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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTA MARIA

CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM


DOCENTE: GEANE SILVA OLIVEIRA
ENFERMAGEM EM CIRÚRGICA I

ESTUDO DE CASO

DOCENTES: Kaio Rafael de Sousa Silva - 20221002004


Alane Mayara de Sousa Pereira - 20221002033
Chirleide Moura da Silva - 20221002037
Gislaine Oliveira de Sousa - 20221002094
Lesley Caroline Avelino de Andrade - 20221002103

CAJAZEIRAS/PB 2023
1. Introdução

O conceito de cirurgia de fêmur refere-se a procedimento cirúrgico realizado no


osso da coxa (fêmur) com o objetivo de tratar fraturas, deformidades ou outras
condições ortopédicas. Essas intervenções podem envolver diversas técnicas,
como fixação com placas, parafusos ou hastes intramedulares, dependendo da
natureza da lesão ou do problema a ser corrigido. O foco central é restaurar a
função normal do fêmur, promovendo a recuperação e a mobilidade do paciente.

A finalidade da cirurgia de fêmur é restaurar a integridade estrutural do osso,


corrigir fraturas ou deformidades, e promover a função normal da região afetada.
Isso visa não apenas aliviar a dor associada à lesão, mas também melhorar a
mobilidade e a qualidade de vida do paciente. A reparação adequada do fêmur
é crucial para garantir a recuperação funcional e prevenir complicações a longo
prazo, como problemas de locomoção e artrose.

O objetivo principal é restaurar a integridade estrutural do fêmur esquerdo, aliviar


a dor, promover a estabilidade e permitir a recuperação funcional da região
afetada.

A classificação da cirurgia de fêmur ajuda a padronizar a comunicação entre


profissionais de saúde e a orientar as decisões clínicas durante o tratamento
cirúrgico do fêmur.

O período de realização da cirurgia de fêmur pode variar dependendo da


urgência da intervenção. Em casos de fraturas agudas ou lesões que requerem
atenção imediata, a cirurgia pode ser realizada o mais rápido possível após a
estabilização do paciente. Em situações menos urgentes, o procedimento pode
ser agendado conforme a disponibilidade do paciente e do cirurgião. O tempo
exato pode ser determinado após uma avaliação completa da condição, levando
em consideração fatores como a gravidade da lesão, a saúde geral do paciente
e outros aspectos clínicos. No caso escolhido a paciente demorou 4 dias para
realização da cirurgia.

A cirurgia de reparação no fêmur esquerdo envolve a intervenção cirúrgica para


corrigir fraturas, lesões ou condições ortopédicas que afetem esse osso em
particular.

O local específico da cirurgia e a abordagem exata dependerão da extensão da


lesão e da avaliação clínica feita pelo cirurgião ortopédico.

O objetivo do estudo de caso é analisar detalhadamente uma situação


específica, geralmente em um contexto clínico, educacional ou de pesquisa. Ele
busca compreender profundamente os detalhes e as nuances de um caso
individual para extrair insights, entender relações de causa e efeito, e, em muitos
casos, generalizar essas descobertas para aplicação em contextos similares.
No contexto de enfermagem, um estudo de caso pode visar a compreensão de
sintomas, tratamentos eficazes, ou desdobramentos de uma condição
específica. Em resumo, o objetivo é aprofundar o entendimento de situações
particulares para informar práticas futuras e contribuir para o conhecimento na
área.

A escolha de um estudo de caso sobre cirurgia de fêmur pode ser motivada por
diversas razões. Primeiramente, as cirurgias de fêmur frequentemente envolvem
procedimentos complexos, oferecendo uma rica variedade de elementos para
análise. Além disso:

Variedade de Condições: O fêmur é suscetível a diferentes tipos de lesões,


como fraturas traumáticas, deformidades congênitas ou condições
degenerativas. Isso proporciona uma gama diversificada de casos para estudo.

Impacto na Qualidade de Vida: Intervenções no fêmur têm um impacto


significativo na mobilidade e na qualidade de vida dos pacientes, tornando esses
estudos clinicamente relevantes.

Inovações Tecnológicas: A cirurgia ortopédica, incluindo a do fêmur, tem visto


avanços tecnológicos notáveis. Estudar casos pode envolver a análise de
técnicas inovadoras, materiais ou abordagens cirúrgicas.

Desafios Clínicos e Decisões: Os cirurgiões frequentemente enfrentam


desafios clínicos ao lidar com lesões no fêmur, o que torna esses casos
interessantes para a análise de tomada de decisões.

Contribuição para Prática Clínica: Estudos de caso bem conduzidos podem


contribuir para o aprimoramento de práticas clínicas, fornecendo insights sobre
melhores abordagens terapêuticas e estratégias de manejo pós-cirúrgico.

Portanto, a escolha de cirurgia de fêmur como tema para um estudo de caso


pode oferecer uma perspectiva abrangente sobre aspectos clínicos, técnicos e
científicos, sendo relevante para nos profissionais de enfermagem.
2. Resultados

Paciente: Francisca Dantas Martins


Idade: 61
Data: 08/11/2023
Enfermaria:02
Leito:02

ANAMNESE + EXAME FÍSICO:

Francisca Dantas Martins 61 anos, deu entrada no dia 08/11/2023 do hospital


regional de Sousa, com indicação cirúrgica, sua queixa principal é de dor súbita
no quadril, possui incapacidade de andar ou mesmo de se levantar por conta
da fratura do MIE.

No exame físico foi realizado inspeção, palpação, percussão e a ausculta para


busca avaliar a paciente através de sinais e sintomas, procurando por
anormalidades que podem sugerir problemas no processo de saúde e doença
da paciente. Segue a FR:72 rpm, PA: 110X70mmhg, glicemia em jejum:78,
temperatura: 35.4.

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:

Dor Aguda relacionada à fratura de fêmur: Manifestada por expressões


faciais de desconforto, aumento da frequência cardíaca, e relato verbal de dor.

Mobilidade Física Prejudicada relacionada à imobilização do membro


inferior: Evidenciada por restrição de movimento, incapacidade de suportar
peso no membro afetado e limitações nas atividades diárias.

Risco de Infecção relacionado à quebra da barreira cutânea: Caracterizado


por ferida cirúrgica ou fratura exposta, aumentando o risco de invasão
microbiana.

Risco de Comprometimento Neurovascular relacionado à lesão nervosa


ou vascular: Indicado por alterações na sensibilidade, temperatura ou pulsos
distais ao local da fratura.

Ansiedade relacionada ao trauma e ao processo cirúrgico: Demonstrada


por inquietação, apreensão e preocupação com o tratamento e a recuperação.

Deficiência no Autocuidado relacionada à incapacidade de realizar


atividades diárias: Manifestada pela necessidade de assistência para higiene
pessoal, vestimenta e outras atividades cotidianas.
Risco de Síndrome Compartimental relacionado ao inchaço e à
compressão dos tecidos circundantes: Suspeita quando há aumento da dor
desproporcional ao esperado ou sinais de comprometimento vascular.

Distúrbio do Sono relacionado à dor e desconforto: Evidenciado por


padrões de sono interrompidos, dificuldade em encontrar uma posição
confortável e relatos de insônia.

Risco de Queda relacionado à mobilidade prejudicada e necessidade de


adaptação ao ambiente: Indicado quando há risco aumentado de quedas
devido à limitação de movimento e uso de dispositivos de auxílio.

Risco de Trombose Venosa Profunda (TVP) relacionado à imobilização


prolongada: Suspeita quando o paciente tem fatores de risco adicionais, como
idade avançada, história de TVP ou cirurgia recente.

PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS:

Controle Eficaz da Dor: O paciente relata níveis de dor toleráveis,


demonstrando alívio eficaz com as intervenções prescritas.

Mobilidade Restaurada: O paciente é capaz de mover o membro inferior de


maneira progressiva, suportar peso conforme orientado e realizar atividades
diárias básicas com assistência mínima.

Ausência de Sinais de Infecção: Não há sinais de infecção na ferida cirúrgica


ou fratura exposta, com cicatrização adequada e ausência de febre.

Integridade Neurovascular Mantida: O paciente apresenta sensibilidade,


temperatura e pulsos distais ao local da fratura dentro dos parâmetros normais.

Níveis de Ansiedade Gerenciados: O paciente relata níveis de ansiedade


reduzidos, demonstrando compreensão do processo de tratamento e confiança
na equipe de saúde.

Autocuidado Restaurado: O paciente é capaz de realizar atividades de


autocuidado, como higiene pessoal e vestimenta, com assistência mínima ou
independência, conforme apropriado.

Prevenção da Síndrome Compartimental: Não há sinais de aumento


desproporcional da dor, edema excessivo ou comprometimento vascular,
indicando uma adequada gestão do inchaço e da compressão dos tecidos.

Melhora do Padrão de Sono: O paciente relata padrões de sono melhorados,


indicando uma redução na interrupção do sono relacionada à dor e
desconforto.

Prevenção de Quedas: O paciente não sofre quedas durante o período de


imobilização e adaptação ao ambiente, indicando uma abordagem eficaz para
garantir a segurança.
Prevenção de Trombose Venosa Profunda (TVP): Não há sinais de TVP,
como inchaço, dor persistente ou vermelhidão, indicando uma efetiva
prevenção da formação de coágulos sanguíneos.

IMPLEMENTAÇÃO (PRESCRIÇÃO DA ENFERMAGEM):

Controle da Dor: Administrar analgésicos conforme prescrição médica e


monitorar a eficácia do alívio da dor.

Promoção da Mobilidade: Auxiliar o paciente nas mobilizações prescritas,


incluindo mudanças de posição na cama e exercícios passivos conforme
orientação do fisioterapeuta.

Cuidados com a Ferida Cirúrgica ou Fratura: Realizar curativos conforme


protocolo, monitorando sinais de infecção e garantindo a integridade da ferida.

Monitoramento Neurovascular: Avaliar regularmente a sensibilidade,


temperatura e pulsos distais ao local da fratura, reportando qualquer alteração
à equipe médica.

Assistência na Adaptação ao Ambiente: Colaborar na organização do


ambiente para prevenir quedas, utilizando barras de apoio, dispositivos de
auxílio e alertas visuais, quando necessário.

Educação do Paciente: Fornecer informações sobre o plano de cuidados,


incluindo a importância da adesão às orientações médicas, sintomas de
complicações e cuidados com a mobilidade.

Apoio Psicossocial: Oferecer suporte emocional ao paciente, reconhecendo


ansiedades e preocupações relacionadas à fratura e ao processo de
recuperação.

Administração de Medicamentos Antitrombóticos: Administrar


anticoagulantes conforme prescrição médica para prevenção de trombose
venosa profunda.

Estímulo à Independência no Autocuidado: Incentivar o paciente a realizar


atividades de autocuidado conforme sua capacidade, promovendo a autonomia
sempre que possível.

Avaliação Contínua e Relato de Alterações: Realizar avaliações regulares


dos resultados esperados, comunicando prontamente qualquer alteração na
condição do paciente à equipe de saúde.
AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM(EVOLUÇÃO):

Paciente em 4º DIH, em pré-operatório consciente, orientada, verbalizando,


sono e repouso preservado, restrita ao leito, em jejum, higienizada. Afebril,
eupneica em AA, normotensa, normocorada, com queixa de dor em região do
tórax e gastralgia. Com AVP em MSD, com jelco 18 para MCPM. Diurese
presente, evacuações presentes SIC, por volta das 10:00h, paciente
encaminhada ao bloco cirúrgico, retornando as 13:30hrs, sem intercorrências e
sem queixas, dadas as orientações gerais. Segue aos cuidados da equipe de
enfermagem.
3. Conclusões

As aulas práticas desempenham um papel fundamental na compreensão dos


tipos de cirurgias, proporcionando valiosas contribuições ao processo ensino-
aprendizagem. As dificuldades enfrentadas foram falta de familiaridade com
equipamentos e nervosismo ao lidar com situações reais, enquanto as
facilidades destacaram a eficácia do aprendizado prático, elaboração de
evoluções, diálogo eficaz com o paciente e entendimento de situações reais na
prática. Salienta-se, por fim, a importância crucial da elaboração de estudos de
caso como ferramenta essencial na formação profissional, integrando teoria e
prática de maneira enriquecedora e aplicável.
4. Referências Bibliográficas

- Tratados de Enfermagem do Professor Rômulo Passos;


- https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/190-
femur/281-fratura-de-colo-de-femur
- https://www.into.saude.gov.br/images/pdf/folhetos/folheto_femur.pdf
- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-
diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2018/fratura-do-colo-do-femur-em-
idosos-tratamento-diretrizes-brasileiras.pdf
5. Anexos

Observação: Todas as imagens estão protegidas e só foram realizadas a fim


de estudos e comprovação de informações. Assim, não sendo expostas e só
anexadas em relatórios de estudo de caso e curricularização da extensão.

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