWLOL]DGR QD DJULFXO- 8. Ajuda os pequenos agricultores. Em
WXUDRUJkQLFDVLJQL½FDJDUDQWLUDRULJHP sua maioria, a produção orgânica pro-
(procedência) e qualidade orgânica dos vém de pequenos núcleos familiares
SURGXWRV REWLGRV $ FHUWL½FDomR RUJkQLFD que tem na terra a sua única forma de
é um processo de auditoria de origem e sustento. Mantendo o solo fértil por
trajetória de produtos agrícolas e indus- muitos anos. O cultivo orgânico prende
triais, desde sua fonte de produção até o o homem à terra e revitaliza as comuni-
SRQWR½QDOGHYHQGDDRFRQVXPLGRU dades rurais.
2 VHOR GH FHUWL½FDomR RUJkQLFD IRUQHFH DR 9. Economiza energia. O cultivo orgâ-
consumidor muito além da certeza de es- nico dispensa os agrotóxicos e adubos
tar levando para a casa um produto isento químicos, utilizando intensamente a
de contaminação química. Garante também cobertura morta, a incorporação de
que esse produto é capaz de assegurar matéria orgânica ao solo e o trato ma-
qualidade do ambiente natural, qualidade nual dos canteiros. É o procedimento
nutricional e biológica de alimentos, e qua- contrário da agricultura convencional
lidade de vida para quem vive no campo e que se apoia no petróleo como insu-
nas cidades. Ou seja, o selo “orgânico” é o mo de agrotóxicos e fertilizantes e é a
símbolo não apenas de um produto isolado, base para a intensa mecanização que
mas também de processos mais ecológicos a caracteriza.
de se plantar, cultivar e colher alimentos. 10. O produto orgânico é certificado.
3DUDTXHXPSURGXWRVHMDFHUWL½FDGRGHYH A qualidade é assegurada por um Selo
se garantir a qualidade do produto em rela- de Certificação. Este Selo é fornecido
ção à aparência, sabor e ausência de fun- pelas associações de agricultura orgâ-
gos e bactérias contaminantes. No plantio nica ou por órgãos certifi cadores inde-
orgânico, o ser humano é a peça chave. Os pendentes, que verificam e fiscalizam a
SURMHWRVDWXDOPHQWHFHUWL½FDGRVMiHVWmRRX produção de alimentos orgânicos desde
caminham para um nível de relação de tra- a sua produção até a comercialização.
balho que supera as relações trabalhistas O Selo de Certificação é a garantia do
convencionais estabelecidas na CLT. Produ- consumidor de estar adquirindo produ-
tores deixam de ser empregados e passam tos mais saudáveis e isentos de qual-
a ser parceiros em um acordo de maior res- quer resíduo tóxico.
ponsabilidade e melhor remuneração.

QUEM CERTIFICA?
1R%UDVLODFHUWL½FDomRRUJkQLFDpUHDOL]DGDSRUFLQFRFHUWL½FDGRUDVQDFLRQDLVHRXWUDV
internacionais, em menor escala. Dentre as principais empresas nacionais encontramos:
Instituto Biodinâmico – IBD Associação de Agricultura Orgânica – AAO
Organização Internacional Agropecuária – OIA Fundação Mokiti Okada – MAO
2,%'HP%RWXFDWX63MiUHDOL]DKiPDLVGHDQRVDFHUWL½FDomRRUJkQLFDHELRGL-
nâmica no Brasil e em países do Mercosul.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 15


SAL
De olho no
Aqui está em sete pontos tudo que, em nossa
alimentação, mais contém sal. Nosso organismo
só necessita de 6 a 8 g por dia de sal.

16 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


O
ra, muitos entre nós consomem mais de 12 g. Um
relatório redigido pela Agência Francesa de Ali-
mentos, sob a direção do Prof. Serge Hercberg,
acaba de alertar os poderes públicos, que pro-
meteram reduzir em 20%, num período de cinco
anos, os aportes de sal da indústria agroalimentícia.

Mais de 80% do sal que consumimos seria proveniente dos


alimentos processados: pão, embutidos, queijos, salsichas, pi-
zzas. Isto quer dizer sal que ingerimos a nossa revelia. Vamos
rever os produtos mais salgados.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 17


AS ÁGUAS MINERAIS
Se as águas sem gás não contêm sal, este tensão (com riscos de doenças cardio-
não é o caso das águas gasosas, que con- vasculares) provocadas por um consumo
têm de 33 a 170 mg de sal por litro. Um muito elevado de sal.
lembrete: o vinho também contém um Sal em demasia poderia predispor
pouco de sal. ao câncer do estômago e multiplicar
por 5 o risco de adquirir um tumor
OS RISCOS DE UMA ALIMENTAÇÃO canceroso.
DEMASIADAMENTE SALGADA Uma retenção de água e o aparecimento
Segundo certas estimativas, 75 mil pes- de edemas são frequentemente a conse-
soas por ano seriam vítimas de hiper- quência de consumo elevado de sal.

OS QUEIJOS
A salga contribui na formação da crosta,
refreia o desenvolvimento dos micro-or-
ganismos e realça o gosto. Se são encon-
trados 300 mg de sal em 100 g de queijo
Emmental, os do tipo gorgonzola contêm
1.280 g em 100 g. Também muito salga-
dos: os queijos de cabra, 1.600 g em 100 g OS CALDOS E SOPAS PRONTOS
para o roquefort e 1.150 g para o tipo caccia 30% das sopas consumidas são instantâne-
cavalo. Os queijos fundidos? Entre 1.090 e as. São os caldos em tabletes e sopas desi-
1.160 mg em 100 g. Pelo contrário, 100 g dratadas que mais contêm sal: de 0,2 a 0,6
de queijinhos (tipo polenghi) com 40% de g em 100 ml. Deve-se, portanto, dar prefe-
gordura só contêm 31 mg. rência às sopas feitas em casa com pouco
sal, visto que os legumes já o contém.

TORRADAS, BISCOITOS,
BOLOS E CEREAIS
As torradas, como o pão, recebem um
acréscimo de sal, essencialmente para re-
alçar o gosto. O sal, por outro lado, aumen-
ta o sabor do açúcar e é este o motivo por
ele estar também presente na confecção de
bolos. Os cereais matinais também contém
VDOVREUHWXGRRV¾RFRVGHPLOKR HQWUH
e 0,8 g em 100 g). Os muslis são um pouco
menos salgados: cerca de 0,3 g por 100 g.

18 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


OS PRATOS PRONTOS OS EMBUTIDOS
Existem três categorias para estes: os São todos muito ricos em sal, por motivos
produtos refrigerados, os congelados de conservação, mas também de gosto.
e as conservas. Os pratos refrigera- Certos presuntos ganham, às vezes, mais
dos contêm, em geral, mais sal que os sal só para ter seu volume aumentado:
congelados. Uma pizza refrigerada, por desta forma, eles retêm mais água. Está
exemplo, pode conter até 865 mg em fora de questão eliminar todos embutidos,
100 g enquanto que uma pizza congela- mas cabe reduzir nosso consumo dos pro-
da contém de 400 a 620 mg. Encontra-se dutos mais salgados, como o presunto cru:
nos pratos prontos uma quantidade du- ele contém 6,9 g de sal em 100 g, enquanto
pla de sal: o dos ingredientes de preparo que a quantidade para o presunto cozido é
e o que se acrescenta no prato para real- de 2 g de sal em 100 g. Os salames e lin-
çar o seu gosto. guiças são também muito salgados.

O PÃO
É nossa principal fonte de sal (30% da contribui-
ção diária). Em alguns anos, a porcentagem de
sal por quilo de pão passou de 20 a 25 g (40 g de
pão trazem cerca de 1 g). O motivo? O sal melho-
ra o volume, o aspecto do pão e sua conservação;
ele estabiliza a fermentação do levedo; também
realça o gosto. Então, optemos pelos pães inte-
grais que contêm menos sal que os pães de miga,
sobretudo os que são vendidos fatiados em em-
balagem plástica. O pão é um dos primeiros gê-
neros alimentícios que deveria ter sua taxa de sal
diminuídanos próximos anos.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 19


Obesidade Infantil e
SOBREPESO
UMA VERDADEIRA EPIDEMIA ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Cresce, a cada dia, o índice de obesidade


infantil no Brasil e no Mundo e, com ela, a
preocupação dos pais em como fazer com que
RV½OKRVSHUFDPSHVRD½PGHHYLWDUIXWXURV
problemas de saúde.

20 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


A
qui no Brasil, nos últimos 20 anos, a obesidade
infantil aumentou cinco vezes mais. E, de acor-
do com o Conselho Americano de Obesidade no
Brasil, 15% das crianças apresentam excesso de
peso, sendo que 5% são obesas.

Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,


as crianças são consideradas obesas quando ultrapassam 15%
do peso médio correspondente a sua idade (isso para crianças
com até dez anos de idade) e 20% acima do peso para os maio-
res de dez anos, sendo que o peso ideal nesta idade já é calcu-
lado através do Índice de Massa Corpórea (IMC), exemplo:

IMC = Peso IMC = 60 kg IMC = 35,5


Altura2 1,30m x 1,30m

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 21


Neste caso, o adolescente já está na faixa de colesterol e triglicérides e a baixa auto-
de obesidade. As crianças e adolescentes estima. A obesidade é uma doença crônica.
brasileiros estão chegando perto dos ame- É o resultado da alta ingestão de energia
ricanos da sua faixa etária em índices de e vem acompanhada de múltiplas compli-
obesidade e, se não cuidarem, poderão se cações, decorrente do acúmulo excessivo
tornar os novos gordinhos do século XXI, de gorduras, muito além das necessidades
é o que indica um estudo inédito de pes- básicas diárias.
quisadoras da UERJ. Embora o Brasil es- Para os pesquisadores, esse consumo ex-
teja atrás dos Estados Unidos, o problema cessivo pode se iniciar desde a gestação,
tem piorado tanto que, se nada for feito, até a adolescência. Os fatores que determi-
o país pode caminhar para uma situação QDPHVWHFRQVXPRH[DFHUEDGRVmRDVLQ¾
“mais grave” do que a americana; sem uências culturais e os hábitos familiares.
contar que a criança obesa tem uma gran- Desta forma, é comum ouvirmos dizer que
de chance de se tornar um adulto obeso, a obesidade possui fatores múltiplos, tais
além disso, existem as consequências, como os genéticos, psicossociais, culturais,
neste caso, as doenças que deveriam estar nutricionais, psicológicos, metabólicos e
somente entre os adultos, estão presentes endócrinos. De acordo com o Consenso La-
nestas faixas etárias (devido a esse cres- tino Americano em Obesidade, existe uma
cimento gradativo) como, por exemplo: o tendência entre os membros de uma mes-
diabetes, os problemas cardiovasculares, ma família possuírem o IMC similar. Diver-
hipertensão, além do aumento dos níveis VDVSHVTXLVDVFLHQWt½FDVGHPRQVWUDPXPD

22 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


FRUUHODomRHQWUHR,0&GHSDLVH½OKRVRTXH os controles remotos estão por toda parte,
sugere que, tanto os genes como o ambien- RVWHOHIRQHVVHP½RWXGRpHOpWULFRpVy
te familiar contribuem ao desenvolvimento apertar um botão, ou seja, gasta-se ener-
da obesidade. Para os pesquisadores, isso gia cada vez menos e alimenta-se cada vez
determina o fato de algumas pessoas nun- mais de forma não saudável e, com isto, a
ca chegarem a ter sobrepeso ou obesidade, boa alimentação vai se perdendo e os fast
outras poderão aumentar de peso na me- foods e os alimentos prontos tomam cada
dida em que forem aumentando de idade, vez mais conta da vida urbana, isto é o caos
também existem aquelas que podem iniciar da saúde humana e, infelizmente, os mais
o aumento de peso desde a infância e man- afetados com isto são as crianças e os ado-
tê-lo elevado, em idades posteriores. lescentes, que pagarão alto preço com sua
Estudos publicados pelo Internacional saúde daqui a alguns poucos anos.
Journal of Obesity em 1988 já mostravam Infelizmente em países pobres ou em de-
sinais preocupantes. Foram envolvidas senvolvimento como o caso do Brasil, boa
1698 pessoas de 409 famílias diferentes, parte da população não tem acesso a uma
RQGH ½FRX FRQFOXtGR TXH D SDUWLFLSDomR alimentação de qualidade, ou balanceada,
genética na situação de obesidade chegou pois, para manter uma única criança bem
a 25% dos casos e variou até 30%, quan- alimentada e nutrida, em um mês a família
do analisada a distribuição androide de teria que desprender quase dois terços de
gordura. Outras análises estatísticas con- um salário mínimo.
½UPDUDP TXH  GD YDULDomR WUDQVPLV-
sível total é atribuída ao fator genético, e
atribuíram ainda 30% à transmissão cul- PREVENÇÃO
tural e 45% a outros fatores ambientais Prevenir a obesidade na infância é a ma-
não transmissíveis. Ou seja, a interação neira mais segura de controlar essa do-
genético ambiental é a que promove o de- ença crônica grave, que já podemos con-
senvolvimento da obesidade no indivíduo, siderar uma epidemia mundial, que pode
isto é muito importante para não creditar se iniciar já na vida intrauterina. A impor-
a culpa de ser obeso somente na genética, tância de prevenir a obesidade na infância
pois ela até pode ser um fator importan- decorre de sua associação com doenças
te, mas não isolado. Devido à urbanização crônicas não transmissíveis no adulto,
crescente, muitas situações que não exis- que podem se instalar desde a infância.
tiam no passado hoje aumentam e pioram, A fase intrauterina é um período crítico
como, por exemplo, a violência, a falta de para o desenvolvimento da obesidade,
tempo, e a consequência leva à obesidade, principalmente após a 30a semana, assim
pois estamos em um mundo globalizado, como os dois primeiros anos de vida, pois
onde vivemos atrás de um computador, nesta fase é que ocorre a proliferação das
de uma TV, de um vídeo game, etc. O se- células gordurosas e a adolescência. Daí
dentarismo ganhou espaço no nosso co- a importância da participação ativa do pe-
tidiano, as atividades físicas estão sendo diatra nas diversas etapas que envolvem
excluídas cada vez mais de nossos hábitos, os diferentes contextos.
QUADRO DE PESO DE CRIANÇAS DE 0 A 18 MESES

IDADE PESO MÉDIO LIMITE INFERIOR LIMITE SUPERIOR


Recêm-nascido 3 quilos 2,5 quilos 4 quilos
(não prematuro)
3 meses 6 quilos homens 4,5 quilos homens 7 quilos homens
5 quilos mulheres 4,39 quilos mulheres 6 quilos mulheres
6 meses 8 quilos homens 6,5 quilos homens 9 quilos homens
7 quilos mulheres 6 quilos mulheres 8,5 quilos mulheres
9 meses 9 quilos homens 8 quilos homens 10,5 quilos homens
8,5 quilos mulheres 7,5 quilos mulheres 10 quilos mulheres
12 meses 10 quilos homens 9 quilos homens 11,5 quilos homens
9 quilos mulheres 8 quilos mulheres 11 quilos mulheres
18 meses 11,5 quilos homens 10 quilos homens 13 quilos homens
11 quilos mulheres 9,5 quilos mulheres 12 quilos mulheres

24 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


QUADRO DE PESO DE CRIANÇAS DE 2 A 10 ANOS
APÓS ESTA IDADE USA-SE IMC PARA DETERMINAR SE HÁ
SOBREPESO OU OBESIDADE

IDADE PESO MÉDIO LIMITE INFERIOR LIMITE SUPERIOR


2 anos 12,5 quilos homens 11 quilos homens 14 quilos homens
12 quilos mulheres 10 quilos mulheres 13,5 quilos mulheres
4 anos 17 quilos homens 14 quilos homens 19,5 quilos homens
16 quilos mulheres 13,5 quilos mulheres 19 quilos mulheres
5 anos 20 quilos homens 17 quilos homens 24 quilos homens
19,5 quilos mulheres 16,5 quilos mulheres 24 quilos mulheres
8 anos 25 quilos homens 22 quilos homens 31 quilos homens
24,5 quilos mulheres 20,5 quilos mulheres 32 quilos mulheres
10 anos 31 quilos homens 25 quilos homens 41 quilos homens
32 quilos mulheres 26 quilos mulheres 45 quilos mulheres

Prevenir a obesidade na infância é a


maneira mais segura de controlar essa
doença crônica grave
VALORES DE IMC

IMC REFERÊNCIA IMPLICAÇÕES E RISCOS


Menos de 15 Abaixo do peso I Anorexia, bulimia, osteoporose e auto consumo
de massa muscular.
15 a 18.5 Abaixo do peso Transtornos digestivos, debilidade, fadiga crônica,
stress, ansiedade e difusão das hormonas.
18.6 a 24.9 Peso normal Estado normal, bom nível de energia, vitalidade e
boa condição física. Mantenha o seu peso e IMC.
25 a 29.9 Acima do peso Fadiga, problemas digestivos, problemas circu-
latórios, má circulação nas pernas e varizes.
30 a 39.9 Obesidade I Diabetes, angina de peito, enfartes, trombo
¾HELWHVDUWHURVFOHURVHVHPEROLDVDOWHUDo}HV
menstruais.
40 ou mais Obesidade II Falta de ar, apneia, sonolência, trombose
pulmonar, úlceras varicosas, cancro do
FyORQXWHULQRHPDPiULRUH¾X[RHVRIiJLFR
discriminação social, laboral e sexual.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 25


PALAVRAS DA DRA. ANA PAULA ARIANO
/HPEUHPVH2VSDLVpTXHGHYHPGDURH[HPSOR3DUDTXHVHXV½-
lhos possam aprender como ter uma vida saudável, precisamos da
conscientização em primeiro lugar da família, já que o governo ainda
não tomou providências de ordem pública, cuidemos nós de nossas
crianças para que possam ter saúde por mais tempo, as coisas acon-
tecem na casa de qualquer cidadão, diminuam o excesso de açúcar,
de sal, aumentem os alimentos integrais, diminuam o sedentarismo,
SDVVHLHP FRP VHXV ½OKRV ,VWR YDL PHOKRUDU DWp D UHODomR IDPLOLDU
terão mais tempo entre vocês. Temos que acreditar e evitar esta epi-
demia que vem se formando, pois a obesidade é uma das principais
causas de diabetes e hipertensão, e estas duas patologias têm um alto
índice de morbi-mortalidade em todas as faixas de idade da popula-
ção. Tem que se aprender a usar os benefícios da vida moderna com
os benefícios da vida de nossos avós.

26 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


15
DICAS PARA
EVITAR A
OBESIDADE
INFANTIL OU O

SOBREPESO
1. Incentive a criança e o adolescente a Caso não seja possível, opte pela polpa
elevar o consumo de frutas, verduras e e, em último caso, pelo suco concen-
legumes. trado em garrafa. Não ofereça sucos de
2. Combata o sedentarismo – incentive pacotinho, pois eles são muito ricos em
brincadeiras ao ar livre, caminhadas, açúcar.
andar de bicicleta. 9. Evite refrigerantes, que, além de conte-
3. No dia a dia, limite o tempo gasto diante rem muito açúcar, prejudicam a saúde
da TV, do videogame e do computador. A dos ossos, causam irritabilidade gástri-
criança não deve assistir a mais de duas ca e cáries.
horas de TV por dia. 10. Se usar pratos prontos, faça apenas
4. Substitua o leite integral e derivados duas vezes por semana.
pela versão semidesnatada, especial- 11. 4XDQGR XWLOL]DU SURGXWRV VHPLSURQ-
mente se houver dislipidemia associada tos, asse-os sempre no forno em vez
ao (aumento de colesterol e triglicéri- de fritar.
des). 12. Ao preparar macarrão instantâneo,
5. 3DUD DXPHQWDU R FRQVXPR GH ½EUDV não utilize o tempero pronto que
ofereça frutas e legumes com casca. vem na embalagem, ele é muito rico
6. 1mR FRH RV VXFRV QDWXUDLV H SUH½UD HP VyGLR SUH½UD SUHSDUDU XP PR-
sempre alimentos integrais. lho caseiro.
7. Para aumentar a ingestão de água, in- 13. Não ofereça sobremesas lácteas logo
centive a criança ou o adolescente a le- após as refeições. Espere, pelo me-
YDU VHPSUH XPD JDUUD½QKD GH iJXD j nos, uma hora, pois o cálcio contido
escola, e em suas demais atividades, e nessas sobremesas interage com o
WHUFRPRPHWDEHEHUGXDVJDUUD½QKDV ferro consumido na refeição, prejudi-
durante o dia. cando a absorção de ambos.
8. 3UH½UD VHPSUH RV VXFRV GD IUXWD TXH 14. Substitua os salgadinhos de pacote por
contêm mais vitaminas e sais minerais. pipoca feita em casa com óleo de soja.
15. E, por último, retire o saleiro da mesa.
ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 27
GRIPES
Cuidados e prevenção
Estação fria, temperatura baixa, tempo seco,
qualidade do ar péssima, temperatura que
oscila (um dia muito frio, outro muito quente),
clima propício para as infecções virais, gripes,
resfriados, doenças respiratórias, etc.

28 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


A
A preocupação atual é com a gripe suína, tam-
bém conhecida como vírus influenza A (H1N1).
De acordo com especialistas, a cada ano sur-
gem novas mutações do vírus influenza A,
H1N1 é uma delas.

A alternativa mais viável no momento é a prevenção contra


qualquer tipo de gripe, é importante que as pessoas saibam
TXDLV DV GLIHUHQoDV HQWUH D JULSH FRPXP H R YtUXV LQ¾XHQ]D
A (H1N1) e os cuidados que devem ser tomados. Cuidados bá-
sicos com a saúde, higiene e alimentação são determinantes.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 29


GRIPE COMUM
cipais fatores para que uma simples gripe
gere complicações ou venha a evoluir para
Sintomas – a gripe é uma infecção viral
algo mais grave é se a pessoa gripada es-
contagiosa que, geralmente, surge nas
tiver com sua imunidade baixa, podendo
estações mais frias do ano, seus sintomas
acarretar infecção de garganta, distúrbios
são diferentes conforme o tipo de gripe;
digestivos e respiratórios (ex.: bronquite,
em geral a pessoa apresenta um grande
pneumonia, tuberculose). É importante
mal-estar, cansaço, dores musculares,
ressaltar que estas complicações também
resfriado e temperatura alta.
podem surgir em pessoas idosas ou crian-
Evolução e complicações – um dos prin-

30 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


ças muito pequenas. A convalescença para limão, cebola, caju, salsa), também con-
as pessoas com gripe é longa, devido ao siderados como vitamina P, tem o seu
estado de fadiga que sucede a fase aguda. efeito potencializado.
O farmacêutico, com ênfase em alimen- Plantas como a babosa (gel) e o ginseng
tos e mestre em farmacologia pela FCM/ coreano (Panax ginseng) são fontes de
Unicamp, Rogério da Silva Veiga (CRF/ substâncias imunoestimulantes.
SP: 26.228) declara que a preocupação As Lamiáceas (ex.: sálvia, alecrim, hor-
da população deve estar focada em me- telã, manjericão, orégano, tomilho, bol-
didas relacionadas ao comprometimento GRGHMDUGLP VmRIRQWHVGH¾DYRQRLGHV
do sistema imunológico como: má ali- (ex.: luteolina), monoterpenos (ex.: ca-
mentação, estresse físico e mental, cho- vacrol, timol) entre outros constituintes
ques térmicos, entre outros. Para isso, que apresentam atividades antivirais.
ele sugere cuidados básicos na preven- As plantas ricas em derivados do enxofre,
ção e alimentação. como o alho, cebola, cebolinha, alho-po-
ró, brócolis, repolho e outras, fortalecem
CONHEÇA QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS o sistema imunológico e são antivirais.
ALIADOS NO COMBATE À GRIPE A acidez do sangue (por ingestão de car-
As pessoas podem se prevenir das mais nes, doces e refrigerantes comuns), que
variadas formas, principalmente, inge- favorece o aparecimento de infecções
rindo o ácido ascórbico presente nos ali- (ex.: gripe), pode ser neutralizada pela
mentos frescos (ex.: alho, cebola, limão, salsa, limão e salsão.
caju, tomate, acerola, salsa), consumin- A ingestão de alimentos ricos em prebió-
do-os diversas vezes ao dia fortalece o ticos (ex.: banana, batata-doce, bardana)
sistema imunológico, quando associado HTXLOLEUDP D ¾RUD LQWHVWLQDO IRUWDOHFHQ-
DRV ¾DYRQRLGHV SUHVHQWHV WDPEpP QR do o sistema imunológico.

SAIBA COMO SE PROTEGER CONTRA QUALQUER GRIPE


Condutas como evitar tomar banhos quentes e pisar no chão frio e expôr-se à friagem
R DFRQVHOKiYHOpDR½QDOGREDQKRFRPiJXDPRUQD½QDOL]DUFRPiJXDIULDSRUXQV
10 segundos).
Ao sair de ambientes aquecidos com aquecedores e lareiras e após a prática de exercícios
físicos deve-se evitar friagem.
Ingerir em abundância e diariamente alimentos frescos (frutas, verduras e legumes),
cereais integrais, chás, temperos e especiarias que são fonte de substâncias imuno-
estimulantes, antivirais e neutralizadoras do sangue.
Praticar exercícios físicos com moderação (no mínimo 3x por semana).
Ingerir água mesmo sem ter sede.
Evitar o consumo excessivo de açúcar branco (doces e refrigerantes comuns).
Dormir bem.
Evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco.ILHO (raminhos):

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 31


TRATAMENTOS ALTERNATIVOS

ANIS ESTRELADO TRATAMENTO


TOMILHO (raminhos):
CONTRA A NOVA GRIPE
Infusão de 1 colher e meia (sopa) num
De acordo com a Organização Mun-
litro de água; acrescentar cravos-da-
dial da Saúde (OMS), algumas drogas
-índia; filtrar e pôr 2 cebolas grandes,
estão sendo usadas na prevenção e
descascadas e cortadas em 4 para ma-
no tratamento da nova gripe (H1N1);
cerar nessa infusão, durante 3 horas.
como, por exemplo, os antivirais, za-
Tomar 3 copos ao dia, em jejum, duran-
namivir e oseltamivir; na tentativa de
te alguns dia.
impedir que o vírus se multiplique e
invada outras células do organismo
BORRAGEM (folhas)
humano. Testes iniciais realizados
Decocção de 40 g litro; ferver 10
com o Tamiflu“oseltamivir” pode ter
minutos; tomar 3 xícaras ao dia.
efeito contra o vírus que causa a gripe
suína. O que muita gente não sabe é
CAMOMILA
que, o oseltamivir é um principio ativo
Infusão de 20 g litro; deixar descansar
extraído da planta “anis estrelado”,
10 minutos; tomar 2 xícaras ao dia.
cuja matéria-prima é chamada de áci-
do chiquímico, no entanto, ocorrem
EUCALIPTO (folhas)
diversas modificações químicas que
Infusão de 20 g litro; deixar descansar
resultam na molécula final: o oselta-
15 minutos; tomar 3 xícaras ao dia.
mivir, é o que explica o farmacólogo
Rogério Silva Veiga.
PULMONÁRIA IROKDVH¾RUHV
Decocção de 40 g litro; ferver 10
minutos; tomar 3 xícaras ao dia.
IMPORTANTE
DIETA O que é Influenza A (H1N1)

Durante toda a estação fria: dar às Popularmente conhecida como gripe su-
crianças e à família, suco de repolho, tQDDLQ¾XHQ]D$pXPDGRHQoDUHVSLUD-
cebola, limão, laranja e abacaxi. tória aguda (gripe), causada pelo vírus
(H1N1). Trata-se de um novo subtipo do
Durante a crise febril: a dieta deve ser YtUXVLQ¾XHQ]DHpWUDQVPLWLGRGHSHVVRD
hídrica com suco de frutas, salsa ou para pessoa principalmente por meio de
tomates (100 g por dia). tosse, espirro ou de contato com secre-
ções respiratórias de pessoas infectadas.
Durante a convalescença: seguir um re- Como medida de prevenção contra a nova
gime remineralizador e rico em vitaminas gripe, o Ministério da Saúde sugere:
A, B, C e D (ovos, queijo, laticínios, peixes, Evitar o beijo social;
frutas, legumes, pão integral). Apertos de mão;

32 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


Nome popular: Anis Estrelado
Nome científico: Illicium verum
Sinonímia: Anis da Sibéria, badiana, funcho da
china; anis etoilé (francês); anise star (inglês).
Origem: Originário do Oriente Médio, o anis es-
trelado também é cultivado no Egito, na Ásia
menor e nas ilhas gregas, há mais de mil anos.
Partes usadas: Fruto-semente e folhas
Princípios ativos: Anetol, colina, anisulmina,
isoanetol, anisaldeído, metilchavicol e derivados
GH HVWLERHVWURO yOHR ½[R SURWHtQDV Do~FDUHV
FXPDULQDViFLGRVRUJkQLFRV¾DYRQRLGHVHHVWH-
róis.
Medicina popular: Digestivo, expectorante, alivia a
¾DWXOrQFLDGLVSHSVLDVJDVWULWHW{QLFRHVWRPDFDO
antiespasmódica, galactagogo, regulariza as fun-
ções menstruais, é um excelente desinfetante.
Indicações: 7{QLFR HVWRPDFDO ¾DWXOrQFLD UH-
gulariza as funções menstruais, melhora a di-
gestão, catarros bronquiais.
Importante: Mi IRL FRPSURYDGD FLHQWL½FDPHQWH
sua atividade expectorante. Mulheres grávidas
e bebês devem consumir o produto com cautela.

Lavar a mão constantemente; DIFERENÇA ENTRE A GRIPE COMUM E A


Evitar tocar os olhos, a boca e o nariz INFLUENZA A (H1N1)
após contato com superfícies; Ambas são causadas por diferentes subtipos do ví-
Não compartilhar objetos de UXVLQ¾XHQ]DVHXVVLQWRPDVVmRPXLWRSDUHFLGRVH
uso pessoal; se confundem:
Cobrir a boca e o nariz com lenço FEBRE REPENTINA,
descartável ao tossir ou espirrar; TOSSE,
Se possível, utilizar álcool gel na hi- DOR DE CABEÇA,
gienização das mãos. DORES MUSCULARES,
DORES NAS ARTICULAÇÕES E CORIZA.
Desta forma, o Ministério da Saúde alerta: “não im-
Rogério da Silva Veiga porta, neste momento, saber se o que se tem é gri-
&RQEUD½WR&RQVHOKR%UDVLOHLUR pe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao sinal
de Fitoterapia - Grupo Técnico de algum desses sintomas, a pessoa deve procurar
IDUPDFHXWLFR#FRQEUD½WRFRPEU seu médico ou ir a um posto de saúde”.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 33


Saiba como tratar as doenças
respiratórias como uso da
FITOTERAPIA
O tratamento convencional da bronquite
crônica consiste na administração
GH¾XLGL½FDQWHVGRPXFRDQWLLQ¾DPDWyULRV
e broncodilatadores, sendo que a maioria
deles apresenta reações adversas
desconfortáveis, como taquicardia, secura da
boca, tremores, cefaleia e náuseas.

34 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


N
o organismo humano, as vias aéreas são, de
maneira simplificada, constituídas de fossas
nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios,
bronquíolos e alvéolos pulmonares. Essas
estruturas exercem a função de captar e fil-
trar o ar, suprir o organismo de oxigênio e retirar deste o
dióxido de carbono produzido.

BRONQUITE
As vias aéreas são revestidas internamente por cílios e muco,
cuja função é oferecer proteção ao aparelho respiratório. Esse
muco move-se pelos cílios, expulsando, através das vias aé-
reas superiores, partículas estranhas ao organismo. Reações
alérgicas, imunológicas ou infecções provocadas por diversos
fatores e/ou agentes podem desencadear problemas que afe-
tam o perfeito funcionamento dessas vias.

ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS MEDICINAIS 35


Um destes problemas é a bronquite, que população total do Brasil e 8% das crianças
afeta, em maior proporção, bebês e crian- entre 6 e 14 anos. Entre as décadas de 70
oDV$EURQTXLWHpDLQ¾DPDomRGRVEU{- e 90, houve um aumento de 5% nos casos
nquios, nos pulmões, que ocorre quando de asma. Alguns fatores podem contribuir
seus minúsculos cílios param de eliminar para o início da asma, dentre eles:
o muco presente nas vias respiratórias. Hereditariedade;
Esse acúmulo de secreção faz com que Mãe fumante durante a gestação;
RV EU{QTXLRV ½TXHP SHUPDQHQWHPHQWH Criança fumante passiva;
LQ¾DGRV H FRQWUDtGRV $ EURQTXLWH SRGH Pessoas alérgicas;
ser aguda ou crônica. A diferença consiste Infecções virais das vias aéreas;
na duração e agravamento das crises, na Exposição ocupacional a substâncias
aguda, geralmente, são mais curtas (uma ou materiais químicos ou tóxicos passí-
ou duas semanas), já, na crônica, não de- veis de inalação.
saparecem e pioram pela manhã.
A bronquite aguda é causada geralmente Pessoas portadoras de asma brônqui-
por vírus, embora, em alguns casos, pos- ca podem ter suas crises desencadeadas
sa ser uma infecção bacteriana. No caso após realizar exercícios físicos, entrar em
de adultos fumantes e crianças fumantes contato com alérgenos, tais como pelos de
passivas, a bronquite pode ser agravada. animais domésticos, fezes de ácaro, pólen,
Poeiras, poluentes ambientais e químicos mofo, fumaça, poeira e odores, após res-
também pioram o quadro. friados e viroses, com a mudança do clima
atmosférico e até mesmo após situações
ASMA de estresse e alterações emocionais. Os
A asma é uma síndrome clínica caracteri- sintomas característicos da asma brônqui-
zada por uma resposta imunológica exa- ca são os sibilos pulmonares, mais conhe-
cerbada das vias aéreas; frente a fatores cidos como o “chiado no peito”, falta de ar,
externos (alérgenos, substâncias quími- tosse e sensação de “aperto” no peito.
cas, entre outros), ou internos, causando O diagnóstico deve ser feito cuidadosa-
seu estreitamento e até mesmo sua obs- mente, com o auxílio de exames clínicos
WUXomRIDWRTXHGL½FXOWDDUHVSLUDomRQRU- e de diagnóstico, pois há muitos sintomas
mal do indivíduo. A asma acomete 5% da comuns entre estas e outras patologias.

COMO PREVENÇÃO, ALGUNS HÁBITOS DEVEM SER MODIFICADOS A FIM DE SE


EVITAR UMA NOVA CRISE: Ajuste a temperatura do quarto;
Bichos de pelúcia devem ser colocados no
Coloque uma capa de polietileno no col- refrigerador por 12h uma vez por semana;
chão e travesseiros; Evite o convívio e o contato com animais
Evite ambientes com calefação; de estimação;
Evite permanecer próximo à fumaça
de cigarro.

36 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 37
PARA QUE OCORRA A MELHORA, PRIMEIRAMENTE É NECESSÁRIO QUE A
PESSOA MODIFIQUE SEUS HÁBITOS, TAIS COMO:
Parar de fumar e evitar locais onde haja pessoas fumando;
Utilizar máscara ou outro equipamento protetor, caso o paciente trabalhe em local
sujeito a inalação de elementos irritantes;
Ingerir bastante água, pois ela ajuda a diluir as secreções brônquicas e facilita a
expectoração;
Evitar contato com pessoas resfriadas, gripadas ou com outras doenças
transmissíveis por via respiratória;
Não impedir a tosse produtiva;
Evitar locais onde o ar seja seco demais.

O Conselho Brasileiro de Fitoterapia (CONBRAFITO) criou o NEF - Núcleo de Estudos


em Fitoterapia e promoverá várias palestras sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

“Novas Tendências na Recomendação e Prescrição de Fitoterápicos”.

Associados do CONBRAFITO somente um quilo de alimento não perecível ou produtos


de higiene pessoal. Para maiores informações: (011) 5571 1906

38 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


TRATAMENTO FITOTERÁPICO
A fitoterapia pode auxiliar nos problemas de ordem respiratória, com menos
reações adversas e de maneira tão, ou mais eficiente, se comparado ao tratamento
convencional à base de medicamentos sintéticos.

ANTISSÉPTICO PULMONAR
Poejo (Mentha pulegium); Bálsamo de
Tolu (Myroxolon balsamus); Alho (Allium
sativum); Zedoária (curcuma zedoaria);
Eucalipto (Eucaliptus globulus); Tomilho
(Thymus vulgaris); Melaleusa (Melaleuca
leucodendron); Pinho (Pínus pinaster);
*HQJLEUH =LQJLEHURI½FLQDOH *XLQp
(Petiveria alliaacea); Cebola (Allium cepa);
Lavanda (Lavanda spp).

EXPECTORANTE
Poligala (Poligala virginiana ou Poligala
YXOJDUH 3UtPXOD 3UtPXODRI½FLQDOLV 
6DSRQiULD 6DSRQDULDRI½QDOLV $JULmR
1DVWUXUWLXPRI½FLQDOLV $EDFD[L
(Ananás sativus); Bálsamo de Tolu
(Myroxolon balsamus).

SEDATIVOS DA TOSSE
Amêndoas amargas (Prunus spp.); Zedoária
(Curcuma zedoaria); Avenca (Adiantus);
Abacaxi (Ananás sativus); Alfavaca (Ocimum
spp.); Alface (Lactuca sativa); Própolis;
Caraguatá (Bromélia antiacantha); Mel; Figo
(Fícus carica); Tanchagem (Plantago major);
Mamão (carica papaya); Confrei (Symphytum
RI½FLQDOH *HQJLEUH =LQJLEHURI½FLQDOH 
Guaco (Mikania glomerata); Limão (Citrus
limonum); Assa-peixe (Vernonia polianthes).

INALAÇÕES
6iOYLD 6DOYLDRI½FLQDOLV +RUWHOm
pimenta (Mentha piperita); Eucalipto
(Eucalyptus globulus).

ERVAS E PLANTAS
ERVASBENEFÍCIOS
E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 39
A lenda do
CHIMARRÃO
Conta a lenda da erva-mate que em
uma tribo guarani cujo cacique tinha muita
fama de valentia, bravura e sabedoria,
era exemplo para seus comandados, onde todos
gostariam de ser como ele.

40 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


N
o entanto, o cacique estava a caminho da ve-
lhice e tinha medo de ficar sozinho. Vivia tris-
te em sua cabana, pois já não podia sair para
as guerras, nem tão pouco caçar e pescar. O
velho cacique vivia só com sua filha Yari, que,
por sinal, era tratado com muito carinho e dedicação. Sua
filha não se casaria para melhor se dedicar ao pai.

&HUWRGLDRYHOKRFDFLTXHHVXD½OKD<DULUHFHEHUDPDYLVLWD
de um viajante que passava pela tribo, e pernoitou na cabana,
RQGH UHFHEHX RV PHOKRUHV FXLGDGRV <DUL FDQWRX SDUD R YLVL-
tante adormecer e ter um sono tranquilo. Logo ao amanhecer
o visitante confessou ser enviado de Tupã (Deus indígena) e
TXHUHQGRUHWULEXLUDKRVSLWDOLGDGHDRFDFLTXHHVXD½OKDGLVVH
que atenderia a qualquer desejo, mesmo que o mais remoto. O
YHOKRFDFLTXHFLHQWHGHTXHVXD½OKDQmRVHFDVDULDSDUDQmR
deixá-lo só, pediu ao visitante que fosse lhe devolvida as forças,
SDUDTXHDVVLPVXD½OKD<DULVHWRUQDVVHOLYUH

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 41


NOMENCLATURA BOTÂNICA
Ilex Paraguaiensis A. St. – Hil
(grupo das Aquifoliáceas)

NOMES POPULARES
Chimarrão, erva-mate, erveira,
congonha, erva, erva verdadeira,
erva congonha, chá mate, chá-
do-paraguai, terere.

Sendo assim, o mensageiro de Tupã, entregou ao velho cacique


um galho de árvore de Caá, e lhe ensinou a preparar uma infu-
são que lhe devolveria todo vigor. O mensageiro ainda transfor-
PRX<DULHPXPD'HXVDGRV(UYDLVHSURWHWRUDGDUDoD*XDUDQL
a partir deste dia a jovem moça passou a ser chamada de Caá-
<DULDGHXVDGDHUYDPDWH'HVGHHQWmRDHUYDSDVVRXDVHU
utilizada por todos os guerreiros da tribo Guarani, deixando-os
mais fortes e valentes.
Ainda conforme a lenda, quando os espanhóis aportaram na
região sul do Brasil, encontraram os índios guaranis dóceis e
receptivos, pois os mesmo já utilizavam as folhas da erva nativa
da região, em uma bebida que sorviam em cabaças por meio de
um canudo, dizendo que a erva Cáa havia sido dada a eles pelo
Deus Tupã. A partir deste momento, desde os soldados até os
R½FLDLVHVSDQKyLVSDVVDUDPDWRPDURFKLPDUUmRQmRKDYHQGR
distinção de classes sociais.

42 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


PROPRIEDADES
QUÍMICAS DA
CURIOSIDADES

ERVA-MATE
Não muito diferente das demais ervas, o
ilex paraguayensis (ervamate) antes de
ter sua composição química conhecida já
era apreciada pelos indígenas, que não Água, celulose, gomas, dextrina, mucilagem,
só foram atraídos pelo paladar da bebi- glicose, pentose, substâncias graxas, resina
da preparada, mas, principalmente, por DURPiWLFDOHJXPLQDDOEXPLQDFDIHtQDWHR½-
conhecerem suas virtudes, na qual se lina, cafearina, cafamarina, ácido matetânico,
iFLGRIyOLFRiFLGRFDIpLFRiFLGRYLUtGLFRFORUR½
destacava a propriedade de aumentar
la, colesterina e óleo essencial.
a resistência à fadiga e por minimizar a
sede ou a fome. NAS CINZAS
Sob o ponto de vista terapêutico, os com- encontram-se Potássio, lítio, ácidos fólicos,
postos mais interessantes encontrados sulfúrico, carbônico, clorídrico e cítrico, além
QR,OH[SDUDJXD\HQVLVVmRDFDIHtQDWHR½ de magnésio, manganês, ferro, alumínio e
traços de arsênico.
lina e a teobromina, três alcaloides es-
treitamente relacionados, sendo aprecia- COMPONENTES DA ERVA
do dentro do aspecto químico bromato- (VALOR MÉDIO PARA 100 G)
lógico ou como matéria-prima de vários Unidade .............................................. 8,17 g
subprodutos. Proteínas .......................................... 10,89 g
Carboidratos ..................................... 12,04 g
O QUE SÃO OS ALCALOIDES?
Amido ................................................ 4,55 g
Glicose .............................................. 3,84 g
A cafeína é um alcaloide, uma espécie de Fibras ............................................... 16,86 g
pó branco, cristalino muito amargo. A ca-
IHtQDFRPDWHR½OLQDHWHREUDPLQDID]HP COMPOSIÇÃO MINERAL
parte do grupo das xantinas. (VALOR MÉDIO PARA 100 G)
As xantinas são substâncias que atuam Cinzas ................................................. 6,91 g
Cloro ................................................. 0,116 g
como diuréticos, relaxantes do músculo
Enxofre ............................................. 0,125 g
liso, estimulante cardíaco e vasodilata- Fósforo ............................................. 0,120 g
GRUHV 6mR XWLOL]DGDV SDUD ½QV WHUDSrX- Cálcio ................................................0,668 g
ticos, tantos através de fontes naturais Magnésio ..........................................0,337 g
como de formulações feitas a partir de Potássio ........................................... 1,350 g
VXEVWkQFLDVLVRODGDVHSXUL½FDGDV$FD- Sódio ................................................0,002 g
Ferro ................................................59,90 g
feína, por sua vez, tem ação particular-
Cobre .................................................. 1,26 g
mente acentuada como estimulante do Manganês ........................................133,18 g
sistema nervoso central. O consumo ex-
cessivo desta substância pode acarretar COMPOSIÇÃO VITAMÍNICA
palpitações, convulsões, dores de cabeça (VALOR MÉDIO PARA 100 G)
e de estômago, insônia, perda de apetite, Vitamina A - ......................................2,095 g
Vitamina B (Tiamina) - ......................222,7 g
náusea, vômito, depressão, falta de po-
Vitamina B2 (Ribofl avina) - .............. 404,3 g
tência, entre outros problemas. Vitamina C (Ácido Ascóbico)- ............. 11,90 g
as enzimas, sem alterar as propriedades
FERMENTAÇÃO ESPONTÂNEA
gustativas do mate.
No Ilex paraguaiensis existem duas en-
zimas que permitem a fermentação es-
TEOR DE CAFEÍNA E TEOBROMINA
pontânea da erva, sendo elas a oxidase
NO ILEX PARAGUAIENSIS
e peroxidase. Comercialmente, a erva é
De acordo com a pesquisa realizada pelo nú-
preparada de forma a evitar a fermenta-
cleo de pesquisa da Universidade de Caxias
ção das folhas, este processo é feito logo
do Sul, as ervas produzidas em Mato Grosso
após a colheita, quando as folhas da erva
possuem, em média, maiores taxas de alca-
VmR¾DPEDGDV
loides totais do que as ervas produzidas no
A enzima peroxidase é o catalisador es-
planalto Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
sencial do sistema de oxidação dos vege-
GR6XO$LQGDQDPHVPDSHVTXLVD½FRXFRP-
tais em geral. Esta enzima permite que a
provado que o Ilex paraguayensis produzido
oxidase seja capaz de oxidar as substân-
nas regiões Sulinas; Paraná e Rio Grande
cias fenólicas, sendo assim, as duas en-
do Sul, possuem em sua erva-mate, teor de
zimas juntas são úteis. É importante se
cafeína menor e teor de teobromina maior,
fazer um processamento correto da erva,
em relação a erva produzida do Mato Grosso.
pois é através deste processo que se pode
Além de concluir que os teores de alcaloides
obter um produto de propriedades nutriti-
diminuem conforme a idade da planta.
vas e terapêuticas superior, considerando

44 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


História
De acordo com o processo histórico, quando os soldados espanhóis chegaram em 1536
a Foz do Rio Paraguay, após passarem por Cuba e México (na qual foram buscar os co-
QKHFLPHQWRVGDVFLYLOL]Do}HV0DLDVH$]WHFD ½FDUDPLPSUHVVLRQDGRVFRPDIHUWLOLGDGH
da terra às margens do rio e resolveram fundar a primeira cidade da América Latina,
denominada Assunción Del Paraguay. Nômades por natureza, os desbravadores, eram
acostumados a tomar grandes porres de cachaça com o argumento de estarem com
saudade de suas casas e familiares. Não há dúvidas que no dia seguinte eles acorda-
vam com uma forte ressaca, proporcional à bebedeira da noite anterior. Os soldados
passaram a observar que, no dia seguinte, após tomarem o estranho chá de ervas utili-
]DGRSHORVtQGLRV*XDUDQ\½FDYDPEHPPHOKRUHDUHVVDFDVXPLDSRUFRPSOHWR'HVGH
então, os soldados espanhóis passaram a transportar o chimarrão na garupa.

TIPOS CAFEÍNA TEOBROMINA TIPOS CAFEÍNA TEOBROMINA


Média% Média% Média% Média%

1. ERVA MATE Folhas novas


2,37 0,217

- VERDE Folhas velhas


1,10 0,150 0,78 0,072

- QUEIMADA Talos verdes


0,96 0,140 0,55 0,076

CHIMARRÃO Casca de lenho


0,44 0,068
(tronco)
- PARANÁ
0,92 0,80
Lenho (tronco)
traços traços

- MATO GROSSO
1,18 0,035
Flor
- -

2. INFUSÃO
Fruto
traços traços

- VERDE
0,016 0,003

de consumir, ela provavelmente sentirá dor


- QUEIMADA
0,015 0,003
de cabeça, em função da dilatação exces-
CHIMARRÃO siva dos vasos sanguíneos da cabeça, que
antes eram comprimidos pela cafeína. Mui-
- PARANÁ
0,020 0,004
tas pessoas acham que a concentração de
- MATO GROSSO
0,025 0,002
DOFDORLGHQmRLQ¾XrQFLDHPQDGDQRHQWDQ-
DE QUE FORMA AGE A CAFEÍNA NO to, existem outros vegetais que apresentam
ORGANISMO? contaminação por tóxicos naturais, como,
4XDQGRXPDSHVVRDFRQVXPHXPSURGXWR por exemplo, a tomatina, um alcaloide pre-
que contém a cafeína, ela perde a vontade sente no tomateiro. Esta substância tóxica
de dormir porque esta substância bloqueia é encontrada em toda a planta, tendo sua
a recepção de adenosina, o que dá mais PDLRUFRQFHQWUDomRQDV¾RUHV(VWDVXEV-
energia à pessoa, pois ela causa a liberação tância só é apresentada no tomate verde.
de adrenalina, fazendo com que a pessoa se Durante o processo de amadurecimento
sinta melhor, pois manipula a produção de do tomate, esta substância é convertida em
GRSDPLQD4XDQGRXPDSHVVRDpFRQVXPL- outra, denominada alopregnenolona, desta
dora assídua de cafeína, e, de repente, deixa forma a tomatina deixa de existir.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 45


INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Esgotada: quando retirado(s) parcial
ou totalmente o(s) princípio(s) ativo(s)
3DUWHVGRUHJXODPHQWRWpFQLFRSDUD½[D-
da erva-mate, por qualquer processo
ção de identidade e qualidade para a Erva
tecnológico.
Mate Portaria nº 234 – Secretaria de Vigi-
Sapeco: é o ato de submeter a erva
lância Sanitária, do Ministério da Saúde.
mate recém-podada (folhas e ramos) à
DEFINIÇÃO
ação das chamas de uma fogueira, ou
outro processo tecnológico adequado,
Cancheamento: é a operação que consis-
FRPD½QDOLGDGHGHHOLPLQDURH[FHVVR
te na fragmentação da erva-mate seca.
de umidade (pré-desidratação) e evitar
Chimarrão: é a bebida preparada com
o enegrecimento das folhas.
erva-mate para consumo com água
Secagem: é o ato de desidratar a folha
quente.
da erva-mate, efetuada logo após o sa-
Erva-Mate: é o produto constituído ex-
peco.
clusivamente pelas folhas e ramos, das
Tererê: é a bebida preparada com erva-
variedades de Ilex paraguariensis, na
mate para consumo com água fria.
forma inteira ou moída obtidos através
de tecnologia apropriada.
PADRONIZAÇÃO
Erva-Mate bruta verde: quando “in na-
A Erva-Mate e o Chimarrão, quanto à por-
tura”, constituída por folhas e ramos,
centagem de folhas, será padronizada em:
obtidos pela poda da erveira.
Erva-Mate cancheada não padroniza-
Padrão Nacional 1 (PN-1), quando no
da: quando a erva-mate bruta é subme-
processamento a erva-mate é passa-
tida ao processo de sapeco, secagem,
da na peneira de malha de 10 mm, re-
malhação, trituração ou cancheamen-
sultando no mínimo em 70% de folhas
to, a qual constitui matéria-prima para
e no máximo em 30% de outras partes
chimarrão e tererê.
do ramo.
Erva-Mate cancheada padronizada:
quando a erva-mate cancheada não
Padrão Nacional 2 (PN-2), quando no
padronizada é submetida ao processo
processamento a erva-mate é passada
de peneiramento separando as folhas,
na peneira de malha de 10 mm, resul-
no todo ou em partes, de outras partes
tando no mínimo em 60% de folhas e
do ramo determinando os percentuais
no máximo em 40% de outras partes
respectivos, a qual constitui matéria-
do ramo.
-prima para chimarrão e tererê.
Folha: é a parte da planta de erva-mate
Padrão Nacional 3 (PN-3), quando no
formada pelo limbo e pecíolo, que após
processamento a erva-mate é passada
o processo industrial resulta em frag-
na peneira de malha de 10 mm, resul-
mentos, goma e pó.
tando no mínimo em 50% de folhas e no
Ramos: cada uma das divisões e subdi-
máximo 50% de outras partes do ramo.
visões do galho.

46 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


A ERVA-MATE TERERÊ, QUANTO À PORCENTAGEM DE FOLHAS, SERÁ

PADRONIZADA EM:
de 10 mm, e as outras partes do ramo
passadas na peneira de malha de 12, 5
Padrão Nacional Tererê 1 (PNT-1), quan-
mm, resultando no mínimo em 60% de
do no processamento a folha da erva-
folhas e no máximo em 40% de outras
-mate é passada na peneira de malha de
partes do ramo.
10mm, e as outras partes do ramo pas-
sadas na peneira de malha de12, 5 mm,
Padrão Nacional Tererê 3 (PNT-3), quan-
resultando no mínimo em 70% de folhas
do no processamento a folha da erva-
e no máximo em 30% de outras partes
-mate é passada na peneira de malha de
do ramo.
10mm, e as outras partes do ramo pas-
sadas na peneira de malha de 12, 5 mm,
Padrão Nacional Tererê 2 (PNT-2), quan-
resultando no mínimo em 50% de folhas
do no processamento a folha da erva-
e no máximo em 50% de outras partes
-mate é passada na peneira de malha
do ramo.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 47


POEMA DO CHIMARRÃO.
“Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
4XHSDVVDGHPmRHPPmR
Traduz no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.”
Glaucus Saraiva Entrevista feita com Nilson Luiz Festa,
diretor-presidente da Editora Minuano

TRADIÇÃO, APREÇO E CONQUISTAS


Uma tradição que perdura há anos, o chimarrão não está mais regionalizado, ele in-
vadiu todo o Brasil, de norte a sul, de leste a oeste, do Oiapoque ao Chuí, esta bebida
amarga (mas, ao mesmo tempo, doce pra quem aprecia) tão desejada por muitos
gaúchos, catarinenses e paranaenses, têm levado a tradição muito mais além do que
se esperava, têm cada vez mais conquistado outros territórios, outras pessoas, no-
vas comunidades e até mesmo diferentes nações. É irresistível estar em uma roda
de chimarrão e não participar. Nestas rodas não tem televisão, muito menos rádio
ligado; apenas conversas, risadas, brincadeiras; sempre compartilhadas entre goles
da bebida, que entre uma garrafa térmica e outra pode durar horas, varando noites
adentro. Vale destacar que o chimarrão pode ser apreciado tanto pela manhã quanto
à tarde e à noite, não tem horário nem idade, desde pequeno as crianças já começam
a degustar a bebida e aí não param mais. É importante dizer que não se trata de um
vício, é simplesmente um hábito e dos bons, que faz bem para a saúde física emo-
cional, etc. Podemos considerar que o marco importante do chimarrão é o seu poder
de integração, pois ele atrai pessoas, constrói e reúne amizades, e entre uma cuia
HRXWUDRSDSR¾XL1mRH[LVWHRXWUDSDODYUDTXHSRVVDPRVHPSUHJDUSDUDRHIHLWR
social do chimarrão, a não ser a de um integrador social. O chimarrão, sem dúvida,
aproxima famílias, amigos, vizinhos. As visitas vão as casas simplesmente para to-
mar um bom chimarrão. Esta bebida não só conquistou todo território brasileiro, mas
também já chegou a terras internacionais. Eu sou um exemplo de quem já levou o
chimarrão na mala de viagem. Se vou para a Bahia, levo meu chimarrão, já fui para
a Itália e levei os meus apetrechos, e lá além de degustar bons vinhos não deixei de
tomar o meu tradicional chimarrão.

48 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


tada no todo ou em parte, alterada, adi-
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS
cionada de ingredientes e misturada com
Devido à presença das vitaminas A, B1 e
outros vegetais.
%DWXDEHQH½FDPHQWHVREUHRVQHUYRV
e músculos, estimulando assim, a ativi-
CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS
dade física e mental.
Aspecto: folhas e outras partes do
Atua sobre a circulação, ajudando o tra-
ramo fragmentadas e secas.
balho cardíaco e a circulação do sangue,
Cor: de verde e seus matizes a amarelo
diminuindo a tensão arterial, devido à
pardo
sua ação vaso-dilatadora.
Odor: próprio
Age sobre o tubo digestivo, facilita a di-
Sabor: próprio
gestão e favorece a evacuação e micção
atuando como desentoxicante, principal-
EFEITOS ADVERSOS
mente numa alimentação rica em carne.
Por conter cafeína, que é um estimulan-
É considerada ainda um ótimo remédio
te, pode produzir efeitos colaterais como
para pele reguladora das funções da
insônia e irritabilidade, em quem tem
respiração, além de exercer importante
pré-disposição. Neste caso, a orientação
papel na regeneração celular.
é o consumo do chá-mate (máximo 3 xí-
Devido ao seu efeito antioxidante, pro-
caras por dia) ou chimarrão depois das
tege da aterosclerose (doença causada
refeições e até às 17 horas;
pelo acúmulo de gordura nas artérias).
4XDOTXHUWLSRGHFKiDXPHQWDDH[FUHomR
Existe perspectiva de que a erva dimi-
de cálcio. Por isso, é preciso ter moderação
nua a incidência de outros problemas
no consumo, principalmente em crianças
cardiovasculares, através da redução da
e idosos e garantir boa reserva de cálcio
concentração de colesterol, que é trans-
no organismo, com o consumo também de
portado no sangue na partícula de LDL.
bebidas como o leite, queijos e iogurtes;
Problemas associados ao consumo de
CARACTERÍSTICAS DE COMPOSIÇÃO
bebidas muito quentes como lesões no
E QUALIDADE PARA ERVA-MATE,
tecido interno da boca e da garganta e a
CHIMARRÃO E TERERÊ
perda parcial do paladar;
A Erva-Mate é constituída pelas folhas e
Assim como muitos alimentos, erva-
outras partes do ramo, adequadamen-
mate é completa em nutrientes, mas não
te dessecados, ligeiramente tostados ou
substitui a alimentação diária, servindo
não, partidos ou moídos. A erva-mate não
apenas como complemento.
SRGH VHU DUWL½FLDOPHQWH FRORULGD HVJR-
7Elementos
INDISPENSÁVEIS
Para ter uma alimentação saudável
e balanceada é essencial a variação no
consumo de alimentos.

50 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


N
Cada um tem a sua função e importância na
dieta. Mas você sabia que alguns deles exer-
cem funções mais que especiais e não podem
faltar na sua mesa? Isso mesmo! Nessa ma-
téria você vai conhecer 7 alimentos indispen-
sáveis, que devem estar presentes no seu cardápio, sem-
pre que possível.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 51


PEIXES
Principalmente os de água fria como salmão, sardinha, atum, tainha e bacalhau, são ricos
em ácidos graxos ômega 3, pois esse tipo de gordura traz enormes benefícios à saúde.
Além do ômega, 3 os peixes têm grande quantidade de cálcio, fósforo, ferro e iodo.
Benefícios: diminui o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, ajuda a controlar
a pressão arterial e auxilia na regeneração das células nervosas diminuindo o risco de
desenvolver o Mal de Alzheimer.
Consumo: Não há necessidade de consumir peixe diariamente, em uma frequência de
1 a 2 vezes por semana já está ótimo, de preferência assados, grelhados ou cozidos.

BRÓCOLIS
Entre as hortaliças, o brócolis é o que tem maior concentração de ferro, em média
15mg por 100g do vegetal. Além do ferro, o brócolis também é fonte de vitamina C
e A, ácido fólico, cálcio, selênio e potássio. Mas a grande vantagem do brócolis está

HPSRVVXLUOXWHtQDHELR¾DYRQRLGHVSRGH-
rosos antioxidantes.
Benefícios: funciona como uma espécie
de diurético desintoxicante combatendo
DVLQ¾DPDo}HVQRLQWHVWLQRHDDQHPLD
previne contra o câncer do intestino, da
mama e do pulmão. Ajuda também a
prevenir doenças cardíacas e distúrbios
digestivos, além de auxiliar na elimina-
ção de bactérias que podem provocar
câncer e úlceras no estômago.
Consumo: vegetais de folhas verde-
-escuras como o brócolis devem ser
consumidos, pelo menos, três vezes por
semana.
52 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS
ALHO
Fonte de cálcio, ferro, fósforo, magnésio,
potássio, selênio e vitamina C. A alicina,
substância química que dá o odor e sabor
característicos do alho, é a grande respon-
sável pela maioria de suas propriedades
funcionais.
Benefícios: diminui os níveis de coles-
terol, ação antioxidante, prevenção de
doenças cardiovasculares e ateroscle-
rose e diminuição do risco de desenvol-
ver câncer de cólon.
Consumo: ainda não foi determinada
uma quantidade a ser consumida para
se obter os benefícios do alho, mas al-
guns médicos da Alemanha sugerem 4g
por dia, o que equivale a 2 dentes de alho.
100g de alho tem, em média, 134 kcal.

AVEIA
Além de auxiliar no funciona-
mento do intestino, devido à
JUDQGH TXDQWLGDGH GH ½EUDV
esse cereal contém betaglucana,
½EUDVRO~YHOTXHDX[LOLDQDGLPL-
nuição do colesterol sanguíneo
total, no controle da glicemia e
pressão arterial, e ainda retarda
o esvaziamento gástrico, aumen-
tando a sensação de saciedade.
Benefícios: Devido à sua ação no funcionamento do intestino e na diminuição dos ní-
veis de colesterol e pressão arterial, o consumo regular de aveia pode estar associado
à prevenção de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer como do intesti-
no e do tubo digestivo.
Consumo: pode ser consumida de forma alterada, diariamente, de 1 a 2 colheres de sopa
DGLFLRQDGDVDRVXFRRXOHLWHFROKHUGHVRSDGHDYHLD J WHPJGH½EUDHNFDO

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 53


TOMATE
O tomate e seus derivados são as principais fontes de licopeno, carotenoide que atua no
combate aos radicais livres. O tomate também é rico em potássio, vitamina C, sódio, cál-
cio, fósforo, ferro e magnésio.
Benefícios: alguns estudos sugerem que dietas ricas em licopeno diminuem o risco
de ocorrência de câncer de próstata, estômago, pulmão, esôfago, traz benefícios para
câncer de mama, cervical, pâncreas, reto e cólon.
Consumo: 1 1/2 colher (sopa) de molho de tomate por dia. 100g de tomate tem em
media 24 kcal.

MAÇÃ
Fonte de fósforo, potássio, ferro, vitami-
nas, complexo B e vitamina C.
Benefícios: $ SULQFLSDO ½EUD SUHVHQWH
nessa fruta é a pectina, que auxilia na
redução dos riscos de problemas car-
diovasculares e ainda diminui os níveis
de colesterol sanguíneo.
Consumo: estudo recente, publicado no
Journal of Medicine Food, o consumo de
2 maçãs por dia, num período de 12 se-
manas, provocou a diminuição, em mé-
dia, de 20% dos níveis de LDL colesterol
(o colesterol ruim). É na casca da maçã
que encontramos a maior parte das
substâncias ativas. 1 maçã (130g) tem,
em média, 78kcal.

54 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


AZEITE DE OLIVA
Principal representante dos ácidos graxos
monoinsaturados, com 83% de ácido gra-
xo oleico.
Benefícios: muitos estudos compro-
varam que o consumo moderado de
azeite de oliva, devido aos compostos
fenólicos1, combate a ação dos radi-
cais livres, ajuda a manter os níveis de
colesterol total dentro dos limites nor-
mais e aumenta os níveis de HDL (co-
lesterol bom).
Consumo: 15 mililitros ou uma colher
de sopa raza, por dia. O azeite extra-
-virgem, contém mais compostos fenó-
OLFRVTXHRVD]HLWHVUH½QDGRVFROKHU
de sopa de azeite (8g) tem aproximada-
mente 72kcal.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 55


51Plantas fitoterápicas
REGULAMENTADAS
A utilização de plantas e ervas na
alimentação ou no alívio de males vem desde o
surgimento das civilizações. Registros
apontam que na antiguidade havia uma procura
por ervas mais apropriadas à alimentação
ou para o auxílio de doenças. Por exemplo,
os egípcios utilizavam as plantas na medicina,
na cosmética, na culinária, etc.

56 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


D
e fato isso só é possível porque a natureza nos
presenteou com sua diversidade de flora, na
qual possuem grandes valores medicinais e
que sempre foram aproveitados por nossos
ancestrais e assim, até os tempos atuais. É
importante ressaltar que todas as indicações terapêuticas
de ervas ou plantas medicinais são preventivas e agem de
forma paliativa, ou como terapia de ajuda.

Este tipo de medicina popular foi, ao passar dos anos, cha-


mando a atenção de indústrias farmacêuticas que passaram
a estudar em laboratórios as propriedades de cada planta e
SHUFHEHQGRTXHRPHUFDGR½WRWHUiSLFRWHPFUHVFLGRFRQVLGH-
ravelmente no Brasil, órgãos regulamentadores como a Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, tem contribuído
para que problemas como: fraude, contaminações, ausência
de informações, sejam extintos, garantindo ao consumidor se-
JXUDQoDH½FiFLDHTXDOLGDGHQRDFHVVRDHVVHVSURGXWRV

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 57


Desta forma, considerando a necessidade como medicamentos fitoterápicos As ale-
de contribuir para a construção do marco gações terapêuticas consideram apenas
regulatório para produção, distribuição as formas de preparo e usos específicos
e uso das plantas medicinais a Anvisa e o aqui tratados, ficando excluídas desta re-
Ministério da Saúde, divulga lista com mais solução ações farmacológicas e indicações
51 drogas vegetais (plantas de uso fitoterá- terapêuticas que, embora relevantes pelo
pico) que poderão ser utilizadas no comba- uso tradicional, ou subsidiadas por estudos
te e prevenção de diversas doenças. Lista científicos, requeiram formas de prepara-
das 51 plantas que poderão ser utilizadas ção ou uso não previstas nesta Resolução.

DEFINIÇÕES E PADRONIZAÇÃO
DECOCÇÃO: preparação em que as VtPERORV½JXUDVGHVHQKRVLPDJHQV
substâncias são extraídas por fervura slogans e quaisquer argumentos de
em água potável por um determinado cunho publicitário.
período de tempo. Método indicado para
partes de drogas vegetais com consis- INALAÇÃO: administração de produto
tência rígida, tais como cascas, raízes, pela inspiração de vapores pelo trato
rizomas, caules e sementes. respiratório.

DOENÇA DE BAIXA GRAVIDADE: doen- INFUSÃO: preparação que consiste em


ça autolimitante, de evolução benigna, verter água fervente sobre a planta e,
que pode ser tratada sem acompanha- em seguida, tampar ou abafar por um
mento médico. período de tempo determinado. Método
indicado para materiais vegetais de con-
DROGA VEGETAL: planta medicinal ou sistência menos rígida tais como folhas,
suas partes, que contenham as subs- ¾RUHVLQ¾RUHVFrQFLDVHIUXWRV
tâncias, ou classes de substâncias, res-
ponsáveis pela ação terapêutica, após MACERAÇÃO: preparação que resulta
processos de coleta, estabilização, se- na retirada parcial ou total das substân-
cagem, podendo ser íntegra, rasurada, cias presentes nas drogas vegetais, por
triturada ou pulverizada. meio do esgotamento da planta medici-
nal com água, à temperatura ambiente,
FOLHETO INFORMATIVO: documen- por um período de tempo determinado.
WR TXH DFRPSDQKD R SURGXWR FXMD ½ Esse método é indicado para drogas ve-
nalidade é orientar o usuário acerca getais que possuam substâncias que se
da correta utilização da droga vege- degradam com o aquecimento.
tal, nos termos deste regulamento,
e não pode apresentar designações, NOTIFICAÇÃO: prévia comunicação à

58 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


autoridade sanitária federal (Anvisa) USO EPISÓDICO: utilização de produto
referente à fabricação, importação e co- para o alívio sintomático de doenças de
mercialização das drogas vegetais rela- baixa gravidade, por períodos curtos, de
cionadas no Anexo I. forma não contínua, apenas quando e
enquanto necessário.
PLANTA MEDICINAL: espécie vegetal,
cultivada ou não, utilizada com propósi- USO TÓPICO: aplicação do produto dire-
tos terapêuticos. tamente na pele ou mucosa.

REAÇÃO INDESEJADA: qualquer efeito USO TRADICIONAL: uso alicerçado na


prejudicial ou indesejável, não inten- tradição popular, sem evidências co-
cional, que aparece após o uso de uma nhecidas ou informadas de risco à saú-
determinada droga vegetal em quanti- de do usuário, cujas propriedades são
dades normalmente utilizadas no ho- validadas através de levantamentos
mem, para o alívio sintomático de uma etno farmacológicos e de utilização e
doença. GRFXPHQWDo}HVFLHQWt½FDV

PARA FINS DE PADRONIZAÇÃO, SÃO ADOTADAS AS


SEGUINTES MEDIDAS DE REFERÊNCIA:
I - COLHER DE SOPA: 15 ML / 3 G;
II - COLHER DE SOBREMESA: 10 ML / 2 G;
III - COLHER DE CHÁ: 5 ML / 1 G;
IV - COLHER DE CAFÉ: 2 ML / 0,5 G;
V - XÍCARA DE CHÁ OU COPO: 150 ML;
VI - XÍCARA DE CAFÉ: 50 ML; E
VII – CÁLICE: 30 ML

LEGENDA UTILIZADA NA TABELA DO ANEXO I:


A sigla disposta na tabela deve ser substituída pela palavra correspondente na
embalagem e folheto informativo do produto.
A Adulto
I Infantil
L Litro
mg miligrama Informação não
g grama encontrada na literatura
mL mililitro citada. Nesses casos,
col colher deve-se omitir o item da
xic xícara tabela na embalagem ou
x vezes folheto informativo.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 59


1 - MIL FOLHAS
Nomenclatura botânica - Achillea millefolium
Nomenclatura popular - Mil folhas
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 1-2 g (1 2 col chá)
em 150 mL (xíc chá)
Posologia e modo de usar
(adulto) - Utilizar 1 xic chá 3 a 4 x ao dia
Via - Oral
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - Não
deve ser utilizado por indivíduos portadores de
úlcera gástrica ou duodenal ou com oclusão das
FALTA DE APETITE, PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS,
vias biliares
FEBRE, INFLAMAÇÃO, CÓLICAS

2 - MACELA
Nomenclatura botânica - Achyrocline satureioides
Nomenclatura popular - Macela; Marcela;
Marcela do campo
Parte utilizada¾RUHV
Forma de utilização - Infusão: 1,5g (1/2 col de
sopa) em 150 mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1
xic chá 4 x ao dia
Via - Oral
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Referências - ALONSO, 1998 GUPTA et al, 1995 MÁ DIGESTÃO E CÓLICAS INTESTINAIS;
IPATINGA, 2000 SIMÕES et al. 1998 COMO SEDATIVO LEVE

3 - MENTRASTO
Nomenclatura botânica - Ageratum conyzoides
Nomenclatura popular – Mentrasto, Catinga de bode
Parte utilizada – Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 2-3 g (2 3 col chá)
em 150 mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1
xícara chá de 2 a 3 x ao dia
Via – Oral
Uso – A
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem – Usar ARTROSE, ARTRITE, REUMATISMO E CÓLICAS
por, no máximo, três semanas consecutivas, sus- MENSTRUAIS, COMO ANALGÉSICO,
pendendo o uso por, pelo menos, uma semana ANTI-INFLAMATÓRIO E FEBRÍFUGO

60 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
4 - ALHO
Nomenclatura botânica - Allium sativum
Nomenclatura popular - Alho
Parte utilizada - Bulbo
Forma de utilização - Infusão a frio: 0,5 g (1 col
café) em 30 mL (cálice) , a frio
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1
cálice 2 x ao dia RETENÇÃO DE LÍQUIDOS COMO DIURÉTICO.
Via - Oral - Uso - A/I ESTIMULANTE, EXPECTORANTE, ANTISSÉPTICO,
Contra-indicações e restrições de uso - Não AUXILIAR NA REDUÇÃO DO COLESTEROL
deve ser utilizado por menores de três anos
Precauções e efeitos adversos - Doses altas se estiver tomando anticoagulantes orais; desconti-
podem causar desconforto gastrointestinal nuar o uso 10 dias antes de qualquer cirurgia
Informações adicionais em embalagem - Não usar Referências - WICHTL, 2003 MILLS & BONE, 2004
GRUENWALD, et al, 2000

5 - BARDANA
Nomenclatura botânica - Arctium lappa
Nomenclatura popular - Bardana
Parte utilizada - Raízes
Forma de utilização - Infusão a frio: 2,5 g (2,5
col chá) em 150 ml (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1
xic chá 2 a 3 x ao dia / Aplicar compressas na
pele lesada 3x ao dia
Via – Oral / Tópico
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - nada consta DISTÚRBIOS DIGESTIVOS, DIURÉTICO,
Referências - GARCIA et al, 1999 GRUENWALD, ANTI-INFLAMATÓRIO NA ARTRITE / COMO ANTIS-
et al, 2000 WICHTL, 2003 SÉPTICO E ANTIINFLAMATÓRIO EM DERMATITES

6 - ARNICA
Nomenclatura botânica - Arnica Montana
Nomenclatura popular - Arnica
Parte utilizada - Flores
Forma de utilização - Infusão: 2 a 4 g (1 a 2 co-
lher de sobremesa) em 150 mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar
compressa na área a ser tratada de 2 a 3x ao dia TRAUMAS, CONTUSÕES, TORÇÕES, EDEMAS
Via - Tópico E HEMATOMAS
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - Não uti- mendada. Não usar em feridas abertas.
lizar por via oral. Não aplicar em feridas abertas. Informações adicionais em embalagem - Pode
Precauções e efeitos adversos - O uso por mais em casos isolados, provocar reações tóxicas na
dias do que o recomendado pode causar eczema. pele como vesiculação e necrose.
Evitar o uso em concentrações superiores à reco- Referências – PROPLAM 2004 SIMÕES et al. 1998
WICHTL, 2003 MILLS & BONE, 2004

ERVAS E PLANTAS
ERVASBENEFÍCIOS
E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 61
7 - CARQUEJA
Nomenclatura botânica – Baccharis trimera
Nomenclatura popular – Carqueja; Carqueja amarga
Parte utilizada – Partes Aéreas
Forma de utilização – Infusão: 2,5 g (2,5 col chá)
em 150 mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1
xícara chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - Pode causar hi-
potensão. Evitar o uso concomitante com medica-
mentos para hipertensão e diabetes.
Informações adicionais em embalagem - nada consta FALTA DE APETITE, PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS,
Referências – GUPTA et al, 1995 PROPLAM, 2004 FEBRE, INFLAMAÇÃO, CÓLICAS
SIMÕES et al. 1998

8 - PICÃO
Nomenclatura botânica - Bidens pilosa
Nomenclatura popular - Picão
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 2 g (1 col sobre-
mesa) em 150 mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá 4x ao dia
Via - Oral
Uso - I
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos- nada consta
Informações adicionais em embalagem - nada consta
Referências - GUPTA et al, 1995 IPATINGA, 2000
SIMÕES et al. 1998
ICTERÍCIA

9 - CALÊNDULA
Nomenclatura botânica &DOHQGXODRI½FLQDOLV
Nomenclatura popular - Calêndula
Parte utilizada - Flores
Forma de utilização - Infusão: 1-4 g (1 a 4 col
chá) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar
compressa na região afetada 3x ao dia
Via - Tópico
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - nada consta
Referências - WICHTL, 2003 MILLS & BONE, 2004
INFLAMAÇÕES E FERIDAS, CONTUSÕES
E QUEIMADURAS

62 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
10 - JUCÁ
Nomenclatura botânica - Caesalpini a férrea
Nomenclatura popular - Jucá
Parte utilizada - Favas
Forma de utilização - Decocção 7,5 g (2,5 col
sopa) em 150 mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar
compressa na região afetada de 2 a 3x ao dia
Via - Tópico
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não
deve ser utilizado por indivíduos portadores de
distúrbios cardíacos, renais e hepáticos
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - nada consta FERIDAS. ADSTRINGENTE, HEMOSTÁTICO,
Referências - DINIZ et al., 2006 IEPA, 2005 MA- CICATRIZANTE E ANTISÉPTICO
TOS, 1997b MELO-DINIZ et al., 1998

11 - CANELA
Nomenclatura botânica - Cinnamom um zeylanicum
Nomenclatura popular - Canela, Canela do Ceilão
e Canela da China
Parte utilizada - Casca Forma de utilização - De-
cocção: 0,5-2g (1 a 4 col café) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 6x ao dia
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - Podem ocorrer
reações alérgicas de pele e mucosas
Informações adicionais em embalagem - nada consta FALTA DE APETITE, PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS
Referências - WICHTL, 2003 GRUENWALD, et al, COM CÓLICAS LEVES, GASES, SENSAÇÃO
2000 GARCIA et al, 1999 DE PLENITUDE GÁSTRICA

12 - LARANJA AMARGA
Nomenclatura botânica - Citrus aurantium
Nomenclatura popular - Laranja amarga
Parte utilizada - Flores
Forma de utilização - 1-2g (1-2 col chá) em 150
mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Infusão:
Utilizar 1 a 2 xic chá, antes de dormir
Via - Oral
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - Não
deve ser utilizado por indivíduos portadores de
distúrbios cardíacos
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - Res-
peitar rigorosamente as doses recomendadas TENSÃO, COMO CALMANTE SUAVE
Referências - WICHTL, 2003 GARCIA et al, 1999

ERVAS E PLANTAS
ERVASBENEFÍCIOS
E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 63
13 - CURCUMA
Nomenclatura botânica - Curcuma longa
Nomenclatura popular - Curcuma, Zedoária,
Açafroa, Açafrão da Terra
Parte utilizada - Rizomas
Forma de utilização - Decocção: 1,5g (3 col café)
em 150 mL (1 xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto)- Utilizar 1 xic
chá 1 a 2x ao dia
Via - Oral
DISTÚRBIOS DIGESTIVOS
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - Não deve
ser utilizado por indivíduos portadores de obstrução dos Precauções e efeitos adversos - nada consta
dutos biliares, caso de úlcera gastroduodenal. Em caso Informações adicionais em embalagem - Não
de cálculos biliares, usar somente sob avaliação médica usar com anticoagulantes
Referências - WICHTL, 2003 GARCIA et al, 1999
ALONSO, 1998 OMS, 1999

14 - CAPIM SANTO
Nomenclatura botânica - Cymbopog on citratus
Nomenclatura popular - Capim santo, Capim
limão, Capim cidró, Capim cidreira, Cidreira
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 1-3g (1 a 3 col chá)
em 150mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral CÓLICAS INTESTINAIS E COMO SEDATIVO LEVE
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada
Informações adicionais em embalagem - nada consta
consta
Referências - DeveBIESKI & MARI GEMMA, 2005 DINIZ et al., 2006
Precauções e efeitos adversos – Deve-se evitar o uso
GILBERT et al, 2005 GUPTA et al, 1995 IEPA, 2005 MATOS et al, 2001
concomitante com medicamentos sedativos (calmantes)
MATOS, 1997a MATOS, 1997b MATOS, 1998 MATOS, 2000 MELO-DINIZ
et al., 1998 PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998 VIANA et al, 1998

15 - ALCACHOFRA
Nomenclatura botânica - Cynara scolymus
Nomenclatura popular - Alcachofra
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 1g (1 col chá) em
150mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral
Uso - A DISTÚRBIOS DA DIGESTÃO
Contra-indicações e restrições de uso - Não deve
ser utilizado por indivíduos portadores de cálculos bi- Informações adicionais em embalagem - Usar cui-
liares e em casos de obstrução das vias biliares. dadosa mente em pessoas com doença hepatocelular
Precauções e efeitos adversos - O uso pode provo- aguda ou severa, colecistite séptica, espasmos do in-
FDU¾DWXOrQFLDIUDTXH]DHVHQVDomRGHIRPH testino e câncer hepático
Referências - GARCIA et al, 1999 MATOS, 2000 PRO-
PLAM, 2004 WICHTL, 2003 MILLS & BONE, 2004.

64 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
16 - CHAPÉU DE COURO
Nomenclatura botânica - Echinodorus macrophyllus
Nomenclatura popular - Chapéu de couro
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 1g (1 col chá) em
150mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá 3 x ao dia
Via - Oral
Uso - A EDEMAS (INCHAÇOS) POR RETENÇÃO
Contra-indicações e restrições de uso - Não DE LÍQUIDOS E PROCESSOS
deve ser utilizado por indivíduos portadores de INFLAMATÓRIOS
LQVX½FLrQFLDUHQDOHFDUGtDFD
Precauções e efeitos adversos - Doses acima da com medicamentos antihipertensivos.
recomendada podem causa diarreia. Pode interagir Informações adicionais em embalagem - nada consta
Referências - AMARAL et al., 2005 PROPLAM,
2004 GILBERT et al, 2005

17 - CAVALINHA
Nomenclatura botânica - Equisetum arvense
Nomenclatura popular - Cavalinha
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 3g (1 col sopa) em
150mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá 4 x ao dia EDEMAS (INCHAÇOS) POR
Via - Oral RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não
vocar dor de cabeça e anorexia. Altas doses podem
deve ser utilizado por indivíduos portadores de
provocar irritação gástrica, reduzir os níveis de vit.
LQVX½FLrQFLDUHQDOHFDUGtDFD
B1 e provocar irritação no sistema urinário.
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Referências - ALONSO, 1998MARINGÁ, 2001
Informações adicionais em embalagem - O uso
IPATINGA, 2000 MILLS & BONE, 2004
por período superior ao recomendando pode pro-

18 - MULUNGU
Nomenclatura botânica - Erythrina mulungu
Nomenclatura popular - Mulungu
Parte utilizada - Casca
Forma de utilização - Decocção: 4 a 6 g (2 a 3 col
de sobremesa) em 150 ml (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3x ao dia
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - Não
usar por mais de 3 dias de cada vez
Referências - LIMA et al, 2006 MATOS, 1997a
MATOS, 1997b IPATINGA, 2000 TENSÃO, COMO CALMANTE SUAVE

ERVAS E PLANTAS
ERVASBENEFÍCIOS
E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 65
19 - EUCALIPTO
Nomenclatura botânica - Eucaliptus globulus
Nomenclatura popular - Eucalipto
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 2g (col sobremesa)
em 150mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Fazer inalação
de 2 a 3 x ao dia
GRIPES E RESFRIADOS
Via - Tópico
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta Informações adicionais em embalagem - Em
Precauções e efeitos adversos - Não deve ser uti- casos raros, pode provocar náusea, vômito e diarreia
OL]DGRSRULQGLYtGXRVSRUWDGRUHVGHLQ¾DPDomRJDVWUR Evitar o uso associado com sedativos, anestésicos e
intestinal e biliar; doença hepática grave; gravidez, analgésicos, pois pode potencializar suas ações; pode
lactação e em menores de 12 anos interferir com tratamentos hipoglicemiantes
Referências - ALONSO, 1998 MATOS, 1997b MA-
TOS, 2000 PROPLAM, 2004 WICHTL, 2003

20 - HAMAMELIS
Nomenclatura botânica - Hamamelis virginiana
Nomenclatura popular - Hamamelis
Parte utilizada - Folhas (infusão), casca (decocção)
Forma de utilização - Oral: 2 3g (2-3 col chá) em
150 mL (xíc chá); Tópico: 3-6g (1-2 col sopa) em 150
mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) – Oral: Utilizar
1 xic chá 2 a 3x ao dia Tópico: Aplicar em compressas ORAL: DIARREIA; TÓPICO:
QDUHJLmRDIHWDGDD[DRGLD,Q¾DPDo}HVGDSHOHH INFLAMAÇÕES NA PELE E NA MUCOSA.
mucosas. Hemorroidas irritação gástrica e vômitos HEMORROIDAS
Via – Oral - Tópico
Uso - A/I - A/I tualmente pode ocorrer irritação gástrica e vômitos
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta Informações adicionais em embalagem - Não usar
Precauções e efeitos adversos - Por via oral, even- continuamente por mais de 4 semanas
Referências - WICHTL, 2003 GRUENWALD, et al,
2000 GARCIA et al, 1999

21 - CHAMBÁ
Nomenclatura botânica - Justicia pectoralis
Nomenclatura popular - Chambá, Chacham bá,
Trevo cumaru
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 5g (5 col chá) em
150mL (xíc de chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral TOSSE, COMO EXPECTORANTE
Uso - A/I E BRONCO DILATADOR
Contra-indicações e restrições de uso - nada
consta consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005
Informações adicionais em embalagem - nada DINIZ et al., 2006 GUPTA et al, 1995 MATOS et
al, 2001 MATOS, 1997a MATOS, 1998 MATOS, 2000
VIANA et al, 1998

66 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
22 - FALSA ERVA-CIDREIRA
Nomenclatura botânica - Lippia alba Ervacidreira
Nomenclatura popular - Falsa erva-cidreira
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 1 a 3 g (1 a 3 col
chá) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 3 a 4 x ao dia
Via - Oral QUADROS LEVES DE AGITAÇÃO, ANSIEDADE, INSÔ-
Uso - A/I NIA, CÓLICAS ABDOMINAIS, DISTÚRBIOS ESTOMA-
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta CAIS, GASES, COMO DIGESTIVO, E EXPECTORANTE
Precauções e efeitos adversos - Uso cuidadoso Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005 DINIZ et al.,
em indivíduos com pressão baixa. 2006 GILBERT et al, 2005 GUPTA et al, 1995 IEPA, 2005 IPA-
Informações adicionais em embalagem - Doses TINGA, 2000 MATOS et al, 2001 MATOS, 1997b MATOS, 1998
acima da recomenda podem causar irritação MATOS 2000 MELO-DINIZ et al., 1998 PROPLAM, 2004
gástrica, bradicardia (diminuição da frequência
cardíaca) e hipotensão (queda da pressão)

23 - ALECRIM PIMENTA
Nomenclatura botânica - Lippia sidoides
Nomenclatura popular - Alecrim pimenta
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 2-3g (2-3 col chá)
em 150 mL (xíc. chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar de 2
a 3 x ao dia Via - Tópico: Gargarejos,
bochechos e lavagens Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - nada
consta INFLAMAÇÕES DA BOCA E
Precauções e efeitos adversos - nada consta GARGANTA, COMO ANTISSÉPTICO
Informações adicionais em embalagem - Não
deve ser usado em inalações devido à ação irritante Referências - GILBERT et al, 2005 MATOS; 1997a
dos vapores. Não engolir o produto após o bochecho MATOS, 1998; MATOS, 2000 VIANA et al, 1998
e gargarejo.

24 - MALVA
Nomenclatura botânica - Malva sylvestris
Nomenclatura popular - Malva
Parte utilizada )ROKDVH¾RUHV
Forma de utilização - Oral: Infusão: 2g (1 col
sobremesa) em 150 mL (xic chá) Tópico: Infusão: 6g
(2 colher sopa) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Oral: Utilizar
1 xic chá 4 x ao dia Tópico: Aplicar de 3 a 4 x ao dia
Via – Oral / Tópico ORAL: BRONQUITE, COMO EXPECTORANTE TÓPICO:
Uso - A CONTUSÕES, PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DA
Contra-indicações e restrições de uso - nada BOCA E GARGANTA
consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta consta
Informações adicionais em embalagem - nada Referências - ALONSO, 1998 GARCIA et al, 1999
PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998

ERVASBENEFÍCIOS
ERVAS E PLANTAS E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 67
25 - CAMOMILA
Nomenclatura botânica - Matricaria chamomilla
Nomenclatura popular - Camomila Parte utilizada
- Flores
Forma de utilização - Oral: Infusão: 3g (1 col sopa)
em 150 mL (xic chá) Tópico: Infusão: 6-9g (2-3 col
sopa) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Oral: Utilizar
1 xic chá de 3 a 4 x ao dia Tópico: Aplicar de 3 a 4 x ao
dia, em forma de bochechos, gargarejos e compressas ORAL: CÓLICAS INTESTINAIS TÓPICO: CONTUSÕES,
Via – Oral / Tópico COMO ANTI-INFLAMATÓRIO
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta Informações adicionais em embalagem - Tópico:
Precauções e efeitos adversos - Oral: Podem Não aplicar a infusão na região próxima aos olhos.
ocorrer reações alérgicas ocasionais Não engolir o produto após o bochecho e gargarejo
Referências - MATOS, 1998 PROPLAM, 2004 WI-
CHTL, 2003 MILLS & BONE, 2004

26 - ESPINHEIRA SANTA
Nomenclatura botânica - Maytenus ilicifolia
Nomenclatura popular - Espinheira santa
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 1-2 g (1 2 col chá)
em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 3 a 4 x ao dia
Via - Oral
Uso - A DISTÚRBIOS DA DIGESTÃO, DISPEPSIA,
Contra-indicações e restrições de uso - Não AZIA E GASTRITE
deve ser utilizado por crianças menores de 6 anos
Precauções e efeitos adversos - O uso pode pro-
utilizar em lactantes, pois promove a redução do leite
vocar secura e gosto estranho na boca, náuseas.
Referências - AMARAL et al., 2005 GUPTA et al,
Informações adicionais em embalagem – Não
1995 IPATINGA, 2000 LIMA et al, 2006 MARINGÁ,
2001 PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998

27 - MELISSA
Nomenclatura botânica 0HOLVVDRI½FLQDOLV
Nomenclatura popular - Melissa, Erva cidreira
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 2 a 4g (1 2 col
sobremesa) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não CÓLICAS ABDOMINAIS E
deve ser utilizado por indivíduos portadores de COMO SEDATIVO LEVE
hipotiroidismo.
Precauções e efeitos adversos - Uso cuidados o Informações adicionais em embalagem - nada consta
em indivíduos portadores de pressão baixa Referências - GARCIA et al, 1999 MATOS, 2000
PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998 WICHTL, 2003
MILLS & BONE, 2004

68 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
28 - HORTELÃ PIMENTA
Nomenclatura botânica - Mentha piperita
Nomenclatura popular - Hortelã pimenta
Parte utilizada - Folha
Forma de utilização - Infusão: 1,5 g (3 col café)
em 150mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 4 x ao dia
Via - Oral
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada CÓLICAS, GASES, PROBLEMAS
consta HEPÁTICOS
Precauções e efeitos adversos - Na presença de
cálculos biliares, consultar médico antes de usar consta
Informações adicionais em embalagem - nada Referências - WICHTL, 2003 MATOS, 2000 MILLS
& BONE, 2004 GRUENWALD, et al, 2000

29 - POEJO
Nomenclatura botânica - Mentha pulegium
Nomenclatura popular - Poejo
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 1g (1 col sobreme-
sa) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia durante ou após refeições BRONQUITE COMO EXPECTORANTE. ESTIMULANTE DO
Via - Oral APETITE, PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS, ESPASMOS GAS-
Uso - A TRO INTESTINAIS, CÁLCULOS BILIARES, COLECISTITE.
Contra indicações e restrições de uso - Contra
indicada na gravidez, lactação e em crianças meno- em doses e tempo de uso acima dos recomendados
res de 6 anos. Contra-indicado o uso prolongado e pode ser hepatotóxica e abortiva
a inalação. Informações adicionais em embalagem - nada
Precauções e efeitos adversos - Administração consta
Referências - GARCIA et al, 1999 GRUENWALD,
et al, 2000 IPATINGA, 2000 MATOS, 1998

30 - GUACO
Nomenclatura botânica - Mikania glomerata
Nomenclatura popular - Guaco
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 0,5g (1 col café) pó
planta seca em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá 3 x ao dia
Via - Oral GRIPES E RESFRIADOS, BRONQUITES
Uso - A/I ALÉRGICA E INFECCIOSA, COMO
Contra-indicações e restrições de uso - nada EXPECTORANTE
consta
Precauções e efeitos adversos - Doses acima da LQWHUDJLUFRPDQWLLQ¾DPDWyULRVQmRHVWHURLGDLV
recomendada podem provocar vômitos e diarreia; Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005 GIL-
pode interferir na coagulação sanguínea BERT et al, 2005 GUPTA et al, 1995; IPATINGA, 2000
Informações adicionais em embalagem - Pode MARINGÁ, 2001 MATOS et al, 2001 MATOS, 1997a
MATOS, 1998 PROPLAM, 2004 VIANA et al, 1998

ERVASBENEFÍCIOS
ERVAS E PLANTAS E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 69
31 - MELÃO DE SÃO CAETANO
Nomenclatura botânica - Momordica charantia
Nomenclatura popular - Melão de São Caetano
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 5g em 1L
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar nos
locais afetados 2x dia ou banhar-se uma vez ao dia
Via - Tópico
Uso - A
DERMATITES,
Contra-indicações e restrições de uso
SARNA E COCEIRA
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem – Pode
interagir com hipoglicemiantes. Não utilizar por de cabeça
via oral, pois pode causar coma hipoglicêmico e Referências - ALONSO, 1998 GUPTA et al, 1995
convulsões em crianças; problemas hepáticos e dor IEPA, 2005 MATOS, 1997b MELO-DINIZ et al., 1998

32 - MARACUJÁ AZEDO
Nomenclatura botânica3DVVL¾RUDHGXOLV
Nomenclatura popular - Maracujá azedo
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 3g (1 col sopa) em
150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 1 a 2 x ao dia
Via - Oral
ANSIEDADE, INSÔNIA LEVE
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - Seu uso pode sedativos e depressores do sistema nervoso
causar sonolência Referências - DINIZ et al., 2006 GUPTA et al,
I nformações adicionais em embalagem - Não 1995 MATOS et al, 2001 MATOS, 1997a MATOS,
deve ser usado com medicamentos 1997b MATOS, 1998 MATOS, 2000 MELO-DINIZ et
al., 1998SIMÕES et al. 1998 VIANA et al, 1998

33 - MARACUJÁ
Nomenclatura botânica3DVVL¾RUDLQFDUQDWD
Nomenclatura popular - Maracujá
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Infusão: 3 g (1 col sopa) em
150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 3 a 4 x ao dia
Via - Oral
Uso - A
ANSIEDADE, INSÔNIA LEVE
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta
Precauções e efeitos adversos - Seu uso pode
causar sonolência
Informações adicionais em embalagem - Não depressores do sistema nervoso
deve ser usado com medicamentos sedativos e Referências - MATOS, 1997b OMS, 2007 PRO-
PLAM, 2004 MILLS & BONE, 2004

70 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
34 - GUARANÁ
Nomenclatura botânica - Paullinia cupana
Nomenclatura popular - Guaraná Parte utilizada
- Sementes (pó)
Forma de utilização - 0,5-2 g do pó (1 a 4 col café)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar puro
ou diluído em água
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não
deve ser utilizado por indivíduos portadores de ESTIMULANTE
ansiedade, hipertiroidismo, hipertensão, arritmias,
taquicardia paroxística, gastrite e cólon irritável
Precauções e efeitos adversos - nada consta sociar com outras drogas com bases xânticas (café,
Informações adicionais em embalagem – Não as- noz de cola, mate), nem com anti-hipertensivos.
Referências - GARCIA et al, 1999 GRUENWALD,
et al, 2000 MILLS & BONE, 2004

35 - BOLDO DO CHILE
Nomenclatura botânica - Peumus boldus
Nomenclatura popular - Boldo do Chile
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão 3g (1 col sopa) em
150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic DISTÚRBIOS DA DIGESTÃO (COLAGOGO
chá 2 x ao dia E COLERÉTICO)
Via - Oral
Uso - A óleo e câncer hepático
Contra-indicações e restrições de uso - Não Informações adicionais em embalagem - Não
deve ser utilizado por indivíduos portadores de exceder a dosagem recomendada
obstrução das vias biliares Referências - GUPTA et al, 1995 MATOS, 1998
Precauções e efeitos adversos - Usar cuidadosa- MATOS, 2000 PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998
mente em pessoas com doença hepática aguda ou WICHTL, 2003 MILLS & BONE, 2004
severa, colecistite séptica, espasmos do intestino e

36 - QUEBRA-PEDRA
Nomenclatura botânica - Phyllanthus niruri
Nomenclatura popular4XHEUDSHGUD
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 3g (1 col sopa) em
150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral
Uso - A CÁLCULOS RENAIS
Contra-indicações e restrições de uso - nada
consta
Precauções e efeitos adversos - Não utilizar em gestan- utilizar por mais de 3 semanas.
tes, pois pode provocar aborto. Em concentrações acima Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005 DINIZ et
da recomendada pode apresentar um efeito purgativo. al., 2006 GILBERT et al, 2005 GUPTA et al, 1995 IEPA, 2005
Informações adicionais em embalagem – Nunca MATOS et al, 2001 MATOS, 1997b MATOS, 1998 MELO-
-DINIZ et al., 1998 PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998

ERVAS E PLANTAS
ERVASBENEFÍCIOS
E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 71
37 - ANIS
Nomenclatura botânica - Pimpinela anisum
Nomenclatura popular - Anis
Parte utilizada - Frutos
Forma de utilização - Decocção1,5g (3 col café)
em 150 mL água (xic chá).
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá 3x ao dia
Via - Oral
Uso - A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada
consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem – A plan-
ta deve ser amassada imediatamente antes de usar PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS, CÓLICAS
Referências - WICHTL, 2003 GARCIA et al, 1999 GASTROINTESTINAIS, EXPECTORANTE

38 - TANCHAGEM
Nomenclatura botânica - Plantago major
Nomenclatura popular - Tanchagem; Tansagem,
Tranchagem
Parte utilizada - Partes aéreas
Forma de utilização - Decocção: 6-9g (2-3 col
sopa) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) – Aplicar no
local afetado, em bochechos e gargarejos 3x dia.
Via - Tópico
Uso - A INFLAMAÇÕES DA BOCA E FARINGE
Contra-indicações e restrições de uso - nada
consta
engolir o produto após bochecho e gargarejo
Informações adicionais em embalagem - Não
Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005
GARCIA et al, 1999 GILBERT et al, 2005
GUPTA et al, 1995 MATOS, 1997b

39 - BOLDO
Nomenclatura botânica - Plectranthus barbatus
(Coleus barbatus)
Nomenclatura popular - Boldo nacional, Hortelã
homem, falso boldo
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 1-3g (1-3 col chá) em
150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic DISTÚRBIOS DA DIGESTÃO
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral
Uso - A comendada e utilizadas por um período de tempo maior
Contra-indicações e restrições de uso - Não deve ser que o recomendado podem causar irritação gástrica
utilizado em gestantes, lactantes, crianças e indivíduos Informações adicionais em embalagem – Não usar
portadores de hepatite e obstrução das vias biliares FRPPHWURQLGD]RORXGLVVXO½UDP1mRXVDUFRPPH-
Precauções e efeitos adversos - Doses acima da re- dicamentos depressoresdo SNC ou anti -hipertensivos

72 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
40 - GOIABEIRA
Nomenclatura botânica - Psidium guajava
Nomenclatura popular - Goiabeira Parte utiliza-
da - Broto
Forma de utilização - Infusão: 2g (col sobreme-
sa) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar de 3
a 4 xic de chá ao dia
Via – Oral / Tópica
Uso - Oral: A - Tópico: A/I
Contra-indicações e restrições de uso - nada ORAL: DIARREIAS TÓPICO: PELE E MUCOSAS
consta LESADAS,COM O ANTISSÉPTICO
Precauções e efeitos adversos nada consta
Informações adicionais em embalagem – Não Referências - GILBERT et al, 2005 DINIZ et al.,
utilizar continuamente 2006 MATOS et al, 2001 MATOS, 1997a MATOS,
1997b MATOS, 1998 MATOS, 2000 MELO-DINIZ et
al., 1998

41 - ROMÃ
Nomenclatura botânica - Punica granatum
Nomenclatura popular - Romã Parte utilizada -
Pericarpo (casca do fruto)
Forma de utilização - Decocção: 6g (2 col sopa)
em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar no
local afetado, em bochechos e gargarejos 3x dia
Via - Tópico
Uso - A INFLAMAÇÕES E INFECÇÕES DA MUCOSA DA BOCA E
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta FARINGE COMO ANTI-INFLAMATÓRIO
Precauções e efeitos adversos - Se ingerido, E ANTISSÉPTICO
pode provocar zumbido, distúrbios visuais, espas-
mos na panturrilha e tremores engolir o produto após o bochecho e gargarejo
Informações adicionais em embalagem - Não Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005 DINIZ et al.,
2006 MATOS et al, 2001 MATOS, 1997a MATOS, 1997b MA-
TOS, 1998 MATOS, 2000 MELO-DINIZ et al., 1998 PROPLAM,
2004 SIMÕES et al. 1998 VIANA et al, 1998 OMS, 2003

42 - CÁSCARA SAGRADA
Nomenclatura botânica - Rhamnus purshiana
Nomenclatura popular - Cáscara sagrada
Parte utilizada - Casca
Forma de utilização - Decocção: 0,5 g (col café)
em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar de ½
a 1 xic chá, antes de dormir
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
deve ser utilizado por indivíduos portadores de obs- EVENTUAL
WUXomRLQWHVWLQDOLQ¾DPDomRLQWHVWLQDODJXGD GR-
ença de Crohn), colite, apendicite ou dor abdominal Informações adicionais em embalagem – Não
Precauções e efeitos adversos - nada consta fazer uso crônico (mais de 1 semana). O uso contí-
nuo pode promover diarreia e perda de eletrólitos
Referências - WICHTL, 2003 OMS, 2004

ERVASBENEFÍCIOS
ERVAS E PLANTAS E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 73
43 - ALECRIM
Nomenclatura botânica5RVPDULQXVRI½FLQDOLV
Nomenclatura popular - Alecrim Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização - Infusão: 3-6 g (1 2 col sopa)
em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) – Tópico:
Aplicar no local afetado 2 x ao dia Oral: Utilizar de 1
a 2 xíc chá ao dia DOENÇAS CIRCULATÓRIAS, COMO CICATRIZANTE,
Via – Oral / Tópico ANTI-SÉPTICO E ESTIMULANTE
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não deve
cronicamente ou em doses excessivas pode causar
ser utilizado por indivíduos portadores de doença
irritação renal e gastrointestinal
prostática, gastroenterites e dermatoses em geral
Referências - BIESKI & MARI GEMMA, 2005
Precauções e efeitos adversos - nada consta
IPATINGA, 2000 MATOS, 1997b MATOS, 1998
Informações adicionais em embalagem – Usado
MATOS, 2000 MELO-DINIZ et al., 1998 MELO-DINIZ
et al., 2006 PROPLAM, 2004 SIMÕES et al. 1998

44 - SÁLVIA
Nomenclatura botânica 6DOYLDRI½FLQDOLV
Nomenclatura popular - Sálvia
Parte utilizada - Folhas
Forma de utilização – Tópico: Infusão: 3,5g (7 col
café) em 150 mL (xic chá) Oral: Infusão: 1,5-2g (3-4
col café) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) – Tópico: Apli- TÓPICO: INFLAMAÇÕES DA BOCA E GARGANTA,
car no local afetado, em bochechos e gargarejos 1 ou GENGIVITES, AFTAS
2 x dia - Oral: Utilizar 1 xic chá de 2 a 3 x ao dia
Via – Tópico / Oral
renal e tumores mamários estrógeno dependentes
Uso - A/I Oral: Perturbações digestivas, transpira-
Precauções e efeitos adversos - No uso oral,
ção excessiva
pode causar náusea, vômitos, dor abdominal, tontei-
Contra-indicações e restrições de uso - Uso
ras e agitação. Pode elevar a pressão em pacientes
FRQWUDLQGLFDGRQDJUDYLGH]HODFWDomRLQVX½FLrQFLD
hipertensos. Em altas doses pode ser neurotóxica
(causar convulsões), e hepatotóxica

45 - AROEIRA
Nomenclatura botânica - Schinus terebinthifolius
Nomenclatura popular - Aroeira da praia
Parte utilizada - Casca do caule
Forma de utilização - Decocção: 1 g em 1L água
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar na
região afetada 2 x ao dia, em compressas, banhos
de assento, bochechos e gargarejos
Via - A
Uso - Tópico
Contra-indicações e restrições de uso - nada INFLAMAÇÃO VAGINAL, COMO HEMOSTÁTICO,
consta ADSTRINGENTE E CICATRIZANTE
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - Não engolir o produto após o bochecho e gargarejo
Referências - MATOS, 1997b MELO-DINIZ et
al., 1998 MELODINIZ et al., 2006 PROPLAM, 2004
SIMÕES et al. 1998

74 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
46 - SENE
Nomenclatura botânica - Senna alexandrina
(Cassia acutifolia)
Nomenclatura popular - Sene
Parte utilizada - Fruto
Forma de utilização - Decocção: 0,5g (col café)
em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar de ½
a 1 xic chá, antes de dormir CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Via - Oral EVENTUAL
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não deve ser nosticada, constipação crônica. Não usar em crianças
utilizado por indivíduos portadores de obstrução intes- menores de 10 anos.
WLQDO LQ¾DPDomR LQWHVWLQDO DJXGD GRHQoD GH &URKQ  Precauções e efeitos adversos - nada consta
colite, apendicite ou dor abdominal de origem não diag- Informações adicionais em embalagem – Não fazer
uso crônico (mais de 1 semana). O uso contínuo
pode promover diarreia e perda de eletrólitos

47 - JURUBEBA
Nomenclatura botânica - Solanum paniculatum
Nomenclatura popular - Jurubeba
Parte utilizada - Raiz
Forma de utilização - Infusão: 1g (1 col chá) em
150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 3 a 4 x ao dia
Via - Oral
Uso - A DISTÚRBIOS DA DIGESTÃO
Contra-indicações e restrições de uso - nada
consta
Precauções e efeitos adversos - nada consta
acima do recomenda do podem causar intoxicação
Informações adicionais em embalagem – Doses
Referências - GUPTA et al, 1995 IPATINGA, 2000
acima da recomenda da e por período de tempo
MATOS, 1997bSIMÕES et al. 1998 CEDAC

48 - BARBATIMÃO
Nomenclatura botânica - Stryphnodendrom
barbatiman
Nomenclatura popular - Barbatimão Parte
utilizada - Casca
Forma de utilização - Decocção: 3g (col sopa) em
1 L de água
Posologia e modo de usar (adulto) - Aplicar
compressas no local afetado 2-3x ao dia
Via - Tópico
Uso - A/I
Precauções e efeitos adversos - nada consta
Informações adicionais em embalagem - nada
consta
FERIDAS COMO CICATRIZANTE, ANTI-INFLAMATÓ-
Referências - RODRIGUES, 2006 LIMA et al, 2006
RIO E ANTISSÉPTICO TÓPICO NA PELE E MUCOSAS
GILBERT et al, 2005
(BOCA E APARELHO GENITAL)

ERVASBENEFÍCIOS
ERVAS E PLANTAS E PLANTASMEDICINAIS
MEDICINAIS 75
49 - DENTE-DE-LEÃO
Nomenclatura botânica7DUD[DFXPRI½FLQDOH
Nomenclatura popular - Dente-de-leão
Parte utilizada - Toda a planta Forma de utilização
- Decocção: 3-4g (3-4 col chá) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá 3x ao dia
Via - Oral
Uso - A
Contra-indicações e restrições de uso - Não PERTURBAÇÕES DIGESTIVAS, ESTIMULANTE DO
deve ser utilizado por indivíduos portadores de obs- APETITE, DIURÉTICO, DISPEPSIAS
trução dos dutos biliares e do trato intestinal. Na
ocorrência de cálculos biliares, consultar médico provocar hiperacidez gástrica
antes do uso. Informações adicionais em embalagem - nada
Precauções e efeitos adversos - O uso pode consta
Referências - WICHTL, 2003 OMS, 2007

50 - UNHA-DE-GATO
Nomenclatura botânica - Uncaria tomentosa
Nomenclatura popular - Unha-de-gato
Parte utilizada - Entrecasca
Forma de utilização - Decocção: 0,5g (1 col café)
em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 3 x ao dia
Via - Oral
DORES ARTICULARES (ARTRITE E ARTROSE)
Uso - A
E MUSCULARES AGUDAS, COMO
Contra-indicações e restrições de uso - nada
ANTI-INFLAMATÓRIO
consta
Precauções e efeitos adversos - O uso pode o uso em menores de 3 anos. Evitar o uso conco-
provocar cansaço, febre, diarreia, constipação mitante com imunossupressores e em pacientes
Informações adicionais em embalagem – Evitar transplantados ou esperando transplantes
Referências - GILBERT et al, 2005 GUPTA et al,
1995 MILLS & BONE, 2004

51 - GENGIBRE
Nomenclatura botânica =LQJLEHURI½FLQDOH
Nomenclatura popular - Gengibre
Parte utilizada - Rizoma
Forma de utilização - Decocção: 0,5 -1g (1 a 2 col
café) em 150 mL (xic chá)
Posologia e modo de usar (adulto) - Utilizar 1 xic
chá de 2 a 4 x ao dia
Via - Oral ENJOO, NÁUSEA E VÔMITO DA GRAVIDEZ,
Uso - A/I DE MOVIMENTO E PÓS-OPERATÓRIO.
Contra-indicações e restrições de uso - nada consta DISPEPSIAS EM GERAL
Precauções e efeitos adversos - Uso cuidados o em
pacientes em utilizando anti-coagulantes, com desor- Informações adicionais em embalagem - Evitar
dens de coagulação, ou com cálculos biliares; irritação o uso em menores de 6 anos Gestantes não devem
gástrica e hipertensão, especialmente em doses altas exceder a posologia recomendada
Referências - OMS, 1999 WICHTL, 2003 MILLS &
BONE, 2004

76 ERVAS E PLANTAS BENEFÍCIOS


MEDICINAIS MEDICINAIS
Receitas
POPULARES

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 77


AFONIA E ROUQUIDÃO ARTRITE E REUMATISMO
%DWD QR OLTXLGL½FDGRU XP WRPDWH YHUGH FRP XP Pegue 100 ml de álcool a 60º e faça uma infusão
copo de água e uma pitada de sal. Coe e faça um com seis pimentas vermelhas. Deixe por dois
gargarejo imediatamente. Repita três vezes ao dia. dias. Coe e use o líquido para massagear suave-
mente as regiões afetadas.
AMÍDALAS INFLAMADAS E FARINGITE
Pegue um copo de chá preto morno, adicione ARTROSE
uma colher rasa de sopa de sal e faça gargarejos Pegue um caroço de abacate seco ao sol, rale-o e
três vezes ao dia. junte um litro de álcool com dez pastilhas peque-
nas de cânfora sintética, encontrada em farmá-
ANEMIA cias. Deixe em repouso por três dias, coe e use
%DWHU QR OLTXLGL½FDGRU RX SDVVDU QD FHQWUtIXJD em compressas no local afetado.
folhas de couve, brócolis, repolho roxo, bertalha
(para quem não conhece, é uma trepadeira, cul- ASMA E COQUELUCHE
WLYDGDFRPRKRUWDOLoDGH¾RUHVHVYHUGHDGDVH No auxílio do tratamento da asma, da coquelu-
cujos frutos são bagas negras. A planta é toda che e também dos resfriados e das gripes, uma
suculenta, mole e rica em água, e utilizam-se as boa alternativa é a folha de cambará. Ferva dois
pontas de ramo), agrião e tanchagem. Temperar copos de água, despejando-os sobre duas colhe-
com uma colher de melado. Tomar uma xícara, res de sopa de folhas picadas, deixando em infu-
em jejum, por 45 dias. são por cinco minutos. Coe e beba três xícaras
deste chá ao dia.
APETITE
Ferva 300 ml de água e coloque numa vasilha AZIA, GASTRITE E ÚLCERAS ESTOMACAIS
com 15 gramas de folha de limão, 20 gramas de 5DOH TXDWUR EDWDWDV FUXDV HP XP UDODGRU ½QR
raiz de aipo ralada, 15 gramas de tomilho e 50 Junte a massa obtida, coloque num pano de pra-
gramas de folha de alcachofra. Cubra e deixe es- to limpo e esprema. Tome uma xícara desse suco
friar. Filtre e conserve na geladeira. Tome uma três vezes ao dia, 30 minutos antes das refeições
xícara 1 hora antes das refeições. ou sempre que sentir queimação.

ARTERIOSCLEROSE AZIA, MAL-ESTAR, FÍGADO, ESTÔMAGO E RINS


A alcachofra é uma planta de origem euro- Pegue algumas folhas de boldo frescas, lave-as
peia, possui extrema importância em virtu- e amasse-as numa xícara de chá. Coloque água
de de seu alto valor medicinal, aclimou-se IHUYHQWHHEHEDDVVLPTXHHVIULDURVX½FLHQWH
muito bem no Brasil e pode ser encontrada
com facilidade, pois também são muito apre- BOCA INFECCIONADA E GARGANTA
ciadas na alimentação e, por esta razão, en- Pegue cinco folhas de feijão guandu e faça um
contrase largamente difundida no comércio. chá. Espere amornar, depois use o líquido para
Separe três folhas de alcachofra e lave em fazer gargarejo. Repita três vezes ao dia, durante
água corrente, em seguida, mergulhe em um três dias.
copo de água fervente. Desligue o fogo, tam-
pe a panela e deixe abafar por 15 minutos. BRONQUITE
Passado este tempo, coe e tome uma xícara Para a bronquite branda, recomendase o uso da
três vezes ao dia.

78 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS


erva mulungu, na dose de uma colher de sopa da nutos. Coe e beba uma xícara, três vezes ao dia.
erva fatiada para dois copos de água. Ferva por FARINGITE
10 minutos, tampe, coe e tome uma xícara três Retire as sementes de diversas romãs e deixe as
vezes ao dia. cascas secarem ao sol. Após a secagem, faça chá
das cascas secas, na proporção da casca de meia
CIRCULAÇÃO romã para um copo de água. Faça um gargarejo,
Para ativar a circulação, numa folha de hortelã, deixando que o líquido permaneça o maior tempo
pingue uma gota de vinagre e coma em jejum, possível na garganta. Repita cinco vezes ao dia.
pela manhã ao acordar, antes mesmo de escovar
os dentes. FEBRE
2VDOJXHLURpXPDSODQWDQDWLYDGD(VSDQKD¾
CÓLICAS oresce naturalmente à beira de cursos d’água
A erva índico atua muito bem no combate a có- e é com frequência cultivado por quem conhece
licas, febres, afecções urinárias e excitação ner- seus poderes. Uma xícara de chá de salgueiro
vosa. Suas raízes são usadas contra a icterícia e faz a febre baixar em pouco tempo.
a hepatite. Para o chá, use uma colher de sopa
das raízes fatiadas em dois copos de água, fer- FERIDAS
vendo por 15 minutos. Coe e beba uma xícara No tratamento de feridas em geral, amasse al-
três vezes ao dia. gumas folhas de alfavaca e aplique sobre o local,
cobrindo com uma gaze. Renove três vezes.
CÓLICAS MENSTRUAIS
Em uma xícara de chá com água fervente, colo- FÍGADO
TXHXPDFROKHUGHVREUHPHVDGDV¾RUHVGHFD- Para excitar a secreção da bílis, providencie três
lêndula. Abafe por 10 minutos, depois coe. Tome folhas de boldo, bem verdinhas e, se possível,
esse chá duas vezes ao dia, nos dez dias que an- colhidas na hora, lave-as em água corrente e
tecedem o período menstrual. coloque dentro de um copo de vidro. Com um pi-
lão de madeira, esmague as folhas até obter um
CORAÇÃO suco verde. Acrescente meio copo de água fresca
A arnica é uma das plantas mais bonitas da Euro- e beba de uma vez.
pa e é conhecida mundialmente, não só pela be-
leza, mas também pelos vários efeitos curativos GARGANTA
que pode apresentar quando sabiamente usada. A madressilva dos jardins é muito usada para
Preparados com gotas de arnica são usados mi- FRPEDWHUDVLQ¾DPDo}HVGDJDUJDQWDHGDVYLDV
lenariamente como tônicos para o coração, mas respiratórias. Ferva um copo de água, despejan-
devem ser consumidos seguindo-se rigorosa- do-o sobre uma colher de sopa de folhas fatia-
mente a prescrição recomendada, que não deve das. Deixe em infusão por 5 minutos, coe e faça
ultrapassar 1% de tintura para 200 ml de água. gargarejo três vezes ao dia.

DORMÊNCIA NAS MÃOS E NOS PÉS GASES


Para diminuir dormência nas mãos e pés, dores As folhas de anis são ótimas para combater ga-
e nevralgias, pode-se usar a erva papo-de-peru. ses estomacais e até diarreias. Use duas colhe-
Ferva dois copos de água, despejando sobre uma res de sopa das folhas fatiadas para um copo de
porção da erva, deixando em infusão por 10 mi- água. Deixe em infusão por 15 minutos, coe e
beba uma xícara do chá três vezes ao dia.

ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS 79


80 ERVAS E PLANTAS MEDICINAIS
VEJA NESTE LIVRO:
A história dos orgânicos,
Obesidade infantil e sobrepeso
Cuidados e prevenção gripes, bronquite e asma
Tratamento fitoterápico
A lenda do Chimarrão e suas propriedades terapêuticas

PREVENÇÃO E TRATAMENTO PARA:


Falta de apetite, perturbações digestivas, febre, inflamação, cólicas
Artrose, artrite, reumatismo e cólicas menstruais
Retenção de líquidos e redução do colesterol
Distúrbios digestivos, artrite e dermatites
Traumas, contusões, torções, edemas e hematomas
Inflamações e feridas, contusões e queimaduras, adstringente, hemostático,
cicatrizante e antisséptico
Tensão; calmante suave
Diarreia; tópico: inflamações na pele e na mucosa
Hemorroidas, tosse; expectorante e bronco dilatador
Quadros leves de agitação, ansiedade, insônia, cólicasabdominais, distúrbios
estomacais, gases; digestivo e expectorante
Inflamações da boca e garganta; antisséptico
Ansiedade, insônia leve, estimulante
Cálculos renais, dores articulares (artrite e artrose) e musculares agendas;enjoo,
náusea e vômito da gravidez, de movimento e pósoperatório.

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