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UNIVERSIDADE NORTE PARANÁ

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


BACHARELADO EDUCAÇÃO FISICA

ROSANGELA FERNANDES DA SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO


FISICA BACHARELADO II

Carpina-PE
2024
ROSANGELA FERNANDES DA SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO


FISICA BACHARELADO II

Relatório apresentado à Universidade Unopar,


como requisito parcial para o aproveitamento
da disciplina de Estágio obrigatório educação
física l em Bacharel Educação física

Carpina-PE
2024
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................4
2 DESCRIÇÃO DA VISITA A CONCEDENTE........................................................4

3 DESCRIÇÃO DA INFRAESTRUTURA DA CONCEDENTE...............................5


4 DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO DO SUPERVISOR.......................................6
5 RESENHA DA BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NO AUTOESTUDO.......................7
6 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE COPARTICIPAÇÃO NA INTERVENÇÃO...8
7 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO........................................11
8 RELATO DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO ..............................................13
9 RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO A
RESPEITO DA INTERVENÇÃO.......................................................................14
10 ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DO ESTÁGIO............................17

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................19
VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ................................................................................20

REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO

O propósito do presente estudo é evidenciar a experiência de campo de


trabalho com populações idosas institucionalizadas e não institucionalizadas
alicerçada na extensa revisão bibliográfica sobre as consequências físicas do
envelhecimento e o impacto genérico e específico de cada uma das componentes
do exercício físico sobre a população idosa. Partindo destes pressupostos, o
estágio decorreu em três distintas instituições da cidade do Porto englobando idosos
institucionalizados e não institucionalizados, onde utilizamos diferentes
metodologias.
A metodologia aplicada ao grupo de idosos da FADEUP incidiu no treino da
força, tendo como objetivos principais o aumento da condição física geral e o
aumento da resistência muscular, já o treino multicomponente desenvolvido para os
idosos do Centro Social Paroquial da Areosa e do Centro Social e Paroquial Sª do
Calvário teve como objetivo principal a manutenção ou o aumento dos níveis
funcionais dos idosos para realização das tarefas diárias. Em ambos os casos
pretendia-se uma maior autonomia e independência para a realização das tarefas
da vida diária.
Através da análise dos resultados do treino a população não institucionalizada
revelou aumento dos níveis de força dos membros inferiores, já o grupo de
população institucionalizada apresentou maior significância estatística nos testes de
força dos membros inferiores e de resistência aeróbia.
As conclusões desta revisão apontam genericamente para o benefício bio-
psico-social dos idosos na realização de um programa de exercício regular tendo
como principal objetivo o aumento ou a manutenção dos níveis funcionais do idoso.
O estágio e todo o trabalho de pesquisa necessário para a sua realização e
execução, contribuiu não só para o enriquecimento das minhas experiências
profissionais com idosos, como também para vivenciar atividades e abordagens de
exercício físico para esta faixa etária tão especial.
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2. DESCRIÇÃO DA VISITA A CONCEDENTE

O estágio foi realizado Titanium core academia de esportes LTDA, tem como
objetivo Comunicação e Desporto, e tem duas vertentes principais: atividades de
sala de exercício e atividades de grupo, individuais.
O trabalho é desempenhado com um grupo de mulheres com mais de 60
anos de idade. Para isso acontecer de forma segura e eficiente é necessário levar
em consideração as necessidades e limitações de cada uma delas. Os treinos em
geral se iniciam com um alongamento específico, diante da modalidade que será
trabalhada no dia, e um aquecimento. É usado de muita ludicidade, onde através
dela se trabalha o equilíbrio, agilidade, velocidade, força, potência, coordenação.
com o passar do tempo muito disso é perdido e através de um treinamento
específico é possível recuperar.
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3. DESCRIÇÃO DA INFRAESTRUTURA DA CONCEDENTE

Em termos de recursos materiais o clube disponibiliza para cada escalão todo


o material necessário, dentro das suas possibilidades, proporcionando a cada
Treinador as melhores condições possíveis para a realização de um trabalho com
qualidade, rentabilizando ao máximo o rendimento da equipe.
O material que nos foi concedido no início da época desportiva adequa-se às
necessidades da equipe, no entanto, este deve ser zelado ao longo de toda a
temporada, pois, em caso de extravio e/ou incorreta utilização, o clube não possui
meios financeiros para suportar custos suplementares.
É utilizado vários elementos como: bolas, cordas, cones, chapéu chinês,
tatames, escadinha, canos de pvc, bambolês, anilhas, kttlebell.
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4. DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO DO SUPERVISOR

A fase de intervenção permitiu desenvolver e implementar as atividades


definidas no Plano Individual de Estágio como a observação de aulas e a avaliação
e acompanhamento de clientes na sala de exercício. Por último, a fase da conclusão
e avaliação do pessoal desde do que foi feito e que foi planeado e se tudo ocorreu
dentro desse mesmo plano.
O processo de intervenção foi proveitoso e enriquecedor, o desempenho do
supervisor com o grupo, a forma com que ele as conduzia era muito assertiva, havia
paciência e empatia ao tratar com cada uma delas, diante de suas limitações. A
prescrição dos treinos bem dinâmica e Precisa. Durante os treinos são trabalhados
todas as funções naturais do ser humano, como: puxar, Empurrar, levantar, sentar,
arremessar, saltar, correr, dançar, entre outras coisas. Tudo isso conta como ponto
positivo. Ponto negativo: infelizmente são poucos os profissionais habilitados e
capacitados para trabalhar com pessoas idosas, neste centro só tem 2 pessoas, e
por isso a turma é pequena, não pode ultrapassar o número de 12 integrantes.
Obs: o local é espaçoso e seguro para a realização do trabalho em questão, e
dispõe de todo o material necessário para as aulas acontecerem.
As atividades de grupo são exercícios físicos com auxílio de músicas para dar
maior motivação aos alunos. Definitivamente, música, durante a realização de
exercício físico, ajuda a marcar o ritmo dos exercícios físicos com controlo de
número de execuções e tempo de execução. As aulas de grupo eram organizadas
de forma a contemplar três fases descritas a baixo. De acordo com Kennedy (2000),
as fases são as seguintes:
• Aquecimento - que consiste em preparar os músculos e articulações para os
exercícios da aula em si.
• Fase fundamental (cardiorrespiratória, de força e/ou resistência muscular ou
de flexibilidade) - que é o plano de aula em questão.
• Retorno à calma e/ou alongamento.
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5. RESENHA DA BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NO AUTOESTUDO

Em todas as modalidades de treino é importante ter em consideração certos


princípios, tais como, alertar os alunos para a execução correta dos dois movimentos:
movimento concêntrico um pouco mais rápido que o movimento excêntrico; controlar
sempre a carga com uma respiração natural, evitando a manobra de Valsava para
precaver acidentes. Não posso dizer que senti os alunos completamente
independentes para a realização das tarefas propostas, mesmo na última fase do macro
ciclo alguns erros pareciam ser os mesmos do início do ano ainda assim, não há
duvida que este grupo era o mais apto e mais autónomo, contudo a necessidade de
correlação foi sempre necessária.
Mesmo em alunos com a experiência de anos anteriores da prática de
musculação, os erros posturais, de regulação das máquinas foram uma constante, desde
o início do ano até ao final foi necessário chamar atenção desses mesmos erros. As
correções para evitar lesões eram muito frequentes, assim sendo, na fase inicial a
utilização de pesos livres tornaram-se um ponto de atenção forte para nós.
Após a fase de adaptação e de obtenção dos resultados dos testes SFT
prescrevemos os exercícios de forma individual. No entanto, e apesar da prescrição
individualizada do treino no sentido de facilitar a organização do espaço e dos idosos se
corrigirem mutuamente, tentamos que os grupos se emparelhassem com alunos de
capacidades físicas semelhantes. Na tentativa de uma gestão eficaz do espaço e do
tempo de treino, optamos por dividir o grupo de trabalho aos pares. Estes mesmos pares
apresentavam características físicas muito idênticas, por vezes pares mais aptos
realizavam as tarefas propostas de tal maneira rápido que quando tinham que
avançar para outros exercícios propostos, outros grupos ainda se encontravam nessas
maquinas prejudicando assim a intensidade do treino dos mais aptos. A solução
encontrada nestes casos passava por sugerir outro exercício que trabalhasse o mesmo
grupo muscular ou passar para outro exercício proposto no plano de treino que não fosse
de incidência no mesmo grupo muscular dos exercícios feitos por último. Esta situação
acontecia também porque muitas das vezes os alunos exageravam no tempo de descanso
não imprimindo o ritmo desejado ao treino.
Parece-nos importante salientar a enorme frequência com que observávamos
alunos a realizarem os exercícios com cargas mais baixas do que as por nós propostas.
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As cargas que tínhamos prescrito muitas vezes eram modificadas na aula pelos alunos,
treinando estes com cargas abaixo das pedidas.
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6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE COPARTICIPAÇÃO NA INTERVENÇÃO

O primeiro passo foi a realização das avaliações físicas, sendo que desde o
início do estágio sempre as realizei de forma autónoma. É crucial a realização de
avaliações físicas, sendo aspetos fundamentais e consideráveis para os sócios e
para os instrutores, pois fornecem uma diversificada quantidade de informação,
tanto para a prescrição, progressos, motivações, objetivos como para a
estratificação. Assim, os estagiários aceitaram com agrado a elaboração de um
protocolo de avaliação da aptidão física, sob orientação da diretora técnica do
Titanium core academia de esportes LTDA.
A metodologia para as aulas tem por base a utilização dos pilares do
movimento humano que são: locomoção e manutenção da postura bípede,
mudanças de nível, puxar e empurrar, rotações e mudanças de direção o plano de
treino encontra-se no (Anexo 3). Com estas linhas orientadores criamos uma tabela
como base de "dados" de exercícios para poder realizar planos de treino esta
encontra-se no dossier. Os programas de exercícios funcionais devem ser
projetados para melhorar movimento e incluem exercícios de movimento
concentrando-se exclusivamente em adaptações musculares específicas em
isolamento (Weiss et al., 2010 Raposo 2014) .
Todos os movimentos naturais ocorrem em várias articulações através de
múltiplos planos de movimento e não isoladamente (McGill et al. 2009 citado por
Raposo, 2014). Contrariamente ao treino funcional, o treino tradicional, consiste em
articular o treino da força, em aumentar a força ou resistência de um músculo ou
grupo muscular específico sem levar em conta os movimentos de formação que
estão relacionados com atividades de desempenho de atividades diárias ou
desportivas (Whitehurst et al. 2005 citado por Raposo, 2014).
Durante o decurso do estágio, apliquei-me apostando sempre numa postura
profissional, respeitando e cumprindo todo o horário de estágio, posteriormente
definido. Ainda tentei e tive a preocupação de assegurar os melhores serviços aos
clientes do Titanium core academia de esportes LTDA, nomeadamente que a sala
estivesse nas melhores condições e que tudo estivesse de acordo com o
estabelecido, a fim de disponibilizar os melhores serviços.
Efetivamente, durante este período executei avaliações de aptidão para a
prática de exercício físico, a clientes do Titanium core academia de esportes LTDA,
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efetuei um acompanhamento geral a todos os sócios frequentadores da sala e ainda


um acompanhamento mais individual e específico a cinco sócios. Nos seguintes
campos descrevo de forma detalhada as atividades desenvolvidas na sala de
exercícios.
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7. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO

A prescrição de exercícios de alongamento foi aplicada em todas as


sessões de treino no final de cada aula. Alongamento este que potencia a
manutenção da flexibilidade assim como a prevenção de possíveis lesões
(Mecagni et al., 2000).
O planeamento do grupo da musculação possuiu do treino da força nas
suas diferentes características: sobe a forma de resistência, de potência e
hipertrofia muscular.
Na planificação anual (ou macro ciclo) aplicada ao nosso grupo de
trabalho da musculação, iniciou-se com uma adaptação aos movimentos e
maquinas implicadas nas sessões de exercício físico aplicando treinos básicos
e cargas baixas. Após a semana de adaptação e dos testes de SFT iniciamos
uma semana de treino para assimilação dos nossos alunos relativamente aos
exercícios de musculação com máquinas de resistência variável.
No nosso macro ciclo encontramos mesociclos de 11 semanas de
Treino de Resistência, 10 semanas de Treino de Potência e 4 semanas Treino
de Hipertrofia Muscular. No treino de resistência muscular as cargas
administradas para este tipo de treino devem manter-se nos 65% da RM obtida
nos SFT. Em relação à carga, o (ACSM, 2009b) sugere que as cargas sejam
baixas e o número de repetições seja elevado. Em relação ao tempo de
repouso entre séries, este deve ser curto: aproximadamente 90 segundo para
grande número de repetições (15-25) e 60 segundos para um menor número
de repetições (10-15).
Apesar da aceitação generalizada entre os especialistas de que o treino
da força é necessário mesmo em idade mais avançadas, vários aspetos da
relação dose-resposta não foram explicados de forma conclusiva. A carga
externa é definida por equipamentos tradicionais, pesos livres, elásticos, o
próprio peso corporal dos participantes ou equipamentos de informática, por
exemplo, equipamento de treino isocinético (Mayer et al., 2011).
A forma como os exercícios são realizados deverá contribuir para a
transferência de força muscular em atividades do quotidiano, como levantar de
uma posição sentada, manter a postura ou carregar as compras (Mayer et al.,
2011).
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Normalmente o treino da força com o objetivo de hipertrofia é feito pelo


menos 3 vezes por semana, durante 8 a 12 semanas; sendo que um período
mais longo de treino parece induzir a um efeito mais sustentado. O treino da
força deverá ser progressivo em termos de volume e cargas aplicadas, sendo
recomendada uma avaliação da força a, pelo menos, cada 6 a 8 semanas por
forma a manter um estímulo de adequado (Mayer et al., 2011).
O treino da força é eficaz tanto para homens como mulheres idosas e
pode provocar melhorias significativas na capacidade de força muscular.
Sendo que o declínio de força é altamente relacionado com a debilidade
funcional e subsequente comorbidade e doença, é concebível que as melhorias
da força ajudem a manter a independência, saúde e bem-estar geral (Peterson
et al., 2010).
Os efeitos positivos do aumento da força muscular no equilíbrio do idoso
podem resultar numa maior aptidão de respostas musculares, (Granacher et
al,2010) melhorar a coordenação entre os músculos agonistas e antagonistas e adquirir
maior eficácia e sincronização de unidades motoras (Hakkinen et al, 2001).
A literatura atual aponta que para além do treino de força de resistência,
o treino de potência muscular parece induzir importantes alterações para a
realização das tarefas do quotidiano (Steib, 2010).
O treino de potência melhora o equilíbrio, especialmente usando uma
carga baixa e alta velocidade de execução. Segundo Bottino et al., 2013, quer
o treino de resistência de força, quer de potência muscular, levam a uma
melhoria na execução das atividades diárias, tais como caminhar, subir
escadas, sentar e levantar de cadeiras, e também tarefas mais complexas, tais
como tomar banho e cozinhar.
O American Heart Association AHA, 2010 recomenda a prática de
exercício físico moderado, com uma duração de 30 a 60 minutos, e frequência
de 4 a 5 vezes por semana não tendo necessariamente que ser realizado de
forma contínua, podendo ser dividido em intervalos de treino por exemplo 2x 15
minutos. O treino aeróbio induz adaptações centrais e periféricas que
melhoram VO2max e a capacidade dos músculos esqueléticos para gerar
energia através do metabolismo oxidativo (Cadore et al., 2014).
Estas adaptações incluem reforço mitocondrial, aumento do teor de
mioglobina, aumento da densidade capilar, e maior atividade das enzimas
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oxidativas, assim como, aumento do débito cardíaco.Este tipo de treino é,


então, uma maneira eficaz para neutralizar o declínio cardiorrespiratório
observado durante o envelhecimento (Okazaki et al., 2002)
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8. RELATO DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO

Os efeitos do treino aeróbio em idosos têm demonstrado aumentos que


variam entre 8 a 20% do VO2max, após períodos que variam entre as 12 e as
24 semanas, com uma frequência semanal de 3 a 5 vezes por semana e com a
duração do exercício que vão desde 30 a 60 minutos de intensidade variando
de 50 a 85% da frequência cardíaca máxima
Adaptações, tais como uma redução nas respostas cardiovasculares à
mesma carga submáxima ou seja uma economia de movimento, também foram
observadas.
De forma geral, os mesmos princípios da prescrição de exercício devem
ser aplicados para os adultos de todas as idades, incluindo os idosos. Assim,
os programas de exercício devem ser individualmente construídos, com base
no nível de aptidão e necessidades de cada idoso.
Para os idosos, torna-se mais importante envolverem-se na atividade
física para promover a saúde e a capacidade funcional, do que propriamente a
aptidão aeróbia, recomendam que todos os adultos devem acumular 30
minutos ou mais de AF de intensidade moderada, preferencialmente todos os
dias da semana. A prescrição do exercício deve ser composta por 4 elementos
diferentes: Intensidade, Duração, Frequência e Tipo de Exercício.
Em relação à intensidade, os exercícios regulares de intensidade leve a
moderada são associados a melhorias emergentes associados à doença
cardiovascular. Em comparação com maiores intensidades de exercício, o
exercício moderado está associado a uma taxa significativamente menor de
lesões em idosos. A intensidade do exercício pode ser classificada de várias
maneiras diferentes, sendo que o uso da frequência cardíaca é o mais
utilizado.
A duração de uma única sessão de exercício parece ser muito menos
importante do que o volume total ou o acumular de atividades.
Em relação à frequência esta deve ser no mínimo de 3 vezes por
semana (Nelson et al., 2007), o mais direcionado possível para as atividades
realizadas pelos idosos, sendo a caminhada como o tipo de exercício que mais
se aproxima às tarefas realizadas diariamente.
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9. RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO A


RESPEITO DA INTERVENÇÃO

O facto de desenvolver trabalho com três grupos distintos, permitirá


vivenciar diferentes experiencia que serão enriquecedoras para o meu futuro.
Por já ter trabalhado alguns anos em ginásios, poderá tranquilizar-me em
relação a alguns imprevistos que possam surgir nos diferentes grupos.
Estou expectante em relação ao trabalho a realizar com os idosos
institucionalizados já que o conviver em âmbito profissional com esta
população é uma novidade para mim.
Nos meus locais de trabalho tenho contacto com idosos fisicamente
ativos e independentes, situação contrária à realidade dos utentes dos centros
sociais. A experiencia com este tipo de população é nula mas ambiciono
esforçar-me e trabalhar para que esta experiencia seja positiva e
enriquecedora para mim não só a nível profissional como pessoal.
O facto de conhecer colegas que trabalharam em anos anteriores com o
GMF tranquilizou-me visto que me referenciaram o grupo como sendo muito
simpático e autónomo, com atividade funcional muito idêntica com os que
tenho trabalhado.
Em relação aos restantes grupos o feedback que tenho tido não é o
mais entusiasmante mas talvez por esse motivo revelam aparentemente ser os
mais desafiantes e onde irei realmente testar todos os conhecimentos
adquiridos e pôr-me à prova enquanto profissional.
Assim as minhas expectativas nestes dois grupos passam por
enriquecer ao máximo as minhas competências e experienciar e testar as
diferenças apresentadas entre os grupos institucionalizados e os não
institucionalizados pondo em prática todos os conceitos e conhecimentos
adquiridos durante a minha formação teórica.
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10. ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DO ESTÁGIO

Em todas as modalidades de treino é importante ter em consideração certos princípios,


tais como, alertar os alunos para a execução correta dos dois movimentos: movimento
concêntrico um pouco mais rápido que o movimento excêntrico; controlar sempre a carga
com uma respiração natural, evitando a manobra de Valsava para precaver acidentes. Não
posso dizer que senti os
alunos completamente independentes para a realização das tarefas propostas, mesmo
na última fase do macro ciclo alguns erros pareciam ser os mesmos do início do ano ainda
assim, não há duvida que este grupo era o mais apto e mais autónomo, contudo a
necessidade de correlação foi sempre necessária.
Mesmo em alunos com a experiência de anos anteriores da prática de musculação, os
erros posturais, de regulação das máquinas foram uma constante, desde o início do ano até ao
final foi necessário chamar atenção desses mesmos erros. As correções para evitar lesões
eram muito frequentes, assim sendo, na fase inicial a utilização de pesos livres tornaram-se
um ponto de atenção forte para nós.
Após a fase de adaptação e de obtenção dos resultados dos testes SFT prescrevemos os
exercícios de forma individual. No entanto, e apesar da prescrição individualizada do treino
no sentido de facilitar a organização do espaço e dos idosos se corrigirem mutuamente,
tentamos que os grupos se emparelhassem com alunos de capacidades físicas semelhantes. Na
tentativa de uma gestão eficaz do espaço e do tempo de treino, optamos por dividir o grupo de
trabalho aos pares. Estes mesmos pares apresentavam características físicas muito idênticas,
por vezes pares mais aptos realizavam as tarefas propostas de tal maneira rápido que
quando tinham que avançar para outros exercícios propostos, outros grupos ainda se
encontravam nessas maquinas prejudicando assim a intensidade do treino dos mais aptos. A
solução encontrada nestes casos passava por sugerir outro exercício que trabalhasse o mesmo
grupo muscular ou passar para outro exercício proposto no plano de treino que não fosse de
incidência no mesmo grupo muscular dos exercícios feitos por último. Esta situação acontecia
também porque muitas das vezes os alunos exageravam no tempo de descanso não
imprimindo o ritmo desejado ao treino.
Parece-nos importante salientar a enorme frequência com que observávamos alunos a
realizarem os exercícios com cargas mais baixas do que as por nós propostas. As cargas que
tínhamos prescrito muitas vezes eram modificadas na aula pelos alunos, treinando estes com
cargas abaixo das pedidas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O início do meu estágio foi um processo complicado, todos os problemas com


a escolha e posterior troca de instituição afrontaram as minhas expectativas, no
entanto penso que apuraram o sentido crítico e isso foi sem dúvida o ponto mais
positivo de toda a experiência.
Durante o estágio tive a oportunidade de estagiar num ótimo programa
desportivo na Titanium core academia de esportes LTDA, face aos meus colegas
tive a vantagem de trabalhar com pessoas que já conhecia. Senti a falta de começar
por ter uma fase de observação, colecionação e só posteriormente a autonomia,
considero importante que todos os estagiários passem por essas fases para se
tornarem bons profissionais. Em contrapartida não considero mau o facto de
começar logo a lecionar aulas, pois isso ajudou-me a lutar para ser melhor
profissional, além de que revela nos professores um sentido de confiança plena nas
capacidades dos alunos. Durante o estágio tinha várias funções de acordo com a
modalidade lecionada, por exemplo no ginásio de musculação a minha função era
fazer a avaliação física dos utentes, prescrever os exercícios e acompanhar os
treinos; nas aulas de grupo, as minhas funções eram preparar e lecionar as aulas.
As maiores dificuldades que senti no ginásio de musculação foi a correção das
posturas, penso que é algo muito importante que devia ser mais aprofundado ao
longo dos três anos de formação. Também considero importante a presença
permanente de um professor no ginásio a acompanhar os alunos estagiários de
forma a poder corrigir os erros mais comuns nas correções e em questões de
caráter mais complicado. Para combater as lacunas na minha formação apoiei-me
em pesquisas nos guias de musculação, e manuais da mesma disciplina. Considero
que a nossa biblioteca está bem servida em relação a manuais de musculação. Esta
experiência de estágio foi sem dúvida essencial para a minha formação, tanto a nível
profissional com a nível pessoal.
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VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
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REFERÊNCIAS
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2009b.

AHA. Risk Factors and Coronary Heart Disease. Amrican Heart Associiation. 2010
Bottino Roma, M. F et al. Effects of resistance. 2013.

CADORE, Eduardo Lusa et al. Strength and endurance training prescription in


healthy and frail elderly. Aging and disease, v. 5, n. 3, p. 183, 2014.

HÄKKINEN, Keijo et al. Changes in electromyographic activity, muscle fibre and


force production characteristics during heavy resistance/power strength training in
middle‐aged and older men and women. Acta Physiologica Scandinavica, v. 171,
n. 1, p. 51-62, 2001.

MAYER, Frank et al. The intensity and effects of strength training in the
elderly. Deutsches Ärzteblatt International, v. 108, n. 21, p. 359, 2011.

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recommendation from the American College of Sports Medicine and the American
Heart Association. Circulation, v. 116, n. 9, p. 1094, 2007.

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responses and blood volume in older men. Journal of Applied Physiology, v. 93, n.
5, p. 1630-1637, 2002.

PETERSON, Mark D. et al. Resistance exercise for muscular strength in older adults:
a meta-analysis. Ageing research reviews, v. 9, n. 3, p. 226-237, 2010.

STEIB, Simon; SCHOENE, Daniel; PFEIFER, Klaus. Dose-response relationship of


resistance training in older adults: a meta-analysis. Medicine & Science in Sports &
Exercise, v. 42, n. 5, p. 902-914, 2010.

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