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RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

FISIOTERAPIA EM UNIDADE ABERTA

Elaborado por: Raylane Pereira Ferreira

Relatório do estágio
Apresentado ao Curso de Graduação em
Fisioterapia da UNIFACS como um dos
pré-requisitos para aprovação no estágio
supervisionado em Fisioterapia Unidade
Aberta.
Sob a orientação do (a) preceptor (a)
Geovane Lemos.

Salvador – BA
Ano 2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 ATIVIDADE 01 (AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO AO PACIENTE)
2.2 ATIVIDADE 02 (EVOLUÇÃO EM PRONTUÁRIO)
2.3 ATIVIDADE 03 (DISCUSSÃO DE TEMAS E CASOS CLÍNICOS)
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

O presente relatório pretende refletir sobre todo o trabalho realizado ao longo do


estágio supervisionado 2, em Unidade Aberta, realizado no Hospital Geral do Estado
(HGE), localizado na Avenida Vasco da Gama, bairro de Brotas (Salvador- BA). É
através do estágio que temos a oportunidade de aplicar todo aprendizado construído
durante o curso e verificar de perto de maneira real os desafios profissionais do dia a
dia.
Neste campo, puderam ser realizadas atividades voltadas para área de fisioterapia
hospitalar, onde neste contexto através de seus conhecimentos anatômicos,
fisiológicos e recursos apropriados, o profissional atua de forma indispensável na
parte motora, cardiovascular e respiratória dos pacientes, sejam eles adultos,
crianças ou idosos, afim de favorecer a alta e minimizar os efeitos deletérios do
internamento.
Por meio de orientações do fisioterapeuta e preceptor Geovane Lemos se pôde ter o
conhecimento do ambiente de estágio, que trata-se de um dos maiores hospitais
públicos do estado, sendo referência em atendimento de média e alta complexidade,
e o maior na especialidade em trauma no Estado da Bahia, possuindo também porta
aberta para atendimentos de urgências e emergências. O hospital conta em sua
estrutura com o HGE 1 e o HGE 2 e possui o funcionamento de 24 horas por dia,
realizando serviços de: Cirurgia de Coluna, Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Cirurgia
Oftalmológica, Pediatria, Clínica Médica, Queimados, Cirurgia Reparadora e Terapia
Intensiva (UTI).
Neste bloco de estágio tivemos a oportunidade de conhecer e atuar tanto na Clínica
Cirúrgica B, quanto na ala da Ortopedia C do HGE 2. Encontramos pacientes com
uma diversidade de incidências patologias em pré ou pós operatório, sendo elas
caudadas por fatores cardiovasculares, por arma de fogo ou arma branca, queda de
própria altura e espancamento, dentre as patologias, temos como exemplo: infecção
em pé diabético, fratura de fêmur e úmero, pneumotórax ou hemotórax, etc. Os
atendimentos eram realizados através de uma escala móvel, durante o período da
manhã e algumas vezes à tarde, sendo assim, houve o desenvolvimento de
atividades como avaliação, atendimento, evolução e discussões de casos clínicos e
temas específicos da fisioterapia. Com isso, tais atividades estarão descritas
detalhadamente ao longo deste relatório.
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1 ATIVIDADE 01 (AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO AO PACIENTE)

Antes de iniciar os atendimentos, nos reuníamos em um local para analisarmos o


prontuário do paciente que servia como uma forma de conhecê-lo, saber sobre sua
história patológica, e a partir disso, ter uma noção de qual melhor conduta deveria
ser realizada.
Sabemos que em cada atendimento é de extrema importância realizar uma
avaliação, para monitorar e acompanhar o estado do paciente. Então, no primeiro
dia de estágio discutimos um pouco sobre abordagem inicial e quais os pontos
cruciais a serem avaliados, realizando os atendimentos em dupla.
Dessa forma, nossa avaliação consistia em verificar os principais marcadores vitais,
como frequência cardíaca e respiratória, saturação, realizar a ausculta pulmonar,
analisar o trabalho e tipo de padrão muscular ventilatório, avaliar o sistema
cardiovascular, observando a presença de edemas e perfusão e avaliar a condição
motora.
Após a avaliação, realizávamos os atendimentos sempre atentos aos itens que
foram avaliados, as condutas variavam de acordo as particularidades de cada
paciente, contudo, os procedimentos mais executados eram, monitorização
cardiorrespiratória, exercícios respiratórios (técnicas de reexpansão pulmonar),
cinesioterapia ativa ou ativa assistida e bombeamento tíbio-társico. Tudo isso era
feito de forma independente, onde o aluno tinha a autonomia de ter contato direto
com o paciente e aplicar tudo que foi proposto para o atendimento. O que despertou
um novo olhar sobre o mundo da fisioterapia hospitalar, principalmente quando se
trata de pré e pós operatório imediato.

2.2 ATIVIDADE 02 (EVOLUÇÃO EM PRONTUÁRIO)

Essa atividade consistia no registro de todos os parâmetros avaliados e das


condutas desenvolvidas durante o atendimento. Cada paciente possuía um
prontuário, onde constava as informações e/ou evoluções da parte médica,
enfermagem, nutrição, assistência social, psicologia e fisioterapia. Sendo assim,
tínhamos que realizar esse relato no prontuário, descrevendo desde a maneira que
encontramos o paciente até como o deixamos. De acordo com o desenvolvimento
dos pacientes, podíamos modificar ou manter as condutas a cada visita. E se
tratando de um hospital, onde a quantidade de profissionais é muito grande, e onde
também em um mesmo paciente várias pessoas realizam diversos procedimentos, a
evolução será a forma de comunicação entre a equipe.
E tudo isso proporcionou um encorajamento a novas descobertas, a exercitar a
escrita em um linguagem padronizada e a colocar as informações mais necessárias,
gerando também um incentivo a raciocinar e estudar sobre cada caso proposto com
a finalidade de não apenas reproduzir técnicas, mas sim entender os objetivos e ter
propriedade em aplicar.

2.3 ATIVIDADE 03 (DISCUSSÃO DE TEMAS E CASOS CLÍNICOS)

Durante o período de estagio, era reservado um momento para discussões dos


casos clínicos vigentes do dia, e também de casos clínicos propostos pelo preceptor,
onde precisávamos expor objetivos de tratamento e condutas. Foram abordados
também temas importantes da área da fisioterapia no ambiente hospitalar, sendo
eles: avaliação geral, posicionamento no leito, fisioterapia respiratória (avaliação,
oxigenioterapia, técnicas de higiene brônquica e expansão pulmonar), condutas em
pós operatório, fisioterapia ortopédica (tipos de fraturas, sínteses, pós operatório
imediato), pé diabético (neuropatia do pé diabético, amputação).
As discussões foram essenciais para construir um raciocínio clínico mais eficaz,
saber organizar as ideias e para tornar o atendimento menos complicado,
reestruturando a ideia de que cada caso exige uma abordagem exclusiva, sendo
necessário também se atentar no que não se pode realizar e no que se precisa dar
prioridade em executar, projetando uma boa evolução do paciente, proporcionando
uma segurança na aplicabilidade da abordagem terapêutica e conforto ao paciente.
3. CONCLUSÃO

Portanto, conclui-se que através das atividades exercidas, nota-se que a prática e a
teoria se complementam e essas experiências reais são de total importância para
formação acadêmica.
Independente da área de atuação o fisioterapeuta sempre terá o papel de cuidar,
preservar, manter, prevenir, desenvolver ou restaurar (reabilitar) alguém, e na
prática podemos observar de fato verdadeiro valor dessa profissão.
O estágio supervisionado 2 contribuiu de forma positiva minimizando os medos e
inseguranças de lidar com o paciente e estimulando a busca por mais conhecimento.
Ressaltando para a necessidade de constantemente promover o planejamento, a
criatividade, o acompanhamento e aprimoramento nas atividades exercidas, para
assim desenvolver um atendimento com qualidade. Porém, o tempo de estágio em
cada bloco é muito pouco, então é necessário correr contra ao tempo para absorver
o máximo de conhecimento e experiência possível.
Contudo, a vivência nesse bloco de estágio em especial foi bastante proveitosa pois,
pude ter a oportunidade de prestar atendimento a perfis de pacientes que nunca tive
contato antes. A experiência foi extremamente desafiadora, porém um dos fatores
mais importantes para o desenvolvimento como profissional foi a orientação,
contribuição e domínio do preceptor Geovane Lemos em todo acompanhamento das
atividades aplicadas e temas discutidos. Além disso, foi possível internalizar o
conceito de que qualquer conduta realizada, seja ela a mais simples possível, é de
grande valia quando se trata de uma Unidade Aberta. Toda técnica executada com
precisão e objetivo vai gerar em curto, médio e/ou grande prazo benefícios
incontáveis para esses pacientes. Por fim, esse bloco serviu para reafirmar a
importância de um trabalho humanizado e ressaltar a imprescindibilidade da
inserção do fisioterapeuta na assistência multidisciplinar em um hospital,
principalmente quando se trata de pré ou pós operatórios, e uma das grandes
barreiras profissionais observadas foi a falta aderência e colaboração de alguns
pacientes ao realizar a fisioterapia, talvez seja por não conhecerem de fato os
inúmeros benefícios que a mesma traz. Contudo, tudo isso trouxe a conscientização
de que o profissional em todas as suas áreas de atuação deve atentar-se para sua
responsabilidade, conquistando seu espaço e através de suas práticas demonstrar a
significância de sua profissão.

4. REFERÊNCIAS

TRACZ, Marcelo; DIAS, A. N. A. Estágio Supervisionado: um estudo sobre a


relação do estágio e o meio produtivo. Paraná. 2006.

ESTADO DA BAHIA, SECRETARIA EM SAÚDE. Hospital Geral do Estado.


Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/hospital/hospital-geral-do-estado/.
Acesso em 01 de agosto de 2022.

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