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CONDROMALÁCIA PATELAR:

ETIOLOGIA, CAUSAS, DIAGNÓSTICO E


TRATAMENTO.

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI


CURSO: Educação Física
Turma: BEF1044
Discentes: Adriany Lima Alves
Alexandre Alves Pires
Carlos Alexandre Sousa Aood
Jadison da Silva Lima
Tutor Externo: Silvio Veras
RESUMO
• A condromalácia patelar é uma condição resultante do
amolecimento, afinação e degradação da cartilagem abaixo da
patela, em virtude da importância que os joelhos tem para as
mais diversas atividades cotidianas, este trabalha procura
estudar a condromalácia patelar por meio de uma revisão
bibliográfica, procurando suas causas, como se dá o seu
diagnóstico e as principais formas de tratamento utilizadas
atualmente.
INTRODUÇÃO
•O joelho trata-se de uma articulação imensamente exigida para as mais
diversas tarefas em seus diferentes níveis de intensidade, ou seja, praticamente
todos os movimentos do corpo geram, em alguma proporção, esforços sobre o
joelho, nesse sentido entender as condições que podem vir a causar o seu
comprometimento ou limitar de alguma forma a capacidade dos pacientes é
fundamental para profissionais da área de saúde.
•Este estudo foi desenvolvido com o intuito de destacar a condromalácia
patelar (CP), por meio de uma revisão de literatura procuramos elencar as
principais causas, métodos diagnósticos e algumas das principais formas de
tratamento utilizadas, para um melhor entendimento a CP.
Fundamentação teórica
• Para se ter um melhor entendimento do assunto que está sendo abordado, é
importante se ter em mente que a condromalácia patelar está intimamente
ligada a dor anterior considerável no joelho, mas que, não é toda dor que pode
ser considerada como condromalácia patelar, como podemos ver nos estudos de
Doberstein, Romeyn e Reineke (2008) o relato de que durante a maior parte do
século XX o termo condromalácia patelar teve seu uso indiscriminado, sendo
empregado em qualquer pessoa que possuísse dor anterior no joelho, sendo
então superdiagnosticada e supertratada, e que atualmente o termo é utilizado
para lesões da cartilagem articular que podem ser atribuídas artroscopicamente
a 1 de 4 estágios.
• Etiologicamente falando as condições de surgimento da CP ainda não foram
totalmente esclarecidas, mas estudos apontam para várias possíveis origens,
entre os principais motivos citados por Habusta et al. (2023) temos: O mal
alinhamento dos membros inferiores e desvio patelar, fraqueza muscular e
lesões patelares. Oliveira (2018) também inclui em seus estudos a displasia
troclear e a displasia patelar como fatores etiológicos da afecção e que
incidem sobre a CP condições como alterações de quadril, encurtamento da
musculatura, microtrauma de repetição e hiperpressão patelar.
•Habusta et al. (2023) elenca os principais exames realizados para que se
possa obter o diagnóstico adequado, dentre eles temos: radiografias
convencionais, tomografia computadorizada, artrografia com radiografias
simples ou artrografia por TC, Ressonância magnética, esse em especial, é a
modalidade de escolha para avaliação da cartilagem articular com os
melhores resultados nas sequências T2, na qual uma cartilagem anormal
apresente alta intensidade de sinal e mesmo não sendo considerado o padrão
ouro para o diagnóstico é bastante aconselhável pelo fato de não ser
invasivo, enquanto que a artroscopia é considerado o padrão ouro para o
diagnóstico da CP, entretanto, por ser altamente invasivo, não é aconselhado
na maioria dos casos.
•O tratamento varia de acordo com os achados no exame físico, mas é comum que se

inicie com um tratamento conservador por um determinado período que segundo Habusta

et al. (2023, n.p) “isso inclui repouso, restrição de atividades e medicação anti-

inflamatória não esteróide, que provou ser mais eficaz do que os esteróides”. 

•Além do tratamento baseado em repouso e medicamentos, tem-se também aquele

que acontece por meio de exercícios físicos, como podemos ver em Habusta et al. (2023,

n.p):

• A reabilitação com fisioterapia deve se concentrar em exercícios de quadríceps de arco

curto de cadeia fechada e fortalecimento específico do vasto medial oblíquo,

fortalecimento muscular do núcleo e fortalecimento dos rotadores externos do quadril. O

fortalecimento do músculo quadríceps com diferentes exercícios reduz significativamente

a dor anterior do joelho em casos iniciais de CP.


• Outra forma de tratamento, que mesmo não sendo considerada padrão, mas
que em seu trabalho Hauser e Sprague (2014), mostra como a proloterapia
evidenciou uma notável melhora no quadro de seus pacientes, entretanto,
esse resultado não é considerado uma unanimidade como podemos ver com
Habusta et al. (2023) que diz que o tratamento não demonstrou uma melhora
nos resultados de forma consistente.
• Habusta et al. (2023) ainda cita outras formas de tratamento quando os
anteriores não têm um efeito notório na melhoria do quadro, entre eles
temos: a gestão operativa, avaliação artroscópica e desbridamento, liberação
retinacular lateral artroscópica ou aberta, cirurgia de realinhamento patelar,
patelectomia, recapeamento patelar (esse foi abandonado devido a múltiplas
complicações), terapia celular e células-tronco mesenquimais.
MATERIAIS E MÉTODOS
• Este trabalho foi construído a partir de uma revisão de literatura pesquisando
artigos e periódicos, livros em fontes consideradas seguras em plataformas
como SciELO, Google Scholar, Google Livros, Pubmed, Lilacs, procurando
por palavras-chave como: condromalácia patelar, etiologia e diagnóstico
condromalácia patelar, tratamento condromalácia patelar, entre outras
semelhantes, após esse procedimento foram encontrados diversos artigos e
livros, que após serem lidos foi feita uma triagem para escolher aqueles que
estavam mais intimamente ligados com aquilo que foi proposto neste
trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Dentre as fontes estudadas os autores foram unânimes ao afirmar que a
condromalácia patelar apresenta etiologicamente várias causas, e
possivelmente algumas que podem ainda nem ser conhecidas, devido a essa
grande possibilidade de fatores o tratamento também não ocorre de forma
consensual, como vimos com Habusta et al. (2023) e Hauser e Sprague
(2014) no que discorrem em relação a proloterapia, desde a primeira vez em
1906 que trataram sobre alterações patológicas na cartilagem patelar alguns
tratamentos como o recapeamento patelar entraram em desuso, enquanto
outros como o moderno uso de células tronco mesenquimais hoje em dia se
tornam mais uma opção para a enorme variedade de opções para o
tratamento da CP.
Durante a realização do trabalho foi visto que a artroscopia é o padrão ouro para o
diagnóstico da CP, mas que outras formas de exame não invasivas podem ser utilizadas
para se obter o diagnóstico adequado, por exemplo, nas imagens abaixo podemos ver a
diferença entre a imagem artroscópica de uma patela normal (Figura I) e uma imagem
artroscópica de uma patela com CP grau III (Figura II), que devido a diferença de graus é
notável o avanço da doença, mas que em estágios iniciais dependendo do método de
diagnóstico utilizado pode não ser tão notável.

Figura I Figura II
Conclusão
• Este estudo foi realizado com o propósito de elencar as principais causas,
formas de diagnóstico e tratamentos para a condromalácia patelar, afecção
que acomete a cartilagem do joelho, que é uma das articulações mais
utilizadas no cotidiano das pessoas, seu uso varia desde as atividades mais
simples como o levantar de uma cama até as mais complexas atividades
exercidas nos mais diversos esportes, desse modo a saúde dos joelhos é de
imensurável importância para que o paciente tenha qualidade de vida em
todas suas atividades, assim podemos perceber o quanto a CP implica em
uma piora substancial na qualidade de vida, pois além do incomodo da dor
presente, pode vir acompanhada a limitação dos movimentos.
• Fica evidente que o estudo da condromalácia patelar envolve uma grande
diversidade de profissionais da área da saúde, como médicos em várias
especializações, fisioterapeutas, profissionais da educação física,
radiologistas, entre outros, desse modo, este trabalho serve para instigar tanto
a continuação dos estudos por parte dos discentes à respeito do tema, que é
amplo e ainda tem muito o que ser estudado seja em função das causas,
quanto diagnóstico, quanto tratamento, podemos perceber que é um campo
aberto para futuros aprofundamentos e desdobramentos nesse assunto.
REFERÊNCIAS
• DOBERSTEIN, Scott T.; ROMEYN, Richard L.; REINEKE, David M.. The Diagnostic Value of
the Clarke Sign in Assessing Chondromalacia Patella. Journal Of Athletic Training, [S.L.], v.
43, n. 2, p. 190-196, 1 mar. 2008. Journal of Athletic Training/NATA.
http://dx.doi.org/10.4085/1062-6050-43.2.190.
• HABUSTA, Steven F.; COFFEY, Ryan; PONNARASU, Subitchan; MABROUK, Ahmed;
GRIFFIN, Edward E. Chondromalacia Patella. 2023 Apr 22. In: StatPearls [Internet]. Treasure
Island (FL): StatPearls Publishing; 2023 Jan–. PMID: 29083563.
• HAUSER, Ross A.; SPRAGUE, Ingrid Schaefer. Outcomes of Prolotherapy in Chondromalacia
Patella Patients: improvements in pain level and function. Clinical Medicine Insights: Arthritis
and Musculoskeletal Disorders, [S.L.], v. 7, p. 13-20, jan. 2014. SAGE Publications.
http://dx.doi.org/10.4137/cmamd.s13098.
• OLIVEIRA, Márcio Tadeu Rodrigues Raulino de et al. ETIOLOGIA E DIAGNÓSTICO DA
CONDROMALÁCIA PATELAR: REVISÃO DA LITERATURA: revisão da literatura.
2018. 40 f. Monografia (Especialização) - Curso de Residência em Ortopedia e Traumatologia,
Hospital do Servidor Público Municipal, São Paulo, 2018.
• PAULA, Luciana Fonteles Barros de et al. EFICÁCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO NO
TRATAMENTO DA CONDROMALÁCIA PATELAR: revisão sistemática da
literatura. RBPFEX: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v. 16,
n. 101, p. 63-72, jan/fev. 2022. Bimestral.

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