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LUANA CRISTINA MOURA DE SOUZA – 4ºP

 Replicação dos centrossomos;


CÂNCER DE
PRÓSTATA FASE S, o intervalo entre G1 e G2, dura
cerca de oito horas. Durante a fase S,
ocorre a:
O PROCESSO DE DIVISÃO CELULAR
ATRAVÉS DA MITOSE, IDENTIFICANDO
 replicação do DNA.
OS FATORES QUE SE CORROBORAM A
COM O PROCESSO NEOPLÁSICO
FASE G2 é o intervalo entre a fase S e fase
mitótica. Ela dura entre 4 a 6 horas. Ocorre:
CICLO CELULAR é uma sequência  crescimento celular;
ordenada de eventos graças à qual uma  síntese de enzimas e outras proteínas
célula somática duplica seu conteúdo e se na preparação da divisão celular;
divide em duas.  replicação dos centrossoma termina;

 INTÉRFASE, quando uma célula não


está se dividindo;
 FASE MITÓTICA (M), quando a célula
está se dividindo;

INTÉRFASE
 célula replica seu DNA;
 Ela também produz organelas adicionais e
componentes citosólicos antes da divisão
celular.

Características
 Carioteca integra;
 Nucléolo visível: (RNAm – constrições
secundarias)
 Cromatina organizada formando
finíssimos filamentos
 Intensa atividade metabólica
FASE MITÓTICA: formação de duas células
idênticas, ou seja, é a distribuição de dois
A intérfase consiste em três fases: G1, S e G2 conjuntos de cromossomos em dois núcleos
separados.
FASE G1: antes da duplicação do DNA, é
importante para o controle da divisão célula 4 FASES:
(8-10h)
 Célula metabolicamente ativa; PRÓFASE: é a primeira fase da mitose;
 Replicação da maior parte de suas  início da condensação do
organelas e de seus componentes cromossomo
citoplasmáticos.  Desaparecimento dos nucléolos;
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 Início da formação do fuso (um cinto ao redor da cintura e, finalmente,
conjunto de fibras proteicas formadas separa a célula em duas. Como o plano do
por microtúbulos) sulco de clivagem é sempre perpendicular ao
 Desaparecimento da carioteca fuso mitótico, os dois conjuntos de
cromossomos terminam em células
separadas. Quando a citocinese termina,
METÁFASE (meio) começa a intérfase.

 Máximo desenvolvimento do fuso;


 Máxima espiralização dos
cromossomos
 Ordenação (alinhamento) dos
cromossomos no plano equatorial

ANÁFASE. (separação das cromátides irmãs


para o polo oposto a célula)
 Encurtamento da fibra do fuso
 Ascensão polar dos cromossomos
ou migração dos cromossomos
irmãos aos polos:

TELÓFASE.
 Desespiralização dos cromossomos
 Desaparecimento das fibras do
fuso;
 Reorganização (reaparecimento da
carioteca);
 Constituição e reaparecimento dos
nucléolos;

CITOCINESE

A divisão do citoplasma e das organelas de


uma célula em duas células idênticas é
denominada citocinese. Esse processo
começa normalmente no final da anáfase,
com a formação do sulco de clivagem, uma
leve endentação da membrana plasmática, e
termina após a telófase.

Os microfilamentos de ACTINA que se


encontram logo abaixo da membrana
plasmática formam um anel contrátil que
puxa progressivamente a membrana
plasmática para dentro. O anel promove uma
constrição no centro da célula, como um
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CONTROLE E DESTINO CELULAR

Homeostasia = equilíbrio entre a proliferação


e a morte celular
Sinais químicos para a célula permanecer a
G0, se dividir ou morrer.

Enzimas: PROTEINOQUINASES
DEPENDENTES DA CICLINA (CDKS) pode
transferir ou remover um grupo fosfato do
ATO para uma proteína, ativando-a ou
desativando-a.

A ativação e a inativação das Cdks nos


momentos adequados são cruciais para o
início e a regulação da replicação do DNA,
da mitose e da citocinese. Ligar e desligar as
Cdks é responsabilidade de proteínas
celulares denominadas CICLINAS, CÂNCER
nomeadas desse modo porque seus níveis
sobem e descem durante o ciclo celular. O câncer é um grupo de doenças
caracterizado pela DIVISÃO CELULAR
DESCONTROLADA ou anormal. Quando
células em uma parte do corpo se dividem
sem controle, o excesso tecidual que se
forma é denominada um tumor ou neoplasia.
O estudo dos tumores é chamado oncologia.
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organismo é exposto a fatores químicos,
Os proto-oncogenes são genes normais físicos ou biológicos, incluindo os seguintes:
que codificam diversas proteínas
responsáveis pelo controle da adesão, 1. RADIAÇÃO IONIZANTE, como raios X,
crescimento e divisão celular. Se mutados ou raios gama e radiação emitida por
excessivamente ativados, os proto- substâncias radioativas, e mesmo por luz
oncogenes podem tornar-se em oncogenes ultravioleta, pode predispor o indivíduo ao
com funcionamento anômalo capazes de câncer. Os íons formados nas células de
provocar câncer. tecidos sob a influência de tal radiação são
altamente reativos e podem romper os
Também presentes em todas as células filamentos de DNA, causando diversas
estão os antioncogenes, denominados mutações.
também de genes supressores tumorais,
que suprimem a ativação de oncogenes 2. SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
específicos. Portanto, a perda ou a inativação
de antioncogenes podem permitir a ativação 3. IRRITANTES FÍSICOS também podem
de oncogenes que levam ao câncer. levar ao câncer, tais como a abrasão
 a maioria das células alteradas tem contínua dos revestimentos do trato intestinal
capacidade menor de sobrevivência por alguns tipos de alimentos. O dano aos
do que as células normais e tecidos leva à rápida substituição mitótica
simplesmente morrem; das células. Quanto mais frequente a mitose,
 apenas poucas dessas células maior a probabilidade de mutação.
alteradas que conseguem sobreviver
se tornam cancerosas, pois mesmo a 4. TENDÊNCIA HEREDITÁRIA ao câncer:
maioria das células mutantes ainda presume-se que um ou mais genes
tem controles de feedback normais cancerosos já se encontrem alterados no
que previnem o crescimento genoma herdado. Portanto, muito menos
excessivo; mutações adicionais são necessárias para o
as células potencialmente cancerosas crescimento do câncer.
são frequentemente destruídas pelo
sistema imune do organismo, antes
que formem um câncer. Características Invasivas da Célula
Cancerosa.
O que causa a alteração dos genes? A
precisão com que as moléculas de DNA 1. A célula cancerosa não respeita os
cromossômico são replicadas em cada célula limites normais de crescimento celular;
antes que a mitose ocorra, e também o a razão é que essas células
processo de leitura de prova que corta e presumivelmente não requerem todos
repara filamentos de DNA anormais antes os fatores de crescimento que são
que o processo mitótico prossiga. necessários para o crescimento de
células normais.
Assim, como as mutações ocorrem ao acaso,
pode-se supor que grande número de 2. As células cancerosas geralmente
cânceres é o resultado do acaso. Entretanto, aderem umas às outras muito menos
a probabilidade de mutações pode ser do que as células normais. Portanto,
aumentada consideravelmente quando o elas tendem a vagar pelos tecidos e
entrar na corrente sanguínea, pela
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qual são transportadas para todo o
corpo, onde formam focos de FATORES HORMONAIS: A quantidade de
crescimento canceroso. hormônios andrógenos (por exemplo, a
testosterona) tem impacto na formação
3. Alguns cânceres também produzem tumoral, principalmente em relação ao
fatores angiogênicos que fazem com envolvimento com a reformulação celular
que novos vasos sanguíneos cresçam prostática. Níveis elevados de testosterona
no tumor, suprindo os nutrientes parecem corroborar com o desenvolvimento
necessários para o crescimento do da neoplasia
câncer.
TABAGISMO: Sabe-se que o tabagismo é
Por que as Células Cancerosas Matam?. O fator de risco para inúmeros tipos de câncer
tecido canceroso compete com os tecidos e isso não é diferente com o de próstata.
normais pelos nutrientes, as células
cancerosas logo demandam praticamente OBESIDADE: A obesidade parece ter
todos os nutrientes disponíveis para o relação tanto com a mortalidade quanto com
organismo ou para uma parte essencial do o aparecimento do câncer de próstata.. Isso
corpo. Como consequência, os tecidos parece se dar principalmente por um
normais gradualmente morrem por hormônio chamado de Leptina, encontrado
desnutrição. em altas concentrações nos obesos

APRESENTAR A EPIDEMIOLOGIA DO
CÂNCER DE PRÓSTATA, A leptina é um hormônio produzido
CORRELACIONANDO COM OS FATORES principalmente pelas células de gordura
DE RISCO (adipócitos) e desempenha um papel
fundamental na regulação do apetite e no
metabolismo energético. Ela atua enviando
IDADE: o, indivíduos mais velhos têm sinais ao cérebro para indicar a sensação de
maiores chances de desenvolver o câncer de saciedade, ajudando a controlar a ingestão
próstata, especialmente acima da quinta de alimentos.
década de vida; Isso ocorre porque as
células da próstata podem sofrer mutações No entanto, em indivíduos obesos, os níveis
ao longo do tempo, aumentando o risco de de leptina no sangue tendem a ser elevados,
crescimento descontrolado e câncer. e isso pode levar à resistência à leptina, o
que significa que o cérebro não responde
ETNIA: Negros são grupo de risco para o adequadamente aos sinais de saciedade.
desenvolvimento deste tipo de tumor; Além disso, a leptina também pode ter efeitos
Embora as razões exatas para essa diretos e indiretos na promoção do câncer de
discrepância não sejam totalmente próstata:
compreendidas, parece haver uma
predisposição genética em algumas  Promoção da Inflamação
populações afrodescendentes que pode  Estímulo ao Crescimento Celular
aumentar o risco de desenvolvimento de
 Resistência à Apoptose;
câncer de próstata.

HISTÓRICO FAMILIAR: Pessoas que têm


histórico familiar de câncer de próstata têm
grandes chances de desenvolvê-lo também.
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DESCREVER A INFLUÊNCIA HERANÇA
GENÉTICA NA PRÉ-DISPOSIÇÃO AO
CÂNCER DE PRÓSTATA

Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2

A via de Reparo por Recombinação


Homóloga (HRR) é um mecanismo
fundamental para a reparação da dupla fita
de DNA e a manutenção da estabilidade
genômica nas células.

Quando o DNA de uma célula sofre danos


extensos, como quebras de dupla fita, a HRR
permite que a célula repare essas lesões de A importância da HRR na prevenção de
maneira precisa, usando a informação mutações prejudiciais e na manutenção da
genética de uma molécula irmã de DNA estabilidade genômica é evidente. No
como um modelo para guiar a reparação. entanto, quando ocorrem mutações
patogênicas (que causam perda de função)
A HRR envolve várias proteínas, incluindo o nos genes que codificam as proteínas
BRCA1, o BRCA2 e outros genes associados envolvidas na HRR, a via de reparo pode ser
à reparação do DNA. prejudicada. Isso pode levar ao acúmulo de
mutações no DNA, aumentando o risco de
Proteínas como o BRCA1 e o BRCA2 são desenvolvimento de câncer.
recrutadas para o local do dano. Essas
proteínas desempenham papéis-chave na
preparação do DNA para a reparação.

A célula busca por uma molécula de DNA EXPLICAR A FISIOPATOLOGIA DO


homóloga, que é uma cópia correspondente CÂNCER DE PRÓSTATA E SUAS
da sequência danificada. Isso pode ser uma MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
molécula irmã de DNA da mesma célula ou
da célula homóloga em um cromossomo
homólogo. A próstata é uma glândula pertencente ao
grupo de glândulas sexuais acessórias do
As proteínas envolvidas na HRR ajudam a aparelho reprodutor masculino, situada entre
alinhar as sequências de DNA danificadas e a bexiga e o reto. Sua função compreende
o DNA homólogo, permitindo que a célula em secretar o líquido prostático, que é
troque a sequência danificada pela formado por inúmeras enzimas proteolíticas,
sequência correta do DNA homólogo. como o ANTÍGENO PROSTÁTICO
ESPECÍFICO (PSA) e, também, por outras
Após a troca de sequências, a célula usa o substâncias essenciais para a produção de
DNA homólogo como modelo para corrigir a energia e sobrevivência dos
fita danificada, resultando em uma reparação espermatozóides (PEREIRA et al., 2021).
precisa e restauração da integridade do DNA. O desenvolvimento do câncer de próstata
(CAP) se dá, basicamente, pela multiplicação
desordenada de células do tecido que podem
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originar, na sequência, metástases com células prostáticas. Portanto, a testosterona
capacidade de invadir órgãos vizinhos e desempenha um papel essencial na
potencial de se espalharem pelo corpo por fisiopatologia do câncer de próstata.
meio dos sistemas linfático e sanguíneo.
 A ação da testosterona na próstata
Nas fases iniciais os tumores, normalmente,
ocorre por meio de sua ligação aos
são assintomáticos e podem ser identificados
receptores androgênicos presentes
em decorrência da elevação do PSA e toque
nas células da próstata. A sinalização
retal alterado (OLIVEIRA et al., 2019). Ainda
através desses receptores é essencial
na fase inicial, o CAP pode apresentar-se
para a manutenção da próstata
como crescimento benigno da próstata e
saudável.
dificuldade para urinar. Na fase avançada
 Os cânceres de próstata
pode manifestar dor óssea, dificuldade para
frequentemente expressam níveis
urinar e, também, pode caracterizar-se por
elevados de receptores androgênicos.
infecção generalizada ou insuficiência renal
Isso significa que as células
(KRÜGER e CAVALCANTI, 2018)
cancerosas da próstata têm uma
O câncer de próstata começa quando as afinidade particularmente alta pela
células da próstata sofrem mutações no testosterona e outros hormônios
DNA, levando-as a se multiplicarem de androgênicos.
maneira descontrolada. A fisiopatologia inclui  Devido à relação entre testosterona e
os seguintes aspectos: câncer de próstata, a redução
cirúrgica ou farmacológica das
As mutações no DNA das células da próstata
concentrações de testosterona é uma
podem ser causadas por diversos fatores,
abordagem terapêutica importante no
incluindo predisposição genética, exposição
tratamento do câncer de próstata. Isso
a carcinógenos ambientais (como produtos
é conhecido como terapia de privação
químicos), envelhecimento e influência
de androgênio.
hormonal. Mutações genéticas específicas,
 . Isso pode levar à regressão do tumor
como aquelas nos genes BRCA1 e BRCA2,
e à redução dos sintomas.
podem aumentar o risco de câncer de
próstata.
Câncer de Próstata Androgênio-
Resistente
Uma vez que as células adquirem mutações
que as tornam cancerosas, elas começam a
 Um mecanismo comum nesses casos
se dividir e se proliferar de forma
é a amplificação do receptor
desordenada. O câncer pode permanecer
androgênico. Isso torna o câncer
confinado à próstata (chamado de câncer de
sensível a concentrações muito baixas
próstata localizado) por um tempo, ou pode
de androgênio ou outros ligantes do
se espalhar para outros tecidos e órgãos
receptor androgênico, mesmo quando
(câncer de próstata avançado ou
a testosterona é suprimida.
metastático).
 Além disso, a identificação de
variantes do receptor de androgênio
As células da próstata normal e cancerosa
que são constitutivamente ativas e
expressam receptores androgênicos, que
independentes de ligantes pode
respondem aos hormônios sexuais
contribuir para a resistência ao
masculinos, como a testosterona. A
hormônio. Essas variantes do receptor
sinalização através desses receptores
podem continuar a sinalizar mesmo na
estimula o crescimento e a sobrevivência das
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ausência de testosterona, promovendo
o crescimento do câncer. A hiperplasia prostática benigna é uma
condição em que há aumento do número de
Em alguns casos, o câncer de próstata pode células (hiperplasia) da próstata, e é uma
evoluir para estágios mais avançados, onde condição benigna, ou seja, não é uma
as células cancerosas podem invadir os neoplasia, por exemplo. Por outro lado,
tecidos circundantes, como a bexiga ou o o câncer de próstata é uma neoplasia na
reto, ou se espalhar para órgãos distantes, próstata, uma doença maligna.
como os ossos.
A HPB é uma condição que afeta os homens
Manifestações Clínicas do Câncer de a partir dos 40 anos, onde a próstata começa
Próstata a aumentar seu volume. Esse aumento
acontece principalmente na zona de
1. Assintomático: No estágio inicial, o transição, aquela zona da região periuretral.
câncer de próstata muitas vezes não Um aumento de volume da região que
causa sintomas perceptíveis. Portanto, circunda a uretra leva a uma compressão da
os exames de rastreamento, como o uretra, um estreitamento, uma obstrução.
PSA (antígeno prostático específico) e Devido à obstrução, a eliminação de urina é
o toque retal, são fundamentais para a dificultada, o que ocasiona alguns dos
detecção precoce. sintomas miccionais.
2. Sintomas do Trato Urinário: À
medida que o câncer de próstata CA DE PRÓSTATA
progride, ele pode comprimir a uretra,
causando sintomas urinários, como Essa doença, afeta principalmente homens
dificuldade em urinar, jato urinário de “idade avançada”, com mais de 65 anos.
fraco, micção frequente, urgência Essa faixa etária é referente a população
urinária e sensação de esvaziamento geral, mas um paciente com outros fatores
incompleto da bexiga. de risco, como por exemplo, história
3. Sintomas de Metástase: Quando o familiar, pode apresentar a doença mais
câncer se espalha para outras partes precocemente. Alterações
do corpo, podem surgir sintomas genéticas também podem predispor a
relacionados aos órgãos afetados. Por doença, principalmente mutações nos genes
exemplo, metástases ósseas podem BRCA-1 e BRCA-2.
causar dor óssea, fraturas patológicas Ao contrário da HPB que acomete a zona de
e problemas neurológicos, enquanto transição, o câncer de próstata acomete
metástases para os gânglios linfáticos predominantemente a zona periférica –
podem causar inchaço ou dor na maior zona da próstata, localizada
virilha. posterolateralmente. Assim, no câncer de
4. Sintomas Avançados: Em estágios próstata, em um estágio inicial, todos aqueles
avançados, o câncer de próstata pode sintomas de obstrução e os sintomas
levar à perda de peso, fadiga, irritativos não estão presentes. Mas eles
fraqueza e outros sintomas sistêmicos. podem vir a aparecer.
Também pode causar obstrução
uretral grave, levando à retenção
urinária aguda.

HIPERPLASIA BENIGNA DE PRÓSTATA


VS CÂNCER DE PRÓSTATA
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DEMONSTRAR MÉTODOS
DIAGNÓSTICOS E OS DIAGNÓSTICOS
DIFERENCIAIS DO CA DE PRÓSTATA EM
SEUS DIFERENTES ESTÁGIOS,
CORRELACINANDO COM OS ACHADOS
CLÍNICOS E LABORATORIAIS

Fatores que podem diminuir os níveis do


PSA, mesmo que um homem tenha câncer
de próstata:

 Inibidores da 5-alfa
redutase. Certos medicamentos
usados para tratar a hiperplasia
prostática benigna ou sintomas
urinários, como finasterida ou
dutasterida, podem diminuir o nível
do PSA. Esses medicamentos
também podem afetar o risco de
câncer de próstata.

PSA
DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE
O PSA, ou Antígeno Prostático Específico, é PRÓSTATA
produzido nas células da próstata, uma O diagnóstico confirmatório de câncer de
glândula localizada no sistema reprodutivo próstata é feito a partir DA BIÓPSIA
masculino. Sua produção é uma parte normal GUIADA PELO ULTRASSOM
do funcionamento da próstata TRANSRETAL.

Exame do antígeno prostático específico São retirados 12 “pedaços” da próstata para


(PSA) avaliação. Um médico patologista avalia o
tecido (com as células) e define se é aquilo é
O nível de PSA no sangue é medido em normal, se é benigno ou se é canceroso.
unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml). Caso seja câncer, o patologista expressa o
laudo na chamada Graduação Histológica do
Fatores que podem aumentar os níveis de Sistema de Gleason.
PSA incluem:

 Próstata aumentada Resultados anormais do rastreamento


 Idade avançada.
 Prostatite. Infecção ou inflamação e determinados sinais e sintomas ou
da próstata resultados de exames de rastreamento
 Ejaculação sugerirem câncer de próstata, o médico
 Andar de bicicleta solicitará a realização de uma biópsia da
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próstata para diagnóstico definitivo de câncer
de próstata.

A biópsia é um procedimento no qual uma


amostra de tecido é removida e encaminhada
para análise de um patologista. A biópsia por
agulha é o principal método utilizado para
diagnosticar o câncer de próstata. A biópsia é

CONHECER A IMPORTÂNCIA DO ESCORE


DE GLEASON NA AVALIAÇÃO DO CA DE
PRÓSTATA Devido à característica multifocal da doença,
são encontrados, geralmente, pelo menos 2
O Escore de Gleason, definido pelo médico graus distintos na amostra de biópsia, e a
patologista Dr. Donald Gleason na década de soma dos dois padrões encontrados gera a
1960, é um sistema que avalia o grau pontuação final, caracterizando o escore de
histológico do câncer de próstata, doença Gleason. Se três ou mais padrões diferentes
comum em homens mais velhos, entre 65 e são encontrados na mesma amostra, utiliza-
75 anos de idade. se os dois padrões mais frequentes
(dominante/primário e
O diagnóstico é feito por diversos exames, subdominante/secundário) para somatório.
como toque retal, biópsia, PSA, Se existir um padrão menos diferenciado
ultrassonografia e estudo histopatológico. O (com grau maior) em uma amostra com
estudo histopatológico do tecido obtido pela outros 2 padrões mais diferenciados
biópsia da próstata é indicado quando há predominantes, deve-se fazer uma
anormalidades no toque retal e/ou na observação no laudo anatomopatológico
dosagem do PSA. descrevendo esse padrão. Quando apenas
um padrão é encontrado, duplica-se o grau
A escala classifica a citoarquitetura tecidual
para o escore. Assim, o Gleason varia de 2 a
ao microscópio em pequeno aumento,
10.
baseado na diferenciação glandular, em 5
graus distintos, sendo nessa graduação as
células do câncer comparadas às células
prostáticas normais. Dessa forma, o grau 1 é
o mais bem diferenciado e menos agressivo,
possuindo melhor prognóstico, e o grau 5 é o
menos diferenciado e mais agressivo, com
pior prognóstico. O escore tem como objetivo
identificar a provável taxa de crescimento e
tendência à disseminação da doença. Tumores classificados como bem
diferenciados são achados, em geral,
incidentais. A maioria dos tumores
detectados pelo rastreamento com PSA
possui interpretação clínica entre
intermediário e pouco diferenciado. Um
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Gleason maior ou igual a 8 está associado a
tumores avançados.

 Gleason de 2 a 4 – câncer com


crescimento provavelmente lento;
cerca de 25% de chance de
disseminação do câncer para fora da
próstata em 10 anos, com dano em
outros órgãos, afetando a sobrevida.
 Gleason de 5 a 7 – câncer de
crescimento lento ou rápido, a Grau 1: Bem diferenciado, com massa única
depender de outros fatores; cerca de de glândulas de formato uniforme, compactas
50% de chance de disseminação do e espaçadas uniformemente, sem evidência
câncer para fora da próstata em 10 de infiltração no estroma;
anos, com dano em outros órgãos, Grau 2: Bem diferenciado, com pouca
afetando a sobrevida. infiltração no estroma circundante,
 Gleason de 8 a 10 – câncer de espaçamento entre as glândulas e tamanho
crescimento muito rápido; cerca de das glândulas com pequena variação;
75% de chance de disseminação do Grau 3: Moderadamente diferenciado, com
câncer para fora da próstata em 10 mais variação no espaçamento, tamanho e
anos, com dano em outros órgãos, forma das glândulas, com menos definição
afetando a sobrevida. entre os limites da massa e menos estroma
circundante;
Atualmente, utiliza-se o sistema de Grau 4: Pouco diferenciado, com fusão de
classificação prognóstica elaborado pela glândulas, formando uma rede anastomótica
Sociedade Internacional de Patologia sólida, com margens invasivas;
Urológica (ISUP), que leva em consideração Grau 5: Indiferenciado, com completa
que tumores com a mesma pontuação ausência de glândulas, com células
podem possuir comportamentos biológicos aglomeradas ou em camadas
distintos e a partir disso tem como objetivo
refinar a capacidade prognóstica do Gleason.
Um Gleason de 7 pode ser 4 + 3 ou 3 + 4, Para determinar o Score de Gleason, deve-
sendo o primeiro mais agressivo devido seu se somar o grau dominante, ou primário
predomínio de um tecido mais indiferenciado, (mais prevalente), com o grau subdominante,
mas a pontuação se mantém a mesma. ou secundário. Quando apenas um grau está
presente, deve-se duplicá-lo. Apesar de cada
um desses graus se relacionar à mortalidade,
a soma de ambos oferece a maior
correlação.

Há ainda o Score Gleason modificado, que


substitui o grau secundário por um grau
"terciário", que é o mais alto observado na
biópsia. Assim, soma-se o grau mais
prevalente com o grau mais alto observado.
Isso tem valor prognóstico principalmente
quando o Gleason normal situa-se entre 5 e
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6, mas não quando for maior que isso. Quanto à idade de início do rastreamento

Gleason ≤6 é indicativo de uma doença  A maioria dos autores indica ou 50


indolente, com melhor prognóstico, enquanto anos ou 45 anos e 55 anos.
um Gleason ≥8 se associa a uma doença  Pacientes entre 50 e 75 anos.
mais agressiva.  Pacientes com fatores de risco= fazer
o rastreamento a partir dos 45 anos.

ANALISAR AS FORMAS DE PREVENÇÃO


E DETECÇÃO PRECOCE DE CA DE
PRÓSTATA, CORRELACIONANDO COM
AS POLÍTICAS PÚBLICAS
Como ocorre o rastreamento?

1. Toque retal = para palpar a próstata, a


maioria dos cânceres de próstata estão
localizados na zona periférica e pode ser
detectado por meio do exame de toque com
um volume ≥ 0,2 ml, podendo-se perceber a
2001 - Programa Nacional de Controle
presença de nódulos, endurecimentos e
do Câncer de Próstata
assimetrias.

2. Exame de PSA = é um maior preditor ENTENDER AS TERAPÊUTICAS DO


de câncer que o exame de toque. Quando o CÂNCER DE PRÓSTATA E SEU
paciente apresentar um PSA elevado deve- PROGNOSTICO
se repetir o teste em algumas semanas. Se o
PSA repetido estiver dentro dos valores O estadiamento TNM do adenocarcinoma de
normais esperados para a idade e não for próstata baseia-se em resultados obtidos
aumentado mais de 0,75 ng/ml em pelo toque retal, PSA, exames de imagem e
comparação com o valor do ano anterior, análise histopatológica da amostra obtida,
nenhuma avaliação adicional será necessária inferindo-se sobre tumor primário,
naquele momento, a menos que haja acometimento linfonodal e ocorrência de
alteração no exame de toque retal. metástase.

Pontos negativos do PSA = tem muito falso


positivo e negativo, além do fato de
condições como aumento benigno da
próstata, prostatite e infecções do trato
urinário inferior podem elevar o nível de PSA.

Quando fazer o rastreamento?

American Cancer Society (ACS) aconselha:

 um rastreio anual dos indivíduos;


 a cada 2 anos quando PSA inicial for <
2 ng/ml.
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retal ou visível e confinado à próstata: T2a se
envolve 5% ou menos de um lobo, T2b se
envolve mais de 5% de um lobo e T2c se
envolve ambos os lobos. T3 representa os
tumores com extensão extraprostática local:
T3a se extensão extracapsular e T3b se
invade a vesícula seminal. T4 representa os
tumores que invadem órgãos contínuos e/ou
estruturas de apoio. No se ausência de
metástases regionais e N1 se presença. M0
se ausência de metástase, M1 se metástases
distantes, com M1a para linfonodos, M1b
para tecido ósseo e M1c para outros locais
distantes. Assim, a resposta correta é para o
estadiamento é T1c. Em relação ao
tratamento adequado do câncer, pacientes
com expectativa e vida de mais de 10 anos e
com estadiamento T1b/c, T2 e alguns casos
de T3 são candidatos ao tratamento curativo.
A melhor opção consiste, então, na
prostatectomia radical com preservação
neurovascular.

As opções terapêuticas disponíveis para o


tratamento do câncer de próstata baseiam-se
na extensão do tumor, ou seja, no
estadiamento da doença e na condição
clínica do paciente. Em suma, o tratamento
depende do estágio em que se encontra a
doença, da idade do paciente e do
prognóstico a longo prazo.

Geralmente em casos de doença localizada,


estágios I e II pode-se adotar conduta
expectante, prostatectomia radical,
O estadiamento do CA de próstata considera radioterapia e braquiterapia. Já na doença
a extensão do tumor, a presença de avançada, estágios III e IV, lança-se mão da
acometimento linfático e de metástases. A conduta expectante, em casos específicos, e
tabela abaixo indica as possíveis da hormonioterapia.1
classificações. T1 representa os tumores que
não são palpáveis ou visíveis em exames de Conduta expectante: escolha em casos em
imagem: T1a se compromete 5% ou menos que a classificação do tumor primário é T1a,
do tecido ressecado, T1b se acomete mais com escore de Gleason< 6 e 7 e a
de 5% do tecido ressecado ou T1c se a expectativa de vida é < 10 anos. Também
biópsia foi realizada em decorrência de PSA adotada em casos nos quais a classificação
elevado e demonstra carcinoma. T2 do tumor é T3-T4, assintomáticos e com
representa os tumores palpáveis ao toque
LUANA CRISTINA MOURA DE SOUZA – 4ºP
expectativa de vida < 10 anos. Por fim, em 1. Radioterapia e Hormonioterapia: A
pacientes com invasão de linfonodo regional radioterapia é frequentemente
(N1), assintomáticos, PSA < 20-50ng/ml e combinada com a hormonioterapia,
PSA DT > 12 meses. que envolve o bloqueio dos hormônios
masculinos (androgênios) para
Prostatectomia radical: a remoção retardar o crescimento do tumor. Essa
completa da próstata e das vesículas abordagem pode ajudar a reduzir os
seminais pode ser realizada por via sintomas e controlar a doença.
suprapúbica (aberta) ou por via Tratamento do Câncer de Próstata
laparoscópica. A linfadenectomia pélvica Metastático (Fase Hormônio-dependente):
adjuvante não é obrigatória, mas sim Quando o câncer de próstata se dissemina
recomendada em pacientes com para outras partes do corpo, geralmente é
possibilidade de invasão de linfonodos. Tal considerado hormônio-dependente e é
opção terapêutica é possível para pacientes tratado com o objetivo de controlar a
jovens com longa expectativa de vida, com progressão da doença:
escore de Gleason> 6 e tumor com
estadiamento T1a. também possível para Bloqueio Androgênico: O tratamento
estadiamento T3a, PSA < 20ng/ml, escore de principal é o bloqueio hormonal, que pode ser
Gleason< 9 e expectativa de vida > 10 anos. alcançado por meio da orquiectomia bilateral
(remoção cirúrgica dos testículos) ou
Radioterapia: pode ser feita isolada, como medicamentos como análogos de LHRH,
radioterapia externa ou combinada com a antiandrógenos e estrogenioterapia. Isso
braquiterapia (núcleos radioativos reduz os níveis de testosterona no corpo, que
implantados no interstício prostático). estimulam o crescimento do câncer.
Indicada para pacientes com contraindicação
à cirurgia, com expectativa de vida entre 5 e Terapia de Segunda Linha: Quando a
10 anos e tumores mal diferenciados. doença progride apesar do bloqueio
androgênico, são consideradas terapias
Hormonioterapia: também chamada de adicionais, como inibidores de receptores de
deprivação de androgênios, baseia-se na androgênio (enzalutamida e apalutamida) ou
orquiectomia total, em agentes que reduzem quimioterapia.
a produção de androgênios ou agentes que
bloqueiam os receptores de androgênio. A Terapia Intermitente: Algumas abordagens
terapia hormonal é opção para casos em que envolvem interromper temporariamente o
há metástase, em que cirurgia ou bloqueio hormonal, permitindo que os níveis
radioterapia não são mais possíveis. Esse de testosterona aumentem temporariamente.
tratamento baseia-se na deprivação de Isso pode reduzir os efeitos colaterais do
androgênios, pois tais hormônios estimulam tratamento e, em seguida, reiniciar o bloqueio
as células tumorais. hormonal quando a doença progride.

OBS: Tratamento do Câncer de Próstata


Localmente Avançado:
Para pacientes com câncer de próstata
localmente avançado, a cura é mais difícil de
alcançar. O tratamento visa controlar a
doença e aliviar os sintomas:

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