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CONDROMALÁCIA

PATELAR

• Guilherme Rafael Nunes de Oliveira

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CONCEITO
A Condromalácia Patelar (CMP),
conforme etiologia de seu nome, é
definida como uma afecção que
promove o amolecimento anormal da
cartilagem hialina que reveste as
superfícies articulares da patela. Essa
condropatia pode acometer qualquer
articulação, em especial as que estão
sujeitas a maiores desgastes e
traumas, como o joelho. Nesse sentido,
por envolver o mecanismo extensor dos
membros inferiores, essa patologia
também é conhecida como síndrome da
dor patelofemoral

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Etiologia

Quanto à etiologia, a CMP possui causas


variadas e ainda não são muito bem
compreendidas no que tange ao mecanismo
fisiopatológico (KRIEGER et al., 2020;
HABUSTA et al., 2021)O distúrbio é
caracterizado por uma intensa dor
generalizada na articulação do joelho,
sobretudo nas regiões ântero e retropatelar.
Geralmente, a dor cursa sem edema e se
agrava com práticas de esportes ou
atividades físicas diárias, principalmente ao
subir escadas e morros.

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GRAUS

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Manifestações Clinicas
A principal queixa da CMP é dor na porção anterior da
articulação patelofemoral, acompanhada com crepitações,
que são referidas pelos pacientes como a presença de
“areia nos joelhos”. Esse desconforto articular exacerba-se
em situações que aumentam o estresse mecânico nos joelhos,
principalmente em exercícios de impacto.

Dentre as atividades que relatam maiores desconfortos


podemos citar:
• Subir ou descer escadas;
• Hiperflexão dos membros inferiores (agachamento);
• Permanecer com os membros fletidos durante longos intervalos
de tempo;
• Uso de salto alto prolongado
• Corrida, futebol e basquete;
• Atividades militares

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DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da
condromalácia se faz pela
caracterização da dor no
exame clínico do que pelos
achados de exames de
imagem. A ressonância
magnética, porém, ajuda na
avaliação de eventuais lesões
na cartilagem articular. Deve
ser solicitada para classificar
a profundidade das lesões (se
são mais superficiais ou mais
profundas), o tamanho e a
localização (local da patela
que está acometido). Já as
radiografias podem ajudar na
avaliação dos casos mais
avançados, quando o paciente
já desenvolveu artrose.

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FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SURGIMENTO
DA CONDROMALÁCIA PATELAR?

O surgimento da Condromalácia Patelar pode ser causado por :


• treino excessivo;
• fraqueza;
• desequilíbrio muscular, devido à falta de sinergismo entre musculatura
agonista e antagonista
• atividades de impacto;
• encurtamento muscular;
• predisposição biomecânica;

Outras causas incluem:


• instabilidade;
• trauma direto;
• fratura;
• subluxação patelar;
• aumento do ângulo do quadríceps (ângulo Q);
• músculo vasto medial ineficiente;
• mau alinhamento pós-traumático;
• síndrome da pressão lateral excessiva;
• lesão do ligamento cruzado posterior;

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CASO CLINICO

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METODOLOGIA
• Para a realização deste estudo de caso, foi realizado a
coleta de dados sobre um determinado paciente, onde foi
utilizado como principal critério para a escolha do mesmo,
a apresentação clínica de disfunções
Musculoesqueléticas. Tais dados foram coletados dentro
do Centro integrado de Saúde (CIS).

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OBJETIVOS
O estudo apresentado traz como principal objetivo,
demonstrar as possibilidades de condutas realizadas pelo
Fisioterapeuta frente a pacientes com quadro de
Condromalácia Patelar, dentro do Centro Integrado de
Saúde(CIS).

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CASO CLINICO
Identificação: D.L.P.S.
Sexo: Feminino
Idade: 19 anos
Estado Civil: Solteira
Profissão: Desempregada

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QUEIXA PRINCIPAL
´´Dor no joelho direito e patela saindo do lugar´´

HDA
Paciente relatou que em janeiro de 2022 ao correr, sentiu a
patela do joelho Direito luxar e a mesma teve que colocar a
patela no lugar, após uma semana deslocou-se a um posto
de saúde que foi encaminhada ao ortopedista e o mesmo
solicitou uma ressonância magnética onde foi constatado
um quadro de condromalácia Grau 3. Em novembro do
mesmo ano iniciou o acompanhamento fisioterapêutico no
Centro Integrado de Saúde.

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AVALIAÇÃO
Inspeção : nenhuma anormalidade.
Palpação : dor ao realizar mobilização patelar.
ADM : sem restrições de movimento em ADM passiva,
paciente relata dor em movimentação ativa e com descarga
de peso sobre o joelho.
EVA= 7.

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DIAGNÓSTICO
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

• Condromalácia patelar grau III.


• Pequeno derrame articular femoropatelar com sinovite e hoffite.
• Edema infrapatelar por hipersolicitação mecanismo extensor.
• Edema nos ligamentos cruzado anterior e popliteo obliquo sugerindo
estiramento, na dependência de correlação clínica.
• Alterações inflamatórias nos meniscos sem roturas.
• Tendinite no quadriceps e anserina.

CID-10
• M22.4
• M7.8
• M25.4

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PROJETO DE
INTERVENÇÃO

Objetivos Procedimentos
Reduzir quadro Álgico. Eletroanalgesia(TENS, 5Hz,
500Us, 25min).
Fortalecimento de musculatura de Técnicas de FNP para irradiação
Quadríceps. de força para o Quadríceps.
Exercícios de Cinesioterapia para
membros inferiores com Step.

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RESULTADOS
Foram realizados 10
atendimentos com a paciente,
onde foi possível progredir com
o aumento com exercícios com
descarga de peso e uma boa
tolerância aos exercícios.
Paciente foi liberada relatando
EVA=1.

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REFERÊNCIAS
• AYSIN, I. K. et al. Investigation of the
Relationship between Anterior Knee Pain and
Chondromalacia Patellae and Patellofemoral
Malalignment. The Eurasian Journal of
Medicine, v. 50, n. 1, p. 28–33, 22 fev. 2018.
• HABUSTA, S.F. et al. Chondromalacia Patella.
StatPearls [Internet]. Treasure Island, 01 jul.
2021.
• KRIEGER, E. A. G. et al. Prevalence of patellar
chondropathy on 3.0 T magnetic resonance
imaging. Radiologia Brasileira, v. 53, n. 6, p.
375–380, dez. 2020.
• KURT, M. et al. The relationship between
patellofemoral arthritis and fat tissue volume,
body mass index and popliteal artery intima-
media thickness through 3T knee MRI.
TURKISH JOURNAL OF MEDICAL SCIENCES,
v. 49, n. 3, p. 844–853, 18 jun. 2019.

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