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PROTOCOLOS DE MOBILIZAÇÃO
PRECOCE NO PACIENTE CRÍTICO: UP-TO-
DATE
MONIQUE BUTTIGNOL
RUY DE CAMARGO PIRES NETO
RAQUEL ANNONI
■ INTRODUÇÃO
Ao longo dos úl!mos 10 anos, vários estudos têm apresentado uma nova maneira
de atenção ao cuidado com o paciente crí!co internado em unidades de terapia
intensiva (UTIs). Munidos do conhecimento a respeito dos problemas encontrados
ro!neiramente nessas unidades e da recuperação do paciente após a alta, surgiu
uma mudança de paradigmas na abordagem desse paciente.
A subs!tuição do uso da sedação profunda por estratégias de pouca ou ausência
total de sedação a esses pacientes permi!u que a a!vidade "sica pudesse ser
incorporada precocemente ao seu atendimento.
Os fisioterapeutas são o ponto central na promoção de a!vidade "sica ao paciente
crí!co, mas outros profissionais, como médicos, terapeutas ocupacionais,
enfermeiros e técnicos de enfermagem, também estão envolvidos nessa nova
abordagem. A ideia de que um paciente está muito doente para sair da cama está
sendo subs!tuída progressivamente pela ideia de que o paciente está muito doente
para se permi!r ficar na cama. Dessa forma, mesmo os pacientes em uso de
ven!lação mecânica invasiva (VMI) são capazes de realizar a terapia de mobilização
precoce.1
Neste ar!go, é feita uma revisão da literatura cien#fica relacionada ao tema
mobilização precoce do doente crí!co com ênfase nos protocolos de intervenção
u!lizados. Para cada protocolo, é feita uma breve resenha com os principais
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■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste ar!go, o leitor será capaz de:
■ ESQUEMA CONCEITUAL
Sistema Atelectasia
cardiopulmonar Pneumonia
Diminuição da pressão inspiratória máxima e da
capacidade vital forçada
Intolerância ortostá!ca
Diminuição do débito cardíaco, do volume sistólico e
da resistência vascular periférica
Prejuízo da função microvascular
Diminuição da resposta cardíaca à es!mulação do seio
caro#deo
Durante o repouso no leito, os músculos são a!vados com menor frequência por
curtos períodos de tempo e com cargas menores quando comparados a situações
normais do dia a dia. Dessa forma, a u!lização da musculatura esquelé!ca é
mínima, levando à fraqueza muscular generalizada. Além disso, esses pacientes
estão sujeitos a outros fatores, como:3
sepse;
falência de múl!plos órgãos;
inflamação sistêmica;
VM prolongada;
uso de bloqueadores neuromusculares e cor!coides, que, associado à imobilidade
no leito, corroboram para o desenvolvimento de uma en!dade denominada
fraqueza muscular adquirida na UTI.
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■ MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Atualmente, a mobilização precoce tem se destacado neste cenário como atuação
benéfica para evitar a incidência de fatores adversos decorrentes do imobilismo.
Neste contexto, desde 2008, a Sociedade Europeia de Medicina Intensiva
recomenda o início precoce da mobilização em pacientes cri!camente enfermos,
com o intuito de prevenir as complicações provenientes do repouso no leito.8
segurança do paciente;
capacidade de deambulação;
força muscular;
desempenho funcional;
a!vidades de vida diária (AVDs);
tempo de VM;
tempo de internação;
mortalidade.
Um dos estudos pioneiros foi publicado em 2008 por Morris e colaboradores.10
Nesse estudo prospec!vo, os autores u!lizaram-se de um protocolo de mobilização
precoce a ser aplicado em pacientes com menos de 48 horas de VM.
A maior diferença entre os dois grupos foi o tempo em que a fisioterapia era
iniciada – no grupo intervenção, iniciava-se, em média, seis dias mais cedo quando
comparada ao grupo-controle. Neste úl!mo grupo, a fisioterapia era iniciada apenas
quando o paciente já estava extubado, enquanto no grupo intervenção, os
pacientes iniciavam com uma média de 1,5 dias após a intubação orotraqueal.12
Posteriormente, vários outros estudos relataram os bene"cios da mobilização
precoce quando comparada à terapia padrão (não realização de exercícios a!vos e
re!rada do leito). De forma resumida, os principais bene"cios da mobilização
precoce descritos até o momento são:
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diminuição do delírio;
melhora da qualidade de vida.
A razão para essa ocorrência deve-se ao fato de que a UTI é vista como um
ambiente de di"cil atuação sobre o paciente, em que ele encontra-se cercado por
sondas, cateteres e equipamentos, além de outros fatores que podem estar
presentes, como:7,9
necessidade de sedação;
coma;
instabilidade hemodinâmica.
Todos esses fatores isolados ou agrupados cons!tuem barreiras que dificultam a
atuação do fisioterapeuta na realização dos exercícios.7,9 As barreiras para
mobilização precoce podem ser classificadas em quatro categorias:13
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As barreiras modificáveis são aquelas que podem ser melhoradas com treinamento
e/ou educação con!nuada da equipe e estão normalmente relacionadas à ro!na da
unidade. São mais limitadoras do que impedi!vas para o atendimento. Entre os
fatores que podem diminuir essas condições estão criação de um protocolo padrão
de atendimento, discussão de estratégias de mobilização entre as equipes,
u!lização de medicações analgésicas ou an!delirium, treinamento das equipes e
aumento do número de profissionais.16
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infecção;
obstrução;
deslocamento acidental do cateter.
Em uma análise de regressão logís!ca, os autores demonstraram que a mobilização
precoce não esteve associada aos efeitos adversos com cateteres,
independentemente do !po u!lizado.17 Esse estudo desmis!fica o conceito de que
o paciente deve permanecer imóvel ao u!lizar um cateter venoso ou vesical ou para
a realização de hemodiálise, em função dos riscos de efeitos adversos, mostrando a
segurança da mobilização precoce.
Ainda são necessários mais estudos que descrevam as barreiras para mobilização
precoce nas UTIs brasileiras em diferentes regiões do País, bem como as estratégias
para superá-las.
ATIVIDADES
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A) F – V – V – F
B) V – V – F – F
C) F – V – F – V
D) V – F – F – V
Confira aqui a resposta
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
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A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
■ CRITÉRIOS DE SEGURANÇA
As evidências mostram que o número de eventos adversos associados à
mobilização precoce é baixo (≤ 4%), sendo caracterizados como mínimos e
transitórios. Antes de qualquer intervenção com o paciente, devem sempre ser
considerados os potenciais bene"cios da mobilização versus os potenciais eventos
adversos.18
A avaliação inadequada do quadro clínico do paciente pode mantê-lo restrito ao
leito, enquanto sua mobilização estaria segura e seria benéfica. Além disso,
mobilizar o paciente em um momento inadequado pode trazer mais riscos e
prejuízos do que bene"cios propriamente ditos.18
LEMBRAR
A mobilização precoce segura começa com avaliação cuidadosa do paciente.
Assim, antes de se iniciar a sessão de fisioterapia, deve-se verificar se ele
apresenta condições clínicas compa#veis com a intensidade de exercício e
com o !po de a!vidade propostos. Resumidamente, essas condições incluem
estabilidade hemodinâmica, respiratória e neurológica.
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A respeito da a!vidade "sica realizada na UTI, vários estudos têm relatado que a
mobilização precoce de pacientes crí!cos, mesmo quando em uso de VM ou de
drogas vasoa!vas, é segura e resulta em melhor desfecho clínico ao paciente.19 Os
protocolos descritos até o momento, entretanto, diferem entre si em muitos
aspectos, com destaque para:
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1. abrir os olhos;
2. seguir o terapeuta com os olhos;
3. apertar a mão do terapeuta;
4. colocar a língua para fora da boca.
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LEMBRAR
Alguns exercícios podem ser realizados com o paciente sentado com o tronco
apoiado (decúbito elevado).
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ATIVIDADES
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
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A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a I e a III.
D) Apenas a II e a III.
Confira aqui a resposta
A) Apenas a I e a IV.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) Apenas a II e a IV.
Confira aqui a resposta
A) V – F – F – V
B) F – V – F – V
C) V – V – F – F
D) F – F – V – V
Confira aqui a resposta
colaboradores.
A) Quando o paciente está em VMI com FiO2 > 60% e PaO2 < 70mmHg,
realiza-se a mobilização passiva – nível 1.
B) Pacientes que apresentem MRC >3 para MMII devem realizar os
exercícios do nível 3.
C) Pacientes que apresentem MRC >3 para MMII devem realizar os
exercícios do nível 4.
D) Para os exercícios a!vos e resis!dos, nos estágios 2, 3 e 4, as séries são
realizadas até o máximo de repe!ções que o paciente for capaz de
completar.
Confira aqui a resposta
A) V – V – F – F
B) F – V – F – V
C) V – F – F – V
D) F – V – V – F
Confira aqui a resposta
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Para os pacientes que não conseguem sentar na poltrona ou ficar de pé, a terapia é
realizada por 15 minutos com o paciente no leito realizando exercícios de MMII e
MMSS a!vo assis!dos, a!vos ou resis!dos, de acordo com sua força. Finalmente,
nesse protocolo, é preconizado que o paciente fique sentado fora do leito sempre
que possível, e não apenas durante a sessão de fisioterapia.
LEMBRAR
Esse estudo é o primeiro ensaio clínico randomizado controlado a avaliar a
efe!vidade de um programa de reabilitação precoce em paciente
cri!camente enfermo que começou quando ele ainda estava internado na
UTI, con!nuou na enfermaria e até oito semanas após a alta hospitalar.
Apesar de os pacientes no grupo de intervenção serem mais graves e não
haver diferença na função "sica em relação ao controle, a taxa de melhora
funcional deles após um ano foi superior.
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Nesse protocolo, o paciente é abordado uma vez ao dia por um período de 30–60
minutos de acordo com sua tolerância. Quando o paciente consegue tolerar os
exercícios mantendo a estabilidade hemodinâmica e neurológica em todas as
a!vidades na fase atual (posição) em que ele se encontra, ele está apto a progredir
para a próxima fase.
A sessão sempre começa com os exercícios na posição supina. À medida que o
paciente melhora e mantém estabilidade, o terapeuta deve ficar menos tempo nas
primeiras fases (posições iniciais – supino e sentado) e permanecer maior tempo na
fase em que o paciente tem mais dificuldade.
Primeiramente, os exercícios são realizados na posição supina com exercícios de
mobilidade no leito (rolar), transferência para o decúbito elevado (30°), exercícios
passivos ou a!vos, de acordo com a tolerância do paciente, e exercícios
respiratórios de reexpansão pulmonar. Atenção para o posicionamento com
prevenção das úlceras de decúbito, redução do edema e proteção ar!cular (Figura
4).
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estabilidade clínica;
habilidades cogni!vas;
desenvolvimento motor do paciente.
O protocolo de Clark e colaboradores é apresentado no Quadro 8, a seguir.
Quadro 8
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O protocolo de intervenção foi aplicado sete dias por semana nos pacientes
hospitalizados na UTI ou na enfermaria. Os fisioterapeutas, previamente treinados,
realizavam sessões de 30 minutos quando o paciente ainda estava na UTI e de 60
minutos na enfermaria. Após a alta hospitalar, o programa era realizado três vezes
por semana, em sessões de 60 minutos. Os exercícios eram realizados no domicílio
dos pacientes ou em ambulatórios dos serviços, onde eles foram recrutados.
O programa de fisioterapia consis!a de cinco elementos oferecidos de maneira
gradual (Quadro 10).
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Quadro 10
Exercícios para Esse estágio era iniciado quando o paciente fosse capaz
aumentar a de sentar adequadamente. Consis!a basicamente em
exercícios de alcance de objetos dentro e fora da base
flexibilidade e a força de suporte do paciente, realizados primeiramente
do tronco sentados, progredindo para em pé
exercícios funcionais
fase inicial (posição supina) – iniciava quando o
(mobilidade no leito, paciente fosse capaz de realizar três séries de 10
transferências, repe!ções de mobilização axial, como mover os MMII
marcha e equilíbrio) de um lado para outro, mover os MMII até o limite do
alcance e rolar no leito;
segunda fase – transferências da posição supina para
sentada e de sentada para em pé. A progressão dos
exercícios era feita alterando a altura da poltrona (ou
leito) que o paciente estava sentado e deveria ficar em
pé ou transferir-se para uma cadeira de altura padrão;
úl!ma fase: era iniciada quando o paciente fosse
capaz de ficar em pé sem assistência e incluía
exercícios de controle postural e equilíbrio, como
caminhar carregando objetos, parar e mudar a direção
e caminhar entre objetos
LEMBRAR
Sabe-se que pacientes de UTI sofrem perda muscular rápida e
prematuramente quando submetidos à VM,28 chegando a cerca de 9% de
perda de espessura do músculo retofemoral, vista na ultrassonografia
muscular, nos três primeiros dias de internação na unidade, com correlação
direta com perda de função "sica.29 Por esse mo!vo, pode ser que os
pacientes incluídos no ensaio de Moss e colaboradores27 já apresentassem
perdas musculares e funcionais importantes ao iniciar a reabilitação.
Uma discussão internacional ainda está em curso sobre quando iniciar a mobilização
precoce e sobre a intensidade do exercício para populações específicas. Embora não
haja evidências do dia ideal para o início, já existe consenso de que deve-se iniciar
tão logo o paciente tenha condições para tanto. Camargo Pires-Neto e
colaboradores mostraram que um protocolo de cicloergômetro realizado a par!r de
72 horas de internação foi seguro em uma população de pacientes internados em
uma UTI brasileira.19
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ATIVIDADE
17. Cite cinco critérios para interrupção da a!vidade "sica de acordo com o
protocolo de Olkowski e colaboradores.
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A) V – F – F – V
B) F – F – V – V
C) V – F – V – F
D) F – V – V – F
Confira aqui a resposta
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A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) Apenas a I e a IV.
Confira aqui a resposta
LEMBRAR
Com o aumento da expecta!va de vida e o avanço dos procedimentos
médicos e farmacológicos, o número de pessoas idosas admi!das nas UTI
tem aumentado dras!camente na úl!ma década,33 o que também aumenta o
número de pessoas potencialmente frágeis sendo tratadas nessas unidades.
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ATIVIDADE
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■ CASO CLÍNICO
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ATIVIDADES
■ CONCLUSÃO
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