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Diagnóstico Tardio Da Endometriose Ovariana E Suas Consequências.

Milena Moreira da Silva1


Erica Pereira2

RESUMO

O presente artigo teve como objetivo evidenciar os principais impactos do


diagnostico tardio da endometriose ovariana nas mulheres. Traz ainda
características sobre a endometriose, qualificada pela apresentação de tecido
endometrial, situado fora da cavidade uterina, evidenciado na superfície peritoneal,
ovários e septo retovaginal. Afeta diversas mulheres em idade reprodutiva, com
situação sintomatológico inespecífico de inflamação, dismenorreia, dor pélvica
crônica, dispareunia e infertilidade, contribuindo por várias vezes um diagnóstico em
estágios mais adiantados e, por conseguinte, maiores complicações. Diante disso,
nota-se a seriedade do diagnóstico precoce e menos invasivo, objetivando um
menor conflito na qualidade de vida das pacientes, o que evidencia a importância e
destaque do presente trabalho. A metodologia utilizada será a partir de uma
abordagem bibliográfica, ou seja, através de referenciais teóricos, ou bibliografia já
existente sobre o assunto.

Palavras-chave: Endometriose; Saúde; Mulher; Cuidados; Diagnóstico tardio.

1 INTRODUÇÃO

A Endometriose é uma ginecopatia, ou seja, é uma doença ginecológica de


caráter progressivo que advém em mulheres, especialmente naquelas em idade
reprodutiva e pode ser distinta quando há apresentação de endométrio em locais
não habituais. Suas consequências são variáveis e por ser avaliada como uma
doença crônica, os sintomas persistentes podem ocasionar detrimentos em vários
âmbitos da vida da mulher, tais como, físico, mental e social, cooperando para a
diminuição da sua qualidade de vida.
Uma vez que, as manifestações clínicas que afetam o cotidiano das
pacientes, sendo as dores constantes a crucial queixa que suscita percalços,
podendo ocasionar a danos no âmbito profissional e financeiramente, trazendo
prejuízos gerais no dia a dia das mulheres. Além do mais, a Endometriose é uma
1 Acadêmico(a) do curso de Curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera de Tangará da Serra -
MT
2 Orientador(a). Docente do curso de Curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera de Tangará
da Serra – MT
das principais causas da infertilidade feminina, causa esta que afeta diversos
setores da vida da mulher. A doença ainda diminui e altera o convívio diário da
mulher com suas rotinas o que conjetura, especialmente, na sua autoestima.
A endometriose é uma doença ginecológica, de caráter inflamatório e crônico,
que agride mulheres em idade reprodutiva e se distingue pela apresentação de
tecido endometrial fora da cavidade uterina. O tecido endometrial pode abordar
diversas regiões fora da cavidade uterina, como, por exemplo, ovários, peritônio,
apêndice, bexiga, ureteres, entre outros. Os desafios quanto a progressão da
endometriose ovariana tardia e as consequências gerada para a saúde da mulher,
tem possibilitado o desenvolvimento alarmante de infertilidade.
O presente trabalho procura responder o seguinte problema: Quais os
principais impactos do diagnostico tardio da endometriose ovariana nas mulheres
associada a infertilidade?
Os objetivos são como as metas que pretendemos alcançar em algo proposto
e, neste estudo bibliográfico, que faz uma revisão sobre a endometriose e a
relevância do seu diagnóstico precoce. O objetivo geral do presente foi delinear a
repercussão ocasionada pelo diagnóstico precoce da endometriose na boa
qualidade de vida e saúde das mulheres. Sendo assim, o objetivo principal é
identificar os principais impactos do diagnostico tardio da endometriose que causa a
infertilidade nas mulheres. São objetivos específicos: Discorrer sobre sintomas da
endometriose ovariana; abordar a importância do diagnóstico precoce e os ricos a
saúde; analisar as consequências a longo prazo; apresentar os principais estudos na
endometriose ovariana feito por pesquisadores.
No entanto, avigora-se que o diagnóstico tardio induz ao início tardio do
tratamento, como também a falta de conhecimento sobre o assunto pode ocasionar
ao tratamento inadequado e cursar com a redução da qualidade de vida das
pacientes, ampliação dos gastos em saúde. Nesse contexto, o presente trabalho se
justifica uma vez que busca evidenciar como o diagnostico tardio pode prejudicar
gradativamente a qualidade de vida e o trazer complicações a saúde a longo prazo
dessas pacientes
No entanto, existe uma ausência de clareza quanto à etiologia, a distinção de
sintomas, o auxílio fracionado e carência de métodos diagnósticos menos invasivos,
embaraçam o diagnóstico. Contudo, avigora-se que o retrocesso no diagnóstico
ocasiona ao início tardio do tratamento, tal como o desconhecimento sobre o
assunto pode provocar ao tratamento impróprio e percorrer com a redução da
qualidade de vida das mulheres, ampliação dos gastos em saúde, problemas
interpessoais, complicações no âmbito profissional, risco da dispersão dos danos
para outros órgãos.
Em síntese, a hipótese que apoiou o desenvolvimento deste artigo foi a de
que o diagnóstico tardio da endometriose ocasiona um conflito negativo na saúde da
mulher, tendo decorrências psicossociais adversas a longo prazo, já o diagnóstico
precoce da endometriose leva a um impacto positivo na saúde da mulher, tendo
implicações psicossociais positivas a longo prazo.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 METODOLOGIA

A metodologia utilizada consistiu em entender as necessidades do


pesquisador, aprofundar suas pesquisas em relação ao seu alvo. Nesse contexto em
estudo a pesquisa realizada a partir de uma revisão bibliográfica, ou seja, por meio
de referenciais teóricos, ou bibliografia já existente sobre o assunto, com busca nos
seguintes bancos dados: Google Acadêmico, Pubmed (Public Medline), Scielo
(Scientific Eletronic Library online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde).
Além do levantamento bibliográfico, foi utilizada a pesquisa descritiva de
forma fidedigna, isto é, sem modificar o real entendimento do autor. Inicialmente, foi
realizado uma seleção e pré-leitura de artigos e livros sobre o assunto abordado que
serão avaliados a partir de uma revisão crítica.
Os instrumentos e fontes para esta pesquisa foram principalmente livros,
materiais publicados, artigos de revistas sobre o assunto entre outros. A pesquisa
possui temas característicos para compreensão do leitor de trabalhos publicados
nos últimos 10 anos. Em vista disso, o desígnio do presente trabalho foi delinear,
através de uma revisão narrativa de literatura, os aspectos pertinentes às
dificuldades e complicações no diagnóstico e tratamento da endometriose e suas
consequências na vida da mulher.

2.2 RESULTADO E DISCUSSÃO


2.2.1 ENDOMETRIOSE E SUAS CARACTERÍSTICAS

Uma das primeiras definições histopatológica da endometriose foi realizada


por Von Rokitansky em 1860. Próximo ao ano de 1896, foram sugeridos
denominações para a endometriose como “endometriomas” ou “adenomiomas”, em
razão ao fato da afinidade da lesão com a membrana mucosa do útero (BENETTI-
PINTO, 2020). Presentemente, a endometriose é acentuada como uma abstrusa
síndrome crônica ginecológica qualificada pela aparência de tecido endometrial por
fora da cavidade uterina, tanto em adjuntos uterinos e localidades proximais como
as trompas de falópio, os ovários, a bexiga, a região umbilical, o saco de Douglas, o
reto e o intestino (SANTOS FILHO et al., 2018). Existe casos mais raros que podem
agredir o pulmão, a pleura, as vias aéreas, o coração e o cérebro (PESSOA et al.,
2020). Esse tecido penetrado em distintas regiões anatômicas é modulado por
hormônios esteróides, isto é, reage à ovulação e à menstruação de modo
semelhante ao tecido intra-uterino (BENETTI-PINTO, 2020).
Então, a endometriose é qualificada pela apresentação de tecido endometrial,
situado fora da cavidade uterina, evidenciado na superfície peritoneal, ovários e
septo retovaginal. De acordo como os autores Nácul e Spritzer (2010), é importante
ressaltar que mulheres com endometriose podem ser assintomáticas ou exibir
queixas de dismenorreia, dispareunia, dor pélvica crônica e/ou infertilidade.
Sendo assim, pode-se constatar que a endometriose é assinalada pela
aparência de tecido endometrial fora da cavidade uterina, em que afeta diversas
mulheres em idade reprodutiva, com situação sintomatológico inespecífico de
inflamação, dismenorréia, dor pélvica crônica, dispareunia e infertilidade,
contribuindo por várias vezes um diagnóstico em estágios mais adiantados e, por
conseguinte, maiores complicações (ROLLA, 2019). Diante disso, nota-se a
seriedade do diagnóstico precoce e menos invasivo, objetivando um menor conflito
na qualidade de vida das pacientes.
Para colaborar com essa ideia, segue a seguinte citação:

A demora quanto ao diagnóstico deve ser tratada como um ponto de intensa


preocupação, uma vez que pode resultar em um tratamento tardio ou
inadequado, bem como desenvolver desfechos mais graves, como um
maior risco de infertilidade e lesões em órgãos subjacentes. Os sinais e os
sintomas da endometriose, quando não gerenciados, afetam diretamente a
qualidade de vida das mulheres e contribuem para a perda de produtividade
ou a incapacidade de desempenhar atividade laboral (SILVA et al., 2021,
p.1).

Embora o presente assunto possa de despertar ampla veemência na


comunidade científica, é visto que a fisiopatologia desta doença ainda não é
completamente assimilada e diferentes teorias foram propostas para buscar modos
de esclarecer sua patogênese. A teoria da menstruação retrógrada, com apoio no
conceito de que células epiteliais e estromais uterinas são distribuídas e inseridas na
cavidade peritoneal por meio de das tubas uterinas, tem sido o mecanismo
etiopatogênico mais acolhido (NÁCUL; SPRITZER, 2010).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa patologia
agride cerca de 190 milhões de mulheres no mundo, e acerca de 10% da população
em idade reprodutiva (OMS, 2020). Ainda é conhecida por ser um dilema
diagnóstico por diversos médicos já que cerca de um terço das pacientes podem ser
assintomáticas ou proporcionarem sintomas atípicos (BENETTI-PINTO, 2020).
Embora de que mais de 90% das mulheres exibirem menstruação retrógrada,
isto é, é um mecanismo de refluxo do sangue menstrual. Isso constitui que ao invés
de o sangue uterino escoar completamente pelo canal vaginal, parte dele reflui pelas
tubas uterinas e se lavra pela cavidade pélvica. O predomínio de endometriose
nessas mulheres, na grande maioria, altera de 6 a 10%. A desconexão entre essas
duas proeminências indica que para aquelas mulheres que desenvolvem
endometriose, outros fatores genéticos, bioquímicos e fisiopatológicos surjam a
colaborar para este desenvolvimento (GREENE et al.,2016).
No que diz a respeito de sua conferência clínica, a endometriose está
repetidamente anexa a inflamação, dismenorréia, dor pélvica crônica, dispareunia e
infertilidade, sintomas que originam grande conflito na qualidade de vida de diversas
mulheres (ANASTASIU et al., 2020). Segundo Santos Filho et al. (2018), em ordem
de periodicidade, a endometriose pélvica abrange: os ovários, ligamentos
úterossacrais, fundo de saco, septo reto-vaginal, peritôneo uterovesical, cérvix,
umbigo, hérnias e apêndices. No período da menstruação, o tecido ectópico sangra,
sobretudo nas áreas sem saída, o que pode ocasionar dor e adesões, suscitando
cólicas.
A etiopatogenia da doença não obtém esclarecimento inusitada na literatura.
Entre as teorias clássicas, responsabiliza-se a endometriose ao fluxo menstrual
retrógrado, à alteração metaplásica ou mesmo à deposição iatrogênica em
procedimentos cirúrgicos. Muitas mulheres com endometriose podem ser
assintomáticas ou citar sintomas como dismenorréia, dispareunia profunda, dor
pélvica crônica, disúria, dor intestinal e infertilidade (PESSOA et al., 2020).
Ademais, as lesões existentes necessitam ser de preferência ressecadas no
decorrer da cirurgia no tratamento da doença (ROLLA, 2019). A retirada cirúrgica
das lesões pode diminuir a dor, no entanto a reaparecimento dos sintomas advém
em 50% das mulheres ao longo de 5 anos posteriormente a cirurgia. A eliminação da
menstruação é a intervenção médica mais corriqueira por intermédio de pílulas
anticoncepcionais orais combinadas, progestágenos e agonistas do hormônio
liberador de gonadotrofinas (GnRH), constantemente em anexo com agentes
modificadores da dor (GREENE et al.,2016).
Em relação da grande presença de endometriose, determinados estudos têm
advertido atraso em seu diagnóstico, que é efetivado, em média, 6 anos ou mais em
seguida o início dos sintomas. Estudo comparativo entre duas populações, efetivado
no Reino Unido e nos Estados Unidos, evidenciou uma tardança no diagnóstico de
12 anos no primeiro e de 8 anos no segundo (SANTOS et al., 2012).
O diagnóstico tardio induz a identificação da doença já em estágios mais
adiantados e, por conseguinte, às complicações como a infertilidade, dado que a
seriedade do estágio da endometriose pode estar associada com a diminuição da
fertilidade, além de ocasionar a uma diminuição da capacidade para desempenhar
sua função, por absenteísmo por consequência à dor e ou internamento hospitalar
ou por carência de capacidades cognitivas e psicológicas para desenvolver as suas
tarefas laborais (SILVA et al., 2021).
Fundamentando nessas considerações, nos últimos anos, diversos estudos
progrediram com a concepção da avaliação aprofundada dos biomarcadores como
admissíveis opções para um diagnóstico mais precoce e menos agressivo da
endometriose. Este trabalho teve como desígnio alcançar uma revisão integrativa a
respeito dos avanços, para a efetivação, de forma precoce, do diagnóstico da
endometriose, evidenciando os prejuízos do diagnostico tardio.
De acordo com o que foi relatado no presente trabalho, podemos afirmar com
a endometriose é uma doença inflamatória, estrogênio dependente que é
responsável por cerca de 50% dos casos de infertilidade feminina além de ser
adjunta a agraves decorrências de tecnologias de reprodução assistida, abrangendo
redução da recuperação de ovócitos, menores taxas de implantação e de gravidez
(LIN, 2018). Esses dados comprovam que uma melhor abrangência da patogênese
da infertilidade anexa à endometriose é decisiva para melhorar o tratamento da
infertilidade. Além da infertilidade, as mulheres descreveram os mais variados
sintomas parecidos da endometriose.
Ainda que muito extenuantes, esses sintomas são não são característicos e
normalmente podem mimetizar aqueles anexos à doença inflamatória pélvica ou
outras condições conectadas à dor pélvica crônica, o que origina um diagnóstico
tardio e fundamentado em métodos invasivos (ANASTASIU et al., 2020).
Apesar do diagnóstico determinante da endometriose careça de uma
intervenção cirúrgica, de preferência por videolaparoscopia, vários descobertos nos
exames físico, de imagem e laboratoriais já podem agourar, com elevado coeficiente
de confiabilidade, que a paciente exibe endometriose. Os tratamentos mais
difundidos hoje em dia são a cirurgia, a terapia de supressão ovariana ou a
associação de ambas (CARDOSO, 2020).
Atualmente um diagnóstico definitivo e moderno da endometriose, incide em
procedimentos cirúrgicos, acompanhados de exames histopatológicos. No decorrer
da cirurgia diagnóstica, as lesões distinguidas podem ser categorizadas em lesões
peritoneais superficiais, endometriose infiltrante intensa e endometriomas ovarianos
(DONATTI, L., et al., 2017).

2.2.2 A RELAÇÃO DA INFERTILIDADE E ENDOMETRIOSE

No período da infância, o sistema reprodutor feminino passa por um


crescimento gradativo, no entanto apenas converte-se em fisiologicamente maduro
na adolescência. Em torno dos 9 aos 11 anos de idade, os órgãos reprodutores
iniciam um desenvolvimento acelerado e, entre 5 anos, já estão fisiologicamente
apropriados de exercer sua função reprodutora. Na puberdade as adulterações
físicas e endócrinas habituais do sistema reprodutor beneficiam à fertilidade
feminina, isto é, é o momento que conclui maturação sexual e a aptidão para se
reproduzir (PESSOA et al., 2020). Esta etapa pende de numerosos fatores
correlacionados que se constituem em modificações na função das glândulas
endócrinas. A maturação na puberdade, o desenvolvimento sexual e o desempenho
das vias reprodutoras maduras dependem de um sistema de influência que
submerge o sistema nervoso central (SNC) extrahipotalâmico, o hipotálamo, a
hipófise anterior e as gônadas; esse sistema acondiciona a síntese e a secreção
hormonal (BENETTI-PINTO, 2020).
Deste modo, pode-se concluir que o hipotálamo transforma-se mais sensível
ao impulso neural do SNC e incita a hipófise que atua sobre as secreções das
glândulas endócrinas; o hipotálamo incita o acréscimo da secreção do hormônio
liberador de gonadotrofinas (GnRH), que, por seu lado, excita a hipófise anterior a
acrescentar a síntese das gonadotrofinas, versadas como hormônio folículo
estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH); as gonadotrofinas acrescidas
excitam o desenvolvimento das gônadas e essas iniciam a secretar esteróides que
incitam o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários femininos, além disso,
começam a determinar a maturação de folículos ovarianos (SANTOS FILHO et al.,
2018).
Quando advém a maturação habitual do aparelho reprodutor feminino, existe
um acréscimo de estrógeno e progesterona (YEUNG; GUPTA; GIEG, 2017). Existe
uma reservada afinidade entre o sistema endócrino, reprodutivo, SNC e fatores
psicológicos e, adulterações nestes sistemas podem afligir a capacidade reprodutiva
(SANTOS FILHO et al., 2018). A infertilidade é verificada como uma condição que
abala entre um quinto a um sexto dos casais em período reprodutivo e é
determinada como a inabilidade de um casal alcançar uma gravidez após doze
meses de relações sexuais regulares sem proteção anticoncepcional (CARDOSO,
2020).
A infertilidade pode ser primaria ou secundária. Ela é determinada como
primária quando se alude a casais que nunca tiveram filhos. Já a infertilidade
secundária constitui que adveio de pelo menos uma concepção, contudo
presentemente, o casal não consegue uma gestação. Diversos casais buscam por
tratamentos em centros especializados em Reprodução Humana necessitado
adversidades alusivas à dificuldade de engravidar e, por conseguinte, ao anseio de
ter um filho (PESSOA et al., 2020).
No Brasil, foi averiguado por Cardoso (2020) que a quantidade de casais que
buscam tratamentos de fertilidade vem majorando por múltiplas razões. Embora
ainda ser escassos os dados pertinentes às causas da infertilidade, achados na
literatura. É visto que um dos fatores é o acréscimo de doenças inflamatórias
pélvicas em mulheres jovens em consequência à atividade sexual precoce com mais
parceiros. Outra causa saliente alude-se a utilização de anticoncepcionais orais que
ocasionam redução na fertilidade mesmo após interrompido o tratamento (BENETTI-
PINTO, 2020). A causa mais trivial da esterilidade feminina é a deficiência de
ovulação, isto é: têm estímulos hormonais escassos para ocasionar a ovulação,
além disso podendo ovários atípicos, que não consentem a ovulação.
De acordo com Pessoa et al. (2020) uma das causas mais comuns de
esterilidade feminina é a endometriose, que como já visto aqui no presente trabalho
é uma doença comum em que advém do crescimento de tecido endometrial idêntico
ao do endométrio uterino habitual, que menstrua na cavidade pélvica, ao redor do
útero, das tubas de Falópio e dos ovários.
De acordo com as células endometriais têm a capacidade de se inserir por
fora da cavidade endometrial. É acatada uma doença incompreensível, de
etiopatogenia incerta e tratamento volúvel. É notório que a endometriose é um mal
moderno, uma vez que, antigamente, as mulheres engravidavam mais cedo e
tinham mais filhos, essa situação ocasionava a diminuição da menstruação e fazia
com que trouxessem menor risco de proporcionar a enfermidade. Determinados
especialistas asseguram que as mulheres antigas menstruavam em média 60 vezes
durante a vida fértil. Hoje, esse número subiu para 600, aumentando em muito a
quantidade de sangramentos (CARDOSO, 2020).
Esses dados evidenciam que, por menstruarem mais vezes, atualmente, as
mulheres estão engravidando menos e isto aumenta o risco de apresentarem
coágulos no útero e na cavidade pélvica, caracterizando o aparecimento da
endometriose. Pode-se diferenciar a definição clínica da endometriose como a
apresentação de tecido morfológico e funcionalmente idêntica ao endométrio por
fora da cavidade uterina. Esta patologia acarreta fibrose em toda a pelve, e essa
fibrose, em alguns momentos, envolve os ovários a ponto de prevenir a liberação do
óvulo na cavidade abdominal. A endometriose formenta oclusão das trompas de
Falópio nas extremidades fimbriadas ou em qualquer ponto ao longo de seu
comprimento (YEUNG; GUPTA; GIEG, 2017).
A sintomatologia depende da localização e extensão da doença. Geralmente,
a localização é pélvica, podendo conter distúrbios menstruais, dor pélvica e
infertilidade (PESSOA et al., 2020). As propriedades e avaliações mais triviais são:
menarca precoce, dismenorréia secundária progressiva, dor pélvica, altivos índices
de abortos espontâneos, ciclos menstruais irregulares, subfertilidade feminina,
dispareunia, dor abdominal e dor ao urinar, devido o envolvimento da bexiga.
Autores como Santos Filho et al. (2018) aludem que a esterilidade abrange 70% das
mulheres com a doença.
De acordo com Cardoso (2020), a endometriose pode ser frequente em
mulheres nulíparas, que tiveram menarca precoce, tem ciclos menstruais inferiores a
26 dias e jovens e com faixa etária entre 25 a 35 anos. Vinte a trinta por cento dos
casos de esterilidade estão existentes em mulheres com mais de 25 anos de idade.
É visto que a doença é pouco trivial nas mulheres multíparas e que amamentaram
seus filhos no peito por um período extenso (SANTOS FILHO et al., 2018). A causa
da endometriose pode ser multifatorial e tem a probabilidade de haver um
mecanismo imunológico ou auto-imune no seu desenvolvimento.

3 CONCLUSÃO

No atual artigo foi visto que dentre os sintomas descritos, dores pélvicas,
cólicas intensas no período menstrual, e fluxo menstrual intenso foram os sintomas
mais prevalentes, seguidos de cefaleias, dispareunias, enjoos e problemas
intestinais. Em concordância com Pessoa (2020), a endometriose é uma doença que
que cursa com a apresentação de tecido endometrial fora da cavidade uterina. A
doença pode percorrer de forma assintomática, no entanto quando proporciona
manifestações clínicas, as mais triviais são dismenorreia, dispareunia, dor pélvica,
disúria e dor após o período menstrual.
Todos esses dados são autênticos aos encontrados na pesquisa realizada, e
são de grande valor para comprovar que a endometriose é uma doença que pode
levar ao afastamento social da mulher, adulterações psicológicas negativas,
detrimento de eficiência em relação ao trabalho e atividades do dia a dia, bem como
é uma patologia que ocasiona danos financeiros para a paciente (CARDOSO, 2020).
Mesmo sendo de grande conflito negativo na vida de milhares de mulheres, a
endometriose também é uma patologia que é de complexo diagnóstico visto que não
têm sintomas característicos que distinguem a doença e geralmente, as formas
diagnósticas são formas invasivas submergindo cirurgia acompanhada de exame
histopatológico (ANASTASIU et al., 2020).
Diante do que foi exposto no presente trabalho, analisou-se que a demora no
diagnóstico e tratamento de mulheres com endometriose pode ocasionar impactos
significativos na qualidade de vida, com consequências na vida social, familiar,
sexual, afetiva e profissional das mulheres. Sendo, assim, visto a imprescindibilidade
de que pesquisas nesse tipo de tema seja abundante de forma promover o
diagnóstico precoce e o acesso à terapêutica correspondente com o objetivo de
minimizar os danos ocasionados pela doença.
Também avigora-se a seriedade da capacitação dos profissionais de saúde,
para que esses reconheçam os principais sinais e formas de manifestação da
doença, bem como da criação de novas diretrizes e portarias que beneficiem o
manejo da endometriose nos dias de hoje.

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