Você está na página 1de 8

0

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO-UNIFSA


PRÓ-REITORIA DE ENSINO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

INDYANNARA KARYN MENDES SOARES DE SOUSA

TERESINA-PI
2023
1

1. INTRODUÇÃO
estágio curricular obrigatório tem uma importância significativa na formação
acadêmica dos estudantes, fornecendo uma oportunidade única de aplicar e
aprimorar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula em um ambiente
prático de trabalho. Como por exemplo: Experiência prática: O estágio oferece aos
estudantes a chance de vivenciar o mundo real de trabalho em sua área de estudo.
Eles têm a oportunidade de aplicar os conceitos aprendidos na prática, trabalhar em
projetos reais e lidar com desafios do mundo profissional. Desenvolvimento de
habilidades: Durante o estágio, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver
habilidades específicas relacionadas à sua área de estudo, bem como habilidades
gerais, como comunicação, trabalho em equipe, resolução de problemas e tomada
de decisões. Essas habilidades são essenciais para o sucesso profissional e podem
ser aprimoradas através da experiência prática.
Durante a graduação em Fisioterapia, a construção acadêmica se dá por
meio de teorias e práticas. O estágio curricular com supervisão do docente deve
estimular a relação ensino-aprendizagem, complementando a formação do
educando com o treinamento prático em situação real, que ao mesmo tempo é
educativa, formativa e presta serviços à comunidade4. O objetivo é aperfeiçoar o
acadêmico em sua totalidade, respeitando o embasamento ético e disciplinar da
profissão, procurando desenvolver indivíduos críticos e agentes de transformação
social
Tendo em vista, o estágio hospitalar obrigatório, cursado pela turma de
fisioterapia 16M9A do Centro Universitário Santo Agostinho, foi divido em 5 ciclos,
cada um em torno de 16 dias, englobando o período de agosto de 2023 até
dezembro de 2023. A realização dos ciclos e a orientação para os atendimentos
foram através dos preceptores das seguintes áreas. Iniciando, o ciclo de Saúde da
Mulher, sob a supervisão da preceptora Rosana Pires, ocorreu na( Maternidade Wall
Ferraz-Ciamca), na Praça dos Correios 3625, Itararé e na Entidade Social (Casa
Maria Menina), no Dirceu ocorreu no horário 14:00 horas ás 17:00 horas. Onde
realizamos avaliação nas gestantes, recém-nascidos, participando até mesmo sob
supervisão da preceptora do parto normal assim como, uxiliando e assistir a
gestante para que a mesma tenha uma experiência mais gratificante de parto, com
menos dor e menor tempo de trabalho de parto, novamente por meio de avaliação e
uso de recursos fisioterapêuticos próprios.. Posteriormente, o ciclo de clínica Médica
e Ortopédica, no Hospital do Satélite, situado na Rua Rotary Clube, pela supervisão
da preceptora Camila Lima que engloba com a preservação e o restabelecimento
funcional de ossos, músculos, ligamentos e articulações e ambas tem como objetivo
conferir qualidade de vida aos pacientes. . Os demais ciclos aconteceram no
Hospital de Urgência de Teresina (HUT), localizado na Rua Dr. Otto Tito, Redenção,
sendo o de Fisioterapia em Queimados com a preceptora Rogéria Franco
procedimentos fisioterapêuticos utilizados foram a cinesioterapia global,
2

deambulação, posicionamento, reexpansão pulmonar, exercícios respiratórios e


tosse assistida, na UTI Geral sob supervisão do preceptor Rômulo Mendes realizou
avaliações fisioterapêutica como, mobilizar pacientes críticos, promover treinamento
muscular respiratório, fazer remoção de secreção, realizar técnicas de expansão
pulmonar e também monitorar a ventilação mecânica invasiva e não invasiva ,
clínica Neurológica, supervisionado por Fábio Mesquita acompanhamos paciente
com Traumatismo crânio-encefálico (TCE) , Acidente Vascular Cerebral (AVC)
habilitando pacientes com lesões do sistema nervoso a desempenhar sua atividade
de vida diária da melhor forma.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CICLO DE FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA MULHER E


NEONATOLOGIA

Nesse primeiro ciclo de estágio, sob a supervisão da preceptora Rossana Pires, foi
possível conhecer as enfermarias da Maternidade onde foram realizadas as avaliações e
atendimentos dos recém-nascidos (RN) e das puérperas. Aprendemos a como ler os
prontuários corretamente, de trás para frene, a analisar as fichas de avaliações, como a do RN
que compreende além dos dados pessoais, os dados clínicos como sinais vitais, história da
doença atual e avaliação dos reflexos como glabela, sucção, moro, babinski, entre outros.
Assim como, a ficha de avaliação puerperal, onde também além dos dados pessoais,
enfermaria, leito, inclui os dados clínicos como tipo de parto, data e horário do parto, se já
realizou episotomia ou não e no momento no atendimento, realizamos algumas perguntas,
baseadas na ficha de avaliação, como a história da gestação atual (quantas consultas pré-natais
realizou, se teve outras gestações, abortos, sangramento durante a gestação, perda de líquido,
entre outras), além das patologias associadas como a diabete, pré-eclampsia e eclampsia.
3

Também aprendemos sobre a avalição das mamas e suas patologias associadas, onde através
da inspeção e palpação podemos identificar a presença ou não de ingurgitamento, mastite,
dor, inchaço e analisar qual o tipo de seios (protuso, plano ou invertido). A avaliação da
diástase dos retos abdominais e do assoalho pélvico, como a como a força muscular e
contração, também são importantes na avaliação da puérpera.
Com base na avaliação, estudo da situação clínica do paciente e artigos, elaboramos as
condutas fisioterapêuticas individualizadas, que compreendiam cinesioterapia de membros
inferiores e superiores, massagem nas mamas, exercícios respiratórios, drenagem linfática,
deambulação, orientações sobre amamentação, pega correta do bebê e cuidados pós-parto. Por
fim, realizávamos a evolução na ficha e discussão a respeito dos pacientes e condutas
adotadas tivemos o prazer de assistir sob supervisão da preceptora o parto normal.
Já os atendimentos na Casa Maria Menina, eram voltados para adolescentes no
período gestacional que apresentavam desconfortos decorrente da gestação, como dores na
coluna, inchaços nas pernas, dispneia, entre outros. Onde realizamos exercícios direcionadas
para fortalecimento e mobilidade do assoalho pélvico, utilizando comandos verbais e a bola
suíça, exercícios respiratórios, técnicas de liberação miofascial para aliviar as tensões
musculares, alongamentos, cinesioterapia, momentos de drenagem a fim de amenizar a
retenção de líquidos e melhorar a circulação em membros inferiores, assim como orientações
sobre o parto, amamentação e alívio de cólicas do bebê.

2.2 CICLO DE CLÍNICA MÉDICA E ORTOPÉDICA

O ciclo de clínica médica/ortopédica, supervisionado pela preceptora Camila foi


dividido em dois momentos, sendo a Clínica médica realizada no hospital do Satélite e a
Ortopédica, no HUT. A princípio, foi realizado a apresentação de cada setor que atuaríamos,
as enfermarias e leitos, como era a rotina do hospital e dos pacientes, as fichas de avaliações
utilizada em cada hospital e orientação para revisarmos alguns assuntos que seriam
imprescindíveis nos atendimentos, como valores de referências de sinais vitais, exames
laboratoriais, focos de ausculta pulmonar, Escala de Glasgow, tipos de secreção, escala de
mobilidade IMS, avaliação do padrão respiratório, entre outros.
A respeito dos atendimentos, no hospital do Satélite, encontramos pacientes com
quadros diversificados, como pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Pneumonia infecciosa, neoplasia pulmonar, lesões por
pressão e pacientes com suporte ventilatório. No HUT, a maioria dos pacientes eram vítimas
4

de acidentes de trânsito, quedas, fraturados e luxados em membros inferiores e/ou superiores,


fazendo uso de mobilizadores como gesso e enfeixamento com atadura, fixação externa, etc.
Após a leitura dos prontuários, avaliação dos sinais vitais, realizávamos os
atendimentos com base nas melhores condutas para cada paciente, dependendo das suas
condições naquele dia, se desejava atendimento ou não. Na clínica médica, em pacientes, foi
realizado terapia de remoção de secreção e aspiração traqueal. Já em pacientes com outras
patologias, dependendo da sua necessidade, foram realizados exercícios de trocas posturais,
exercícios tronculares, sedestação, exercícios de fortalecimento muscular como flexo-
extensão ativa ou passiva, alongamentos de MMSS e MMII, deambulação, mobilização
articular, entre outros. Após os atendimentos, foram realizadas discussões a respeito dos
pacientes atendidos, prognóstico, condutas possíveis para serem desenvolvidas, assim como,
discussão dos assuntos solicitados para serem estudados em casa, como Oxigenioterapia,
Interpretação de Exames Laboratoriais, escala de IMS, estudo de capítulo de livro e envio de
resumo sobre Fraqueza Muscular Adquirida na UTI.

2.3 CICLO DE FISIOTERAPIA EM QUEIMADOS

Durante o ciclo de tratamento para pacientes queimados no HUT, sob a supervisão da


preceptora Rogéria, as queimaduras elétricas e por raio e as alterações sistêmicas decorrentes
das mesmas, alguns tipos de tratamento como hidratação e manutenção do débito urinário,
escarotomia e fasciotomia, desbridamento e cobertura cutânea, assim como sobre o tratamento
da mão queimada, onde a sua recuperação funcional depende da gravidade da queimadura em
si, da utilização precoce de técnicas de mobilização e de posicionamento, bem como do
tratamento cirúrgico adequado, sendo dividida em fase de ressuscitação, fase precoce e a fase
tardia.
Na análise do prontuário, buscávamos verificar a avaliação do grau da queimadura,
extensão da área afetada no corpo, motivo da queimadura, e outras informações relevantes,
para assim elaborar o protocolo de atendimento mais adequado para aquele paciente, dentro
das suas limitações físicas e emocionais. O perfil os pacientes eram geralmente, vítimas de
queimaduras por fogo, acidentes domésticos, explosão, descarga elétrica, onde tinham o corpo
praticamente todo queimado ou parcialmente, levando a também distúrbios emocionais e
psicológico.
5

Os objetivos dos atendimentos eram minimizar as limitações articulares, mantendo a


força muscular e a função. Dessa forma, trabalhávamos a cinesioterapia, exercícios
respiratórios, alongamentos, treino de sentar e levantar, mobilização articular, deambulação e
orientações sobre o posicionamento do membro, exercícios durante a internação, explicando
os benefícios da cinesioterapia e dos exercícios respiratórios na otimização do tratamento e da
recuperação. Ao término dos atendimentos, registrávamos no prontuário e discutíamos sobre a
conduta realizada e melhorias.

2.4 CICLO UTI ADULTO

Neste ciclo, também no HUT, sob a supervisão do preceptor Rômulo Mendes,


conhecemos mais sobre a atuação do fisioterapeuta no âmbito da UTI, podendo aprender mais
sobre a interpretação de exames laboratoriais e radiológicos, associando com a patologia e
condição do paciente. Ao chegar, checávamos o prontuário, exames atualizados e íamos até o
leito realizar a ausculta pulmonar, observação dos parâmetros ventilatórios, discussão sobre a
patologia, fatores de risco, as precauções necessárias, tempo de internação, qual a melhor
abordagem terapêutica para cada paciente e assim realizávamos o atendimento.
Algumas das intervenções fisioterapêuticas executados na UTI foram, mobilização
precoce, monitorização do ventilador mecânico, terapia de remoção de secreção, aspiração de
secreção de vias aéreas, comandos verbais, visto que esses pacientes devido ao tempo
prolongado na Ventilação Mecânica, imobilismo, tendem a adquirir fraqueza muscular
respiratória e muscular, por desuso da musculatura, se fazendo necessário exercícios de
fortalecimento muscular, trocas posturais, cinesioterapia, com o objetivo de melhorar a função
pulmonar, ampliar a capacidade de ventilação e facilitar a remoção de secreções. Foram
realizadas bastante discussões a beira leito, respostas de dúvidas, além de atividades
complementares como mapas mentais sobre Desmame Ventilatório e Pneumonia associada a
Ventilação Mecânica (PAV), assim como resolução de caso clínico.

2.5 CICLO DE CLÍNICA NEUROLÓGICA

Para finalizar, tivemos o ciclo de clínica neurológica com a supervisão do preceptor


Fábio Mesquita, também no HUT,. Foi nos apresentados as enfermarias onde atenderíamos, o
espaço onde ficava os prontuários para leitura e registro ao final do atendimento, onde nos
6

ensinou a como buscar o exame de imagem do paciente. A maioria dos pacientes possuíam
patologias como Acidente Vascular Encefálico (AVE), Traumatismo Cranioencefálico (TCE),
Aneurismas e Traumatismo Raquimedular (TRM), mas também de hidrocefalia, quedas da
própria altura e politraumas.
Antes dos atendimentos, realizávamos a paramentação adequada, inspeção, avaliação
do nível de consciência por meio da escala de coma de Glasgow, avaliação da força e tônus
muscular, sensibilidade e identificação de alterações como plegia, paresia e edema. Como
conduta terapêutica, eram realizados exercícios de alongamentos de MMII e MMSS,
fortalecimento muscular, treino de sentar e levantar, Facilitação Neuromuscular
Proprioceptiva (FNP), descarga de peso lateralmente, inclinação e rotação de tronco,
sedestação e deambulação, de acordo com o quadro clínico de cada um.
Ao término de cada atendimento, conduzíamos uma corrida de leito, apresentando o
caso clínico e a conduta fisioterapêutica ao preceptor e outras alunas do ciclo à beira do leito.
Por fim, promovemos discussões sobre a anatomia do crânio, por meio de tomografias, como
interpretar, qual patologia corresponde conforme a imagem e história clínica. Também nos
mostrou outras alas do hospital, incluindo as enfermarias onde ficavam as crianças
neurológicas com Atrofia Muscular Espinhal (AME), onde discutimos sobre a mesma, sendo
bastante enriquecedor.

3. CONCLUSÃO
Concluímos que os estágio e de grande importância para o aprendizado,
conhecimento, responsabilidade para a formação dos discentes. Em relação aos pontos
positivos e negativos, temos os pontos positivos como a infraestrutura/espaço físico bem
esquipada, os matérias e equipamentos temos como o ponto negativo pois não havia o
suficiente para os atendimentos, supervisão do estágio foi muito satisfatória sempre
contribuindo para o conhecimento, as ações socioeducativas realizada no estágio hospitalar
sempre bem dinâmica realizadas a discursões, e explicação de cada item da ficha de
avaliação. Onde pudemos aprender novos assuntos, realizar condutas novas e aprender mais
sobre as patologias clínicas mais frequentes, assim como novas patologias e condutas a serem
abordadas. Expandimos a nossa visão sobre os diversos campos de atuação da fisioterapia no
âmbito hospitalar, assim como a convivência com a equipe multidisciplinar, que é de grande
importância para a evolução do paciente. conhecimentos e experiências, tirando as dúvidas,
disponibilizando materiais, instigando aos estudos e incentivando a perseverar em busca do
sucesso profissional.
7

4. REFERÊNCIAS

1. ‌Arrunátegui, G; Ferreira, M. C. Tratamento da mão queimada. Tratado de


queimaduras. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.
2. COFFITO. Resolução N° 431 de 27 de setembro de 2013. – Dispõe sobre o exercício
acadêmico de estágio obrigatório em Fisioterapia. Disponível em:
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3193. Acesso em: 11 dez. 2023.

3. Silva, J. R. DA; Resplandes, W. L.; Silva, K. C. C. DA. Importância do fisioterapeuta


no período gestacional. Research, Society and Development, v. 10, n. 11, p.
e480101119977, 6 set. 2021.

Você também pode gostar