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Professor: Dr.

Marcelo Taglietti
“programa multiprofissional de
cuidados de pacientes com doença
respiratória crônica, que é
desenvolvido individualmente para
otimizar a performance física e social
e a autonomia do paciente”.

(Pulmonary Rehabilitation: Joint ACCP/AACVPR Evidence-Based Clinical Practice Guidelines, 2007)


Limitação ao exercício por DISPNÉIA

 DPOC;
 Alterações da caixa torácica;
 Fibrose cística;
 Bronquiectasias;
 Neoplasia pulmonar;
 Fibrose pulmonar.

JARDIM, 2002
 Tabagismo;
 Idade e gravidade da doença (não exclui);
 Estáveis;

 Motivação.

JARDIM, 2002
 ↓ dos sintomas respiratórios (dispnéia);
 ↓ da ansiedade e da depressão;
 ↑ da capacidade física;
 Melhora na qualidade de vida;
 Melhora nas habilidades para AVDs;
 ↓ nos dias de hospitalização.

ACCP/AACUPR, 2007
Não muda função pulmonar

↑ capacidade para exercício

↓ sensação de dispnéia

JARDIM, 2002
↑ capilarização e concentração
de mioglobinas

↑ consumo de O2

Transformação fibras IIb


em IIa

Resistente à fadiga
JARDIM, 2002
 hipoxemia;
 falta de condicionamento físico;
 miopatia e/ou atrofia muscular;
(corticóide)
 má nutrição;
 inflamação sistêmica.
ACCP/AACUPR, 2007
QUESTIONÁRIOS
 Qualidade de vida;
 Depressão;
 Ansiedade;
 Conhecimentos sobre a doença.

Interferência do estado emocional e


físico sobre a capacidade física

Auxilia no planejamento do programa


Parâmetro pré e pós-reabilitação.
Impacto da DPOC sobre a vida.

 Questionário Saint George (AQ-20 no Brasil):


Sintomas, atividade e impacto da doença.

 Questionário de Doenças Crônicas Respiratórias


(CRQ): domínios – dispnéia, impacto da
doença, fadiga e função emocional.

JARDIM, 2002
BODE
TESTE ERGOMÉTRICO
Ideal para avaliação física.

Foto: Arquivo Pessoal


Teste de caminhada dos seis minutos:
Simples e reprodutível;
Baixo custo;
NÃO existe padronização.

Treino
Estímulo verbal
(American Toracic Society – ATS)
Local plano;
Linha reta;
30 metros.

Foto: Arquivo Pessoal

RODRIGUES; MENDES, 2004


 FC, FR, PA e SatO2;

 nível dispnéia e cansaço MMII.


(BORG modificado)

Repouso (início)
3’ (meio)
6’ (final)
capacidade funcional ↔ distância percorrida

Fórmulas : sexo, idade e estatura


(ENRIGTH & SHERRILL)

OU
• Mau prognóstico : 150 – 300m
• Bom prognóstico : > 450m

RODRIGUES; MENDES, 2004


Escalas TC6`
Foto: Arquivo Pessoal
Componentes Nível de Evidência
Dispnéia A
Treinamento de membros inferiores A
Treinamento de membros superiores B
Treinamento de músculos respiratórios B
Qualidade de vida B
Educação C
Sobrevida C

FONTE: Adaptado dos Guedilines ACCP/AACVPR (Chest 1997;112:1363-96)


 2 a 3 x/semana;
 1 a 2 horas;
 8-12 semanas para obter
benefícios.

GOLD, 2019
Foto: Arquivo Pessoal
 Exercícios dinâmicos aeróbios;

 Exercícios de coordenação;

 Associar exercícios ventilatórios;

5 a 10 minutos iniciais.

Foto: Arquivo Pessoal


 Treinamento aeróbio;

 Esteira, bicicleta ou cicloergômetro;

 30 minutos;

 5’ – aquecimento;

 5’ desaquecimento.

Foto: Arquivo Pessoal


 Para sinais vitais voltarem

aos níveis de repouso; Foto: Arquivo Pessoal

 Relaxamento e alongamento;

OU
 Exercícios dinâmicos da musculatura não
trabalhada.
 Tem-se demonstrado grande benefício;

 Organizar no decorrer do programa.

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal


Foto: Arquivo Pessoal
Esteira ou bicicleta

Caminhar é mais funcional


Esteira, pista, corredor, parques...

Foto: Arquivo Pessoal


 Limiar anaeróbio (LA)
É o mais aceito;
 Ponto de estresse metabólico;
 Adaptações circulatórias e metabólicas ao
exercício;
 Exige equipamentos específicos.
 Freqüência cardíaca
 60-90% da máxima;
 Teste ergométrico (ou de esforço);
 Fórmula de Karvonen.

FCT = FCR + (FCmax – FCR) x IT


 Escala de Borg

 Marcador confiável;

 Previamente ensinado.

Foto: Arquivo Pessoal


 Teste incremental
 80% da inclinação máxima;
 Velocidade = teste (reabilitando...);
 Não ultrapassar (velocidade e I=80%).
 DPOC – uso mm acessória ventilatória;
 Dispnéia no uso da mm cintura escapular;
 Treino = exercer atividades com menor gasto
energético.

•Cicloergômetro
•Exercícios com pesos
(facilitação proprioceptiva)
 Indicação restrita
 Poucos estudos

“indicado somente quando a sua força está tão


diminuída que passa a ser um componente da limitação
ao exercício” (JARDIM, 2004)

Outros estudos (KUNIKOSHITA 2006, LARSON 1999,


MOREIRA 2001) encontraram benefícios com o
treinamento de força ventilatória.
 Grande maioria necessita no treinamento
 SatO2 < 88%
 Óculos nasal;
 Máscara de Venturi;
 Máscara reservatório O2.

JARDIM, 2002;AZEREDO, 2000


↓ gasto energético;

↓ sensação de dispnéia;

↑ funcionalidade.

Foto: Arquivo Pessoal

VELLOSO; JARDIM, 2006


 Treinar respiração diafragmática;

 Treinar os MMSS;

 Simplificar desenvolvimento de algumas


tarefas;

 Eliminar atividades desnecessárias;

 Orientar a solicitação do auxílio dos


familiares;
VELLOSO; JARDIM, 2006
 Organizar o tempo (tarefas x descanso);

 Organizar o ambiente;

 Orientar posturas mais adequadas.

Foto: Arquivo Pessoal


VELLOSO; JARDIM, 2006
↑ aderência ao tratamento;
 Entender a doença (mudanças físicas e
psicológicas);
 Estender aos familiares.
MODOS:
•Aulas
•Cartazes
•Vídeos
•Folhetos

RODRIGUES, 2004
TEMAS:
 Doença e condutas (DPOC);
 Porque fazer atividades físicas;
 Uso adequado da medicação;
 Técnicas de conservação de energia;
 Oxigenoterapia;
 Nutrição;
 Sexualidade.
RODRIGUES, 2004
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