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RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

ERGONOMIA

Elaborado por: Raylane Pereira Ferreira

Relatório do estágio
Apresentado ao Curso de Graduação em
Fisioterapia da UNIFACS como um dos
pré-requisitos para aprovação no estágio
supervisionado em ERGONOMIA.
Sob a orientação do (a) preceptor (a)
Karoline Bragatto.

Salvador – BA
Ano 2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 ATIVIDADE 01 (DISCUSSÃO DE ARTIGOS E ELABORAÇÃO DE CARDS)
2.2 ATIVIDADE 02 (GINÁSTICA LABORAL)
2.3 ATIVIDADE 03 (ANÁLISE ERGONÔMICA)
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO

O presente relatório pretende refletir sobre todo o trabalho realizado ao longo do


estágio supervisionado em Ergonomia, realizado na Clínica Veterinária UNIFACS
(Clivet), localizada no bairro Boca do Rio (Salvador- BA). Segundo Roerch (1999),
Tracz e Dias (2006 p. 1) “o estágio é uma chance que o acadêmico tem para
aprofundar conhecimentos e habilidades nas áreas de interesse do aluno”. É através
do mesmo que temos a oportunidade de aplicar todo aprendizado construído
durante o curso e verificar de perto de maneira real os desafios profissionais do dia a
dia.
Neste campo, puderam ser realizadas atividades voltadas para área de ergonomia e
fisioterapia na saúde do trabalhador, onde amparados pela Resolução nº 465, de 20
de maio de 2016 do COFFITO, cabe ao fisioterapeuta do trabalho identificar, avaliar,
observar e corrigir os fatores ambientais que possam constituir risco à saúde
funcional do trabalhador, entre outras atribuições.
Por meio de orientações da fisioterapeuta e preceptora Karoline Bragatto se pôde ter
o conhecimento do ambiente de estágio, que trata-se de uma clínica escola
veterinária que oferece atendimento clínico, cirúrgico e exames de alta qualidade
para cães, gatos e outros animais de pequeno porte. Além disso, é um espaço
destinado às aulas práticas, atividades de pesquisa e extensão e estágios.
Diferente dos blocos anteriores, este em específico não eram realizados
atendimentos, e sim atividades voltadas para a saúde dos funcionários da clínica. Os
nossos encontros aconteciam nas segundas e quartas nos turnos matutino e
vespertino, e mesmo a clínica apresentando um número de profissionais
consideravelmente pequeno, ainda assim houve a possibilidade de desenvolver a
ginástica laboral, compartilhamento de informações através de cards e a análise
ergonômica. Com isso, tais atividades estarão descritas detalhadamente ao longo
deste relatório.
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1 ATIVIDADE 01 (DISCUSSÃO DE ARTIGOS E ELABORAÇÃO DE CARDS)

A cada dia durante o período de estágio, tínhamos que escolher um tema específico
para efetuarmos em casa a busca e leitura de artigos científicos. Após a pesquisa,
realizávamos no período da manhã as discussões dos artigos selecionados por cada
aluno. Ao decorrer desta atividade, tivemos a oportunidade de debater vários
assuntos voltados a saúde do trabalhador, principalmente as patologias decorrentes
do trabalho, que mais acometem os profissionais atualmente. Após isso, através da
temática abordada no dia, efetuávamos a elaboração e montagem de um card
digital, onde o mesmo era compartilhado no grupo do WhatsApp dos funcionários da
clínica, com o intuito de promover conhecimento, orientação e conscientização dos
colaboradores. Os temas discutidos foram: Importância da ginástica laboral,
LER/DORT, Síndrome de Burnout, Lombalgia, Cervicalgia e Fibromialgia.

2.2 ATIVIDADE 02 (GINÁSTICA LABORAL)

A ginástica laboral é definida como a pratica de exercícios feita durante o expediente


de trabalho, os quais podem ser prescritos de acordo com a função exercida pelo
trabalhador e que têm como objetivo a prevenção de doenças ocupacionais e a
promoção do bem-estar.
Essa atividade era realizada no turno da tarde, onde precisávamos determinar
objetivos específicos e montar um roteiro com 12 à 15 exercícios, no qual iria ser
executado com os colaboradores. Em seguida, nos dividíamos em duplas ou trios, e
a preceptora nos direcionava a cada funcionário que iria realizar a ginástica.
Os objetivos definidos em cada dia consistia na execução de exercícios de:
alongamento, fortalecimento, mobilidade, relaxamento, equilíbrio, coordenação,
memória e cognição. O tempo médio estipulado para a aplicação dos exercícios era
de 15 minutos.
E tudo isso proporcionou um encorajamento a novas descobertas, a experimentar a
prática de aplicar exercícios diferentes, gerando também um incentivo a raciocinar e
pesquisar sobre cada objetivo proposto, com a intenção de não apenas reproduzir
movimentos, mas também de entender de fato sua finalidade, saber como comandar
a ginástica e a realizar as correções necessárias.
2.3 ATIVIDADE 03 (ANÁLISE ERGONÔMICA)

Cada aluno ficou responsável em executar essa atividade com um profissional da


clínica escolhido pela preceptora. A análise ergonômica consistia primeiramente na
avaliação preliminar, onde se pôde observar, e avaliar os riscos ergonômicos
apresentados pelo funcionário durante sua rotina e execução de trabalho. Durante a
análise, realizamos uma entrevista onde os pontos interrogados foram: identificação,
rotina de trabalho, equipamentos e maquinários, mobiliários e condições do
ambiente. Anotamos as informações passadas, e fizemos o registro através de
vídeos e fotos dos riscos encontrados, sendo eles: postura inadequada,
repetitividade e problemas com iluminação, entre outros.
Para dar continuidade com o processo de análise, tivemos que apresentar
ferramentas ergonômicas e escolher uma delas para aplicar nas posturas dos
funcionários. As ferramentas estudadas foram: RULA, REBA, RULA, OWAS, NASA
TLX e o Questionário Bipolar de Fadiga. A ferramenta escolhida por mim foi a REBA
pois, realiza uma avaliação corporal de forma mais geral, compreendendo o
pescoço, tronco, pernas, braços, antebraços e punhos. Através da ferramenta REBA
pude constatar que a agente de limpeza, Márcia, executa uma determinada postura
ao varrer embaixo das cadeiras que possui um alto nível de risco e que precisa ser
realizada uma ação de intervenção em breve. Por fim, todas essas informações
mencionadas anteriormente foram redigidas para um relatório, para a avaliação da
preceptora.
3. CONCLUSÃO

Portanto, conclui-se que através das atividades exercidas, nota-se que a prática e a
teoria se complementam e essas experiências reais são de total importância para
formação acadêmica.
Independente da área de atuação o fisioterapeuta sempre terá o papel de avaliar,
cuidar, preservar, manter, prevenir, desenvolver ou restaurar (reabilitar) alguém, e
na prática podemos observar de fato verdadeiro valor dessa profissão.
O estágio supervisionado contribuiu de forma positiva minimizando os medos e
inseguranças de lidar com as atribuições dessa profissão. Ressaltando para a
necessidade de constantemente promover o planejamento, a criatividade, o
acompanhamento e aprimoramento nas atividades exercidas, para assim
desenvolvê-las com qualidade.
Porém, o tempo de estágio em cada bloco é muito pouco, então é necessário correr
contra ao tempo para absorver o máximo de conhecimento e experiência possível.
Contudo, a vivência nesse bloco de estágio em especial foi bastante proveitosa pois,
durante o tempo de faculdade, ao estudar essa matéria, não tive a oportunidade de
ter uma experiência tão positiva, pelo fato do ensino ter sido à distância. E esse
estágio proporcionou um novo olhar, e um aprofundamento sobre essa aérea da
fisioterapia. Tudo ocorreu de uma forma bem desafiadora e ainda tive a chance de
atuar em um local, onde nunca imaginaria que poderia atuar.
Portanto, apesar da fisioterapia na saúde do trabalhador ainda não ser tão
valorizada e almejada pelos os estudantes, donos de empresas e funcionários, ela
vem a cada dia conquistando seu espaço e reafirmando o seu valor. O que nos faz
pesar sobre a importância de propagar de forma mais intensa os conhecimentos
dessa área, ressaltando sempre a significância de um olhar mais humanizando
sobre os colaboradores e conscientizando o estagiário que em todas as suas áreas
de atuação deve atentar-se para sua responsabilidade, encaixando a teoria
aprendida no decorrer do curso com a experiência prática.
4. REFERÊNCIAS

TRACZ, M.; DIAS, A. N. A. Estágio Supervisionado: um estudo sobre a relação do


estágio e o meio produtivo. 2006.

MENDONÇA, P; MACHADO L. A qualidade de vida no trabalho promovida pela


ginastica laboral. 2014.

RESOLUÇÃO Nº 465, DE 20 DE MAIO DE 2016 – DISCIPLINA A ESPECIALIDADE


PROFISSIONAL DE FISIOTERAPIA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=5020

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