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CICLO

CELULAR
FACTOS CURIOSOS

Cada célula humana tem cerca de 2 metros de DNA!

É o equivalente a colocar 20 km de fio dentro de uma bola de ténis.

Cada ser humano tem 1 000 000 000 000 000 células.
O DNA de uma pessoa, todo estendido, teria um comprimento
equivalente à distância percorrida em 8000 viagens à Lua, ida e volta!
FACTOS CURIOSOS

O DNA de uma célula tem 3,2 mil milhões de «letras» (nucleótidos).

O número de combinações que é possível fazer com tantas letras é tão grande
que, para o imprimir, seriam precisos 5000 livros de tamanho médio!

No entanto, somos quase iguais uns aos outros: o meu DNA é 99,9% igual
ao dos meus vizinhos.
FACTOS CURIOSOS

As diferenças, apesar de serem de apenas


uma letra em cada 1000, são suficientes
para nos identificar.

Mais de 60% dos genes humanos são


semelhantes aos de uma mosca.

Cerca de 96% do DNA humano é não


codificante, ou seja, parece não estar ali
a fazer nada.

Muitos dos genes humanos estão


desativados (até temos genes capazes
de produzir uma cauda, se fossem ativados.)
ORGANIZAÇÃO DO DNA NOS SERES EUCARIONTES

Como é que uma quantidade tão grande de DNA cabe no núcleo da célula?

É tudo uma questão


de organização.

O DNA «arruma-se»
formando cromossomas.
ORGANIZAÇÃO DO DNA NOS SERES EUCARIONTES

Estrutura de um cromossoma de um organismo eucarionte ao longo das diferentes fases de vida da célula

A parte terminal dos cromossomas designa-se por telómero e previne o encurtamento causado por enzimas que
degradam o DNA a partir das extremidades da molécula. Os telómeros são, assim, importantes na manutenção e
estabilidade dos cromossomas. Muitos processos de envelhecimento celular têm sido atribuídos à redução dos
telómeros que se verifica em cada divisão celular.
CARÓTIPO (humano)

O cariótipo de uma espécie


corresponde ao número, à forma
e ao tamanho dos cromossomas
dessa espécie.

Representa o número total de


cromossomas de uma célula
somática (do corpo).
CICLO CELULAR
DIVISÃO CELULAR

Ciclo celular

Conjunto de transformações
que ocorrem numa célula
desde a sua formação até
ao momento em que se divide
e origina duas células-filhas.
DIVISÃO CELULAR

s
CICLO CELULAR

Fase S

Replicação
Fase G1

Centrómero
Fase S
Fase G2

cromatídeos
irmãos
CICLO CELULAR

Variação da quantidade de DNA da célula durante o ciclo celular

Quantidade de DNA por lote de cromossomas

4Q

2Q

G1 S G2 M G1

0 14 28 Tempo (horas)
CICLO CELULAR

Variação da quantidade de DNA da célula durante o ciclo celular

Quantidade de DNA por lote de cromossomas


4Q

2Q

G1 S G2 M G1

0 14 28 Tempo (horas)
CICLO CELULAR

Variação da quantidade de DNA da célula durante o ciclo celular


FASE MITÓTICA

A fase mitótica é constituída pela mitose e pela citocinese.


Interfase Prófase Metáfase
Na mitose, um núcleo (núcleo
original) divide-se e origina dois
núcleos geneticamente iguais entre si
e iguais ao núcleo original.
A mitose é subdividida em 4 etapas:
 Prófase
MITOSE  Metáfase
 Anáfase
 Telófase

A citocinese consiste na divisão do


citoplasma pelas duas células-filhas.

Citocinese Telófase Anáfase


MITOSE

Prófase
 É a etapa mais longa da mitose.
 A cromatina condensa-se formando
cromossomas curtos e densos.
 Nas células animais, os centríolos
afastam-se para polos opostos,
formando entre eles o fuso acromático
ou fuso mitótico (feixes de
microtúbulos).
 No final da prófase, o nucléolo
desintegra-se e o invólucro nuclear
desagrega-se.
MITOSE

Metáfase
 Os cromossomas atingem a sua
máxima condensação.
 Os cromossomas alinham-se no plano
equatorial da célula, formando a placa
equatorial.
 Os centrómetros ocupam a região
central da célula e os cromatídeos estão
voltados para os polos.
MITOSE

Anáfase
 Os cromatídeos separam-se (cada
cromatídeo passa agora a ser
designado por cromossoma).
 Os cromossomas iniciam a ascensão
polar ao longo dos feixes de
microtúbulos do fuso acromático.
 No final da anáfase, cada polo da célula
contém um conjunto idêntico de
cromossomas (cada cromossoma é
formado por um cromatídeo).
MITOSE

Telófase
 O fuso acromático degenera e os cromossomas
começam a descondensar.
 Inicia-se a organização dos núcleos das células-filhas,
com formação do invólucro nuclear em torno dos
cromossomas, a partir do retículo endoplasmático
rugoso.
 O nucléolo é reconstituído e cada célula-filha entra em
interfase.
CITOCINESE

Nas células animais, Nas células vegetais, a citocinese ocorre


a citocinese ocorre, por fusão de vesículas do aparelho de Golgi,
geralmente, que desta forma originam nova membrana
por estrangulamento celular e contribuem para a formação
do citoplasma. da parede celular.
REGULAÇÃO DO
CICLO CELULAR
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR
Estádio
G0

Verificação: Verificação:
- tamanho da célula - ligação dos cromossomas
- replicação do DNA

Intervalo
Verificação:
G2
Intervalo - tamanho da célula
G1 - nutrientes
- qualidade do DNA

Fase
S
Estádio
G0
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR

Permanên
cia em
estado G0

Célula Célula
normal Apoptose celular fragmentada
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR

 A divisão celular é semelhante em todas as células, embora tenha um ritmo


que vai depender do tipo de célula.

 O organismo tem mecanismos que regulam, controlam e asseguram a


divisão celular.

 Os responsáveis pela regulação do ciclo celular são complexos proteicos que


verificam se a replicação do DNA foi completa e correta e também verificam
se existem nutrientes suficientes para a o desenvolvimento da célula.

 Se existirem mutações nos genes que codificam estas proteínas poderão


levar a erros no controlo que comprometem o ciclo celular e o normal
funcionamento da células.
REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR

 Em determinados estádios da divisão celular, no inicio de G1, a célula faz


uma espécie de avaliação e se algo correr mal, se as moléculas de DNA, a
célula não se divide podendo ficar numa espécie de estádio latente,G0, ou
destruir-se no caso das moléculas de DNA não se apresentarem na forma
adequada, é a APOPTOSE.

 Se, por algum motivo, não ocorrer a apoptose, iremos ter no nosso
organismo uma célula estranha, que irá começar a dividir-se com mais
frequência do que o normal (perda do controlo do ciclo celular), dando
origem a uma população de células em proliferação descontrolada, o que irá
formar uma massa de células (tumor).
CANCRO OU NEOPLASIA MALIGNA
CANCRO OU NEOPLASIA MALIGNA

língua
ossos
útero

fígado

estômago

pâncreas bexiga
CANCRO OU NEOPLASIA MALIGNA

Conjuntivo Metástases
Carcinoma
Epitélio

Músculo
Vaso linfático
Vaso sanguíneo
CRESCIMENTO E REGENERAÇÃO DE TECIDOS
VS.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
CRESCIMENTO E REGENERAÇÃO DE TECIDOS VS.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

A mitose é responsável pelo


aumento do número de células
(crescimento) e pela
substituição de células
envelhecidas (regeneração).

mitose
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
 A diferenciação celular resulta da expressão seletiva de genes ao longo do desenvolvimento.

 Embora só parte dos genes sejam expressos, a maioria das células mantém todo o genoma.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Todas as células do organismo


contêm a mesma informação genética.
Contudo, podem especializar-se,
diferenciando-se umas das outras,
porque expressam diferentes partes
do DNA que possuem.

O ovo ou zigoto é uma célula


indiferenciada (não especializada)
com capacidade de originar todos os
tipos de células.
É, por isso, uma célula totipotente.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Existem algumas células –


células estaminais – que
não podem originar todos
os tipos de células, mas têm
a capacidade de originar
alguns tipos de células.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Algumas características
das células estaminais:

 São células indiferenciadas


(não especializadas).
 São capazes de se dividir e originar
diferentes tipos de células.
 Têm capacidade de autorrenovação,
originando duas células-filhas com
destinos diferentes:
− uma das células permanece
como célula estaminal;
− a outra pode diferenciar-se
numa célula especializada.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

A capacidade de uma célula


originar outros tipos de
células especializadas é tanto
maior quanto menor for o seu
grau de diferenciação.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Será a diferenciação um processo irreversível?

 As células que perdem o núcleo


durante o processo de diferenciação,
como os glóbulos vermelhos, não
podem deixar de ser especializadas.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Será a diferenciação um processo irreversível?

 Nas plantas, células especializadas


podem reverter a diferenciação
e originar uma nova planta.

 Uma parte de uma planta também


pode originar uma nova planta
completa.

 Nestes casos, a nova planta é


geneticamente idêntica
à que a originou, pelo que
é denominada clone.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

Será a diferenciação um processo irreversível?


 Nos animais, de forma geral,
as células diferenciadas perdem
a capacidade de originar todos os
tipos de células do organismo.

 Apesar disso, experiências feitas


em animais, tornaram possível,
em 1996, a clonagem de um
mamífero (a ovelha Dolly) a partir
de uma célula da glândula mamária,
após 277 tentativas.

Ovelha Dolly
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
Clonagem em plantas
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
Clonagem
em animais
DIFERENCIAÇÃO CELULAR

 Nas plantas, a diferenciação celular é um processo que pode ser revertido, pois, a
partir de uma célula diferenciada, é possível obter um organismo geneticamente
idêntico à célula inicial, formando assim um clone.

 Algumas células animais diferenciadas também podem ser revertidas para um estado
menos especializado e originar um indivíduo adulto. No entanto, a capacidade das
células animais regenerarem todos os restantes tipos celulares, diminui com o
aumento de especialização e é muito inferior à das células vegetais.

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