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Mobilização precoce e exercícios

funcionais para pacientes


hospitalizados
Tópicos:

u Quem é o candidato à mobilização precoce?


u É segura?
u Quais são as contraindicações?
u Qual a dose adequada e como defini-la?
u Quais os resultados obtidos?
u Quais os indicadores prognósticos em sua utilização?
Quem é o doente crítico?
u Risco iminente de perder a vida ou função órgão ou sistêmica;
u Frágil condição clínica

mudança de admitido na UTI Disfunção musculoesquelética;


pensamento e ficava em Disfunção pulmonar;
clínico repouso absoluto complicações

tempo de internação
Maior objetivo qdo
qualidade de vida paciente é admitido
na UTI é devolver
ele p sua vida com
menores perdas
possíveis
O que é a mobilização precoce?
O que é a mobilização precoce?

u Atividade de mobilização que tem início logo após a estabilização do


paciente, geralmente em 24-48h após admissão no CTI – inicia-se mesmo na
fase em coma ou sedação.
Exercícios motores no leito
Sedestação
Transferência p/ cadeira fisioterapeuta
u Atividades progressivas como: não faz nada
Ortostatismo
Deambulação sem avaliar o pct
antes!
As alternativas para sua implementação são diversas e podem estar associadas a
ferramentas, como eletroestimulação, cicloergômetro ativo e passivo, prancha ortostática,
entre outros
u Até nos dias de hoje ainda é um desafio, afinal, para que seja uma
mobilização adequada, tem que ser feito um trabalho multidisciplinar.

O que o fisioterapeuta faz?

u Define o melhor modelo de intervenção


u Intensidade do exercício
u Continuidade – apto para evoluir/interromper a mobilização
A mobilização precoce é segura?

u Analisar 3 tópicos:
u 1) Critérios de segurança - parâmetros
u 2) Eventos adversos – baixa frequência – necessidade de interrupção
u 3) Mortalidade – índice diminui
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Quem é candidato a mobilização
precoce?
u Pacientes com estabilidade hemodinâmica e respiratória.

PAS
>90mmHg SpO² >90% FR <25irpm
<170mmHg
Contra-indicações

u Pacientes terminais, com hipertensão sistólica ou intracraniana


u Fraturas instáveis
u IAM recente
u Feridas abdominais abertas e/ou sangramento ativo.
Escolha da dose deve ser baseada

u Eficácia clínica
Avaliação paciente pré e pós mobilização
Avaliação resposta do paciente pós mobilização

u Tolerância individual
Existe protocolo mas nenhum é receita de bolo

u Idade
Criança ≠ idoso, respostas ≠

u Condições prévias do paciente


Analisar qual situação
Fluxo assistencial
Técnicas e doses:
As intervenções testadas estendem-se desde o posicionamento, até a atividade física de maior intensidade

Diretrizes Brasileiras de Mobilização Precoce em Unidade de Terapia Intensiva

u Mobilização passiva - Cerca de 10 a 20 mobilizações por articulação


selecionada, em até duas vezes/dia.
u A mensuração da amplitude de movimento pode ser avaliada pelo goniômetro.
u Exercícios ativos - Uma hora por dia, em até duas vezes de 30 minutos.
u Devem incluir movimentos funcionais (geralmente em diagonais, combinando,
flexão, adução e rotação externa de membro superior com flexão de
cotovelo, a fim de levar a mão na boca para alimentar-se) que possam servir
de base para atividades da vida diária.
u Os exercícios ativos devem incluir não somente a transferência de deitado
para sentado, como também as transferências de peso de tronco na posição
sentada, para os lados, adiante, para trás e em rotação do tronco. – controle
de tronco.
u Posicionamento e progressões - Verticalização assistida com prancha
ortostática - até 1 hora por dia, em até duas vezes por dia;
u sentar na poltrona – até 90 minutos, em até duas vezes por dia. Deve-se
associar o trabalho de controle de tronco - e não apenas manter o paciente na
posição sentada.
u Adotar a postura ortostática com assistência fisioterapêutica. Nesta posição,
deve-se trabalhar o equilíbrio, com transferência de peso para ambos os
lados, para frente e para trás, além do ensaio dos primeiros passos.
u Pacientes que conseguirem permanecer na postura ortostática de forma
estável devem ser encorajados a iniciar a deambulação.
u Ciclo ergômetro - objetivo principal melhorar o condicionamento
cardiovascular, devendo ser realizado sob monitorização ao menos da
frequência cardíaca, pressão arterial e SpO2.
u Ciclo ergômetro passivo: 20 minutos, com 20 ciclos por minuto.
Ativo: duas sessões diárias de 10 minutos, podendo até atingir 30 a 40
minutos.*

Todos esses
são padrões,
mensurar de
acordo com o
pct
Resultados obtidos com a mobilização
precoce:
u Menor tempo de internação
u Maior independência funcional
u Melhora da força muscular
u Melhor funcionalidade pós alta
u AP – alongamento passivo
u MP – mobilização passiva
u PA – posicionamento articular
u EAA – Exerc. Ativo-assistido
u TDpS – transf.deitado para sentado
u EAR – Exerc. Ativo-resistidos
u TSpC – trans. Sentado para cadeira
u PO – postura ortostática
u ECR – exerc. Contra-resistido
Concluindo..

u A mobilização precoce é segura, com eventos adversos relacionados


principalmente com alterações hemodinâmicas e/ ou respiratórias, de baixa
frequência e reversíveis com a interrupção da intervenção. A mobilização
deve ter como princípio a efetividade, ou seja, a reinserção social, em
condições em que os impactos da hospitalização sejam minimizados ou
revertidos. A mobilização precoce está associada a melhores resultados
funcionais, devendo ser realizada sempre que indicada, respeitando as
contraindicações, limitações e variações biológicas dos pacientes.
Questões:
u 1. Observe as alternativas a seguir sobre o objetivo inicial dos protocolos de
mobilização na UTI.
u I — Minimizar os efeitos da inatividade.
u II — Minimizar o declínio de mobilidade.
u III — Propiciar a progressão dos níveis de mobilização.
u IV— Possibilitar o retorno ao estado prévio de mobilidade.
u Quais estão corretas?
u A) Apenas a I e a II.
u B) Apenas a II e a III.
u C) Apenas a II e a IV.
u D) Apenas a III e a IV.
u 2. Assinale a alternativa correta em relação à consideração clínica que
contraindica a mobilização precoce.
u A) Febre com temperatura > 38°C.
u B) Sangramento ativo não controlado.
u C) Cateter dialítico.
u D) Leucopenia acentuada.
u 3. Nas últimas décadas há uma nova tendência no manejo de pacientes críticos
visando a mobilização e treinamento físico funcional o mais precoce possível.
Quanto a mobilização precoce em paciente crítico assinale a alternativa incorreta.
u A) A mobilização precoce contribui para a diminuição da fraqueza muscular
adquirida pela imobilidade no leito, um menor tempo de desmame da ventilação
mecânica e de internação na UTI
u B) A mobilização precoce pode ser realizada através de atividades terapêuticas
progressivas, tais como exercícios motores no leito, sedestação a beira do leito,
transferência para a cadeira, ortostatismo e deambulação
u C) Postergar o início dos exercícios não colabora para intensificar o déficit
funcional físico e psíquico dos pacientes em UTI
u D) A imobilidade de pacientes críticos proporciona importante limitação com
consequente perda de inervação e declínio na massa muscular
u E) Existem diversos protocolos de mobilização precoce, e alguns dos recursos
utilizados são a prancha ortostática; cicloergômetro e eletroestimulação
neuromuscular
u 4. A mobilização precoce do paciente crítico é fundamental para favorecer a
melhora das suas condições motoras. Levando esse aspecto em consideração,
assinale a alternativa correta.
u a) A mobilização precoce deve ser realizada com início da abordagem nas regiões
distais.
u b) O ortostatismo à beira do leito é contraindicado, por aumentar o risco de
quedas e da pressão arterial.
u c) Os exercícios resistidos aumentam a resistência vascular periférica e são contra
indicados.
u d) A mobilização ativo-assistida é indicada para pacientes inconscientes e que não
interajam.
u e) O treino de transferências da cama para a poltrona deve ser estimulado,
minimizando os efeitos da hipotensão postural.
u 5. Cite 3 contra-indicações para a mobilização precoce:

u 6. Como escolho a dose/intensidade da mobilização do paciente?

u 7. Quais os principais resultados obtidos com a mobilização precoce?

u 8. O que é a mobilização precoce?

u 9. A mobilização é um método seguro? Por quê?

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