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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROJETO DE ESTÁGIO
Disciplina: Projeto de Atuação Profissional I

Jonathan Diego Alves

Abril/2018
1. APRESENTAÇÃO

Eu, Jonathan Diego Alves, RA:15106446, estudante do 7º período do Curso de Bacharelado


em Educação Física da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, venho por meio
desta apresentar o Projeto de Atuação Profissional I no contexto não escolar, a essa
instituição, para apreciação.

2. JUSTIFICATIVA

A Legislação estabelece a carga horária de 400 horas de Estágio Supervisionado para os


cursos de Graduação. Desta forma, na disciplina PROJETO DE ATUAÇÃO
PROFISSIONAL I (PAP I), o aluno deve cumprir parte dessas horas de estágio,
especificamente 68 horas, em clubes, associações, fundações ou afins no segmento não
escolar.
Reconhecendo estes segmentos como espaços fundamentais na formação profissional do
aluno do Curso de Bacharelado em Educação Física, torna-se relevante a realização do
presente estágio, objetivando conhecer os procedimentos didático-pedagógicos de trabalho
empregados nas ações profissionais nestas áreas. Ainda, vivenciar na prática, os
conhecimentos acadêmicos adquiridos, estabelecendo a relação teoria e prática, como
também possibilitando a parceria com as instituições destes segmentos, através do
professor colaborador, com a universidade, por meio do aluno estagiário.
Os dados colhidos no estágio e analisados deverão subsidiar a formação acadêmica
do aluno. Vale destacar que o aluno deverá passar por quatro momentos dentro desta
experiência, a saber: 1. Acompanhar e Auxiliar na organização das práticas profissionais;
2. Acompanhar e Auxiliar no monitoramento das práticas profissionais 3. Acompanhar e
Auxiliar na prescrição das práticas profissionais e 4. Acompanhar e Auxiliar no controle
das cargas internas e externas das práticas profissionais.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

“A prática de movimentos semelhantes aos realizados hoje na


ginástica artística conta com relatos no Egito Antigo. Mas os
historiadores apontam a Grécia como o berço da ginástica. A busca
pelo corpo perfeito para praticar esportes e para aperfeiçoar o
desempenho militar estão na gênese da modalidade.”¹

A ginástica artística é uma modalidade com grande complexidade técnica, física e


psicológica exigindo do atleta uma preparação com uma elevada carga de treinamento
desde a infância, em especial no sexo feminino, em virtude da exigências técnicas e físicas
na execução dos diferentes aparelhos, como: solo (força de MMII), salto sobre a mesa
(potência muscular), paralelas assimétricas (força de MMSS), e trave de equilíbrio
(equilibrio, força de resistência).² Devido a grande exigência e complexidade dos elementos
técnicos e físicos da GA, o treinamento pode acarretar danos físicos e psicológicos nas
crianças.

Há indícios de que o treinamento sistematizado ocorra precocemente na GA,


contrariando as recomendações da literatura, argumenta-se que, nas modalidades técnicas
como a GA, é essencial estimular as capacidades coordenativas o mais cedo possível, pois
há um período ótimo para o seu desenvolvimento. Entretanto, acrescidos a essas
argumentações, devemos considerar a prontidão das crianças, sua motivação e seu desejo
de prosseguir na carreira esportiva.

Estudos têm investigado os prejuízos do envolvimento precoce de crianças no


treinamento esportivo sistematizado e intensivo. Mesmo que não haja estudos conclusivos,
pode-se prever os danos às crianças quando o programa de treinamento assemelha-se
àquele direcionado aos adultos.³

No âmbito esportivo, o sucesso do processo de treinamento depende do monitoramento


preciso da carga interna e externa, a fim de promover as adaptações nos diferentes
sistemas orgânicos respeitando as fases de crescimento e desenvolvimento da criança e do
adolescente. Diversos parâmetros podem ser utilizados para avaliar a sobrecarga interna,
como por exemplo, o perfil hormonal (relação testosterona:cortisol), a concentração de
metabólitos (lactato e amônia), o comportamento da frequência cardíaca (FC) e a
percepção subjetiva do esforço (PSE).4 A PSE é a integração de sinais periféricos
(músculos e articulações) e centrais (ventilação) que, interpretados pelo córtex sensorial,
produzem a percepção geral ou local do empenho para a realização de uma determinada
tarefa.

Durante muito tempo as cargas de treinamento eram monitoradas unicamente pelas


cargas externas como: duração total do treino, número de ações realizadas, duração da
relação trabalho/pausa para mensuração de densidade de treino, número de séries e
repetições bem como a carga (Kg) utilizada. Porém o estresse fisiológico gerado pelo
treinamento está diretamente ligado às cargas internas que sofrem influência das cargas
externas. Neste sentido uma avaliação integrada dessas variáveis permitiram uma melhor
interpretação e compreensão dos dados melhorando assim a efetividade do planejamento.6

4. OBJETIVOS DAS FASES DE DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


4.1. Acompanhar e auxiliar na organização das práticas profissionais da técnica, desde
que solicitado.

4.2. Acompanhar e auxiliar no monitoramento das práticas através da escala de Borg


CR10.

4.3. Acompanhar e auxiliar na prescrição das práticas profissionais da técnica, desde que
solicitado.

4.4. Acompanhar e auxiliar no controle das cargas internas, por meio da aplicação da
percepção subjetiva de esforço prescrito pelo técnico, através de escala de Borg CR10.

5. METODOLOGIA DA FASE DE ATUAÇÃO


5.1. Desenvolvimento
O clube Regatas é tradicional da cidade de Campinas localizada no bairro cambuí. A
ginástica artística no Regatas é caracterizada apenas pelo gênero feminino é formado por
quatro categorias: Mirim (até 8 anos), Pré infantil (9 e 10 anos), Infantil (11 e 12 anos) e
juvenil (13,14 e 15 anos).
O treinamento compreende 4 horas divididas nos seguintes elementos e exercícios:
Preparação física, respiração diafragmática, aquecimento, paralela, trave, salto,
flexibilidade, alongamento, solo, fortalecimento de membros inferiores e superiores,
propriocepção e tumble track na qual cada dia da semana há uma sequência, sempre
respeitando o macrociclo do professor e calendário de competições.
O principal resultado e objetivo a ser alcançado é o brasileiro e o estadual sendo que o
calendário de competições consiste em:

DATA CAMPEONATO

21/04/18 Liga Paulínia.

05/05/18 Troféu destaque.

12/05/18 Orquestra sinfônica no Regatas e segunda etapa em Indaiatuba.

19/05/18 Estadual infantil.

24/05/18 Jogos aberto da juventude em Franca/Festival interno no Regatas


(atividade para as mães)

09/06/18 Troféu destaque (segunda etapa Paulínia)

18/06/18 Brasileiro infantil.

29/06/18 Festa do chapéu de palha.


30/06/18 Copa São Paulo.

18/07/18 Jogos regionais em Santa Barbara d’ Oeste.

13/08/18 Torneio nacional.

25/08/18 Troféu destaque (terceira etapa Indaiatuba).

15/09/18 Troféu liga (terceira etapa Indaiatuba).

11/10/18 Jogos abertos infantil em Jundiaí.

20/10/18 Troféu liga (quarta etapa Americana).

21/10/18 Torneio mirim e pré-infantil.

27/10/18 Estadual pré-infantil e infantil.

10/11/18 Quarta etapa pré-infantil e infantil em Osasco.

26/11/18 Brasileiro pré-infantil e Juvenil.

07/12/18 Festival do Regatas.

Participantes:
Participará do estudo o técnico da categoria juvenil.

Procedimento:
Como instrumento de estudo será avaliado a percepção subjetiva de esforço (PSE)
referente a carga de treinamento aplicada pelo técnico. A avaliação previamente explicada a
atleta, será realizada após a saída de cada aparelho, na qual a atleta deverá responder a
percepção subjetiva de esforço através de um material adaptado numa escala de 1 a 10.
Consequentemente o técnico irá relatar qual a intensidade do esforço programado para
aquela atleta naquele determinado aparelho. Fornecendo assim deste modo, informações
suficientes para analisar a correlação das cargas de treinamento impostas pelo técnico com
a percepção da atleta.

5.2. Cronograma de Atividades - Previsto


DATA Nº DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
HORAS

02/04/18 2 Caracterização da instituição e modalidade.


02/04/18 2 Apresentação do projeto ao professor responsável.

03/04/18 2 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

04/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

05/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

06/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

09/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

10/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

11/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

12/04/18 4 Acompanhar e auxiliar: na organização, no monitoramento,


na prescrição e no controle do treinamento.

6. RESULTADOS ESPERADOS:
Vivenciar na prática, os conhecimentos acadêmicos adquiridos, estabelecendo a relação
teoria e prática, como também possibilitando a parceria com as instituições destes
segmentos, através do professor colaborador, com a universidade, por meio do aluno
estagiário.

REFERÊNCIAS:

1. Rede Nacional do Esporte: Ginástica Artística. Disponível em:


http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/
ginastica-artistica
2. Secretaria da educação. Governo do estado do Paraná Disponível em:
http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=80

3. Nunomura, Myrian, et al. “ANÁLISE DO TREINAMENTO NA GINÁSTICA


ARTÍSTICA BRASILEIRA.” Revista Brasileira De Ciências Do Esporte,
www.rbce.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/630/390.

4. BORG, G. A. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine and Science


in Sports and Exercise, Madison, v. 14, no. 5, p. 377-381, 1982.

5. Nakamura, F. Y., Moreira, A., & Aoki, M. S. (2010). MONITORAMENTO DA


CARGA DE TREINAMENTO: A PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO DA
SESSÃO É UM MÉTODO CONFIÁVEL? Journal of Physical Education, 21(3), 1–
11. Retrieved from
http://eduem.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/viewArticle/6713

6. De Andrade Nogueira, F. C., Nogueira, R. A., Miloski, B., De Oliveira Cordeiro, A.


H., Werneck, F. Z., & Filho, M. B. (2015). Influência das cargas de treinamento
sobre o rendimento e os níveis de recuperação em nadadores. Revista Da
Educacao Fisica, 26(2), 267–278. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v26i2.23120

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NOME, ASSINATURA E CARIMBO DA DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO

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NOME E ASSINATURA DO PROFESSOR-COLABORADOR

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NOME E ASSINATURA DO ACADÊMICO

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