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FISIOTERAPIA

MOTORA/MOBILIZAÇÃO PRECOCE

Fisioterapia Cardiopulmonar na
Saúde do Adulto
Fisioterapia motora

PASSIVA ATIVA ATIVA


ASSISTIDA
Mobilização precoce do paciente crítico

Os doentes críticos que se encontram na UTI apresentam


perda de força muscular ao longo dos dias de internação,
devido à restrição de movimentação, mau estado
nutricional e processos inflamatórios que fazem
aumentar a circulação de citocinas inflamatórias, como a
interleucina 1 (IL-1), que gera destruição do tecido local.

 Como resultado dessa fraqueza muscular do paciente


crítico, ocorre maior tempo de ventilação mecânica, de
internação, piora da capacidade física e da qualidade de
vida.
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
FUNCIONALIDADE - MRC
São avaliados 12 grupos musculares.

3 movimentos de membros superiores: (extensão do punho, flexão do cotovelo


e abdução do ombro)

3 de membros inferiores: (dorsiflexão do pé, extensão do joelho, flexão do


quadril)

Totalizando 6 movimentos aplicados bilateralmente. A graduação de força varia


de 0 a 60 pontos, sendo 0 considerado (plegia) e 60 (força normal).

*Resistência na fase final do movimento.

São considerados pacientes com fraqueza muscular adquirida na UTI os com


escore menor que 48
FUNCIONALIDADE MRC
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
DEFINIÇÃ
O

E o início do programa de reabilitação


assim que o paciente esteja apto para a
terapia, onde se é realizado avaliação
individualizada e dado seguimento através
de protocolos específicos.

Conscientiae Saúde, 2021 jan./dez.;20Z1-15,e19500


HISTÓRICO

1940 1970
427-347 A.C.
Grandes “Mobilização
Platão
Guerras Precoce”

A partir de 1984
2000 Polineuropatia
Mobilização
precoce
SINDROME DO IMOBILISMO
EFEITOS DELETÉRIOS
EFEITOS DELETÉRIOS
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Cardiovascular
Condição de estabilidade hemodinâmica
(baixas doses de drogas vasoativas),

Ausência de isquemia miocárdica

Ausência de arritmia cardíaca

Ausência de cateter na artéria femoral.*


Respiratório
Avaliação dos parâmetros ajustados na ventilação
mecânica:

FiO2 deverá estar < 0,6

PEEP < 10 cmH2 O

Saturação periférica de oxigênio maior que 88%


Neurológicos
Nível de consciência

Rass
Glasgow

Normalidade da pressão intracraniana


MOBILIZAÇÃO PRECOCE
EXERCICIO
PRECOCE

Melhora a função
Previne Melhorar a
em pacientes com
complicações pós- capacidade
insuficiência
operatórias funcional
respiratória aguda

Seguro e tem baixo Diminui o tempo Diminui o tempo


risco de potenciais sob ventilação de internação
eventos adversos mecânica invasiva hospitalar

National Library of Medicine, 2019; 14(10): e0223185


INDICAÇÕES PARA MOBILIZAR
CRITERIOS DE SEGURANÇA PARA
MOBILIZAÇÃO
 Paciente muito agitado/ sonolentos/ agressivos ou não
colaborativos;
 Queda do paciente durante a transferencia, ou deambulação;
 Palidez ou sudorese fria;
 Solicitação do paciente para interromper a terapia devido
desconforto;
 Paciente relata novo episódio de dor torácica;
 Hemoglobina < 7g/dl;
 Plaquetas < 25.000 – 50.000 unid/mm;
 Hipoglicemia;
 Quadro hemorragico;
CRITERIOS DE SEGURANÇA PARA
MOBILIZAÇÃO
 Piora clínica aguda;
 Convulsão;
 Pressão arterial média < 65 ou > 120 mmHg;
 Frequencia cardíaca < 50 ou > 140 bpm;
 Frequencia respiratória > 35 irpm;
 Queda da saturação > 10%;
 Aumento da PEEP;
 Temperatura 38/39 Cº;
 Drogas vasoativas > 5 ug/min ou vasopressores.
MOBILIZAÇÃO COM DVA?
Neste estudo observacional conduzido na Austrália,
foram relatados 195 eventos de mobilização
realizados pela equipe de enfermagem e fisioterapia
em 119 pacientes recebendo DVA em um período de
3 meses.

💊 A maioria dos pacientes recebia doses baixas de


DVA e foi submetida a mobilização de moderada
intensidade.

🚫 Não foram relatados eventos adversos


importantes, somente 14 episódios de hipotensão
reversível com adequação da dose de DVA (7,8%).

📊 Estes resultados indicam que a utilização de DVA


não é uma contra-indicação absoluta para a
mobilização.
Cicloergômetro

O cicloergômetro é uma bicicleta estacionária que


permite a realização de exercícios passivos, como no
caso da Movimentação Passiva Contínua (MPC) e
também ativos.

Ele pode ser trabalhado tanto para membros inferiores


como para membros superiores. No ambiente hospitalar,
os protocolos geralmente enfatizam o treinamento de
membros inferiores.
Ortostatismo passivo e ativo

O ortostatismo pode ser assumido de maneira


ativa no caso de pacientes com grau de força
muscular suficiente para manter a postura e em
pacientes colaborativos.

O ortostatismo passivo, utilizando-se de prancha


ortostática
Deambulação
A deambulação é uma das tarefas funcionais mais complexas
que o ser humano executa e ela pode ser prejudicada pela
redução da massa muscular, por isso incentiva-se a
deambulação precoce na UTI.

Podemos deambular com pacientes em respiração espontânea


bem como com os que dependem de ventilação mecânica.

O treino de deambulação promove ganho de força muscular,


manutenção de condicionamento cardiorrespiratório e maior
habilidade funcional na alta hospitalar.
MARCOS DE MOBILIDADE NA UTI
OBRIGADA 

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