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Curso de Mestrado em Saúde Pública

Módulo:Autocuidado relacionado com a Fertilidade,


Reprodução e Saúde Ginecológica
(22/09 – 29/09/2023)

Docente: Maria Suzana Bata


Prevenção do cancro da mama e
ginecológico.
Intervenções à mulher com patologia
ginecológica e da mama.
Patologias benignas e malignas do trato
genital
As lesoes vulvares sao caracterizadas de acordo com o tipo
da lesao:
Mácula;
Ulcera;
 Pápula;
Nódulo;
Tumor;
Pústula;
Trauma e lesoes pré malignas/malignas
Máculas e rashes vulvares= alteracoes nas características
teciduais: Localizacao da alteracao, cor, simetria, textura,
duracao, dor, prurido.
 lesoes mais comuns: Eczemas, infecoes vulvovaginais
(candidiase, tricomoníase, vaginoses);

Úlceras vulvares
Etiologia: neoplasias; doencas infectocontagiosas;
No exame avaliar aparencia, consistencia, sensibilidade a
palpacao

Infecao por herpes-virus
Apresentacao de múltiplas lesoes superficiais ulceradas e
dolorosasno trato genital inferior; Linfodenopatia inguinal
(febre, astenia)
Infecao por Esptein-Barr virus (comum em
adolescents)
Sintomas de febre, linfodenopatia cervical, ulceras genitais
Ulceras aftosas
Lesoes superficiais dolorosas recorrentes na vulva e cavidade
oral
Ulceras de decúbito (comum em acamadas)
Eritema da pele, lesoes profundas atingindo mulsculo e osso
Tumores Benignos
Papulas, nóduloos ou tumores vulvares
So várias as lesoes nodulares e tumorais na regiao vulvar.
 Podem ser de origem embriológica, infecciosa, neoplásica
ou herniária.
Consideracoes clínicas inclum a localizacao, tamanho,
consistencia, coloracaco.
Papulas, nódulos ou tumores vulvares
Molusco contagioso- Infeccao viral, produz múltiplas
papulas;
Doenca de fox-Fordyce- Papula pruriginosas na regiao
das glandulas apócrinas do monte venus, lábios maiores e
as axilas.
Hidroadenoma papilífero- tumor apócrino, no sulco
interlabial.
Siringoma- lesao benigna da pele manifesta por pápula
nos grandes lábios.
Hidrocistoma apócrino- tumor cistico benigno na
regi¬ao perianal
Tumores benignos
Nevo- Tumor cutaneo benigno.
Lipomas-Tumores Benignos da vulva.
Linfangiomas- lesoes vesiculares;
Angioqueratomas- Lesoes vulvares vasculares;
Hemangiomas- lesoes vasculares vulvares;
Cistos sebaceos- Aspecto gorduroso com conteúdo
sebaceo fetido;
Cistos epidérmicos- cistos revistidos de epitélio da vulva;
Cistos de canal de Nuck- cistos de canal inguinal, lábios
maiores.
Tumores benignos
Cistos mucosos vestibulares- Cistos do interior do
vestibulo vulvar;
Cisto do ducto de Skene- Dilatacoes cisticas das
glandulas de skene;
Cistos endometrióticos- Implantacao ectópica de
glandula e de estromas endometriais.
Cistos da glandula de Bartholin- Obstrucao do ducnto
excretor com persistencia da atividade secretora da
glandula.
Edema e hematoma- Espontaneo ou por trauma na vulva.
Leiomiomas- Tumores da musculatura lisa da vulva
Pústulas, abcessos e celulites
 Abcesso da gladula de Bartholin- Tumefacao unilateral
e massa em introit vaginal.
Hidradenite supurativa- múltiplos abcessos na pele da
vulva, resulatnte do acometimento da glandula apócrina.
Fascite necrosante- lesao vulvar eritematosa; presence
de cellulite.
Vulvodinia e dor vulvar crónica- Afecao inflamatoria do
vestíbulo, associada a dispareunia, dor pós coital e eritema
no interior do vestíbulo.
Neuralgia do pudenda, do ilioinguinal e do genitofemoral-
Lesoes do nervo pudendo..
Tratamentos
Corticoesteroides (orais, tópicos ou injectáveis);
Tratamento da dor neuropática;
Tratamento cirúrgico;
 Mudanca de hábitos ( evitas duchas vaginais, evitar
utilizacao de absorventes intímos; Evita cremes e
depiladores químicos de pH básico; preferer uso de roupas
intimas de algodao)
Fisioterapia
Tumores malignos
Cancro da vulva
Cancro relativamente raro;
 incidencia de 1,5 a 2 casos/100.000 mulheres;
Representa 5% dos tumores malignos do trato genital

Classificacao das lesoes pre-invasivas


Neoplasia Intraepitelial vulvar
NIV I (alteracoes displásicas leves)
NIV II (Alteracoes displásicas moderadas)
NIV III Alteracoes displásicas graves ou carcinoma in situ
Cancro da vulva e vagina
Factores de risco para progressao
Idade acima de 40 anos;
Imunodeficiencia;
Localizacao próxima a borda anal;
Neoplsia previa do trato genital inferior com tratamento
radioterápico coadjuvante;
Seropositividade para HIV
Cancro da vulva e vagina
Sintomas
Prurido crónico;
Queimacao;
Eritema;
Dispareunia;
Edema;
Dor local
Sangramentos/ drenagens espontanea;
Lesoes invasivas se estendem para orgaos adjacentes-
clitoris, uretra, vagina e anus.
Cancro da vulva e vagina
Tratamento
Lesoes pré invasivas
Trtamento tópico; ablacao a laser, quimioterapia,
imunoterapia tópicas, excisao alargada, vulvectomia
cutanea e simples
Tratamento de doenca invasiva
Cirúrgico com ou sem radioterapia complementar
Consite e xciso local ampliada da lesao primária com
linfodenoctomia inguinal
Cancro da vagina
Doenca rara, apresenta 1% das neoplasias malignas do
trato genital inferior;
Causas- incerta
Podendo estar associadas as causas do cancro do colo
Factores de risco
Infecao pelo HPV;
Imunodeficiencia;
 irritacao crónica;
irradiacao previa do tecido vaginal no tratamento do
cancro cervical;
Cancro da vagina
Classificao das lesoes
NIV I, II, II
Tratamento das lesoes pré invasivas
Tópico;
Laser;
Tratamento cirúrgico
Tratamento da doenca invasiva
Limitado devido a inexperiencia generalizada no manejo
dos casos globalmente;
Tratamento cirúrgico nao preferido devido a proximidade
com a bexiga e riscos de lesao da bexiga;
Radioterapia
Sarcoma botriode
Tumor altamente agressico derivado dos rabdomioblastos;
Acomete principalmente criancas;
Manifestacoes
Corrimento vaginal
Sangramento e massa visivel no introit vaginal
Tratamento
Cirúrgico conservador, quimioterapia pré ou pós
operatória e radioterapia.
Cancro do colo do utero
É a neoplasia mais frequente do trato genital inferior;
Acomete cerca de 471.000 mulheres por ano;
Inicia na idade precoce e de evolucao lenta

Factores de risco
Infecao pelo HPV;
Tabagismo;
Relacoes sexuais desprotegidas;
Infecoes de transmissao sexual;
Infecao pelo HIV
Cancro do colo uterino
Manifestacoes clínicas
Nas fase pré cancerigena é assintomática
Sintomas bruscos na vase avancada:
Sangramento vaginal ao coito ou espontanea;
Corrimento fétido, aquoso, coloracao rosea e constante;
Menorragias; Sangramentos pós coito ou pós menopausa;
Disúria; polaquiúria; incontinencia urinária; edemas dos
membros inferiors.
Estadiamento
Estagio Ia- Apenas identificado microscopicamente;
Ib- Lesoes clínicas limitadas ao colo;
IIa- Envolve 2/3 da vagina;
IIb- Acomete paredes de utero, nao parede pélvica;
IIIa-Envolve terco inferior da vagina, sem extensa a
parede pelvica
IIIb- Se estende a parede pélvica;
IVa- Disseminacao aos orgaos pélvicos adjacentes;
Ivb- disseminacao aos orgaos distantes
Cancro do colo do utero
Prognostico e tratamento
Sorevida de 5 anos é de 65 a 95%.
 Tratamento e prgnóstico Depende de factores:
Estadiamento clínico;
Tamanho tumoral;
Invasao do corpo uterino;
Tipo histológico;
Profundidade da invasao estromal;
Presenca de metástases
Cancro do endométrio
A possibilidade de desenvolver cancro do endométrio ao
Longo da vida é de cerca de 2.5%;
Ë um cancro comum nos paises desenvolvidos;
Raro em negras porem mais agressivo;
Sao relacionados aos estrogénio ou nao relacionados ao
estrogénio;
Exposicao ao estrogénio sem a oposicao pela progesterone.
Cancro do endométrio
Factores de risco:
História familiar de cancro;
Condicoes que expoem a mulher a períodos prolongados
de ovulacao (menarca precoce, menopausa tardia,
nuliparidade)
Anovulacao crónica;
Indutores de ovulacao;
Exposicao prolongada a estrogénia com deficiencia de
progesterone;
Uso prolongdo de terapia de reposicao hormonal;
Cancro do endométrio
Manifestacoes clínicas
5% assintomáticos
Sangramenton uterino anormal;
Se houver estenose cervical (mulheres idosas), pode
ocorrer o hematometrio;
Coorimento purulento;
Disconforto pélvico
Cancro do endométrio
Estadiamento
I- confinado ao corpo uterino e cavidade uterina
II-Envolve útero e cérvice
III- tumor for a do ütero, nao alem da pelve
IV- For a do utero e envolve mucosa rectal, vesical e
orgaos distantes.
Cancro do endométrio
Prognóstico e tratamento
Associado ao estadio da doenca. O tratamento inclui
estadiamento cirúrgico e classificao do risco e da terapia
adjuvante
Cancro do ovário
Cerca de 70% das mulheres sao disgnosticadas já em
estadiso avancados II, IV com uma sobrevida de 5 anos
inferior a 20%.
Factores de risco
Vida reprodutiva (nuliparidade, contracepcao hormonal,
amamentacao).
 Sspectos demográficos (idade, idosas; regioes
demográficas)
Estilo de vida;
História familiar;
Cancro do ovário
Sinais e sintomas
Saciedade precoce;
Distensao abdominal;
Massa ovariana palpável;
Ascite;
Derrame pleural;
 Massa umbilical;
Cancro do ovário
Estadiamento
Ë feito por meio de cirurgia (laparotomia mediana)
Prognóstico
Depende de varios factores:
Idade; estadiamento; tipo histológico; volume da doenca
residual; grau da diferenciacao tumoral
Tratamento
Cirúrgico e quimioterapia
Cancro do colo do útero
Factores protectores
Uso de contraceptivos;
Anti-inflamatórios nao esteroides;
Salpingooforectomia preventiva;
Patologia maligna da mama
Segundo tipo de cancro mais frequente no mundo e
primeiro nas mulheres;
Factores de risco
Idade (aumenta com aidade);
Hist’oria pr’evia de hyperplasia, atypia ou cancro da
mama;
Historia familiar;
Terapia hormonal;
Factores diéteticos ;
Relacao com gravidez
Cancro da mama
Estadiamento
TX-Tamanho do tumor nnao pode ser avaliado;
T0- Nnehuma evidencia de tumor;
Tis- carcinoma in situ
T1- Tumor até 2cm;
T2-Tumor maior que 2cm mas menor que 5com;
T3-Tumor maior que 5 cm
T4-Qualquer tumor com extensoa para pele ou parede
torácica, costela, músculs, edema, pele em casca de
laranja, úlcera da pele, carcinoma inflamatório.
Cancro da mama
Sinais e sintomas
Nódulo mamário;
Dor mamária;
Descarga mamilar;
Anomalias de desenvolvimento (assimetria mamária,
anormalidades congénitas; alteracoes facciosas)
Eliminacao de material purulento;
Alteracoes da pele que reveste a mama (lesoes da pele
e complexo mamilo-alveolar)
Cancro da mama
Estadiamento
Linfonodo regional
Nx;
N0;
N1 a N3
Metástase a distancia (M)
MX;
M0:
M1
Cancro da mama
Factores prognósticos e tratamento
Considerar:
Status axilar;
Tamanho tumoral;
Receptor hormonal; e grau tumoral.
Tratamento
Depende da relacao tamanho do tumor e da mama:
 Tratamento conservador seguindo de radioterapia;
 Tratamento cirúrgico-mastectomia;
Radioterapia;
quimioterapia
Cancro da mama
Medidas preventivas
Autoexame da mama;
Exame físico:
 inspeccao-observer volume e forma das mamas; mamilos;
revestimento cutaneo; retraces da pele;
Palpacao_ divido em 4 quadrantes; se nódulo detectado,
sua localizacao; forma, tamanho, consistencia, mobilidade e
sensibilidade. Pesquisa de linfonodos axilares e
supraclaviculares.
Expressao dos ductos galactóforos;
Exames complementares (Imagenologia mamária,
mamografia; ultrassonografia mamária; ressonancia
magnetica; procedimentos invasivo-PAAF)
Menopausa
Menopausa
Corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última
menstruação. Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos.
Menopausa prematura ou precoce- Ocorre por volta
dos 40 anos.
Factores: Má nutrição; hábitos de vida não saudáveis
(cigarros)
Climatério
É a fase de transição do período reprodutivo, ou fértil,
para o não reprodutivo na vida da mulher.
Climatério
Perimenopausa- periodo que precede a menopausa-
dura cerca de 3-5 anos;
Pós menopausa
Menopausa
Características do período pré menopausa e sintomas
da menopausa
Irregularidades menstruais-irregularidades na duração dos
ciclos menstruais e na quantidade do fluxo sanguíneo
Hemorragias;
Ondas de calor-episódios súbitos de sensação de calor na
face, pescoço e parte superior do tronco acompanhados de
rubor facial, suores, palpitações no coração, vertigens,
cansaço muscular;
Alterações do sono, da libido e do humor;
Atrofia dos órgãos genitais
Menopausa
Sintomas
Dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e urgencia para
urinar, perda de urina e infecções urinárias;

 Infecções ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à


penetração e diminuição da libido;

Sintomas psíquicos-irritabilidade, instabilidade


emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de
ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia;
Menopausa
Sintomas
alterações na pele, que perde o vigor, nos cabelos e nas
unhas, que ficam mais finos e quebradiços;

– alterações na distribuição da gordura e concentração na


região abdominal;

– perda de massa óssea- osteoporose e osteopenia;


– risco aumentado de doenças cardiovasculares- doença
coronariana
Tratamento
Terapia de reposição hormonal
Indicacao
Aliviar os sintomas físicos (fogachos);
Psíquicos (depressão, irritabilidade);
Relacionados com os órgãos genitais (secura vaginal,
incontinência urinária).
Ósteos- Proteção contra a osteoporose;
Rastreio de doenças e lesões pré-cancerigenas
 Assegurar melhor qualidade de vida para a mulher
Tratamento
Hábitos de vida saudáveis
Alimentação saudável-evitar ganhar peso;
 Atividade física regular, ;
Não fumar;
 Evitar o consumo de álcool;

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