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ACADEMICO: HUGO SILVA SANTANA 7°PERIODO

PROVA CASO DE DISFUNÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS - TEXTO


DISSERTATIVO

Viemos de uma pandemia em que o isolamento social era a melhor forma de evitar o
contágio, quando houve a possibilidade de sair de casa e voltar a rotina de trabalho, seguindo
os protocolos de biossegurança, muitas pessoas o fizeram. Dona Juma, com 78 anos de idade,
empregada doméstica, que ao ver a aglomeração de pessoas, não pensou duas vezes em voltar
para casa, nesse meio tempo, foi atropelada e fraturou a tíbia e a fíbula, fez procedimento
cirúrgico para colocar dispositivo de fixação. Após 30 (trinta) dias, começou tratamento
fisioterapêutico. Diante dos fatos apresentados, será explicitado do ponto de vista
fisioterapêutico, vários pontos a seguir.

Dona Juma, foi atropelada no qual fraturou a fíbula e a tíbia direita, quanto a seu
tipo, analisando o Raio X pré-operatório, foi constatado uma fratura cominutiva no terço
médio da tíbia devido haver vários fragmentos, e uma fratura transversa no terço médio da
fíbula. Seguindo para o pós-operatório foi fixado uma haste intramedular bloqueada nas
extremidades da tíbia para melhor consolidação óssea, segundo Hebert, Filho e Xavier (2017,
pág. 1459), o uso da osteossíntese intramedular bloqueadas tem vantagens e desvantagens na
fresagem do canal medular, pois pode comprometer a vascularização endosteal da tíbia. Então
deve-se considerar vários fatores quanto a possibilidade de infecções.

Sabemos da importância de fazer um bom exame físico do nosso paciente para que
possa constatar disfunções cinético funcionais ocasionadas pela fratura e até mesmo da
possibilidade de encontrar outras disfunções não associadas. Um bom exemplo é a paciente
do caso que, junto a fratura foi constatado pela anamnese, uma possível síndrome do túnel do
carpo na mão direita. Ela relata sintomas como algia em mão e nos três primeiros dedos,
parestesia além de fraqueza muscular. No exame físico precisamos ficar atentos a testes de
estresse, segundo Prentice (2012, pág. 648) que vão comprovar a disfunção tais como o teste
de tinel onde é produzido uma percussão sobre o ligamento transversal do carpo, causando
parestesia nos 3 primeiros dedos da mão, teste de phalen o paciente é orientado a fazer flexão
dos punhos e pressionar um contra o outro. O teste é positivo quando a presença de dor no
nervo mediano.

Quanto ao diagnóstico cinético funcional temos: limitação funcional moderada,


traduzida por edema no membro inferior direito no tornozelo na região do maléolo e pé, algia
à palpação no terço médio da perna, fraqueza muscular nível 2 nos músculos gastrocnêmico,
sóleo e tibial anterior e fraqueza muscular nível 3 em isquiotibiais e quadríceps, contratura
em flexão plantar, devido às fraturas do terço médio da tíbia e da fíbula, bem como fraqueza
muscular, algia e parestesia na mão direita, secundária à síndrome do túnel do carpo, com
impacto em atividades de vida diária e atividades laborais.

A avaliação fisioterapêutica deve seguir alguns critérios. Segundo Magee (2010


pág.1), para uma boa avaliação musculoesqueléticas é preciso de um exame sistemático e
completo do paciente, através da anamnese. Para se obter um diagnóstico diferencial preciso,
devemos nos atentar ao uso de sinais e sintomas clínicos, exame físico, mecanismos de lesão,
conhecimento sobre as mais diversas patologias, além de testes específicos para cada
segmento somado a técnicas laboratoriais e diagnósticos por imagem.

Diante do que foi dito anteriormente, é de se julgar que a conduta do fisioterapeuta


teve alguns erros. Partimos do ponto de que após quatro meses não houve melhora
significativa nos membros inferiores levando a paciente a ainda precisar se locomover com
auxílio da cadeira de rodas, além de ter começado com o treino de marcha, conduta que sem o
alívio da inflamação dos maléolos do tornozelo e pé, a melhora da algia no terço médio da
perna, o tratamento das contraturas, através do fortalecimento dos músculos que estão fracos,
com certeza, não haveria melhora na progressão do tratamento da paciente.

REFERENCIAS:
HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio Eloy P B.; XAVIER, Renato; et al. Ortopedia e
Traumatologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017.
PRENTICE, William E. Fisioterapia na Prática Esportiva. [Digite o Local da
Editora]: Grupo A, 2012.
MAGEE, David J. Avaliação Musculoesquelética. [Digite o Local da Editora]: Editora
Manole, 2010.

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