EFEITOS BENÉFICOS DOS CONTRACEPTIVOS COMBINADOS ORAIS EM

MULHERES DIAGNOSTICADAS COM ENDOMETRIOSE: REVISÃO DA

LITERATURA
Daniele Gomes Bezerra¹
Michel Gomes de Melo²
¹Discentes do curso Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Tabosa de Almeida
(ASCES-UNITA); Caruaru-PE
²Doscente do curso Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Tabosa de Almeida
(ASCES-UNITA); Caruaru-PE
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose é uma doença
crônica na qual o tecido semelhante ao revestimento interno do útero, o endométrio, cresce
tanto que ultrapassa o revestimento uterino. Normalmente ele é expelido durante a
menstruação, mas nas pessoas com endometriose, esse tecido pode crescer em áreas como nos
ovários, tubas uterinas, ligamentos que sustentam o útero e outros órgãos pélvicos. Há estudos
que comprovam que o uso de anticoncepcionais combinados orais (ACOS), além de evitar
gravidez indesejada, é utilizado como tratamento para mulheres que possuem endometriose.
Objetivo: O presente trabalho tem como foco principal analisar os efeitos terapêuticos que os
anticoncepcionais combinados orais têm sob pacientes com endometriose. Especificar os
efeitos terapêuticos dos contraceptivos combinados orais (ACOS) no tratamento da
endometriose. Material e Métodos: Para atingir os objetivos propostos foi realizado um
estudo de cunho qualitativo com elaboração de revisão da literatura, tendo como meios de
fundamentação teórica as revistas científicas e artigos disponíveis on-line, comparando
diferentes dados encontrados nas fontes que foram consultadas, publicadas de 2010 a 2019.
Resultado e Discussão: Por a endometriose ser uma modificação no funcionamento normal
do organismo em que as células do tecido que reveste o útero (endométrio), eleição do
tratamento é pautada na singularidade da paciente e deve-se ponderar sobre a intensidade dos
sintomas, dimensão e localização da moléstia, o desejo em gestar, idade, efeitos colaterais das
medicações, possíveis complicações cirúrgicas e o valor financeiro dos métodos terapêuticos,
sendo que esses se enquadram em dois grandes grupos as intervenções clínicas e as cirúrgicas.
As pílulas anticoncepcionais possuem outros efeitos além da contracepção, melhoria da
qualidade de vida de pacientes com endometriose por reduzir os quadros de dor, ao conviver
periodicamente com a algia a rotina da mulher passa a ser pensada em função das dores
constantes. A intervenção clínica consiste no uso de medicamentos como anti-inflamatórios
não esteroides, analgésicos e os de ação hormonal tais quais, anticoncepcionais combinados
orais. Desta forma, o manejo hormonal objetiva criar um estado de pseudogravidez,
pseudomenopausa, ou anovulação crônica, pois com isso inviabiliza-se as condições
necessárias ao implante e desenvolvimentos dos focos endometriais. Os ACOs fazem parte da
primeira linha terapêutica porque possuem grande acessibilidade devido seu baixo custo,
exibem raras reações adversas e podem ser usados a longo prazo, o que é de grande aspecto
positivo, uma vez que é uma doença crônica. A atuação dos ACOs ao reduzir a camada
endometrial e suspendendo a ovulação impactam positivamente o tratamento, pois minimiza a
extensão tecidual geradora de prostaglandina, substância essa que, juntamente com as
citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas liberadas pelos focos endometriais extrauterinos são
responsáveis pela elevação da dor pélvica. Conclusão: Em virtude da cronicidade, aliada ao
caráter progressivo e debilitante da endometriose, a vida de suas portadoras é perturbada em
variados aspectos. Apesar de apresentar benefícios, o estudo não entrega uma forma de cura
para endometriose, até porque, se o uso for suspenso, existe risco dos sintomas voltarem.
Necessitando assim, um acompanhamento profissional no tratamento proposto para eliminar
quaisquer futuros problemas.
Descritores: Endometriose. Farmacologia. Contraceptivo.
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