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FISIOTERAPIA

DIRETRIZES DE REABILITAÇÃO NA
SÍNDROME PÓS-COVID-19
SUMÁRIO
1. PRINCIPAIS SEQUELAS DA COVID 19...........................5
2. INÍCIO DO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO...................8
3. O QUE CONTÉM NO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO...8
4. PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS....................................9
5. INTENSIDADE DOS EXERCÍCIOS...................................9
6. CONTRAINDICAÇÕES...................................................11
7. FATORES PARA INTERRUPÇÃO DOS EXERCÍCIOS......11
8.IMPORTANTE................................................................12
REABILITAÇÃO PÓS-COVID-19

Com a finalidade de instruir os


profissionais da área da saúde, acerca
das intervenções fisioterapêuticas
abordadas em pacientes que
apresentam sequelas da COVID-19, o
curso de Fisioterapia da Universidade
Sabe-se que o SARS-COV2 é capaz
do Planalto Catarinense(UNIPLAC)
de afetar múltiplos órgãos e
desenvolveu as Diretrizes de
desenvolver sequelas variadas,
Reabilitação Fisioterapêutica na
principalmente na forma grave da
síndrome pós-COVID-19.
doença. Porém indivíduos que
A fisioterapia tem como principais
desenvolvem a forma leve ou
objetivos promover alívio de sintomas,
moderada, também podem apresentar
tratar e prevenir as complicações
algum grau de comprometimento
decorrentes da doença, nos sistemas
funcional. Portanto, uma avaliação
respiratório, cardiovascular,
específica que analise o estado físico,
musculoesquelético e neurológico.
funcional e de participação é primordial
Atuando no restabelecimento da
para estabelecer o plano
qualidade de vida e retorno às
fisioterapêutico ideal para cada
atividades laborais, sociais e
paciente.
esportivas.
1.PRINCIPAIS SEQUELAS DA COVID-19:

Função pulmonar prejudicada;


Fibrose pulmonar;
Miocardite;
Arritmias;
Alteração do olfato e paladar;
Fadiga;
Fraqueza muscular;
Limitação da mobilidade e da capacidade de realizar atividades
diárias;
Queda de cabelo;
Sudorese noturna;
Desregulação do sono;
Ansiedade;
Síncope;
Deficiências de memória, atenção, velocidade de processamento e
funcionamento.

A avaliação deve ser direcionada às necessidades do paciente. Os


dados coletados devem ser objetivos e quantitativos, para identificação
do estado físico e funcional atual do paciente e a progressiva evolução
durante o tratamento.
PROBLEMAS AVALIAÇÃO
CLÍNICOS SUGERIDA

Redução da tolerância
ao exercício Teste Ergométrico.

Dinamômetro manual.
Redução da força muscular
Teste de 1RM.

Teste do banco de Wells


para membros inferiores.
Teste do 3º dedo ao solo
Redução da flexibilidade para membros inferiores.
Teste Backscratch para
membros Superiores.

Teste de Romberg.
Semi Tandem/ Tandem.
Alteração do equilíbrio
OneLeg Balance (Apoio
Unipodal).

Teste de velocidade de
Alteração da mobilidade marcha.
Timed Up and Go (TUG).
Teste de Sentar e Levantar.

Perimetria.
Medidas corporais
Bioimpedância.
Relação cintura-quadril.
Ficha de avaliação respiratória
completa: história da doença
atual, história da doença
pregressa, doenças associadas
e fatores de risco, exames
complementares, inspeção
Alterações Respiratórias (tipo de tórax, biótipo e padrão
respiratório), ausculta
pulmonar e avaliação da tosse.
Oximetria de pulso.
Cirtometria.
Manovacuometria.
Pico de fluxo expiratório.

Escala de percepção
subjetiva do esforço(Escala
Sinais de dispnéia e fadiga de BORG).
Escala de dispneia MRC
Modificada.

Qualidade de vida QuestionárioWHOQOL-bref.


diminuída Questionário GAD-7.

Escala de Barthel.
Incapacidades
Teste de Fragilidade Fried
(2001).
2. INÍCIO DO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO

O Programa deve ser iniciado após 14


dias do início dos sintomas, sendo os dois
últimos dias sem febre, sem a presença dos
sintomas graves da COVID-19, com
monitoramento de sinais vitais.
Os exercícios são programados de
acordo com os dados coletados na avaliação,
e prescritos de forma individualizada de
acordo com a idade, necessidade e
capacidade funcional do indivíduo.

3. O QUE CONTÉM NO PROGRAMA DE


REABILITAÇÃO

Exercícios para melhora da amplitude de movimento e flexibilidade;


Exercícios de fortalecimento muscular;
Exercícios para musculatura respiratória;
Exercícios de controle neuromuscular e equilíbrio;
Exercícios aeróbicos (bicicleta ergométrica, esteira ergométrica e
elíptico);
Exercícios que estimulem a independência nas atividades de vida
diária;
Avaliação, acompanhamento e reavaliação interdisciplinar com
fisioterapeuta, médico, enfermeiro e nutricionista;
Orientação para assistência psicológica, caso necessário.
4. PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Sugere-se que seja realizado aquecimento com alongamentos


musculoesqueléticos, para o preparo dos exercícios fundamentais.

5. INTENSIDADE DO EXERCÍCIO

Para controlar a percepção de de esforço durante os exercícios. Por


esforço no decorrer dos exercícios isso, é necessário o acompanhamento
cinesioterapêuticos e aeróbicos, dos sinais vitais, bem como, a
recomenda-se a utilização da Escala realização do intervalo para a
de BORG entre 11 e 14, juntamente recuperação do nível de oxigenação.
com a oximetria de pulso que Para o início dos exercícios
acompanha a frequência cardíaca (de cinesioterapêuticos, é recomendável a
acordo com a zona de treinamento utilização de cargas leves, entre 20 e
aeróbica) e a saturação de oxigênio, 50% de 1RM. De acordo com a
no início, durante e ao final das evolução, a carga e as repetições
sessões. devem ser aumentadas gradualmente
Alguns indivíduos podem apresentar conforme a necessidade e nível de
hipoxemia e alteração da percepção segurança.
Escala de Percepção Subjetiva do Esforço

Zona de treinamento
6. CONTRAINDICAÇÕES

ABSOLUTAS
Doença sistêmica aguda ou quadro febril;
Desconforto respiratório em repouso;
Frequência cardíaca de repouso <50 e >100 batimentos por minuto;
Saturação de oxigênio menor que 88%;
Hipertensão não controlada, com pressão arterial sistólica durante o
repouso >180 mmHg, e/ou pressão arterial diastólica durante o repouso
>110 mmHg;
Hipotensão, com pressão arterial sistólica durante o repouso <90 mmHg,
e/ou pressão arterial diastólica durante o repouso <60 mmHg;
Arritmia descontrolada;
Glicemia menor que 100mg/dLou maior que 300mg/dL.

RELATIVAS
Miocardite ativa;
Insuficiência cardíaca congestiva;
Trombose venosa profunda.

7. FATORES PARA INTERRUPÇÃO DOS


4. PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
4. PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS
Na ocorrência de algum dos sintomas citados, o exercício deverá ser
suspenso. Caso os sintomas persistam, o individuo necessitará do
encaminhamento ao médico.

Náusea;
Tontura;
Visão turva e sudorese;
Falta de ar e/ou fadiga intensa;
Queda abrupta da saturação de oxigênio;
Crise de ansiedade;
Palpitações;
Dor ou sensação de aperto no peito.
8. IMPORTANTE

Para garantir a eficiência e Além disso, o fisioterapeuta deverá


segurança durante o atendimento, o orientar o paciente sobre como realizar
fisioterapeuta deverá ter alguns alguns exercícios quando não estiver
cuidados, como, a lavagem das mãos na clínica de reabilitação, de forma não
sempre que possível, a utilização de prejudicial, para facilitar o desempenho
equipamentos de proteção individual nas atividades de sua vida diária;
(EPI’s),bem como, manter a higiene do
local na troca de cada paciente;

7. FATORES PARA INTERRUPÇÃO DOS


EXERCÍCIOS

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